História Da Psicologia - Resumo NP2

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Modernidade – Iluminismo

Donatien-Alphonse-François Sade – Marquês de Sade


- Fim da possibilidade de fundamentar a moral apoiando-se na fé
- Século XVIII é conhecido com o século das luzes, em que a razão se estendeu para todo e
qualquer objeto, sem coerção moral ou religiosa.

- O amor não é necessário e a fantasia é o principal na obtenção do prazer.


- A fantasia é a natureza de cada um e quando se realiza, obtêm-se o gozo.

- Sade diz que se saíssemos por aí mostrando nossos desejos, seríamos presos ou mortos, o que
seria uma estupidez.
- Ele prega uma hipocrisia social, deve haver um lugar preservado para o crime.

- O pensamento de Sade é amoral, pois não enxerga um critério absoluto de moral.


- Depois dele, a moral passou a ser fundamentada em valores propriamente ligados à
convivência humana.
- A busca do bem passa a ser a busca do bem para si e toma a forma de busca pelo prazer.

- É o nascimento do individualismo e a valorização absoluta do eu.

- Monzani (que cita Sade) diz que o homem não é o dono do desejo, mas atravessado por este.

- O homem privilegia ele mesmo e não a sociedade em que vive.

O homem sempre buscou o bem para si:


“O homem da modernidade é dominado por ser desejo”.
O bem na idade média eram os ideais religiosos, únicos para todos.
Com a perda dos valores religiosos, a busca pelo bem perde seu objeto absoluto e passa ser a
procura de um bem para si, que toma a forma de busca pelo prazer.

Esta seria uma outra via para entender o nascimento do individualismo e da valorização
absoluta do ‘eu’. E por essa via, afirma-se uma constante inquietude no homem, que o faz
buscar satisfação nos objetos mais variados indefinidamente.

O Romantismo diz a Sade que não é bem assim, não é só o prazer, é a natureza na sua essência.
Uma contraposição à moralidade do Marquês de Sade.

- O Romantismo realiza uma forte crítica à racionalidade, sem escapar ao campo da


Modernidade.
- A figura de um eu profundo, interior e puro, aquém da corrupção da influência do meio e a
crença em uma individualidade absoluta acaba por se mostrar um modo a mais de afirmar um
sujeito como fundamento.
Wilhelm Wundt
- Wundt é anterior a Freud. 20 anos depois chega o Freud.
- Fundador da Psicologia cientifica.
- A data para essa fundação é 1879, quando ele inaugurou o Laboratório de Leipzig.
- A importância desse laboratório foi o fato de ele ter se transformado no primeiro centro
internacional de formação de psicólogos.
- Os primeiros formandos em psicologia saíram dessa organização.
- Wundt orientou e treinou toda uma geração de psicólogos experimentais das mais diversas
nacionalidades, que voltavam aos seus países de origem e fundavam novos laboratórios com
base no laboratório de Leipzig.

- Começa-se a pensar em uma ciência separada das demais. Era uma ciência experimental, não
analisava o subconsciente.
- A psicologia não era terapia, era um estudo, um experimento.

- A psicologia de Wundt recorreu aos métodos experimentais das ciências naturais,


particularmente as técnicas usadas pelos fisiologistas.

- A idéia dele era inaugurar uma ciência do “eu”, ou seja, a mente humana. Levou adiante o
conhecimento do eu.
- O objeto de estudo da psicologia de Wundt era, em uma palavra, a consciência.
- Utilizou a ciência para determinar o processo da ciência do conhecimento.
- A base era fisiológica, a consciência. Não inclui sonho, pensamento, só o que está aqui, agora.
- É a percepção individual, começa a falar em subjetividade.
- Subjetividade: cada um tem uma percepção. Ainda assim é fisiológico, o que o individuo sente,
toca, vê.

