Aula 3 Recursos Humanos CC PDF

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA

GRANDE CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE


UNIDADE ACADÊMICA DE ENFERMAGEM
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ENFERMAGEM CIRÚRGICA II

RECURSOS HUMANAS NO CC
Profª Esp. Clara Araújo
INTRODUÇÃO

O CC constitui unidade complexa, em razão da tecnologia disponível. O


trabalho deve ser multidisciplinar, o que inclui a equipe de Enfermagem,
cirurgiões, anestesiologistas, técnicos de radiologia e laboratório, entre
outros.
INTRODUÇÃO

A equipe de enfermagem é subdividida em categorias:


✓ Enfermeiros;
✓ Técnicos de enfermagem;
✓ Instrumentadores cirúrgicos;
✓ Enfermeiros perfusionistas.

Todos interagindo no mesmo ambiente, com uma divisão técnica do


trabalho, na qual cada um exerce determinada função com autonomia,
ética e ciência.
INTRODUÇÃO

O ano de 2020 foi de adaptação e reorganização das atividades e


Recursos Humanos em toda a área da saúde, em razão da Pandemia da
Covid-19.
Contudo, é importante ressaltar que a gestão desses recursos é primordial
para atender a demanda perioperatória; garantir a segurança da
equipe, realizar a limpeza e desinfecção das salas operatórias (SO), entre
outras coisas.
ENFERMEIRO

Enfermeiro perioperatório → profissional habilitado para gerenciar o ato


anestésico-cirúrgico, além de ser responsável pelo planejamento e pela
implementação das intervenções de Enfermagem, visando a segurança,
conforto e individualidade de cada paciente.
COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO NO CC

✓ Conhecimento para a tomada de decisão a fim de avaliar, sistematizar e


decidir as condutas;
✓ Habilidade e capacidade de comunicação efetiva e comunicação;
✓ Liderança no trabalho em equipe multiprofissional;
✓ Administração e gerenciamento da força de trabalho, dos recursos físicos,
materiais e de informação;
✓ Manuseio de informática e tecnologias;
✓ Habilidade para o gerenciamento de custos e otimização do tempo.
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
COORDENADOR
Esse profissional tem atribuições relativas ao funcionamento da unidade e também
às atividades assistenciais, que compreendem funções técnico-administrativas, de
gerenciamento administração pessoal.
Atividades assistenciais:
✓ Desenvolver a SAEP com o paciente e sua família;
✓ Promover assistência com segurança durante todo e qualquer ato anestésico-
cirúrgico;
✓ Estimular/elaborar/executar pesquisas e implementá-las na prática clínica,
proporcionando embasamento científico;
✓ Analisar continuamente o relacionamento interpessoal da equipe de
Enfermagem; Entre outras atividades.
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
COORDENADOR
Além de existir atividades relacionadas ao funcionamento da unidade, como
por exemplo:
✓ Participar da elaboração e revisões normas, rotinas, procedimentos e
protocolos do setor, etc.
E atividades técnico-administrativas, por exemplo: estar presente em reuniões
quando solicitado, além de promover e estimular reuniões e interação com a
equipe de trabalho, etc.
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
ASSISTENCIAL

✓ Desenvolver a SAEP com o paciente e sua família;


✓ Checar a programação cirúrgica;
✓ Fazer escala diária de atividades dos funcionários;
✓ Realizar a visita pré-operatória ou informar-se dos
dados pertinentes a esse período, com o enfermeiro da
unidade de origem;
✓ Prever os recursos humanos necessários ao atendimento
em SO;
✓ Efetuar SVD, caso necessário, etc.
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
ASSISTENCIAL

✓ Obs.: No caso de encaminhamento do paciente da SO à UTI ou Unidade


Semi-intensiva, o ideal é que o enfermeiro assistencial acompanhe o
paciente junto a um membro da equipe anestésico-cirúrgica e passe o
plantão ao enfermeiro daquela unidade.
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

