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Ricardo
Torques
CNU (Bloco 5 - Educação, Saúde,
Desenvolvimento Social e Direitos
Humanos) Conhecimentos Específicos -
Eixo Temático 4 - Direitos Humanos -
Autor:
2024 (Pós-Edital)
Ricardo Torques
23 de Janeiro de 2024
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Sumário
Prevenção ........................................................................................................................................................... 3
1 - Disposições Gerais..................................................................................................................................... 3
3 - Política de Atendimento........................................................................................................................... 11
Conselho Tutelar................................................................................................................................................ 37
1 - Disposições Gerais................................................................................................................................... 37
3 - Competência............................................................................................................................................ 40
5 - Impedimentos........................................................................................................................................... 41
Legislação Destacada....................................................................................................................................... 42
Resumo .............................................................................................................................................................. 50
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Entre os assuntos a serem estudados, destaca-se o estudo das medidas de proteção, medidas
socioeducativas e o conselho tutelar. Esses são os principais temas de questões em provas de concurso
público.
PREVENÇÃO
1 - Disposições Gerais
Em relação às disposições gerais, o ECA trazia 4 artigos singelos. Contudo, com a Lei nº 13.010/2014, foram
incluídos os arts. 70-A e 70-B. Esses dispositivos tratam da prevenção contra a violência, especialmente o
castigo físico e o tratamento cruel.
Recentemente a Lei 14.344/2022 promoveu importantes alterações nestes artigos. Então preste atenção
pois certamente encontrará o tema nas próximas provas.
Esse dispositivo destaca a tônica do ECA: a proteção aos direitos das crianças e dos adolescentes. Isso ocorre
porque o ECA dispensa tratamento diferenciado às crianças e adolescentes em face da condição peculiar de
pessoa em desenvolvimento. Trata-se de um dever específico de proteção.
O artigo 70-A do ECA prevê a atuação da União, Estados, Distrito Federal e Municípios na elaboração de
políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir o uso de castigo físico ou de tratamento cruel
ou degradante e difundir formas não violentas de educação de crianças e de adolescentes.
Nesse contexto, fixa-se que todos devem evitar a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança
e do adolescente. Para tanto, os três entes federativos (União, Estado e Municípios) devem adotar políticas
públicas a fim de coibir o castigo físico ou o tratamento cruel ou degradante e difundir formas não violentas
de educação de crianças e de adolescentes.
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Esse conjunto de ações deverá ser observado pelo Estado, em todos os níveis federativos, e ser dispensado
a todas as crianças e adolescentes. Ainda assim, em relação às crianças com deficiência, o atendimento
deverá ser prioritário em face das demais crianças e adolescentes, dada a dupla situação de vulnerabilidade.
Pergunta-se:
Mas se o princípio da prioridade absoluta informa todo o ECA, qual a razão desse
dispositivo?
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Temos um destaque especial, de modo que crianças e adolescentes com deficiência terão ainda mais
prioridade.
O art. 70-B, ainda dentro do tema relativo aos castigos físicos e tratamento cruel, estabelece que todos os
que lidam com crianças e adolescentes devem contar com um quadro de servidores/funcionários
capacitados a reconhecer os maus-tratos, perceba que inclui entidades privadas ligadas ao lazer, cultura ou
esportes, por exemplo.
A nova lei 14.344/2022 acrescentou expressamente no texto legal as entidades que atuam nas áreas de
saúde e educação que não estavam previstas no texto anterior.
Com esse dispositivo percebe-se a preocupação com a responsabilização de quem, ciente da submissão de
criança ou de adolescente a castigo físico ou tratamento cruel, se omite.
Isso se aplica, por exemplo, ao diretor de escola ou creche que, ciente dos maus tratos contra uma criança,
nada faz ou trata da situação de forma morosa, sem dar a devida atenção.
Leia:
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas áreas da saúde e da educação,
além daquelas às quais se refere o art. 71 desta Lei, entre outras, devem contar, em seus
quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e a comunicar ao Conselho Tutelar
suspeitas ou casos de crimes praticados contra a criança e o adolescente.
Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela comunicação de que trata este artigo,
as pessoas encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou
ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de crianças e adolescentes, punível, na forma
deste Estatuto, o injustificado retardamento ou omissão, culposos ou dolosos.
não tenha alterado diretamente o texto do ECA terá efeitos práticos na obrigação de comunicação.
O artigo 23 da Lei Henry Borel trouxe a previsão do dever de comunicação da violência doméstica e familiar
contra crianças e adolescentes praticada em local público ou privado. Veja o texto legal:
Art. 23. Qualquer pessoa que tenha conhecimento ou presencie ação ou omissão,
praticada em local público ou privado, que constitua violência doméstica e familiar contra
a criança e o adolescente tem o dever de comunicar o fato imediatamente ao serviço de
recebimento e monitoramento de denúncias, ao Disque 100 da Ouvidoria Nacional de
Direitos Humanos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ao
Conselho Tutelar ou à autoridade policial, os quais, por sua vez, tomarão as providências
cabíveis.
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A lei é mais abrangente que o ECA prevê que qualquer pessoa tem a obrigação de comunicação quando se
tratar de violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente.
E mais, para garantir a observância deste dever a lei criminalizou a omissão. O art. 26 da lei tem pena bem
maior que a omissão de socorro prevista no Código Penal.
Ainda em relação à prevenção geral, o ECA destaca alguns direitos prioritários das crianças e adolescentes.
São eles:
Os arts. 72 e 73, destacam que as regras acima – relativas à prevenção geral – caminham de forma conjunta
com regras de prevenção especial, destacando que ambas são importantes e devem ser observadas sob pena
de responsabilidade daquele que não cumprir com o seu dever.
Fique atento!
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Encerramos, com isso, as disposições gerais da aula de hoje relativas à prevenção. Na sequência, passamos
estudar a denominada “prevenção especial”, que envolve vários temas de relevo para a prova.
Sigamos!
2 - Prevenção Especial
O estudo da prevenção especial envolverá primeiramente algumas regras relativas ao direito à informação,
à cultura, ao lazer, ao esporte, à diversão e aos espetáculos. Na sequência, vamos tratar de regras referentes
à divulgação e à utilização de produtos e serviços e, por fim, da autorização para viajar, assunto que é
recorrente em provas.
Vamos analisar primeiramente os dispositivos e, ao final, vamos destacar a síntese das informações a serem
memorizadas para a prova.
Art. 74. O poder público, através do órgão competente, regulará as diversões e espetáculos
públicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem,
locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada.
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos
classificados como adequados à sua faixa etária.
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para
o público infanto juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e
informativas.
Parágrafo único. NENHUM espetáculo será apresentado ou anunciado sem aviso de sua
classificação, antes de sua transmissão, apresentação ou exibição.
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Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão exibir, no invólucro, informação
sobre a natureza da obra e a faixa etária a que se destinam.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens
pornográficas ou obscenas sejam protegidas com embalagem opaca.
O STJ entende que o dever imposto neste artigo envolve também os transportadores e distribuidores de
revistas e publicações garantindo assim a máxima eficácia das normas protetivas.
A vedação aqui prevista é absoluta, não importando se a criança ou o adolescente está acompanhado dos
pais ou responsáveis.
Em relação aos produtos e serviços, o ECA reserva dois dispositivos. O primeiro deles estabelece a proibição
de venda à criança e ao adolescente de alguns produtos e o outro estabelece critérios para a hospedagem.
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A venda de armas e munições está prevista como crime no art. 242 do ECA e no art. 16 do Estatuto do
desarmamento e a venda de fogos de artifício no art. 244 do ECA.
A venda de bebida alcoólica era considerada apenas contravenção penal vez que não estava incluída no art.
243 do ECA. Em 2015 a Lei 13.106 fez a inclusão da bebida alcoólica no rol do artigo citado tornando sua
venda a criança ou adolescente crime.
Ainda neste tópico, o ECA traz uma regra importante e que, com frequência, é cobrada em provas. Trata da
hospedagem em hotel, motéis ou pensões.
Veja:
O estudo deste ponto deve ser divido em duas partes: autorização para viajar dentro do território nacional
e autorização para viajar para o exterior. Cada um possui regras próprias.
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Como regra, menores de 16 anos não podem viajar para fora da comarca a não ser que estejam
acompanhados dos pais/responsável ou estiverem portando autorização judicial.
Existem, contudo, exceções! Existem situações em que o menor de 16 anos poderá viajar dentro do território
nacional sem estar acompanhado dos pais/responsáveis ou autorização judicial. Essas hipóteses estão
declinadas no §1º do art. 83 do ECA:
Admite-se a viagem desacompanhada ou sem autorização judicial no caso de translado entre cidades que
estejam na mesma região metropolitana.
Admite-se a viagem sem estar acompanhada de pais ou responsável ou sem portar autorização judicial
quando o menor de 16 anos estiver acompanhado de ascendentes ou colateral maior (até o 3ª grau), desde
que comprove, mediante apresentação de documentos, a relação de parentesco.
Admite-se a viagem sem estar acompanhada de pais ou responsável ou sem portar autorização judicial
quando o menor de 16 anos estiver acompanhado pessoa maior de idade desde que esteja portando
autorização fornecida pelo pai, ou pela mãe ou por responsável. Fique atento, aqui não se exige
reconhecimento de firma em cartório.
E o maior de 16 anos e menor de 18? Como fica a questão de viagens dentro do território
nacional?
Para os adolescentes que estiverem entre 16 e 18 anos não há qualquer restrição para viajar dentro do
território nacional. Podem se locomover de um ponto a outro do país, sem estarem acompanhados de pais
ou responsáveis ou sem autorização judicial. Lembre-se de que, nesse caso, são considerados pela nossa
legislação civil como relativamente incapazes, ou seja, possuem maior grau de discernimento pelo que a lei
não exigiu maiores formalidades para essas viagens.
Agora, passemos às regras de viagens para o exterior, que são aplicáveis a menores de 18, aplicam-se,
portanto, tanto para as crianças como para os adolescentes de qualquer idade.
De acordo com o ECA, a autorização judicial para viagens de crianças e de adolescentes será dispensável
apenas em duas situações:
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Em tais situações será necessário ingressar com procedimento junto à Vara da Infância e Juventude a fim
de suprir judicialmente a falta de manifestação. O magistrado verificará se é, de fato, justificável a escusa
do outro pai.
3 - Política de Atendimento
Assim, por política de atendimento devemos compreender as ações adotadas pelo Poder Público com a
finalidade de assegurar os direitos das crianças e adolescentes.
Essa política de atendimento é orientada por linhas de ação e diretrizes da política que estão explicitados
nos arts. 87 e 88. Para fins de prova não resta outra alternativa a não ser ler e reler esses dispositivos com
atenção.
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I - municipalização do atendimento;
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VIII - especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes
áreas da atenção à primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos da criança
e sobre desenvolvimento infantil;
São importantes essas linhas de ação e diretrizes que vimos acima para o concurso?
De fato, esses assuntos possuem menor importância, contudo, estão presentes no ECA e podem ser
cobrados. Ainda assim, acreditamos que a leitura atenta é fundamental.
Em termos simples, podemos definir as linhas de ação como a ações pretendidas para colocar em prática os
fins sociais do Estatuto da Criança e do Adolescente. As diretrizes, por sua vez, envolvem o plano de ação, o
que se será necessário fazer para que essas linhas de ação sejam efetivadas. Nas provas, por vezes, os
conceitos são misturados para confundir o candidato.
As ações do Poder Público devem ser descentralizadas, com foco na atuação municipal
dada a proximidade desse ente da Federação em relação à comunidade. Nesse contexto, é
mais fácil ao Município compreender as necessidades da localidade para o
desenvolvimento de políticas públicas, do que o Estado ou a União.
As linhas de ação constituem espaços de atuação do Poder Público para atender os fins
sociais do ECA. As diretrizes envolvem as atividades que devem ser executadas para que as
linhas de ação sejam atendidas.
Para encerrar o tópico, confira o art. 89, do ECA, que destaca a importância da atuação do membro dos
conselhos nacional, estadual e municipal dos direitos da criança e do adolescente. De acordo com o
dispositivo, o exercício da função é considerado de “interesse público relevante”, mas não será remunerada.
Cuide para não confundir com a função de conselheiro tutelar, que será analisada adiante, que é
remunerada.
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Em relação às entidades de atendimento, nós veremos alguns aspectos gerais e, em seguida, regras de
fiscalização. Essas entidades são responsáveis por planejar e executar a política de atendimento, com
observância das linhas gerais e diretrizes acima, com vistas a colocar em prática as regras de prevenção que
estudamos.
Disposições Gerais
EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA
EM REGIME DE PROTEÇÃO
SOCIOEDUCATIVA
semiliberdade
internação
Veja:
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias
unidades, assim como pelo planejamento e execução de programas de proteção e
socioeducativos destinados a crianças e adolescentes, em regime de:
IV - acolhimento institucional;
VI - liberdade assistida;
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VII - semiliberdade; e
VIII - internação.
As entidades que estiverem regulares receberão recursos do Poder Público, observando-se o princípio da
prioridade absoluta à criança e ao adolescente, na forma do §2º acima citado.
Em relação às entidades, o CMDCA avaliará o funcionamento a cada dois anos. Assim, a cada biênio, as
entidades serão avaliadas levando-se em consideração
Esse controle pelo CMDCA destaca o princípio da municipalização, do qual falamos acima. Denota -se o
intento do legislador em aproximar o Estado da realidade presente em cada comunidade, para melhor
atender aos interesses das crianças e adolescentes.
Nesse contexto, prevê o ECA que as entidades dependem de registro no CMDCA para regular o
funcionamento. De posse da documentação, o CMDCA poderá negar em cinco situações. Vejamos:
Uma vez concedido o registro, a entidade terá funcionamento regular e poderá receber recursos públicos. A
validade do registro é de quatro anos. A cada período será necessária nova concessão de registro.
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AS ENTIDADES SERÃO
a cada dois anos
AVALIADAS
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entendemos que o prazo para que os relatórios sejam remetidos também deve ser
reduzido para 3 meses já que o §2º do artigo faz menção ao art. 19 §1º do ECA.
Os laços das crianças acolhidas serão mantidos e estreitados com a família de origem ou
extensa, exceto se houver decisão judicial em contrário.
Quanto ao acolhimento em entidade, a Lei nº 13.257/2016 trouxe uma alteração ao incluir o § 7º no art. 92,
do ECA. Quando se tratar de criança de 0 a 3 anos em acolhimento institucional, dar-se-á especial atenção
à atuação de educadores de referência estáveis e qualitativamente significativos, às rotinas específicas e ao
atendimento das necessidades básicas, incluindo as de afeto como prioritárias.
Na sequência, o ECA estabelece uma série de obrigações destinadas às entidades de internação. Entre as
medidas socioeducativas, a de internação é mais drástica, conforme estudaremos na próxima aula. Tais
entidades devem respeitar uma série de obrigações. Vejamos:
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É impossível memorizar todas as obrigações acima. Contudo, a leitura atenta é fundamental. Para aferir se
vocês efetivamente prestaram atenção, responda:
Muita atenção! O prazo de SEIS MESES para reavaliação individual e personalizada é fundamental para a
prova.
3 meses 6 meses
O descumprimento das obrigações descritas neste artigo viola os direitos do adolescente internado devendo
o Ministério Público ou a Defensoria Pública atuar para sanar as irregularidades.
Para encerrar o tópico, lembre-se da redação do art. 94-A, segundo o qual as entidades devem reportar ao
Conselho Tutelar as situações de suspeita de abusos e maus-tratos e que mais uma vez demostra
preocupação com a capacitação profissional.
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Na sequência do nosso estudo veremos as regras estabelecidas no ECA referentes à fiscalização das
entidades de proteção e de cumprimento de medidas socioeducativas.
Essas entidades serão fiscalizadas pelo Poder Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares,
conforme explicita o art. 95 do ECA. Embora não conste do rol previsto pelo estatuto a Defensoria Pública
também deve atuar na fiscalização.