- Sua concepção da consciência: inclui muitas partes ou características distintas e pode ser
estudada pelo método da análise.
Wundt escreveu: O primeiro passo na investigação de um fato tem de ser, por conseguinte,
uma descrição dos elementos individuais, em que ele consiste.

Devido à capacidade auto-organizadora da mente ou consciência, Wundt denominava seu


sistema voluntarismo, deriva de volição, definido como ato ou capacidade de desejar.

Voluntarismo: é um termo que se refere ao poder que a vontade tem de organizar os


conteúdos da mente em processos de pensamento de nível superior.

A Natureza da Experiência Consciente


Segundo Wundt, os psicólogos deveriam se ocupar do estudo da experiência imediata e não da
mediata.

Experiência mediata: Fornece informações ou conhecimentos sobre coisas que não os


elementos da experiência em si.

A experiência mediata é a maneira usual que empregamos para adquirir conhecimento do


nosso mundo. Por exemplo:
Quando olhamos uma flor e dizemos: “A flor é vermelha”, essa afirmação implica que o nosso
interesse primordial é a flor, e não o fato de passarmos pela experiência do vermelho.

A experiência imediata de olhar para a flor, contudo, não está no objeto em si, mas na
experiência de uma coisa vermelha.

Assim, para Wundt, a experiência imediata não sofre o viés de interpretações, como descrever
a experiência da cor vermelha em termos do próprio objeto – a flor.

Exemplo: A experiência mediata é a coisa propriamente dita.


A experiência imediata é o que o qualifica, o aprofundamento.

Quando descrevemos nossa sensação de desconforto por causa de uma dor de dente,
relatamos a nossa experiência imediata.
Entretanto, se simplesmente disséssemos: “Estou com dor de dente, estaríamos voltados para a
experiência mediata.

Para Wundt, são as experiências básicas (como a experiência do vermelho) que formam os
estados de consciência ou os elementos mentais que a mente então organiza ativamente ou
sintetiza.

Experiência mediata e imediata:

Experiência mediata oferece informação sobre qualquer coisa, exceto sobre os elementos dessa
experiência.
A experiência imediata é equilibrada pela interpretação.

Para Wundt, a experiência mediata é a experiência que temos indiretamente, ou seja, por meio
de algum tipo de mediação. Por exemplo, quando olhamos para uma fotografia, estamos tendo
uma experiência mediata daquela cena, pois estamos vendo uma imagem daquilo que foi
registrado em outro momento e lugar. Da mesma forma, quando lemos sobre um evento que
aconteceu em outro país, estamos tendo uma experiência mediata daquele evento, pois
estamos recebendo informações sobre ele por meio de uma fonte externa.
Já a experiência imediata, para Wundt, é a experiência direta que temos do mundo ao nosso
redor, por meio dos nossos sentidos. Por exemplo, quando tocamos em um objeto, estamos tendo
uma experiência imediata da sua textura, temperatura e outras características sensoriais. Da mesma
forma, quando vemos uma paisagem ao nosso redor, estamos tendo uma experiência imediata
daquela cena, pois estamos percebendo-a diretamente pelos nossos olhos.

Assim, a diferença fundamental entre a experiência mediata e imediata para Wundt é que a primeira
é uma experiência indireta, por meio de algum tipo de mediação, enquanto a segunda é uma
experiência direta, por meio dos nossos sentidos. Wundt considerava que a experiência imediata era
mais importante para a psicologia, pois é a partir dela que podemos estudar a percepção, a sensação
e outros aspetos fundamentais da nossa experiência consciente.

O método de Estudo: Introspecção

Como a psicologia de Wundt é a ciência da experiência consciente, o método psicológico deve


envolver a observação dessa experiência.
Só a pessoa que tem essa experiência pode observá-la, razão porque o método deve envolver a
introspecção – o exame do próprio estado mental.
Isto é, analisar seus estados mentais tendo consciência deles.

Wundt a denominava percepção interior, o uso da introspecção não foi inventado por Wundt,
ele remonta a Sócrates.

