Propriedade Intelectual Na Era Digital
Propriedade Intelectual Na Era Digital
Propriedade Intelectual Na Era Digital
PROPRIEDADE INTELECTUAL NA
ERA DIGITAL
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SUMÁRIO
Para a plena compreensão do assunto a ser discorrido neste texto, devem ser
delineados o conceito de Internet e a sua problemática. A conceituação - desde a
utilização do ábaco até a evolução aos cálculos binários e o uso de tais informações
na Guerra Fria -, a criação de protocolos virtuais e a abordagem crítica real, entre
computadores localizados em qualquer lugar do mundo. Atualmente, com o advento
dos smartphones e dos tablets, expandiu-se exponencialmente a possibilidade de
acesso à informação, ao entretenimento e ao conhecimento.
A Internet surgiu a partir da necessidade militar americana, durante a Guerra
Fria (1947 – 1991), porque temiam um ataque russo às bases militares de
inteligência. Para evitar tal ataque, foi idealizado um modelo de projeto de troca e
compartilhamento de informações que permitisse a descentralização para mais de
um local sem o comprometimento da segurança delas.
Desta necessidade, emergi u a ARPANET (Advanced Research and Projects
Agency - Agência de Pesquisas em Projetos Avançados), que tinha como objetivo
conectar as bases militares e os departamentos de pesquisa do governo americano,
criando, assim, uma teia de conexões (Web).
Essa tecnologia chegou ao Brasil no final da década de 80, ficando,
inicialmente, restrita a universidades e centros de pesquisas, até que a Norma
n.004/955 autorizou as empresas denominadas Provedores de Serviços de Conexão
à Internet (PSCI) a comercializar o acesso à Internet.
Nas palavras de Antônio Lago Júnior: A Internet, portanto, nada mais é do
que um a grande rede mundial de computadores, na qual pessoas de diversas
partes do mundo, com hábitos e culturas diferentes, se comunicam e trocam
informações. Ou, em uma só frase, é a mais nova e maravilhosa forma de
comunicação existente entre os homens.
Tendo-se explanado sobre o histórico dos computadores e da Internet, cabe
agora dar seguimento ao assunto.
A (R)EVOLUÇÃO DA REDE
DIREITO DIGITAL
O ELEMENTO TEMPO
O ELEMENTO TERRITÓRIO
ABORDAGEM CRÍTICA
ANONIMATO NA REDE
PISHING MAIL
SPEAR PISHING
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O Spear Pishing, por sua vez, assemelha-se a uma pesca com arpão, onde o
alvo a ser atingido é altamente focalizado. Este ataque exige uma etapa minuciosa
de pesquisa por parte dos atacantes. O processo é lento e exige muita paciência,
por vezes restando infrutífero o ataque. Geralmente os ataques são focados em
empresas, ou setores destas, e funciona dada a incapacidade humana de avaliar
corretamente a sensibilidade de uma informação. Quando enviada para poucas
pessoas, os efeitos de uma mensagem desse tipo são frágeis, mas quando
mandada em massa para um grupo específico, pode o atacante conseguir
informações suficientes para assimilar a identidade de alguém mais influente na
empresa.
IPISHING
VISHING SCAM
MENSAGEIROS INSTANTÂNEOS
RESPONSABILIDADE CIVIL
DIREITOS AUTORAIS
Com o advento da Internet, a cada dia torna-se mais fácil obter informação
por meio da web. Há uma grande difusão de textos e obras, o que nos mostra ser
necessário haver uma legislação sobre isso, em prol dos direitos autorais.
Com toda essa gama de possibilidades de se encontrar informações na
Internet, o conceito de propriedade intelectual vem se perdendo, dando a ideia de
que tudo o que se encontra na rede é de domínio público e que pode ser utilizado à
vontade.
O artigo 7º da Lei nº9.610/1998, dos Direitos Autorais, exemplifica, sem
limitar, obras intelectuais protegidas: Art. 7º São obras intelectuais protegidas as
criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte,
tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:
l. Os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;
ll. - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza;
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lll. - As obras dramáticas e dramático -musicais;
lV. - As obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por
escrito ou por outra qualquer forma;
V. - as composições musicais, tenham ou não letra;
Vl.- as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas;
Vll. - As obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo
análogo ao da fotografia;
Vlll. - As obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte
cinética;
lX- as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da m esma natureza;
X- Os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia,
engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;
Xl. As adaptações, traduções e outras transformações de obras originais,
apresentadas como criação intelectual nova;
Xll- os programas de computador;
Xlll- as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários,
bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de
seu conteúdo, constituam uma criação intelectual.
E o artigo 11, desta mesma lei, conceitua autor: “Art. 11. Autor é a pessoa
física criadora de obra literária, artística ou científica”
A relação de criação entre o autor e sua obra implica que haja um vínculo
natural de propriedade entre ambos. Neste sentido, o filósofo John Locke afirma: O
trabalho dos seus braços e a obra das suas mãos, pode-se afirmar, são
propriamente dele. Seja o que for que ele retire da natureza no estado em que lho
forneceu e no qual o deixou, mistura -se e superpõe-se ao próprio trabalho,
acrescentando-lhe algo que pertence ao homem e, por isso mesmo, tornando-se
propriedade dele.
