Monografia - História Do Vestuário de Artes Marciais

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0UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA

LUAN GUSTAVO RODRIGUES

ERGONOMIA E DESIGN: REDESENHAR PRODUTOS


PARA A PRÁTICA DE ARTES MARCIAIS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

APUCARANA

2011
LUAN GUSTAVO RODRIGUES

ERGONOMIA E DESIGN: REDESENHAR PRODUTOS


PARA A PRÁTICA DE ARTES MARCIAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Tecnologia de Design de Moda da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
UTFPR, para obtenção de título de Tecnólogo em
Design de Moda.

Orientadora: Profª. Janeti Marques D’Andréa

APUCARANA

2011
ii

Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Apucarana
CODEM – Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em
PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Design de Moda

TERMO DE APROVAÇÃO
Título do Trabalho de Conclusão de Curso Nº 29
Ergonomia e design: redesenhar produtos para a praticar de artes marciais

por

Luan Gustavo Rodrigues

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado aos vinte e quatro dias do mês
de novembro do ano de dois mil e onze, às dezenove horas como requisito parcial
para a obtenção do título de Tecnólogo em Design de Moda, Linha de pesquisa
Processo de Produção do Vestuário, do Curso Superior em Tecnologia em Design de
Moda da UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O candidato foi
arguido pela Banca Examinadora comporta pelos professores abaixo assinados. Após
deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

______________________________________________________________
PROFESSOR (A) JANETI MARQUES D’ANDREA – ORIENTADOR (A)

______________________________________________________________
PROFESSOR (A) RAQUEL RABELLO ANDRADE – EXAMINADOR (A)

______________________________________________________________
PROFESSOR (A) GABRIELA MARTINS DE CAMARGO – EXAMINADOR (A)

______________________________________________________________
PROFESSOR (A) PALOMA ALMEIDA – EXAMINADOR (A)

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”.


iii

Dedico este trabalho: à Mamãe que gastou


horas ao me ajudar em trabalhos, orações e
manteve o controle mesmo quando tudo
parecia impossível; ao Babbo que em sua
simplicidade dava sua palavra de conforto e
nunca negou auxilio; ao Nonno que me ensinou
que se eu quero e posso, eu faço, e a ser o
diferencial em meio a tantos. Obrigado!
Obrigado! Muito obrigado!
iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Professora, Orientadora e Educadora Janeti Marques


D’Andrea que em muitos momentos me abriu os horizontes para novas formas
de aprender, se dedicou verdadeiramente a transmissão do saber, e
possibilitou-me um trabalho com tanto aprendizado.
À empresa Kimonos Shiroi que cedeu estrutura, materiais, mão-de-obra,
em especial à D. Maria Alves que me ensinou como é o mundo dos kimonos e
ao Sérgio Maurício Alves que acreditou que juntos, nesse projeto, poderíamos
ser ainda melhores.
Agradeço também à Daiana, D. Geralda, Ivana, Laércio e Dani que
produziram as peças com tanto carinho.
Ao Nonno Artur Palú Filho que fez a correção e sempre esteve
palpitando boas ideias para este trabalho. E, além disso, em todos os
momentos, soube dar sua palavra Amiga, encorajar, aconselhar e me dizer
que: “A vida é um combate que aos fracos abate; que aos fortes e bravos, só
pode exaltar!”
À Mamãe Rosa Apª Valloto Rodrigues que foi tão presente e dedicada
em todo o período universitário; que acreditou em mim ao dizer que seria
possível construir tantos projetos; socorreu-me nas horas de desespero, se
manteve inabalável para me possibilitar este sonho, por ser uma verdadeira
Mãe.
Ao Babbo Geraldo de Jesus Rodrigues que me auxiliou nos momentos
de correria, manteve a calma e soube sempre me mostrar que com
tranquilidade se faz muito mais, por ser um Pai com quem se pode contar
sempre.
v

RESUMO

RODRIGUES, Luan Gustavo. Ergonomia e Design: redesenhar produtos


para a prática de artes marciais. 2011. 77 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda) – Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Apucarana, 2011.

Este trabalho propõe um levantamento histórico dos kimonos de karate ao


apresentar a evolução da indumentária nipônica até o resultado equivalente
que gerou os uniformes de luta. O objetivo pauta-se no desgaste corporal dos
atletas ao treinar e sentir desconforto pelo excesso de transpiração. Para o
redesign do uniforme a ergonomia se apropriou dos avanços tecnológicos da
fabricação de tecidos. Trata-se de um estudo de caso na área de design de
moda com levantamento bibliográfico, além de métodos de abordagem
dedutivo, indutivo, hipotético–dedutivo e estatístico, aplicados à empresa
Kimonos Shiroi, localizada na cidade de Apucarana-PR, importante
organização do segmento de confecções esportivas.

Palavras-chave: Ergonomia. Design. Tecnologia Têxtil. Karate.


vi

ABSTRACT

RODRIGUES, Luan Gustavo. Ergonomics and Design: redesign products


for the martial arts pratice. 2011. 77 l. Course Work Conclusion. (Superior
Course of Technology in Fashion Design) Federal Technological University of
Paraná, Apucarana, 2011.

This paper proposes a historical survey of kimono karate by presenting the


evolution of Nipponese clothing into what has generated the uniform for fighting.
The objective has been based on the damage caused to the athletes´ bodies
due to discomfort from excessive sweating. For the redesign of the uniform, the
ergonomic made use of the technological advances in the textile manufacturing.
This is a case studied in the fashion design field with literature support, besides
methods of deductive, inductive, hypothetical-deductive and statistical
approaches, applied to the Kimonos Shiroi company, an important organization
from the department of sportive clothing located at Apucarana-PR.

Keywords: Ergonomics. Design. Textile Technology. Karate.


vii

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – SOKUTAI UTILIZADO PELOS ARISTOCRATAS NA ERA HEIAN


.........................................................................................................................20
FIGURA 2 – KARIGINU, 1185 – 1333 ............................................................21
FIGURA 3 – KOSODE, HAORI, HAKAMA, 1600-1868 ...................................22
FIGURA 4 – PÚBLICO-ALVO ...........................................................................40
FIGURA 5 – FICHA TÉCNICA DE PRODUTO NORMAL ................................43
FIGURA 6 – FICHA TÉCNICA DE PRODUTO DESENVOLVIDO ...................44
FIGURA 7 – PROVA DOS KIMONOS ..............................................................47
FIGURA 8 – TESTE EXPERIMENTAL .............................................................48
FIGURA 9 – ILUSTRAÇÃO 1............................................................................58
viii

TABELA

TABELA 1 – TABELA DE MODELOS, MATERIAIS, PERFIL DO


CONSUMIDOR, ATIVIDADE ESPECÍFICA E PREÇOS PRATICADOS .........31
TABELA 2 – PONTOS DE VENDA ...................................................................39
TABELA 3 – SEQUÊNCIA OPERACIONAL DA BLUSA ..................................45
TABELA 4 – SEQUÊNCIA OPERACIONAL DA CALÇA ..................................45
TABELA 5 – CONSUMO DE TECIDO ..............................................................46
TABELA 6 – PREÇOS PRATICADOS ..............................................................46
ix

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................11
1.1 TEMA ..........................................................................................................13
1.2 PALAVRAS-CHAVE ....................................................................................13
1.3 PROBLEMA ................................................................................................13
1.4 OBJETIVOS ................................................................................................13
1.4.1 Objetivo Geral ........................................................................................13
1.4.2 Objetivos Específicos .............................................................................13
1.5 JUSTIFICATIVA ..........................................................................................14
1.6 METODOLOGIA .........................................................................................15
1.6.1 Pesquisa de campo ................................................................................16
1.6.2 Análise da Pesquisa ...............................................................................16
1.7 ORIGINALIDADE ........................................................................................17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................18
2.1 ERGOMIA E MODELAGEM .......................................................................23
2.2 MATERIAIS TÊXTEIS .................................................................................27
2.3 DESIGN ......................................................................................................29
2.4 EVOLUÇÃO DO DESIGN NA EMPRESA SHIROI......................................33
2.5 INTERNET ..................................................................................................34
3 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS ..........................................................37
3.1 DIRECIONAMENTO MERCADOLÓGICO ..................................................37
3.1.1 Empresa .................................................................................................37
3.1.2 Porte .......................................................................................................37
3.1.3 Marca .....................................................................................................37
3.1.4 Conceito da marca .................................................................................37
3.1.5 Segmento ...............................................................................................38
3.1.6 Distribuição .............................................................................................38
3.1.7 Concorrentes ..........................................................................................38
3.1.8 Sistema de vendas .................................................................................38
3.1.9 Pontos de vendas ...................................................................................39
3.1.10 Público-alvo ............................................................................................40
4 CAMPANHA DO SITE ................................................................................41
x

4.1 PROMOÇÃO ...............................................................................................41


4.2 CATÁLOGO VIRTUAL ................................................................................41
4.3 CONCEITO PARA MÍDIAS PUBLICITÁRIAS .............................................42
4.4 BLOG ..........................................................................................................42
5 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO .......................................................43
5.1 FICHAS TÉCNICAS ....................................................................................43
5.2 SEQUÊNCIA OPERACIONAL ....................................................................45
5.3 CONSUMO ANTERIOR E POSTERIOR DE TECIDO ................................46
5.4 PREÇOS PRATICADOS .............................................................................46
5.5 PESQUISA APLICADA “IN LOCO” .............................................................47
5.6 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ................................................................49
5.7 ANÁLISE E SELEÇÃO JUSTIFICADA DO LOOK ESCOLHIDO ................57
5.8 ILUSTRAÇÃO .............................................................................................58
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................60
REFERÊNCIAS ...........................................................................................62
APÊNDICE ..................................................................................................65
11

1 INTRODUÇÃO

Por mais distante que seja do cotidiano da população em geral, é grande o


número de atletas e praticantes das artes marciais. A preocupação com o
condicionamento físico, auto-defesa e entretenimento são procurados por
profissionais, estudantes, aposentados, homens e mulheres, por todos os credos,
classes sociais ou cores. Nesse grande contexto das artes marciais, cada uma
delas, seja jiu jitsu, capoeira, kung fu, karate etc., se uniformiza de uma forma
característica.

