Lei de Acesso À Informação
Lei de Acesso À Informação
Lei de Acesso À Informação
Aula 00
Lei Federal n° 12.527/11 e Decreto Estadual n° 58.052/12 p/ SAP-SP (Todos os Cargos) Com Vídeoaulas
AULA 00
LEI FEDERAL Nº 12.527 DE 18.11.2011 (LEI DE
ACESSO À INFORMAÇÃO)
Sumário
Sumário .................................................................................................... 1
1 - Considerações Iniciais ........................................................................... 2
2 - Lei De Acesso A Informação (Lei nº 12.527/2011) .................................... 4
3 - Questões............................................................................................ 25
3.1 - Questões sem Comentários ............................................................ 25
3.2 - Gabarito ....................................................................................... 31
3.3 - Questões Comentadas ................................................................... 32
4 - Resumo da Aula .................................................................................. 46
5 - Considerações Finais ........................................................................... 55
@profpauloguimaraes
E agora, estamos juntos para a grande jornada junto à sua vitória! Vem com a
gente!
Bons estudos!
Além disso, a LAI determina em seu art. 5º que é dever do Estado garantir o
direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos
objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil
compreensão.
Agora, quero chamar sua atenção para os conceitos previstos no art. 4º da Lei
nº 12.527/2011.
Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os
direitos de obter:
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o
local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada;
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por
seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada
decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse
vínculo já tenha cessado;
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
TRANSPARÊNCIA ATIVA
(Obrigações de Divulgação)
A LAI determina que o SIC funcione em local com condições apropriadas para
que seja prestado o serviço de atendimento, orientação e informação sobre o
trâmite de documentos. A este órgão físico de atendimento soma-se o Sistema
Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC), que se constitui
em um espaço digital acessível, via internet, onde é possível cadastrar, monitorar
e acompanhar o pedido de informação.
Antes de passarmos para os procedimentos de acesso à informação, gostaria de
esclarecer que o art. 9º prevê que o acesso a informações públicas será
assegurado, além do SIC, também mediante a realização de audiências ou
consultas públicas, incentivo à participação popular ou a outras formas de
divulgação. Assim, além do SIC e da Ouvidoria, outros mecanismos de
participação do usuário na administração pública também devem assegurar o
acesso a informações públicas.
TRANSPARÊNCIA PASSIVA
PROCEDIMENTOS DE RECURSO
Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou
administrativa de direitos fundamentais.
Parágrafo único. As informações ou documentos que versem sobre condutas que
impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de
autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.
Você já sabe que a LAI tutela o direito fundamental à informação e trata dos
casos em que o acesso à informação pode ser restringido. O teor do art. 21 é no
sentido de que as informações necessárias à tutela dos direitos fundamentais
não podem ter seu acesso restringido.
Posso dar um exemplo prático para você acerca desse assunto: quando eu era
estudante universitário, um colega teve sua matrícula negada porque no último
momento o sistema informatizado usado pela universidade apresentou um
problema. Como um bom estudante de Direito, ele sabia que devia ajuizar um
mandado de segurança, que é o remédio constitucional para atacar um ato injusto
praticado por autoridade pública.
Para ajuizar o mandado de segurança, meu amigo precisava saber quem negou
a matrícula, não é mesmo? Agora imagine que a universidade alegasse que a
informação da identidade do responsável era sigilosa. Meu amigo ficaria impedido
de buscar a tutela judicial para o direito fundamental à educação, não é mesmo?
A LAI proíbe esse tipo de restrição de acesso!
Da mesma forma, não pode haver restrição de acesso a informações acerca de
violações de direitos humanos praticadas por agentes públicos ou a mando de
autoridades públicas. Você já ouviu falar na Comissão Nacional da Verdade? Ela
investiga violações de Direitos Humanos ocorridas na época da ditadura, e a
LAI determina que o acesso às informações aceca desses atos não pode ser
restringido.
Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses legais de sigilo e de
segredo de justiça nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração
direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que
tenha qualquer vínculo com o poder público.
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e
em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser
classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.