ENTIDADES NÃO
ENTIDADES GOVERNAMENTAIS
GOVERNAMENTAIS
advertência advertência
Se houver reiteração nas infrações poderá ser determinada, pela autoridade judiciária, em processo regular,
a suspensão das atividades ou a dissolução da entidade, ouvido o Ministério Público.
Fiscalização das
Prestação de Contas
entidades
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As medidas de proteção serão aplicáveis todas as vezes que os direitos de crianças e adolescentes não
estiverem sendo respeitados, seja por ação ou por omissão dos genitores, dos responsáveis ou do Estado.
As medidas de proteção que veremos neste tópico podem ser aplicadas de forma isolada (ou seja, apenas
uma delas) ou de forma cumulada, a depender das violações perpetradas. Visa sanar a violação ou impedir
que ela ocorra.
Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que
visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
O ECA estabelece um rol de princípios que orientam a aplicação de medidas de proteção, no art. 100. Veja
antes, porém, o art. 99, do ECA:
Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das medidas:
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III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação dos direitos
assegurados a crianças e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo nos
casos por esta expressamente ressalvados, é de responsabilidade primária e solidária das
3 (três) esferas de governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e da
possibilidade da execução de programas por entidades não governamentais;
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Dada a importância, vejamos um esquema sintético das premissas a serem observadas na aplicação das
medidas de proteção:
Vimos qual a finalidade das medidas e quais as premissas a serem observadas. Mas...
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MEDIDAS DE PROTEÇÃO
Aqui não há outra alternativa. É fundamental para a correta preparação para a prova vindoura lembrar das
espécies de medidas de proteção previstas acima. O rol é meramente exemplificativo e as medidas de
proteção podem ser concedidas de ofício pelo juiz, de acordo como entendimento do STJ.
Das medidas acima devemos ter em mente que o acolhimento institucional e o acolhimento familiar são
medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar OU, não
sendo esta possível, para colocação em família substituta.
O afastamento da criança ou do adolescente do convívio familiar somente poderá ocorrer mediante decisão
judicial, depois de esgotadas todas as tentativas de integração daquela família e a pedido do Ministério
Público.
Uma vez determinado o acolhimento, será obrigatoriamente expedida a guia de acolhimento, da qual
constará uma série de informações relativas à identificação da criança ou adolescente e da sua família.
Na sequência será elaborado o plano individual de atendimento (PIA) da criança ou adolescente, que terá
como objetivo primordial a fixação de ações com vistas à reintegração familiar, salvo absoluta
impossibilidade declarada por decisão judicial. Na elaboração do PIA, levam-se em conta as circunstâncias
que levaram ao acolhimento, a opinião da criança ou adolescente, bem como a manifestação dos pais ou
responsáveis. O PIA será elaborado por equipe técnica do programa de atendimento.
Por outro lado, constada a impossibilidade de reintegração, a entidade encaminhará relatório ao Ministério
Público, para o ajuizamento da ação de destituição do poder familiar. Com o recebimento desse relatório, o
órgão ministerial terá prazo de 15 dias para promover a ação, exceto se compreender, por estudos
complementares, que a reintegração será possível.
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Cabe mencionar, por fim, o art. 102, do ECA, que determina que as medidas de proteção devem ser
acompanhadas da regularização do registro civil. As alterações no registro serão efetuadas da seguinte
forma:
Em razão da idade, as crianças e adolescentes são considerados inimputáveis. Assim, se praticarem atos
ilícitos não se sujeitam à disciplina do Código Penal e do Direito Processual Penal, mas às regras referentes à
prática de atos infracionais disciplinadas pelo ECA, independentemente da natureza do ato praticado.
Em razão do tratamento diferenciado, há um órgão judicial específico para apuração dos atos ilícitos
praticados por adolescentes: Vara da Infância e Juventude.
Fora esse aspecto peculiar, que confere tratamento diferenciado, é importante distinguir também a prática
de atos ilícitos por crianças ou por adolescentes.
Dada a natureza peculiar que se confere ao tratamento de crianças, embora pratiquem atos
infracionais, a estas não serão aplicadas medidas socioeducativas, mas tão somente
medidas de proteção.
Mesmo aos adolescentes, embora sejam responsabilizados pelos atos infracionais praticados,
será observado um processo diferenciado, denominado de ação socioeducativa, de
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titularidade do Ministério Público. Nesse procedimento haverá a apuração da autoria e materialidade dos
fatos praticados e, caso sejam confirmados, haverá aplicação de uma das medidas socioeducativas.
Frise-se que, embora seja possível a aplicação de medidas socioeducativas aos adolescentes, nada impede
que eles recebam medidas de proteção. Tais medidas podem ser aplicadas isoladamente ou em conjunto
(por exemplo, duas medidas de proteção). Inclusive, é possível ser aplicada medida socioeducativa cumulada
com medida de proteção. A definição das medidas aplicáveis dependerá da análise do processo em concreto.
CRIANÇAS ADOLESCENTES
Vejamos na sequência alguns direitos e garantias assegurados na apuração da prática de ato infracional.
O art. 103, do ECA, define que são considerados como atos infracionais a prática, por menores de 18 anos,
de condutas descritas como crime ou como contravenção penal. Confira:
O art. 104, por sua vez, reitera o dispositivo constitucional que afirma que os menores de 18 anos são
inimputáveis. É importante citar que se considera praticado o ato infracional (momento em que se afere a
idade do agente) no momento da ação ou da omissão (Teoria da Atividade) ainda que o resultado ocorra em
outro momento.
E, como analisado acima, a prática de ato infracional por criança sugere a aplicação de medida de proteção
na forma do art. 105, do ECA.
Direitos Individuais
Entre os arts. 106 e 111, do ECA, nós temos um rol de direitos e garantias assegurados aos adolescentes, em
razão da prática de atos infracionais.
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Vamos tratar desses dispositivos de forma objetiva, mas é sempre bom lembrar que existem outros direitos
garantidos ao longo de todo o Estatuto e não apenas neste capítulo.
Os direitos individuais garantidos pelo ECA são muito semelhantes aos garantidos pela Constituição Federal
aos presos comuns, com as devidas peculiaridades. Veja que não se fala em flagrante delito e sim flagrante
de ato infracional, por exemplo.
A internação provisória (antes da sentença), que somente poderá ser decretada por
decisão judicial fundamentada, será pelo prazo improrrogável de 45 dias.
DECRETO DE
INTERNAÇÃO
PROVISÓRIA
à vista de indícios de
decisão judicial por até 45 dias
autoria e
fundamentada improrrogáveis
materialidade
Quanto a internação provisória o prazo de 45 dias é considerado improrrogável pelo STJ e caso seja
extrapolado acarreta constrangimento ilegal e o adolescente deve ser posto imediatamente em liberdade
(normalmente utiliza-se o HC).
Segundo o STJ, a autoridade judiciária não pode decretar a internação provisória apenas baseada na
gravidade abstrata do delito. É preciso verificar, no caso concreto, a necessidade de medida tão extrema.
Além disso o tribunal superior também afirma que é preciso verificar a possibilidade de aplicação de medida
de internação ao final do procedimento, caso contrário não haverá justificativa para a medida de forma
provisória.
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Garantias Processuais
Em relação às garantias processuais é importante que você memorize que a privação de liberdade observará
o devido processo legal, especialmente:
O STJ preocupado com a observância do devido processo legal no processo que apura ato infracional editou
duas súmulas.
A primeira afirma ser obrigatória a oitiva do adolescente que descumpre a medida anteriormente imposta
antes da decretação da regressão da medida socioeducativa, já que pode haver algum fato que justifique o
descumprimento.
A Regressão ocorre quando há mudança de um regime menos severo para um mais severo. Veremos mais
adiante que uma das possibilidades para se decretar a internação é o descumprimento de medidas mais
leves anteriormente impostas, para que isso ocorra o adolescente deverá ser ouvido.
Súmula nº 265 STJ -“É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a
regressão da medida socioeducativa.”
A segunda afirma ser nula a desistência de outras provas diante da confissão do adolescente infrator.
Alguns juízes decretavam a medida socioeducativa com fundamento exclusivo na confissão o que
viola flagrantemente o devido processo legal por cerceamento de defesa. O adolescente não deve
apenas ser ouvido deve ter a oportunidade de influenciar a decisão do magistrado e de se defender
de forma efetiva.
Súmula nº 342 STJ -“No procedimento para aplicação de medida socioeducativa, é nula
a desistência de outras provas em face da confissão do adolescente.”
Uma vez praticado um ato infracional por um adolescente, surge a possibilidade de aplicação de medida
socioeducativa, nos termos que analisaremos aqui.
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Disposições Gerais
São medidas jurídicas aplicadas aos adolescentes que praticarem atos infracionais por meio de uma ação
socioeducativa promovida pelo Ministério Público e que deve ser processada perante a Vara da Infância e
Juventude.
Essas medidas podem ser classificadas em dois grupos: as restritivas de liberdade e as medidas de meio
aberto. Ambas possuem objetivo pedagógico: ressocialização do adolescente para inibir a violência.
A respeito das medidas socioeducativas restritivas de liberdade é importante destacarmos que elas
observam três princípios:
Brevidade
PRINCÍPIOS
Excepcionalidade
Pelo princípio da brevidade, devemos compreender que as medidas restritivas de liberdade devem ser
aplicadas pelo tempo estritamente necessário para a ressocialização do adolescente. Mais uma vez o
objetivo da medida socioeducativa não é retributivo, ou seja, não tem o objetivo de punir e sim de
ressocializar.
O princípio da excepcionalidade informa que as medidas socioeducativas restritivas somente devem ser
aplicadas se, uma vez caracterizada dentro das hipóteses legais, as medidas de meio aberto demonstrem -se
ineficazes.
Por fim, a aplicação das medidas socioeducativas restritivas deve observar o princípio segundo o qual os
adolescentes são considerados pessoas em desenvolvimento, de modo que devem ser tratados de acordo
com sua condição durante a restrição de liberdade, e não como detentos.
De acordo com o ECA, a definição da medida a ser aplicada ao adolescente deverá levar em consideração
três fatores:
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• capacidade de cumpri-la
• circunstâncias
• gravidade da infração
O art. 114, do ECA materializa a necessidade de provas suficientes de autoria e materialidade da infração
para que se possa aplicar as seguintes medidas socioeducativas:
Perceba que são medidas graves e por isso é preciso haver cuidado. O artigo faz exceção quando houver a
remissão (estudaremos o instituto mais a frente) e a advertência, medida mais branda, que exige apenas
indício de autoria.
No caso de advertência, comprovada a ocorrência do fato (vale dizer, comprovada a materialidade) e diante
de indícios da prática do ato infracional, o Juiz da Infância e Juventude poderá aplicar a medida
socioeducativa.
Advertência
É a medida socioeducativa mais branda e poderá ser aplicada com base em prova da
materialidade e de indícios de autoria. Portanto, NÃO É NECESSÁRIA A PROVA DA
AUTORIA PARA APLICAÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE ADVERTÊNCIA. É
ADVERTÊNCIA importante compreender a desnecessidade de a autoria restar plenamente comprovada
para aplicação da medida.
A advertência consiste tão somente em uma admoestação verbal que parte do juiz.
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Registre-se, entretanto, que atos infracionais mais graves, como o roubo, embora
gerem danos, a reparação desse não será suficiente, em razão da gravidade da
OBRIGAÇÃO DE
conduta. De toda forma, a aplicação dependerá sempre da análise do caso concreto,
REPARAR O
haja vista os objetivos pedagógicos das medidas socioeducativas.
DANO
A obrigação é imposta ao adolescente e não a seus pais, não se aplica aqui as regras
de responsabilidade civil (pais respondendo pelos filhos).
Em relação à medida socioeducativa de prestação de serviços à comunidade, temos o art. 117, do ECA.
Liberdade Assistida
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Prazo máximo:
Não há previsão do prazo máximo na legislação, assim o STJ aplica o prazo máximo da internação que é de
3 anos.
O art. 121, §5º dispõe sobre a possibilidade de o indivíduo cumprir medida até os 21 anos nos casos de
internação. O §2º do art. 120 estende a regra para a medida de semiliberdade. Será que esta regra poderia
ser aplicada para a medida de liberdade assistida?
Não há previsão legal, mas jurisprudência do STF e do STJ afirma ser possível o cumprimento da liberdade
assistida até os 21 anos, vez que não há fundamento lógico ou jurídico que justifique a diferença de
tratamento. Veja abaixo a súmula editada pelo STJ:
Regime de Semiliberdade
Art. 120. O regime de semiliberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma
de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas,
INDEPENDENTEMENTE de autorização judicial.
A semiliberdade consiste em um acompanhamento mais severo, uma vez que o adolescente permanecerá
custodiado em entidades institucionais próprias, ou seja, terá sua liberdade reduzida.
Durante o dia, o adolescente executará atividades normais na comunidade, como estudar e trabalhar. À
noite deve se recolher à unidade de internação.
De todo modo, esse regramento não é fixo, pois há a possibilidade de serem avaliadas, junto à equipe
técnica da instituição de semiliberdade, alternativas diversas, como custódia durante o dia ou, inclusive,
passar a noite junto à família.
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Quanto ao prazo máximo, a medida socioeducativa de semiliberdade deverá ser aplicada por prazo a ser
determinado pelo juiz da infância e juventude. De todo modo, ela não poderá ultrapassar o prazo de 3 anos,
devendo ser reavaliada a cada 6 meses pelo juiz da infância e juventude. A regra de liberação compulsória
aos 21 anos também se aplica a semiliberdade conforme entendimento do STF e do STJ.
Internação
A medida mais severa de todas é expressamente disciplinada no ECA entre os seus arts. 121 e 125:
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada,
mediante decisão fundamentada, no máximo A CADA SEIS MESES.
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A medida socioeducativa de internação é a medida mais extrema e consiste na restrição total da liberdade,
de modo que o adolescente permanecerá institucionalizado integralmente.
Princípios:
Princípio da brevidade – medida de internação deve ser aplicada por curto espaço de tempo. O ECA prevê
como prazo máximo 3 anos e determina que a autoridade judiciária reavalie a situação a cada 6 meses para
se possível substituir a medida por outra menos gravosa ou até encerrar o cumprimento, isso significa que o
comportamento do autor do ato infracional irá influenciar no alcance deste princípio.
Princípio da Excepcionalidade – a internação só se justifica quando não houver outra medida mais branda
que se mostre adequada.
É possível a realização de atividades externas, contudo, estas são acompanhadas por educadores. Ademais,
é possível ao magistrado, a depender da situação, vedá-las.
Assim...
ATIVIDADES
EXTERNAS
A internação, como vimos, pode ser com prazo determinado ou com prazo indeterminado, mas não poderá,
em qualquer caso, ultrapassar o prazo de três anos. A diferença, portanto, será especificada na sentença,
que preverá um prazo específico para cumprimento da medida ou não referirá o termo.
O adolescente não será obrigatoriamente liberado ao término do prazo de internamento, é possível que o
autor da infração seja inserido no regime de semiliberdade ou de liberdade assistida mesmo após ter ficado
internado por 3 anos. Além disso, na internação há previsão legal expressa quanto a obrigatoriedade de
liberação aos 21 anos.
Tal como a semiliberdade, a medida socioeducativa de internação será reavaliada a cada seis meses.
Pergunta-se:
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Dada a excepcionalidade da medida, a internação somente poderá aplicar aplicada numa das três hipóteses
previstas no art. 122 do ECA, qual seja:
§ 1o O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo NÃO poderá ser superior
a 3 (TRÊS) MESES, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal.
Primeiramente é importante compreender que o legislador definiu, em rol taxativo, quando será aplicada a
medida da internação. Ele fez isso porque a medida socioeducativa de internação constitui uma medida séria
e grave. Em relação às demais medidas, o juiz da infância e juventude terá liberdade para aplicá-las de acordo
com as circunstâncias do caso concreto e com base na avaliação efetuada pela equipe técnica da Vara de
Infância.
Além disso, a medida a ser aplicada no inc. III ganha um adjetivo: a sanção. Quando, por reiterado
descumprimento da medida socioeducativa de meio aberto ou de semiliberdade, é possível que o juiz
determine a internação-sanção pelo prazo máximo de 3 meses, conforme disciplina o art. 122, §1, do ECA.
