Resumos Epistemologia 1º Semestre
Resumos Epistemologia 1º Semestre
Resumos Epistemologia 1º Semestre
POPPER
Obra representativa: A logica da investigação cientifica
Campo: filosofia do conhecimento, epistemologia
Desafios/Oposições: Método indutivo; positivismo; filosofia analítica; escola de Frankfurt
Método: falsificacionismo, racionalismo crítico, método hipotético dedutivo
Origem da ciência: Problemas teóricos ou práticos
Caracterização do saber científico: todas as ideias devem ser constantemente submetidas a
rigorosas críticas para que sobrevivam
Etapas: 1. Problemas 2. Hipóteses falsáveis; 3. Experimentação; 4. Teste; 5. Lei ou substituição
das hipóteses até achar uma lei corroborada
Evolução da ciência: substituição
LAKATOS
Obra representativa: A metodologia dos programas de investigação cientifica (1977)
Campo: Filosofia do conhecimento, epistemologia
Desafios/Oposições: Falsificacionismo “ingênuo”
Método: Programas de investigação cientifica (Constituídas por núcleos irredutíveis e cinturões
protetores); falsificamos sofisticado
Origem da ciência = Problemas: teóricos ou práticas
Caracterização do saber científico: Todo programa possui um conjunto de teorias que o
estruturam, o núcleo irredutível. é o caráter da heurística (positivo ou negativo) que determina
sua longevidade. A positiva aponta capacidade de predizer fatos novos, a negativa afasta de
pressuposto teóricos.
Etapas: O núcleo pode ser infalsificável por opção de uma comunidade cientifica, mas ele pode
optar por sair do programa.
Evolução da ciência: Substituição de programas de investigação cientifica
KHUN
Obra representativa: A estrutura das revoluções cientificas (1962)
Campo: Filosofia do conhecimento, epistemologia
Desafios/Oposições: Oposição a visão da ciência como resultado de um processo cumulativo
Método: Análise social histórica
Origem da ciência: Paradigma (suposição ontológica adotado por uma comunidade cientifica)
Caracterização do saber científico: A evolução da ciência é um processo sucessivo e constante
no qual o paradigma é central. Tal processo tem caráter revolucionário, visto que os paradigmas
podem ser substituídos e sofrem efeitos dos fatores sociológicos (relativistas)
Etapas: 1. Ciência normal (paradigma) 2. Crise 3. Revolução 4. Nova Ciência normal (paradigma)
Evolução da ciência: Alternância de aperfeiçoamento e revolução
Inre LAKATOS:
=>Introdução ao texto
O que é epistemologia?
O que é ciência?
Como diferenciá-la da pseudociência?
2-Convencionismo
Base nas influências de Henri Bergson: a indução do método
Paradigma: revolução copernicana (substituição do sistema geocêntrico pelo sistema
heliocêntrico)
Descobertas factuais e Sistemas de classificação
Visão pragmática: “genuíno progresso da ciência é cumulativo e ocorre ao nível básico dos fatos
comprovados” página 26
Relação com o instrumentalismo: as teorias cientificas como instrumentos para a predição.
3-Falsificacionismo metodológico
Parte do falsificacionismo de Karl Popper e toma lei e Newton e as contribuições de Einstein-
entre outros autores-como paradigmas
Parte de uma hipótese falsificável
“A importância de uma descoberta fatual deve ser avaliada pela importância da teoria por ela
efetuada “página 29
Modelo dedutivo- Do geral para o particular
MAX WEBER
Texto Ciência como vocação
=>A Introdução
"O sentido da neutralidade axiológica" (1917)
Palestra proferida em 1919
Crítica ao "capitalismo de Estado nas Universidades" (preocupação com a dimensão econômica
a chegada do capitalismo nas universidades, ou seja, na ciência inclusive)
Comparação entre o sistema acadêmico alemão e norte-americano
=>Definição da ciência
Análise comparada das ciências naturais e ciências sociais;
A filosofia como recurso: o mito da caverna de Platão;
"Desencantamento do mundo"
PIERRE BOURDIEU
=>Introdução
Preocupação com a vida social
Herança teórica weberiana
Reflexão crítica sobre os limites disciplinares
Três conceitos: campo, capital e habitus (não precisa conceituar para a prova)
=>Grandes debates de RI
-Primeiro debate – Período entre guerras (1930): Idealistas x Realistas
-Segundo debate- Pós Segunda Guerra (1950-1970): Tradicionalistas x Behavioristas
-Terceiro debate- Anos 1970 Positivistas x pós-positivistas (neorrealismo x neoliberalismo)
-Quarto debate (1990...) - Construtivismo x liberalismo x reflexismo
Hoffmann faz parte especialmente do terceiro debate, chegando a participar de outros, mas não
do último.
