Orientação Parental e TDAH

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 18

1

OS BENEFÍCIOS DA ORIENTAÇÃO DE PAIS DE CRIANÇAS COM TDAH

Érika Patrícia Binda Melim1


Juliana Machado Almeida Bastos2
Suellen Decottignies3
Andreia Araújo4

RESUMO

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do


neurodesenvolvimento, com prejuízos na regulação emocional, cognitiva e
comportamental. Nesse contexto, a orientação de pais é uma ferramenta importante
para o controle externo do comportamento das crianças e para melhorar a qualidade
da interação familiar. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar na literatura
científica os benefícios da orientação de pais no contexto do TDAH. Foram
selecionados 10 artigos publicados no período de 2017 a 2022, nas bases de dados
Pepsic, Scielo Brasil, Pubmed, Bvsalud e Base. Os resultados mostraram que a
orientação de pais trouxe benefícios para as famílias através de informações claras
sobre o transtorno. Concluiu-se que a orientação de pais constitui uma estratégia
importante para melhorar a competência dos pais para lidar com os prejuízos
regulatórios relacionados aos aspectos negativos do transtorno dos filhos, bem
como para o fortalecimento dos vínculos entre pais e filhos. Ressalta-se a
necessidade de mais estudos que enfatizem a importância da orientação de pais de
crianças diagnosticadas com TDAH.

Palavras-chave: transtorno de déficit de atenção com hiperatividade; orientação de


pais; TDAH; pais; crianças.

ABSTRACT

Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is a neurodevelopmental disorder


with impairments in emotional, cognitive, and behavioral regulation. In this context,
1
Acadêmica do Curso de Psicologia da Faculdade Multivix, Vila Velha.
2
Acadêmica do Curso de Psicologia da Faculdade Multivix, Vila Velha.
3
Acadêmica do Curso de Psicologia da Faculdade Multivix, Vila Velha.
4
Mestre em Psicologia pela Ufes. Professora Orientadora da Faculdade Multivix, Vila Velha.
2

parental guidance is an important tool for the external control of children's behavior
and to improve the quality of family interaction. The aim of this study was to analyze
the benefits of parental guidance in the context of ADHD in the scientific literature. 10
articles published from 2017 to 2022 in the Pepsic, Scielo Brasil, Pubmed, Bvsalud
and Base databases were selected. The results showed that parental guidance
brought benefits to families through clear information about the disorder. It was
concluded that parental guidance is an important strategy to improve parents'
competence to deal with regulatory losses related to the negative aspects of their
children's disorder, as well as to strengthen the bonds between parents and children.
We emphasize the need for more studies that endorse the importance of guidance
for parents of children diagnosed with ADHD.

Keywords: Attention Deficit Hyperactivity Disorder; parents guidance; ADHD,


parents, Childrens

1 INTRODUÇÃO

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do


neurodesenvolvimento caracterizado por um padrão de comportamentos desatentos,
hiperativos e impulsivos que são inconsistentes com o nível de desenvolvimento da
criança (APA, 2014; BRASIL, 2022). Tais sintomas surgem ainda na infância, têm
origem genética e ambiental, tendem a perdurar ao longo de toda a vida e, como
consequência, as crianças com esse transtorno podem apresentar prejuízos nas
áreas familiar, social e educacional (APA, 2014; BARKLEY, 2020; ROHDE et al.,
2019; TONETTO; MISHIMA-GOMES; BARBIERI, 2019).

Estudos mostraram que crianças com TDAH são menos obedientes, mais
pessimistas, dispersam-se da tarefa com facilidade, costumam discutir muito, brincar
de forma agitada, gritam com os irmãos e têm grande dificuldade em seguir as
orientações de suas mães que, por sua vez, sentem-se mais sobrecarregadas e, às
vezes, podem ser mais reativas emocionalmente com seus filhos (FARAONE;
CRUZ; LA PEÑA OLVERA, 2019). Além disso, tem sido observado na literatura que
as interações entre pais e filhos com TDAH são demarcadas por muitos conflitos e
uma rotina familiar vinculada por vários momentos de estresse (BRITO; CECATTO,
2019; TONETTO; MISHIMA-GOMES; BARBIERI, 2019). De fato, muitos pais relatam
3

uma rotina altamente conflituosa, uma vez que as crianças se recusam a seguir
regras e comandos; e tarefas simples podem ser esquecidas ou postergadas, como
cuidados básicos de higiene e tarefas acadêmicas e de casa (BARKLEY, 2020).

Diante das dificuldades que surgem com o TDAH, é fundamental melhorar a


qualidade da relação familiar e retomar o vínculo entre pais e filhos por meio da
orientação de pais. No contexto clínico, é primordial que os pais recebam
orientações e compreendam o TDAH, para que possam se engajar no tratamento de
seus filhos. Além disso, o acolhimento dos familiares no momento do diagnóstico
pode melhorar as estratégias de cuidado e ensinar aos pais técnicas de ajuste do
comportamento infantil (BERTOLDO et al., 2020; OLIVEIRA; GASTAUD; RAMIRES,
2018).

