Desvio - Naza

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÓMICAS

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

2º SEMESTRE

TRABALHO INDIVIDUAL

Tema:

Desvio sexual

Discente:

Nazarena Fernando Aidene

Curso: Administração Pública

Disciplina: Fundamento Teologia Católica

Ano de Frequência: 2º Ano

Docente: Brito João Fernando


ÍNDICE
Introdução................................................................................................................................3

Objectivos................................................................................................................................3

Objectivo Geral.......................................................................................................................3

Objectivos Específicos............................................................................................................4

Desvio Sexual ………………………………………………….…….............................................................4

Diferentes tipos e Fatores Determinantes................................................................................5

Influências Na 1ª Infância Meninos Efeminados....................................................................7

Moral Sexual: A Visão Da Igreja Católica E Sua Influência Na Sociedade...........................8

A Igreja, Suas Leis E Seus Atravessamentos Na Vida Dos Indivíduos..................................8

A Prática Da Igreja Católica Consiste Em Sete Sacramentos:................................................9

O Cristianismo Inicial.............................................................................................................9

Religião E Sexualidade: Uma Viagem Na História E Na Filosofia......................................10

A Sexualidade No Século Xxi...............................................................................................11

Profusão Dos Discursos Sobre A Sexualidade......................................................................12

Ingerência Da Igreja Cristã Na Vida Sexual.........................................................................13

Visão Geral Do Comportamento Sexual...............................................................................14

Atitudes Sociais Sobre Sexualidade E Género Atitudes Sociais Sobre Sexualidade E Género
...............................................................................................................................................14

Influência Dos Pais Sobre A Sexualidade.............................................................................15

Papel Do Profissional De Cuidados De Saúde......................................................................15

A Religião E A Sexualidade Em Moçambique.....................................................................15

Conclusão..............................................................................................................................16

Bibliografias..........................................................................................................................17

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INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa aborda sobre “O desvio sexual e a posição da Igreja’’. Na
verdade, a religião tem para os seres humanos uma importância significativa. Seja qual for à
crença, não podemos ignorar que ela tem exercido forte influência sobre o comportamento e
consequentemente, sobre a sexualidade humana. É de grande utilidade ter noções sobre
a sexualidade na visão da religião numa perspectiva histórica, de forma a facilitar o
conhecimento em relação a seus valores, problemas, medos, conflitos, entre outros. De formas
diferentes, mas sempre se apresentando como um foco de intensa elaboração, a sexualidade
desperta interesse às religiões e é um ponto importante de preocupações éticas discutidas
pelos teólogos. Além disso, a religião tem sido no decorrer da história, um factor determinante
sobre a sexualidade humana, ora impondo regras rígidas, em outros momentos procurando
orientar o ser humano nessa dimensão tão importante da vida.

A escola pela sua enorme abrangência, e por ser uma das primeiras obrigações do Estado,
também deve pensar e actuar no campo da sexualidade, em todos os
níveis possíveis de acção, porém tem se reduzido a algumas discussões no ensino médio na
área de biologia e de forma bastante técnica, isto é, verifica-se a importância que se dá em
abordar o assunto a partir do ponto de vista biológico, como por exemplo, ao se tratar de
anticonceptivo é ressaltada apenas a utilização de métodos contraceptivos como viés único de
se evitar uma gravidez precoce ou "indesejada”. Todavia, diante da recusa de boa parte da sociedade
de atender às orientações eclesiásticas, a Igreja promoveu a sacramentalização do casamento a
fim de ampliar seus poderes de intervenção na intimidade do casal e trazer a sexualidade para
seu domínio. A sexualidade, pois, actuou como importante dispositivo de poder, garantindo o
fortalecimento político da instituição cristã na sociedade ocidental.

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Objectivos

Objectivo geral
 Analisar sobre o desvio sexual e a posição da Igreja.

Objectivos específicos
 Falar da Igreja, suas Leis e seus Atravessamentos na Vida dos Indivíduos.
 Estudar sobre a sexualidade no século XXI.
 Falar da religião e a sexualidade Em Moçambique.

