Desvio - Naza
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Desvio - Naza
2º SEMESTRE
TRABALHO INDIVIDUAL
Tema:
Desvio sexual
Discente:
Objectivos................................................................................................................................3
Objectivo Geral.......................................................................................................................3
Objectivos Específicos............................................................................................................4
O Cristianismo Inicial.............................................................................................................9
Atitudes Sociais Sobre Sexualidade E Género Atitudes Sociais Sobre Sexualidade E Género
...............................................................................................................................................14
Conclusão..............................................................................................................................16
Bibliografias..........................................................................................................................17
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa aborda sobre “O desvio sexual e a posição da Igreja’’. Na
verdade, a religião tem para os seres humanos uma importância significativa. Seja qual for à
crença, não podemos ignorar que ela tem exercido forte influência sobre o comportamento e
consequentemente, sobre a sexualidade humana. É de grande utilidade ter noções sobre
a sexualidade na visão da religião numa perspectiva histórica, de forma a facilitar o
conhecimento em relação a seus valores, problemas, medos, conflitos, entre outros. De formas
diferentes, mas sempre se apresentando como um foco de intensa elaboração, a sexualidade
desperta interesse às religiões e é um ponto importante de preocupações éticas discutidas
pelos teólogos. Além disso, a religião tem sido no decorrer da história, um factor determinante
sobre a sexualidade humana, ora impondo regras rígidas, em outros momentos procurando
orientar o ser humano nessa dimensão tão importante da vida.
A escola pela sua enorme abrangência, e por ser uma das primeiras obrigações do Estado,
também deve pensar e actuar no campo da sexualidade, em todos os
níveis possíveis de acção, porém tem se reduzido a algumas discussões no ensino médio na
área de biologia e de forma bastante técnica, isto é, verifica-se a importância que se dá em
abordar o assunto a partir do ponto de vista biológico, como por exemplo, ao se tratar de
anticonceptivo é ressaltada apenas a utilização de métodos contraceptivos como viés único de
se evitar uma gravidez precoce ou "indesejada”. Todavia, diante da recusa de boa parte da sociedade
de atender às orientações eclesiásticas, a Igreja promoveu a sacramentalização do casamento a
fim de ampliar seus poderes de intervenção na intimidade do casal e trazer a sexualidade para
seu domínio. A sexualidade, pois, actuou como importante dispositivo de poder, garantindo o
fortalecimento político da instituição cristã na sociedade ocidental.
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Objectivos
Objectivo geral
Analisar sobre o desvio sexual e a posição da Igreja.
Objectivos específicos
Falar da Igreja, suas Leis e seus Atravessamentos na Vida dos Indivíduos.
Estudar sobre a sexualidade no século XXI.
Falar da religião e a sexualidade Em Moçambique.
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Desvio Sexual
Conceito
Desvio sexual é um comportamento que se contrapõe às normas atuais da sociedade (legais,
morais, etc.) Às vezes definido em termos de normalidade estatística ou psicopatologia (ex:
hetero/homossexualismo egodistônico) Termos alternativos para desvio sexual menos
pejorativos: comportamento sexual das minorias, estigma sexual. Inclue: fetichismo,
sadomasoquismo, transvestismo e transexualismo (vide adiante) Incidência impossível de ser
determinada com exatidão (casos não são raros). Maioria não solicita ajuda para obter cura.
Transexuais solicitam ajuda para normalizar o desvio, através da cirurgia para mudança de
sexo. Outros desvios considerados como ofensas sexuais (encaminhados pela Justiça):
estupro, incesto, pedofilia, exibicionismo, voyeurismo. Desvio psicológico permanente de
identidade sexual, com rejeição do fenótipo, tendência à auto-mutilação e/ou auto-extermínio;
Torna-se problemático à medida em que ele se presta mais a enfraquecer do que a fortalecer o
vínculo sexual com o outro parceiro, chegando ao ponto de torná-lo totalmente redundante ou
dispensável, para efeito da obtenção do prazer sexual. Categorias principais de sinais ou
estímulos:
uma parte do corpo (seios, nádegas, pernas, etc.)
uma extensão inanimada do corpo (peça de roupa)
uma fonte específica de estímulo táctil (textura de um tipo particular de material tecido
emborrachado, couro, plástico negro brilhante, etc.) Raro em mulheres
Psicanalistas consideram-no invariavelmente associado ao complexo de castração (medo da
perda do pênis) Transvestismo e transexualismo.
