Trabalho de Linguistica 2
Trabalho de Linguistica 2
Trabalho de Linguistica 2
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Discentes:
BEIRA
2023
UNIVERSIDADE LICUNGO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Docente:
MA.Pascoal Guiloviça
BEIRA
2023
Índice
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2. O QUE É A LINGUAGEM?..................................................................................................5
4. O QUE É A LINGUAGEM....................................................................................................8
7. LINGUAGEM E EVOLUÇÃO............................................................................................13
3. CONCLUSÃO......................................................................................................................15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................16
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1. INTRODUÇÃO
Neste presente trabalho vai se abordar sobre origem da linguagem. Ora! A curiosidade que o
Homem tem em querer saber quais às suas origens e natureza, fazem com que vários
pensadores, embora alguns foram á margem do direitos humanos, buscassem respostas usando
diversas maneiras de investigação, alguns defendem usando a natureza, embora tem os que
usam crianças como cobaias, foram várias teorias levantadas que falam da origem da
linguagem. Segundo Muller (1871) nada seria sem dúvida mais interessante do que conhecer
através de documentos históricos o processo exacto pelo qual o primeiro homem começou a
articular as primeiras palavras, para que de uma vez por todas nos vermos livres das teorias
sobre a origem da fala.
O que é a linguagem!? Como terá surgido? Estas questões serão respondidas no seu
desenvolvimento do trabalho, eis que muitos filósofos têm várias especulações sobre esta
temática e acreditam que o Homem e a linguagem estão intimamente conectados, poderíamos
acreditar também na perspectiva de que a linguagem tem como sua consistência em
manifestação de sentimentos. São teorias que serão claramente explícitas e definidas com
tamanha clareza.
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2. O QUE É A LINGUAGEM?
Ao longo dos tempos filósofos têm se especulado sobre este tema, foram escritos tratados
sobre o assunto, atribuíram-se prémios a melhores respostas para estes problemas que
suscitam eterna perplexidade. Tem se defendido teorias da origem divina ou do
desenvolvimento da espécie ou ainda da linguagem como invenção humana (Fronklim e
Rodman, 1993, p.19).
Tanta especulação não é de se admirar, pois, muitas das primitivas teorias sobre a origem da
linguagem resultaram do interesse do homem pelas suas próprias origens e natureza, isto
porque o homem e a linguagem estão intimamente ligados. Pensou-se que descobrindo:
Como, quando e onde nasceu a linguagem, talvez se viesse a descobrir: Como, quando e onde
nasceu o homem. As dificuldades inerentes à resolução destas questões acerca da linguagem
são imensas.
Para eles o homem existe há pelo menos um milhão de anos e talvez a cinco ou seis milhões
de anos. Os primeiros registos escritos que foram decifrados datam apenas de a seis mil anos:
São os escritos de sumérios de 4000 a.C. Estes registos são tão tardios na história do
desenvolvimento da linguagem, nada esclarecem quanto à origem da linguagem.
Poderíamos concluir que a procura deste conhecimento está condenada ao fracasso. A única
evidência que temos da língua antiga é a escrita. A língua ou línguas que os nossos
antecessores mais remotos falavam estão irremediavelmente perdidas, pois, carecem de
sistemas de escrita. No final do séc. XIX os estudiosos estavam mais interessados numa
ciência rigorosa que ridicularizaram, ignoraram e até banalizaram a questão da origem da
linguagem.
Em 1866 os linguístas de París proscreveram todos os artigos dedicados a este assunto. Esta
interdição viria a ser reconfirmada em 1911 e defendida mais tarde pelo presidente da
sociedade filológica de Londres, Alexander Ellis concluiu : Faremos mais seguindo a
evolução de uma só língua do que enchendo cestos com resmas de papeis cobertos de
especulações sobre a origem de todas as línguas. Em inglês assim como em muitas outras
línguas, recorre-se às formas masculinas dos nomes e pronomes com termo genérico embora
vimo-nos constrangidos pelo uso comum. O autor acrescenta que sempre que se referir a
Homens ou humanidade ou outro termo igualmente genérico espera-se que se considerem
estes termos genéricos abrangindo toda a humanidade excepto quando o seu significado possa
dizer respeito especificamente aos membros machos da espécie.