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Desvio Sexual

Conceito
Desvio sexual é um comportamento que se contrapõe às normas atuais da sociedade (legais,
morais, etc.) Às vezes definido em termos de normalidade estatística ou psicopatologia (ex:
hetero/homossexualismo egodistônico) Termos alternativos para desvio sexual menos
pejorativos: comportamento sexual das minorias, estigma sexual. Inclue: fetichismo,
sadomasoquismo, transvestismo e transexualismo (vide adiante) Incidência impossível de ser
determinada com exatidão (casos não são raros). Maioria não solicita ajuda para obter cura.
Transexuais solicitam ajuda para normalizar o desvio, através da cirurgia para mudança de
sexo. Outros desvios considerados como ofensas sexuais (encaminhados pela Justiça):
estupro, incesto, pedofilia, exibicionismo, voyeurismo. Desvio psicológico permanente de
identidade sexual, com rejeição do fenótipo, tendência à auto-mutilação e/ou auto-extermínio;

 Desconforto com sexo anatômico natural;


 Desejo expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e
secundárias do próprio sexo e ganhar as do sexo oposto;
 Permanência desses distúrbios de forma contínua e persistente por, no mínimo, dois
anos;
 Ausência de outros transtornos mentais. Fetichismo Fetiche significa um artefato
artisticamente confeccionado, também associado a um significado especial simbólico
ou mágico, de caráter amoroso ou sexual.

Torna-se problemático à medida em que ele se presta mais a enfraquecer do que a fortalecer o
vínculo sexual com o outro parceiro, chegando ao ponto de torná-lo totalmente redundante ou
dispensável, para efeito da obtenção do prazer sexual. Categorias principais de sinais ou
estímulos:
 uma parte do corpo (seios, nádegas, pernas, etc.)
 uma extensão inanimada do corpo (peça de roupa)
 uma fonte específica de estímulo táctil (textura de um tipo particular de material tecido
emborrachado, couro, plástico negro brilhante, etc.) Raro em mulheres
Psicanalistas consideram-no invariavelmente associado ao complexo de castração (medo da
perda do pênis) Transvestismo e transexualismo.
Vestir roupa do sexo oposto: hábito universal, forma de diversão

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Diferentes tipos e Fatores determinantes
1. Transvestismo fetichista. Quase sempre é um homem que se veste com roupas
femininas (fetiches), levando-o à excitação sexual e, a seguir, ao orgasmo através da
masturbação. Constitue-se num ato sexual.
2. Transexualismo. Pode ser homem ou mulher que acredita pertencer ao sexo oposto,
ou que possui um forte desejo de ser aceito como tal, apesar de sua anatomia diferente.
No caso do transexual masculino, ele se veste como mulher, no intuito de expressar
sua preferência em ser mulher, e não para obtenção do prazer sexual. Busca ajuda
médica para alterar o seu corpo e adequá-lo ao gênero psicológico (oposto ao
biológico).
3. Transvestismo de duplo papel. Geralmente é um homem que se comporta, na maior
parte do tempo, como um heterossexual normal e, num dado momento, veste-se como
mulher. Ao contrário do transexual, não deseja mudar de sexo permanentemente; quer
manter ambas as opções.
4. Transvestismo associado ao homossexualismo. Pode ser homem ou mulher que se
sente atraído sexualmente por pessoa do mesmo sexo e que se veste com roupa do
sexo oposto, freqüentemente por objetivos cômicos ou teatrais.

Incidência: impossível determiná-la com precisão (muitos indivíduos vestem roupa do sexo
oposto, secretamente). Estimativas de pessoas desejando mudar de sexo (Pauly, 1974): 1 em
(homens); 1 em (mulheres) Estudo retrospectivo (Prince & Bentler, 1972) sobre início do uso
de roupa do sexo oposto: antes de 5 anos (14%); entre 5-10 anos (40%); dos anos (37%); após
18 anos (8%) Características de personalidade. Em geral não diferem das pessoas "normais".
Comportamento de transexuais masculinos mais exagerado do que o de transexuais
femininos. Relacionamento sexual. Alguns conseguem manter casamentos estáveis (possíveis
razões: vestir roupa do sexo oposto limitado no tempo, realizado secretamente, não
envolvendo tendências transexuais). Pesquisa de Prince & Bentler (1972): + de 3/4 dos
travestis foram casados e tiveram filhos; 2/3 ainda estavam casados.

 Transexual feminino: assumindo o papel ativo e evitando que a namorada toque


diretamente nas mamas e genitália (feminina) para evitar a incongruência anatômica.
Surpreendentemente, esses relacionamentos podem ser estáveis e satisfatórios.
 Transexual masculino: tendem a ser menos estáveis, podendo tornar-se +
satisfatórios após a cirurgia (possível experimentar orgasmo). Fatores determinantes
possíveis
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Biológicos Não há evidência de fator genético determinante. Maioria dos transexuais
femininos não apresentam evidências de anormalidades físicas ou endócrinas determinantes.
Em alguns, as irregularidades apresentadas (aumento do nível de testosterona -
automedicação?, irregularidades menstruais, ovário policístico) não se constituem em fatores
necessários e suficientes. Alterações no EEG + comuns em transexuais femininos.