O emprego da introspecção na psicologia veio da física, onde o método tinha sido utilizado para
estudar a luz e o som, e da fisiologia, em que fora aplicado ao estudo dos órgãos dos sentidos.

Para obter informações sobre a operação desses órgãos, o investigador aplicava um estímulo a
um deles e pedia ao sujeito que relatasse a sensação produzida.
Sensação aqui entendida como olfato, tato, audição, visão, memórias.

Quando se diz “estou com fome”, está se fazendo introspecção relatando uma observação que
se fez da própria condição interior.

Individualiza o sentimento.

Para Wundt, o problema da psicologia era tríplice:


1) Analisar os processos conscientes até chegar aos seus elementos básicos;
2) Descobrir como esses elementos são sintetizados ou organizados;
3) Determinar as leis de conexão que governam a sua organização.

Wundt considerava as sensações uma das duas formas elementares da experiência.


Ele classificou as sensações de acordo com a modalidade de sentido envolvida (visão, audição,
etc.), com a intensidade e com a duração.
Ele considerava a mente e o corpo sistemas paralelos mas não interatuantes. Como a mente
não depende do corpo, é possível estuda-la eficazmente em si mesma.
Os sentimentos são a outra forma elementar da experiência.

Wundt afirmou que as sensações e os sentimentos são aspectos simultâneos da experiência


imediata.

Os sentimentos são os complementos subjetivos das sensações, mas não surgem diretamente
de um órgão dos sentidos.
As sensações são acompanhadas por certas qualidades de sentimento e, quando se
combinam para formar um estado mais complexo, geram uma qualidade de sentimento.

Wundt desenvolveu uma teoria tridimensional, são 3 dimensões independentes do sentimento:


- prazer / desprazer;
- tensão / relaxamento;
- excitação / depressão.

Todo sentimento pode ser localizado em algum ponto dessas 3 dimensões.

Wundt postulou a doutrina da apercepção para explicar nossas experiências conscientes


unificadas.
Designou o processo real de organização dos vários elementos numa unidade como o princípio
da síntese criativa ou a lei das resultantes psíquicas.

A combinação de elementos cria novas propriedades. “Toda combinação psíquica tem


características que não são de modo algum a mera soma das características dos seus
elementos”.

A partir da síntese dos componentes elementares da experiência é criado algo de novo. O


todo é distinto da soma de suas partes.

Apercepção:

A doutrina da apercepção de Wundt é uma teoria psicológica que se concentra no papel da


atenção e da consciência na percepção e na cognição. Segundo Wundt, a apercepção é o
processo de tomar consciência de um objeto ou evento, integrando informações sensoriais e
experiências anteriores em um todo coeso e significativo.

Para Wundt, a apercepção envolve três componentes principais: a clareza, a distinção e a


ordem. A clareza se refere à qualidade da percepção, ou seja, o quão vívida e nítida é a
experiência consciente. A distinção se refere à capacidade de distinguir um objeto ou evento de
outros, ou seja, a capacidade de perceber as diferenças entre estímulos semelhantes. A ordem
se refere à organização temporal e espacial das informações sensoriais, ou seja, a capacidade de
perceber a sequência e a relação espacial dos eventos que ocorrem ao nosso redor.

Wundt também defendia que a atenção é um componente fundamental da apercepção, pois é o


que nos permite selecionar e concentrar nossos recursos mentais em um estímulo ou conjunto
de estímulos específicos. Ele acreditava que a atenção seletiva era um processo controlado, que
envolve a supressão de informações irrelevantes e a amplificação de informações importantes
para a realização de uma tarefa específica.

Assim, a doutrina da apercepção de Wundt é uma teoria que enfatiza o papel da atenção e da
consciência na percepção e na cognição, e que busca explicar como os processos mentais se
organizam para formar uma experiência consciente coerente e significativa.