Com o intuito de análise e aprofundamento, este trabalho se concentrou em


abranger uma arte marcial - o karate – e sua, consequente, indumentária (o
uniforme) que, segundo percepções do autor, apresenta possíveis melhorias se
redesenhada em conjunto com os conceitos da ergonomia e por ser usada em uma
das artes de combate e defesa mais praticadas no Brasil - a modalidade de maior
consumo na empresa Kimonos Shiroi, importante empresa do segmento em
perspectiva nacional e parceira na realização deste estudo.

O uniforme tem um grande impacto no desempenho do praticante da arte


marcial do karate, pois existe uma grande variação de tecidos empregados na
fabricação dos kimonos, indo de tecidos mais grossos e rústicos até os finos e
maleáveis. A escolha do uniforme acarreta o que pode se tornar um problema para o
praticante do desporto: a transpiração, por gerar um alto nível dela, resultando em
desconforto e insatisfação.

É preciso que o design de moda volte seus olhos para esse público, pois o
mercado é amplo e anseia por inovação - fato constatado através da pesquisa de
campo com atletas do Norte do Paraná, Guarulho–SP, Rio de Janeiro–RJ e
Salvador–BH.

Essa percepção do desconforto e insatisfação dos atletas foi se confirmando


a cada treino feito pelo autor e à medida que ia conhecendo novos materiais
empregados na fabricação dos uniformes de karate. Com isso, mais intenso ficava o
questionamento: Como inserir a ergonomia nos uniformes de karate propiciando
12

mais conforto e menos transpiração para a prática do esporte com maior eficácia e
prazer?

Descobrir qual modelagem, material e design associar aos kimonos passou a


ser a meta que se consolidou no tema deste trabalho.

A delimitação do campo teve início no fim do primeiro semestre de 2011,


quando o autor retomou as atividades com o esporte e iniciou um trabalho de
reestruturação de modelagem e design para a empresa Kimonos Shiroi.

Para compreender melhor o contexto e a evolução histórica dos kimonos,


utilizou-se da metodologia de pesquisa bibliográfica, complementada por um
levantamento de dados através de pesquisa de campo exploratória.

Desse modo, este trabalho apresenta como primeiro capítulo a introdução, o


tema, as palavras chaves, o problema, os objetivos, a justificativa, a metodologia e a
originalidade.

O segundo capítulo discorre sobre a história do karate e a evolução do


kimono - até chegar ao uniforme atual - bem como tecnologia têxtil, ergonomia e
design, assim como um breve relato da evolução do design na empresa Shiroi e a
importância da internet para o marketing.

O terceiro capítulo é constituído pela coleta e análise dos dados, empresa,


porte, marca, conceito da marca, segmento, distribuição, concorrentes, sistemas de
vendas, pontos de vendas e público-alvo.

No quarto capítulo, descreve-se a campanha do site, com promoção, catálogo


virtual, conceito para mídias publicitárias e blog.

O desenvolvimento do produto, experimentações e as demais etapas que o


compõem constituem o quinto capítulo, seguido pelo sexto nos quais estão relatadas
as considerações finais.
13

1.1 TEMA

Desenvolvimento de produtos para a prática de artes marciais.

1.2 PALAVRAS CHAVES

Ergonomia. Design. Tecnologia Têxtil. Karate.

1.3 PROBLEMA

Como redesenhar produtos com ergonomia para o treino de “karate”?

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Desenvolver produtos com ergonomia e atrativos estéticos para prática de


artes marciais e a campanha publicitária da empresa Kimonos Shiroi.

1.4.2 Objetivos Específicos

 Descrever a história da arte marcial do “karate” e o desenvolvimento do


uniforme;
14

 Escrever sobre o que é o design e suas funções: ergonomia, estética,


modelagem, materiais têxteis;
 Pesquisar e aplicar novas tecnologias para produtos e acessórios;
 Coordenar a campanha dos produtos criados para o site da empresa e
catálogo de divulgação;
 Apresentar os resultados em um evento acadêmico.

1.5 JUSTIFICATIVA

Esse trabalho tem como justificativa inserir a ergonomia nos kimonos para a
prática de artes marciais. Segundo Honer (2004) a arte marcial do karate existe há
muitos séculos e não se sabe quem a fundou. Hoje, esse esporte está bastante
difundido, por ser considerado um meio de defesa pessoal e ainda, de
condicionamento físico. Ao trabalhar o design com ergonomia nos produtos,
acredita-se poder melhorar o desempenho do atleta no treino e também nas
competições. O Acadêmico, autor deste trabalho participa desse esporte há cerca de
sete anos e trabalha no departamento de desenvolvimento de uma empresa que
produz, em média, quinze mil (15.000) peças/mês para esse desporto. Aliar a
necessidade da empresa aos conhecimentos adquiridos no curso de Tecnologia em
Design de Moda na UTFPR - Campus Apucarana - é importante e espera-se
contribuir para a finalidade proposta.

O desenvolvimento na área têxtil, atualmente, é rico e não para de crescer.


Fibras com propriedades beneficiadoras, filamentos desenvolvidos para o
aprimoramento de atividades específicas, artefatos, contribuem para a educação e
saúde do corpo etc. Com isso, pretende-se empregar materiais com atrativos que
engrandeçam o bom emprego do design junto aos equipamentos e produtos para
artes marciais. Exemplos de materiais compostos de melhoramentos têxteis são os
hidrofilizados, com a qualidade anti-suor.
15

1.6 METODOLOGIA

Este trabalho se inicia por pesquisa em materiais publicados, tais como livros,
artigos científicos, apostilas de ensino, sites, documentários e palestras, materiais
que estejam ligados ao assunto direta ou indiretamente.

O projeto prosseguirá com a criação do conceito da marca, primeiramente,


tratando o conceito da marca envolta em toda a visão da ergonomia e artes
marciais. Serão feitas pesquisas de público alvo, determinando-o e o conhecendo
para trabalhar questões que possam favorecer esses futuros consumidores. Com
isso considerado, determinar o segmento e as necessidades a serem atendidas.

Serão coletadas informações, através de questionário impresso ou digital, e


entrevista com o público alvo nacional. Incluem-se, nesse público, pessoas que
atuam na área, mais precisamente os professores de artes marciais dos pontos de
vendas com maior consumo da marca Kimonos Shiroi como: Norte do Paraná,
Guarulhos – São Paulo, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, Salvador – Bahia, para
obtenção de dados concretos das possíveis características para a coleção. A coleta
dessas informações e a análise dos resultados serão realizadas pelo acadêmico
Luan Gustavo Rodrigues em conjunto com os gerentes de cada uma das lojas da
marca pelo Brasil.

O marketing será apresentado com importância no desenvolvimento da


marca. Ele será o carro chefe para a divulgação da grife nos meios de comunicação
em redes como twitter, facebook, blog e site.

Será um estudo de caso, com procedimentos técnicos de pesquisas


bibliográficas. Os métodos adotados serão os de abordagem dedutivo, indutivo e
hipotético–dedutivo. Utilizar-se-á, também, do método de procedimento histórico,
monográfico e estatístico.

Pesquisa aplicada junto à empresa Kimonos Shiroi.


16

1.6.1 Pesquisa de campo

A pesquisa de campo teve por finalidade a obtenção de conhecimentos para a


aceitação de inovação na área.

Para a constatação da aceitação do público aos novos produtos foi aplicado


questionário nas regiões com maior consumo de artigos da marca nas lojas da
Shiroi: Norte do Paraná, Guarulhos – São Paulo, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro,
Salvador – Bahia.

O questionário encontra-se no apêndice.