No caso do TDAH, a orientação de pais é uma estratégia indispensável na


intervenção terapêutica, podendo melhorar a parentalidade, diminuir o estresse e os
sintomas de depressão dos pais, além da redução dos sintomas do transtorno nas
crianças (BARKLEY, 2020; LIMA; CARDOSO, 2018). Complementarmente, Bertoldo
et al. (2020) destacaram como benefícios observados a melhora da comunicação
entre pais e filhos, através de combinados, ajustando rotinas e regulando
comportamentos, sendo possível, assim, reduzir o estresse, melhorar a qualidade de
vida da família e aumentar a autoestima das crianças, o que faz a orientação de pais
ser imprescindível no contexto do TDAH.

Pesquisadores têm chamado atenção para a importância do envolvimento dos pais


no tratamento dos filhos com TDAH, uma vez que a participação deles na condução
e na escolha do tipo do tratamento pode melhorar a qualidade dos resultados
esperados das intervenções com as crianças. Porém, a falta de orientação dos pais
promove o aumento dos sintomas nas crianças, conflitos familiares,
desconhecimento do transtorno e baixa adesão ao tratamento (BERTOLDO et al.,
2020). Isso contribui, ainda, para estratégias de cuidados apenas com viés
medicamentoso, desconsiderando os tratamentos psicossociais, que incluem
treinamento de habilidades parentais, orientação de pais, práticas de atenção plena,
podendo ou não ser combinados ao uso de medicamentos, conforme pesquisas
citadas por Bertoldo, Feijó e Benetti (2018) – Coates et al. (2015), Daley e O’brien
(2013), Mulqueen et al. (2015) e Stattin et al. (2015). De fato, ao receberem um
4

diagnóstico de TDAH, os pais precisam ser informados sobre como o transtorno afeta
a criança nas esferas sociais, emocionais, comportamentais e acadêmicas (BRASIL,
2022; BERTOLDO; FEIJÓ; BENETTI, 2018).

Ainda nessa mesma perspectiva de argumentação, conforme dados apontados pelo


Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade (BRASIL, 2022), recentemente publicado pelo Ministério da Saúde,
observa-se o TDAH como um transtorno grave de saúde mental, sendo considerado
um problema de saúde pública, de modo que sua prevalência mundial em crianças e
adolescentes é de 3 a 8%, sendo que no Brasil esse número gira em torno de 7,6%.
Com base nisso, ressalta-se a importância da orientação de pais no momento do
diagnóstico de TDAH. Tais dados, somados ao desconhecimento dos pais sobre o
transtorno (BERTOLDO; FEIJÓ; BENETTI, 2018), aumentam a importância de se
observar na literatura se esses objetivos de cuidado estão contemplados nas
orientações de pais, a fim de melhorar as estratégias de cuidado a esses familiares

Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi analisar as publicações científicas sobre
a temática de orientação de pais em casos de TDAH e os seus benefícios para o
tratamento de crianças diagnosticadas com o transtorno.

2 METODOLOGIA

A seleção dos artigos analisados no presente estudo foi realizada nas bases de
dados Periódicos Eletrônicos em Psicologia (Pepsic), Scientific Electronic Library
Online (Scielo Brasil), National Center for Biotechnology Information (Pubmed),
Biblioteca Virtual em Saúde (Bvsalud) e Sistema de Bibliotecas da Unicamp
(Edubase), com os descritores: crianças, TDAH, orientação de pais, tratamento
TDAH, intervenção TDAH, ADHD e parents guidance, combinados ao uso de aspas
e operadores booleanos AND e OR. As palavras-chave foram selecionadas
conforme o objetivo do estudo.

No processo de identificação e triagem dos artigos para análise foram recuperados


1.094 artigos, que foram submetidos a uma análise detalhada. Os critérios de
inclusão dos artigos para participação na amostra final foram: a) textos escritos na
5

íntegra; b) acesso gratuito; c) idioma em português e inglês; d) revisados por pares;


e) publicados entre 2017 e 2022.

Após a leitura do título dos artigos de acordo com os descritores, em cada base de
dados, foram selecionados 64 artigos para leitura dos respectivos resumos,
verificando a sua importância em relação ao tema deste estudo (a orientação de pais
e seus benefícios para as crianças com TDAH) e categorizados segundo os critérios
de inclusão e exclusão. Excluíram-se artigos anteriores a 2017, artigos repetidos,
artigos que não atenderam aos objetivos do estudo, não fizeram referência a
crianças e a TDAH, ou não responderam à pergunta norteadora. Fez-se a leitura
completa de dez artigos, selecionados por possuírem relevância para o tema. O
processo de triagem e seleção dos artigos está detalhado na Figura 1.

Figura 1 - Processo de identificação e triagem de artigos para análise

Fonte: elaboração própria das autoras (2022).

3 RESULTADOS
6

Os dez artigos foram alocados em três categorias: a adesão dos pais ao tratamento;
os tipos de tratamento, incluindo o uso de medicação; os benefícios atingidos
através da orientação de pais. A revisão dos estudos publicados sugeriu que a
orientação de pais tem sido apontada como uma das principais estratégias na linha
de tratamentos do TDAH em crianças. Os estudos apontam que, quando os pais
recebem uma boa orientação sobre o diagnóstico e as melhores estratégias de
cuidados para seus filhos, é possível conseguir reduzir os sintomas do transtorno
nas crianças e melhorar o convívio delas na família, na escola e com seus pares.