✓ Titulares de diploma ou certificado de técnico de Enfermagem, expedidos


de acordo com a legislação e registrados no órgão competente;
✓ Titulares de diploma ou certificado legalmente conferidos por escola ou
curso estrangeiro, que tenham sido registrados em virtude de acordo de
intercâmbio cultural ou reavaliados no Brasil como diploma de técnico de
Enfermagem.
ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE
ENFERMAGEM NO CC

✓ O técnico de Enfermagem que atua no CC participa da equipe


perioperatória e pode desenvolver suas atividades em todo o período
perioperatório. No CC, esse profissional geralmente exerce a função de
circulante de sala, pode atuar como instrumentador, caso tenha
capacitação, habilidade e responsabilidade para a função.
ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE
ENFERMAGEM NO CC

✓ Seguir normas e regulamentos da instituição e do setor;


✓ Colaborar com o enfermeiro no treinamento de outros profissionais;
✓ Desenvolver procedimentos técnicos, conforme orientação do enfermeiro e
treinamentos realizados;
✓ Estar ciente das cirurgias a serem realizadas na SO pela qual é
responsável;
✓ Realizar limpeza preparatória da SO no início do dia;
✓ Verificar a limpeza das paredes e do piso da SO;
ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE
ENFERMAGEM NO CC

✓ Checar o funcionamentos de gases medicinais e equipamentos;


✓ Verificar o funcionamento da iluminação da SO;
✓ Tomar providências para a manutenção da temperatura adequada na
SO;
✓ Ao término do procedimento anestésico-cirúrgico e após a autorização
da equipe, fazer a retirada dos dispositivos e equipamentos que
estiverem acoplados ao paciente; etc.
AUXILIAR DE ENFERMAGEM

✓ Enquadram-se na categoria de auxiliar de Enfermagem os profissionais


habilitados em cursos reconhecidos pelo MEC. Esse profissional exerce
atividades de nível médio, de natureza repetitiva, de baixa
complexidade, envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob
supervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em
processos de tratamento, não atribuindo a esses profissionais
competências privativas para a atuação em CC.
AUXILIAR DE ENFERMAGEM

✓ Observação: a SOBECC recomenda que atividades específicas e que


envolvam procedimentos anestésico-cirúrgicos complexos sejam
executados preferencialmente pelo enfermeiro assistencial ou, na falta
deste, pelo técnico de Enfermagem com conhecimentos técnicos-
científicos especializados para tais ações.
ENFERMEIRO PERFUSIONISTA

✓ A resolução do COFEn n° 0528, de 9 de novembro de 2016, normatiza


a atuação do enfermeiro perfusionista como membro da equipe cirúrgica
nas cirurgias em que esse profissional seja solicitado.
✓ O perfusionista é um profissional de nível superior das carreiras da área
da saúde e biologia, com formação para essa função. Ele planeja e
executa a substituição das funções cardiocirculatórias e respiratórias
durante o ato anestésico-cirúrgico.
ENFERMEIRO PERFUSIONISTA

✓ Para o exercício das atividades de enfermeiro perfusionista, deve-se


atender a um dos critérios seguintes, validados pelo COREn de cada
jurisdição:
✓ Ser egresso de programa de pós-graduação lato sensu reconhecido
pelo MEC ou de residência multidisciplinar pertinentes à área
✓ Possuir Título de Especialista emitido pela Sociedade Brasileira de
Circulação Extracorpórea (SBCEC).
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
PERFUSIONISTA

✓ Participar e contribuir com as atividades multiprofissionais dentro do CC;


✓ Testar os componentes do equipamento de CEC e controlar sua
manutenção preventiva e corretiva, garantindo suas condições de uso;
✓ Coletar informações no prontuário do paciente necessárias à utilização
da CEC durante o processo anestésico-cirúrgico (idade, peso, altura e
superfície corpórea);
✓ Verificar a existência de comorbidades e/ou condições que possam
interferir na execução ou requerer cuidados especiais para a condução
da CEC;
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
PERFUSIONISTA