A medida de internação-sanção é peculiar e será aplicada pelo juiz da execução, que aquele que acompanha
o cumprimento da medida e não o que sentenciou e aplicou a medida, em caso de reiterado descumprimento
da medida socioeducativa que está sendo acompanhada.
A gravidade do ato infracional análogo ao de tráfico de entorpecentes não pode ser o suficiente para
fundamentar a decisão de internação do adolescente infrator é preciso verificar no caso concreto a
ocorrência de algumas das hipóteses do art.122 para a decretação da internação como por exemplo a
reiteração, vejamos o entendimento sumulado do STJ:
Súmula nº 492 STJ - O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.
O que interessa é a análise do caso concreto que será feita pelo magistrado. Por exemplo, três furtos podem
não ser suficientes para caracterizar a necessidade de internação. Por outro lado, a reincidência na prática
do ato infracional análogo ao de tráfico de entorpecentes poderá justificar a medida extrema.
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Súmula nº 265 STJ -“É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a
regressão da medida socioeducativa.”
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em
local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de
idade, compleição física e gravidade da infração.
O art. 124, por sua vez, estabelece os direitos dos adolescentes privados de liberdade.
O ECA arrola um extenso dispositivo no qual trata dos direitos que devem ser assegurados aos adolescentes
em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade ou de internação. Vejamos:
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receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje;
manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los,
recebendo comprovante daqueles porventura depositados em poder da entidade;
Por fim, quanto ao direito de visitas, entende-se que é possível a suspensão temporária desse direito,
quando houver motivos sérios e fundados de que tais visitas são prejudiciais ao adolescente. Para a
suspensão do direito de visitas é necessária a decisão judicial.
Remissão
A remissão constitui uma forma de perdão ou redução do rigor das penalidades do ECA e será concedida
por iniciativa do Ministério Público. Esse instituto poderá ser aplicado antes de iniciar o procedimento ou
no curso do processo.
Antes do processo, a remissão será concedida com exclusão do processo, a depender das circunstâncias e
do fato no contexto social. Nesse caso, a remissão será homologada por sentença pelo Juiz da Infância e
Juventude.
No curso do processo, a remissão será concedida como forma de suspensão ou de exclusão do processo e
depende de sentença.
A medida aplicada por força de remissão deverá ser aplicada pelo juiz depois da concordância do adolescente
e de seu defensor, o membro do Ministério Público oferece a proposta, mas a aplicação da medida
socioeducativa é de competência exclusiva do magistrado. Veja o teor da súmula 108 do STJ:
Finalizamos, com isso, o estudo dos atos infracionais e das medidas socioeducativas. Na parte final do ECA,
vamos retomar, ainda, alguns temas relativos ao processo judicial de aplicação de medidas.
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VII - advertência;
IX - destituição da tutela;
Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos IX e X deste artigo,
observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24.
Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos
pais ou responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, como medida cautelar, o
afastamento do agressor da moradia comum.
Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos
de que necessitem a criança ou o adolescente dependentes do agressor.
CONSELHO TUTELAR
1 - Disposições Gerais
O Conselho é um órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar
pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
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Os Conselhos são instituídos no âmbito municipal. O ECA determina a instituição de pelo menos um
Conselho Tutelar por município, composto de cinco membros, escolhidos pela população local para
mandato de quatro anos, permitida recondução, mediante novos processos de escolha.
REQUISITOS PARA
COMPOR O CONSELHO
A função de conselheiro constitui serviço público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral.
Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá,
no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4
(quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha.
Atenção! A parte final desse dispositivo foi alterada em maio de 2019. Antes, o ECA permitia apenas 1 (uma)
recondução, mediante novo processo de escolha. Agora, não há mais esse limite.
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes
requisitos:
O art. 134, do ECA, atribui ao Município determinar o local, dia e horário de funcionamento dos Conselhos
Tutelares, bem como a remuneração dos membros. Confira o dispositivo, e veja o rol de direitos assegurados
aos conselheiros.
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento
do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais
é assegurado o direito a:
I - cobertura previdenciária;
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III - licença-maternidade;
IV - licença-paternidade;
V - gratificação natalina.
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante
e estabelecerá presunção de idoneidade moral.
2 - Atribuições do Conselho
O conselho tutelar teve o rol de suas atribuições expandida pela Lei Henry Borel.
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Receber comunicação da ocorrência de ação ou omissão, praticada em local público ou privado, que
constitua violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente;
Receber e encaminhar, quando for o caso, as informações reveladas por noticiantes ou denunciantes;
Representar para requerer a concessão de medidas cautelares direta ou indiretamente relacionada à
eficácia da proteção de noticiante ou denunciante.
Pela relevância do assunto vamos fazer alguns comentários sobre as novas atribuições:
Caberá ao Conselho Tutelar buscar ações articuladas e efetivas para a identificação e responsabilização do
agressor além de atender com agilidade a criança e o adolescente vítima de violência doméstica e familiar.
Veja que a lei prevê ações articuladas, assim cada ator atuará no limite de sua esfera de competência.
O Conselho Tutelar deve atender as crianças e adolescentes envolvidos em situação de violência doméstica
e familiar orientando e aconselhando sobre seus direitos e realizando os encaminhamentos necessários.
Caberá ao Conselho tutelar a representação, para as autoridades competentes em cada caso, para a adoção
de diversas providências, vamos destacá-las:
Quanto as informações prestadas pelos denunciantes ou notificantes caberá ao Conselho Tutelar recebê-las,
tomar as providencias que estejam dentro da sua esfera de competência e encaminhá-las a quem de direto
quando necessário.
O poder decisório do Conselho Tutelar é relevante e somente poderá ser revisto pela autoridade judiciária,
caso haja provocação por intermédio de processo judicial.
3 - Competência
No que se refere à competência territorial para a atuação do Conselho Tutelar, devemos observar o que
consta do art. 147, do ECA:
Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de competência constante do art. 147.
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável.
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§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou
omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção.
Quanto ao processo de escolha dos conselheiros, veja o art. 139, do ECA, cuja leitura é o suficiente.
Art. 139. O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido
em lei municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público.
5 - Impedimentos
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e
descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e
sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado.
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LEGISLAÇÃO DESTACADA
art. 70-A do ECA – ações destinadas a coibir o castigo físico ou tratamento cruel e degradante de criança
e adolescentes.
Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão atuar de forma
articulada na elaboração de políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir o
uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas não violentas
de educação de crianças e de adolescentes, tendo como principais ações: (Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)
V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a garantir os direitos da criança e
do adolescente, desde a atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e responsáveis
com o objetivo de promover a informação, a reflexão, o debate e a orientação sobre
alternativas ao uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante no processo
educativo; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
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VIII - o respeito aos valores da dignidade da pessoa humana, de forma a coibir a violência,
o tratamento cruel ou degradante e as formas violentas de educação, correção ou
disciplina;
XIII - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, dos conteúdos
relativos à prevenção, à identificação e à resposta à violência doméstica e familiar.
Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes com deficiência terão prioridade
de atendimento nas ações e políticas públicas de prevenção e proteção. (Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas áreas da saúde e da educação,
além daquelas às quais se refere o art. 71 desta Lei, entre outras, devem contar, em seus
quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e a comunicar ao Conselho Tutelar
suspeitas ou casos de crimes praticados contra a criança e o adolescente.
art. 81, do ECA: produtos e serviços que não podem ser vendidos a crianças/adolescentes (prevenção
especial).
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II - bebidas alcoólicas;
III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que
por utilização indevida;
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial
sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida;
Art. 83. NENHUMA criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar
para fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem
expressa autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
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Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
art. 101, do ECA: espécies de medidas de proteção que podem ser aplicadas às crianças e adolescentes
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente
poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
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Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção
penal.
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo PRAZO MÁXIMO DE
QUARENTA E CINCO DIAS.
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar
ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
IV - liberdade assistida;
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais
adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá ser
recomendada por entidade ou programa de atendimento.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de SEIS MESES, podendo a
qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o
orientador, o Ministério Público e o defensor.
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Art. 120. O regime de semiliberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma
de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas,
INDEPENDENTEMENTE de autorização judicial.
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada,
mediante decisão fundamentada, no máximo A CADA SEIS MESES.
art. 122, do ECA: hipóteses em que pode ser aplicada a medida socioeducativa de internação
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§ 1o O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo NÃO poderá ser superior
a 3 (TRÊS) MESES, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal.
Art. 126. ANTES de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o
representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão
do processo, atendendo às circunstâncias e consequências do fato, ao contexto social, bem
como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato
infracional.
Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista judicialmente, a
qualquer tempo, mediante pedido expresso do adolescente ou de seu representante legal,
ou do Ministério Público.
Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá,
no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4
(quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha.
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes
requisitos:
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I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando
as medidas previstas no art. 101, I a VII;
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança;
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XIX - receber e encaminhar, quando for o caso, as informações reveladas por noticiantes
ou denunciantes relativas à prática de violência, ao uso de tratamento cruel ou degradante
ou de formas violentas de educação, correção ou disciplina contra a criança e o
adolescente;
RESUMO
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Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo dos principais aspectos estudados ao longo da aula.
Sugerimos que esse resumo seja estudado sempre previamente ao início da aula seguinte, como forma de
“refrescar” a memória. Além disso, segundo a organização de estudos de vocês, a cada ciclo de estudos é
fundamental retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em compreender alguma informação, não
deixem de retornar à aula.
• Integração com os órgãos e entidades (poder judiciário, MP, defensoria, conselhos tutelares,
conselhos e ongs).
• Famílias com crianças e adolescentes com deficiência terão prioridade de atendimento nas
ações e políticas públicas de prevenção e proteção
• o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, dos conteúdos relativos à
prevenção, à identificação e à resposta à violência doméstica e familiar.
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Prevenção geral
• direito à informação
• direito à cultura
• direito ao lazer
• direito aos esportes
• direito à diversão
• direito de participar de espetáculos
• direito a produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento
Prevenção Especial
• O Poder Público regulará as diversões e espetáculos públicos (definindo natureza, faixas etárias, locais
e horários inadequados de apresentação). Essas normas devem ser cumpridas e divulgadas pelas
empresas que trabalhem com diversão e espetáculos.
• Crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação
ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.
• Rádios e TVs somente exibirão, no horário recomendado para o público infanto-juvenil, programas
com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. Todos os espetáculos conterão o
anúncio da faixa etária indicativa.
• Empresas que explorem a venda ou aluguel de fitas de programação em vídeo cuidarão para que não
haja venda ou locação em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente.
• Revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes
deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu conteúdo.
• Revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não poderão conter ilustrações alusivas
a bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e sociais da
pessoa e da família.
• Casas de jogos cuidarão para que não seja permitida a entrada e a permanência de crianças e
adolescentes no local, afixando aviso para orientação do público.
➢ Produtos e Serviços
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▪ Acompanhada de pais/responsável; ou
▪ Mediante autorização judicial (com validade de 2 anos).
o Situações excepcionais em relação aos quais não se exige acompanhamento dos pais/responsável ou
autorização judicial:
▪ Translado em comarcas vizinhas (a lei fala em contígua), desde que se trate de mesma
unidade da Federação;
▪ Translado entre cidades que estejam na mesma região metropolitana;
▪ Translado acompanhado de ascendentes ou colateral maior (até o 3º grau), desde que
comprove, mediante apresentação de documentos, a relação de parentesco; ou
▪ Translado acompanhado pessoa maior de idade desde que esteja portando autorização
fornecida pelo pai, ou pela mãe ou por responsável.
Política de atendimento
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Disposições Gerais
➢ Em regime de proteção
• Orientação e apoio sociofamiliar
• Colocação familiar
• Acolhimento institucional
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• Internação
CMDCA avaliará o funcionamento a cada dois anos. Assim, a cada biênio, as entidades serão
avaliadas levando-se em consideração:
O registro
• tem validade por quatro anos
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A cada seis meses, os dirigentes das entidades de acolhimento institucional ou familiar devem
remeter relatórios da situação de cada criança ou adolescente acolhida. Com a mudança
implementada pela 13.509/17 reduzindo o prazo de reavaliação da criança ou adolescente inserido
em programa de acolhimento familiar ou institucional para 3 meses entendemos que o prazo para
que os relatórios sejam remetidos também deve ser reduzido para 3 meses já que o §2º do artigo faz
menção ao art. 19 §1º do ECA.
Os laços das crianças acolhidas serão mantidos e estreitados com a família de origem ou extensa,
exceto se houver decisão judicial em contrário.
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➢ Entidades governamentais
• Advertência
• Afastamento provisório de seus dirigentes
• Afastamento definitivo de seus dirigentes
• Fechamento de unidade ou interdição do programa
Se houver reiteração nas infrações poderá ser determinada, pela autoridade judiciária, em processo
regular, a suspensão das atividades ou a dissolução da entidade, ouvido o Ministério Público.
Medidas de Proteção
• Aplicam-se as medidas de proteção quando os direitos das crianças e adolescentes forem violados
• Podem ser aplicadas de forma isolada (ou seja, apenas uma delas) ou de forma cumulada
• Na aplicação das medidas leva-se em conta as necessidades pedagógicas
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• Intervenção mínima
• Proporcionalidade e atualidade
• Responsabilidade parental
• Prevalência da família
• Obrigatoriedade da informação
• Oitiva obrigatória e participação
Medidas de proteção
Verificada a inexistência de registro anterior este será feito com os elementos disponíveis,
mediante requisição da autoridade judiciária.
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Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado procedimento específico destinado à sua
averiguação.
• Ato infracional
• Conduta prevista como crime ou contravenção penal quando praticada por criança ou adolescente.
➢ Crianças
• Praticam atos infracionais.
• São aplicadas apenas medidas de proteção.
➢ Adolescentes
• Praticam atos infracionais
• São aplicadas medidas socioeducativas e medidas de proteção.
Direitos Individuais
• A privação de liberdade é excepcional. Logo, somente poderá ocorrer em caso de decisão escrita e
fundamentada da autoridade judiciária.
• Ao ser apreendido, o adolescente tem o direito de conhecer a identificação daqueles que o
apreenderam e de ser informado quanto aos seus direitos.
• Quando o adolescente for apreendido deve-se comunicar imediatamente a autoridade judiciária e a
família (ou pessoa indicada pelo adolescente).
• A internação provisória, que somente poderá ser decretada por decisão judicial fundamentada, será
pelo prazo improrrogável de 45 dias.
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Garantias Processuais
Em relação às garantias processuais é importante que você memorize que a privação de liberdade observará
o devido processo legal, especialmente:
Medidas Socioeducativas
• São medidas jurídicas aplicadas aos adolescentes que praticarem atos infracionais por meio de uma
ação socioeducativa
• Podem ser classificadas em dois grupos: as restritivas de liberdade e as medidas de meio aberto.
Princípio da brevidade - as medidas restritivas de liberdade devem ser aplicadas pelo tempo
estritamente necessário para a ressocialização do adolescente.
Princípio da excepcionalidade - informa que as medidas socioeducativas restritivas somente devem ser
aplicadas se, uma vez caracterizada dentro das hipóteses legais, as medidas de meio aberto demonstrem -se
ineficazes.
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Por fim, a aplicação das medidas socioeducativas restritivas deve observar o princípio segundo o qual
os adolescentes são considerados pessoas em desenvolvimento, de modo que devem ser tratados de acordo
com sua condição durante a restrição de liberdade, e não como detentos.
Fatores a serem considerados pelo juiz da vara da infância e juventude na aplicação de medidas
socioeducativas
• Capacidade de cumpri-la
• Circunstâncias
• Gravidade da infração
➢ Advertência - É a medida socioeducativa mais branda e poderá ser aplicada com base em prova da
materialidade e de indícios de autoria.
• Portanto, NÃO É NECESSÁRIA A PROVA DA AUTORIA PARA APLICAÇÃO DA MEDIDA
SOCIOEDUCATIVA DE ADVERTÊNCIA.