§ 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação
prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes:
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
Ultrassecreta 25 anos*
Secreta 15 anos
Reservada 5 anos
* O prazo máximo da informação ultrassecreta pode ser prorrogado uma vez por igual período por decisão da Comissão
Mista de Reavaliação de Informações. Veremos mais detalhes sobre a CMRI adiante.
b) Vice-Presidente da República;
c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas;
d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e
e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior;
II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos titulares de autarquias,
fundações ou empresas públicas e sociedades de economia mista; e
III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos I e II e das que exerçam
funções de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e
Assessoramento Superiores, ou de hierarquia equivalente, de acordo com regulamentação
específica de cada órgão ou entidade, observado o disposto nesta Lei.
- Presidente
- Vice-Presidente
- Ministros de Estado
- Comandantes das Forças
Armadas (depende de
ratificação pelo Ministro
competente)
- Chefes de Missões
Diplomáticas e Consulares
permanentes no exterior
ULTRASSECRETA 25 anos (depende de ratificação pelo
Ministro competente)
OBS: Poderá haver
delegação a agente público,
vedada a subdelegação.
OBS2: Esse prazo máximo
poderá ser prorrogado uma
vez por igual período por
decisão da Comissão Mista
de Reavaliação de
Informações.
- Titulares de autarquias,
fundações ou empresas
SECRETA 15 anos públicas e sociedades de
economia mista
Perceba que a menção aos cargos DAS 101.5 inclui apenas aqueles de direção,
comando ou chefia, e não os de assessoramento. Os ocupantes desses cargos
geralmente são chamados de Diretores de Departamento.
Art. 29. A classificação das informações será reavaliada pela autoridade classificadora ou
por autoridade hierarquicamente superior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e
prazos previstos em regulamento, com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo
de sigilo, observado o disposto no art. 24.
esse pedido será avaliado pela autoridade que a classificou, ou por superior
hierárquico.
Os termos do pedido de desclassificação são previstos pelo Decreto n°
7.845/2012, que cumpre o papel do regulamento mencionado no caput do art.
29.
Há ainda a obrigatoriedade de que a autoridade máxima de cada órgão ou
entidade publique anualmente na internet um relatório contendo as seguintes
informações:
Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente
e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às
liberdades e garantias individuais.
As informações pessoais não são consideradas sigilosas, mas também têm seu
acesso restrito. É importante você diferenciar bem a informação sigilosa (que
depende de classificação) da informação pessoal, vez que esta tem o acesso
restrito, independentemente de classificação, pelo prazo máximo de 100 anos.
Guarde bem as diferenças!
O uso indevido das informações pessoais por aquele que a elas têm acesso
importará em responsabilização. Caso haja indícios de que o titular das
informações está envolvido em irregularidades, a restrição de acesso não pode
prejudicar as investigações.
É possível ainda a divulgação de informações pessoais quando houver previsão
legal ou por consentimento do “dono” da informação. Esse consentimento será
exigido quando as informações forem necessárias:
a) à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física
ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente para
o tratamento médico;
b) à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente
interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a
identificação da pessoa a que as informações se referirem;
c) ao cumprimento de ordem judicial;
d) à defesa de direitos humanos; ou
e) à proteção do interesse público e geral preponderante.
CONDUTA OBSERVAÇÕES
Agir com dolo ou má-fé na análise das Algumas vezes agentes públicos mal
solicitações de acesso à informação intencionados negam acesso à informação
pública na tentativa de “enganar” o
cidadão.
Impor sigilo à informação para obter A classificação da informação deve ser feita
proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins diante das razões previstas pela LAI. Não
pode ser atribuído sigilo à informação por
de ocultação de ato ilegal cometido por si ou razões ilegítimas.
por outrem
Destruir ou subtrair, por qualquer meio, Lembre-se de que a LAI determina que o
documentos concernentes a possíveis acesso a informações ou documentos que
versem sobre condutas que impliquem
violações de direitos humanos por parte de violação dos direitos humanos praticada
agentes do Estado por agentes públicos ou a mando de
Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de
vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o disposto nesta Lei
estará sujeita às seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa;
III - rescisão do vínculo com o poder público;
IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com
a administração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos; e
V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até
que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.