Socioculturais Quanto mais rígidos os estereótipos ou expectativas quanto ao papel sexual,


maior possibilidade de gerarem ansiedade e insegurança acerca da identidade de gênero
(mudança de sexo, nesse caso, como meio eficaz de lidar c/ esse desconforto?)

Influências na 1ª infância Meninos efeminados


a) Indiferença dos pais
b) Pais encorajando comportamento efeminado (mãe desejava muito ter uma filha)
c) Hábito de vestir o menino de menina
d) Superproteção materna
e) Atenção e contato físico excessivos da mãe
f) Rejeição ou ausência da figura paterna
g) Beleza física, influenciando os adultos a tratá-lo como menina (1/3 dos casos)
Meninas masculinizadas Ao contrário dos meninos efeminados, as meninas
masculinizadas raramente têm dificuldade de se adaptarem ao papel feminino na vida
adulta. A grande maioria dos transexuais femininos adultos relatam agir e vestir-se
como meninos durante a infância.

Orientação sexual Questão intrigante: "Se um transexual masculino fizer sexo com um
outro homem, trata-se de uma relação homossexual ou tal fato está revelando a orientação
heterossexual do transexual em questão?" Em 42 transexuais, Bentler (1976) observou que:
1/3 se considerava homossexual antes da cirurgia, 1/3 hetero e 1/3 foram categorizados como
assexuados. Problemas de identidade de gênero Dificuldade em assumir o papel do gênero
natural, eventualmente, poderá encorajar a adoção do gênero alternativo (alívio das pressões
baseadas em estereótipos). Mudança de travesti para transexual Com o passar do tempo, o
transvestismo fetichista pode se converter em transexualismo.

Transexualismo como um transtorno psicótico Na grande maioria dos casos, não há


confirmação disso. Efeito iatrogênico da cirurgia Expectativas irrealistas acerca de seus
benefícios. Cirurgia como uma forma da pessoa escapar de uma vida cronicamente

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insatisfatória, antes da intervenção. Mudando-se de sexo, a vida irá melhorar (crença
relativamente comum).

Moral sexual: A visão da Igreja Católica e sua influência na sociedade


Devido à profunda influência, tanto ideológica quanto política e social, da Igreja Católica no
Mundo, na formulação da moral e, principalmente na fundação e desenvolvimento das
instituições educacionais, decidiu-se incluir, ainda que resumidamente para que esta pesquisa
não se distancie dos seus objectivos principais, um estudo sobre o pensamento do clero
brasileiro, como ele foi incorporado aos padrões coloniais e, posteriormente, à mentalidade e
à moral sexual brasileira dos períodos históricos subsequentes. Começa-se por relacionar o
cristianismo inicial e o poder que exerce sobre as atitudes em relação à sexualidade e
relacionamento entre os géneros em todo o mundo ocidental e, a partir de uma progressão no
tempo, estuda-se a moral sexual oficial da Igreja no período que compreende a descoberta
pelos portugueses, a colonização e a catequização em Moçambique, com suas influências em
nossa sociedade até os dias de hoje.

A Igreja, suas Leis e seus Atravessamentos na Vida dos Indivíduos


A definição e compreensão da bíblia e dos ensinamentos que ela contém seriam progressivas,
necessitando sempre da orientação do Magistério da Igreja Católica. Esta fé levaria à conversão
das pessoas e à prática das boas obras (que nos afastariam do pecado e nos ajudariam a crescer na
caridade), sendo que o ato de amar a Deus acima de todas as coisas e também o de amar ao
próximo como a si mesmo seriam os mandamentos mais enfatizados. Segundo os fiéis, estes
dois actos virtuosos são justamente os mandamentos de amor que Jesus deu aos seus
discípulos e à humanidade. A igreja católica, assim como muitas outras, como por exemplo,
as igrejas protestantes, pregam também que quem quiser fazer parte do “Reino de Deus” teria de
nascer de novo, se arrepender dos seus pecados, se converter e se purificar e que Jesus teria ensinado
que o poder, a graça e a misericórdia de Deus eram maiores que o pecado e todas as “forças
do mal”, insistindo por isso que o arrependimento sincero dos pecados e a fé em
Deus poderiam salvar os homens. Este misterioso “Reino de Deus”, segundo algumas
religiões, como o catolicismo, só irá se concretizar na sua plenitude no fim do mundo, mas já
está presente na Terra através da igreja.

A igreja, tanto a católica como outras linhas religiosas, possui muitas normas, ou melhor,
dogmas: os dogmas religiosos, os quais seus fiéis devem seguir obedientemente. Alguns
mandamentos da igreja: participar da missa inteira aos domingos e festas de guarda; confessar-se ao

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menos uma vez por ano (ou no máximo até um ano após ter consciência de pecado mortal);
comungar (nome dado ao ato pelo qual o fiel pode receber a sagrada hóstia sozinha, ou
acompanhada do vinho consagrado, especialmente nas celebrações de Primeira Eucaristia e
Crisma) ao menos pela Páscoa da Ressurreição; jejuar e abster-se de carne quando
manda a igreja (estão obrigados à lei da abstinência de carne ou derivados de carne aqueles
que tiverem completado quatorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum - uma só
refeição normal ao dia, e apenas mais dois pequenos lanches - os maiores de idade, desde os dezoito anos
completos até os sessenta anos começados); contribuir com o Dízimo segundo está escrito na
Bíblia Sagrada.

A prática da Igreja Católica consiste em sete sacramentos:


 Baptismo;
 Confissão;
 Eucaristia;
 Confirmação ou Crisma;
 Sagrado Matrimónio;
 Ordenação;
 Unção dos Enfermos.

O Cristianismo inicial
A decadência do império romano foi um processo lento, complexo e sofrido, onde a higiene, a
ciência e a cultura greco-romana foram gradativamente substituídas pelos mitos, terrores e
costumes tribais dos gentios e as vigorosas culturas dos francos, normandos e godos, dentre
outros povos. O mundo pagão reagiu às investidas cristãs por meio de perseguições, mas a
nova religião foi progressivamente conquistando a adesão de um número cada vez maior
da população: patrícios começaram a agir de maneira bizarra em relação à filosofia romana,
baseada nos valores do poder, da riqueza e no abandono do indivíduo
aos próprios desejos, rendendo-se a uma filosofia assentada na humildade e na pobreza,
incompreensivelmente fascinados por uma fé que lhes negava o direito aos tão valorizados
prazeres sensuais. A conversão do Imperador Constantino, ao se aliar à Igreja cristã no ano de
323 d.C., por motivos tanto religiosos quanto políticos e económicos, incorpora à lei o ideal
cristão ascético (Socci, 1983). O exército que pretendia manter o império romano unido
contribuía para a sua ruína, a lei e os sistemas monetário e mercantil não estavam à altura da
tarefa e apenas o cristianismo encerrava alguma esperança de unificar a vasta e heterogénea
colecção de povos que compunham o império romano naquele momento histórico. (Tannahill,
1980). O cristianismo inicial se caracterizava por uma intensa repressão à sexualidade em

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todas as suas formas, com exaltação da virgindade para as mulheres tanto quanto da
castidade para os homens, teoricamente contra o padrão de dupla-moral, o que era
historicamente inédito. Relações sexuais eram permitidas apenas para a procriação e dentro do
casamento, investido de significado sacramental e simbólico, sendo a poligamia abolida. A
nova religião assumia como missão catalogar a instrução moral contida no Antigo e Novo
Testamentos. No entanto, no antigo Testamento não existe esse espaço reservado para a
normalização da sexualidade: o sexo é visto como um dos aspectos constitutivos do homem e
é dessa forma que aparece em diversas passagens bíblicas. Não se encontra nenhum
julgamento da natureza sexual humana ou a ideia de que a sexualidade seja de uma ordem
inferior à espiritualidade ou à intelectualidade. Na Sagrada Escritura, a sexualidade
aparece como algo bom e desejável aos olhos de Deus, sempre num contexto mais amplo e
relacionado a outros aspectos da vida humana. Segundo Araújo (1995), o que se observa é que
há uma interpretação dos ensinamentos à luz das posições filosóficas de então.

Religião e sexualidade: uma viagem na história e na filosofia


A religião em relação à sexualidade tem sido um instrumento ideológico e político-social, de
forma que tem orientado os indivíduos para uma moral, na maioria das vezes, negando sua
sexualidade. A maior excepção vem dos orientais que se pautaram pelas orientações religiosas
do Taoísmo, Budismo e Confucionismo que têm uma relação no que se refere à sexualidade
sem a força repressora como as Igrejas cristãs, desta forma a sociedade oriental sempre foi
muito mais livre e natural que a ocidental.

As religiões e filosofias orientais baseiam-se sempre no equilíbrio e complementaridade entre


princípios opostos, simbolizados principalmente pelo "feminino" (yin) e “masculino” (yang).
As mulheres têm um inexaurível suprimento de Yin enquanto o homem tem uma limitada
quantidade de Yang. Isso pode ser compensado no ato sexual: o homem retardando o orgasmo
e proporcionando o máximo de prazer à mulher em múltiplos orgasmos, absorve grande parte
da energia Yin de sua companheira. Há mais de 2000 anos apareceram na China, Japão e
Índia, filósofos que indicavam que a sexualidade conferia iluminação espiritual. Que o sexo
não buscava somente o prazer, mas também a transcendência da mortalidade humana. Os
chineses descobriram o equilíbrio através da natureza e aplicaram em todas as áreas da sua
vida inclusive na sexualidade. “Desde a 1ª Dinastia Chinesa (1750 A.C.) que existia uma
expressão para o sexo: “Nuvens e Chuva”.

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Esta metáfora representava os céus e a terra a fazerem amor”. (O sexo no mundo oriental). Os
gregos e romanos surgem como bastante liberais. Em Pompeia existem gráficos e pinturas que
tratam das actividades sexuais, expressadas com mais naturalidade e menos inibição do que
hoje em dia. O falo (pénis), personificação do deus Facsinus, era venerado como símbolo da
fertilidade e da abundância. Esculpido em vários tamanhos e diversos materiais, esse símbolo
era excluso de qualquer conotação obscena, e encontrava-se tanto nas habitações particulares
como nos edifícios públicos. Os gregos são vistos como os mais liberais, pelo menos é a visão
que a maioria do Ocidente tem sobre este povo. “O sexo era natural, divino e sempre era
realizado como forma de adoração. Não era descriminado e o senso de pudor não existia
porque não havia o “não - divino” na sexualidade grega”. (Crowley e Ligvori, 2008) Esta
liberdade está associada a algo natural e não necessariamente libertino, pois consideravam “a
actividade sexual, tão profundamente ancorada na natureza e de maneira tão natural, não
poderia ser – e Rufos de Éfeso o lembrará – considerada má”. (Foucault, 2001).Os gregos
aceitavam a sexualidade sem uma imposição moralista, porém o prazer devia ser regrado,
como diz Aristóteles: “é preciso que a faculdade de desejar obedeça à razão como a criança
aos mandamentos de seu mestre”. (Foucault, 2001).

A Sexualidade no século XXI


O século XXI assistiu, estarrecido, ao desenvolvimento da psicanálise, que privilegiou a
sexualidade, apresentando-a como o cerne da existência humana. Nas primeiras décadas, a
teoria psicanalítica foi fortemente contestada. A sexualidade ainda não havia adquirido
notoriedade. Foi necessário quase meio século para que o sexo se tornasse o propulsor de
lutas políticas e campanhas oficiais. O século XXI foi o século da liberação sexual, do
movimento feminista, da descoberta da cura de doenças sexualmente transmissíveis, do
surgimento da pílula anticoncepcional, das reivindicações homossexuais e do aparecimento da
AIDS. Nas décadas de 60 e 70, os novos métodos contraceptivos desvincularam sexo e
procriação. O acto sexual poderia destinar-se apenas à busca do prazer erótico. As lutas
políticas organizadas pelo movimento feminista reivindicaram maior liberdade sexual para as
mulheres, a valorização do prazer feminino, o direito ao divórcio e a igualdade entre os sexos.
Muitas conquistas foram alcançadas. A sexualidade tornou-se, de fato, mais livre, ocupou as
páginas dos principais jornais, foi tema de inúmeros programas televisivos e apareceu
constantemente nas revistas femininas. Foram lançados vários livros de auto-ajuda que
apresentavam fórmulas sexuais e mostravam às leitoras o caminho do orgasmo. Foram
publicados ainda manuais sexuais que ensinavam as melhores posições para alcançar o prazer.
O orgasmo feminino passou a ser uma obsessão. Muitos sexólogos e psicólogos surgiram para
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discutir a dificuldade que as mulheres sentiam para obter prazer na relação sexual. Modelos
de prática sexual e exercícios eróticos foram inventados para possibilitar o orgasmo. Os
especialistas reforçaram a ideia de que era muito difícil alcançar o prazer feminino. Por isso,
era necessário conduzir as mulheres até ele. Foram desenvolvidas ainda drogas poderosas
capazes de assegurar a erecção masculina e potencializar o sexo. O mercado pornográfico e a
indústria de artigos sexuais proliferaram-se, erotizando a vida sexual e transformando o sexo
num grande negócio. A sociedade moderna valorizou a potência sexual e o orgasmo genital.
Segundo Bruckner e Finkielkraut (1981), a revolução sexual impôs um modelo único de
sexualidade e de orgasmo, pautado na genitalidade masculina. O gozo masculino prevaleceu e serviu de
referência ao prazer feminino.

A liberação sexual produziu uma espécie de tirania, visto que definiu um padrão único de
erotismo. A sexualidade ficou padronizada. A ordem genital masculina é, portanto,
hegemónica. Os sexólogos e médicos a presentam a ejaculação, o orgasmo “visível”, como o
protótipo do prazer. A indústria farmacêutica, atenta às demandas do mercado, desenvolve
receitas e medicamentos que potencializam o orgasmo e garantem o melhor desempenho
sexual possível. O corpo torna-se máquina de gerar prazer.

Profusão dos discursos sobre a sexualidade


Os discursos sobre a sexualidade foram se multiplicando nas Igrejas e conventos desde o início do
cristianismo. A hierarquia eclesiástica desenvolveu instrumentos que exigiram a confissão do
sexo, convertendo-o em práticas discursivas. Era preciso falar constantemente das
experiências e desejos sexuais. O silêncio em torno da sexualidade foi quebrado. Tornou-se
imperativo moral dizer tudo sobre o sexo. Nada deveria permanecer encoberto. Tudo que
fosse encontrado ou descoberto sobre a própria vida sexual precisava ser revelado. Segundo
Foucault (1999b), nos séculos XVIII, XIX e XX, os discursos sexuais proliferaram-se. Nunca
se falou tanto da intimidade sexual. O pudor discursivo diminuíra. As palavras indecentes
deveriam ser filtradas para expressar o sexo, mas ninguém poderia ficar calado. As paixões
deveriam ser mostradas sem inibição. A sociedade burguesa não parecia, como se acreditava,
regida por um regime sexual espartano que exigia reserva, silêncio e discrição. Conforme
Foucault (1999b), foi na família burguesa que a questão sexual apareceu. Os pais começaram
a preocupar-se com a vida sexual dos seus filhos. Ficaram apavorados com a possibilidade da
masturbação e, por isso, resolveram vigiar a sexualidade das crianças, o que contribuiu
para fortalecê-la, fazendo emergir algo que estava escondido. Múltiplas formas de sexo
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tiveram expressão na família vitoriana do século XIX. Contrário à tese foucaultiana, Gay
(1999) atesta que o prazer sexual acomodava-se nos dormitórios domésticos, mas não
se mostrava publicamente. Os desejos eram vividos intensamente na vida privada, mas
escondidos do espaço público. As mulheres e homens burgueses eram, em público, recatados
e pudicos para preservar a reputação. A sexualidade, pois, permanecia reclusa no espaço
doméstico. De acordo com Foucault (1999b), em vez de mantê-la restrita à esfera privada, a
família decidiu expô-la. Como não sabia o que fazer com manifestações sexuais tão
assustadoras, ela solicitou o auxílio de profissionais, transferindo aos especialistas a
responsabilidade de tratar da sexualidade do casal, da mulher, das crianças e dos
homossexuais. Era preciso exibir os detalhes da vida sexual àqueles cuja função era escutar
atentamente o relato para em seguida apresentar o “veredicto”. Filhos, pacientes, alunos e réus
confessariam seus “pecados” a pais, médicos, pedagogos e juízes. A prática da confissão, inventada pelo
cristianismo medieval para apreender os pormenores da vida sexual, difundiu-se e tornou-se
instrumento científico, utilizado na consulta médica, na sessão psicanalítica, na actuação
pedagógica e nos julgamentos jurídicos. A sexualidade, que até o século XVII era analisada,
investigada e explorada exclusivamente pela pastoral cristã, passou a ser a partir do século
XVIII observado por diferentes campos do conhecimento científico.

Ingerência da Igreja cristã na vida sexual


A Igreja cristã, interessada no combate à sexualidade promíscua, não apenas avalizava as
acções médicas como também organizava programas para enfrentar a ameaça da masturbação e dos excessos
sexuais. Assim como os médicos se apoiavam nas doutrinas cristãs para formular suas prescrições, os
líderes religiosos adoptavam os conhecimentos médicos para dar consistência a suas
orientações morais. Nesse período, encontrava-se em vigor a Medicina pastoral, área em que
médicos eclérigos se misturavam para advertir os jovens dos perigos das paixões. Os
pressupostos médicos e as doutrinas religiosas uniam-se formando uma espécie de saber mais
sólido para convencer os indivíduos a abandonar os vícios sexuais. “Assim como os médicos
não hesitaram em invadir os domínios de clérigos e educadores, estes por sua vez retribuíram
a gentileza intrometendo-se no campo do aconselhamento médico e se uniram aos médicos no
chamamento às armas” (Gay, 1999, p. 223). A doutrina católica, a despeito da
sacramentalização do casamento e da imposição do sexo entre cônjuges, mantinha-se reticente
aos prazeres da vida conjugal, privilegiando a castidade. O casamento era tratado como um
mal necessário, a única forma de purificar o desejo e legitimar a prática sexual.

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O catolicismo deixava clara sua preferência pela virgindade perpétua, mas reconhecendo a
dificuldade de segui-la, sacramentou o matrimónio. Os protestantes, por sua vez, pautavam
seu código moral na ideia de casamento, considerado o fundamento da Igreja. Eles não faziam
objecção ao sexo conjugal nem recomendavam a continência definitiva. O matrimónio,
projecto institucional de valor inestimável, nunca assumiu a conotação negativa própria dos
tratados católicos. Para o protestantismo, a virgindade não era o estado espiritual por
excelência, representava um estado provisório que antecedia ao casamento e preparava os
noivos para as bodas, cerimonia tão aguardada. Já que o casamento era tão prestigiado, o
adultério foi o pecado mais combatido e censurado pela Igreja protestante, diferentemente da
Igreja católica, que se preocupou mais com a masturbação. No século XIX, o cristianismo
continuava interferindo directa ou indirectamente nas relações amorosas e participando da
vida íntima do casal burguês. A Igreja cristã de modo geral tentou ajustar seus ideais ascéticos
às novas exigências sociais e às mudanças por que passava a sociedade vitoriana. Entretanto,
permaneceu disposta a enfrentar a sexualidade desmedida, inclusive no matrimónio. Segundo
Gay (2000), a postura eclesiástica em relação ao sexo era ambígua.

Visão geral do comportamento sexual


As normas de comportamento e atitudes sexuais aceitas variam enormemente dentro da
mesma cultura e entre culturas diferentes. Profissionais de saúde nunca devem julgar
comportamentos sexuais, mesmo sob pressão social. Em geral, não é possível definir oque é
"normal" e "anormal" em termos clínicos. Entretanto, quando o comportamento ou as
dificuldades sexuais provocam sofrimento significativo para o paciente, seu parceiro ou
causam danos, o tratamento é justificado.

Atitudes sociais sobre sexualidade e género Atitudes sociais sobre sexualidade e género
também mudam com o tempo, como aconteceu com o seguinte:
 Masturbação: antes amplamente considerada perversão e uma causa de
transtornos mentais são, há muito tempo reconhecidas pelos médicos como uma
actividade sexual normal ao longo da vida. Só é considerada anormal quando inibe
comportamento orientado para parceiro, é realizada em público ou é
suficientemente compulsiva para ocasionar desconforto.
 Homossexualidade: a homossexualidade não é considerada um transtorno pela
American Psychiatric Association há> 4 décadas. Cerca de 4 a 5% da população se

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identifica exclusivamente como homossexuais por toda a vida; 2 a 5% adicionais
se identificam como bissexuais.
 Promiscuidade: actividade sexual frequente com muitos parceiros, muitas vezes
envolvendo encontros anónimos ou de uma única vez, pode indicar diminuição da
capacidade de desenvolver intimidade emocional. No entanto, a promiscuidade por
si só não é um transtorno psicossexual.
 Sexo extraconjugal: a maioria das culturas desestimula a sexualidade
extraconjugal, mas aceita relações sexuais pré-maritais ou não maritais. Nos EUA,
muitas pessoas têm relações sexuais antes do casamento ou sem casamento como
parte da tendência de maior liberdade sexual nos países desenvolvidos.
 Identidade de género: identidade de género é a sensação subjectiva de saber a
qual género uma pessoa pertence. Há um reconhecimento cultural cada vez maior de que
algumas pessoas não se encaixam-nem necessariamente querem se encaixar na
tradicional dicotomia masculino e feminino.

Influência dos pais sobre a sexualidade


As normas aceitas de comportamentos e atitudes sexuais são significativamente influenciadas
pelos pais. A rejeição da sexualidade física de forma proibitiva e puritana pelos pais,
incluindo o toque, coloca culpa na criança e inibe sua capacidade de aproveitar o sexo e
desenvolver relacionamentos íntimos saudáveis quando adulta. Relações com os pais podem
ser danificadas por:
 Distância emocional excessiva;
 Comportamentos punitivos;
 Sedução evidente e exploração sexual.

Papel do profissional de cuidados de saúde


Profissionais de saúde bem informados podem oferecer conselhos sensatos e sensíveissobre
sexualidade e não devem perder oportunidades de intervenções úteis.Comportamentos que
coloquem o paciente em risco de doenças sexualmentetransmissíveis devem ser abordados.
Profissionais devem discutir a sexualidade com os pacientes de tal modo que possam
identificar e abordar questões sexuais, incluindodisfunção sexual (Visão geral da função
sexual masculina; Visão geral da função edisfunção sexual feminina), disforia de género e
parafilias

