Jurisprudência. Requisitos Usucapião
Jurisprudência. Requisitos Usucapião
Jurisprudência. Requisitos Usucapião
0051 (PROJUDI)
COMARCA DE GOIÂNIA (9ª Vara Cível)
1ª APELANTE : CONSTRUTORA DA VINCI LTDA.
2os APELANTES : AFONSO VILLELA BONILLO FILHO e OUTRA
APELADA : MARIA JOSÉ ALVES RIBEIRO PIMENTA
RECURSO ADESIVO
RECORRENTE : MARIA JOSÉ ALVES RIBEIRO PIMENTA
RECORRIDOS : CONSTRUTORA DA VINCI LTDA. e OUTROS
RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO
VOTO
Tal assertiva, contudo, ostenta evidente conotação meritória, motivo por que
nessa condição será adiante analisada.
Isso porque, como cediço, dispunha o artigo 550 do Código Civil/1916 (já
revogado), que “Aquele que, por vinte anos sem interrupção, nem oposição, possuir como seu,
um imóvel, adquirir-lhe-á o domínio independentemente de título de boa fé que, em tal caso, se
presume, podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual lhe servirá de título
para a transcrição no registro de imóveis.”
Ocorre que como se confere pelo artigo 1.238 do atual Código Civil, o prazo
para a usucapião ordinário foi reduzido para quinze anos, enquanto o lapso para a
usucapião extraordinário, nos casos em que o possuidor houver estabelecido no
imóvel sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo,
é reduzido a dez anos, considerando-se, contudo, a regra especial de aumento de dois
anos desse prazo, nos termos do disposto no art. 2.029 do CC/2002, assim:
“Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem
oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que
assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no
Cartório de Registro de Imóveis.
Art. 2.029. Até dois anos após a entrada em vigor deste Código, os
prazos estabelecidos no parágrafo único do art. 1.238 e no parágrafo
único do art. 1.242 serão acrescidos de dois anos, qualquer que seja o
tempo transcorrido na vigência do anterior, Lei nº 3.071, de 1º de
janeiro de 1916.” (Código Civil de 2002).
Sobre o tema:
DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Daí que, para a fixação fora desses limites, vale dizer, por meio da apreciação
equitativa, seria necessária a caracterização de circunstâncias não verificadas na
espécie. A respeito:
É como voto.
RS
ACÓRDÃO
Custas de lei.