Vestir roupa do sexo oposto: hábito universal, forma de diversão
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Diferentes tipos e Fatores determinantes
1. Transvestismo fetichista. Quase sempre é um homem que se veste com roupas
femininas (fetiches), levando-o à excitação sexual e, a seguir, ao orgasmo através da
masturbação. Constitue-se num ato sexual.
2. Transexualismo. Pode ser homem ou mulher que acredita pertencer ao sexo oposto,
ou que possui um forte desejo de ser aceito como tal, apesar de sua anatomia diferente.
No caso do transexual masculino, ele se veste como mulher, no intuito de expressar
sua preferência em ser mulher, e não para obtenção do prazer sexual. Busca ajuda
médica para alterar o seu corpo e adequá-lo ao gênero psicológico (oposto ao
biológico).
3. Transvestismo de duplo papel. Geralmente é um homem que se comporta, na maior
parte do tempo, como um heterossexual normal e, num dado momento, veste-se como
mulher. Ao contrário do transexual, não deseja mudar de sexo permanentemente; quer
manter ambas as opções.
4. Transvestismo associado ao homossexualismo. Pode ser homem ou mulher que se
sente atraído sexualmente por pessoa do mesmo sexo e que se veste com roupa do
sexo oposto, freqüentemente por objetivos cômicos ou teatrais.
Incidência: impossível determiná-la com precisão (muitos indivíduos vestem roupa do sexo
oposto, secretamente). Estimativas de pessoas desejando mudar de sexo (Pauly, 1974): 1 em
(homens); 1 em (mulheres) Estudo retrospectivo (Prince & Bentler, 1972) sobre início do uso
de roupa do sexo oposto: antes de 5 anos (14%); entre 5-10 anos (40%); dos anos (37%); após
18 anos (8%) Características de personalidade. Em geral não diferem das pessoas "normais".
Comportamento de transexuais masculinos mais exagerado do que o de transexuais
femininos. Relacionamento sexual. Alguns conseguem manter casamentos estáveis (possíveis
razões: vestir roupa do sexo oposto limitado no tempo, realizado secretamente, não
envolvendo tendências transexuais). Pesquisa de Prince & Bentler (1972): + de 3/4 dos
travestis foram casados e tiveram filhos; 2/3 ainda estavam casados.
Orientação sexual Questão intrigante: "Se um transexual masculino fizer sexo com um
outro homem, trata-se de uma relação homossexual ou tal fato está revelando a orientação
heterossexual do transexual em questão?" Em 42 transexuais, Bentler (1976) observou que:
1/3 se considerava homossexual antes da cirurgia, 1/3 hetero e 1/3 foram categorizados como
assexuados. Problemas de identidade de gênero Dificuldade em assumir o papel do gênero
natural, eventualmente, poderá encorajar a adoção do gênero alternativo (alívio das pressões
baseadas em estereótipos). Mudança de travesti para transexual Com o passar do tempo, o
transvestismo fetichista pode se converter em transexualismo.
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insatisfatória, antes da intervenção. Mudando-se de sexo, a vida irá melhorar (crença
relativamente comum).
A igreja, tanto a católica como outras linhas religiosas, possui muitas normas, ou melhor,
dogmas: os dogmas religiosos, os quais seus fiéis devem seguir obedientemente. Alguns
mandamentos da igreja: participar da missa inteira aos domingos e festas de guarda; confessar-se ao
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menos uma vez por ano (ou no máximo até um ano após ter consciência de pecado mortal);
comungar (nome dado ao ato pelo qual o fiel pode receber a sagrada hóstia sozinha, ou
acompanhada do vinho consagrado, especialmente nas celebrações de Primeira Eucaristia e
Crisma) ao menos pela Páscoa da Ressurreição; jejuar e abster-se de carne quando
manda a igreja (estão obrigados à lei da abstinência de carne ou derivados de carne aqueles
que tiverem completado quatorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum - uma só
refeição normal ao dia, e apenas mais dois pequenos lanches - os maiores de idade, desde os dezoito anos
completos até os sessenta anos começados); contribuir com o Dízimo segundo está escrito na
Bíblia Sagrada.