1.6.2 Análise da Pesquisa

O questionário coletou vinte e quatro (24) amostras, com média de idade de


trinta e seis (36) anos, os quais sete (7) eram alunos e dezessete (17), senseis;
entre os atletas que se dispuseram a responder ao questionário, vinte (20) eram do
sexo masculino e quatro (4) do sexo feminino; os estilos de karate praticados por
esses atletas eram desde o tradicional Shotokan, até outros menos difundidos como:
shorin-ryu, shito-ryu, goju-ryu e shobo-ryu, os quais praticam essas artes marciais
em média há dezesseis (16) anos. Foi levado em consideração no questionário se
praticavam alguma outra modalidade de arte marcial, pelo fato de que isso
possibilitaria ao atleta o conhecimento de outros materiais e uniformes de combate
para que pudessem compará-los com os produtos da Kimonos Shiroi. Dos vinte e
quatro (24) entrevistados: um (1) praticava kickboxing, um (1) Aikido, um (1)
Taekwondo, dois (2) Kung Fu, três (3) Jiu Jitsu e três (3) Muay Thai. Por
unanimidade, todos concordaram gostar dos produtos para karate da Shiroi. Em
último tópico, sugeriram-se novos produtos para o esporte, como forma de descobrir
a aceitabilidade de inovação ao seguimento, com isso, se pôde constatar que dos
entrevistados, treze (13) gostariam de kimono com recortes de outros tecidos para
entrada de ar e elasticidade, assim como, capacete com novo formato e estampa;
oito (8), de luvas com estampa; sete (7), de protetor de perna e pé com novo formato
17

e estampa; e dois (2) gostariam de kimonos femininos com detalhes em rosa. Isso
considerado, optou-se por iniciar o redesenho com o design do produto mais
vendido e fabricada na Shiroi, pois, para a próxima coleção já se pensa em incluir o
novo produto deixando para as próximas o desenvolvimento das luvas, caneleiras e
capacetes, isso porque, esses produtos requerem novas pesquisas, tempo e
dedicação para inserir ergonomia e design.

1.7 ORIGINALIDADE

O presente tema foi pesquisado em sites acadêmicos, bibliografias e


pesquisas com profissionais da área de artes marciais e empresários do segmento.
Com as informações adquiridas, percebe-se que o tema é pouco tratado em âmbito
acadêmico.

Os enfoques possíveis para a justificação e argumentação deste trabalho


serão baseados na ergonomia e design. A modelagem será analisada e
aprofundada em conjunto com a ergonomia. A abordagem do design será realizada,
utilizando os respectivos ramos bibliográficos.
18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As artes marciais têm seu início a partir de quando o desenvolvimento das


civilizações fez surgir a cobiça. O homem precisava se proteger de seus inimigos e
iniciou-se, então, o aprimoramento das técnicas de combate, geralmente com mãos
vazias. Hoje, as artes marciais são praticadas como desporto, treinamento militar e
defesa pessoal. “Karate” é uma das artes marciais mais praticadas no mundo. Para
contar a história dessa arte, segundo Horner (2004), precisa-se saber que ela se
inicia em meados do Século II a.C.:

A história do karate origina-se na região do Tibet. Entre fatos e lendas da


história antiga, conta-se que Alexandre, o Grande, da Macedônia, encarou os
monges tibetanos com o intuito de dominar o território deles no Oriente. Enquanto os
macedônicos atacavam com espadas, os monges tibetanos se defendiam com
pedaços de pau. Cogita-se que a técnica, impulsão e força mental dos monges,
acabavam fazendo a diferença e levando à derrota as tropas macedônicas.

Na segunda parte do Século XIX, na ilha de Okinawa (hoje, parte do Japão)


dominada pela China continental (com uma população proibida de portar armas,
limitada e com necessidade de defender-se) inicia-se o desenvolvimento das artes
marciais. Entre elas, estava o karate que se foi constituindo como filosofia e técnica
de luta “de mãos limpas”, quando não se usavam armas de qualquer tipo, contudo
apenas o corpo e a mente. Com isso, criou-se uma arte marcial cujas origens
remontam a muitos séculos num ambiente cultural em que manifestações de origem
chinesa e japonesa se misturam.

Entre os precursores mais importantes do karate de hoje, está o professor


Gichin Funakoshi a quem é creditado o título de pai do karate moderno, devido a
seus esforços por divulgar e tornar acessível essa arte a todos. Seu professor foi
Yasutsune Azato, um dos maiores especialistas de Okinawa na arte do karate.

As demonstrações de karate de Funakoshi foram chegando aos ouvidos de


autoridades japonesas que ficaram impressionadas com as virtudes da arte.
Militares começavam a se interessar pelo karate e a arte começa a se espalhar pela
19

região metropolitana de Tóquio. No início da década de 30, havia clubes de karate


em cada universidade prestigiada da cidade.

O karate, em seu âmbito de educador espiritual, traz como lemas as


seguintes premissas, de acordo com Camacho (2011):

I. Esforçar-se para a formação do caráter;

II. Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão;

III. Criar o espírito de esforço;

IV. Respeito acima de tudo;

V. Conter o espírito de agressão.

Ao lembrar as raízes do karate e buscar suas origens no Japão, encontra-se


também a história dos quimonos - indumentária tradicionalmente oriental. - Vale,
porém, compreender que a tradução de “kimono” para o português é “roupa”.
Segundo Sato, não se sabe quando, na pré-história, iniciou-se o uso dos quimonos,
mas pesquisas indicam que as pessoas usavam túnicas de pele ou de palha. (Era
Jomon – 10mil a.C. a 300 a.C.). Na Era Yayoi (300 a.C. a 300 d.C.), a sericultura e
técnicas têxteis chegaram ao Japão através da China e da Coréia.

Segundo Sato (2011): Aqui

Do século IV ao IX, a cultura e a corte imperial no Japão receberam forte


influência da China. Influenciado pela recém-importada religião budista e
pelo sistema de governo da corte Sui chinesa, o regente japonês Príncipe
Shotoku (574-622) adotou regras de vestuário estilo chinês na corte
japonesa. Posteriormente, com o advento do Código Taiho (701) e do
Código Yoro (718, eficaz só a partir de 757), as roupas na corte mudaram,
seguindo o sistema usado na corte Tang chinesa, e foram divididas em
roupas cerimoniais, roupas de corte, de roupas de trabalho. Foi nesse
período que se passou a usar no Japão os primeiros kimonos com a
característica gola em "V", ainda similares aos usados na China.

Após isso, na Era Heian (794-1185), inicia-se a “opulência têxtil” quando o


contato com a China foi suspenso, permitindo que formas de expressão
genuinamente japonesas florescessem. Os homens da aristocracia passaram a usar
20

o sokutai, que consistia em um conjunto de uma ampla-saia com vários quimonos


por baixo, túnica ampla bordada por cima, mangas longas e uma cauda de 5 metros.
Também era obrigatório o uso de uma tabuleta de madeira chamada shaku e uma
espada cerimonial longa, a tachi. Habitualmente, usavam um penteado chamado
kammuri, composto com um chapéu pequeno com fitas de seda.

Figura 1 - Sokutai utilizado pelos aristocratas na Era Heian


Fonte: http://www.miyabi-w.com/gakuin/gakuin_menu/zyunihitoe/sokutai.html

Aguiar (2011) cita que:

No período Heian, uma nova técnica de confecção do kimono foi


desenvolvida. Conhecido como o método de corte em linha reta, envolveu o
corte de peças de tecido em linhas retas e a costura em uma peça única.
Com esta técnica, os fabricantes de kimono não precisavam preocupar-se
com a forma do corpo dos diferentes usuários.

Mais à frente, entra o “estilo samurai” na Era Kamakura (1185-1333), a partir


do advento do xogunato, regime feudal existente no Japão, o qual trouxe ao
vestuário novos estilos adotados pela ascendente classe dos samurais. A corte, os
21

grandes senhores e os oficiais continuaram usando o sokutai, porém o kariginu foi


amplamente adotado pelos senhores feudais e samurais, era um tipo de capa
engomada com gola arredondada, longas e amplas mangas que podiam ser
decoradas com cordões.

Figura 2 - Kariginu, 1185 – 1333


Fonte:http://picasaweb.google.com/109642166084873223486/JapaneseCostumeFromH
istory

Sato (2011) diz:

Na Era Azuchi-Momoyama (1568-1600), período marcado por constantes


guerras pelo poder entre os generais Hideyoshi Toyotomi e Nobunaga Oda,
os samurais continuaram a usar coloridos e ricos conjuntos de peças
superiores com calças, chamados de kamishimo - um kimono masculino
com uma saia-calça ampla, longa e estruturada chamada nagabakama,
tudo feito no mesmo tecido, às vezes complementado por uma jaqueta sem
mangas, com ombros alargados e estruturados em tecido diferente.
O kamishimo continuou sendo usado até a segunda metade do século XIX.
22

Durante 250 anos de paz interna do xogunato Tokugawa (1600-1868), o


kosode se tornou o traje básico para homens e mulheres, passou a ser mais
decorado, seja pelo desenvolvimento de técnicas de tingimento, pinturas, bordados
ou desenhos desenvolvidos no tear. O kosode é uma blusa longa e sua gola
transpassa na frente e suas mangas são amplas, vestuário bastante similar à blusa
do quimono de luta atual. Era usado o kosode com a haori, uma jaqueta com
mangas amplas e gola estreita feita de seda, na qual se bordava ou imprimiam-se
símbolos que representavam a atividade profissional da pessoa ou a insígnia do
chefe da família. Usava-se como complemento o hakama, calça ampla, com barra
na altura do tornozelo. E essa estrutura, kosode, haori, hakama, é utilizada hoje
como traje de noivo em casamentos tradicionais japoneses.

