Emilia Urombo.

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Emília Urombo Francisco

As Principais Acções Em Prol Da Gestão Sustentável Da Biodiversidade No


Mundo Em Moçambique

Licenciatura em Ensino Geografia com Habilitações em Turismo

Universidade Licungo

Beira

2020
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Emília Urombo Francisco

Licenciatura em Ensino Geografia com Habilitações em Turismo

Trabalho de pesquisa a ser apresentado


ao Departamento de Ciências da Terra e
Ambiente, por fins avaliativos da
cadeira de Gestão Ambiental.

Professor:

Joaquim Notice

Universidade Licungo

Beira

2020
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Índice
Introdução.................................................................................................................................... 4

Valor da Biodiversidade e dos Ecossistemas .............................................................................. 5

Principais causas directas da perda de biodiversidade no mundo ............................................... 6

Uso sustentável da biodiversidade .............................................................................................. 6

Educação ambiental em Moçambique ..................................................................................... 7

Principais acções estratégicas em Moçambique.......................................................................... 7

Papel da comunidade, na preservação da biodiversidade ........................................................ 7

Papel do Governo ........................................................................................................................ 8

Papel do Sector Privado ...................................................................................................... 8

Biodiversidade a nível mundial .......................................................................................... 8

Considerações Finais ........................................................................................................ 10

Referências Bibliográficas ................................................................................................ 11


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Introdução
O trabalho tem como tema “As principais acções em prol da gestão sustentável da biodiversidade
no Mundo em Moçambique”. Com base o tema já descrito, nos resta propor alguns objectivos:
geral- analisar as principais acções em prol da gestão sustentável da biodiversidade no Mundo em
Moçambique e objectivos específicos- identificar as principais acções em prol da gestão
sustentável da biodiversidade no Mundo em Moçambique e caracterizar as acções em prol da
gestão sustentável da biodiversidade no Mundo em Moçambique.

Colaborando com o 5º Relatório Nacional sobre a Implementação da Convenção da Diversidade


Biológica (MICOA, 2014), apesar da limitação de dados para avaliar tendências, definem-se como
principais ameaças à biodiversidade a conversão, perca, degradação e fragmentação de habitats
naturais, a sobre-exploração de determinadas espécies, a invasão de espécies alóctones, a poluição
ou contaminação de habitats ou espécies e a degradação de habitats por fenómenos extremos
resultado de alterações climáticas. Em termos metodológicos efectuou-se uma cuidadosa pesquisa
bibliográfica que se consolido com os documentos governamentais de Moçambique e das
principais instituições internacionais mais consistentes para a análise da temática em questão;
navegação na internet, relativamente as várias questões objecto do tema em estudo e finalmente
realização de inquéritos.
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As principais acções em prol da gestão sustentável da biodiversidade no mundo e em


Moçambique
Perante os dados disponíveis, aponta-se para uma redução significativa e generalizada da
biodiversidade nacional, consubstanciada pelo aumento do número de espécies ameaçadas,
redução acentuada nos mangais nos últimos 40 anos, a estimativa de que o volume de abate e
expedição ilegais de madeira são, aproximadamente, o dobro da exportada legalmente, a
preocupação com a caça ilegal (que revela números impressionantes) e no meio marinho
considera-se que as áreas aptas para a captura de camarão estão totalmente exploradas.

De acordo com o 5º Relatório Nacional sobre a Implementação da Convenção da Diversidade


Biológica (MICOA, 2014), apesar da limitação de dados para avaliar tendências, definem-se como
principais ameaças à biodiversidade a conversão, perca, degradação e fragmentação de habitats
naturais, a sobre-exploração de determinadas espécies, a invasão de espécies alóctones, a poluição
ou contaminação de habitats ou espécies e a degradação de habitats por fenómenos extremos
resultado de alterações climáticas.

Valor da Biodiversidade e dos Ecossistemas


Além de seu valor intrínseco, a biodiversidade possui valores ecológicos, genético, social,
econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético. Sem biodiversidade não há vida.
É ela quem sustenta os meios de vida humanos e a vida em si.

Para os povos tradicionais a biodiversidade é fundamental para suas subsistências. São totalmente
dependentes dela. Suas culturas e história estão intimamente associadas ao ambiente e aos sistemas
naturais. Nas culturas ocidentais, mesmo não sendo tão evidente assim, há também uma forte
dependência da biodiversidade. Além do mais, processos como o equilíbrio do clima estão
associados à manutenção da biodiversidade. Neles, a fotossíntese e o sequestro de carbono são
essenciais. Há também uma estimativa que 40% da economia mundial se baseia nos produtos e
processos biológicos.
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Principais causas directas da perda de biodiversidade no mundo


Os principais processos responsáveis pela perda de biodiversidade são:
Perda e fragmentação dos habitats;
Introdução de espécies e doenças exóticas;
Uso não sustentável e exploração excessiva de espécies de plantas e animais;
Espécies Exóticas Invasoras;
Contaminação do solo, da água e da atmosfera por poluentes;
Mudanças climáticas.