✓ Monitorar pressões arteriais e venosas, diurese, tensão dos gases


sanguíneos, hematócrito e nível de anticoagulação e promover as
correções necessárias;
✓ Induzir o grau de hipotermia sistêmica determinado pelo cirurgião,
objetivando a preservação metabólica do SNC e demais sistemas
orgânicos;
✓ Encerrar o procedimento, retornando a ventilação ao anestesista, após o
coração reassumir suas funções, mantendo a volemia do paciente e as
condições hemodinâmicas necessárias ao bom funcionamento
cardiorrespiratório.
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO

O Projeto de Lei n. 642/2007, que O projeto estabelece que o exercício da


profissão é privativo daqueles que
dispõe sobre a regulamentação da tenham concluído o curso de
profissão do instrumentador cirúrgico, Instrumentação Cirúrgica ministrado no
foi aprovado na Câmara dos Brasil, por escola oficial ou reconhecida
Deputados em abril de 2010, passando pelo Governo Federal, ou no exterior,
a ser denominado Projeto de Lei da desde que o diploma seja revalidado e
Câmara n° 75/2014. Posteriormente, aprovado pela legislação Brasileira.
foi aprovado em 17 de maio de 2016 Também podem exercer a atividade
aqueles que já atuam na profissão há
pela Comissão de Assuntos Econômicos pelo menos dois anos, a contar da data
(CAE), seguindo a tramitação pertinente. em que a lei entrar em vigor.
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO

Resolução n° 214/1998 COFEn


Considera a instrumentação cirúrgica
"uma atividade de Enfermagem, não
sendo, entretanto, ato privativo da
mesma”, e que o profissional de
Enfermagem, atuando como
instrumentador cirúrgico, por força de lei,
"subordina-se, exclusivamente, ao
responsável técnico pela unidade”.
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO

De modo geral, nos hospitais


Por outro lado, nas instituições
públicos, municipais, estaduais ou
particulares, o instrumentador
federais, o instrumentador
faz parte da equipe cirúrgica
cirúrgico é funcionário
e pode ser contratado pelo
contratado pela instituição.
cirurgião, estando a ele
Sendo, portanto, subordinado ao
subordinado.
enfermeiro do setor.
ATRIBUIÇÕES DO INSTRUMENTADOR
CIRÚRGICO

✓ Conferir materiais, equipamentos e instrumental cirúrgico, necessários ao ato


cirúrgico;
✓ Utilizar equipamentos de proteção, de acordo com a determinação da CCIH
de cada instituição;
✓ Manusear e abrir material estéril com técnica asséptica, prezando pela
proteção de contaminação do mesmo;
✓ Escovar-se e paramentar-se, com técnica asséptica, com tempo hábil para a
organização de materiais antes do início da cirurgia;
ATRIBUIÇÕES DO INSTRUMENTADOR
CIRÚRGICO

✓ Conhecer o instrumental cirúrgico por seus nomes e grupos de função;


✓ Organizar instrumentais, materiais e equipamentos com técnica asséptica
sobre a mesa, de acordo com sua utilização em cada tempo cirúrgico;
✓ Realizar contagem de compressas, gazes e agulhas, em colaboração com o
circulante de sala, quando indicado;
✓ Estar presente e participar do check-list de Cirurgia Segura preconizado na
instituição;
✓ Entregar o instrumental cirúrgico ao cirurgião e assistentes com habilidade e
presteza;
✓ Desparamentar-se com técnica asséptica, etc.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Equipe atuante do CC: O ambiente cirúrgico


É de suma importância
cirurgiões, demanda atividades
o trabalho conjunto e
anestesiologistas, que potencializam o
coeso de todos da
equipe de desgaste físico e
equipe a fim de
Enfermagem. Além de emocional do
conferir ao paciente
auxiliares enfermeiro com os
uma assistência de alta
administrativos, técnicos demais membros da
qualidade, segura e
de Raio X, ASG’s, entre equipe de saúde.
livre de riscos evitáveis.
outros profissionais Sendo assim...
externos.
REFERÊNCIA

Diretrizes de práticas em enfermagem cirúrgica e processamento de


produtos para saúde (SOBECC). 8. ed., rev. e atual.. Barueri: Manole, 2021.

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