Figura 3 - Kosode, haori, hakama, 1600-1868


Fonte: http://www.bigkids.co.jp/rental/catalog/photo/242_montsuki_large.jpg

Sato (2011) cita também:

Algumas peças surgidas no início desse período refletem influência


portuguesa. A kappa (capa longa de corte circular, com ou sem gola, sem
mangas, usada como sobretudo) deriva das capas usadas pelos
navegantes portugueses, assim como a jûban (camisa com forma de
kimono curta usada como roupa de baixo) deriva do "gibão" português.
23

A partir da restauração Meiji, em 1868, por decreto do governo do Japão,


todos passaram a usar vestuário ocidental. Ao final da 1º Guerra mundial, em 1918,
quase todos os homens já estavam habituados a usar ternos, camisas, calças e
sapatos de couro.

Nos tempos modernos, a população do Japão em geral está acostumada a


usar trajes ocidentais. Tanto as mulheres quanto os homens raramente usam
kimonos, a não ser em eventos como casamentos ou festivais tradicionais. Desde a
virada do milênio, todavia, mais pessoas têm resgatado o uso do kimono no
cotidiano. Este movimento foi apelidado de fashion kimono – kimonos de forma
tradicional, mas com estampas modernas e faixas de amarrar na cintura (obis).

Ao analisar a história do kimono como vestuário ocidental e intermediá-la com


a história do karate em meados do século XIX, encontram-se indícios da possível
origem do traje de luta atual constituído pelo jûban visto no período dos 250 anos de
paz do xogunato.

2.1 ERGONOMIA E MODELAGEM

A ergonomia hoje faz parte dos produtos, não são valores considerados
agregado, mas sim uma obrigação das empresas que fabricam uniformes com
design.

Nos projetos do trabalho e das situações cotidianas, a ergonomia focaliza o


homem. As condições de insegurança, insalubridade, desconforto e
ineficiência são eliminadas adaptando-as às capacidades e limitações
físicas e psicológicas do homem. (DUL, p. 2, 2004)

Ainda, de acordo com Dul (2004), a ergonomia explora múltiplos aspectos: a


postura e os movimentos corpóreos, fatores ambientais, informação, relação entre
24

mostradores e controles, bem como cargos e tarefas. A junção apropriada desses


fatores comporta projetar uma atmosfera segura, com kimonos benfazejos, cômodos
e hábeis, tanto no trabalho quanto na vida habitual

Fundamenta-se em outras vertentes do conhecimento, como biomecânica,


antropometria, toxicologia, fisiologia, psicologia, desenho industrial, informática,
eletrônica, gerência industrial e engenharia mecânica. Reúne, seleciona e integra os
conhecimentos relevantes dessas áreas científicas, com métodos para introduzir os
conhecimentos levantados para o benefício do trabalho e das condições humanas.

Segundo Moraes, a Associação Internacional de Ergonomia (IEA – The


International Ergonomics Association), apresentada pela Associação Brasileira de
Ergonomia (ABERGO, 2011) adota a definição oficial de ergonomia nos seguintes
termos:

A ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada


ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros
elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e
métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho
global do sistema. Os ergonomistas contribuem para o planejamento,
projeto e avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e
sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades,
habilidades e limitações das pessoas.

No vestuário e, principalmente, nos uniformes, os requisitos para um bom


produto, de acordo com Araújo (1996), são: “Proteger fisicamente o indivíduo contra
as intempéries; assegurar o conforto durante o uso; melhorar a aparência estética do
utilizador, pronunciando certos aspectos anatômicos e ocultando outros.” Isso
considerado, o produto estudado está com as características anunciadas.

Para Grave (2004, p. 57 – 58):

A ergonomia vai além de uma investigação para a melhoria e a organização


metódica do trabalho, a fim de aprimorar a relação entre o homem e
máquina. Está à frente, integra um conjunto de ciências, convergindo e
divergindo deve melhorar a qualidade de vida do indivíduo.
25

A ergonomia não é mais apenas uma ferramenta de auxílio à qualidade do


trabalho, hoje está aplicada à qualidade de vida como um todo, circundando os
indivíduos em atividades esportivas, lazer etc. Ao passar pelo ambiente de trabalho
e adequá-lo às condições favoráveis para o usuário, transcende-se um dos níveis
abrangentes da ergonomia. Alcançar a integração corpo e técnica proporciona outro
componente intermediário: o vestuário. Grave (2004) diz que quando se trata de
ergonomia em conjunto com o uniforme, prevalece a função, com isso, pode-se
interagir, harmonizar, facilitar a capacidade físico-motriz, otimizar o desempenho do
corpo e o rendimento da máquina de trabalho - o homem - independentemente das
variações climáticas.

De acordo com Aguiar (2011), “O uso do kimono para a prática do karate ou


outras artes marciais que o adotam como vestimenta é expressamente importante
para a boa apresentação da arte”. Essa indumentária - além de ter total influência
oriental, seu corte reto se adapta facilmente ao corpo - por conter grandes
proporções de folga de contato aos membros, facilita os movimentos dos golpes de
quem o utiliza, porém não possui um adequado sistema de ventilação, tornando-se
um vestuário de fácil mobilidade, mas de desagradável aquecimento corporal. A
respeito disso, Grave comenta:

A modelagem tem função participativa e ativa nos movimentos articulares.


Nos movimentos, alguns músculos encolhem-se cerca de 30% da sua
medida natural, dentro da posição anatômica (ou posição zero). Para
atender uma ordem na execução de um movimento, o cuidado com o
cálculo determina a construção da peça, pois ela trabalhará
simultaneamente com o corpo.

Considerar a atividade (região do corpo), a localização e a consciência do


movimento e ainda relevar ações involuntárias proporcionará qualidade de
vestuário e bem-estar para o usuário. (2004, p. 49)

Além da propriedade térmica e antropométrica, considerar o equilíbrio que o


uniforme pode proporcionar acentua a performance do atleta. Para Grave (2004, p.
55), “o mover-se e locomover-se pedem equilíbrio. Para tanto, o tecido do vestuário
necessita de realinhamento em seus planos e amplitude, para que a massa corpórea
26

reaja com saúde e beleza à sua liberdade, mostrando a vida”. Dessa forma, o
desenvolvimento da modelagem e escolha do material necessita aplicar regras
anatômicas para contribuir ergonomicamente com o usuário.

Entendendo os princípios e movimentos dessa arte de combate - karate - e


associando-o aos princípios da evolução dos quimonos, é possível estudar
prováveis benefícios que a ergonomia pode surtir para essa atividade desportiva.
Para tanto, é preciso que o produto passe por verificações, segundo Iida (2005,
p.19), “O problema da adaptação do trabalho ao homem nem sempre tem uma
solução trivial que possa ser resolvido na primeira tentativa”.

A motivação de se aprofundar no assunto foi sentida ao levar em


consideração o equilíbrio térmico. Iida (2005, p. 493) diz que:

A evaporação é o mecanismo mais importante do equilíbrio térmico. Ela


ocorre nos pulmões e na superfície da pele, sob a forma de suor. Cabe
destacar que não é propriamente a produção de suor, mas a sua
evaporação que contribui para remover o calor. Assim, quando o corpo
apresenta gotículas de suor visíveis na pele, é uma indicação de
desequilíbrio, ou seja, o suor produzido não está sendo removido em ritmo
suficiente para manter o equilíbrio térmico.

De acordo com o tecido escolhido, a ventilação pode promover o bem estar


para o esportista, não somente nessa arte marcial, como também em tantas outras.
Dessa forma, a tela colocada nos lugares estratégicos pode promover maior conforto
com o ato de ventilar, mas também ajudar com que o suor do corpo do atleta se
evapore com maior facilidade promovendo a apropriada função do ato de transpirar -
que é extrair do corpo a temperatura que se elevou por conta do aquecimento físico
e que está se dissipando em forma de gotículas pelas glândulas sudoríparas. -
Assim como cita Ravagnani (2011): “O suor é um dos muitos fluidos corporais.
Também chamado de transpiração, consiste na perda de líquido produzido pelas
glândulas sudoríparas.”
27

2.2 MATERIAIS TÊXTEIS

Os avanços tecnológicos para a fabricação de tecidos beneficiam a cadeia do


vestuário, possibilitando adaptações e melhorias para produtos que buscam estar
aptos ao dia-a-dia e consumo. Exemplo dessa apropriação são os tecidos
inteligentes. Pinheiro (2010) revela a descoberta de um tecido que não se suja, “este
produto têxtil, sem substâncias nocivas para o ambiente, é fácil de limpar, e, por
isso, não precisa lavá-lo com frequência, reduzindo a fatura da electricidade, da
água e dos químicos dos detergentes.” Os “kimonos”, além de brancos, são
expostos a ambientes externos e internos suscetíveis a sujidades. Além do material
que não absorve a sujidade, Pinheiro (2010) também comenta sobre os couros
biocoloridos que são refletores de luz, antimicrobianos e livres de odores
desagradáveis. O projeto - denominado nanoleather - tem o intuito de criar melhorias
para o dia-a-dia, proteger o meio ambiente, com um baixo risco de reações
alérgicas.