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A religião e a sexualidade em Moçambique
A Igreja Católica, enquanto instituição e religião oficial do Estado português chegou ao
Moçambique desde o colonialismo Português. Actuou como co-responsável, junto ao Estado,
da tarefa de organizar a colonização em Moçambique. “À frente do projecto de expansão do
luso-cristianismo estavam os monarcas portugueses, aos quais, desde meados do século XV,
os papas haviam concedido odireito do padroado. Em virtude desse direito, a Santa Sé
confiava aos reis de Portugal amissão de evangelizar as novas terras, estabelecendo nelas a
instituição eclesiástica (...).Explorador e colonizador, o português considerava-se ao mesmo
tempo homem de fé.Tratavase, porém, de uma fé perpassada pelo espírito da cruzada,
segundo o qual a cruze a espada deveriam caminhar juntas na expansão do reino de Deus.”
(Azzi, 2001).O poder estabelecido, no período colonial, promoveu um modelo de
catolicismo,conhecido como cristandade. Nele, a Igreja era uma instituição subordinada ao
Estado ea religião oficial funcionava como instrumento de dominação social, política e
cultural. A religião teve, sem dúvidas, uma influência na moralidade sexual Moçambicana.
Nesses tempos coloniais a Igreja considerava a sexualidade matéria de sua alçada,elevando à
categoria do sagrado o sexo conjugal voltado para procriação e lançandotudo o mais no
domínio diabólico.Já os primeiros padres jesuítas que chegam à colónia discutem a questão da
nudez indígena, por exemplo, como algo pecaminoso, pois “os portugueses, quando
chegaramem Moçambique, ficaram horrorizados ao ver os índios nus e ao constatar como eles
lidavam com a sexualidade. A expressão utilizada traduz bem o impacto: „devassos
no paraíso‟”. (Ceccarelli, 2007).A situação já desde o início era preocupante de forma que
Manuel da Nóbrega, um dos primeiros em missão jesuítica em Moçambique recém-
descoberto, “suplicou ao rei que mandasse imediatamente mulheres brancas para colocar os
portugueses frente a frentecom o sacramento do matrimónio. E tamanha era a urgência que
aceitaria até mulheres de má reputação” (Vainfas,1998)A partir de uma visão medieval de
mundo a igreja impôs em Moçambique uma moralsexual de condenação aos costumes nativos
e procura impor um comportamento rígidode limitação à sexualidade.

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CONCLUSÃO
Chegando o fim do trabalho, constatei que, a sexualidade, portanto, sempre exerceu fascínio
sobre o cristianismo, que não cansou de comentá-la, discuti-la, normalizá-la, proibi-la e
excitá-la. A Igreja cristã, mais especificamente a Igreja católica, produziutratados com o
propósito de convencer as mulheres a evitar o casamento e dedicar-se àcastidade bem como
redigiu documentos destinados a ensinar os monges a proteger-sedos desejos que ameaçavam
a santidade da alma. Nos primeiros séculos da era cristã, o clero católico procurou combater o
matrimónio,instituição laica e privada, recorrente entre os membros da aristocracia romana.
Diantede sua permanência, a Igreja promoveu, com certa reticência, a sacramentalização
docasamento, autorizando-se, desse modo, a penetrar no quarto do casal, vasculhar
suaintimidade e estabelecer os limites entre o permitido e o proibido no âmbito dasexualidade.
Homens que, em tese, se privavam de viver a própria sexualidade ficaramresponsáveis por
orientar a vida sexual de fiéis que não sabiam o que fazer com os próprios desejos e temiam
suas manifestações.

Tornar o matrimónio uma instituição pública e sagrada permitiu ao clero romanoconsolidar


seu poder político e ampliar sua intervenção na vida íntima dos fiéis.Percebemos que as
religiões em geral, em relação à sexualidade, têm sido uminstrumento ideológico e político-
social, de forma que têm orientado os indivíduos parauma moral, na maioria das vezes,
negando sua sexualidade e mais, têm penalizado osindivíduos pela culpa que é uma forma
eficaz para conter a prática de ludibriar asnormas impostas. A situação do cristianismo, em
especial a Igreja Católica, percebemosa evidência de que em questão de moral sexual
transparece a dimensão do poder dainstituição sobre os indivíduos, pois “dominar o espaço
mais ínt imo da pessoa pressupõe dominá-la por inteiro”.

Abrindo-se com este, espaços para que jovens pudessem debater os tabus
e preconceitos, a sexualidade em geral, ampliando seus conhecimentos sobre a vidasexual e
sobre a própria sexualidade a partir de uma perspectiva histórica, passando a ter uma visão
mais crítica e contextualizada do assunto.

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BIBLIOGRAFIAS
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Souza, Laura de Mello. O Diabo e a Terra de Santa Cruz. Ed. Companhia das Letras,1986.

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