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Disciplina: URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

ATENDIMENTO INICIAL AO
POLITRAUMATIZADO
DOCENTE: Dr. João Paulo Pilon

UNIVERSIDADE DE MARÍLIA
MEDICINA, 10º TERMO
2024
SUBGRUPO E MARCOS CORACINI DE ASSIS
PINTO RA: 1889460

NOEMIA L. M. AUADA RA:


1888782

TIAGO BELONE GARCIA


RA:1889068
EPIDEMIOLOGIA

NO BRASIL FAIXA ETÁRIA ÓBITOS


O número de mortes por O trauma é a principal causa 20-30% entram em óbito por
acidentes está em terceiro lugar. de morte em indivíduos de falta de uma melhor
Superado pelo câncer e
até 44 anos e 30% das interação entre o
aterosclerose
mortes em idosos atendimento hospitalar e
pré-hospitalar
1. DENTRO DE SEGUNDOS E MINUTOS DO
ACONTECIMENTO (50% DOS ÓBITOS). CAUSAS MAIS
COMUNS: LACERAÇÃO DE AORTA, TRAUMATISMO
CARDÍACO E AS LESÕES À MEDULA ESPINHAL E AO
TRONCO CEREBRAL.

As mortes determinadas 2. DENTRO DE MINUTOS A HORAS DO ACIDENTE (30%

pelo trauma ocorre uma DOS ÓBITOS) , COM HEMORRAGIAS, O


HEMOPNEUMOTÓRAX E OS HEMATOMAS EPIDURAL E

distribuição trimodal
SUBDURAL

3. OCORRE VÁRIAS HORAS A SEMANA DO


ACIDENTE, COM SEPSE E DISFUNÇÃO SISTÊMICA
DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS SENDO AS PRICNIPAIS
CAUSAS
DEFINIÇÃO
O TERMO TRAUMA É DEFINIDO COMO LESÃO CARACTERIZADA POR ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS OU
DESEQUILIBRIO FISIOLÓGICO, DECORRENTE DE EXPOSIÇÃO AGUDA A VÁRIAS FORMAS DE ENERGIA:
MECÂNICA, ELÉTRICA, TÉRMICA, QUÍMICA OU RADIOATIVA.
1 PREPARAÇÃO

2 TRIAGEM

AVALIAÇÃO 3 EXAME PRIMÁRIO

INCIAL 4 REANIMAÇÃO
MEDIDAS AUXILIARES AO EXAME PRIMÁRIO E
5
À REANIMAÇÃO

6 EXAME SECUNDÁRIO

7 MEDIDAS AUXILIARES AO EXAME


SECUNDÁRIO
8 REAVALIAÇÃO E MONITORIZAÇÃO

9 CUIDADOS DEFINITIVOS
PREPARAÇÃO

ENVOLVE DOIS CENÁRIOS: O AMBIENTE PRÉ-HOSPITALAR E HOSPITALAR. NA FASE PRÉ-HOSPITALAR, É QUE A


EQUIPE QUE ESTEJA ATENDENDO A VÍTIMA NO LOCAL DO ACIDENTE COMUNIQUE A TRANSFERÊNCIA DESTA
AO HOSPITAL.

É IMPORTANTE QUE A EQUIPE QUE ESTEJA PRESTANDO O ATENDIMENTO SINALIZE A VIA PÚBLICA, PARA QUE
SEJA UM AMBIENTE SEGURO
TRIAGEM
DUAS SITUAÇÕES DE TRIAGEM ACONTECEM NA PRÁTICA

1 2
MÚLTIPLAS VÍTIMAS, MAS O SITUAÇÃO DE "DESASTRE", NA
HOSPITAL PARA QUAL SERÃO QUAL O NÚMERO DE VÍTIMAS E
TRASNPORTADAS É CAPAZ DE A GRAVIDADE DAS LESÕES
OFERECER ATENDIMENTO A APRESENTADAS ULTRAPASSAM
TODAS ELAS. NESSE CASO, OS A CAPACIDADE DE
PACIENTES COM RISCO DE VIDA ATENDIMENTO HOPITALAR.
IMINENTE E AQUELES COM NESSE CASO, AS VÍTIMAS COM
LESÕES MULTISSISTÊMICAS MAIOR PROBABILIDADE DE
SERÃO ATENDIDOS PRIMEIRO SOBREVIVER SERÃO
ATENDIDAS PRIMEIRO
AIRWAY: AVALIAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS VIAS AÉREAS
A
EXAME COM RESTRIÇÃO DE MOVIMENTOS DA COLUNA CERVICAL

PRIMÁRIO
B BREATHING: RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO

C CIRCULATION: CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE


HEMORRAGIA

D DISABILITY: INCAPACIDADE, ESTADO NEUROLÓGICO

EXPOSITION: EXPOSIÇÃO E CONTROLE DO AMBIENTE


E (PREVENÇÃO DE HIPOTERMIA)
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
1º COISA: SEGURANÇA - local e individual

2º COISA: X-ABCDE

X
Em ambientes extra-hospitalares, deve-se realizar a compressão de
sangramentos (ferimentos exsanguinates)
Torniquete
A
1. PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL
(COLAR + PRANCHA)

2. VERIFICAR SE A VIA AÉREA ESTÁ PÉRVIA


FONAÇÃO PRESERVADA? SIM

O2 > 10L/MIN E JÁ VOU PARA O “B”

NÃO
VIA AÉREA ARTIFICIAL
INDICAÇÕES: -GLASGOW < 8
-TCE GRAVE
-INCAPACIDADE DE MANTER O2 COM MÁSCARA
-APNEIA
-VÔMITOS
A VIA AÉREA DEFINITIVA
INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL: OROTRAQUEAL (IOT)
NASOTRAQUEAL

CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRÚRGICA
VIA AÉREA CIRÚRGICA:
TRAQUEOSTOMIA

VIA AÉREA TEMPORÁRIA

CRICOTIREOIDOSTOMIA POR PUNÇÃO


MÁSCARA LARÍNGEA
COMBITUBE
B VENTILAÇÃO E RESPIRAÇÃO

APÓS OBTER UMA VIA AÉREA PÉRVIA, DEVE-SE GARANTIR UMA


VENTILAÇÃO ADEQUADA
Todas as vítimas de trauma devem receber O2 suplementar, seja através de máscara facial com
reservatório (fluxo de pelo menos 10L/min) ou tubo endotraqueal.
É necessário, também, monitorização com oximetria de pulso
Inspeção, palpação, percussão e ausculta do tórax!

LESÕES QUE PODEM COMPROMETER A VENTILAÇÃO DE FORMA


IMEDIATA
Pneumotórax hipertensivo
Pneumotórax aberto
Hemotórax maciço
PNEUMOTÓRAX
PNEUMOTÓRAX ABERTO
HIPERTENSIVO
Desvio da traqueia + turgência de jugular Ferida torácica que promova uma
Timpanismo à percussão solução de continuidade entre o ar
MV abolido atmosférico e a cavidade pleural, com
Hipotensão tendência a equilíbrio entre as
DX: Clínico pressões.
CDT "SALVADORA": Toracocentese (no CDT: Curativo de três pontos
adulto: 5º EIC, entre as linhas axilares anterior
e média. Criança: 2º EIC, LHC
HEMOTÓRAX MACIÇO
ESCREVA
Jugular colabada, SEU TEMA
macicez à percussão, ESCREVA
MV abolido, Hipotensão SEU TEMA
DX: Clínico + imagem
OU IDEIA OU IDEIA
CDT: Toracostomia com drenagem em selo d' água( 5º EIC, entre as linhas axilares anterior e média)
C CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DA HEMORRAGIA

PRINCIPAL CAUSA DE MORTE EVITÁVEL NO TRAUMA


Identificação rápida e controle da hemorragia (reposição volêmica)
compressão das feridas sangrantes (1ªCOISA)
A compressão deve ser realizada utilizando luvas e uma gaze ou curativo
Evitar campleamento às cegas da ferida para não lesionar estruturas adjacentes ao vaso
Torniquete (cuidado com isquemia)

FONTES DE SANGRAMENTOS INTERNOS


Lesões intra-abdominais
Fraturas pélvicas
Lesões intratorácicas
Fraturas de ossos longos * A PRINCÍPIO, TODO DOENTE
POLITRAUMATIZADO EM CHOQUE É
PORTADOR DE CHOQUE
HIPOVOLÊMICO HEMORRÁGICO
CLASSIFICAÇÃO DA PERDA VOLÊMICA

*CLASSE IV - Protocolo de transfusão maciça (PTM) + cristalóides

ÍNDICE DE CHOQUE (IC)


TRANSFUSÃO MACIÇA: transfusão de >
IC= FC/PAS Se IC > 0,9: PTM 10UI/24h ou > 4UI/ h de concentrado de
hemácias.
ABC SCORE (1 pto p/ cada) PTM- paciente s/ resposta ou classe IV ou
IC/ABC altos
Trauma penetrante
hemácia, plasma e plaqueta (1:1:1)
FAST (+) Se ABC maior ou igual a 2: PTM
PAS<90mmHg
FC>120bpm
C CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DA HEMORRAGIA

REPOSIÇÃO VOLÊMICA
fazer acesso venoso o mais rápido possível
coletar amostra de sangue (avaliar tipagem sanguínea, avaliação laboratorial, gravidez, toxicológicos)
2 acessos IV periféricos + monitorização
se não conseguir periférico, fazer intra-ósseo
infundir cristalóide aquecido (37-40º)
até 1L no adulto ou 20ml/kg (criança <40kg)
avalia-se diurese para resposta volêmica: 0,5ml/kg/h em adultos,1ml/kg/h em crianças <12a e 2ml/kg/h
em <1a

LESÕES COM SANGRAMENTOS NÃO COMPRESSÍVEIS


ácido tranexâmico dentros das três primeiras horas parece aumentar sobrevida
a segunda dose de 1g deve ser infundida em oito horas, em ambiente hospitalar
não é indicado a aplicação após 3 horas de trauma
D AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA

Nível de consciência: Verifique se o paciente está acordado e alerta.


Resposta pupilar: Use uma luz brilhante para avaliar as pupilas do paciente. As pupilas devem estar
simétricas em tamanho e responder adequadamente à luz.
Função motora: Peça ao paciente para movimentar os braços e pernas e observe se há movimentos
anormais ou fraqueza muscular.
Sensibilidade: Teste a sensibilidade do paciente, como a capacidade de sentir dor, toque ou pressão.
Fala: Peça ao paciente para falar ou repetir palavras simples.
Observe sinais de lesão na cabeça: Verifique se há sinais de lesão na cabeça, como sangramento,
inchaço ou deformidades.
D AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA - GLASGOW
E EXPOSIÇÃO PARA AVALIAÇÃO E HIPOTERMIA

Exposição total do paciente para focar numa avaliação rápida e objetiva. Isso exige que adornos e
roupas desse paciente, sejam retirados.
Ainda nessa etapa é importante manter o paciente aquecido. A depender da condição do trauma, o
paciente pode sentir frio devido a perda sanguínea e a exposição. A monitorização do paciente
também deve ser feita.
AVALIAÇÃO
SECUNDÁRIA
APÓS A MELHORA DAS FUNÇÕES VITAIS, ESSA
AVALIAÇÃO CONSISTE EM UMA HISTÓRIA
CLÍNICA E EXAMES FÍSICOS COMPLETOS DE
MANEIRA MAIS DETALHADA, DO PACIENTE. É
USADO O MNEMÔNICO SAMPLA.

APÓS ESTABILIZADO O QUADRO DO


PACIENTE, PODE-SE PEDIR EXAMES DE
IMAGEM.
X HEMORRAGIAS EXSANGUINANTES

A CLASSIFICAÇÃO DA HEMORRAGIA DE ACORDO COM O ADVANCED TRAUMA LIFE


SUPPORT (ATLS) É BASEADA NA QUANTIDADE DE SANGRAMENTO E NA RESPOSTA DO
PACIENTE À HEMORRAGIA.
1. PRESSÃO DIRETA
2. CURATIVOS DE COMPRESSÃO E AGENTES HEMOSTÁTICOS
3. TORNIQUETE
4. LIGANTES PARA FRATURAS DE PELVES INSTÁVEIS

* OBJETOS EMPALADOS NÃO DEVEM SER REMOVIDOS NO CAMPO POIS PODE RESULTAR EM UMA
HEMORRAGIA INTERNA DESCONTROLADA.

DANDO ÊNFASE AO CONTROLE RÁPIDO DO SANGRAMENTO COMO O MAIS IMPORTANTE


OBJETIVO NOS CUIDADOS DE UM PACIENTE TRAUMATIZADO!
REFERÊNCIAS
COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. SUPORTE AVANÇADO DE VIDA NO TRAUMA PARA MÉDICOS.
ATLS. 9A ED. CHICAGO; 2014

AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. ATLS – ADVANCED TRAUMA LIFE SUPPORT FOR


DOCTORS. 10. ED. CHICAGO: COMMITTEE ON TRAUMA, 2018, 9 P.

NAEMT. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR AO TRAUMATIZADO: PHTLS. 7°EDIÇÃO, EDITORA


ELSEVIER, 2012.
OBRIGADO!

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