O quadro abaixo apresenta os resultados obtidos através de estudos empíricos que


objetivaram analisar, descrever e delinear questões acerca do TDAH em crianças,
relacionadas à orientação de pais, em que abordaram sobre sintomatologia do
transtorno e questões relacionadas à adaptação social e familiar.

Quadro 1 - Caracterização de estudos publicados de 2017 a 2022


TIPO DE
ANO NOME TÍTULO DO ARTIGO PRINCIPAIS RESULTADOS
ESTUDO
Os resultados mostram que existem
recursos presentes no ambiente
familiar que podem contribuir para o
desenvolvimento da criança com
transtorno mental, porém, essa
disponibilidade é afetada pelo tipo
de comportamento ou dificuldade
Eduarda Souza
apresentada pela criança. Além
Dilleggi; Associations between
disso, destaca-se que essas
Patricia Leila family environment Transversal,
crianças possuem características
2022 dos Santos; resources and mental descritivo e
pessoais positivas (comportamentos
Fabio health problems in correlacional
pró-sociais), que poderiam ser
Scorsolini- children
reforçadas como fatores de
Comin.
proteção para o desenvolvimento.
Maior atenção deve ser dada à
forma como os familiares gerenciam
o ambiente e suas interações com a
criança com transtorno mental,
considerando as necessidades de
ambos – criança e família.
Intervenção
Maria Lao Tse
psicológica grupal A intervenção grupal com pais de
Bertoldo; Luan
com pais de crianças crianças com TDAH contribuiu como
Paris Feijó;
com transtorno de dispositivo para melhorar a
Silvia Pereira Relato de
2020 déficit de atenção e qualidade de vida das famílias que
da Cruz experiência
hiperatividade em vivenciam dificuldades relacionadas
Benetti;
unidade assistencial aos aspectos do transtorno dos
Fernanda
pública: relato de seus filhos.
Barcellos
experiência
Ana Paula Emotional Pesquisa Os resultados deste estudo
2019
Mucha Tonetto; development of qualitativa sugeriram que o acompanhamento
7

psicoterapêutico, para pais e para a


Fernanda Kimie
criança, seria uma forma ideal de
Tavares children with Attention
aliviar os sintomas da criança, para
Mishima- Deficit Hyperactivity
que ela possa recuperar sua
Gomes; Valeria Disorder
capacidade criativa de agir
Barbieri
espontaneamente no mundo.
Os resultados do estudo indicam
Anne Wüstner; Risk and protective que os problemas de saúde mental
Christiane Otto; factors for the dos pais podem ter efeitos
Robert Schlack; development of prejudiciais sobre os sintomas do
Estudo
2019 Heike Hölling; ADHD symptoms in TDAH, enquanto um bom clima
longitudinal
Fionna Klasen; children and familiar e apoio social podem ter
Ulrike Ravens- adolescents: Results efeitos benéficos sobre o TDAH em
Sieberer of the longitudinal crianças e adolescentes ao longo do
tempo.
O estudo concluiu que pais com
habilidades sociais
Relações entre influenciam na competência social e
habilidades sociais de
Erika Borges Revisão
pais e acadêmica dos filhos, no
2019 dos Santos; bibliográfica
comportamento dos comportamento adequado deles e
João Wachelke narrativa
filhos: uma também que eles participam mais
revisão da literatura das atividades diárias dos filhos, o
que favorece o envolvimento entre
eles.
Os resultados apontados mostram
que, em sua maioria, pais e/ou
Transtorno de Déficit
Jéssica Raizi responsáveis, no momento do
de Atenção/
Brito; Luis Pesquisa diagnóstico, não recebem as
2019 Hiperatividade
Humberto exploratória orientações necessárias acerca do
(TDAH): um olhar
Cecatto transtorno, mas sim orientação
voltado para os pais
quanto à dosagem e uso da
medicação.
A partir da análise dos artigos foi
possível constatar que crianças com
déficit de atenção com
Camila hiperatividade desempenham
Participação
Guimarães tarefas de modo semelhante ao de
doméstica de
Mendes; crianças com desenvolvimento
crianças e Revisão
Marisa Cotta típico, todavia crianças com TDAH
2018 adolescentes com sistemática de
Mancini; recebem mais assistência pelos
TDAH: uma revisão literatura
Débora cuidadores quando comparadas a
sistemática da
Marques seus pares. São poucos os estudos
literatura
Miranda envolvendo crianças com déficit de
atenção com hiperatividade, e não é
possível a generalização dos
achados.
Existem significativas evidências de
que a inclusão dos pais no
tratamento da criança com TDAH
traz benefícios para pais e crianças.
Lao Tse Maria Intervenções para o
Pais adquirem habilidades em
Bertoldo; Luan TDAH infanto-juvenil
Revisão relação ao conhecimento e manejo
2018 Paris Feijó; que incluem pais
teórica do transtorno e aprendem a auxiliar
Silvia Pereira como parte do
a criança em relação a diferentes
da Cruz Benetti tratamento
aspectos, diminuindo sintomas,
favorecendo o desenvolvimento
infantil e melhorando relações entre
pais e filhos.
2018 Luiz Ronaldo Participação dos pais Estudo Constatou-se neste estudo que
8