Os Tópicos de Pesquisa do Laboratório de Leipzig

Wundt definiu os problemas da psicologia experimental nos primeiros anos do laboratório de


Leipzig.
As extensas pesquisas ali realizadas demonstraram ser possível uma ciência psicológica com
base experimental. Isso constituiu os alicerces da nova ciência.

Wundt acreditava que a psicologia deveria dedicar-se de início a problemas de pesquisa já


investigados e reduzidos a alguma espécie de forma empírica e quantitativa.
De modo geral, ele não se ocupou de novas áreas de pesquisas, estando voltado para a
ampliação e o desenvolvimento formal das pesquisas em andamento.

A primeira série de estudos envolveu os aspectos psicológicos e fisiológicos da visão e da


audição, e, até certo ponto, dos chamados sentidos inferiores.

Problemas típicos investigados na área da sensação e da percepção visual incluíam a psicofísica


da cor, o contraste de cores, a visão periférica, as pós-imagens negativas, o contraste visual, o
daltonismo, a dimensão visual e as ilusões de óptica.

Métodos psicofísicos para pesquisar sensações auditivas.


Estudaram sensações táteis e o sentido do tempo ( a percepção ou estimativa de intervalos de
tempo de extensões variáveis).
Ou seja, base fisiológica.

O ato de estabelecer o primeiro laboratório de psicologia exigia uma pessoa bem versada na
fisiologia e na filosofia contemporâneas e capaz de combinar essas disciplinas de maneira
efetiva.
Para realizar seu objetivo de estabelecimento de uma nova ciência, Wundt teve de rejeitar o
passado não cientifico e cortar os vínculos intelectuais entre a nova psicologia cientifica e a
velha filosofia mental.

Ao postular que o objeto de estudo da psicologia era a experiência consciente e que a


psicologia era uma ciência baseada na experiência, Wundt pode evitar discussões sobre a
natureza da alma imortal e seu relacionamento com o corpo mortal. Ele disse simples e
enfaticamente que a psicologia não tratava desse assunto. Essa afirmação foi um grande passo à
frente.
Ele fundou um novo domínio da ciência, como anunciara que faria, e fez pesquisas num
laboratório projetado exclusivamente para esse fim.

Publicou os resultados em sua própria revista e tentou desenvolver uma teoria sistemática da
mente humana.

Wundt forneceu à psicologia todos os apetrechos de uma ciência moderna. A época, é claro,
estava pronta para o movimento wundtiano, que foi o resultado natural do desenvolvimento
das ciências fisiológicas (Psicologia Consciente), particularmente nas universidades alemãs.

Qual o objetivo de Wundt em criar o Laboratório de Leipzig?

O objetivo de Wundt em criar o Laboratório de Leipzig foi desenvolver uma nova disciplina
científica: a psicologia experimental. Na época em que Wundt fundou o laboratório em 1879, a
psicologia ainda era considerada uma subárea da filosofia e não havia uma abordagem
experimental sistemática para estudar os processos mentais.
Wundt acreditava que a psicologia precisava ser tratada como uma ciência natural, e que era
necessário investigar os processos mentais de forma objetiva e sistemática, através de
experimentos e observações rigorosas. Ele também defendia a ideia de que a psicologia deveria
ser estudada como uma ciência independente, e não como um ramo da filosofia.

Com o Laboratório de Leipzig, Wundt criou um ambiente dedicado à pesquisa experimental em


psicologia, que incluía equipamentos e técnicas específicas para o estudo da percepção,
atenção, memória e outras funções mentais. Ele treinou uma série de alunos em sua
abordagem experimental e ajudou a estabelecer a psicologia experimental como uma disciplina
respeitada e autônoma.

Assim, o objetivo principal de Wundt em criar o Laboratório de Leipzig foi estabelecer a


psicologia como uma disciplina científica e sistemática, com base em uma abordagem
experimental rigorosa e objetiva. O trabalho de Wundt e seus colaboradores no laboratório foi
fundamental para o desenvolvimento da psicologia moderna, e sua influência ainda é sentida
até hoje

O rápido declínio da psicologia wundtiana entre as guerras mundiais foi impressionante.


