DD DD Caderno de Jurisprudência
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CICLO II - SEMANA 14
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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIAS DO STF E DO STJ
PREPARAÇÃO EXTENSIVA PLUS – 30 SEMANAS
CICLO II – SEMANA 14
Este material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que, por meio da
leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ. Em caso de dúvida
sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site Dizer o Direito e estude o
informativo na íntegra, já que nosso objetivo é somente trazer os principais pontos de forma
a facilitar os estudos e revisão.
Observação: foram inseridos também os julgados considerados MAIS IMPORTANTES com data
anterior ao ano de 2018.
Sumário
Sumário ......................................................................................................................................... 2
SEMANA 14 ................................................................................................................................... 3
18. OUTROS CRIMES DO CÓDIGO PENAL E LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS .............................. 3
19. CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (LEI 7.492/86) .................................... 4
20. RACISMO (LEI 7.716/89) .......................................................................................................... 5
21. CRIMES NO ECA ....................................................................................................................... 6
22. CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/90) ........................................................................................ 8
23. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (LEI n° 8.137/90)..................................................... 9
24. CRIMES NA LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS (LEI 8.666/93) ............................................... 11
25. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (LEI 9.503/97) ............................................................... 13
26. LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (LEI 9.605/98)........................................................................... 14
27. ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI 10.826/2003) ............................................................ 15
28. LEI MARIA DA PENHA (LEI 11.340/2006)............................................................................... 17
29. LEI DE DROGAS (LEI 11.343/2006) ........................................................................................ 21
30. OUTROS TEMAS DA LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE ............................................................... 29
30.1 Crimes de Responsabilidades dos Prefeitos ( Dl 201/67) ............................................................... 29
30.2 Lei Antiterrorismo .......................................................................................................................... 30
30.3 Organização Criminosa................................................................................................................... 30
30.4 Crimes Contra as Relações de Consumo ( Lei 8.137/90) e Economia Popular ............................... 31
30.5 Lavagem de Dinheiro ..................................................................................................................... 31
30.6 Crimes Contra a Economia Popular................................................................................................ 33
30.7 Temas Diversos .............................................................................................................................. 35
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SEMANA 14
18. OUTROS CRIMES DO CÓDIGO PENAL E LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS
STJ. REsp 1.859.933-SC, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Terceira Seção, por maioria, julgado em 09/03/2022, DJe
01/04/2022. (Tema 1060) – (Info 732)
STJ. 5ª Turma. RHC 140114/DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 09/03/2021.
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País. Assim, havia uma vinculação das manifestações apresentadas na palestra com os
pronunciamentos do parlamentar na Câmara dos Deputados, de sorte que incide a imunidade
parlamentar.
STF. 1ª Turma. Inq 4694/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/9/2018. (Info 915)
Os tipos penais trazidos nos arts. 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente
são autônomos, com verbos e condutas distintas, sendo que o crime do art. 241-B não
configura fase normal tampouco meio de execução para o crime do art. 241-A, o que
possibilita o reconhecimento de concurso material de crimes.
ProAfR no REsp 1.970.216-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares Da Fonseca, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 23/08/2022,
DJe 06/10/2022. (Tema 1168). (Info 755).
STJ. Processo sob segredo de justiça, Rel. Min. Laurita Vaz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 20/09/2022, DJe
29/09/2022. (Info 754).
libidinosa, adéquam, respectivamente, aos tipos do art. 240 e 241-B do ECA. Portanto,
configuram os crimes dos arts. 240 e 241-B do ECA quando fica clara a finalidade sexual e
libidinosa de fotografias produzidas e armazenadas pelo agente, com enfoque nos órgãos
genitais de adolescente — ainda que cobertos por peças de roupas —, e de poses nitidamente
sensuais, em que explorada sua sexualidade com conotação obscena e pornográfica. STJ. 6ª
Turma. REsp 1543267-SC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 3/12/2015
(Info 577).
STJ. 6ª Turma. REsp 1.899.266/SC, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 15/03/2022 (Info 729).