Freitas de psicoterapeutas de crianças, na sua


Oliveira; Marina exploratório, prática clínica cotidiana, têm
na psicoterapia da
Bento Gastaud; de buscado formas de melhor oferecer
criança: práticas dos
Vera Regina levantamento, esse atendimento, o que tem
psicoterapeutas
Röhnelt transversal incluído os pais no processo
Ramires terapêutico.
Programa de orientação e
treinamento de pais atendeu às
expectativas e necessidades dos
Arlete de Lima;
Orientação e pais que o buscaram, contribuindo
Ana Maria
2018 treinamento de pais: Caso clínico para o desenvolvimento de algumas
Pereira
uma vivência clínica habilidades sociais básicas nos
Cardoso
filhos e possibilitando o aumento na
qualidade das interações sociais
entre pais e filhos.
Fonte: elaboração própria das autoras (2022).

4 DISCUSSÃO

Pessoas com TDAH possuem uma disfunção no cérebro que causa movimentação
constante, falha no controle dos impulsos, desatenção e outros comportamentos
julgados intoleráveis, que se revelam em comportamentos como esquecimento,
distraibilidade, impulsividade e desorganização, afetando a atividade social da
criança e interferindo na relação com pais, professores e pares (BARKLEY, 2020;
FARAONE; CRUZ; LA PEÑA OLVERA, 2019). Nesse sentido, trata-se de um
problema crônico, para o qual não existe cura, mas pode ser controlável mediante a
reestruturação dos comportamentos da criança, com a finalidade de torná-la mais
funcional, autônoma e independente, seja na vida familiar, escolar ou social
(BRASIL, 2022). Para tanto, os resultados da análise dos artigos deste estudo
evidenciaram que os tratamentos voltados para o TDAH consideram tanto as
intervenções psicossociais quanto as medicamentosas, salientando a importância do
acompanhamento de especialistas da área e da participação dos pais para o
sucesso na vida dos pacientes.

A psicoeducação tem sido utilizada por profissionais de saúde como ferramenta para
orientação das famílias, baseando-se de forma simples e didática na explicação das
questões que podem causar os comportamentos apresentados pela criança, a fim de
ampliar o conhecimento dos pais, proporcionando maior estabilidade e segurança no
manejo dos sintomas do transtorno nos ambientes familiar, social e escolar (BRITO;
CECATTO, 2019). Nesse sentido, a orientação de pais leva ao paciente e à família
informações de maneira compreensível sobre o diagnóstico do TDAH, os sintomas, o
9

tratamento e o ensino de estratégias compensatórias, capacitando-os a lidar com o


transtorno e com o processo de mudanças comportamentais (BRASIL, 2022). No
entanto, quando também existe alguma psicopatologia nos pais, é possível que haja
interferências importantes nos aspectos relacionados ao tratamento dos filhos.
Estudos apontam que esse fato pode contribuir para o exercício de uma paternidade
desadaptativa, dificultando a adoção de medidas que auxiliem as crianças em suas
dificuldades (BERTOLDO; FEIJÓ; BENETTI, 2018). Os autores salientam que o
modo como os pais são assistidos no início do tratamento pode refletir na sua
adesão e no seu envolvimento ao longo de todo o tratamento.

Para que a adesão dos pais aconteça efetivamente, é necessário que os


profissionais à frente do tratamento esclareçam as famílias quanto à condução do
tratamento, definindo os respectivos papéis no manejo comportamental das crianças
com o TDAH e salientando a importância da sua participação no processo de
controle do transtorno (BRITO; CECATTO, 2019; BERTOLDO; FEIJÓ; BENETTI,
2018). Explicar as razões pelas quais a criança apresenta comportamentos difíceis,
esclarecer os sintomas e incentivar a participação dos familiares e cuidadores nas
intervenções facilitam a adesão ao tratamento, reduzem o sentimento de culpa que
muitos pais carregam e lhes oferecem segurança e confiança em suas etapas, tanto
para a família quanto para os próprios pacientes (TONETTO; MISHIMA-GOMES;
BARBIERI, 2019). Brown e Kennedy (2019) corroboram esse aspecto, ao
salientarem que as informações passadas para os pacientes com TDAH e suas
famílias devem ser um processo constante, lidando com as preocupações que
surgem com o passar do tempo, ajudando os portadores do transtorno a entenderem
a si mesmos e melhorando suas habilidades para lidar com os desafios do dia a dia,
levando os pais e familiares a enfrentarem com compreensão e empatia os desafios
trazidos pelo transtorno.

Na falta de orientações quanto ao tratamento dos filhos portadores de TDAH, os pais


tendem a ter um convívio conflituoso com a criança, o que faz com que o ambiente
familiar se torne um espaço de constantes tensões, assim, muitos pais podem se
sentir incompetentes e incapazes de realizar seus papéis (BRITO; CECATTO, 2019).
Nesse sentido, Mattos (2020) ressalta que, quando não há regras claras
estabelecidas, propicia-se a aquisição de comportamentos inadequados e
10

desadaptativos, que possivelmente serão aprendidos e generalizados para outros


contextos além do familiar. Diante disso, Brown e Kennedy (2019) salientam sobre a
necessidade que as crianças com TDAH têm de serem supervisionadas pelos
responsáveis nas tarefas domiciliares, escolares e nos diversos ambientes que
frequentam (MENDES; MANCINI; MIRANDA, 2018).