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A prova de que as afirmações de Alexander Ellis não puseram fim ao interesse pela questão
está bem patente no facto de a alguns anos o linguista John P. Hughes se ter sentido na
necessidade de escrever:
… todo o trabalho sério em linguística deverá incluir uma ou duas palavras que se oponham
aos disparates crassos sobre este assunto que ainda é ventilado em suplementos científicos de
domingo. De acordo com esta loucura pseu-evolutiva, baseada apenas em fértil imaginação, a
linguagem terá surgido quando alguns dos ancestrais homens das cavernas tentou contar a
tribo, vendo-se então obrigado a imitar um lobo… ou quando se magoou com o maço ao afiar
uma lança de pedra e ouch surgiu como a palavra que significa dor… e outras histórias de
encantar.
Esta perspectiva afasta-se claramente da que o antropologistas escocês, Lord Monboddo havia
proposto duzentos anos antes:
A origem de uma arte tão admirável e tão útil como a linguagem… deverá ser considerada
tema, não só de grande curiosidade, mas também de grande importância e interesse se
considerarmos que está necessariamente ligado a um estudo sobre a natureza original do
homem e sobre o estado primitivo em que se encontrava antes da invenção da língua…
Origem da linguagem, não só porque talvez jorre alguma luz sobre a natureza
da linguagem, mas também porque a questão parece continuar a despertar
grande interesse.
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E da terra o senhor Deus formou todos os animais do campo e todas as aves do céu; e
conduziu-os até junto de Adão para ver como ele os chamaria: e todos os seres vivos seriam
conhecidos pelos nomes que Adão lhes desse. Génesis 2; 19.
Segundo as crenças judaico-cristã, Deus concedeu a Adão o poder de dar nomes a todas as
coisas. Segundo os egípcios, o criador da fala foi o deus Tot. segundo os babilónios, a
linguagem deve-se a deus Nebo. Segundo os hindus, devemos a nossa capacidade de
linguagem a uma deusa; Brama foi o criador do universo, mas foi a sua mulher Sarasvati que
nos deu a linguagem.
James Burnett, Lord Monboddo, Of the Origin and Progress of Language (1774).
Trezentos anos mais tarde, Lester Grabbe, revelando a existência de histórias como as de
Torre de Babel em culturas muito antigas concluiu:
…ainda não foi proposta uma teoria aceitável que explique satisfatoriamente essa faculdade
que o homem tem de falar – ou seja, a linguagem- sem a existência de um criador.
orações e rituais. Os sacerdotes hindus do século V a.C acreditavam que deveriam utilizar as
pronúncias orientais do sânscrito védico. Esta crença conduziu a importantes estudos
linguísticos uma vez que sua língua evoluira muito desde que os hinos dos vedas haviam sido
escritos. Até muito recentemente apenas o latim podia ser utilizado na lingua católica
4. O QUE É A LINGUAGEM
No século V a. C o historiador Heródoto narra que o faraó egípcio Psamético (664-610 a.C.)
tentou determinar a linguagem natural mais primitiva, recorrendo a métodos experimentais.
Diz-se que o monarca isolou duas crianças numa cabana na montanha, tratadas por um criador
instruido no sentido de não articular uma única palavra na sua presença sob pena de morte. O
Faraó pensava que sem qualquer contacto linguístico exterior as crianças desenvolveriam a
sua própria linguagem e assim revelariam a língua original do homem. Segundo as crónicas, a
primeira palavra articulada foi bekos.
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E os sábios descobriram que bekos era palavra frígia para pão, língua falada na província da
frígia. Esta língua foi considerada, com base nesta experiência, a língua original.