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O delito do art. 240 do ECA é classificado como crime formal (consumação antecipada),
comum, de subjetividade passiva própria (criança ou adolescente), consistente em tipo
misto alternativo.
Obs: Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio,
cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente.
STJ. 5ª Turma. PExt no HC 438.080-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 27/08/2019. (Info 655)
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 716.210-DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 10/05/2022,
DJe 13/05/2022 (Info 737).
STF. Plenário. HC 100181/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 15/8/2019. (Info
947)
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STJ. HC 569.856-SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 11/10/2022, DJe 14/10/2022.
(Info 753).
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quando o agente ingressa no regime de parcelamento dos débitos tributários, fica suspensa
a pretensão punitiva penal do Estado (o processo criminal fica suspenso).
Nota: Durante o parcelamento o que ocorre com o prazo prescricional? Também fica
suspenso. O prazo prescricional não corre enquanto estiverem sendo cumpridas as condições
do parcelamento do débito fiscal. É o que prevê o art. 9º, § 1º da Lei nº 10.684/2003. Se, ao
final, o réu pagar integralmente os débitos, haverá a extinção da punibilidade.
STF. 2ª Turma. ARE 1037087 AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/08/2018. (Info 911)
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ATUALIZAÇÃO: O art. 89 da Lei nº 8.666/93 foi revogado pela nova Lei de Licitações (Lei
14.133/2021), que previu um novo crime para essa mesma conduta, no entanto, com
diferente redação. Confira: Art. 337-E. Admitir, possibilitar ou dar causa à contratação
direta fora das hipóteses previstas em lei: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
multa.
STF. 1ª Turma. Inq 3962/DF, Rel. Min Rosa Weber, julgado em 20/02/2018. (Info 891)
Nota: A regra que prevê o crime do art. 305 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é
constitucional, posto não infirmar o princípio da não incriminação, garantido o direito ao
silêncio e ressalvadas as hipóteses de exclusão da tipicidade e da antijuridicidade.
Art. 305 do CTB: “Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à
responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída:” Penas - detenção, de seis meses
a um ano, ou multa.
STF. Plenário. ADC 35/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 9/10/2020. (Info 994)
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STJ. 5ª Turma. REsp 1.925.717-SC, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 25/05/2021 (Info 698).
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STJ. AgRg no AgRg no RHC 148.516-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 09/08/2022, DJe
15/08/2022. (Info 753).
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Nota: No caso, o Tribunal de Justiça entendeu não ser possível a condenação pela prática
do delito previsto no art. 16, caput, da Lei nº 10.826/2003, pois o réu não foi flagrado
realizando o transporte direto do armamento. Contudo, deve-se destacar que o crime de
porte de arma de fogo, seja de uso permitido ou restrito, na modalidade transportar,
admite participação, de modo que praticam os referidos delitos não apenas aqueles que
realizam diretamente o núcleo penal transportar, mas todos aqueles que concorreram
material ou intelectualmente para esse transporte. Aplica-se, portanto, o disposto no art.
29 do Código Penal, expressamente invocado na inicial acusatória, segundo o qual: Art. 29.
Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na
medida de sua culpabilidade.
STJ. 6ª Turma. REsp 1.887.992-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 07/12/2021 (Info 721).
Nota: Assim, o crime de posse ou porte de arma de fogo de uso permitido com numeração,
marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado não integra
o rol dos crimes hediondos.
Resumo (dizer o direito):
-Antes da Lei 13.497/2017: o art. 16 do Estatuto do Desarmamento não era equiparado a
hediondo. Depois da Lei 13.497/2017: divergência. 5ª Turma do STJ: tanto o caput como o
parágrafo único do art. 16 são equiparados a hediondo. 6ª Turma do STJ: somente o caput do
art. 16 é equiparado a hediondo.
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STJ. HC 605.113-SC, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 08/11/2022. (Info 756).
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As medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do art. 22 da Lei Maria da
Penha têm natureza de cautelares penais, não cabendo falar em citação do requerido para
apresentar contestação, tampouco a possibilidade de decretação da revelia, nos moldes da
lei processual civil.