Outro material de relevância apresentado por Ishibe (2011): “Lumiza”,


desenvolvido pela empresa Kanebo Ltda., é uma das únicas fibras têxteis de acrílico
com capacidade de retenção de umidade, Possibilitou-se isso por possuir
microporos dispostos aleatoriamente no decorrer da fibra o que confere a
capacidade de absorção e transporte de umidade por capilaridade e posterior
evaporação. Associa uma maior transpiração, secagem rápida e ventilação, com
maciez, leveza e isolamento térmico que se agrega na capacidade ergonômica do
produto desenvolvido, aderindo benefícios que possibilitam um maior rendimento
para o esportista. Neste mesmo roteiro, o autor apresenta o poliéster com fibra
hidrofóbica, produto que resulta em pouca afinidade com água, o que o permite ser
bastante durável e a superfície da fibra cria um ambiente não propício para os
microorganismos, conferindo ao produto característica antibiótica inerente.
Ishibe (2011) também apresenta outro material com propriedades termais:

Outlast (Outlast Technologies, Inc): Esta é uma fibra definida como material
micro-termal. Ela tem capacidade de absorver, armazenar, distribuir e
dissipar o calor de forma controlada. É normalmente utilizada em meias
para produzir produtos que conseguem distribuir calor de forma a manter a
28

temperatura confortável integralmente no conjunto evitando pontos de


extremos (tanto quente quanto frio).

Dessa forma, ao se associar às capacidades dessas fibras dotadas de


nanotecnologias, aplicando-as em conjunto com o design na modelagem - atribuindo
recortes e efeitos nas proporções e locais devidos - pode-se construir atrativos
comerciais resultantes de adequação e utilização oportuna das tecnologias têxteis.

Além de tecidos com propriedades beneficiadoras, há também a forma que o


entrelaçamento das tramas dos tecidos é feita, conferindo a ventilação necessária
para o vestuário esportivo. O entrelaçamento dos fios confere ao tecido
propriedades que o qualificam como macio, resistente, indesmalhável etc. Uma
característica considerável para a atribuição dos materiais nos produtos para artes
marciais é a resistência, pelo fato de os artigos serem submetidos a fortes atritos.
Acredita-se que ao optar pelo entrelaçamento de malharia de urdume, pode-se
confiar a malha à resistência necessária.

Segundo Maluf (2003):

Na malharia por urdume as malhas são formadas simultaneamente no


sentido longitudinal do tecido, sendo cada agulha alimentada por um fio. A
operação que antecede a formação da malha propriamente dita é o
urdimento, onde os fios são dispostos ordenadamente e paralelamente
sobre uma bobina, conforme a largura desejada do tecido.

A malharia por urdume distingue-se em dois tipos: Máquinas Kettenstuhl e


Máquinas Raschel. (p. 156)

Confia-se à malharia por urdume maior resistência, pois o sistema de


entrelaçamento de fios é indesmalhável, atribuindo longevidade à matéria prima.
Maluf (2003) explica que o material resultante da Máquina Kettenstuhl diferencia-se,
no sistema de produção, e permite originar artigos mais finos, por utilizar agulhas
mais finas. Produz com agulha mais fina e composta, e a direção do puxamento do
tecido é perpendicular às agulhas, ocasionando maior velocidade e produção.
29

Contrário a esse sistema, as Máquinas Raschel empregam agulhas de lingueta, a


direção de puxamento do tecido é paralela às agulhas, produz em baixa velocidade
devido ao tipo de agulha, porém são mecanicamente simples, comportam produção
de artigos mais grossos e pesados, ideais para tecidos bem abertos e transparentes,
sem prejuízo à uniformidade do entrelaçamento dos fios.

Atualmente, a variedade de materiais encontrados na área têxtil é


extremamente ampla e as pesquisas se aprimoram constantemente. Fibras com
propriedades beneficiadoras, filamentos desenvolvidos para o aprimoramento de
atividades específicas, artefatos que contribuem para a educação e saúde do corpo
são atributos da área.

Optou-se pela malha de urdume por todas as características nela inseridas:


resistência, indesmalhabilidade e ventilação.

2.3 DESIGN

Os materiais empregados nos kimonos de karate pelas indústrias são


basicamente os mesmos e se utilizam de uma sequência habitual, isto é, a carreira
dos atletas inicia-se com quimonos de materiais leves e menos resistentes e,
gradualmente, agregam tecidos com maior resistência, o qual proporciona ruído que
é próprio do esporte. Dessa forma, construiu-se a tabela abaixo para melhor
compreensão.

Preço
Produto Material Consumidor Explicação
(adulto)
Em grande maioria
quase todas as
pessoas que iniciam
a prática do esporte,
Kimono Sarja leve Iniciantes,
fazem uso deste
karate Gi 100% infantil e R$90,00
produto até adquirir
Start Algodão treino.
prazer pela atividade
e descobrir os
demais produtos que
lhe proporcionarão
30

maior desempenho.
Por ser um material
Iniciantes e leve e maleável
Kimono para quem proporciona maior
Oxford 100%
karate Gi pratica o mobilidade e R$84,00
Poliéster
Oxford kumite (luta, agilidade aos golpes
combate) empregados contra o
adversário.
Por ser um material
Iniciantes e leve e maleável
Kimono Micro fibra para quem proporciona maior
karate Gi 100% pratica o mobilidade e R$86,00
Micro fibra Poliéster kumite (luta, agilidade aos golpes
combate) empregados contra o
adversário.
É um quimono que
proporciona
destaque aos
movimentos de
Lona
Kimono Atletas que precisão, explosão e
canelada
karate Gi praticam o força, sendo assim R$123,00
100%
Canelado esporte. utilizado por quem se
Algodão
dedica a prática dos
katas (sequência de
golpes para
demonstração).
Este quimono
proporciona
destaque aos
movimentos de
Lona média Atletas que
Kimono precisão, explosão e
100% praticam o R$136,00
karate Gi PA força, sendo utilizado
Algodão esporte.
por quem se dedica
à prática dos katas
(sequência de golpes
para demonstração).

Este quimono
proporciona
destaque aos
movimentos de
Kimono Lona média Atletas que
precisão, explosão e
karate Gi 100% praticam o R$154,00
força, sendo utilizado
Standart Algodão esporte.
por quem se dedica
à prática dos katas
(sequência de golpes
para demonstração).
31

Este quimono
proporciona
Kimono destaque aos
Lona pesada
karate Gi Atletas movimentos de
100% R$189,00
Medium profissionais. precisão, explosão e
Algodão
Canvas força, sendo utilizado
por quem se dedica
a prática dos katas.

Este quimono
proporciona
Kimono destaque aos
Lona pesada
karate Gi Atletas movimentos de
100% R$217,00
Heavy profissionais. precisão, explosão e
Algodão
Canvas força, sendo utilizado
por quem se dedica
a prática dos katas.
Tabela 1 – Tabela de modelos, materiais, perfil do consumidor, atividade específica e preços
praticados
Fonte: Autor, 02/10/2011.

A ergonomia já foi, muitas vezes estudada nas áreas de atividades de


trabalho, utilidades diárias, indumentárias etc. e, na área de design, usada no
aperfeiçoamento das criações de objetos, mais precisamente, na área de moda em
indumentárias para o dia-a-dia, para trajes sociais, uniformes e atividades
esportivas. A ergonomia é encontrada em grande parte das criações atuais por
tornar-se um quesito básico para o conforto dos produtos. Segundo Gomes Filho
(2010, p. 21):

O design é a ferramenta com a qual se pode contar para a melhoria do


padrão de qualidade dos objetos em geral. É no design que todas as
qualidades desejadas são planejadas, concebidas, especificadas e
determinadas para o objeto, amarradas à sua natureza tecnológica e aos
demais processos que fazem parte de sua produção.

Considerando que as atividades esportivas, especificamente as artes


marciais, também necessitam de trajes adequados e constituem-se em boa parte de
modelagem, acredita-se na possibilidade de aprimoramento das roupas e acessórios
para combate. Pode ser o momento propício para propor novas formas de utilização
da ergonomia e design. De acordo com Gomes Filho (2010, p. 21), “o design existe
32

exatamente para possibilitar a concepção, a inovação, o desenvolvimento


tecnológico e a elaboração de objetos que, dentro de um enfoque sistêmico, permita
reunir, integrar e harmonizar diversos fatores relativos à sua metodologia projetual”.

A ergonomia preocupa-se com todos os fatores que influenciam na


concepção do design, está atrelada não somente à sua forma, mas também à sua
adequação antropométrica de materiais e resultados funcionais. GOMES FILHO
(2010, p. 107) faz referência a que, dependendo da ocupação, os trajes profissionais
devem possuir características como: adequação de tecidos e materiais de acordo
com a função de uso, ocupação, como por exemplo, resistência, durabilidade,
impermeabilidades flexíveis, assim como adequações antropométricas para
contemplar condições dimensionais, visando abranger os diversos biótipos, idades,
sexos.