O Cristianismo inicial
A decadência do império romano foi um processo lento, complexo e sofrido, onde a higiene, a
ciência e a cultura greco-romana foram gradativamente substituídas pelos mitos, terrores e
costumes tribais dos gentios e as vigorosas culturas dos francos, normandos e godos, dentre
outros povos. O mundo pagão reagiu às investidas cristãs por meio de perseguições, mas a
nova religião foi progressivamente conquistando a adesão de um número cada vez maior
da população: patrícios começaram a agir de maneira bizarra em relação à filosofia romana,
baseada nos valores do poder, da riqueza e no abandono do indivíduo
aos próprios desejos, rendendo-se a uma filosofia assentada na humildade e na pobreza,
incompreensivelmente fascinados por uma fé que lhes negava o direito aos tão valorizados
prazeres sensuais. A conversão do Imperador Constantino, ao se aliar à Igreja cristã no ano de
323 d.C., por motivos tanto religiosos quanto políticos e económicos, incorpora à lei o ideal
cristão ascético (Socci, 1983). O exército que pretendia manter o império romano unido
contribuía para a sua ruína, a lei e os sistemas monetário e mercantil não estavam à altura da
tarefa e apenas o cristianismo encerrava alguma esperança de unificar a vasta e heterogénea
colecção de povos que compunham o império romano naquele momento histórico. (Tannahill,
1980). O cristianismo inicial se caracterizava por uma intensa repressão à sexualidade em
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todas as suas formas, com exaltação da virgindade para as mulheres tanto quanto da
castidade para os homens, teoricamente contra o padrão de dupla-moral, o que era
historicamente inédito. Relações sexuais eram permitidas apenas para a procriação e dentro do
casamento, investido de significado sacramental e simbólico, sendo a poligamia abolida. A
nova religião assumia como missão catalogar a instrução moral contida no Antigo e Novo
Testamentos. No entanto, no antigo Testamento não existe esse espaço reservado para a
normalização da sexualidade: o sexo é visto como um dos aspectos constitutivos do homem e
é dessa forma que aparece em diversas passagens bíblicas. Não se encontra nenhum
julgamento da natureza sexual humana ou a ideia de que a sexualidade seja de uma ordem
inferior à espiritualidade ou à intelectualidade. Na Sagrada Escritura, a sexualidade
aparece como algo bom e desejável aos olhos de Deus, sempre num contexto mais amplo e
relacionado a outros aspectos da vida humana. Segundo Araújo (1995), o que se observa é que
há uma interpretação dos ensinamentos à luz das posições filosóficas de então.
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Esta metáfora representava os céus e a terra a fazerem amor”. (O sexo no mundo oriental). Os
gregos e romanos surgem como bastante liberais. Em Pompeia existem gráficos e pinturas que
tratam das actividades sexuais, expressadas com mais naturalidade e menos inibição do que
hoje em dia. O falo (pénis), personificação do deus Facsinus, era venerado como símbolo da
fertilidade e da abundância. Esculpido em vários tamanhos e diversos materiais, esse símbolo
era excluso de qualquer conotação obscena, e encontrava-se tanto nas habitações particulares
como nos edifícios públicos. Os gregos são vistos como os mais liberais, pelo menos é a visão
que a maioria do Ocidente tem sobre este povo. “O sexo era natural, divino e sempre era
realizado como forma de adoração. Não era descriminado e o senso de pudor não existia
porque não havia o “não - divino” na sexualidade grega”. (Crowley e Ligvori, 2008) Esta
liberdade está associada a algo natural e não necessariamente libertino, pois consideravam “a
actividade sexual, tão profundamente ancorada na natureza e de maneira tão natural, não
poderia ser – e Rufos de Éfeso o lembrará – considerada má”. (Foucault, 2001).Os gregos
aceitavam a sexualidade sem uma imposição moralista, porém o prazer devia ser regrado,
como diz Aristóteles: “é preciso que a faculdade de desejar obedeça à razão como a criança
aos mandamentos de seu mestre”. (Foucault, 2001).