Estas regras se aplicam às pessoas físicas ou jurídicas que têm vínculo com a
Administração Pública. É o caso, por exemplo, das concessionárias de serviços
públicos, das empresas que vendem mercadorias ou prestam serviços para a
Administração Pública mediante contrato, bem como os próprios servidores
públicos.
Essas pessoas e entidades também devem observar o disposto na LAI com
relação às parcelas de recursos públicos que recebam. Caso não seja observado
o disposto na LAI, poderão ser impostas as sanções previstas.
Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigência desta Lei, o dirigente máximo
de cada órgão ou entidade da administração pública federal direta e indireta designará
autoridade que lhe seja diretamente subordinada para, no âmbito do respectivo órgão
ou entidade, exercer as seguintes atribuições:
I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso a informação, de forma
eficiente e adequada aos objetivos desta Lei;
II - monitorar a implementação do disposto nesta Lei e apresentar relatórios periódicos
sobre o seu cumprimento;
III - recomendar as medidas indispensáveis à implementação e ao aperfeiçoamento das
normas e procedimentos necessários ao correto cumprimento do disposto nesta Lei; e
IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao cumprimento do disposto
nesta Lei e seus regulamentos.
Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão da administração pública federal
responsável:
I - pela promoção de campanha de abrangência nacional de fomento à cultura da
transparência na administração pública e conscientização do direito fundamental de
acesso à informação;
II - pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao desenvolvimento de
práticas relacionadas à transparência na administração pública;
III - pelo monitoramento da aplicação da lei no âmbito da administração pública
federal, concentrando e consolidando a publicação de informações estatísticas relacionadas
no art. 30;
IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de relatório anual com informações
atinentes à implementação desta Lei.
3 - Questões
3.1 - Questões sem Comentários
QUESTÃO 01 - ANAC – Analista Administrativo – 2012 – Cespe
(adaptada).
Por serem pessoas de direito privado, as sociedades de economia mista não
se sujeitam à Lei de Acesso à Informação.
são aplicáveis aos três Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios. No que se refere a essa lei, julgue os itens subsequentes:
QUESTÃO 09.
Sua regulamentação torna essencial o princípio de que o acesso é a regra, e
o sigilo é a exceção.
QUESTÃO 10.
Sua regulamentação consolida e define o marco regulatório em relação ao
acesso à informação pública sob a guarda do Estado e à informação privada
em arquivos pessoais.
QUESTÃO 11.
Sua regulamentação estabelece os procedimentos para que a Administração
responda a pedidos de informação do cidadão.
QUESTÃO 18 - (Inédita).
Não sendo possível conceder o acesso imediato à informação, o órgão ou
entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 15 dias
comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a
reprodução ou obter a certidão.
QUESTÃO 19 - (Inédita).
Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação total ou
parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a
possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo,
ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação.
QUESTÃO 20 - (Inédita).
O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, inclusive nas
hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública
consultada.
QUESTÃO 21 - (Inédita).
No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa
do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo
de 20 dias a contar da sua ciência.
QUESTÃO 22 - (Inédita).
O recurso contra decisão inicial que indeferiu um pedido de acesso à
informação será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que
exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 10 dias.
QUESTÃO 23 - (Inédita).
Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo
Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que
deliberará no prazo de 5 dias.
QUESTÃO 24 - (Inédita).
No caso de indeferimento de pedido de desclassificação de informação
protocolado em órgão da administração pública federal, poderá o requerente
recorrer ao Ministro de Estado da área, com prejuízo das competências da
Comissão Mista de Reavaliação de Informações.
QUESTÃO 25 - (Inédita).
Os procedimentos de revisão de decisões denegatórias de pedido de acesso
à informação e de revisão de classificação de documentos sigilosos serão
objeto de regulamentação própria dos Poderes Legislativo e Judiciário e do
Ministério Público, em seus respectivos âmbitos, assegurado ao solicitante,
em qualquer caso, o direito de ser informado sobre o andamento de seu
pedido.
QUESTÃO 26 - (Inédita).
Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos
órgãos e entidades do poder público, por qualquer meio legítimo, devendo o
pedido conter a identificação do requerente e o motivo da informação
requerida.
QUESTÃO 27 - (inédita).
A Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação Pública) regulamenta a
classificação e proteção de informações sigilosas. Por essa razão, pode-se
dizer que foram revogadas todas as demais leis que tratam de sigilo.