Estas histórias parecem mostrar que a capacidade humana de adquirir linguagem requer um
estímulo linguístico adequado. Uma criança afastada do contacto humano nunca aprenderá a
falar, nem frígio, nem muito bom hebraico. Mas surgiram outras propostas. Em 1830 o
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lexicógrafo Noah Webster afirmou que a “proto-língua” deverá ter sido o Caldaico
(aramaico), a língua falada em Jerusalém no tempo de Jesus. 1887, Joseph Elkins defendeu
em the evolution of the chinese Language que “nenhuma outra língua poderá com mais
fundamento ser considerada a primeira língua falada na cinzenta manhã do mundo do que o
chinês… assim o chinês é considerada … a língua primitiva”.
Toda a teoria que defenda uma origem comum da linguagem deverá explicar o número de
famílias existentes. A bíblia justifica-as como um gesto de Deus: Em Babel de uma língua
criou muitas; todas poderiam constituir ramos específicos de famílias multilingues. A teoria
monogenética da linguagem a teoria de uma origem comum. No entanto, muitos cientistas
acreditam hoje em dia que o homem surgiu em diferentes locais da terra.
Não é todo o homem que pode dar um nome, mas apenas o criador de nomes: e este é o
legislador, que, de todos os artesãos do mundo, é o mais raro… apenas aquele que vê o nome
que cada coisa tem e o que cada coisa é por natureza poderá exprimir as formas ideais das
coisas em letras (sons) e sílabas.
Não foi nenhum dos seus muitos deuses que deu nomes a todas as coisas, mas sim este sábio
legislador. A questão da origem da linguagem estava estreitamente relacionada com o debate
entre os gregos sobre a existência de uma verdade ou correção nos nomes independentemente
da língua, em oposição à perspectiva de que as palavras ou nomes de coisas resultavam de um
simples acordo_ uma invenção_ entre os falantes. Este debate entre naturalistas e
convencionalistas constituia um dos maiores problemas linguísticos. No diálogo de Crátilo,
sócrates analisa e desenvolve etimologias para os nomes dos heróis homéricos, deuses gregos,
figuras mitológicas, estrelas e elementos e até mesmo qualidades abstractas os nomes próprios
e comuns da língua.
Na mesma linha, uma outra perspectiva defende que a linguagem consistia inicialmente em
manifestações emotivas de dor, medo, surpresa, prazer, ira, etc. esta teoria de que as primeiras
manifestações de linguagem consistiam em gritos foi proposta por Jean Jacques Rousseau em
meados do séc XVIII. Segundo Rousseau foi apartir dos gritos naturais que o homem
construiu as palavras. A posição do Rousseau era essencialmente empirista, que defendia que
todo o conhecimento resulta da percepção de dados observáveis, assim as primeiras palavras
teriam sido nomes de objetos e as primeiras frases seriam constituídas por uma só palavra.
Rousseau apresentou esta ideia de seguinte forma: quanto mais limitado é o conhecimento,
tanto mais extenso é o dicionário… as ideias genéricas só podem ocorrer- nos com a ajuda das
palavras e só podem ser compreendidas com a ajuda de proposições .
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Segundo Rousseau não é a capacidade humana do pensamento que destingue o homem dos
animais (perspectiva anteriormente defendida por descartes), mas sim o seu desejo de ser
livre. Segundo Rousseau, foi esta liberdade que levou à invenção da linguagem. Um ano após
o tratado de Rousseau, Suessmilch, contra- argumentando Rousseau em prol de uma teoria da
origem divina da linguagem, defendeu a igualdade e perfeição de todas as línguas.
Sir Richard Paget argumentou a favor de uma teoria do gesto oral: a fala humana nasceu da
linguagem gestual pantonímica inconsciente e generalizada_ efectuada pelos membros e
elementos fisionómicos em geral (incluindo a lingua e os lábios) __ que se especializou em
gestos dos orgãos de articulação, devido ao facto de as mãos humanas e olhos estarem cada
vez mais ocupadas com o desenvolvimento de utensílios. A ideia de que a linguagem humana
provém de um sistema gestual surge na obra de Gordon Hewes.