A importância da ergonomia (nesse caso ligada diretamente às áreas de


atuação do design de moda e do design do produto) vai residir,
principalmente, nos padrões de qualidade técnica de moldes e na
adequação dos materiais mais apropriados para a confecção desses trajes
e, naturalmente, se estende a eventuais outros acessórios, como por
exemplo, calçados, cintos, luvas, óculos, quepes, capacetes, e assim por
diante. Tudo isso de acordo com a função da tarefa e/ou uso de um
determinado traje. (GOMES FILHO, 2010, p. 107)

Isso considerado, nota-se a importância que a ergonomia tem ao ser ligada


ao design de moda o qual possibilita trabalhar a estética e a ergonomia de um
produto. A ergonomia é constituída diretamente correlacionada com o design,
conforme sua elaboração, proporcionando desde sua modelagem, um histórico de
desenvolvimento dotado de preocupações comuns com o mesmo intuito: a
adequação de um produto que faz parte de uma atividade física desempenhada pelo
homem.

Paralelamente, Bürdek (2010, p. 15) comenta que: “O designer deveria se


voltar também a meios de satisfazer as necessidades da vida social ou individual”.
Ao considerar as funções que os uniformes têm a desempenhar, Gomes Filho
(2006) concorda que a função prática está ligada à adequação do produto e às
necessidades fisiológicas do usuário, equivalentes a facilidade de uso, prevenção de
cansaço, conforto, segurança e eficácia de utilização. Pontuando o que o trabalho
33

em questão pretende desenvolver, insere-se o design com o intuito de satisfazer o


usuário ao utilizar artigos mais confortáveis para a prática do desporto.

2.4 EVOLUÇÃO DO DESIGN NA EMPRESA SHIROI

Ao analisar os produtos, site, catálogo, identidade visual, modelagem e


materiais da empresa Kimonos Shiroi, foi possível perceber a ausência de design
para cumprir com as funções estéticas e ergonômicas da marca.

A estruturação para a área de design é nova na marca, a qual anseia por


inovação no setor por perceber a carência que o mercado consumidor tem
apontado.

Para auxiliar o design nesse redesenho de produtos, será de grande valia


considerar as novas tecnologias do mercado têxtil para aprimorar não somente a
estética dos artigos, mas também seus materiais que podem trazer benefícios
antibióticos e aumento da resistência, proporcionando melhor qualidade ao que se
confere à inovação.

Outro fator pouco atribuído e explorado aos equipamentos até o momento é a


ergonomia, o que pode surtir efeito pontuável ao ser aproveitado nas criações.

A empresa tem um grande potencial de produção, porém ao desconsiderar o


design por tanto tempo, 23 anos, perdeu fortes chances de se firmar no mercado,
sendo ultrapassada por empresas novas como a Pretorian, três (3) anos, que desde
o início apostou no design para se consolidar no mercado dos uniformes,
equipamentos e acessórios para artes marciais.

Outro fator importante a considerar para a elaboração de novos modelos de


kimonos é a evolução que ocorreu nos uniformes em muitos outros esportes para o
aprimoramento e o melhor resultado nas competições e treinos. Exemplo disso é a
roupa de natação para competição de velocidade. Segundo Criss (2008), as
primeiras roupas de natação eram maiôs que chegavam a pesar 5 kg. Depois disso,
iniciou, na metade do século passado, o pensamento de que quanto menos roupa
melhor seria o desempenho do atleta, e passaram a usar sungas. No final dos anos
34

90 a tese de que quanto menos roupa melhor caiu por terra e os nadadores
começaram a aparecer com calças e shorts colados às pernas. Depois dos shorts e
calças, surgiu um novo maiô - hoje com a tecnologia de ponta, as peças sem
costuras - que chega a proporcionar consideráveis resultados nos placares das
competições, diminuindo o atrito em até 6%, aumentando a velocidade final em até
4%.

O design proporciona a evolução em outros esportes praticados


mundialmente. O karate é um esporte caracterizado como arte marcial praticada no
mundo, oriundo do Japão, e que até hoje segue os mesmos padrões dos kimonos
japoneses, mas atualmente o karate alcançou as fronteiras em todo o planeta,
portanto poderiam partir para outro modelo, se não mais ocidental, pelo menos mais
universal. Em outros esportes os uniformes evoluem para possibilitar melhores
resultados, trajes com mangas, sem mangas, tecidos mais leves, ou mais pesados,
com menor atrito do corpo, com menor ou maior ventilação. O karate, além de ainda
não conseguir ser um esporte olímpico, não evoluiu seu traje com os avanços
tecnológicos. Por que ter de seguir padrões? Por falta de ideias que aprimorem o
esporte? Por falta de empresas preocupadas com um esporte necessitado de
evolução e inovação?

Talvez o conservadorismo seja a causa da falta de aperfeiçoamento do traje


para o karate, porém não existem regras para o treino e prática amadora do
desporto. O praticante da arte passa a maior parte da sua vida de treino na
academia, e é lá que ele precisa sentir prazer e comodidade ao vestir uma roupa
que lhe possibilite estar adequado aos costumes comuns da arte marcial, porém
permitindo-lhe sentir-se sem incômodos com o calor e transpiração excessiva,
atraindo-o para uma atividade agradável e disposta.

Isso considerado, o design pode ser o avanço para esse uniforme.

2.5 INTERNET

O advento da internet expandiu os limites da comunicação, atrai novos


investidores em suas redes e visionários implantam sistemas para um possível
35

benefício. Redes sociais que despertam contatos instantâneos são uma das formas
mais vistas de comunicação de marketing.

De acordo com Gonçalves (2002, p. 54), uma das vantagens da Internet como
relacionamento, é a comunicação não presencial, que facilitada à distância, provoca
alterações no campo científico, nas descobertas e nas invenções, nas técnicas, no
trabalho, nas organizações, nos relacionamentos, na família, na escola, nas cidades,
no campo, na política, na riqueza e na miséria.

A internet é uma eficaz ferramenta para as empresas, pois faz uso de


divulgação hábil, de baixo custo e possibilita o e-commerce que substitui vendedores
e possíveis contratações de mão de obra desqualificada. É o veículo mais veloz para
disseminar informações e, ao mesmo tempo, para uma grande quantidade de
internautas, com informações modificáveis e atualizadas a qualquer instante,
permitindo que inúmeras pessoas tenham acesso.

Pinheiro e Gullo (2005, p. 33) lembram que:

A pesquisa de marketing é considerada uma ferramenta de comunicação


com o consumidor, pois conversa com ele a todo momento, ou seja, na pré-
definição de um produto, durante a introdução do produto no mercado e
após o lançamento dos produtos. Tem uma característica diferenciada das
outras ferramentas à medida que não influencia diretamente na decisão do
consumidor no ato da compra.

A pesquisa de marketing trabalha no sentido de subsidiar informações para a


tomada de decisões de marketing. É de extrema importância, todavia, no processo
de comunicação com o mercado. Na verdade, sem pesquisa é praticamente
impossível trabalhar em marketing e comunicação.

As ferramentas de comunicação têm a finalidade de levar a mensagem ao


público-alvo, para que ele possa interpretar e decodificar, para assim dar sua
resposta para determinada marca.

É preciso atentar-se à motivação como forma de persuasão. Se a proposta


motiva, maior probabilidade de se alcançar a persuasão, com isso pode-se
36

sensibilizar o consumidor, atingir seu gosto e fazê-lo criar vínculos com a marca.
Pinheiro e Gullo (2005, p. 41) sugerem que:

É necessário ter um pensamento estratégico de como integrar as mídias e


seus veículos de comunicação de forma adequada. Nem sempre devemos
usar todas as mídias, ou parte delas. Devemos sim utilizar as mídias certas
que se complementem (que se integrem) para um bom retorno da
comunicação e rentabilidade sobre os investimentos das verbas de
comunicação de marketing.

Compreender quais as atividades e recursos midiáticos o público-alvo acessa


concentra grande poder de acerto em onde investir o marketing da empresa a qual
se comunica com seus consumidores através dos seguintes elementos, como
indicam Pinheiro e Gullo (2005, p. 27), “propaganda, relações públicas, promoção de
vendas, merchandising”.

Acredita-se que ao atualizar o site e iniciar o e-commerce as vendas


alcançarão de 20% a 30% de aumento, intensificando os valores que o ótimo
marketing e design podem possibilitar.
37

3 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS

3.1 DIRECIONAMENTO MERCADOLÓGICO

3.1.1 Empresa

Kimonos Shiroi

3.1.2 Porte

Médio

3.1.3 Marca

Shiroi

3.1.4 Conceito da marca

A Shiroi concentra todos os produtos para as artes marciais em um único


ambiente. Estuda, desenvolve e aprimora produtos para atletas das mais variadas
modalidades, dedicada a bem atender seu consumidor, apta a criar todos os
produtos para um atleta que busca a perfeição.

Shiroi que descende da palavra shiro do idioma japonês, que significa


“branco” em português, traz, em suas origens, a clareza, reflexão e concentração -
atributos de um atleta vencedor - além de ser a cor que acompanha grande parte
dos esportistas das artes marciais em suas vestimentas.
38

Adepta da qualidade, a Shiroi, há 23 anos, consolida sua história envolta no


bem vestir e longevidade de seus artigos.