Bertoldo, Feijó e Benetti (2018), ao citarem estudos realizados por Coates, Taylo e
Sayal (2015) e Daley e O’Brien (2013), afirmam que as intervenções parentais foram
associadas à redução de sintomas de TDAH e sintomas comórbidos em 45% das
crianças participantes com determinado transtorno. Isso indica que o trabalho com os
pais ao longo do tratamento pode seguir de várias formas, inclusive com sessões que
reúnam a família inteira, conforme a especificidade de cada caso. Tais manejos
exigem do terapeuta uma postura flexível, devendo abranger soluções abertas e
criativas (OLIVEIRA; GASTAUD; RAMIRES, 2018). Com base nesses achados,
considera-se, portanto, que os treinamentos de habilidades parentais e atenção
plena, bem como os programas de autoajuda para pais podem significar a
possibilidade de aumentar recursos parentais para lidar com o TDAH nas crianças.

Os estudos acerca da adesão dos pais no tratamento de seus filhos afirmam que
ainda existem muitas dificuldades que impedem o acesso das crianças às
intervenções, como a falta de informação familiar, que acarreta baixa motivação para
conhecer aspectos do transtorno e dos recursos disponíveis para tratamento; bem
como a deficiência dos conteúdos abordados nos programas de treinamento, no que
diz respeito a comportamentos disruptivos não relacionados ao TDAH (BERTOLDO;
FEIJÓ; BENETTI, 2018). Por sua vez, Oliveira, Gastaud e Ramires (2018) indicam
um consenso sobre a importância da participação dos pais na psicoterapia dos filhos,
em estudo realizado com 76 psicoterapeutas que trabalham com crianças.
Entretanto, as práticas reveladas pelos participantes divergem entre abordagens
mais compreensivas e intervencionistas e outras que se limitam à participação dos
pais no intercâmbio de informações.

Estudos observaram que existe resistência de alguns pais quanto à participação no


processo terapêutico dos filhos. Esses pais tendem a atribuir à criança o lugar de
bode expiatório e ao terapeuta a tarefa de resolução dos problemas familiares
(OLIVEIRA; GASTAUD; RAMIRES, 2018). Nesse caso, uma aliança colaborativa
11

com os pais configura-se uma importante ferramenta dentro da orientação, uma vez
que a escuta empática e genuína dos pais pode ser um importante favorecedor para
a evolução do processo terapêutico da criança (OLIVEIRA; GASTAUD; RAMIRES,
2018; WÜSTNER et al., 2019).

A supervalorização medicamentosa teria suas raízes na concepção inicial etiológica


do TDAH, que é vinculada às questões biológicas. Assim, pesquisas atuais revelam
que o tratamento farmacológico é útil no alívio dos sintomas, mas pouco contribui
para os aspectos relacionados ao ajuste do comportamento (BRONW, 2007 apud
BERTOLDO; FEIJÓ; BENETTI, 2018). Isso é condizente com os achados de Barkley
(2020), que ressaltou que crianças com diagnóstico de TDAH possuem maior
dificuldade em regular seus impulsos, sua atenção e resposta a estímulos
ambientais, uma vez que neurotransmissores responsáveis por determinada
regulação sofrem uma alteração que resulta em uma hipoativação dopaminérgica e
noradrenérgica (BARKLEY, 2020). Dessa forma, embora existam similaridades entre
os medicamentos, também há diferenças que explicam o fato de pessoas
responderem de forma mais positiva ou negativa à medicação (COGHILL; CHEN;
SILVA, 2019).

De acordo com a avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias


no Sistema Único de Saúde (Conitec), o uso das medicações metilfenidato e
lisdexanfetamina, amplamente divulgadas para tratamento de TDAH, foi considerado
de baixa segurança (BRASIL, 2022). Entretanto, conforme relataram Tonetto,
Mishima-Gomes e Barbieri (2019), diante de períodos de maiores dificuldades
escolares, comportamentais ou sociais, busca-se a administração de medicamento
em crianças, adolescentes e adultos, sendo que o mais utilizado é o metilfenidato,
estimulante amplamente comercializado desde a década de 1950.

Ao receber um diagnóstico de TDAH, os pais precisam ser informados sobre como


determinado transtorno afeta a criança/adolescente nas esferas sociais, emocionais,
comportamentais e acadêmicas (BRASIL, 2022). Dessa forma, a decisão na
condução do tratamento pode ser influenciada pelo tipo de informações que os
responsáveis possuem sobre o transtorno, por orientações recebidas de
profissionais ou, ainda, baseada na experiência de outros pais (BERTOLDO; FEIJÓ;
BENETTI, 2018). Entretanto, em pesquisa exploratória, Brito e Cecatto (2019)
12

evidenciam que, quando os pais recebem o diagnóstico de TDAH de seus filhos, são
informados acerca da dosagem e uso do medicamento, não sendo esclarecidos
acerca das características do transtorno.