• É importante compreender a desnecessidade de a autoria restar plenamente comprovada
para aplicação da medida. A advertência consiste tão somente em uma admoestação verbal
que parte do juiz.
➢ Obrigação de reparar o dano - Será adotada a obrigação de reparar danos, quando da conduta do
adolescente decorrer reflexos patrimoniais. Registre-se, entretanto, que atos infracionais mais graves, como
o roubo, embora gerem danos, a reparação desse não será suficiente, em razão da gravidade da conduta. De
toda forma, a aplicação dependerá sempre da análise do caso concreto, haja vista os objetivos pedagógicos
das medidas socioeducativas. A obrigação é imposta ao adolescente e não a seus pais, não se aplica aqui as
regras de responsabilidade civil.
➢ Liberdade assistida - A liberdade assistida constitui a última alternativa antes da aplicação das
medidas restritivas de liberdade.
• Consiste no acompanhamento, na orientação e no apoio ao adolescente por meio de um educador.
• Do mesmo modo terá duração mínima de 6 meses e caracteriza-se pelo acompanhamento mais
próximo do socioeducando.
• Haverá a nomeação de um orientador a quem incumbe:
• Promover socialmente o adolescente e sua família (programa oficial ou comunitário de auxílio e
assistência social);
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➢ Regime de Semiliberdade - acompanhamento mais severo, uma vez que o adolescente permanecerá
custodiado em entidades institucionais próprias.
• Durante o dia, o adolescente executará atividades normais na comunidade, como estudar e trabalhar.
À noite deve se recolher à unidade de internação.
• A fixação de atividades externas, é obrigatório e independe de autorização judicial,
• Prazo Máximo -3 anos
• Reavaliação - a cada 6 meses
Princípio da brevidade – medida de internação deve ser aplicada por curto espaço de tempo. O ECA
prevê como prazo máximo 3 anos e determina que a autoridade judiciária reavalie a situação a cada 6 meses
para se possível substituir a medida por outra menos gravosa ou até encerrar o cumprimento, isso significa
que o comportamento do autor do ato infracional irá influenciar no alcance deste princípio.
Princípio da Excepcionalidade – a internação só se justifica quando não houver outra medida que se
mostre adequada.
➢ Internação
• Máximo de 3 anos
• Ato infracional praticado com grave ameaça ou violência à pessoa
• Reiteração no cometimento de infrações graves
• Pelo máximo de 3 meses (internação-sanção) - descumprimento reiterado e injustificável de medida
anteriormente aplicada
Deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele destinado ao
abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da infração.
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• Suspensão temporária
• depende de decisão judicial
• ocorrerá quando houver indícios sérios e suficientes de que tais visitas são prejudiciais ao adolescente
custodiado
Remissão
• A remissão constitui uma forma de perdão ou redução do rigor das penalidades do ECA e será
concedida por iniciativa do Ministério Público. Esse instituto poderá ser aplicado antes de iniciar o
procedimento ou no curso do processo.
• Antes do início do processo, a remissão será concedida com exclusão do processo, a depender das
circunstâncias e do fato no contexto social. Nesse caso, a remissão será homologada por sentença
pelo Juiz da Infância e Juventude.
• No curso do processo, a remissão será concedida como forma de suspensão ou de exclusão do
processo e depende de sentença.
Conselho Tutelar
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• Residir no município
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final de mais uma aula!
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CESPE
Comentários
A alternativa A está incorreta. Os conselhos não são órgãos de controle social. Veja o que diz o inciso II do
art. 88 do ECA:
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A alternativa B está incorreta. A questão erra quando afirma que o membro do Conselho será remunerado.
Veja o art. 89 do ECA:
Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais
dos direitos da criança e do adolescente é considerada de interesse público relevante e
NÃO será remunerada.
A alternativa C está incorreta. A comunicação da suspeita é obrigatória e não facultativa como afirmado.
A alternativa D está incorreta. Esta medida será aplicada pelo Conselho Tutelar e não pelo Ministério
Público.
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar,
sem prejuízo de outras providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
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2. (CEBRASPE/PC SE - 2021) João, 18 anos de idade, estava em um bar quando percebeu a presença
de dois desafetos, Diego, de 19 anos de idade, e Pedrinho, de 16 anos de idade. Os dois se aproximaram
de João e realizaram disparos de arma de fogo, que o atingiram na cabeça, no pescoço, no tórax e no
abdome. João não resistiu e faleceu no local. Diego foi preso e encaminhado à delegacia circunscricional
mais próxima; Pedrinho conseguiu fugir. Em seu depoimento, Diego relatou que ambos não tinham
intenção de matar a vítima, e que os tiros haviam sido disparados a distância, após verificarem que João
havia sacado uma pistola e apontado em direção à dupla. Ao exame necroscópico da vítima, foram
observados, na região temporal (cabeça), uma zona de tatuagem, e, na região cervical (pescoço), o sinal
de Werkgaertner.
Considerando a situação hipotética relatada, julgue o item a seguir.
Se for encontrado, Pedrinho poderá ser encaminhado para internação em estabelecimento educacional.
Comentários
A assertiva está correta. O ECA prevê a possibilidade de internação provisória, ou seja, realizada antes da
sentença pelo prazo máximo de 45 dias e demonstrada necessidade imperiosa da medida.
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo PRAZO MÁXIMO DE
QUARENTA E CINCO DIAS.
Comentários
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A questão versa sobre o art. 100 do ECA, vamos verificar o conteúdo do artigo e depois comentaremos as
assertivas.
Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das medidas:
III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação dos direitos
assegurados a crianças e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo nos
casos por esta expressamente ressalvados, é de responsabilidade primária e solidária das
3 (três) esferas de governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e da
possibilidade da execução de programas por entidades não governamentais;
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sua família natural ou extensa ou, se isso não for possível, que promovam a sua integração
em família adotiva; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
A alternativa A está incorreta. De acordo com o inciso XII do parágrafo único do art. 100 do ECA a oitiva é
obrigatória e não facultativa como afirmado.
A alternativa B está correta. É a previsão do inciso IX do parágrafo único do art. 100 do ECA.
A alternativa C está incorreta. Nos termos do inciso III do parágrafo único do art. 100 do ECA verificamos
que a responsabilidade do Poder Público é primária e solidária e não subsidiária como afirmado.
A alternativa D está incorreta. O inciso VII do parágrafo único do art. 100 do ECA prevê a intervenção mínima
e não máxima como afirmado.
A alternativa E está incorreta. O afastamento do lar não está previsto na intervenção precoce.
4. (CEBRASPE/DP-DF - 2022) Acerca das medidas de proteção à criança e ao adolescente, julgue o item
a seguir.
As medidas de proteção à criança e ao adolescente devem ser balizadas pela máxima intervenção das
autoridades e das instituições na sua rotina.
Comentários
A assertiva está incorreta. O inciso VII do parágrafo único do art. 100 do ECA prevê a intervenção mínima e
não máxima como afirmado.
5. (CEBRASPE/DPE RO - 2022) Com relação às medidas socioeducativas, o ECA determina que pode
ser aplicada, desde que haja prova da materialidade e indícios suficientes da autoria,
A) a obrigação de reparar o dano.
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B) a liberdade assistida.
C) a prestação de serviços à comunidade.
D) a internação em estabelecimento educacional.
E) a advertência.
Comentários
A alternativa E está correta. A advertência é a medida socioeducativa mais branda e poderá ser aplicada
com base em prova da materialidade e de indícios de autoria. Portanto, NÃO É NECESSÁRIA A PROVA DA
AUTORIA PARA APLICAÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE ADVERTÊNCIA.
Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112 pressupõe a
existência de provas suficientes da autoria e da materialidade da infração, RESSALVADA
A HIPÓTESE DE REMISSÃO, nos termos do art. 127.
Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre que houver prova da
materialidade e indícios suficientes da autoria.
Quanto as demais alternativas, o caput do art. 114 do ECA exige provas suficientes da autoria e da
materialidade da infração para as medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112 do ECA, perceba que são
as medidas prevista na questão.
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar
ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
IV - liberdade assistida;
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Comentários
A alternativa A está incorreta. Quando concedida pelo Ministério Público ocorrerá antes de iniciado o
procedimento judicial, assim será caso de extinção do processo.
Art. 126. ANTES de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o
representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de
exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e consequências do fato, ao contexto
social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no
ato infracional.
A alternativa B está correta. A remissão constitui uma forma de perdão ou redução do rigor das penalidades
do ECA e pode ser concedida quando houver indícios de materialidade e autoria pois não há reconhecimento
da responsabilidade e nem gera antecedentes.
A alternativa C está incorreta. Não poderá sem cumulada com semiliberdade e internação conforme
previsão do art. 127 do ECA.
A alternativa E está incorreta. Como vimos, a remissão concedida pelo ministério Público deverá ocorrer
antes de iniciado o processo.
7. (CEBRASPE/MPE AP - 2021) Considerando o que dispõe a Lei n.º 8.069/1990 sobre a proteção
integral à criança e ao adolescente, assinale a opção correta, acerca do Conselho Tutelar nos termos
dispostos no Estatuto da Criança e do Adolescente.
A) A notificação ao Conselho Tutelar dos casos de suspeita de maus-tratos contra crianças por profissionais
de Serviço Social é um ato discricionário, sem prejuízo de outras providências legais.
B) As entidades privadas que acolhem crianças e adolescentes devem manter, em seus quadros, profissionais
habilitados a reconhecer sinais de maus-tratos e, consequentemente, notificar ao Conselho Tutelar.
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C) Cada município contará, no mínimo, com um Conselho Tutelar como órgão integrante da administração
pública local, composto pela proporção de cinco membros a cada 1.000 habitantes, sendo os membros
escolhidos pela população local para mandato de quatro anos.
D) Qualquer pessoa designada a cuidar de um adolescente que utilizar tratamento degradante como forma
de educação será advertido pelo Conselho Tutelar, com a aplicação de medida protetiva de distanciamento
entre o adolescente e a pessoa autora de violência.
E) Os pais que se utilizarem de castigo físico como forma de correção dos filhos poderão ser advertidos pelo
Conselho Tutelar, com a determinação de tratamento psiquiátrico compulsório nos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS).
Comentários
A alternativa B está correta. A assertiva está de acordo como Art. 70-B do ECA.
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas áreas da saúde e da educação,
além daquelas às quais se refere o art. 71 desta Lei, entre outras, devem contar, em seus
quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e a comunicar ao Conselho Tutelar
suspeitas ou casos de crimes praticados contra a criança e o adolescente.
Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela comunicação de que trata este artigo,
as pessoas encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou
ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de crianças e adolescentes, punível, na forma
deste Estatuto, o injustificado retardamento ou omissão, culposos ou dolosos.
Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá,
no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4
(quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha.
A alternativa D está incorreta. A medida de distanciamento entre o adolescente e o autor da violência deverá
ser descartada pela autoridade judiciária. O Conselho Tutelar deverá representar pela medida.
A alternativa E está incorreta. Não há no rol do art. 129 do ECA a determinação de tratamento psiquiátrico
compulsório nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
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VII - advertência;
IX - destituição da tutela;
Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos IX e X deste artigo,
observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24.
8. (CEBRASPE/DP DF - 2022) Acerca das medidas de proteção à criança e ao adolescente, julgue o item
a seguir.
Violados ou ameaçados os direitos da criança e do adolescente, o Conselho Tutelar poderá promover a
inclusão em programa de acolhimento familiar ou a colocação em família substituta.
Comentários
A assertiva está incorreta. Não está entre as atribuições do Conselho Tutelar a inclusão em programa de
acolhimento familiar ou colocação em família substituta estas medidas cabem apenas a autoridade judiciária.
Veja o §2º do art. 101 do ECA.
9. (CEBRASPE/TJ RJ - 2021) Para garantir a eficácia de sua missão social, o conselho tutelar, por meio
dos conselheiros tutelares, deve cumprir com zelo as atribuições que lhe foram confiadas pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente, o que, na prática, significa aplicar medidas protetivas, como
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Comentários
A alternativa A está correta. De acordo com o inciso I do art. 136 do ECA o Conselho Tutelar deverá atender
as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas no art. 98 - aplicação de medidas de proteção quando os
direitos de crianças e adolescentes não estiverem sendo respeitados - e nos casos do art. 105 - nos casos de
ato infracional.
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando
as medidas previstas no art. 101, I a VII;
10. (CEBRASPE/DPE RO - 2022) A internação é uma medida socioeducativa excepcional por implicar a
privação de liberdade do adolescente.
Essa medida
A) tem prazo determinado de seis meses, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada dois meses; não poderá exceder, em somatório no caso de reincidência,
a cinco anos e a sua liberação será compulsória quando o adolescente completar dezoito anos de idade.
B) tem prazo determinado de seis meses, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada dois meses; não poderá exceder, em somatório no caso de reincidência,
a três anos e a sua liberação será compulsória quando o adolescente completar vinte e um anos de idade.
C) não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada seis meses; não poderá exceder a três anos e a sua liberação será
compulsória quando o adolescente completar vinte e um anos de idade.
D) não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada seis meses; não poderá exceder a cinco anos e a sua liberação será
compulsória quando o adolescente completar dezoito anos de idade.
E) não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada seis meses; não poderá exceder a cinco anos e a sua liberação será
compulsória quando o adolescente completar vinte e um anos de idade.
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Comentários
Vamos transcrever o art. 121 do ECA que trata da medida de internação e posteriormente comentar cada
assertiva.
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada,
mediante decisão fundamentada, no máximo A CADA SEIS MESES.
A alternativa A está incorreta. Não há prazo determinado para a internação conforme o §2º do art. 121 do
ECA e a liberação compulsória ocorre apenas aos 21 anos conforme o §5º do mesmo artigo.
A alternativa B está incorreta. Não há prazo determinado como já vimos e sua reavaliação será feita a cada
6 meses na forma do §2º do art. 121 do ECA.
A alternativa C está correta. A assertiva está completamente de acordo com as diretrizes firmadas pelo art.
121 do ECA.
A alternativa D está incorreta. A assertiva erra no prazo máximo que é de 3 anos e não 5 como afirmado e
na idade para a liberação compulsória que é 21 anos e não 18 anos.
A alternativa E está incorreta. Mais uma vez houve erro quanto ao prazo máximo que é de 3 anos e não 5
anos como afirmado.
11. (CESPE/TJ-PA - 2020) Em 2019, o art. 83 da Lei n.º 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente) foi alterado no sentido de determinar que, assim como as crianças, adolescentes, até
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determinada idade, não podem viajar para fora da comarca onde residem desacompanhados dos pais ou
responsáveis e sem expressa autorização judicial. Conforme esse dispositivo legal em vigor, a idade
mínima a partir da qual adolescentes podem realizar viagem interestadual desacompanhados dos pais ou
responsáveis e sem autorização judicial é de
a) doze anos, tendo sido mantido o conceito de adolescente como pessoa com idade entre doze e dezoito
anos.
b) doze anos, tendo sido alterado o conceito de adolescente para pessoa com idade entre dez e quatorze
anos.
c) quatorze anos, tendo sido alterado o conceito de adolescente para pessoa com idade entre quatorze e
vinte e um anos.
d) dezesseis anos, tendo sido alterado o conceito de adolescente para pessoa com idade entre quatorze e
==22f849==
vinte e um anos.
e) dezesseis anos, tendo sido mantido o conceito de adolescente como pessoa com idade entre doze e
dezoito anos.
Comentários
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o caput do art. 83 do Estatuto da
Criança e do Adolescente: "Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para
fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização
judicial." A Lei nº 13.812/2019 não alterou o caput do art. 2º do ECA que estabelece os limites etários para
crianças e adolescentes: "Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade."
• acompanhada de pais/responsável; ou
• mediante autorização judicial (com validade de 2 anos).
• translado em comarcas vizinhas (a lei fala em contígua), desde que se trate de mesma
unidade da Federação;
• translado entre cidades que estejam na mesma região metropolitana;
• translado acompanhado de ascendentes ou colateral maior (até o 3ª grau), desde que
comprove, mediante apresentação de documentos, a relação de parentesco; ou
• translado acompanhado pessoa maior de idade desde que esteja portando autorização
fornecida pelo pai, ou pela mãe ou por responsável.
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12. (CESPE/Pref. Campo Grande - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o
item subsequente.
Mediante expressa autorização dos pais ou responsáveis legais, qualquer criança ou adolescente nascido em
território nacional poderá sair do país na companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.
Comentários
A assertiva está incorreta. O art. 85 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que "sem prévia e
expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair do
País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior."
13. (CESPE/TJ-PR - 2019) Assinale a opção que indica medida de proteção à criança e ao adolescente
prevista no ECA e aplicável quando os direitos reconhecidos desse grupo social forem ameaçados ou
violados.
a) colocação da criança ou do adolescente em família substituta
b) intervenção mínima
c) obrigação de reparar o dano
d) internação da criança ou do adolescente em estabelecimento educacional
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. As medidas estão previstas no art. 101 do Estatuto da
Criança e do Adolescente e a colocação da criança ou do adolescente em família substituta corresponde ao
inciso IX:
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente
poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
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A alternativa B está incorreta pois a intervenção mínima é um princípio que rege a aplicação das medidas de
proteção, conforme disposto no art. 100, parágrafo único, VII do ECA:
Art. 100 VII do ECA - São também princípios que regem a aplicação das medidas:
intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e
instituições cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da
criança e do adolescente.
As alternativas C e D estão incorretas. Ambas apresentam medidas socioeducativas (e não protetivas) que
podem ser aplicadas ao adolescente em caso de prática de ato infracional:
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar
ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
IV - liberdade assistida;
14. (CESPE/TJDFT - 2019) À luz do disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto afirmar
que o acolhimento familiar é uma medida de proteção
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Comentários
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O art. 101, §1º do Estatuto da Criança e do Adolescente
dispõe que "o acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais,
utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para colocação
em família substituta, não implicando privação de liberdade."
15. (CESPE/SLU DF - 2019) Acerca de políticas, diretrizes, ações e desafios na área da família, da criança
e do adolescente, julgue o item subsecutivo.
É atribuição do conselheiro tutelar encaminhar a criança ou o adolescente para programa de acolhimento
familiar ou para família substituta, como forma de aplicação de medida de proteção.
Comentários
A assertiva está incorreta. O encaminhamento deve ser realizado pela autoridade judiciária, como prevê o
parágrafo único do art. 93 do Estatuto da Criança e do Adolescente: "Recebida a comunicação, a autoridade
judiciária, ouvido o Ministério Público e se necessário com o apoio do Conselho Tutelar local, tomará as
medidas necessárias para promover a imediata reintegração familiar da criança ou do adolescente ou, se por
qualquer razão não for isso possível ou recomendável, para seu encaminhamento a programa de acolhimento
familiar, institucional ou a família substituta, observado o disposto no § 2º do art. 101 desta Lei."
16. (CESPE/TJ-PA - 2019) Na aplicação das medidas específicas de proteção à criança e ao adolescente,
são preferíveis aquelas que visem
a) ao fortalecimento da autoestima do menor.
b) ao desenvolvimento de atividades em regime de coeducação.
c) ao fortalecimento dos vínculos familiares.
d) à participação da família na vida escolar.
e) à integração em família da comunidade local.
Comentários
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A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do caput do art. 100 do Estatuto da Criança
e do Adolescente: "Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-
se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários."
17. (CESPE/SLU DF - 2019) Acerca de políticas, diretrizes, ações e desafios na área da família, da criança
e do adolescente, julgue o item subsecutivo.
O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece a advertência e a obrigação de reparar o dano como
medidas protetivas aplicáveis à criança que tenha cometido atos infracionais.
Comentários
A assertiva está incorreta. As medidas aplicáveis às crianças, por força do art. 105 do Estatuto da Criança e
do Adolescente, serão aquelas apontadas pelo art. 101. A advertência e a obrigação de reparar o dano estão
previstas no art. 112 do Eca trata-se de medidas socioeducativas não podendo, portanto, ser aplicada a
crianças.
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente
poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
18. (CESPE/TJ-PA - 2020) José é brasileiro, tem dezesseis anos de idade e está privado de liberdade sob
a proteção do Estado.
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Comentários
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O art. 124 do Estatuto da Criança e do Adolescente
apresenta um rol exemplificativo de direitos assegurados ao adolescente privado de liberdade. O inciso XIV
assegura que o adolescente tem direito a receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que
assim o deseje.
A alternativa A está incorreta. O item 13 das Regras das Nações Unidas para a Proteção dos Menores
Privados de Liberdade prevê que “os menores privados de liberdade não devem, por força do seu estatuto de
detidos, ser privados dos direitos civis, econômicos, políticos, sociais ou culturais de que gozem por força da
lei nacional ou do direito internacional, e que sejam compatíveis com a privação de liberdade.”
A alternativa B está incorreta. A alínea “a” do item 18 da Regras assegura que José poderá requerer
assistência judiciária gratuita: “Os menores devem ter direito aos serviços de um advogado e podem requerer
assistência judiciária gratuita, quando essa assistência esteja disponível, e comunicar regularmente com os
seus conselheiros legais. A privacidade e confidencialidade de tais comunicações devem ser assegurada.”
A alternativa C está incorreta. A alínea “a” do item 18 da Regras assegura que José poderá desenvolver um
trabalho remunerado: “Sempre que possível, os menores devem dispor de oportunidades de efetuar um
trabalho remunerado, e de continuar a sua educação e formação profissional, mas não lhes deve ser exigido
que o façam. O trabalho, os estudos ou a formação profissional não devem causar a continuação da
detenção.”
A alternativa D está incorreta. O art. 124, XV do Estatuto assegura que José poderá manter a posse de seus
objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los, recebendo comprovante daqueles porventura
depositados em poder da entidade.
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Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O art. 122 do Estatuto da Criança e do Adolescente
apresenta as situações em que é possível que seja aplicada a medida de internação:
As alternativas A, B, C e E estão incorretas visto que não apresentam hipóteses legitimadoras de internação.
20. (CESPE/TJ-PR - 2019) De acordo com o ECA, o conselho tutelar, ao tomar conhecimento de ameaça
ou violação aos direitos de crianças e adolescentes, é competente, em regra, para determinar a
a) inclusão da criança e(ou) do adolescente em programa oficial de proteção, apoio e promoção da família,
da criança e do adolescente.
b) destituição da tutela da criança e(ou) do adolescente.
c) inclusão da criança e(ou) do adolescente em programa de acolhimento familiar.
d) perda da guarda da criança e(ou) do adolescente.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Para chegarmos à resposta da questão, precisamos
conjugar o conhecimento de alguns dispositivos: art. 98, art. 136, I e art. 101, IV – todos do Estatuto da
Criança e do Adolescente:
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
--
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando
as medidas previstas no art. 101, I a VII;
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--
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente
poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
As alternativas B, C e D estão incorretas pois apresentam medidas que não competem ao Conselho Tutelar
todas dependem de processo judicial, ou seja, apenas podem ser decretadas pelo juiz.
21. (CESPE/SEJC DF - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue o item a
seguir.
O conselho tutelar tem competência para suspender ou destituir o poder familiar dos pais, quando
necessário.
Comentários
A assertiva está incorreta. A suspensão ou destituição do poder familiar só ocorre por ato judicial. Vejamos
o art. 148, parágrafo único, “b” do ECA que prevê a competência da Vara da Infância e da Juventude quando
houver ameaça ou lesão a direitos da criança ou adolescente.
Art. 148. Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art.
98, é também competente a Justiça da Infância e da Juventude para o fim de:
Comentários
A questão está incorreta, segundo o que estabelece o REsp 1.517.973: o dano moral coletivo é aferível in re
ipsa, ou seja, “sua configuração decorre de mera constatação da prática de conduta ilícita que viole direitos
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Assim, a questão se equivoca ao dizer que não é possível o dano moral coletivo, ao afirmar que ele é
personalíssimo.
23. (CESPE/DPDF - 2019) André, com dezessete anos de idade, foi apreendido pela prática de ato
infracional análogo ao crime de tráfico de drogas. Depois de ter sido conduzido à delegacia de polícia
especializada, o adolescente foi apresentado ao Ministério Público. O promotor de justiça que o
entrevistou ofereceu-lhe remissão cumulada com medida socioeducativa de semiliberdade. O magistrado
indeferiu a remissão ministerial, sob o fundamento de que a aplicação de medida socioeducativa ao
adolescente por ato infracional é de competência exclusiva do juiz, e abriu vista ao Ministério Público para
que apresentasse representação contra André no prazo de 24 horas. Diante da negativa de homologação
judicial e do retorno dos autos, o promotor ofereceu representação contra André e o magistrado manteve
a internação provisória, designou audiência de apresentação e determinou a citação do adolescente. Na
sentença, o magistrado determinou a internação, fundamentando que a conduta do adolescente era
grave, embora não houvesse qualquer outra anotação em sua folha de passagem.
Com redação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens, de acordo com a legislação pertinente e a
jurisprudência dos tribunais superiores.
Embora não houvesse qualquer outra anotação na folha de passagem de André, a atitude do magistrado de
determinar a internação do adolescente foi correta, pois a gravidade do fato praticado por ele basta para
justificar a aplicação da medida socioeducativa de internação, conforme jurisprudência do STJ.
Comentários
A questão está incorreta. De acordo com a súmula nº 492, do STJ, o ato infracional análogo ao tráfico de
drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do
adolescente.
Súmula 492 do STJ: O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.
Assim, a atitude do magistrado foi incorreta e não observou a jurisprudência do STJ sobre o assunto.
24. (CESPE/DPDF - 2019) Em 15 de abril de 2019, Ricardo, com 17 anos de idade, praticou ato infracional
análogo ao crime de roubo. O Ministério Público ofereceu representação contra Ricardo quando ele já
estava com 18 anos de idade. Ao final do procedimento judicial, o magistrado aplicou a Ricardo, então
com 18 anos de idade, a medida socioeducativa de internação. Por ocasião de reavaliação da medida, foi
concedida a Ricardo a progressão para o regime de semiliberdade. Durante o cumprimento da medida em
regime de semiliberdade, foi prolatada nova sentença, aplicando a Ricardo, agora com 19 anos de idade,
medida de internação em razão da prática, em 15 de março de 2019, de ato infracional análogo ao crime
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de homicídio. A partir dessa situação hipotética, jugue os itens subsecutivos, de acordo com a legislação
pertinente e com a jurisprudência dos tribunais superiores.
O magistrado não poderia ter aplicado a Ricardo a medida socioeducativa de internação pela prática do ato
infracional análogo ao crime de roubo, porque, de acordo com jurisprudência do STJ, a superveniência da
maioridade pena impede a apuração e a aplicação de medida socioeducativa.
Comentários
A questão está incorreta. De acordo com a Súmula 605, do STJ, a superveniência da maioridade penal não
interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive
na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
25. (CESPE/DPDF - 2019) Maurício, com treze anos de idade, foi atendido em hospital público. Depois
de realizados os exames clínicos e a entrevista pessoal com o adolescente, o médico que o atendeu
comunicou ao conselho tutelar local a suspeita de que Maurício havia sido vítima de castigo físico
praticado pelos próprios pais. O conselho tutelar averiguou o caso e concluiu que os pais de Maurício
haviam lesionado os braços do garoto, mediante emprego de pedaço de madeira, em razão de ele ter se
recusado a ir à escola. Com base nisso, o conselho tutelar aplicou aos pais uma advertência e os
encaminhou para tratamento psicológico.
Com referência a essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, de acordo com o Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990).
O conselho tutelar extrapolou suas atribuições ao ter aplicado advertência diretamente aos pais de Maurício,
uma vez que essa medida constitui verdadeira reserva jurisdicional.
Comentários
De acordo com o parágrafo único, do art. 18-B, do ECA, as medidas previstas neste artigo serão aplicadas
pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais.
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Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar,
sem prejuízo de outras providências legais.
Portanto, a questão está incorreta e o Conselho Tutelar agiu dentro de sua esfera de competência. Veja a
atribuição do Conselho:
VII - advertência;
26. (CESPE/DPDF - 2019) André, com dezessete anos de idade, foi apreendido pela prática de ato
infracional análogo ao crime de tráfico de drogas. Depois de ter sido conduzido à delegacia de polícia
especializada, o adolescente foi apresentado ao Ministério Público. O promotor de justiça que o
entrevistou ofereceu-lhe remissão cumulada com medida socioeducativa de semiliberdade. O magistrado
indeferiu a remissão ministerial, sob o fundamento de que a aplicação de medida socioeducativa ao
adolescente por ato infracional é de competência exclusiva do juiz, e abriu vista ao Ministério Público para
que apresentasse representação contra André no prazo de 24 horas. Diante da negativa de homologação
judicial e do retorno dos autos, o promotor ofereceu representação contra André e o magistrado manteve
a internação provisória, designou audiência de apresentação e determinou a citação do adolescente. Na
sentença, o magistrado determinou a internação, fundamentando que a conduta do adolescente era
grave, embora não houvesse qualquer outra anotação em sua folha de passagem.
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Com relação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens, de acordo com a legislação pertinente e a
jurisprudência dos tribunais superiores.
O magistrado agiu equivocadamente ao ter indeferido a remissão oferecida pelo Ministério Público: ele
deveria ter remetido os autos ao procurador-geral de justiça, mediante despacho fundamentado.
Comentários
A questão está correta, conforme preveem os art. 127 e 181, §2º, ambos do ECA.
A remissão é oferecida pelo Ministério Público, o juiz, se discordar, deverá remeter os autos ao Procurador-
Geral de Justiça e ele poderá designar outro membro do MP para apresentar representação ou poderá
ratificar a remissão. No caso de ratificação da remissão pelo PGJ, o juiz é obrigado a homologar. Vejamos os
dispositivos citados.
27. (CESPE/TJ-SC - 2019) A Defensoria Pública (DP) apresentou defesa em processo no qual foi
proferida, pelo juiz, sentença homologatória de remissão cumulada com medida socioeducativa de
liberdade assistida, concedida a adolescente pelo Ministério Público (MP ), na ocasião de oitiva informal,
alegando o que se afirma nos itens a seguir.
I - Nulidade da oitiva informal do MP por ausência da defesa técnica.
II - Nulidade da sentença homologatória dos termos determinados pelo MP em razão da ausência da defesa
técnica.
III - Impossibilidade de o MP conceder remissão cumulada com medida socioeducativa de liberdade assistida.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta acerca das alegações da DP.
A) Apenas o item I está certo.
B) Apenas o item II está certo.
C) Apenas os itens I e III estão certos.
D) Apenas os itens II e III estão certos.
E) Todos os itens estão certos.
Comentários
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O item I está errado, pois, segundo o STJ, “a audiência de oitiva informal tem natureza de procedimento
administrativo, que antecede a fase judicial, oportunidade em que o membro do Ministério Público, diante
da notícia da prática de um ato infracional pelo menor, reunirá elementos de convicção suficientes para
decidir acerca da conveniência da representação, do oferecimento da proposta de remissão ou do pedido
de arquivamento do processo. Por se tratar de procedimento extrajudicial, não está submetido aos princípios
do contraditório e da ampla defesa” (HC nº 109.242/SP).
O item II está correto, porque, segundo a jurisprudência do STJ, ainda que se admita a falta de defesa técnica
na oitiva com o Ministério Público, a ausência do defensor na apresentação em Juízo e na sentença
homologatória evidencia a ilegalidade, sendo violado o princípio da ampla defesa (HC nº 395.173/DF).
O item III está incorreto, pois, de acordo com o ECA, a remissão pode ser concedida com qualquer medida
socioeducativa, salvo a semiliberdade e a internação. Confira a redação legal:
28. (CESPE/MPE-PI - 2019) De acordo com a jurisprudência do STJ, a medida de internação do menor
depende
a) da existência de duas sentenças anteriores impositivas de medidas socioeducativas em desfavor do
infrator.
b) da prática de nova conduta após prévia aplicação de medida socioeducativa, ainda que não exista
contemporaneidade entre as práticas infracionais.
c) da prática de nova conduta após prévia aplicação de medida socioeducativa, desde que exista vaga para o
cumprimento da medida na comarca de domicílio da residência familiar do infrator.
d) da existência de duas sentenças anteriores impositivas de medidas socioeducativas, ainda que não exista
vaga para o cumprimento da medida na comarca de domicílio de residência familiar do infrator.
e) da prática de nova conduta após prévia aplicação de medida socioeducativa, salvo se faltar
contemporaneidade entre as práticas infracionais ou se a prática antecedente tiver menor relevância que a
nova.
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29. (CESPE/MPE-PI - 2019) De acordo com o ECA, após a verificação da prática de ato infracional por
um adolescente, o juiz deverá considerar para aplicar medida socioeducativa, além das circunstâncias da
infração,
a) a personalidade do adolescente e a gravidade da infração.
b) os motivos da conduta praticada pelo adolescente e a gravidade da infração.
c) somente a gravidade da infração.
d) a capacidade do adolescente de cumprir a medida e a gravidade da infração.
e) somente a capacidade de discernimento do adolescente.
Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois vai ao encontro do que previsto no ECA:
30. (CESPE/TJBA - 2019) À luz do ECA e da jurisprudência do STJ, assinale a opção correta, quanto à
defesa dos interesses individuais, coletivos e difusos, às atribuições do MP, ao instituto da remissão e a
garantias e aspectos processuais.
a) Ao exibir quadro que possa criar situações humilhantes a crianças e adolescentes, uma emissora de
televisão poderá sofrer penalidades administrativas, mas não será responsabilizada por dano moral coletivo,
visto ser inviável a individualização das vítimas da conduta.
b) A legitimidade ativa do MP para ajuizar ação de alimentos em prol de criança ou adolescente tem caráter
subsidiário, ou seja, surge somente quando ausente a atuação da DP no local.
c) A competência para processar e julgar ação civil pública ajuizada contra um estado federado na busca da
defesa de crianças e adolescentes é, em regra, absoluta das varas da fazenda pública, por previsão
constitucional.
d) Na oitiva de apresentação, o representante do MP pode conceder, sem a presença da defesa técnica, a
remissão ao ato infracional. Contudo, na audiência ou no procedimento de homologação por sentença da
remissão, para evitar nulidade absoluta, é obrigatória a presença de defensor.
e) Antes de iniciado o processo para apuração de ato infracional, o MP poderá conceder a remissão como
forma de exclusão do processo, podendo incluir qualquer medida socioeducativa, sendo a única exceção a
internação.
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Comentários
Cediço que a remissão pode gerar a exclusão, a extinção ou a suspensão do processo, a depender da fase em
que esteja. Ademais, também a depender da fase em que se encontre, faz-se ou não necessária a presença
de advogado no ato de remissão. Confira:
A alternativa A está incorreta, pois, de acordo com o STJ (Info 618), a conduta de emissora de televisão que
exibe quadro que, potencialmente, poderia criar situações discriminatórias, vexatórias, humilhantes às
crianças e aos adolescentes configura lesão ao direito transindividual da coletividade e dá ensejo à
indenização por dano moral coletivo.
A assertiva B está incorreta, pois, de acordo com o STJ (Info 541), o Ministério Público tem legitimidade ativa
para ajuizar ação de alimentos em proveito de criança ou adolescente, independentemente do exercício do
poder familiar dos pais, ou de o infante se encontrar nas situações de risco descritas no art. 98 do Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), ou de quaisquer outros questionamentos acerca da existência ou
eficiência da Defensoria Pública na comarca. No mesmo sentido a Súmula 594/STJ.
Súmula 594-STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos
em proveito de criança ou adolescente independentemente do exercício do poder familiar
dos pais, ou do fato de o menor se encontrar nas situações de risco descritas no art. 98 do
Estatuto da Criança e do Adolescente, ou de quaisquer outros questionamentos acerca da
existência ou eficiência da Defensoria Pública na comarca.
A alternativa C está errada, pois, segundo o STJ, “o Estatuto da Criança e Adolescente é lex specialis e
prevalece sobre a regra geral de competência das Varas de Fazenda Pública, quando o feito envolver Ação
Civil Pública em favor da criança ou adolescente”, de modo que é competência absoluta da Vara da Infância
e Juventude tais ações (REsp 1684694/MA).
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Por fim, a alternativa E está incorreta, pois, em caso de remissão imprópria, não é possível, segundo o art.
127 do ECA, a aplicação das medidas socioeducativas de semiliberdade e de internação.
31. (CESPE/TJBA - 2019) No que tange a atos infracionais e medidas socioeducativas, assinale a opção
correta, com base no ECA e na jurisprudência do STJ.
a) A superveniência da maioridade penal interfere na apuração de ato infracional cometido antes dos dezoito
anos completos e na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso.
b) É ilegal a determinação de cumprimento da medida socioeducativa de liberdade assistida antes do trânsito
em julgado da sentença condenatória.
c) O ato infracional análogo ao tráfico de drogas autoriza, por si só, a imposição de medida socioeducativa
de internação do adolescente em razão da gravidade da conduta delitiva.
d) Por ser uma consequência natural do processo de ressocialização, a progressão da medida socioeducativa
prescinde do juízo de convencimento do magistrado, que fica vinculado ao relatório multidisciplinar
individual do adolescente.
e) É possível a aplicação de medida socioeducativa de liberdade assistida no caso de ato infracional análogo
a furto qualificado, porém essa medida deve atender à atualidade, observando-se a necessidade e a
adequação.
Comentários
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois sua redação não afirma que o ato infracional
análogo a furto qualificado foi perpetrado com violência ou grave ameaça, de modo que não se insere dentre
as hipóteses de aplicação de internação ou semiliberdade. Outrossim, importante registrar, que as medidas
socioeducativas regem-se pelos princípios da proporcionalidade e atualidade, de modo que a intervenção
deve ser a necessária e adequada à situação de perigo em que a criança ou o adolescente se encontram no
momento em que a decisão é tomada (art. 100, parágrafo único, inciso VIII, do ECA).
A assertiva A está incorreta, pois vai de encontro com a Súmula 605/STJ que afirma que “a superveniência
da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida
socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos”.
A letra B está incorreta, pois de acordo com o STJ (Info 583), o adolescente infrator em regra, não tem direito
de aguardar em liberdade o julgamento da apelação interposta contra a sentença que lhe impôs a medida
de internação, mesmo que durante a tramitação da ação socioeducativa tenha permanecido em liberdade.
A letra C está incorreta, uma vez que de acordo com a Súmula 492 do STJ, “o ato infracional análogo ao
tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de
internação do adolescente”.
Por fim, a assertiva D está incorreta, pois vai de encontro com diversos julgados do STJ, no sentido de que
“a existência de relatório técnico favorável à progressão ou extinção de medida socioeducativa não vincula
o juiz” (Jurisprudência em Tese nº 54).
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32. (CESPE/TJ-CE - 2018) De acordo com o ECA, é atribuição dos conselhos tutelares
a) elaborar proposta orçamentária a fim de assegurar programas de atendimento aos direitos da criança e
do adolescente.
b) requisitar, diretamente, serviço público na área previdenciária, com o intuito de promover a execução de
suas decisões.
c) registrar ocorrência policial em defesa do interesse de menor em situação de risco por fato que constitua
infração penal contra os direitos da criança e do adolescente.
d) representar, judicialmente, o interesse de menores nas ações de perda do poder familiar depois de
esgotadas as possibilidades de manutenção da criança junto à família natural.
e) aplicar medida de destituição de tutela ao responsável legal dos tutelados que estejam em situação de
abandono e de extremo risco.
Comentários
Questão bem direta e que cobra do aluno o conhecimento do art. 136, do ECA. Vejamos
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando
as medidas previstas no art. 101, I a VII;
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança;
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XIX - receber e encaminhar, quando for o caso, as informações reveladas por noticiantes
ou denunciantes relativas à prática de violência, ao uso de tratamento cruel ou degradante
ou de formas violentas de educação, correção ou disciplina contra a criança e o
adolescente;
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De acordo com o exposto, é atribuição dos conselhos tutelares requisitar, diretamente, serviço público na
área previdenciária, com o intuito de promover a execução de suas decisões (art. 136, III, a).
Vejamos as demais:
33. (CESPE/TJ-CE - 2018) Considerando o disposto no ECA e a jurisprudência do STJ e do STF acerca da
prática de ato infracional e da aplicação de medidas socioeducativas, assinale a opção correta.
a) O julgamento de apelação interposta em favor de adolescente sentenciado a medida socioeducativa de
internação — ao qual não tenha sido imposta anterior internação provisória — é requisito para o início do
cumprimento da medida.
b) É cabível a aplicação de medida socioeducativa de internação a adolescente que tenha praticado
anteriormente uma única infração grave.
c) Em se tratando de menor em cumprimento de medida socioeducativa de internação, são vedados a
apuração e o julgamento de atos infracionais que tenham sido praticados por ele anteriormente à aplicação
da medida.
d) Caso o menor infrator complete dezoito anos de idade durante o cumprimento de medida de prestação
de serviço à comunidade, a referida medida deverá ser extinta em virtude de sua natureza.
e) Haverá regressão de medida socioeducativa caso o adolescente descumpra reiteradamente medida de
semiliberdade, sendo dispensada a sua oitiva se ele tiver sido advertido anteriormente pelo magistrado
sobre as consequências do descumprimento injustificado.
Comentários
Segundo o art. 122, II, do ECA, a medida de internação só poderá ser aplicada quando: (i) tratar -se de ato
infracional cometido mediante grave ameaça ou violência; (ii) por reiteração no cometimento de outras
infrações graves; ou (iii) por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
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Em nenhum momento o Estatuto estabelece um número de infrações graves que devam ser cometidas pelo
adolescente para que a internação possa ser aplicada, bastando, a reiteração, a presença de grave ameaça,
de violência, ou o descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta. Disso,
podemos concluir que é cabível a aplicação de medida socioeducativa de internação a adolescente que tenha
praticado anteriormente uma única infração grave.
A alternativa C está incorreta. Não existe tal vedação. Aqui o examinador tentou confundir o candidato
alterando a redação do art. 45, § 2º, da Lei n. 12.594/12 (SINASE). O que a lei veda é a aplicação de nova
medida de internação, por atos infracionais praticados anteriormente, a adolescente que já tenha concluído
cumprimento de medida socioeducativa de internação, ou que tenha sido transferido para cumprimento de
medida menos rigorosa, uma vez que tais atos serão absorvidos por aqueles aos quais se impôs a medida
socioeducativa extrema. Não há aqui uma vedação a apuração e julgamento dos atos, como diz a alternativa,
mas uma vedação a aplicação de nova medida de internação.
A alternativa D está incorreta. A alternativa contraria expressamente o enunciado nº 605 da súmula do STJ.
Confiram:
34. (CESPE/INSS - 2016) Com fundamento no Estatuto do Idoso e no ECA, julgue o item subsequente.
Conforme o ECA, figura entre as atribuições do conselho tutelar promover a execução de suas decisões,
podendo ele, para tanto, requisitar serviço público na área de previdência.
Comentários
A assertiva está correta. O Conselho Tutelar deve promover a execução das suas decisões e, para isso, pode
requisitar serviços públicos de várias áreas, dentre alas a previdenciária. Vejamos o art. 136, III, a, do ECA.
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35. (CESPE/INSS - 2016) Com fundamento no Estatuto do Idoso e no ECA, julgue o item subsequente.
O acolhimento familiar configura medida de proteção de caráter definitivo da criança e do adolescente.
Comentários
O acolhimento familiar, do mesmo modo que o acolhimento institucional, é considerado uma medida de
proteção. Contudo, essa medida de proteção tem caráter provisório e não definitivo como diz a questão.
Assim, a assertiva está incorreta.
36. (CESPE/PC-SE - 2018) Julgue o item subsequente, relativo à apuração de ato infracional praticado
por adolescente e à aplicação de medidas socioeducativas.
Ao ser comunicado da evasão, pela segunda vez, de adolescente que cumpre medida socioeducativa de
semiliberdade, o juiz da vara da infância e da juventude competente deverá regredir a medida para a
internação, independentemente da prévia oitiva do adolescente.
Comentários
37. (CESPE/PC-SE - 2018) Julgue o item subsequente, relativo à apuração de ato infracional praticado
por adolescente e à aplicação de medidas socioeducativas.
Situação hipotética: Um jovem foi abordado em flagrante delito ao cometer crime de furto mediante
arrombamento; apresentado à autoridade policial, ele indicou ter menos de dezoito anos de idade. Assertiva:
Nessa situação, havendo dúvidas fundadas quanto à idade do jovem, a autoridade policial competente
poderá, entre outras providências, proceder ao registro dos fatos em boletim de ocorrência e determinar a
identificação compulsória do detido.
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Comentários
De fato, havendo dúvidas fundadas quanto à idade do jovem, a autoridade policial competente poderá, entre
outras providências, proceder ao registro dos fatos em boletim de ocorrência e determinar a identificação
compulsória do detido. É esse o entendimento que se extrai do art. 109 do Estatuto da Criança e do
Adolescente. Confiram:
Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento
hábil.
38. (CESPE/DPE-PE - 2018) As linhas de ação da política de atendimento prevista no Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA.) incluem a
a) elaboração de banco de dados nacional com as informações necessárias à localização de crianças
desaparecidas em substituição ao boletim de ocorrência feito nas delegacias de polícia.
b) proteção jurídica das entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente.
c) realização de campanhas de estímulo ao acolhimento, sob forma de adoção, de crianças e adolescentes
temporariamente afastados do convívio familiar.
d) implementação de políticas sociais especiais que visem à satisfação das necessidades e dos anseios de
crianças e adolescentes.
e) criação de projetos e benefícios de assistência social que garantam proteção social, prevenção e redução
de violações de direitos.
Comentários
A questão trata sobre as linhas da política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, que
estão previstas no art. 87, do ECA:
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A alternativa A está incorreta, visto que o banco de dados de pessoas desaparecidas não exclui o boletim de
ocorrência.
A alternativa B está incorreta. A proteção jurídico-social é feita pelas entidades de defesa e não a proteção
das entidades.
A alternativa C está incorreta. As campanhas de estímulo ao acolhimento temporário são na forma de guarda
e não de adoção.
A alternativa D está incorreta. As políticas sociais são básicas, como educação e saúde.
39. (CESPE/DPE-PE - 2018) No caso de criança de seis anos de idade ser encontrada sozinha na rua, a
primeira medida específica de proteção a ser aplicada pelo conselho tutelar será
a) o encaminhamento da criança a entidade que mantenha programa de acolhimento institucional, em
decorrência natural da caracterização do abandono.
b) a inclusão da criança em serviço e programa oficial ou comunitário de proteção, apoio e promoção da
família e da criança.
c) a orientação, o apoio e o acompanhamento temporários.
d) a inclusão em programa de acolhimento familiar.
e) o encaminhamento da criança aos pais ou ao responsável, mediante termo de responsabilidade.
Comentários
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente
poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
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Apesar de todos as alternativas falarem a respeito das medidas de proteção previstas no ECA, o Conselho
Tutelar não pode incluir em programa de acolhimento familiar e a busca pela família para encaminhamento
da criança deve ser sempre a primeira medida, com vistas à preservação dos vínculos familiares. Além disso,
nada impede que outras medidas de proteção sejam tomadas, a partir de um melhor estudo do caso.
40. (CESPE/TJ-BA - 2019) No que tange a atos infracionais e medidas socioeducativas, assinale a opção
correta, com base no ECA e na jurisprudência do STJ.
a) A superveniência da maioridade penal interfere na apuração de ato infracional cometido antes dos dezoito
anos completos e na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso.
b) É ilegal a determinação de cumprimento da medida socioeducativa de liberdade assistida antes do trânsito
em julgado da sentença condenatória.
c) O ato infracional análogo ao tráfico de drogas autoriza, por si só, a imposição de medida socioeducativa
de internação do adolescente em razão da gravidade da conduta delitiva.
d) Por ser uma consequência natural do processo de ressocialização, a progressão da medida socioeducativa
prescinde do juízo de convencimento do magistrado, que fica vinculado ao relatório multidisciplinar
individual do adolescente.
e) É possível a aplicação de medida socioeducativa de liberdade assistida no caso de ato infracional análogo
a furto qualificado, porém essa medida deve atender à atualidade, observando-se a necessidade e a
adequação.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com a Súmula nº 605, do STJ, a superveniência da maioridade penal
não interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso,
inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos. Temos que lembrar do princípio
do tempus regit actum, se o menor praticou o crime antes de completar 18 anos, será julgado pelo ECA.
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A assertiva B está incorreta, pois de acordo com o STJ (Info 583), o adolescente infrator em regra, não tem
direito de aguardar em liberdade o julgamento da apelação interposta contra a sentença que lhe impôs a
medida de internação, mesmo que durante a tramitação da ação socioeducativa tenha permanecido em
liberdade.
A alternativa C está incorreta. A Súmula nº 492, do STJ, estabelece que o ato infracional análogo ao tráfico
de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do
adolescente.
A alternativa D está incorreta. Com base em jurisprudência do STJ, “a existência de relatório técnico,
formulado pela equipe de avaliação psicossocial, não vincula a autoridade judicial, que pode, em face do
princípio do livre convencimento fundamentado, justificar seu entendimento e decidir de forma diversa
daquela sugerida pelo laudo”.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois sua redação não afirma que o ato infracional
análogo a furto qualificado foi perpetrado com violência ou grave ameaça, de modo que não se insere dentre
as hipóteses de aplicação de internação ou semiliberdade. Outrossim, importante registrar, que as medidas
socioeducativas se regem pelos princípios da proporcionalidade e atualidade, de modo que a intervenção
deve ser a necessária e adequada à situação de perigo em que a criança ou o adolescente se encontra no
momento em que a decisão é tomada (art. 100, parágrafo único, inciso VIII, do ECA).
41. (CESPE/DPE-PE - 2018) Ao adolescente que pratica ato infracional, a autoridade competente poderá
aplicar as medidas de
a) reparação do dano com a prestação de serviços, liberdade condicional e acolhimento institucional.
b) internação em estabelecimento educacional, obrigação de reparar o dano e advertência.
c) advertência, obrigação de reparação do dano e prestação de serviços à vítima, se houver.
d) liberdade assistida, inserção em regime prisional e internação em estabelecimento médico- psiquiátrico.
e) obrigação de reparação pecuniária do dano, inserção em regime prisional e advertência.
Comentários
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar
ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
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IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
Conforme se nota, liberdade condicional, prestação de serviços à vítima, inserção em regime prisional, e
internação em estabelecimento médico-psiquiátrico não se incluem entre as medidas previstas no ECA
tornando as demais alternativas incorretas.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 129, VIII, do ECA, é sim possível a perda da guarda.
A alternativa B está incorreta. A medida do art. 129, II, da Lei nº 8.069/90, possui caráter impositiva, somente
podendo ser questionada judicialmente.
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A alternativa C está incorreta. Os pais têm a obrigação de levar os filhos para o tratamento especializado.
Vejamos o que dispõe o art. 129, VI, da referida Lei:
A alternativa D está incorreta. A advertência é medida aplicável aos pais ou responsável, conforme prevê o
art. 129, VII, do ECA, portanto poderá ser aplicada aos avós.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 129, V, da Lei nº 8.069/90:
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o art. 135, do ECA:
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante
e estabelecerá presunção de idoneidade moral.
A alternativa B está incorreta. O Conselho Tutelar não é um órgão jurisdicional. Vejamos o que dispõe os
arts. 131 e 132, do ECA:
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A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 133, do ECA, para a candidatura a membro do Conselho
Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos:
A alternativa D está incorreta, pois contraria o disposto no art. 134, da Lei nº 8.069/90:
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento
do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais
é assegurado o direito a:
I - cobertura previdenciária;
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da
remuneração mensal;
III - licença-maternidade;
IV - licença-paternidade;
V - gratificação natalina.
A alternativa E está incorreta. O Conselho Tutelar é órgão não jurisdicional. Além disso, vejamos o que
estabelece o art. 134, parágrafo único, do ECA:
44. (CESPE/MPE-RR - 2017) Com relação ao conselho tutelar, julgue os itens a seguir.
I É órgão permanente e vinculado ao Poder Judiciário, encarregado pela sociedade de zelar pelo
cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes.
II As suas atribuições incluem requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou de adolescente
quando necessário.
III O processo de escolha dos membros que compõem o conselho ocorre a cada quatro anos; a posse dos
novos conselheiros ocorrerá no dia primeiro de janeiro do ano subsequente ao do processo de escolha.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
Comentários
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O item I está incorreto. O Conselho Tutelar é órgão autônomo, portanto não é vinculado ao Poder Judiciário.
Vejamos o que dispõe o art. 131, do ECA:
O item II está correto, conforme prevê o art. 136, VIII, da Lei nº 8.069/90:
Por fim, o item III está incorreto. De fato, o processo de escolha dos membros que compõem o conselho
ocorre a cada quatro anos, nos termos do art. 132, da referida Lei:
Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá,
no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4
(quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha.
§ 2 o A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente
ao processo de escolha.
Porém, de acordo com o §2º, do art. 139, do ECA, a posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de
janeiro do ano subsequente ao processo de escolha, e não no dia 01 de janeiro.
45. (CESPE/MPE-RR - 2017) De acordo com o ECA, antes de iniciado o procedimento judicial para
apuração de ato infracional, a concessão da remissão como forma de exclusão do processo compete
a) à autoridade policial.
b) à autoridade judiciária.
c) ao MP.
d) ao conselho tutelar.
Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Compete ao MP conceder a remissão como forma de
exclusão do processo. Vejamos o que dispõe o art. 126, do ECA:
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Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o
representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão
do processo, atendendo às circunstâncias e consequências do fato, ao contexto social, bem
como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato
infracional.
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade
judiciária importará na suspensão ou extinção do processo.
LISTA DE QUESTÕES
CESPE
2. (CEBRASPE/PC SE - 2021) João, 18 anos de idade, estava em um bar quando percebeu a presença
de dois desafetos, Diego, de 19 anos de idade, e Pedrinho, de 16 anos de idade. Os dois se aproximaram
de João e realizaram disparos de arma de fogo, que o atingiram na cabeça, no pescoço, no tórax e no
abdome. João não resistiu e faleceu no local. Diego foi preso e encaminhado à delegacia circunscricional
mais próxima; Pedrinho conseguiu fugir. Em seu depoimento, Diego relatou que ambos não tinham
intenção de matar a vítima, e que os tiros haviam sido disparados a distância, após verificarem que João
havia sacado uma pistola e apontado em direção à dupla. Ao exame necroscópico da vítima, foram
observados, na região temporal (cabeça), uma zona de tatuagem, e, na região cervical (pescoço), o sinal
de Werkgaertner.
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4. (CEBRASPE/DP-DF - 2022) Acerca das medidas de proteção à criança e ao adolescente, julgue o item
a seguir.
As medidas de proteção à criança e ao adolescente devem ser balizadas pela máxima intervenção das
autoridades e das instituições na sua rotina.
5. (CEBRASPE/DPE RO - 2022) Com relação às medidas socioeducativas, o ECA determina que pode
ser aplicada, desde que haja prova da materialidade e indícios suficientes da autoria,
A) a obrigação de reparar o dano.
B) a liberdade assistida.
C) a prestação de serviços à comunidade.
D) a internação em estabelecimento educacional.
E) a advertência.
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B) As entidades privadas que acolhem crianças e adolescentes devem manter, em seus quadros, profissionais
habilitados a reconhecer sinais de maus-tratos e, consequentemente, notificar ao Conselho Tutelar.
C) Cada município contará, no mínimo, com um Conselho Tutelar como órgão integrante da administração
pública local, composto pela proporção de cinco membros a cada 1.000 habitantes, sendo os membros
escolhidos pela população local para mandato de quatro anos.
D) Qualquer pessoa designada a cuidar de um adolescente que utilizar tratamento degradante como forma
de educação será advertido pelo Conselho Tutelar, com a aplicação de medida protetiva de distanciamento
entre o adolescente e a pessoa autora de violência.
E) Os pais que se utilizarem de castigo físico como forma de correção dos filhos poderão ser advertidos pelo
Conselho Tutelar, com a determinação de tratamento psiquiátrico compulsório nos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS).
8. (CEBRASPE/DP DF - 2022) Acerca das medidas de proteção à criança e ao adolescente, julgue o item
a seguir.
Violados ou ameaçados os direitos da criança e do adolescente, o Conselho Tutelar poderá promover a
inclusão em programa de acolhimento familiar ou a colocação em família substituta.
9. (CEBRASPE/TJ RJ - 2021) Para garantir a eficácia de sua missão social, o conselho tutelar, por meio
dos conselheiros tutelares, deve cumprir com zelo as atribuições que lhe foram confiadas pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente, o que, na prática, significa aplicar medidas protetivas, como
A) atender criança que pratica ato infracional.
B) determinar concessão de guarda.
C) prestar serviço de assistência na área de proteção à maternidade de adolescente.
D) resolver problemas de disciplina de aluno na escola.
E) fiscalizar sistematicamente adolescentes em bares e boates.
10. (CEBRASPE/DPE RO - 2022) A internação é uma medida socioeducativa excepcional por implicar a
privação de liberdade do adolescente.
Essa medida
A) tem prazo determinado de seis meses, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada dois meses; não poderá exceder, em somatório no caso de reincidência,
a cinco anos e a sua liberação será compulsória quando o adolescente completar dezoito anos de idade.
B) tem prazo determinado de seis meses, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada dois meses; não poderá exceder, em somatório no caso de reincidência,
a três anos e a sua liberação será compulsória quando o adolescente completar vinte e um anos de idade.
C) não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada seis meses; não poderá exceder a três anos e a sua liberação será
compulsória quando o adolescente completar vinte e um anos de idade.
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D) não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada seis meses; não poderá exceder a cinco anos e a sua liberação será
compulsória quando o adolescente completar dezoito anos de idade.
E) não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada seis meses; não poderá exceder a cinco anos e a sua liberação será
compulsória quando o adolescente completar vinte e um anos de idade.
11. (CESPE/TJ-PA - 2020) Em 2019, o art. 83 da Lei n.º 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente) foi alterado no sentido de determinar que, assim como as crianças, adolescentes, até
determinada idade, não podem viajar para fora da comarca onde residem desacompanhados dos pais ou
responsáveis e sem expressa autorização judicial. Conforme esse dispositivo legal em vigor, a idade
mínima a partir da qual adolescentes podem realizar viagem interestadual desacompanhados dos pais ou
responsáveis e sem autorização judicial é de
a) doze anos, tendo sido mantido o conceito de adolescente como pessoa com idade entre doze e dezoito
anos.
b) doze anos, tendo sido alterado o conceito de adolescente para pessoa com idade entre dez e quatorze
anos.
c) quatorze anos, tendo sido alterado o conceito de adolescente para pessoa com idade entre quatorze e
vinte e um anos.
d) dezesseis anos, tendo sido alterado o conceito de adolescente para pessoa com idade entre quatorze e
vinte e um anos.
e) dezesseis anos, tendo sido mantido o conceito de adolescente como pessoa com idade entre doze e
dezoito anos.
12. (CESPE/Pref. Campo Grande - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o
item subsequente.
Mediante expressa autorização dos pais ou responsáveis legais, qualquer criança ou adolescente nascido em
território nacional poderá sair do país na companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.
13. (CESPE/TJ-PR - 2019) Assinale a opção que indica medida de proteção à criança e ao adolescente
prevista no ECA e aplicável quando os direitos reconhecidos desse grupo social forem ameaçados ou
violados.
a) colocação da criança ou do adolescente em família substituta
b) intervenção mínima
c) obrigação de reparar o dano
d) internação da criança ou do adolescente em estabelecimento educacional
14. (CESPE/TJDFT - 2019) À luz do disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto afirmar
que o acolhimento familiar é uma medida de proteção
a) irrevogável, utilizada como medida para posterior colocação em família substituta.
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b) provisória e excepcional, utilizada como forma de transição para reintegração familiar ou colocação em
família substituta.
c) irrevogável e excepcional, que atribui à criança acolhida a condição de filho.
d) irrevogável, que atribui à criança acolhida a condição de dependente.
e) provisória, utilizada como forma de adaptação da criança à família para posterior adoção.
15. (CESPE/SLU DF - 2019) Acerca de políticas, diretrizes, ações e desafios na área da família, da criança
e do adolescente, julgue o item subsecutivo.
É atribuição do conselheiro tutelar encaminhar a criança ou o adolescente para programa de acolhimento
familiar ou para família substituta, como forma de aplicação de medida de proteção.
16. (CESPE/TJ-PA - 2019) Na aplicação das medidas específicas de proteção à criança e ao adolescente,
são preferíveis aquelas que visem
a) ao fortalecimento da autoestima do menor.
b) ao desenvolvimento de atividades em regime de coeducação.
c) ao fortalecimento dos vínculos familiares.
d) à participação da família na vida escolar.
e) à integração em família da comunidade local.
17. (CESPE/SLU DF - 2019) Acerca de políticas, diretrizes, ações e desafios na área da família, da criança
e do adolescente, julgue o item subsecutivo.
O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece a advertência e a obrigação de reparar o dano como
medidas protetivas aplicáveis à criança que tenha cometido atos infracionais.
18. (CESPE/TJ-PA - 2020) José é brasileiro, tem dezesseis anos de idade e está privado de liberdade sob
a proteção do Estado.
Considerando essa situação hipotética e as normativas internacionais relativas à proteção de adolescentes
privados de liberdade, assinale a opção correta.
a) José está privado de direitos civis, econômicos e políticos.
b) José não pode requerer assistência judiciária gratuita.
c) José não pode realizar trabalho remunerado.
d) Os objetos pessoais que José não quiser ter consigo, ou que forem confiscados pelo Poder Judiciário,
deverão ser incinerados.
e) José tem o direito de optar por não participar de serviços religiosos.
19. (CESPE/TJ-PA - 2019) A medida socioeducativa de internação será legítima na hipótese de
a) o juiz constatar gravidade em abstrato da prática de ato infracional.
b) o menor ter praticado ato infracional análogo ao tráfico de drogas.
c) o menor ser reincidente na prática de ato infracional.
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20. (CESPE/TJ-PR - 2019) De acordo com o ECA, o conselho tutelar, ao tomar conhecimento de ameaça
ou violação aos direitos de crianças e adolescentes, é competente, em regra, para determinar a
a) inclusão da criança e(ou) do adolescente em programa oficial de proteção, apoio e promoção da família,
da criança e do adolescente.
b) destituição da tutela da criança e(ou) do adolescente.
c) inclusão da criança e(ou) do adolescente em programa de acolhimento familiar.
d) perda da guarda da criança e(ou) do adolescente.
21. (CESPE/SEJC DF - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue o item a
seguir.
O conselho tutelar tem competência para suspender ou destituir o poder familiar dos pais, quando
necessário.
22. (CESPE/DPDF - 2019) Determinada emissora de televisão veiculou programadas de entretenimento
no qual, em um dos quadros, o apresentador revela o resultado de exames de DNA, para comprovar ou
negar a paternidade de crianças, e fazia comentários depreciativos acerca da concepção dessas crianças.
A emissora foi multada por transmitir esse programa em horário diverso do autorizado pelo poder público.
Com referência a essa situação hipotética, julgue os itens seguintes, de acordo com a jurisprudência dos
tribunais superiores.
Segundo jurisprudência, dominante no STJ, o dano moral é personalíssimo, sendo cabível afirmar que o
referido programa televisivo provocou dano moral somente se ficar demonstrado prejuízo concreto ou abalo
moral às crianças expostas à situação vexatória.
23. (CESPE/DPDF - 2019) André, com dezessete anos de idade, foi apreendido pela prática de ato
infracional análogo ao crime de tráfico de drogas. Depois de ter sido conduzido à delegacia de polícia
especializada, o adolescente foi apresentado ao Ministério Público. O promotor de justiça que o
entrevistou ofereceu-lhe remissão cumulada com medida socioeducativa de semiliberdade. O magistrado
indeferiu a remissão ministerial, sob o fundamento de que a aplicação de medida socioeducativa ao
adolescente por ato infracional é de competência exclusiva do juiz, e abriu vista ao Ministério Público para
que apresentasse representação contra André no prazo de 24 horas. Diante da negativa de homologação
judicial e do retorno dos autos, o promotor ofereceu representação contra André e o magistrado manteve
a internação provisória, designou audiência de apresentação e determinou a citação do adolescente. Na
sentença, o magistrado determinou a internação, fundamentando que a conduta do adolescente era
grave, embora não houvesse qualquer outra anotação em sua folha de passagem.
Com redação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens, de acordo com a legislação pertinente e a
jurisprudência dos tribunais superiores.
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Embora não houvesse qualquer outra anotação na folha de passagem de André, a atitude do magistrado de
determinar a internação do adolescente foi correta, pois a gravidade do fato praticado por ele basta para
justificar a aplicação da medida socioeducativa de internação, conforme jurisprudência do STJ.
24. (CESPE/DPDF - 2019) Em 15 de abril de 2019, Ricardo, com 17 anos de idade, praticou ato
infracional análogo ao crime de roubo. O Ministério Público ofereceu representação contra Ricardo
quando ele já estava com 18 anos de idade. Ao final do procedimento judicial, o magistrado aplicou a
Ricardo, então com 18 anos de idade, a medida socioeducativa de internação. Por ocasião de reavaliação
da medida, foi concedida a Ricardo a progressão para o regime de semiliberdade. Durante o cumprimento
da medida em regime de semiliberdade, foi prolatada nova sentença, aplicando a Ricardo, agora com 19
anos de idade, medida de internação em razão da prática, em 15 de março de 2019, de ato infracional
análogo ao crime de homicídio. A partir dessa situação hipotética, jugue os itens subsecutivos, de acordo
com a legislação pertinente e com a jurisprudência dos tribunais superiores.
O magistrado não poderia ter aplicado a Ricardo a medida socioeducativa de internação pela prática do ato
infracional análogo ao crime de roubo, porque, de acordo com jurisprudência do STJ, a superveniência da
maioridade pena impede a apuração e a aplicação de medida socioeducativa.
25. (CESPE/DPDF - 2019) Maurício, com treze anos de idade, foi atendido em hospital público. Depois
de realizados os exames clínicos e a entrevista pessoal com o adolescente, o médico que o atendeu
comunicou ao conselho tutelar local a suspeita de que Maurício havia sido vítima de castigo físico
praticado pelos próprios pais. O conselho tutelar averiguou o caso e concluiu que os pais de Maurício
haviam lesionado os braços do garoto, mediante emprego de pedaço de madeira, em razão de ele ter se
recusado a ir à escola. Com base nisso, o conselho tutelar aplicou aos pais uma advertência e os
encaminhou para tratamento psicológico.
Com referência a essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, de acordo com o Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990).
O conselho tutelar extrapolou suas atribuições ao ter aplicado advertência diretamente aos pais de Maurício,
uma vez que essa medida constitui verdadeira reserva jurisdicional.
26. (CESPE/DPDF - 2019) André, com dezessete anos de idade, foi apreendido pela prática de ato
infracional análogo ao crime de tráfico de drogas. Depois de ter sido conduzido à delegacia de polícia
especializada, o adolescente foi apresentado ao Ministério Público. O promotor de justiça que o
entrevistou ofereceu-lhe remissão cumulada com medida socioeducativa de semiliberdade. O magistrado
indeferiu a remissão ministerial, sob o fundamento de que a aplicação de medida socioeducativa ao
adolescente por ato infracional é de competência exclusiva do juiz, e abriu vista ao Ministério Público para
que apresentasse representação contra André no prazo de 24 horas. Diante da negativa de homologação
judicial e do retorno dos autos, o promotor ofereceu representação contra André e o magistrado manteve
a internação provisória, designou audiência de apresentação e determinou a citação do adolescente. Na
sentença, o magistrado determinou a internação, fundamentando que a conduta do adolescente era
grave, embora não houvesse qualquer outra anotação em sua folha de passagem.
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Com redação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens, de acordo com a legislação pertinente e a
jurisprudência dos tribunais superiores.
O magistrado agiu equivocadamente ao ter indeferido a remissão oferecida pelo Ministério Público: ele
deveria ter remetido os autos ao procurador-geral de justiça, mediante despacho fundamentado.
27. (CESPE/TJ-SC - 2019) A Defensoria Pública (DP) apresentou defesa em processo no qual foi
proferida, pelo juiz, sentença homologatória de remissão cumulada com medida socioeducativa de
liberdade assistida, concedida a adolescente pelo Ministério Público (MP), na ocasião de oitiva informal,
alegando o que se afirma nos itens a seguir.
I - Nulidade da oitiva informal do MP por ausência da defesa técnica.
II - Nulidade da sentença homologatória dos termos determinados pelo MP em razão da ausência da defesa
técnica.
III - Impossibilidade de o MP conceder remissão cumulada com medida socioeducativa de liberdade assistida.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta acerca das alegações da DP.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
28. (CESPE/MPE-PI - 2019) De acordo com a jurisprudência do STJ, a medida de internação do menor
depende
a) da existência de duas sentenças anteriores impositivas de medidas socioeducativas em desfavor do
infrator.
b) da prática de nova conduta após prévia aplicação de medida socioeducativa, ainda que não exista
contemporaneidade entre as práticas infracionais.
c) da prática de nova conduta após prévia aplicação de medida socioeducativa, desde que exista vaga para o
cumprimento da medida na comarca de domicílio da residência familiar do infrator.
d) da existência de duas sentenças anteriores impositivas de medidas socioeducativas, ainda que não exista
vaga para o cumprimento da medida na comarca de domicílio de residência familiar do infrator.
e) da prática de nova conduta após prévia aplicação de medida socioeducativa, salvo se faltar
contemporaneidade entre as práticas infracionais ou se a prática antecedente tiver menor relevância que a
nova.
29. (CESPE/MPE-PI - 2019) De acordo com o ECA, após a verificação da prática de ato infracional por
um adolescente, o juiz deverá considerar para aplicar medida socioeducativa, além das circunstâncias da
infração,
a) a personalidade do adolescente e a gravidade da infração.
b) os motivos da conduta praticada pelo adolescente e a gravidade da infração.
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31. (CESPE/TJBA - 2019) No que tange a atos infracionais e medidas socioeducativas, assinale a opção
correta, com base no ECA e na jurisprudência do STJ.
a) A superveniência da maioridade penal interfere na apuração de ato infracional cometido antes dos dezoito
anos completos e na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso.
b) É ilegal a determinação de cumprimento da medida socioeducativa de liberdade assistida antes do trânsito
em julgado da sentença condenatória.
c) O ato infracional análogo ao tráfico de drogas autoriza, por si só, a imposição de medida socioeducativa
de internação do adolescente em razão da gravidade da conduta delitiva.
d) Por ser uma consequência natural do processo de ressocialização, a progressão da medida socioeducativa
prescinde do juízo de convencimento do magistrado, que fica vinculado ao relatório multidisciplinar
individual do adolescente.
e) É possível a aplicação de medida socioeducativa de liberdade assistida no caso de ato infracional análogo
a furto qualificado, porém essa medida deve atender à atualidade, observando-se a necessidade e a
adequação.
32. (CESPE/TJ-CE - 2018) De acordo com o ECA, é atribuição dos conselhos tutelares
a) elaborar proposta orçamentária a fim de assegurar programas de atendimento aos direitos da criança e
do adolescente.
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b) requisitar, diretamente, serviço público na área previdenciária, com o intuito de promover a execução de
suas decisões.
c) registrar ocorrência policial em defesa do interesse de menor em situação de risco por fato que constitua
infração penal contra os direitos da criança e do adolescente.
d) representar, judicialmente, o interesse de menores nas ações de perda do poder familiar depois de
esgotadas as possibilidades de manutenção da criança junto à família natural.
e) aplicar medida de destituição de tutela ao responsável legal dos tutelados que estejam em situação de
abandono e de extremo risco.
33. (CESPE/TJ-CE - 2018) Considerando o disposto no ECA e a jurisprudência do STJ e do STF acerca da
prática de ato infracional e da aplicação de medidas socioeducativas, assinale a opção correta.
a) O julgamento de apelação interposta em favor de adolescente sentenciado a medida socioeducativa de
internação — ao qual não tenha sido imposta anterior internação provisória — é requisito para o início do
cumprimento da medida.
b) É cabível a aplicação de medida socioeducativa de internação a adolescente que tenha praticado
anteriormente uma única infração grave.
c) Em se tratando de menor em cumprimento de medida socioeducativa de internação, são vedados a
apuração e o julgamento de atos infracionais que tenham sido praticados por ele anteriormente à aplicação
da medida.
d) Caso o menor infrator complete dezoito anos de idade durante o cumprimento de medida de prestação
de serviço à comunidade, a referida medida deverá ser extinta em virtude de sua natureza.
e) Haverá regressão de medida socioeducativa caso o adolescente descumpra reiteradamente medida de
semiliberdade, sendo dispensada a sua oitiva se ele tiver sido advertido anteriormente pelo magistrado
sobre as consequências do descumprimento injustificado.
34. (CESPE/INSS - 2016) Com fundamento no Estatuto do Idoso e no ECA, julgue o item subsequente.
Conforme o ECA, figura entre as atribuições do conselho tutelar promover a execução de suas decisões,
podendo ele, para tanto, requisitar serviço público na área de previdência.
35. (CESPE/INSS - 2016) Com fundamento no Estatuto do Idoso e no ECA, julgue o item subsequente.
O acolhimento familiar configura medida de proteção de caráter definitivo da criança e do adolescente.
36. (CESPE/PC-SE - 2018) Julgue o item subsequente, relativo à apuração de ato infracional praticado
por adolescente e à aplicação de medidas socioeducativas.
Ao ser comunicado da evasão, pela segunda vez, de adolescente que cumpre medida socioeducativa de
semiliberdade, o juiz da vara da infância e da juventude competente deverá regredir a medida para a
internação, independentemente da prévia oitiva do adolescente.
37. (CESPE/PC-SE - 2018) Julgue o item subsequente, relativo à apuração de ato infracional praticado
por adolescente e à aplicação de medidas socioeducativas.
Situação hipotética: Um jovem foi abordado em flagrante delito ao cometer crime de furto mediante
arrombamento; apresentado à autoridade policial, ele indicou ter menos de dezoito anos de idade. Assertiva:
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Nessa situação, havendo dúvidas fundadas quanto à idade do jovem, a autoridade policial competente
poderá, entre outras providências, proceder ao registro dos fatos em boletim de ocorrência e determinar a
identificação compulsória do detido.
38. (CESPE/DPE-PE - 2018) As linhas de ação da política de atendimento prevista no Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA.) incluem a
a) elaboração de banco de dados nacional com as informações necessárias à localização de crianças
desaparecidas em substituição ao boletim de ocorrência feito nas delegacias de polícia.
b) proteção jurídica das entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente.
c) realização de campanhas de estímulo ao acolhimento, sob forma de adoção, de crianças e adolescentes
temporariamente afastados do convívio familiar.
d) implementação de políticas sociais especiais que visem à satisfação das necessidades e dos anseios de
crianças e adolescentes.
e) criação de projetos e benefícios de assistência social que garantam proteção social, prevenção e redução
de violações de direitos.
39. (CESPE/DPE-PE - 2018) No caso de criança de seis anos de idade ser encontrada sozinha na rua, a
primeira medida específica de proteção a ser aplicada pelo conselho tutelar será
a) o encaminhamento da criança a entidade que mantenha programa de acolhimento institucional, em
decorrência natural da caracterização do abandono.
b) a inclusão da criança em serviço e programa oficial ou comunitário de proteção, apoio e promoção da
família e da criança.
c) a orientação, o apoio e o acompanhamento temporários.
d) a inclusão em programa de acolhimento familiar.
e) o encaminhamento da criança aos pais ou ao responsável, mediante termo de responsabilidade.
40. (CESPE/TJ-BA - 2019) No que tange a atos infracionais e medidas socioeducativas, assinale a opção
correta, com base no ECA e na jurisprudência do STJ.
a) A superveniência da maioridade penal interfere na apuração de ato infracional cometido antes dos dezoito
anos completos e na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso.
b) É ilegal a determinação de cumprimento da medida socioeducativa de liberdade assistida antes do trânsito
em julgado da sentença condenatória.
c) O ato infracional análogo ao tráfico de drogas autoriza, por si só, a imposição de medida socioeducativa
de internação do adolescente em razão da gravidade da conduta delitiva.
d) Por ser uma consequência natural do processo de ressocialização, a progressão da medida socioeducativa
prescinde do juízo de convencimento do magistrado, que fica vinculado ao relatório multidisciplinar
individual do adolescente.
e) É possível a aplicação de medida socioeducativa de liberdade assistida no caso de ato infracional análogo
a furto qualificado, porém essa medida deve atender à atualidade, observando-se a necessidade e a
adequação.
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41. (CESPE/DPE-PE - 2018) Ao adolescente que pratica ato infracional, a autoridade competente
poderá aplicar as medidas de
a) reparação do dano com a prestação de serviços, liberdade condicional e acolhimento institucional.
b) internação em estabelecimento educacional, obrigação de reparar o dano e advertência.
c) advertência, obrigação de reparação do dano e prestação de serviços à vítima, se houver.
d) liberdade assistida, inserção em regime prisional e internação em estabelecimento médico- psiquiátrico.
e) obrigação de reparação pecuniária do dano, inserção em regime prisional e advertência.
42. (CESPE/DPE-PE - 2018) A respeito da aplicação de medidas ao pai, à mãe ou ao responsável
conforme o ECA, assinale a opção correta.
a) Medida mais gravosa, como a perda de guarda, não se aplica em caso de a criança ser reprovada na escola
por excesso de faltas, mesmo que a reprovação decorra da falta de acompanhamento adequado de seu
responsável.
b) É facultativa a inclusão de pai alcoólatra que, por vezes, seja agressivo ou violento com a criança em
programa oficial de tratamento desde que a criança seja encaminhada a programa especial de atendimento
a vítimas de violência doméstica.
c) Estando a submissão ou não a tratamento de saúde no âmbito da liberalidade familiar, não é possível a
aplicação de medidas a mãe que, por mera desídia, não leva seu filho portador de HIV às consultas
programadas.
d) Na hipótese de um adolescente que tenha pais vivos, mas viva com os avós paternos, se encontrar em
situação de risco por falta de cumprimento de obrigações a ele relativas, caberá a aplicação de advertência
aos genitores, mas não aos avós.
e) Se uma criança em idade escolar estiver fora da escola, o pai, a mãe ou o responsável deverá ser obrigado
a matriculá-la, bem como a acompanhar a frequência e o aproveitamento escolar.
44. (CESPE/MPE-RR - 2017) Com relação ao conselho tutelar, julgue os itens a seguir.
I É órgão permanente e vinculado ao Poder Judiciário, encarregado pela sociedade de zelar pelo
cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes.
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GABARITO
1. E 22. INCORRETA 43. A
2. CORRETA 23. INCORRETA 44. B
3. B 24. INCORRETA 45. C
4. INCORRETA 25. INCORRETA
5. E 26. CORRETA
6. B 27. B
7. B 28. E
8. INCORRETA 29. D
9. A 30. D
10. C 31. E
11. E 32. B
12. INCORRETA 33. B
13. A 34. CORRETA
14. B 35. INCORRETA
15. INCORRETA 36. INCORRETA
16. C 37. CORRETA
17. INCORRETA 38. E
18. E 39. E
19. D 40. E
20. A 41. B
21. INCORRETA 42. E
CNU (Bloco 5 - Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos) Conhecimentos Específicos117
- Eixo Temáti
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