Nota: Quanto à distinção entre a natureza cível e a natureza criminal das medidas protetivas,
a jurisprudência desta Corte Superior, há muito, posiciona-se no sentido de que aquelas
previstas no art. 22, incisos I, II e III, da Lei n. 11.340/2006 são de natureza criminal, enquanto
as dispostas nos demais incisos desse dispositivo têm natureza cível.
STJ. REsp 2.009.402-GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Rel. Acd. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por maioria, julgado em
08/11/2022. (Info 756).
STJ. Processo sob segredo de justiça, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por maioria, julgado em 20/09/2022.
(Info 750).
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gênero, a qual atribui posição de superioridade ao homem. A violência contra a mulher nasce
da relação de dominação/subordinação, de modo que ela sofre as agressões pelo fato de ser
mulher.
Com efeito, a vulnerabilidade de uma categoria de seres humanos não pode ser resumida à
objetividade de uma ciência exata. As existências e as relações humanas são complexas e o
Direito não se deve alicerçar em argumentos simplistas e reducionistas.
Assim, é descabida a preponderância de um fator meramente biológico sobre o que
realmente importa para a incidência da Lei Maria da Penha, com todo o seu arcabouço
protetivo, inclusive a competência jurisdicional para julgar ações penais decorrentes de
crimes perpetrados em situação de violência doméstica, familiar ou afetiva contra mulheres.
STJ. 6ª turma. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em
05/04/2022. (Info 732).
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STJ. AgRg no HC 748.033-SC, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 27/09/2022, DJe 30/09/2022.
(Info 754).
STJ. HC 739.951-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 09/08/2022, DJe 18/08/2022. (Info 753).
STJ. AgRg no HC 773.113-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 04/10/2022, DJe
10/10/2022. (Info 752).
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Nota: Ainda que eventualmente se considerasse provável que a sacola ocultada pelo réu
contivesse objetos ilícitos, não estavam os guardas municipais autorizados, naquela
situação, a avaliar a presença da fundada suspeita e efetuar a busca pessoal no acusado.
Caberia aos agentes municipais, apenas, naquele contexto totalmente alheio às suas
atribuições, acionar os órgãos policiais para que realizassem a abordagem e revista do
suspeito, o que, por não haver sido feito, macula a validade da diligência por violação do
art. 244 do CPP e, por conseguinte, das provas colhidas em decorrência dela, nos termos
do art. 157 do CPP, também contrariado na hipótese.
STJ. REsp 1.977.119-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 16/08/2022 (Info 746).
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Mesmo sentido: REsp 1.977.027-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 10/08/2022 (Tema 1139)
– Info 745.
STF. 1ª Turma. RHC 205080 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 04/10/2021.
STF. 2ª Turma. HC 206143 AgR, Relator p/ Acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2021.
STF. 2ª Turma. RHC 178512 AgR/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 22/3/2022 (Info 1048).
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O histórico de ato infracional pode ser considerado para afastar a minorante do art. 33, §
4.º, da Lei nº 11.343/2006, por meio de fundamentação idônea que aponte a existência de
circunstâncias excepcionais, nas quais se verifique a gravidade de atos pretéritos,
devidamente documentados nos autos, bem como a razoável proximidade temporal com o
crime em apuração.
Nota: Explicação via DoD -O STF possui a mesma posição? Para o STF, a existência de atos
infracionais pode servir para afastar o benefício do § 4º do art. 33 da LD?
1ª Turma do STF: SIM. RHC 190434 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 23/08/2021.
Embora atos infracionais praticados na adolescência não constituam crime na acepção
normativa do termo, não há como se olvidar que eles são fatos contrários ao Direito e
implicam, sim, consequências jurídicas, inclusive a possibilidade de internação do menor.
2ª Turma do STF: NÃO. STF. 2ª Turma. HC 202574 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
17/08/2021.
STJ. 3ª Turma. EREsp 1.916.596-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. Laurita Vaz, julgado em 08/09/2021 (Info 712)
Em sentido contrário: STF. 2ª Turma. HC 202574 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 17/08/2021.