Uso sustentável da biodiversidade


Há muitas maneiras para evitar ou minimizar a perda de biodiversidade. Uma delas é a conservação
in situ da biodiversidade, por meio da criação de áreas protegidas, em especial de unidades de
conservação, ou por meio de conservação ex situ de espécies e genes, em jardins botânicos, jardins
zoológicos, bancos de sementes, bancos de DNA e outras coleções científicas.

Outras formas de se minimizar a perda da biodiversidade são o manejo sustentável, a recuperação


e a gestão integrada dos ecossistemas. As empresas são agentes de mudança e de inovação para a
criação de mercados favoráveis à biodiversidade e aos ecossistemas e também para o
desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis. A conservação da biodiversidade pode
representar uma fonte de inovação para as empresas pioneiras em mercados emergentes de serviços
ambientais e de produtos relacionados com a biodiversidade.

Negócios dependem de produtos e serviços providos pelos ambientes naturais, mas atualmente as
operações empresariais contribuem para a perda exponencial da biodiversidade. Isso precisa
mudar, a biodiversidade tem que ser incorporada na gestão corporativa e encarada como uma
oportunidade de negócio.

Reserva de espécies
Os parques servem igualmente para a preservação de bancos genéticos, de fauna e de flora, de
modo a permitir pesquisas que levem à utilização racional dos recursos pelo homem, monitoria
das alterações ambientais ocorridas, permitindo o estabelecimento de regras para o uso ou
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reabilitação de recursos naturais degradados; Resumindo, os Parques Nacionais são um recurso


importante e valioso para os cientistas, educadores e para as comunidades, devido à variedade de
usos estéticos, recreativos e económicos que oferecem.

Educação ambiental em Moçambique


A conservação dos recursos da biodiversidade em Moçambique pode requerer a compreensão do
valor desses recursos e do apoio dos cidadãos a todos os níveis da sociedade. Para que todos
moçambicanos possam compreender a importância económica, social e cultural dos recursos da
biodiversidade é importante que se desenvolvam actividades educativas nas vertentes formais,
informal e não-formal. Assim, os processos de educação para o desenvolvimento sustentável são
necessários para assegurar uma larga participação e o envolvimento consciente dos cidadãos
angolanos na conservação e uso sustentável dos recursos da biodiversidade.

Principais acções estratégicas em Moçambique


A Estratégia Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável pretende criar, em Moçambique, uma
visão comum para uma sábia gestão ambiental, conducente a um desenvolvimento sustentável que
contribua para a erradicação da pobreza e de outros males que afligem a sociedade moçambicana,
baseado nos princípios e postulados estabelecidos pelo Plano de Implementação da Agenda 21 e
da NEPAD. Esta visão comum estabelecerá a direcção pela qual, todos os parceiros para o
desenvolvimento se orientarão, incluindo as ONGs, o sector privado, a comunidade académico-
científica, a sociedade civil, bem como os parceiros para o desenvolvimento internacional.

O Governo de Moçambique, através do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental


(MICOA), assumirá o papel de liderança na coordenação do processo. Caberá aos restantes
ministérios, ao sector privado, às ONGs, aos grupos comunitários, aos cidadãos ao nível
individual, com a participação das Agências Internacionais de Desenvolvimento, o
comprometimento de prosseguir com a implementação do preconizado pela Estratégia.

Papel da comunidade, na preservação da biodiversidade


Aproximadamente entre acima de 60% da população de Moçambique reside em áreas rurais, sendo
dependente dos recursos naturais para a sua sobrevivência. Para além de serem as mais afectadas
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por fenómenos naturais, são também as que melhor conhecem a biodiversidade em Moçambique,
particularmente em relação à sua distribuição. Os seus conhecimentos são importantes para
actividades de investigação científica. As comunidades locais devem, assim, ter um papel chave a
desempenhar na conservação e gestão da biodiversidade, o que está fortemente relacionado com o
uso sustentável dos recursos da biodiversidade. O envolvimento comunitário é importante no
acesso e partilha de benefícios dos recursos da biodiversidade.

Papel do Governo
Através da presente Estratégia, o Governo estabelece, não só a sua visão e liderança sobre o
processo, como também o quadro institucional dentro do qual as parcerias e colaboração entre as
partes interessadas poderão ser bem-sucedidas.
As responsabilidades do Governo quanto ao desenvolvimento sustentável no país incluem o
estabelecimento de políticas, normas, instituições, programas que assegurem um caminho visando
a implantação de uma cultura para uma correcta gestão e uso sustentável dos recursos disponíveis,
bem como o desempenho de funções de planificação, desenvolvimento de políticas,
monitoramento, regulação e controle.