Praticamente desapareceu da língua inglesa e também no mundo germânico.
Surgiram a Gestalt na Alemanha, a psicanálise na Áustria, e nos EUA, o funcionalismo e o
comportamentalismo.

TICHENER
A mente humana é formada por estruturas.

Wilhelm Wundt reconhecia elementos ou conteúdos da consciência, mas a sua atenção se


concentrava primordialmente na organização ou síntese desses elementos em processos
cognitivos de nível superior mediante o princípio da apercepção. Quando você olha para um
objeto, você não olha as partes separadas, mas o objeto inteiro.

Tichener descartou a ênfase wundtiana na apercepção e se concentrou nos elementos que


compõem a estrutura da consciência. Para ele, o importante era entender as partes separadas
do objeto, assim você compreende o todo.
Segundo Tichener, a tarefa fundamental da psicologia é descobrir a natureza dessas
experiências conscientes elementares – ou seja, analisar a consciência em suas partes
separadas e, assim determinar sua estrutura.

O estruturalismo foi estabelecido como a primeira escola americana de pensamento no campo


da psicologia.

Tichener iniciou o que hoje se conhece por psicologia comportamental. Ainda é psicologia
experimental.

De acordo com a somatória das minhas experiências, está a minha visão percepção do
mundo.

A ideia não é curar os problemas mentais, mas descobrir como a mente funciona, através da
psicologia experimental.

O Sistema de Psicologia de Tichener

De acordo com Tichener (também para Wundt), o objeto de psicologia é a experiência


consciente.
Todas as ciências compartilham desse objeto – uma parcela do mundo da experiência humana -,
mas cada qual se ocupa de um aspecto diferente.

O objeto de estudo da psicologia é a experiência enquanto dependente das pessoas que


passam por ela. (Ambiente altera).
Esse tipo de experiência difere da estudada pelos cientistas de outros campos.
Por exemplo, a luz e o som são estudados por físicos e psicólogos. Os físicos veem esses
fenômenos da perspectiva dos processos físicos envolvidos, os psicólogos os veem em termos
do modo como são vivenciados pelo observador humano.
Outras ciências são independentes das pessoas que passam pela experiência. A temperatura de
uma sala pode ser 35 C haja ou não alguém para senti-la. Contudo há observadores na sala que
relatam que o calor os incomoda, essa sensação é vivenciada por essas pessoas e depende
delas.
Essa experiência é que é o objeto de estudo da psicologia.

Para Wundt é uma coisa só, para TIchener é uma estrutura que chega a uma conclusão.

Diferenças entre Tichener e Wundt:

WUNDT

O objeto de estudo da psicologia de Wundt é a consciência. Wundt não acreditava que os


elementos da consciência são entidades estáticas, mas sim unidades ativas na organização do
seu próprio conteúdo. Seu sistema de estudo da mente se refere ao poder que a vontade tem
de organizar os conteúdos mentais em seus processos de pensamento mais complexos.

Segundo Wundt, os psicólogos deveriam preferencialmente estudar a experiência imediata,


pois a mesma descreve experiências primarias, elementos componentes simples do
consciente.

Seu método de estudo era a introspecção quantitativa, ou seja, a busca de relatos conscientes
do sujeito com relação ao tamanho, intensidade e duração de estímulos físicos a que eram
submetidos.

Wundt acreditava que as sensações e os sentimentos são as duas formas elementares da


experiencia, por serem elementos simultâneos da experiência imediata e possuírem
qualidade e intensidade.

O autor considera que a mente e o corpo são sistemas paralelos, porém sem interferência
mútua e que por isso era possível estudar a mente de forma eficaz, separadamente.