Em relação a este assunto, Felipe Octaviano Delgado Busnello, em seu
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção
do título de bacharel em Direito, na Pontifícia Universidade Católica do RS, classifica
os direitos de autor entre morais e patrimoniais: Segundo como a doutrina classifica
[...] os direitos de autor podem ser divididos entre morais e patrimoniais. Os
primeiros dizem respeito às garantias que são asseguradas ao autor em decorrência
da autoria e seu vínculo pessoal com a obra, proveniente do ato de criação e
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consequente expressão de sua própria personalidade; e os últimos decorrem de um
a concessão outorgada pela sociedade para incentivar a produção intelectual,
garantindo ao autor, ou a outro detentor destes direitos, a exploração exclusiva da
obra dentro de determinados limites.
E neste sentido, diferencia-os: Os direitos m orais do autor, ao contrário dos
patrimoniais, podem unicamente pertencer ao autor, e não são passíveis de ser
abdicados ou cedidos. Isso ocorre porque estão ligados diretamente à autoria, e não
especificam ente à obra, e dizem respeito à honra do autor, como tal. Além da
peculiaridade de serem inalienáveis, e de certa forma ligado a isto, o rol que elenca
os direitos morais do autor é taxativo. Se de outra maneira fosse, e qualquer direito
pudesse ser reivindicado e alienado, se agravaria muito a situação dos utentes da
obra.
Seguindo a explanação, Busnello entra na questão econômica da exploração
da obra, que é uma das chaves da problemática da disponibilização de material na
Internet:
Os direitos patrimoniais do autor se referem à faculdade de exploração
econômica da obra. Eles decorrem do vínculo de autoria, mas podem, ao contrário
dos direitos morais, ser abdicados ou cedidos a terceiros. Também diferentemente
dos direitos morais, os patrimoniais não possuem rol taxativo, e podem se tratar de
qualquer uso da obra, nos limites legais.
Por reputar-se bem in se a obra de propriedade intelectual – independente do
meio físico em que está inserido, que contém mero exemplar – a sua aquisição não
transmite ao adquirente os direitos do autor. Tal ato não transmite ao adquirente
nenhum a prerrogativa do autor, moral ou patrimonial, além do direito de uso. É
importante salientar, portanto, que a compra ou qualquer outra forma de aquisição
de exemplar de obra intelectual não implica transmissão dos direitos referentes a
ela.
Assim, analisou-se a questão de que a aquisição de exemplar de obra
intelectual não transmite os seus direitos, ou seja, a autoria da obra permanece
sendo do autor, e não de quem lhe adquire um exemplar.
Deve-se atentar, ainda, para o fato de que o material, mesmo quando
disponibilizado on-line e não tendo onerosidade para quem o consulta, não perde a
sua proteção, não podendo, então, ser utilizado sem prévia autorização.
O problema é que a atual legislação referente aos Direitos Autorais torna
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qualquer pessoa em potencialmente criminosa. Nas palavras de Alexandre
Atheniense: Existe uma contradição entre a tecnologia e a experiência do cidadão. A
legislação não permite copiar a música de um CD comprado para um tocador de
MP3.
[...] Compartilho da opinião da linha acadêmica que defende que o Direito
Autoral não regulamenta uma propriedade tradicional, pois é composto por bens
não-rivais. Ou seja, ao contrário da propriedade material, tradicional, o uso pessoal
do autor, usufruto ou gozo, não exclui o direito ao uso de terceiros. O uso contínuo
do bem não o diminui e não o desgasta no decorrer de um lapso de tempo.
Portanto, Direitos Autorais devem ser tratados de forma diferente da
propriedade material tradicional. Não há como se admitir a alegação de roubo de um
bem imaterial com o um a música que é baixada pela Internet. Este ato poderá
implicar eventualmente apenas em utilização sem autorização. Nestes casos, o
roubo ou furto implica necessariamente na subtração de algum objeto tangível que
pertence a um terceiro.
Assim, percebe-se, mais uma vez, que a simples adaptação da legislação
existente aos casos que ocorrem na Internet não está de acordo com o nosso
desenvolvimento. O Direito deve andar ao passo da sociedade e da tecnologia, e
não correndo atrás, o que ocorre atualmente com o Direito Brasileiro em relação à
informática.
No Brasil, a proteção dos direitos autorais já é uma tradição. Ela foi instituída
na época do Império, em virtude da preocupação dos legisladores em fixar regras
para essa questão, ainda que de forma bem mais simples se comparada à
legislação atual.
Assim, com o passar dos anos e por conta das mudanças sociais, surgiu a
necessidade da legislação ser modernizada e adaptada às regras internacionais
sobre direitos autorais.
Atualmente, os direitos autorais são regulados e protegidos pela Constituição
Federal, conforme as Leis 9.609 e 9.610, ambas datadas de 19 de fevereiro de
1998. A Lei 9.609 dispõe sobre a propriedade intelectual de programas de
computadores, enquanto a Lei 9.610 regula os direitos do autor e daqueles que lhe
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são conexos. Além delas, existem os decretos que ratificam a participação brasileira
em tratados internacionais sobre esse tema. Nesse sentido, é possível afirmar que,
no Brasil, a questão dos direitos autorais está adequadamente regulamentada.
Fotocópia de obras