QUESTÃO 28 - (inédita).
As informações que sejam capazes de pôr em risco a estabilidade financeira
do país são necessariamente sigilosas.
QUESTÃO 29 - (inédita).
Os chefes de missões diplomáticas e consulares permanentes no exterior
estão autorizados a classificar informações, atribuindo-lhe grau de sigilo
ultrassecreto.
QUESTÃO 30 - (inédita).
Informações classificadas no grau de sigilo secreto podem ter o prazo
máximo de sigilo prorrogado uma vez, por igual período, por decisão da
Comissão Mista de Reavaliação de Informações.
QUESTÃO 31 - (inédita).
A decisão que classifica uma informação será necessariamente sigilosa, e
deve indicar o prazo do sigilo, dentro dos limites legais, além de conter o
assunto sobre o qual versa a informação e o fundamento adotado para a
classificação.
QUESTÃO 32 - (inédita).
O dirigente máximo de cada órgão ou entidade da Administração Pública
Federal deve designar autoridade que lhe seja diretamente subordinada para
exercer certas atribuições específicas, entre elas a publicação, em ambiente
virtual, do rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com
identificação para referência futura.
QUESTÃO 33 - (inédita).
Entre as condutas tratadas pela Lei de Acesso à Informação como ilícitas,
constam a recusa ou o retardamento no fornecimento da informação
amparada pela lei, bem como a divulgação de informação sigilosa ou
informação pessoal.
3.2 - Gabarito
ERRADO 13. ERRADO 25. CERTO
1.
Comentários
A Lei de Acesso à Informação tem caráter nacional e aplicabilidade em todas as
esferas do Estado brasileiro, conforme determina o parágrafo único, do art. 1º,
da Lei nº 12.527/2011:
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo,
Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;
II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.
GABARITO: ERRADO
Comentários
As entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de
ações de interesse público, recursos públicos (diretamente do orçamento ou
mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios,
acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres) também estão
submetidas à LAI por força do art. 2º da Lei nº 12.527/2011. Ressalta-se que,
a publicidade a que estão submetidas esses entidades, refere-se somente à
parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo
das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas.
Assim, o erro da questão está em afirmar que essas entidades são obrigadas a
divulgar o montante e a destinação de todos os recursos que movimentam.
GABARITO: ERRADO
Comentários
A questão trouxe o conceito de primariedade. Segundo o inciso VII, do art. 4º,
da Lei nº 12.527/2011, autenticidade é a qualidade da informação que
tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado
indivíduo, equipamento ou sistema.
GABARITO: ERRADO
– Cespe (adaptada).
Informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados
por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos se
submetem à Lei de Acesso à Informação.
Comentários
A questão dispõe sobre o inciso II, do art. 7º, da Lei nº 12.527/2011. Esse artigo
prevê que o acesso à informação compreende, entre outros, vários direitos de
obter previstos em seus incisos. Vamos relembrar!
Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os
direitos de obter:
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o
local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada;
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por
seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada
decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse
vínculo já tenha cessado;
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas
à sua política, organização e serviços;
VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de
recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e
VII - informação relativa:
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e
ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos;
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas
realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas
relativas a exercícios anteriores.
GABARITO: CERTO
Comentários
A questão está correta, conforme o caput do art. 8º, da Lei nº 12.527/2011. Esse
dispositivo aborda a transparência ativa que consiste nas informações de
interesse geral que os órgãos e entidades públicas devem divulgar
independentemente de solicitações.
GABARITO: CERTO
Comentários
A questão também aborda as regras de transparência ativa, previstas no art.
8º, da LAI. O § 1º dispõe que, na divulgação das informações, deverão constar,
no mínimo:
I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das
respectivas unidades e horários de atendimento ao público;
II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros;
III - registros das despesas;
IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais
e resultados, bem como a todos os contratos celebrados;
V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos
e entidades; e
VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
GABARITO: ERRADO
Comentários
De acordo com o art. 9º, inciso II, da Lei nº 12.527/2011, o acesso às
informações públicas será assegurado mediante realização de audiências ou
consultas públicas, incentivo à participação popular ou a outras formas de
divulgação.
