A Lei Maria Da Penha E Seus Marcos Teóricos: Uma Análise Multidisciplinar Sobre A Violência de Gênero No Brasil
A Lei Maria Da Penha E Seus Marcos Teóricos: Uma Análise Multidisciplinar Sobre A Violência de Gênero No Brasil
A Lei Maria Da Penha E Seus Marcos Teóricos: Uma Análise Multidisciplinar Sobre A Violência de Gênero No Brasil
Promulgada em 2006, a Lei Maria da Penha tem como objetivo prevenir, coibir e punir a
violência doméstica e familiar contra as mulheres, além de garantir a proteção e os
direitos das vítimas. Desde então, a Lei Maria da Penha tem sido uma importante
ferramenta para garantir a segurança e a justiça para as mulheres brasileiras que sofrem
violência doméstica. Neste contexto, é fundamental entender o que prevê a lei, seus
objetivos, desafios e conflitos com leis já existentes, como por exemplo, aplicação das
escusas absolutórias aos casos de violência patrimonial previstos na Lei Maria da Penha.
Portanto, o objetivo desse trabalho é um entendimento breve, através de pesquisa
bibliográficas, de conceitos e aplicações das imunidades ou escusas relativas e absolutas
previstas nos artigos 181 e 182 do Direito Penal brasileiro em paralelo com o
entendimento da Lei Maria da Penha, com ênfase em violência patrimonial, citada na lei
de número 11.340/2006.
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Bacharelanda, Direito e faculdade Doctum Juiz de Fora
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Bacharelanda, Direito e faculdade Doctum Juiz de Fora
³ Bacharelando, Direito e faculdade Doctum Juiz de Fora
1. INTRODUÇÃO
A Lei 11.340/2006, mais conhecida como “Lei Maria da Penha” é uma das
legislações mais notórias no Brasil no que diz respeito ao combate à casos de violência
doméstica que ocorrem dentro do âmbito familiar. A criação da lei que protege as
mulheres, criada em 2006, foi motivada pela luta de Maria da Penha, que viveu anos
sofrendo violência doméstica do seu Cônjuge e sobreviveu a duas tentativas de homicídio
de seu ex companheiro. Desde a sua promulgação, a Lei é trabalhada de forma que possa
punir e inibir casos de violência domésticas no âmbito familiar, dando maior acolhimento
e segurança possível a vítimas que se encontram no mesmo cenário que Maria da Penha
já pertenceu.
O texto legal da Lei 11.340/2006 foi amplamente discutindo após a entrega de
proposta de ONG’s e, teve como aprovação unanime no Congresso Nacional. Portanto,
até a data de dissertação desse trabalho, é considerado como violência doméstica nos altos
do art 7º, capítulo ll e incisos l, ll, lll, lV e V. São eles:
l – violência física: é interpretado como tal, qualquer ato que fere a integridade física e da saúde de
uma mulher.
ll – violência psicológica: interpretada como violência psicológica, condutas que causam danos
emocionais, como, diminuição de autoestima; atos prejudiciais ao desenvolvimento pessoal da
mulher e por fim, condutas que visam desestabilizar e controlar as crenças, ações, decisões e forma
de se comportar perante a sociedade.
lll - violência sexual: atos através de ameaças, uso da força e coação que tem como objetivo
constranger uma mulher a manter, presenciar e manter relação sexual não consensual.
lv – violência patrimonial: pode ser entendida como qualquer ato que configure retenção, subtração
e destruição de documentos, materiais de trabalho, bens e recursos financeiros, destinados as
necessidades pessoais da mulher.
v – violência moral: conduta do indivíduo que represente calúnia, difamação e injúria.
3. CONCLUSÃO
Ao longo das pesquisas literárias, entende-se que dado momento do que se trata de
violência patrimonial citada na Lei Maria da Penha e as escusas absolutórias, entram em
conflito e, portanto, por diversas vezes cabe a jurisprudência interpretar cada caso e
aplicar a sanção de acordo com Lei devida.
Vale ressaltar que embora haja conflitos entre Leis do Código Penal e que
eventualmente, a jurisprudência decida por escusas absolutórias em determinados casos,
as mulheres não estão desamparadas pelo ordenamento jurídico podendo procurar seus
direitos no âmbito civil, além de solicitar medidas protetivas de urgência.
Sugere-se futuramente, novos trabalhos sobre o tema, que se encontra infinidades
de materiais analíticos e literários ricos em informações para uma visão mais ampla do
tema, materiais estes que não seria viável trazer no formato de um resumo expandido
REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Volume 3. 3ª. Ed. São Paulo: Saraiva,
2006.
CAVALCANTE, Stela Valéria Soares. Violência Doméstica: Análise da Lei Maria da Penha, n.
11.340/2006. 3 ed. Salvador: JusPodivim, 2010.
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal: parte especial (artigos 121 a 361). 14. Ed.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 3ª. Ed. São Paulo: RT, 2003, p. 603.
PIERANGELI, José Henrique. Manual de Direito Penal Brasileiro – Parte Especial. São Paulo:
RT, 2005, p. 628. Ver ainda, no mesmo sentido, reconhecendo a imunidade para as uniões estáveis:
JESUS,
SALATI, Paula. SOUZA, Viviane. Violência doméstica no campo: isolamento, longas distâncias,
vergonha... o que impede mulheres de denunciar e receber atendimento. G1. Disponível em:
<https://g1.globo.com/google/amp/economia/agronegocios/noticia/2023/07/22/violencia-
domestica-no-campo-isolamento-longas-distancias-vergonha-o-que-impede-mulheres-de-
denunciar-e-receber-atendimento.ghtml > Acesso em: 15, novembro de 2023.