TICHENER
O fundador do Estruturalismos acreditava que o objeto de estudo da psicologia se centra nos
elementos que compõem a estrutura da consciência, não dando muita ênfase a sua
associação, tal qual fazia Wundt.

Segundo Tichener, a principal tarefa da Psicologia é descobrir a origem das experiências


conscientes elementares, ou seja, estudar as partes que fazem parte da consciência para
assim determinar sua estrutura (Contrário ao Wundt).

Tichener modificou o método instrospectivo de Wundt, tornando-o mais similar ao de Külpe,


um método introspectivo qualitativo.

De acordo com Tichener, o objeto da Psicologia é a experiência consciente.


Tichener define:
Consciência: soma das experiências vividas num determinado momento
Mente: soma de experiências acumuladas ao longo da vida.

Mente e consciência são realidades semelhantes, mas enquanto a consciência envolve


processos mentais que ocorrem em determinado momento, a mente envolve o acumulo total
desses processos.

No laboratório, entretanto, essa prática tinha de ser desaprendida mediante um treinamento


intensivo. Tichener adotou o rótulo de Külpe, introspecção experimental sistemática. Ele usava
relatos detalhados, qualitativos e subjetivos das atividades mentais do sujeito durante o ato de
instrospecção.

Um experimento é uma observação que pode ser repetida, isolada e variada. Quanto maior a
frequência com que se pode repetir uma observação, tanto mais provável é ver claramente o
que ela é e descrever com precisão o que viu.

Tichener separa a percepção em estruturas, é mais profundo, tem a visão, a audição, a sensação
e a experiência que muda conforme o tempo. Cada percepção é uma estrutura do pensamento.
A experiência muda ao longo da vida.

Tichener enfatizava as partes, enquanto Wundt destacava o todo.

TIchener propôs três estados elementares de consciência:


1) Sensações: elementos básicos da percepção e ocorrem nos sons, nas visões, nos cheiros
e em outras experiências evocadas por elementos físicos do ambiente.
2) Imagens: elementos de ideias e remetem a experiências não necessariamente presentes
no momento, assim como a lembrança de uma experiência passada.
3) Sentimentos: elementos da emoção, presentes em experiências como o amor, o ódio ou
a tristeza.
Para Tichener, as finalidades da Psicologia seriam reduzir os processos conscientes nos seus
elementos mais primários, determinar as leis mediante as quais esses elementos se associam
e ligar esses elementos às suas condições fisiológicas. Logo os objetivos da Psicologia
convergem com os das ciências naturais.

Só diferem do Wundt por ter separado em estruturas, mas continua sendo fisiológico. Tichener
traz mais informação, se aprofunda mais.

A psicologia estrutural de Tichener é uma ciência pura.

Ele alegava que a psicologia tem de estudar e chegar a compreender a mente humana
generalizada, não as mentes individuais e, certamente, não as diferenças individuais entre as
mentes.

Sua psicologia, portanto, não tem preocupações pragmáticas ou utilitárias.

A psicologia, segundo ele, não se ocupa da questão da cura de “mentes enfermas”, nem da
reforma de indivíduos ou da sociedade. Seu único propósito legítimo é descobrir os fatos ou a
estrutura da mente.

A doença mental era tratada pelos médicos. TIchener estava ainda na psicologia experimental.

Wundt TIchener
Objeto da psicologia é a experiência consciente igual
Estuda a experiência imediata
Método é a introspecção quantitativa Método é a introspecção qualitativa
Analisa o todo, o resultado final Analisa separa a percepção em estruturas
2 estados elementares: Sensação e sentimento 3 estados elementares: Sensação, imagem,
sentimento

FUNDAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO FUNCIONALISMO

Herbert Spencer (1820-1903)

O darwinismo social

Desenvolveu uma filosofia que teve enorme impacto nos EUA, o darwinismo social, que aplicava
a teoria evolucionista de Darwin ao caráter humano e as instituições sociais.