GABARITO: CERTO
Comentários
A questão trouxe o conceito de primariedade. Segundo o inciso VIII, do art. 4º,
da Lei nº 12.527/2011, integridade é a qualidade da informação não modificada,
inclusive quanto à origem, trânsito e destino
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 09.
Sua regulamentação torna essencial o princípio de que o acesso é a regra, e
o sigilo é a exceção.
Comentários
A questão está em consonância com o inciso I, do art. 3º, da Lei nº 12.527/2011.
Vamos fixar as diretrizes que orientam a execução dos procedimentos previstos
na Lei de Acesso à Informação:
Art. 3o Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito
fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os
princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes:
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;
GABARITO: CERTO
QUESTÃO 10.
Sua regulamentação consolida e define o marco regulatório em relação ao
acesso à informação pública sob a guarda do Estado e à informação privada
em arquivos pessoais.
Comentários
A Lei de Acesso à Informação não trata de informação privada em arquivos
pessoas. Na introdução da aula, vimos que a LAI regulou o direito do cidadão a
ter acesso às informações produzidas e sob custódia do Estado.
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 11.
Sua regulamentação estabelece os procedimentos para que a Administração
responda a pedidos de informação do cidadão.
Comentários
A Lei nº 12.527/2011 destina um capítulo específico para regulamentar os
procedimentos relacionados a pedidos de informação do cidadão, o Capítulo III –
DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO.
GABARITO: CERTO
Comentários
É verdade! Lembre-se de que o término do mandato deve ser entendido como o
fim do segundo mandato, em caso de reeleição. Vamos relembrar?
Art. 24, § 2o As informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e
Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como
reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último
mandato, em caso de reeleição.
GABARITO: CERTO
Comentários
Para a sua prova você precisará saber esses prazos. Olhe a tabela com carinho
algumas vezes antes da prova, ok?
- Presidente
- Vice-Presidente
- Ministros de Estado
- Comandantes das Forças
Armadas (depende de
ratificação pelo Ministro
competente)
- Chefes de Missões
Diplomáticas e Consulares
permanentes no exterior
ULTRASSECRETA 25 anos (depende de ratificação pelo
Ministro competente)
OBS: Poderá haver
delegação a agente
público, vedada a
subdelegação.
OBS2: Esse prazo máximo
poderá ser prorrogado
uma vez por igual período
por decisão da Comissão
Mista de Reavaliação de
Informações.
- Titulares de autarquias,
fundações ou empresas
SECRETA 15 anos
públicas e sociedades de
economia mista
GABARITO: ERRADO
Comentários
As autoridades competentes para classificar informações no grau ultrassecreto
são o Presidente da República, o Vice-Presidente, os Ministros de Estado e
autoridades com as mesmas prerrogativas, os Comandantes do Exército, da
Marinha e da Aeronáutica, e os Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares
permanentes no exterior.
GABARITO: ERRADO
Comentários
Exato! Esta é a regra do art. 13 da LAI.
GABARITO: CERTO
Comentários
As empresas públicas e as sociedades de economia mista estão subordinadas à
LAI, nos termos do art. 1º, parágrafo único.
GABARITO: ERRADO
Comentários
Nos termos do art. 4º, informação sigilosa é aquela submetida temporariamente
à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a
segurança da sociedade e do Estado.
GABARITO: D
QUESTÃO 18 - (Inédita).
Não sendo possível conceder o acesso imediato à informação, o órgão ou
entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 15 dias
comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a
reprodução ou obter a certidão.
Comentários
O prazo legal para resposta é de 20 dias (art.11, § 1º), podendo ser prorrogado
por mais 10 dias mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o
requerente (art. 11, § 2º).
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 19 - (Inédita).
Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação total ou
parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a
possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo,
ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação.
Comentários
A questão está em consonância com o § 4º, do art. 11, da Lei nº 12.527/2011.
GABARITO: CERTO
QUESTÃO 20 - (Inédita).
O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, inclusive nas
hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública
consultada.
Comentários
A LAI prevê, em seu art. 12, que o serviço de busca e fornecimento da informação
é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão
ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado
exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos
serviços e dos materiais utilizados.
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 21 - (Inédita).
No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa
do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo
de 20 dias a contar da sua ciência.