Outros autores destacaram que a supervalorização do tratamento medicamentoso


pode ser considerada preocupante, pois desconsidera outras iniciativas que possam
ser eficazes. Ademais, embora o uso de psicoestimulante seja uma prática
recorrente, é recomendado ter cautela quanto aos efeitos colaterais em crianças
mais jovens (MULQUEEN et al., 2015 apud BERTOLDO; FEIJÓ; BENETTI, 2018).
Nesse sentido, os autores parecem convergir sobre a importância das intervenções
multimodais que englobam as intervenções psicossociais, comportamentais e de
habilidades sociais para crianças e adultos com TDAH, conforme a regulamentação
do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Transtorno do Déficit de Atenção
com Hiperatividade (BRASIL, 2022). Por sua vez, Rohde et al. (2019) afirmam que
algumas crianças com diagnóstico de TDAH necessitam de tratamento combinado,
em que é feito o manejo entre a psicoterapia e a medicação, para obter maior
controle sobre os sintomas. Entretanto, é indispensável incluir no tratamento
combinado a presença dos pais, para que eles aprendam sobre o transtorno e se
tornem capacitados para conduzir as situações comportamentais negativas que são
manifestadas pelas crianças no seu dia a dia (BERTOLDO et al., 2020).

Dentre as opções de tratamento discutidas pelos autores, observaram-se: a


intervenção puramente farmacológica, que não engloba aspectos subjetivos do
paciente; a de caráter psicossocial, que envolve tanto os responsáveis pela criança
ou adolescente no tratamento como o próprio paciente, trabalhando o ensino de
estratégias compensatórias que irão habilitá-los a lidar com o TDAH, propiciando o
processo de mudanças comportamentais (BRASIL, 2022); além da opção
combinada, somando psicoterapia e medicação (COGHILL; CHEN; SILVA, 2019).
Aos profissionais, cabe orientar e acolher as dúvidas e dificuldades dos cuidadores,
esclarecendo as ideias preconcebidas em relação aos tratamentos, despertando na
família a motivação para buscar conhecimento, contribuindo no processo
compreensão do transtorno e tornando os pais agentes ativos no tratamento de seus
filhos (BERTOLDO; FEIJÓ; BENETTI, 2018). Visando auxiliar as famílias no
processo de conhecimento do transtorno, é importante informar aos pais sobre como
13

os sintomas do TDAH podem afetar a vida seus filhos, além de adverti-los sobre a
necessidade de que todos os elementos da vida da criança devam ser tratados por
meio de uma abordagem multimodal, que considere as questões sociais,
emocionais, comportamentais e escolares (BRASIL, 2022).

As intervenções de cunho psicossocial podem auxiliar na qualidade de vida das


crianças com TDAH, principalmente se houver uma integração da rotina diária da
família (BERTOLDO; FEIJÓ; BENETTI, 2018). A inclusão dos pais no processo faz-
se essencial nesse tipo de intervenção (LIMA; CARDOSO, 2018), uma vez que os
pais podem reforçar a autoestima de seus filhos ao aprenderem a identificar talentos
e habilidades específicas e oferecer suporte e oportunidades para que eles se
desenvolvam e sejam reconhecidos por essas habilidades (BROWN; KENNEDY,
2019). Porém estudos mostram que a participação das mães na rotina dos filhos é
muito mais ativa do que a participação dos pais (SANTOS; WACHELKE, 2019).
Corroborando esse estudo, uma pesquisa realizada por Oliveira, Gastaud e Ramires
(2018) apontou que os psicoterapeutas relataram que os homens tendem a ser
menos participativos, em comparação às mulheres, delegando a responsabilidade
das atividades dos filhos às mães. Apontou, também, que, quando há o
engajamento de ambos os pais na psicoterapia dos filhos, os benefícios são
alcançados mais rapidamente, como a adesão da criança ao tratamento.

Ainda no estudo de Oliveira, Gastaud e Ramires (2018), todos os participantes


relataram que, ao incluírem os pais na psicoterapia das crianças, é possível
promover neles insights e reflexões construtivas que conduzem a novas
perspectivas sobre seus papéis, fortalecimento do vínculo pais-filhos, alteração dos
estilos parentais, possibilidade de identificação das próprias emoções e a
compreensão do estado emocional dos filhos. Assim como seus filhos, os pais
também podem precisar de um espaço de acolhimento, aceitação e escuta, em que
consigam expressar livremente os sentimentos e turbulências do cotidiano (BRITO;
CECATTO, 2019). Diante desses benefícios, intervenções baseadas na família e
programas de prevenção e de intervenção precoce podem favorecer um bom clima
familiar, trazendo efeitos benéficos no tratamento do TDAH em crianças e
adolescentes ao longo do tempo (WÜSTNER et al., 2019).

Sem a orientação de pais para promover uma efetiva mudança nos comportamentos
14

característicos do transtorno e nas relações entre os pais e entre os pais e filhos, as


interações familiares tendem a permanecer negativas e estressantes para todos os
membros da família (WÜSTNER et al., 2019; OLIVEIRA; GASTAUD; RAMIRES,
2018). Brito e Cecatto (2019), após as intervenções realizadas com um grupo de
orientação de pais de crianças com TDAH, observaram uma melhoria no
relacionamento entre os casais, que relataram a criação de uma rotina mais
harmoniosa, maior parceria no estabelecimento de regras, passando mais
segurança e confiança para a criança e promovendo melhora no relacionamento
entre eles, o que refletiu também na relação com toda a família.