3.1.5 Segmento

Fitness wear e Sport wear.

3.1.6 Distribuição

A Kimonos Shiroi conta com lojas próprias em quase todos os estados do


Brasil, localizadas estrategicamente nos maiores aglomerados de esportistas de
cada região. Representação de vendas no estado do Rio de Janeiro. Revenda nos
estados de Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Paraíba, Alagoas e Bahia. Conta
também com um site e-commerce com atendimento a todo o Brasil, ao qual todos os
pedidos são vinculados diretamente pela matriz, Apucarana – PR.

3.1.7 Concorrentes

Atama, Seishin, Shinai, Meikyo, Adidas, Shizen, Yama e Pretorian.

3.1.8 Sistema de vendas

As lojas recebem semanalmente produtos da sede, Apucarana – PR,


comercializam os produtos para o público em geral: professores e alunos praticantes
de artes marciais. As vendas também são feitas pela internet onde o consumidor
pode encontrar todos os produtos da marca, e recebê-los, com toda a comodidade,
39

em seu domicílio. Há também o pedido personalizado no qual o consumidor - que


desejar um produto com medidas ou estampas diferenciadas - conseguirá registrar
seu pedido, e recebê-lo em um curto prazo.

3.1.9 Pontos de vendas

Cidade - Estado Endereço


1 Apucarana - PR Anexo à matriz.
Rua Vinte e Quatro de Maio, nº 2226/2228.
2 Curitiba - PR
Bairro Rebouças. CEP: 80220-060.
Rua Príncipe, sala 108, nº 429. Bairro Centro.
3 Joinville – SC
CEP: 89201-000.
Rua Dr. Carlos Barbosa, sala 201, nº 237.
4 Porto Alegre – RS
Bairro Azena. CEP: 90880-501.
Av. Almirante Barroso, nº 71. Braga Shopping
5 Belém - PA
– Loja 47. Bras. CEP: 66093-020.
Sd Sul bloco L, nº 30. Edifício. Miguel Badya,
6 Brasília – DF
sala 30. Asa Sul. CEP: 70394-901.
Rua Rui Barbosa, nº 2786. Bairro Centro.
7 Campo Grande – MS
CEP: 79002-369.
Rua Benedito Monteiro, nº 88. Bairro Centro.
8 Várzea Grande – MT
CEP: 87110-390.
Rua Barão, nº 911. Praça Seca Jacarepaguá.
9 Rio de Janeiro – RJ
CEP: 21321-620.
Rua Dr. Pio Borges, nº 3118. Bairro Vermelho.
10 São Gonçalo – RJ
CEP: 24412-000.
Rua Barão de Cocais, nº 144. Bairro Sagrada
11 Belo Horizonte – MG
Família. CEP: 31030-100.
Rua Domingos de Moraes. Nº 348. Vila
12 São Paulo – SP
Mariana. CEP: 04010-000.
Av. Suplicy, nº230. Jd. Santa Mena. CEP:
13 Guarulhos – SP
07096-000
Av. Ten. Haraldo Egidio de Souza Santos, nº
14 Campinas – SP 99. Jd. Chapadão. CEP: 13070-160. (Não
seria “Heraldo” ou “Eraldo”?)
Rua David Caldas, nº 712. Bairro Centro
15 Teresina – PI
Norte. CEP: 64000-280.
Jaboatão dos Guararapes – Rua Dr. Miguel Arcanjo, nº 21. Bairro Piedade
16
PE – Galeria Trade Center. CEP: 54410-050.
Rua Agenor Vieira, nº 140. Bairro São
17 São Luis – MA
Francisco. CEP: 65076-020.
Travessa da Ajuda, nº 40. Bairro Centro. CEP:
18 Salvador – BA
40020-030.
19 Fortaleza – CE Av. Santos Dumont, nº 1719. Bairro Aldeota.
40

CEP: 60150-160..
Tabela 2 – Pontos de venda
Fonte: Autor, 02/11/2011.

3.1.10 Público-alvo

Masculino e feminino, 5 a 60 anos, com alto poder aquisitivo e, outros,


carentes. Jovens, crianças e idosos. Alunos ou senseis. Alguns com grande poder
de controle mental, respeito e honra; outros que, por conta da grande indisciplina,
caíram nesse meio, mas que futuramente aprenderão com esse esporte um caminho
digno. Médicos, professores, engenheiros, pedreiros, operários, alunos de escolas
públicas e particulares, universitários etc. Roqueiros, funkeiros, pagodeiros,
sertanejos etc. Os que gostam de leitura, os eruditos, ou os que recusam livros. Os
que gostam de jornal, novelas e desenhos animados, os que não passam perto da
televisão. São pessoas dos mais diversos e intrigantes tipos e gêneros espalhados
pelo Brasil, unidos por um único gosto, o karate.

Figura 4 – Público-alvo
Fonte: http://www.corbisimages.com/stock-photo/royalty-free/42-27726913/young-man-sitting-
outdoors?popup=1 e http://www.passarelateen.com.br/2011/07/vanessa-muda-o-visual-e-deixa-
cabelo-curto/otto_watson-2/
41

4 CAMPANHA DO SITE

4.1 PROMOÇÃO

O site é estruturado com vínculo ao blog da marca. Esse blog recebe


informações semanais ou quinzenais, quando o Twitter e o Facebook mantêm os
consumidores atualizados com as últimas novidades sobre a marca, sejam eles
novos produtos, patrocínios, campeonatos etc. O catálogo não terá mais a versão
impressa, e sim a virtual. A empresa se utiliza do site há cinco (5) anos, desde a sua
implantação ficou sem atualizações. Com o novo produto e a necessidade de
melhorar a imagem da empresa, a atualização foi inevitável. Através de fotos do
produto com novo conceito, para a reestruturação desse site seguiram-se padrões
estéticos utilizados em marcas concorrentes da Shiroi, com isso aderiu-se a funções
globais do mercado de vendas atuais, com os atributos para e-commerce na
empresa.

Encontra-se no apêndice o site anterior e posterior ao redesing, assim como


as fotos para o catálogo virtual.

4.2 CATÁLOGO VIRTUAL

Optou-se pela implantação do catálogo na web, por concentrar mais de mil e


quinhentos (1.500) acesos semanais, com isso, acredita-se na comunicação direta e
de fácil compreensão com o consumidor externo, considerando que a marca está
difundida em todas as regiões do país. A impressão e envio de catálogos, folders,
panfletos etc., retardariam o processo de divulgação de novos produtos, no entanto,
o vínculo do site com o Facebook, Orkut, Twitter e Blog, atingirá o público de forma
instantânea e, consequentemente, menos desgaste ambiental com impressos.
42

O catálogo, ao ser vinculado ao site, agregará apelo estético e de


entretenimento ao visitante do hotsite, pois conta com produção e direção de
fotografia e vídeo com atletas de artes marciais, com os movimentos de suas
modalidades, contendo katas, kumites, embus, cumprimentos, lutas no chão etc.,
utilizando o uniforme de cada modalidade de suas artes.

4.3 CONCEITO PARA MÍDIAS PUBLICITÁRIAS

A produção do catálogo virtual e vídeo propaganda inspirara-se em origens


marciais que remontam a cenas de combates épicos, ruínas de um passado distante
transformadas em um campo de paintball convertem-se em lapsos de memória não
vividos que deixaram fortes marcas na humanidade.

4.4 BLOG

O blog promete atuar como o veículo que dará suporte ao site que não recebe
atualizações tão facilmente, ou seja, produtos novos que foram lançados e
fotografados - que entrarão no mercado - depois de divulgados nas redes sociais,
terão espaço no blog para prévias informações de venda. Receberá, também,
atualizações de notícias importantes que à marca estiveram inseridas, como por
exemplo: campeonatos que a Kimonos Shiroi patrocinou, atividades dos
patrocinados pela marca etc.
43

5 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO

5.1 FICHAS TÉCNICAS

Figura 5 – Ficha técnica de produto normal


Fonte: Autor, 02/11/2011
44

Figura 6 – Ficha técnica de produto desenvolvido


Fonte: Autor, 02/11/2011
45

5.2 SEQUÊNCIA OPERACIONAL

Operação Máquina
1 Preparar reforço das costas Reta
2 Preparar recortes em tela da blusa e manga, frente e Fechadeira
costas
3 Preparar ponteira da frente da blusa Fechadeira
4 Anexar reforço da gola da blusa Reta
5 Anexar mangas Fechadeira
6 Fechar laterais Fechadeira
7 Fazer barra da blusa e das mangas Pespontadeira
8 Pregar gola e anexar etiqueta na gola Pespontadeira
9 Pregar etiqueta da barra da blusa Reta
10 Pregar amarrações laterais Travete
11 Acabamento Manual
12 Dobrar e empacotar casando com a calça Manual
Tabela 3 – Sequência operacional da blusa
Fonte: Autor, 02/11/2011

Operação Máquina
1 Preparar taco de lycra com ponteiras de tela Fechadeira
2 Pregar taco e ponteiras na perna esquerda Fechadeira
3 Pregar taco e ponteiras na perna direita fechando até Fechadeira
o cós
4 Pregar elástico no cós Overloque
5 Fazer casinha no cós Caseadeira
6 Fazer o cós Pespontadeira
7 Fazer barra Pespontadeira
8 Reforçar a calça Travete
9 Pregar etiqueta Reta
10 Acabamento e passar cordão Manual
11 Dobrar e empacotar casando com a blusa Manual
Tabela 4 – Sequência operacional da calça
Fonte: Autor, 02/11/2011
46

5.3 CONSUMO ANTERIOR E POSTERIOR DE TECIDO

Tecido Kimono Microfibra Normal Kimono Microfibra Fitness


Microfibra 296cm 266,5cm
Tela de malha por urdume **************** 82cm
Elastano **************** 7,5cm
Tabela 5 – Consumo de tecido
Fonte: Autor, 02/11/2011

O consumo de tecido microfibra sofreu redução de 29,5cm, porém adesão de


outros dois materiais, tela de malha por urdume e elastano, agregaram mão-de-obra,
design e preço ao produto, encarecendo a peça, mas criando em conjunto com o
design ergonômico atrativos funcionais e estéticos.