A liberação sexual produziu uma espécie de tirania, visto que definiu um padrão único de
erotismo. A sexualidade ficou padronizada. A ordem genital masculina é, portanto,
hegemónica. Os sexólogos e médicos a presentam a ejaculação, o orgasmo “visível”, como o
protótipo do prazer. A indústria farmacêutica, atenta às demandas do mercado, desenvolve
receitas e medicamentos que potencializam o orgasmo e garantem o melhor desempenho
sexual possível. O corpo torna-se máquina de gerar prazer.
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O catolicismo deixava clara sua preferência pela virgindade perpétua, mas reconhecendo a
dificuldade de segui-la, sacramentou o matrimónio. Os protestantes, por sua vez, pautavam
seu código moral na ideia de casamento, considerado o fundamento da Igreja. Eles não faziam
objecção ao sexo conjugal nem recomendavam a continência definitiva. O matrimónio,
projecto institucional de valor inestimável, nunca assumiu a conotação negativa própria dos
tratados católicos. Para o protestantismo, a virgindade não era o estado espiritual por
excelência, representava um estado provisório que antecedia ao casamento e preparava os
noivos para as bodas, cerimonia tão aguardada. Já que o casamento era tão prestigiado, o
adultério foi o pecado mais combatido e censurado pela Igreja protestante, diferentemente da
Igreja católica, que se preocupou mais com a masturbação. No século XIX, o cristianismo
continuava interferindo directa ou indirectamente nas relações amorosas e participando da
vida íntima do casal burguês. A Igreja cristã de modo geral tentou ajustar seus ideais ascéticos
às novas exigências sociais e às mudanças por que passava a sociedade vitoriana. Entretanto,
permaneceu disposta a enfrentar a sexualidade desmedida, inclusive no matrimónio. Segundo
Gay (2000), a postura eclesiástica em relação ao sexo era ambígua.
Atitudes sociais sobre sexualidade e género Atitudes sociais sobre sexualidade e género
também mudam com o tempo, como aconteceu com o seguinte:
Masturbação: antes amplamente considerada perversão e uma causa de
transtornos mentais são, há muito tempo reconhecidas pelos médicos como uma
actividade sexual normal ao longo da vida. Só é considerada anormal quando inibe
comportamento orientado para parceiro, é realizada em público ou é
suficientemente compulsiva para ocasionar desconforto.
Homossexualidade: a homossexualidade não é considerada um transtorno pela
American Psychiatric Association há> 4 décadas. Cerca de 4 a 5% da população se
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identifica exclusivamente como homossexuais por toda a vida; 2 a 5% adicionais
se identificam como bissexuais.
Promiscuidade: actividade sexual frequente com muitos parceiros, muitas vezes
envolvendo encontros anónimos ou de uma única vez, pode indicar diminuição da
capacidade de desenvolver intimidade emocional. No entanto, a promiscuidade por
si só não é um transtorno psicossexual.
Sexo extraconjugal: a maioria das culturas desestimula a sexualidade
extraconjugal, mas aceita relações sexuais pré-maritais ou não maritais. Nos EUA,
muitas pessoas têm relações sexuais antes do casamento ou sem casamento como
parte da tendência de maior liberdade sexual nos países desenvolvidos.
Identidade de género: identidade de género é a sensação subjectiva de saber a
qual género uma pessoa pertence. Há um reconhecimento cultural cada vez maior de que
algumas pessoas não se encaixam-nem necessariamente querem se encaixar na
tradicional dicotomia masculino e feminino.