 Somente os melhores sobrevivem, então a perfeição humana seria inevitável desde que
nada interferisse na ordem natural das coisas.
 A população deveria ter liberdade para se desenvolver com autonomia, qualquer auxílio
interfere no processo evolutivo natural.
 Se o estado continuasse a sustentar empresas que não funcionassem bem, elas
enfraqueceriam a sociedade.
 Os norte-americanos eram voltados ao prático, útil e funcional.

Willian James (1842-1910)

 Foi o Precursor Americano do Funcionalismo.


 De um lado, ele foi por certo o principal precursor americano da psicologia funcional.
 Foi o pioneiro da nova psicologia cientifica nos EUA, considerado ainda hoje por muitos
o maior psicólogo americano que já existiu.
 Era visto como força contrária por alguns por gostar de telepatia, espiritismo e
misticismo.
 Não fundou nenhum sistema formal e nem teve discípulos.
 Chamava de pequena ciência detestável.
 Inspirou gerações posteriores por apresentar suas ideias de forma clara e eficaz dentro
da atmosfera funcionalista.

O ambiente é fundamental na vida das pessoas, ele molda o comportamento e o caráter das
pessoas.

O estilo americano se encaixa perfeitamente nas ideias de William James. É uma psicologia
prática.

É necessário trazer a consciência humana para o ambiente.

Ainda não é TCC, é um estudo da consciência do homem no meio ambiente.

A intenção é que define a adaptação ao meio ambiente.

Os Princípios da Psicologia

 Neste livro apresentou a ideia de que a psicologia não tem como meta a descoberta
dos elementos da experiência, mas o estudo da adaptação dos seres humanos ao seu
meio ambiente.
 Criticou Wundt afirmando que a sensação simples não existia na experiência da
consciência (era artificial).
 Para ele, a consciência é um fluxo constante e contínuo. (Não é fragmentada).
 A função da consciência é nos orientar quanto aos fins exigidos pela sobrevivência. A
consciência é vital para as necessidades de seres complexos num ambiente complexo;
sem ela, o processo da evolução humana não poderia ter ocorrido.
 O livro de James trata a psicologia como ciência natural e, em especial, biológica. Isso
não era novo em 1890, mas nas mãos de James, a ciência psicológica seguiu uma
direção distinta da psicologia Wundtiana.
 James interessava-se pelos processos conscientes como atividades orgânicas que
produziam alguma mudança na vida desse organismo.
 Os processos mentais eram considerados atividades úteis e funcionais de organismos
vivos, em sua tentativa de se manter e se adaptar ao seu mundo.

O ambiente é importante na vida das pessoas.


Qual o principal principio da psicologia de Willian James?

O principal princípio da psicologia de William James é o funcionalismo. O funcionalismo é uma


abordagem psicológica que se concentra no estudo da função dos processos mentais, em vez de
sua estrutura. Em outras palavras, o funcionalismo se preocupa com a forma como a mente
funciona para ajudar os indivíduos a se adaptarem ao seu ambiente e realizarem suas
atividades diárias.

Para James, a psicologia deveria se preocupar com a experiência subjetiva da vida, com os
processos mentais em ação, e não apenas com a estrutura estática da mente. Ele acreditava que
a mente é um sistema dinâmico, sempre se adaptando e evoluindo em resposta ao ambiente e
às experiências.

Além disso, James defendia a ideia de que a psicologia deveria se concentrar no estudo das
funções mentais superiores, como a atenção, a memória, o raciocínio e a tomada de decisões,
que são essenciais para a adaptação humana bem-sucedida.

Em resumo, o principal princípio da psicologia de William James é o funcionalismo, que se


concentra no estudo das funções mentais e em como a mente se adapta e evolui em resposta
ao ambiente e às experiências. Ele defendia que a psicologia deveria se preocupar com a
experiência subjetiva da vida e com os processos mentais em ação.

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