Papel do Sector Privado


O sector privado, cujo papel e contribuição no crescimento económico nacional vem assumindo
um papel cada vez mais crescente, é chamado a participar na gestão dos recursos naturais de forma
activa e consequente e comparticipando nos esforços de preservação ambiental com acções
concretas.

Biodiversidade a nível mundial


A avaliação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o estado, as tendências e a perspetiva
do meio ambiente realizada no 5º Panorama do Meio Ambiente Global, “sublinha não só a
gravidade das mudanças e desafios ambientais emergentes em todo o mundo, mas também mostra
que, em muitas áreas, há uma aceleração das mudanças ambientais que estão impelindo o mundo
rumo aos pontos de inflexão” (PNUMA, 2015).
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Segundo a mesma avaliação, em termos de biodiversidade, não obstante o manancial de políticas,


regulamentos e ações até aqui adotados no sentido de minimizar a degradação de habitats, perdas
substanciais e contínuas de espécies continuam a contribuir para a deterioração dos ecossistemas
e para uma redução dos serviços ecossistémicos.

Áreas de Conservação
A conceção atual das áreas de conservação põe em evidência um dos seus principais objetivos - a
conservação in situ da biodiversidade (WATKINS & KIRBY, 1998; BOWMAN, 2002;
MCNEILL, 2003). Porém, com idêntica importância surgem funções como:

a) manter viáveis as populações de todos os taxa nativos, sujeitos apenas às mudanças


ambientais que podem, naturalmente, alterar abundâncias ou distribuições;
b) manter o número e a distribuição das comunidades e habitats correspondentes, igualmente
sujeitos a mudanças ambientais que podem alterar tais distribuições;
c) manter a diversidade genética de todas as espécies na AP;
d) inibir a introdução de espécies não nativas, promovida antropicamente;
e) manter a viabilidade dos habitats, como resposta às alterações ambientais;
f) promover estudos científicos de índole variada;
g) permitir, com regulação, a exploração de recursos genéticos valiosos e outros tipos de
informação sobre a biodiversidade.

Contudo, por vezes, não é possível garantir a conservação das espécies em seu habitat natural, seja
porque o seu habitat foi destruído ou está expressivamente degradado ou por restarem poucos
indivíduos da espécie. Nessas situações, os indivíduos podem ser mantidos em condições artificiais
controladas pelo ser humano, numa tentativa de garantir que se mantenham saudáveis e possam
gerar o máximo de prole possível. Nesse caso, trata-se de conservação ex situ. Essa estratégia deve
ser utilizada quando se chegar à conclusão de determinada espécie expressivamente ameaçadas de
extinção pode ter maior probabilidade de continuar existindo, se submetida à supervisão humana.
Para os animais, os zoológicos, os grandes aquários públicos e centros de triagem de animais são
exemplos de instalações que servem para a preservação ex situ.
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Considerações Finais
O Governo de Moçambique, através do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental
(MICOA), assumirá o papel de liderança na coordenação do processo. Caberá aos restantes
ministérios, ao sector privado, às ONGs, aos grupos comunitários, aos cidadãos ao nível
individual, com a participação das Agências Internacionais de Desenvolvimento, o
comprometimento de prosseguir com a implementação do preconizado pela Estratégia.
Contudo, por vezes, não é possível garantir a conservação das espécies em seu habitat natural, seja
porque o seu habitat foi destruído ou está expressivamente degradado ou por restarem poucos
indivíduos da espécie. Nessas situações, os indivíduos podem ser mantidos em condições artificiais
controladas pelo ser humano, numa tentativa de garantir que se mantenham saudáveis e possam
gerar o máximo de prole possível.
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Referências Bibliográficas
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Evolução da Organização e Implementação da Gestão de
Bacias no Brasil. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE ÓRGÃOS DE BACIA, CIOB.
Madri, 4 a 6 de Novembro de 2002, Anais... Madri, 2002b.

CARVALHO, José Ribamar Marques; CURI, Wilson Fadlo; LIRA, Waleska Silveira. Processo
participativo na construção de indicadores hidroambientais para bacias hidrográficas. In: LIRA,
Waleska Silveira; CÂNDIDO, Gesinaldo Ataíde (Org.). Gestão sustentável dos recursos naturais:
uma abordagem. Campina Grande: EDUEPB, 2013.

Ministério do Meio Ambiente No 126 de 27 de maio de 2004. Reconhecem reconhecidas como


áreas prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da
biodiversidade moçambicana. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/chm/_arquivos/port126.pdf>. Acesso em: 17 Jun. 2020.

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