=>Origens da disciplina
-Filosofia: Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau, Hume, Kant, Hegel e Marx
-História: Tucídides
Ciência Política: Tocqueville, outros...
=>Only America
-3 fatores do desenvolvimento da disciplina nos EUA: Predisposições intelectuais; Circunstâncias
políticas; Oportunidades institucionais.
2)Circunstâncias Políticas
-O papel dos EUA no sistema mundial pós segunda guerra
-Interesses dos “policy-makers” norte-americanos pela produção cientifica em RI
OBS. Policy-makers aqueles que fazem política
3)Oportunidades institucionais
-Integração do campo acadêmico com o campo político
-Links entre o campo acadêmico e o campo político: fundações de pesquisa e outras
organizações
-Características da academia norte-americana: flexibilidade e o estágio avançado de
institucionalização das ciências sociais
=>Even in America
--“Empecilhos das RI”
-Teoria da RI
-Nível de análise
-O dilema prático/aplicado: RI para quem?
Para o autor RI retrata a Europa e a América do Norte (Estado Unidos); o autor é democrata
=>Because of America
+Considerada a parte mais desatualizada
--Características “Americanas” das RI enquanto ciência
-A busca pela precisão: “Tentativa de calcular o incalculável”
-A ênfase no presente e o distanciamento da história
-Ontologia restritiva em virtude do anseio de diferenciar as RI dos outros campos
"A teoria política e o direito são... Sistemas de ação num campo de relacionamento normal e
de resultados calculáveis. São a teoria da boa vida. A teoria internacional é a teoria da
sobrevivência. O que para a teoria política é um caso extremo (como a revolução ou guerra
civil) para a teoria internacional é um caso normal" (p.33).
=>Desafios para a teoria política
-Balança ou equilíbrio de poder
-Os impérios como desafio para compreensão das RI
-O século XX e as iniciativas de governança globais
=>Considerações finais:
-Desarmonia entre teoria internacional e prática diplomáticas
-Dificuldades em teorizar a política internacional
-Teoria internacional é a teoria da sobrevivência
-Ontologia importa tanto quanto a epistemologia
=>Sobre teoria em RI
-Teorias são construções intelectuais a realidade (p.40)
-Teoria é um construto humano
-A tarefa do teórico é relacionar conceitos com o objetivo de criar sistemas conceituais
-Teoria em RI= “reflexão sistemática sobre agentes e processos n contexto das RI”
-Influência do racionalismo nas teorias mainstream de RI
=> "A interação dos agentes internacionais engendra a evolução dos processos internacionais.
Eles são considerados agentes internacionais porque agem sobre a realidade internacional,
transformando-a; porque de sua interação surgem práticas, regras, instituições (...), que passam
a condicionar não apenas o modo como se relacionam, mas também, como consequência das
relações entre os agentes, as próprias dimensões positivas e material do contexto em que eles
interagem" (p.45).
=>Ciência e RI
-Regularidades em processos sociais e políticos existem, mas a a questão da agência humana
exige reflexão epistemológica e ontológica para toda pesquisa em RI.
-Opção do campo pelo pluralismo metodológico, em detrimento do positivismo lógico
tradicional
-A importância da ética em pesquisa em RI
Dicotomia
Universal / Público / Razão Particular/ Privado / Paixão
=>Considerações finais
-"Em vez de imparcialidade, afirmo, devemos buscar a justeza pública, em um contexto de
heterogeneidade e discurso parcial." (YOUNG, 2012, p.188).