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A religião e a sexualidade em Moçambique
A Igreja Católica, enquanto instituição e religião oficial do Estado português chegou ao
Moçambique desde o colonialismo Português. Actuou como co-responsável, junto ao Estado,
da tarefa de organizar a colonização em Moçambique. “À frente do projecto de expansão do
luso-cristianismo estavam os monarcas portugueses, aos quais, desde meados do século XV,
os papas haviam concedido odireito do padroado. Em virtude desse direito, a Santa Sé
confiava aos reis de Portugal amissão de evangelizar as novas terras, estabelecendo nelas a
instituição eclesiástica (...).Explorador e colonizador, o português considerava-se ao mesmo
tempo homem de fé.Tratavase, porém, de uma fé perpassada pelo espírito da cruzada,
segundo o qual a cruze a espada deveriam caminhar juntas na expansão do reino de Deus.”
(Azzi, 2001).O poder estabelecido, no período colonial, promoveu um modelo de
catolicismo,conhecido como cristandade. Nele, a Igreja era uma instituição subordinada ao
Estado ea religião oficial funcionava como instrumento de dominação social, política e
cultural. A religião teve, sem dúvidas, uma influência na moralidade sexual Moçambicana.
Nesses tempos coloniais a Igreja considerava a sexualidade matéria de sua alçada,elevando à
categoria do sagrado o sexo conjugal voltado para procriação e lançandotudo o mais no
domínio diabólico.Já os primeiros padres jesuítas que chegam à colónia discutem a questão da
nudez indígena, por exemplo, como algo pecaminoso, pois “os portugueses, quando
chegaramem Moçambique, ficaram horrorizados ao ver os índios nus e ao constatar como eles
lidavam com a sexualidade. A expressão utilizada traduz bem o impacto: „devassos
no paraíso‟”. (Ceccarelli, 2007).A situação já desde o início era preocupante de forma que
Manuel da Nóbrega, um dos primeiros em missão jesuítica em Moçambique recém-
descoberto, “suplicou ao rei que mandasse imediatamente mulheres brancas para colocar os
portugueses frente a frentecom o sacramento do matrimónio. E tamanha era a urgência que
aceitaria até mulheres de má reputação” (Vainfas,1998)A partir de uma visão medieval de
mundo a igreja impôs em Moçambique uma moralsexual de condenação aos costumes nativos
e procura impor um comportamento rígidode limitação à sexualidade.
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CONCLUSÃO
Chegando o fim do trabalho, constatei que, a sexualidade, portanto, sempre exerceu fascínio
sobre o cristianismo, que não cansou de comentá-la, discuti-la, normalizá-la, proibi-la e
excitá-la. A Igreja cristã, mais especificamente a Igreja católica, produziutratados com o
propósito de convencer as mulheres a evitar o casamento e dedicar-se àcastidade bem como
redigiu documentos destinados a ensinar os monges a proteger-sedos desejos que ameaçavam
a santidade da alma. Nos primeiros séculos da era cristã, o clero católico procurou combater o
matrimónio,instituição laica e privada, recorrente entre os membros da aristocracia romana.
Diantede sua permanência, a Igreja promoveu, com certa reticência, a sacramentalização
docasamento, autorizando-se, desse modo, a penetrar no quarto do casal, vasculhar
suaintimidade e estabelecer os limites entre o permitido e o proibido no âmbito dasexualidade.
Homens que, em tese, se privavam de viver a própria sexualidade ficaramresponsáveis por
orientar a vida sexual de fiéis que não sabiam o que fazer com os próprios desejos e temiam
suas manifestações.
Abrindo-se com este, espaços para que jovens pudessem debater os tabus
e preconceitos, a sexualidade em geral, ampliando seus conhecimentos sobre a vidasexual e
sobre a própria sexualidade a partir de uma perspectiva histórica, passando a ter uma visão
mais crítica e contextualizada do assunto.
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BIBLIOGRAFIAS
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2001.
Souza, Laura de Mello. O Diabo e a Terra de Santa Cruz. Ed. Companhia das Letras,1986.
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