Comentários
O prazo legal para interposição de recurso contra decisão que indeferiu o acesso
à informação é de 10 dias, de acordo com o art. 15, da Lei nº 12.527/2011.
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 22 - (Inédita).
O recurso contra decisão inicial que indeferiu um pedido de acesso à
informação será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que
exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 10 dias.
Comentários
O prazo legal para manifestação da autoridade hierarquicamente superior à que
exarou a decisão impugnada é de 5 dias, de acordo com o parágrafo único, do
art. 15, da Lei nº 12.527/2011.
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 23 - (Inédita).
Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo
Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que
deliberará no prazo de 5 dias.
Comentários
A questão está correta conforme o art. 16, da LAI. Vamos fixar esse dispositivo
importante para sua prova!
GABARITO: CERTO
QUESTÃO 24 - (Inédita).
No caso de indeferimento de pedido de desclassificação de informação
protocolado em órgão da administração pública federal, poderá o requerente
recorrer ao Ministro de Estado da área, com prejuízo das competências da
Comissão Mista de Reavaliação de Informações.
Comentários
De acordo com o art. 17, da LAI, a possibilidade de recorrer ao Ministro de Estado
da área não prejudica as competências da Comissão Mista de Reavaliação de
Informações, que serão vistas em detalhe na próxima aula.
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 25 - (Inédita).
Os procedimentos de revisão de decisões denegatórias de pedido de acesso
à informação e de revisão de classificação de documentos sigilosos serão
objeto de regulamentação própria dos Poderes Legislativo e Judiciário e do
Ministério Público, em seus respectivos âmbitos, assegurado ao solicitante,
em qualquer caso, o direito de ser informado sobre o andamento de seu
pedido.
Comentários
A questão está em consonância com o art. 18, da Lei nº 12.527/2011.
GABARITO: CERTO
QUESTÃO 26 - (Inédita).
Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos
órgãos e entidades do poder público, por qualquer meio legítimo, devendo o
pedido conter a identificação do requerente e o motivo da informação
requerida.
Comentários
O pedido de acesso à informação não precisa ser motivado! A Lei nº 12.527/2011
prevê, no art. 10, que o pedido deve conter apenas a identificação do
requerente e a especificação da informação requerida, não exigindo o
motivo da solicitação. Além disso, para o acesso a informações de interesse
público, a identificação do requerente não pode conter exigências que
inviabilizem a solicitação (art. 10, §1º).
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 27 - (inédita).
A Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação Pública) regulamenta a
classificação e proteção de informações sigilosas. Por essa razão, pode-se
dizer que foram revogadas todas as demais leis que tratam de sigilo.
Comentários
A LAI deixa claro, em seu art. 22, que as demais hipóteses legais de sigilo, bem
como o segredo de justiça e o segredo industrial continuam valendo.
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 28 - (inédita).
As informações que sejam capazes de pôr em risco a estabilidade financeira
do país são necessariamente sigilosas.
Comentários
Recomendo que você leia com muito carinho as assertivas antes de marcar. A
informação que oferece elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou
monetária do país, bem como todas as outras dispostas no art. 23, são
consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado, mas isso
não quer dizer que elas sejam necessariamente sigilosas, pois o sigilo apenas é
atribuído quando a informação é classificada.
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 29 - (inédita).
Os chefes de missões diplomáticas e consulares permanentes no exterior
estão autorizados a classificar informações, atribuindo-lhe grau de sigilo
ultrassecreto.
Comentários
Sim, além do Presidente, Vice-Presidente, Ministros de Estado, autoridades
equivalentes e os Comandantes das Forças Armadas, também é permitido aos
chefes de missões diplomáticas e consulares permanentes no exterior decidir pela
classificação de informações em qualquer grau de sigilo, incluindo o ultrassecreto.
GABARITO: CERTO
QUESTÃO 30 - (inédita).
Informações classificadas no grau de sigilo secreto podem ter o prazo
máximo de sigilo prorrogado uma vez, por igual período, por decisão da
Comissão Mista de Reavaliação de Informações.
Comentários
A assertiva está incorreta porque essa prorrogação apenas é possível quando o
grau de sigilo for ultrassecreto.
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 31 - (inédita).