-"Ser justo não requer deixar de ser quem se é " (YOUNG, 2012, p.192)
-"A conclusão geral é que a ética em pesquisa pertence a um amplo espectro de investigação
científica no campo de RI e não se restringe apenas à pesquisa de campo envolvendo seres
humanos. As mudanças substantivas nos métodos de pesquisa e coleta de dados exigem novas
maneiras de aplicar a ética à pesquisa em RI*(BHATTACHARYA)
-O diálogo com os pares é essencial
-O debate epistemológico deve ser um compromisso ético do pesquisador em RI
2)Métodos Qualitativos:
Métodos: Sobre
Positivistas: process-tracing e o método Se localiza tanto no positivismo quanto
comparativo no pós-positivismo;
Pós-positivistas: análise de discurso, N-pequeno
análise de conteúdo Entrevistas e outras ferramentas
Outros: Etnografia; entrevistas não Softwares de pesquisa
estruturadas; Observação participante
=> Fichamentos
-Função: permite diálogo ético com os pares científicos em pesquisas futuras
-Objetivos: organização das referências; memorização.
-Pode ser base de dados bibliográficos para pesquisas e artigos a serem publicados
-Dois tipos de fichamentos: Citações / Referências bibliográficas
=>Resenhas
-Função: Leitura crítica e/ou contextualizada de um texto
-Objetivos: Debate entre pares; apresentações de obras à comunidade científica
-Podem ser publicadas em periódicos científicos
-Tipos de resenha: Resenha crítica e Resenha descritiva
=>Questões a serem respondidas pelas resenhas (Cf. DOPCKE):
-Qual é o caráter do texto e sua ideia central?
-Qual é a estrutura do texto? (descrição detalhada sobre as diferentes partes)
-Como o texto pode ser contextualizado dentro do debate acadêmico atual e do próprio
contexto político e social?
-Qual é a sua avaliação crítica do texto?
=>Resumos
-Função: Reunir reflexões que condensem as principais contribuições dos textos
-Objetivos: memorização; reflexão sobre o texto
-Observação: é uma descrição do texto, não passível de publicação.
OBS. existia a ideia da política externa (Itamarati) como um bloco fechado, distante de que a
diplomacia devia ser separada do povo - isso antes do começo da consolidação da área. Ou
seja, RI deixou de ser uma área só de diplomatas.
=>Considerações finais
a) a área está razoavelmente consolidada e tem produzido conhecimentos notáveis;
b) quando comparada a outros campos do conhecimento, particularmente às humanidades,
trata-se ainda de uma área com dimensões reduzidas (p.28).
=>Dificuldades em RI
-Escasso intercâmbio com as ciências da educação e cognitivas
-"Da busca desenfreada de um "lugar no mercado pode resultar o risco de arrefecimento da
adesão de discentes e pesquisadores a valores fundamentais, como a democracia e os
direitos humanos".
-Crítica das autoras à inexistência de uma definição sobre o tema e as contradições das
avaliações de cursos
=>Reflexão
-Panorama da arena política no Estado do Rio Grande do Sul.
- A influência do Governador do Estado do Rio Grande do Sul em Brasília e Vice-versa
- Como o RS contribui para o cenário nacional: a influência seria mais econômica ou
mais política?
- O RS tem um entendimento arraigado da África e mais especificamente ao país X?
- Pontos específicos sobre os quais o RS gostaria de se aprofundar com relação ao
pais X.
=>Considerações Finais
-"Acreditamos que a integração entre as disciplinas não é capaz de "anular o poder que lodo
saber implica", mas aumenta a possibilidade de que os atores da formação internacionalista
desejem partilhar os seus respectivos poderes"
-"Apesar de incompleto, acreditamos que esse panorama ajuda a compreender por que a
integração entre disciplinas na área de RI ainda possui um imenso caminho a explorar.
Devemos nos perguntar o quanto o campo poderia crescer em densidade acadêmica e em
repercussão social, caso conseguisse com maior frequência pautar sua produção cientifica,
não apenas pelo enfrentamento de temas transversais, mas com enfoques e métodos
também transversais - isto é, transdisciplinares, fora ou acima das disciplinas; ou
interdisciplinares, com fecundações recíprocas entre disciplinas*
-"reconhecer a diversidade de sua própria área pode ser mais importante do que assimilar os
rudimentos das demais disciplinas"
-"O que defendemos é a abertura às possibilidades de integração entre disciplinas, e não uma
adesão incondicional a elas"