5.4 PREÇOS PRATICADOS

Produto R$
Kimono karate Gi Oxford 84,00
Kimono karate Gi Micro fibra 86,00
Kimono karate Gi Start 90,00
Kimono karate Gi Canelado 123,00
Kimono karate Gi PA 136,00
Kimono karate Gi Stardart 154,00
Kimono karate Gi Medium
189,00
Canvas
Kimono karate Gi Heavy
217,00
Canvas
Luva para competição 47,00
Protetor de tórax 101,00
Capacete 101,00
Protetor de perna e pé 91,00
Tabela 6 – Preços praticados
Fonte: Autor, 02/11/2011
47

5.5 PESQUISA APLICADA “IN LOCO”

Para a constatação dos resultados do desenvolvimento do novo uniforme de


karate, o kimono foi submetido a testes para experimentação de três (3) atletas,
entre eles o primeiro pratica o esporte há trinta e cinco (35) anos, o segundo há dez
(10) anos, e o terceiro há seis (6) anos, ambos do sexo masculino. Os três (3)
disseram usar produtos da Kimonos Shiroi, e os modelos que utilizam são standart,
microfibra e Oxford, dos quais o standart foi o que menos auxilia no processo de
evaporação do suor e o modelo mais agradável foi o de microfibra. As atividades
mais praticadas foram a do kata e kumite, a qual o kumite foi visto como o que mais
exige fisicamente do atleta. O primeiro e o terceiro atletas transpiram sem exagero,
porém o segundo lida com transpiração excessiva.

Figura 7 – Prova dos kimonos


Fonte: Autor, 02/11/2011
48

Figura 8 – Teste experimental


Fonte: Autor, 02/11/2011

Ao vestirem o kimono desenvolvido o contentamento foi imediato, o conforto,


movimento, flexibilidade e ventilação foram sentidos facilmente. Notaram a diferença
térmica que a ventilação proporcionou e sentiram o ar a circular pelos seus corpos.

As amostras coletadas em testes experimentais de quantia em peso de


transpiração nos kimonos após treino não foram significantes, precisarão passar por
novos testes e com maior variedade de pessoas.

O questionário aplicado aos atletas encontra-se no apêndice.


49

5.6 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS


50
51
52
53
54
55
56
57

5.7 ANÁLISE E SELEÇÃO JUSTIFICADA DO LOOK ESCOLHIDO

O material do look escolhido foi pensado com o propósito de melhor resultado


de conforto, mobilidade e ventilação e, para tal, decidiu-se por utilizar tecidos com
fibras sintéticas e malharia por urdume que proporcionam longevidade, absorção de
umidade para melhor comodidade térmica - fatores significantes por se tratar de um
produto ergonômico.

Os recortes para adesão da malharia por urdume nas peças foi estudado
estrategicamente para pontos do corpo com maior incidência de transpiração e
acúmulo de gotículas de suor. O elastano inserido no taco da calça proporciona
maior mobilidade por ser uma região que sofre fortes pressões por abertura das
pernas.

O look selecionado, portanto, para confecção, são peças que atendem aos
quesitos de conforto térmico, estético, técnico e ergonômico.
58

5.8 ILUSTRAÇÃO

Figura 9 – Ilustração 1
Fonte: Autor, 02/11/2011
59

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo aplicado nos kimonos de


karate, em conjunto com a empresa Kimonos Shiroi que, segundo percepções do
autor, apresentavam possíveis melhorias se redesenhados em conjunto com os
conceitos da ergonomia.

O princípio da pesquisa se consolidou ao observar que havia um mercado


com necessidades de inovação. As percepções a respeito das oportunidades de
inovação se intensificaram a partir do questionário efetuado com público-alvo que
manifestou interesse de adaptações em seus uniformes.

O levantamento histórico bibliográfico efetuado apontou que poucas


modificações aconteceram nos trajes utilizados pelos praticantes de artes marciais.
Descobriu-se com a pesquisa que mesmo com o passar do tempo o kimono se
manteve tradicional e conservou suas origens, o que pouco permitiu avanços
tecnológicos em conjunto com áreas do conhecimento como a ergonomia e as
inovações têxteis.

Com base nos levantamentos feitos, chegou-se a conclusão que a adesão de


novos recortes e materiais poderiam ser a solução para o problema que se
propusera avaliar. Desenvolveu-se então gerações de alternativas plausíveis,
considerando a ergonomia e as possibilidades que a tecnologia têxtil propõem.

O novo design de uniforme foi desenvolvido a partir do modelo original com


aplicações de tecidos e recortes que proporcionam ventilação em pontos do corpo
com maior transpiração.

Para a constatação das melhorias do kimono desenvolvido, fez-se testes com


atletas que se propuseram a passar por avaliações de resistência, flexibilidade e
ventilação. Neste teste concluiu-se que as inovações estabelecidas resultaram em
significativas melhorias dentro dos objetivos propostos.

Além do desenvolvimento do uniforme também foi elaborado vídeo e


campanha para vínculo no novo site da marca Kimonos Shiroi, o qual promete
60

repercutir e demonstrar o quão importante é o design no mercado de produtos


esportivos.
61

REFERÊNCIAS

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http://www.abergo.org.br/internas.php?pg=o_que_e_ergonomia. Acesso em
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http://www.ricardoaguiar.com.br/artigos2.php?id=90122530. Acesso em 19/09/2011
às 04h05m.

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São Paulo: Editora Blucher, 2010.

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Acesso em 25/09/2011 às 22h59m.

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ergonômica. 2ª ed. São Paulo: Escrituras Editora, 2010.
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solução ou dilema? In: Freitas, Ricardo Ferreira e Luciane Lucas dos Santos (org).
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GRAVE, Maria de Fátima. A Modelagem sob a ótica da ergonomia. São Paulo:


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TREPTOW, Doris. Inventando moda: planejamento de coleção. 4.ed. Brusque: D.


Treptow, 2007.
64

APÊNDICE
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Questionário para Público-Alvo – Karatecas

Idade: Aluno ( ) Sensei ( ) Sexo: ( ) Masc. ( ) Fem.

Qual estilo de karate pratica?

Há quanto tempo pratica karate?

Pratica alguma outra modalidade de arte marcial?


( ) Kung Fu ( ) Aikido
( ) Taekwondo ( ) Capoeira
( ) Jiu Jitsu ( ) Muay Thai
( ) Judo ( ) Outras:

Gosta dos equipamentos da Shiroi para karate?

( ) Sim ( ) Não.
Alguma sugestão de melhoria?

Gostaria de equipamentos com Design moderno? Com melhor ventilação? (assinale


o número de alternativas que desejar)

( ) Capacete com novo formato e estampa.


( ) Luvas com estampa.
( ) Protetor de perna e pé com novo formato e estampa.
( ) kimono com recorte de outro tecido para entrada de ar e elasticidade.
( ) kimonos femininos com detalhes em rosa.
Alguma sugestão?
66

Questionários – Experimentações do kimono

1. Há quanto tempo pratica o esporte?


2. Qual modelo e marca de kimono utiliza?
3. Qual atividade mais pratica no esporte, kata, kumite, Embu?
4. Você transpira muito?
5. Com qual você transpira mais?
6. Qual o modelo mais agradável?
7. Qual atividade mais exige fisicamente de você?
8. Qual a sua dificuldade na prática do karate?
9. O que sentiu ao utilizar o novo kimono? Melhorou a transpiração, conforto,
movimento, flexibilidade, mais agradável?
10. Notou diferença térmica?
11. Transpirou menos?
12. Pode notar o sistema de ventilação, resfriamento, entrada de ar?
13. O uniforme é agradável?
67

SITE ANTES DO REDESIGN


68

SITE DEPOIS DO REDESIGN


69

CATÁLOGO
70
71

Uniforme desenvolvido.

Uniforme desenvolvido.
72

Uniforme desenvolvido.
73

Uniforme desenvolvido.

Uniforme desenvolvido.
74
75
76
77

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