A decisão que classifica uma informação será necessariamente sigilosa, e
deve indicar o prazo do sigilo, dentro dos limites legais, além de conter o
assunto sobre o qual versa a informação e o fundamento adotado para a
classificação.
Comentários
É verdade! O grau de sigilo da decisão é o mesmo atribuído à informação.
GABARITO: CERTO
QUESTÃO 32 - (inédita).
O dirigente máximo de cada órgão ou entidade da Administração Pública
Federal deve designar autoridade que lhe seja diretamente subordinada para
exercer certas atribuições específicas, entre elas a publicação, em ambiente
virtual, do rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com
identificação para referência futura.
Comentários
Atenção para a pegadinha! O examinador pode tentar enganar você confundindo
as atribuições da autoridade de monitoramento (art. 40), com as obrigações da
autoridade máxima do órgão ou entidade (art. 30). Vamos relembrar?
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 33 - (inédita).
Entre as condutas tratadas pela Lei de Acesso à Informação como ilícitas,
constam a recusa ou o retardamento no fornecimento da informação
amparada pela lei, bem como a divulgação de informação sigilosa ou
informação pessoal.
Comentários
Acredito que seja mais difícil a cobrança em prova das condutas ilícitas, mas não
deixe de dar uma olhada no quadro-resumo durante sua revisão, ok?
GABARITO: CERTO
Comentários
O tratamento concedido às informações sigilosas é diferente daquele concedido
às informações pessoas, a começar pelo prazo de restrição de acesso à
informação. Informação sigilosa é diferente de informação pessoal, e é
importante que você tenha claras em sua mente essas diferenças. As alternativas
A, B e D estão incorretas.
Comentários
Exato! A informação pessoal é sigilosa e não precisa ser classificada.
GABARITO: CERTO
Comentários
Nesse caso é possível cobrar do cidadão os valores necessários ao ressarcimento
dos custos para produção da informação, sem qualquer dificuldade.
GABARITO: CERTO
4 - Resumo da Aula
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo dos
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa
sugestão é a de que esse resumo seja estudado sempre
previamente ao início da aula seguinte, como forma de
“refrescar” a memória. Além disso, segundo a organização de
estudos de vocês, a cada ciclo de estudos é fundamental
retomar esses resumos.
TRANSPARÊNCIA ATIVA
(Obrigações de Divulgação)
TRANSPARÊNCIA PASSIVA
PROCEDIMENTOS DE RECURSO
- Presidente
- Vice-Presidente
- Ministros de Estado
- Comandantes das Forças
Armadas (depende de ratificação
pelo Ministro competente)
- Chefes de Missões Diplomáticas
e Consulares permanentes no
ULTRASSECRETA 25 anos exterior (depende de ratificação
pelo Ministro competente)
OBS: Poderá haver delegação a
agente público, vedada a
subdelegação.
OBS2: Esse prazo máximo poderá
ser prorrogado uma vez por
igual período por decisão da
Comissão Mista de
Reavaliação de Informações.
- Titulares de autarquias,
SECRETA 15 anos fundações ou empresas públicas e
sociedades de economia mista
CONDUTA OBSERVAÇÕES
Agir com dolo ou má-fé na análise das Algumas vezes agentes públicos mal
solicitações de acesso à informação intencionados negam acesso à informação
pública na tentativa de “enganar” o
cidadão.
Impor sigilo à informação para obter A classificação da informação deve ser feita
proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins diante das razões previstas pela LAI. Não
pode ser atribuído sigilo à informação por
razões ilegítimas.
Destruir ou subtrair, por qualquer meio, Lembre-se de que a LAI determina que o
documentos concernentes a possíveis acesso a informações ou documentos que
versem sobre condutas que impliquem
violações de direitos humanos por parte de violação dos direitos humanos praticada
agentes do Estado por agentes públicos ou a mando de
autoridades públicas não poderão ser
objeto de restrição de acesso.
5 - Considerações Finais
Caro amigo, chegamos ao final desta nossa aula! Se tiver ficado alguma dúvida
por favor me procure no fórum. Estou também disponível no e-mail e nas redes
sociais.
Grande abraço!
Paulo Guimarães
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@profpauloguimaraes
(61) 99607-4477