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.624.564-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/10/2020. (Info 683)
Mesmo sentido: STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/9/2018 (Info 915).
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Nota: A folha de coca não é considerada droga; porém pode ser classificada como matéria-
prima ou insumo para sua fabricação.
CC 172.464-MS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 10/06/2020, DJe
16/06/2020. (Info 673-STJ)
Cuidado: Justificada a incidência da causa de aumento prevista no art. 40, inciso III, da Lei nº
11.343/2006, uma vez consta nos autos a existência de igreja evangélica a aproximadamente
23 metros de distância do local onde a traficância era realizada. STJ. 5ª Turma. AgRg no HC
668934/MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 22/06/2021.
Nota: mostra-se desproporcional que o mero processamento do réu pela prática do crime
previsto no art. 28 da Lei nº 11.343/2006 torne obrigatória a revogação da suspensão
condicional do processo, enquanto o processamento por contravenção penal ocasione a
revogação facultativa.
STJ. 5ª Turma. REsp 1795962-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 10/03/2020 (Info 668).
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Para fins do art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, milita em favor do réu a presunção de que ele
é primário, possui bons antecedentes e não se dedica a atividades criminosas nem
integra organização criminosa; o ônus de provar o contrário é do Ministério Público.
Nota: sob pena de desrespeito ao princípio da individualização da pena.
STF. 2ª Turma. HC 154694 AgR/SP, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4/2/2020. (Info 965)
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STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 163645-TO, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 16/08/2022 (Info 746).
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STJ. 6ª Turma. REsp 1695266/PB, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 23/06/2020. (Info 676 e 677)
STJ. 6ª Turma. HC 537.118-RJ, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 05/12/2019. (Info 663)
de cada organização criminosa, com ressalva apenas de uma pessoa, que, em tese, lidera
ambas.
STJ. 5ª Turma. RHC 158.083-RO, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 17/05/2022,
DJe 20/05/2022.
STJ. 5ª Turma. REsp 1817416-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 03/08/2021 (Info 703)
Nota: O Superior Tribunal de Justiça, há muito, já sufragou entendimento de que "a reunião
de processos em razão da conexão é uma faculdade do Juiz, conforme interpretação
a contrario sensu do art. 80 do Código de Processo Penal que possibilita a separação de
determinados processos" (RHC 29.658/RS, Rel. Ministro Gilson Dipp, Quinta Turma, DJe
8/2/2012).
STJ. RHC 157.077-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 03/05/2022. (Info 735).
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STJ. Corte Especial. APn 989-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 16/02/2022 (Info 726).
Nota: o STF declarou inconstitucional o art. 17-D da Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº
9.613/98): “Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem
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prejuízo de remuneração e demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente
autorize, em decisão fundamentada, o seu retorno.”
O afastamento do servidor somente se justifica quando ficar demonstrado nos autos que
existe risco caso ele continue no desempenho de suas funções e que o afastamento é medida
eficaz e proporcional para se tutelar a investigação e a própria Administração Pública. Tais
circunstâncias precisam ser apreciadas pelo Poder Judiciário.
STF. Plenário. ADI 4911/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 20/11/2020. (Info
1000)
Nota: No caso concreto, o STJ considerou que houve a celebração sucessiva de acordos
econômicos anticompetitivos entre os agentes até 2014. Logo, o crime de formação de
cartel no mercado de resinas fez-se permanente até 2014. Vale ressaltar, contudo, que o
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Nota: Nos crimes da Lei nº 1.521/51, o bem jurídico é o patrimônio do povo ou de um número
indeterminado de pessoas (protege a economia popular).
No estelionato, o bem jurídico envolve o patrimônio de uma ou algumas pessoas
determinadas.
Delito contra a economia popular (art. 2º, IX, da Lei nº 1.521/51):
Art. 2º São crimes desta natureza:
(...)
IX - obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado
de
pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos (“bola de neve”, “cadeias”,
“pichardismo” e quaisquer outros equivalentes);
(...)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, de dois mil a cinqüenta mil
cruzeiros.
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STF. Plenário. ADI 6225/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 20/8/2021 (Info 1026).
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