É importante ressaltar, conforme os achados atuais, que, por meio dos programas
de orientação, observa-se ainda a redução do sentimento de culpa dos pais. É certo
que é imprescindível mostrar para esses pais, através de conhecimentos científicos,
que não há culpados e que os comportamentos apresentados por seus filhos são
característicos de um transtorno mental (SILVA, 2014 apud BRITO; CECATTO,
2019). Entretanto, estudos apontam que também é importante salientar com os pais,
durante as sessões de orientação, o impacto que seus estilos parentais podem
exercer sobre as crianças. Com base nisso, Santos e Wachelke (2019), em uma
revisão de literatura que relacionou habilidades sociais de pais e comportamento dos
filhos, perceberam que os estudos eram unânimes ao relatarem que as habilidades
sociais dos pais, tanto positivas quanto negativas, exerciam influência na
competência social e acadêmica dos filhos e no comportamento adequado deles.

É importante envolver os pais e levá-los a entender que a criança com TDAH não
age erroneamente por vontade própria, e sim devido às disfunções provocadas pelo
transtorno, conforme destacaram Rohde e Benczik (1999) apud Brito e Cecatto
(2019). Dessa forma, por meio da orientação, é possível auxiliar os responsáveis
para compreenderem os ambientes em que seus filhos estão inseridos, a
importância de dar-lhes ajuda e perceber quais as suas exigências e limitações, para
que seja possível adequar o nível das demandas ao que eles podem responder
(BERTOLDO et al., 2020; MENDES; MANCINI; MIRANDA, 2018).

Os resultados de um estudo brasileiro de Mendes et al. (2016), citado por Mendes,


Mancini e Miranda (2018), revelaram que quanto maior a intensidade de sintomas de
hiperatividade/impulsividade e de oposição a criança apresentar, maior será a
15

necessidade de assistência dos cuidadores. Dessa forma, percebe-se que os


sintomas do TDAH, principalmente quando associados à presença de
comorbidades, geram um impacto significativo no ambiente familiar. Além disso, por
ser um transtorno de apresentação bastante heterogênea, crianças com TDAH
podem apresentar perfis de funcionalidade diferentes. Portanto, o cenário de
pesquisas sobre TDAH parece convergir para a inclusão dos pais no tratamento de
seus filhos diagnosticados com transtorno.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados observados a partir desta revisão bibliográfica ressaltaram que a


orientação de pais é uma estratégia clínica fundamental para melhorar a
competência dos pais frente às demandas de regulação das crianças com TDAH.
Além disso, em termos de benefícios para as crianças com o transtorno e seus
familiares, foram identificados: maior conhecimento acerca do transtorno por parte
dos pais, alteração de estilos parentais negativos, acesso a estratégias de
enfrentamento das dificuldades comportamentais, redução do estresse parental,
fortalecimento do vínculo entre pais e filhos, melhora do autocontrole e da
autoestima da criança e redução dos comportamentos negativos do transtorno.

Evidenciou-se, ainda, que as mães participam mais ativamente dos cuidados com os
filhos, o que pode estar ligado ao aumento do estresse materno e à qualidade da
interação com os filhos. Portanto, torna-se importante incentivar a participação
paterna no tratamento psicoterapêutico, a fim de melhorar o exercício da
parentalidade e a relação conjugal.

Quanto à administração de medicação, observou-se que não há um consenso


acerca do uso. Embora a Portaria 14/2022 (BRASIL, 2022) não recomende a
incorporação de metilfenidato ou de lisdexanfetamina ao tratamento de TDAH, a
maior parte dos profissionais de saúde defende o uso combinado com a intervenção
psicossocial.

Diante do comprovado desconhecimento dos pais sobre a etiologia do TDAH, os


tipos de tratamentos disponíveis, uso apropriado de medicação e dos resultados
mostrados através deste estudo, conclui-se que a orientação de pais é uma
16

importante estratégia de tratamento, que ocasiona benefícios para as famílias,


através de informações claras sobre o transtorno, alteração de estilos parentais
negativos, estratégias de enfrentamento das dificuldades comportamentais, redução
do estresse parental, fortalecimento do vínculo entre pais e filhos, melhora do
autocontrole e da autoestima da criança, bem como a redução dos comportamentos
negativos do transtorno. Não é demais informar sobre importância de se fazer um
tratamento, pautado nos princípios éticos e técnicos, direcionando um olhar integral
para o indivíduo e sua família, identificando as demandas mais emergentes.

Por fim, destaca-se a necessidade de que mais estudos sejam realizados, visto que
é escassa a publicação de artigos sobre orientação de pais de crianças com TDAH.
Sugerem-se, também, pesquisas voltadas para TDAH infantil no âmbito da
orientação de professores, pois observou-se nas leituras realizadas que o
desconhecimento dos professores sobre como lidar com alunos com TDAH faz com
que se sintam abandonados, sobrecarregados e impotentes, fato que demanda
orientação de especialistas para explicar e sugerir meios para resolução dos
problemas em sala de aula.

REFERÊNCIAS

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual diagnóstico e


estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BARKLEY, Russell A. TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção com


Hiperatividade. Belo Horizonte: Autêntica, 2020. Edição do Kindle.

BERTOLDO, Lao-Tse Maria et al. Intervenção psicológica grupal com pais de


crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em unidade
assistencial pública: relato de experiência. Rev. SPAGESP, Ribeirão Preto, v. 21, n.
2, p. 126-138, dez. 2020. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1677-29702020000200010&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 05
out. 2022.

BERTOLDO, Lao-Tse Maria; FEIJÓ, Luan Paris; BENETT, Silvia Pereira da Cruz.
Intervenções para o TDAH infanto-juvenil que incluem pais como parte do
tratamento. Psicologia Revista, v. 27, n. 2, p. 427–452, 2018. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/index.php/psicorevista/article/view/33454. Acesso em: 05
out. 2022.
17

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Conjunta nº 14, de 29 de julho de 2022.


Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Transtorno do Déficit de
Atenção com Hiperatividade. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2022.

BRITO, Jéssica Raizi; CECATTO, Luis Humberto. Transtorno de Déficit de Atenção/


Hiperatividade (TDAH): Um olhar voltado para os pais. Aletheia, Canoas, v. 52, n.
2, p. 66-78, dez. 2019. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1413-03942019000200006&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 05
abr. 2022.

BROWN, Thomas E.; KENNEDY, Ryan J. Estabelecendo um plano psicossocial para


o controle do TDAH. In: ROHDE, Luis Augusto et al. (Org). Guia para
Compreensão e Manejo do TDAH da World Federation of ADHD. Porto Alegre:
Artmed, 2019. p. 67-134.

COGHILL, David; CHEN, Wai; SILVA, Desiree. Organizando e fornecendo


tratamento para o TDAH. In: ROHDE, Luis Augusto et al. (Org.). Guia para
Compreensão e Manejo do TDAH da World Federation of ADHD. Porto Alegre:
Artmed, 2019. p. 88-116.

DILLEGGI, Eduarda Souza; SANTOS, Patrícia Leila dos; SCORSOLINI-COMIN,


Fabio. Associations between family environment resources and mental health
problems in children. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 71, n. 1, p. 32-39, 2018.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/VTDYdSxsHJXsLwB4YXfWCGx/?
lang=en. Acesso em: 09 abr. 2022.

FARAONE, Stephen V.; CRUZ, Lino Palacios; LA PEÑA OLVERA, Francisco R. de.
Compreendendo conceitos essenciais da etiologia do TDAH. In: ROHDE, Luis
Augusto et al. (Org.). Guia para Compreensão e Manejo do TDAH da World
Federation of ADHD. Porto Alegre: Artmed, 2019. p. 1-17.

LIMA, Arlete de; CARDOSO, Ana Maria Pereira. Orientação e treinamento de pais:
uma vivência clínica. DOXA: Revista Brasileira de Psicologia e Educação,
Araraquara, v. 20, n. 1, p. 6-19, jan./jun. 2018. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/doxa/article/view/10872. Acesso em: 05 abr. 2022.

MATTOS, Paulo. No mundo da Lua: perguntas e respostas sobre Transtorno do


Déficit de Atenção com Hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos. 17. ed.
Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

MENDES, Camila Guimarães; MANCINI, Marisa Cotta; MIRANDA, Débora Marques.


Participação doméstica de crianças e adolescentes com TDAH: uma revisão
sistemática da literatura. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 26, n.
3, p. 658-667, 2018. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/cadbto/a/XWCrt344BRfmkYxj4cRQzNn/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 10 maio 2022.

TONETTO, Ana Paula Mucha; MISHIMA-GOMES, Fernanda Kimie Tavares;


BARBIERI, Valeria. Emotional development of children with Attention Deficit
Hyperactivity Disorder. Psicol. clin., Rio de Janeiro, v. 31, n. 3, p. 521-540, dez.
18

2019. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?


script=sci_arttext&pid=S0103-56652019000300007&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 09
abr. 2022.

OLIVEIRA, Luiz Ronaldo Freitas de; GASTAUD, Marina Bento; RAMIRES, Vera
Regina Röhnelt. Participação dos pais na psicoterapia da criança: práticas dos
psicoterapeutas. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 38, n. 1, p. 36-49, 2018.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pcp/a/777TQKVnB5rMgdF7DwTc6xN/abstract/?lang=pt#.
Acesso em: 23 jun. 2022.

ROHDE, Luis Augusto et al. Avaliando o TDAH ao longo da vida. In: ROHDE, Luis
Augusto et al. (Org.). Guia para Compreensão e Manejo do TDAH da World
Federation of ADHD. Porto Alegre: Artmed, 2019. p. 44-66.

SANTOS, Erika Borges dos; WACHELKE, João. Relações entre habilidades sociais
de pais e comportamento dos filhos: uma revisão da literatura. Pesqui. prát.
psicossociais, São João del-Rei, v. 14, n. 1, p. 1-15, mar. 2019. Disponível em
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
89082019000100012&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 09 ago. 2022.

WÜSTNER, Anne et al. Risk and protective factors for the development of ADHD
symptoms in children and adolescents: Results of the longitudinal BELLA
study. PloS one, v. 14, n. 3, e0214412, 2019. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30908550/. Acesso em: 12 ago. 2022.

Você também pode gostar