Muitas destas propostas são inclusivas, quer defendam a ideia de que o homem inventou a
linguagem, quer defendam que esta surgiu no decurso de desenvolvimento humano _ sob a
forma de gritos da natureza, imitação vocálica de gestos, canções de amor ou gritos de
trabalhos. O debate esta aberto.
homem, mas foi mais longe afirmando que, sem razão, adão não poderia ter aprendido a
linguagem, nem mesmo pela mão do pai Divino: os pais nunca ensinam linguagem ás crianças
sem que ao mesmo tempo estes a inventam também. Os pais apenas chamam a atenção das
crianças para as diferenças entre as coisas, através de alguns sinais verbais, não sendo, pois,
por eles criados; através da linguagem apenas facilitam e aceleram o uso que as crianças
fazem da razão.
7. LINGUAGEM E EVOLUÇÃO
Duas sociedades académicas _ a associação antropológica Americana e a Academia das
ciências de Nova Yorque_ organizaram debates no sentido de rever trabalhos recentes sobre
este assunto (em 1974- 1976). Investigação em curso em várias disciplinas tem vindo a
fornecer elementos anteriormente desconhecidos e directamente relacionados com o
desenvolvimento da linguagem nas espécies humanas.
Segundo Lieberman as línguas dos nossos antecessores teriam sido, há milhões de anos,
sintáctica e fonologicamente mais simples do que qualquer língua hoje comhecida, e
sugestiona que essa língua primária tivesse um inventário fonético mais restrito. É certo que
se deve ter verificado evolução no desenvolvimento do aparelho fonador capaz de produzir a
ampla variedade de sons utilizados na linguagem humana assim como no desenvolvimento do
mecanismo de percepção e distinção desses sons. Esta evolução não é, no entanto, suficiente
para explicar a origem da linguagem uma vez que existem espécies de andorinhas e papagaios
que também apresentam essa capacidade.
A linguagem humana faz uso de um número muito restrito de sons que se combinam em
sequências lineares de modo a formar palavras. Cada som é reutilizado muitas vezes, tal como
as palavras. Suessmilch salientou este facto para provar a eficiência e perfeição de uma
língua. De facto, o carácter discreto destes elementos linguísticos básicos __ os sons__ foi
referido nos primeiros estudos sobre a linguagem.
As crianças aprendem desde muito cedo que a continuidade das sequências sonoras, como bad
e dad, pode ser quebrada em segmentos discretos. Na realidade, as crianças que conhecem
estas duas palavras podem por si próprias produzir a palavra dab, embora nunca a tenham
ouvido antes. Algumas espécies de andorinhas são capazes de aprender a produzir os sons bad
e dad mas nenhum pássaro poderia produzir o som bad e dad mas nenhum pássaro poderia
produzir o som dab sem realmente o ter ouvido. Seres humanos que nasceram surdos
aprendem as línguas de sinais que à volta deles se utiliza e estas línguas podem ser tão
criativas e complexas como as línguas faladas. E as crianças surdas adquirem estas linguagens
da mesma forma que as outras crianças, sem lhes serem ensinadas por mero contacto.
Talvez então a maior evolução no desenvolvimento da linguagem se deva a alterações
evolucinárias no cérebro. Embora estejamos bem longe de saber como nasceu a linguagem.
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3. CONCLUSÃO
Foram apresentadas várias teorias que, apesar de algumas destas, não tiveram uma explicação
definitivamente plausíveil, mas, deram um contributo que serviu de “salto” importância para
explicar como surgiu a linguagem. Entretanto várias histórias de encantar, como por exemplo
a do homem das cavernas, que tentava defender esse mistério. Em outras explicações incluem
Deus e deuses como seres que nos deram a linguagem e a faculdade de fala, e muitos outros
autores como por exemplo: J. Becanus que enaltece sua língua, para este, o alemão era a
língua superior de todo o mundo, porém, Jean Jack Rousseau defendeu a igualdade e
perfeição de todas as línguas.
Johan Herder apresentou argumentos plausíveis com uma comunicação que se opunha ao
pensamento do Rousseau. Segundo Herder a linguagem e o pensamento são inseparáveis e
que o homem nasce com a capacidade de desenvolver ambos. A linguagem para Herder é
inata.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS