Influencias
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1. Introdução
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1.1.Objectivos
2. Metodologia
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3. Desenvolvimento
Moçambique localiza-se na costa oriental da África e faz fronteira a norte com a Tanzânia, a
oeste com Malawi, Zâmbia, Zimbabué e ao sul com a África do Sul e Suazilândia. O país tem
uma área de 799.380 Km2 dos quais cerca de 13.000 Km2 é marítima e 786.380 km2
corresponde a parte terrestre e apresenta uma faixa costeira a leste do território que é banhada
pelo oceano Índico numa extensão de 2.470 quilómetros, desde a foz do Rio Rovuma até à
Ponta de Ouro.
O clima do País é predominantemente tropical húmido, com duas estações: fresca e seca, e
quente e húmida. Devido a localização geográfica, o país, é propenso sistemático e
ciclicamente a desastres naturais como cheias, secas e ciclones tropicais. O relevo
moçambicano é constituído por 3 estruturas principais: planícies, planaltos e montanhas.
Basicamente existe uma certa sequência na sua disposição: do litoral para o interior o relevo
vai de planície a montanha mas nalguns casos as montanhas ocorrem em plena planície
Moçambique apresenta uma grande variedade de solos, sob influência marcada das condições
geológicas e do tipo de climas característicos do país. A zona costeira é constituída por um
complexo mosaico de diferentes tipos vegetacionais que incluem florestas de dunas, bosques,
pradarias, planícies deltaicas de inundação e mangais. As florestas de mangais são
floristicamente bem desenvolvidas nas regiões norte e centro e menos no sul. São
reconhecidos vinte e dois tipos vegetacionais, a que correspondem diversos subtipos
Em Moçambique, no ano de 2010, este grupo de doenças foi a terceira causa de morbilidade e
mortalidade entre as crianças menores de 5 anos de idade, tendo sido a pneumonia a mais
grave em todas as regiões de Moçambique (UNICEF, 2014).
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3.2.3. Hiv/Sida
Esta epidemia continua, actualmente, um dos mais destacáveis desafios de saúde pública,
sendo que Moçambique foi colocado como o quinto país no grupo dos países com maiores
taxas de prevalência. O país vive uma situação de epidemia generalizada que afecta todos os
segmentos da população, ainda que determinados grupos populacionais se destaquem, quer
em termos de vulnerabilidade e propensão ao vírus, quer em termos de prevalência e infecção
(Governo de Moçambique, 2015).
O HIV/SIDA para além de ser uma doença, é também um fenómeno social e cultural,
Circunstância que os ordenamentos jurídicos não podem ignorar, sob pena dos regimes
jurídicos por estes apresentadas serem ineficazes. Em Moçambique, a pandemia do
HIV/SIDA atinge proporções catastróficas que exigiram, e cada vez mais exigem, da parte do
legislador, uma intervenção vigorosa, sob pena de se agravarem os, por si só já nefastos,
efeitos da doença.
Actualmente, 74% das Pessoas Vivendo com HIV em Moçambique estão a receber
gratuitamente o Tratamento Antirretroviral (TARV) e 94% da rede sanitária pública oferece
Serviços TARV, sendo que nos últimos anos, o país tem observado uma tendência de redução
de novas infecções e de mortalidade por HIV. Em Moçambique, as prioridades para o
controlo do HIV, passam pela prevenção, o aconselhamento e testagem, a ligação dos
elegíveis aos Serviços TARV, a retenção e adesão ao tratamento e o apoio psicossocial.
3.2.4. Malária
Esta é uma das mais comuns e sérias doenças tropicais, é endémica em todo o país, nas áreas
onde o clima favorece a sua transmissão ao longo de todo o ano, atingindo o seu ponto mais
alto após a época chuvosa (Dezembro a Abril). A intensidade da transmissão varia de ano a
ano e de região a região, dependendo da precipitação, altitude e temperaturas. Algumas áreas
secas do país são tidas como propensas à epidemia.
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algumas áreas. Devido a uma série de factores, nomeadamente: climáticos/ambientais
(temperaturas e padrão de precipitação favoráveis, abundância de criadouros de
mosquitos/vectores da doença), e socioeconómicos (pobreza, meios de prevenção
inacessíveis). Por outro lado, a maior proporção da população Moçambicana vive em áreas de
alto risco à infecção malárica (MISAU 2021)
3.3.1. Agricultura
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As actividades agrárias podem ter um impacto negativo na terra, nos solos, na água e na
biodiversidade originando problemas como desflorestamento, erosão, poluição dos solos e das
águas superficiais e queimadas descontroladas. A degradação ambiental, por seu lado,
contribui para reduzir o potencial dos recursos naturais que são básicos para a agricultura.
3.3.2. Pesca
Conforme BATA (2018) A pesca em Moçambique desenvolve ao longo dos rios, lagos,
lagoas no interior e na costa (Oceano Indico). A pesca constitui uma das actividades mais
importantes para o melhoramento da dieta das comunidades moçambicanas que vivem no
litoral, margens dos rios e em redor dos lagos. A abundância do pescado depende muito das
condições favoráveis que a Natureza oferece, como sejam, a profundidade a temperatura e a
salinidade da água, as correntes marítimas, a alimentação e as condições de reprodução dos
peixes. Em Moçambique, praticamente todo o pescado se destina ao consumo das populações
e somente o restante à exportação.
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3.3.3. Mineração
Conforme BATA (2018) Moçambique é um país que apresenta uma ampla diversidade
geológica caracterizada pela abundância de recursos minerais como o carvão, ouro e pedras
preciosas. A existência destes recursos subvalorizados pelo mercado capitalista impulsionou a
entrada de grandes investimentos de capitais estrangeiros no país.
Conforme BATA (2018) a entrada das multinacionais no sector mineiro em Moçambique tem
levantado várias questões, sobre o papel dos megaprojectos no desenvolvimento económico e
social das comunidades locais. Um dos efeitos sociais directos da implantação dos
megaprojectos de mineração em Moçambique é a apropriação de terra, e por conseguinte, a
expropriação do território por meio do deslocamento compulsório das comunidades locais,
visando efectivamente explorar o solo e subsolo na perspectiva de desenvolvimento
económico e social.
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3.3.4. Indústria
O grau de industrialização em Moçambique é ainda baixo podendo ser considerável
desprezível no geral, mas severa em áreas localizadas como ao redor de grandes cidades, tais
como Maputo, Beira e Matola. Nestes casos a poluição pode ser resultado do efeito
combinado, entre outros, de equipamentos obsoletos e sistemas tecnológicos e fraca regulação
para protecção da população contra resíduos perigosos em alguns casos (MOYO et. al., 1993).
Moçambique é caracterizado por possuir vários rios permanentes, os quais atravessam o país,
tais como os rios Rovuma e Lúrio ao norte, Zambeze e Púngue na região central e rio Save,
Limpopo e Incomáti ao sul. O país possui cerca de 100 km3 de recursos hídricos renováveis,
sendo o uso destes recursos de 9% para o consumo doméstico, 2% no setor industrial, e 89%
para a agricultura, conforme indica Encyclopedia of the Nations (2008d).
Conforme Moyo et al. (1993) observaram que a indústria e o consumo doméstico urbano têm
os maiores impactos negativos no ambiente tanto em termos de poluição da água como
produção de resíduos sólidos, quando concentrados em pequenas áreas, embora estes não
sejam ainda produzidos em quantidades grandes; um exemplo poderá ser o sistema de
drenagem de águas negras em construção na área de Maputo, com a capacidade de descarga
de 50000 m3 por dia de águas negras para o estuário do Maputo, se a água não for tratada
antes e depois de descarga.
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4. Conclusão
Como consequência do êxodo rural e a exploração descontrolada dos recursos naturais, falta
de saneamento básico e poluição do ar, o risco de adoecer aumenta principalmente entre
mulheres e crianças. Além disso, a população sofre com as catástrofes naturais, cheias e secas,
desertificação, poluição das águas que castiga ainda mais este povo.
A pobreza está por detrás dos maiores problemas de saúde no país, por outro, indica que este
sector tem forte influência no desenvolvimento socioeconómico deste país devido aos
elevados custos implicados no combate e prevenção de doenças.
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5. Referencias Bibliográficas
BATA, Eduardo Jaime. Entre Estatais e Transnacionais, “quantos AIS”: efeitos espaciais dos
megaprojetos de mineração do carvão em Moatize, Moçambique. 2018. 565f. Tese
(Doutorado em Geografia). Programa de Pós-graduação em Geografia, Instituto de Estudos
Sócioambientais da Universidade Federal de Goiás, Goiánia, 2018.
MATOS, Elmer Agostinho Carlos de, MEDEIROS, Rosa Maria Vieira. Exploração mineira
em Moçambique: uma análise do quadro legislativo. NERA, Presidente Prudente, Ano 20, nº.
2011.
MOYO, S.; O’KEEFE, P.; SILL, M. (1993). The Southern African Environment. Profiles
of the SADC Countries. Earthscan Publications Ltd.: London, 364p
https://www.misau.gov.mz › index.php ›.2021
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