Inspeção em Subestações Utilizando Termovisor: Módulo
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Instruções de Manutenção
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Inspeção em Subestações Utilizando Termovisor
Sumário
1. INTRODUÇÃO 2
2. DEFINIÇÕES 2
3. RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES 3
4. INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA 4
5. AVALIAÇÃO DA ANOMALIA TÉRMICA E AÇÕES DE MANUTENÇÃO 7
6. GESTÃO DO PAT NO SAP 9
7. EXEMPLO DE REGISTRO DA ROTA A SER INSPECIONADA 10
8. MODELO DE RELATÓRIO DE INSPEÇÃO 11
9. FLUXOGRAMA 12
10. NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 15
Objetivo
Definir os procedimentos e critérios para a execução de inspeções em subestações utilizando o
termovisor, padronizar os relatórios de inspeção e oferecer suporte à definição das ações de
manutenção.
Autores
Domingos Gregatti Longuinho – GES.O
Jorge Jofredo Silva – GES.O
Laerte dos Santos – GES.O
Revisões (1, 2, 3, 4 e 5)
Daniel Branquinho Ferreira – GSL.O – 4 e 5
Domingos Esteves de Carvalho – PO.O - 5
Edson Modesto Rodrigues – GES.O – 2
Gabriel Ângelo de Barros Vieira – GSL.O – 4
Hamilton Batista de Oliveira – GES.O – 4
Laerte dos Santos – GES.O – 1, 2, 3, 4 e 5
Leandro Lima – GSL.O – 4
Maurício Faiad Correia – GGA.O – 5
Marcelo de Oliveira Morais Filho – GES.O – 2
Marcelo Teixeira – GRR.O – 5
Rafael dos Santos Freitas – GSL.O – 4 e 5
Renan da Silva Alves – GSL.O – 4
Rodolfo Vieira da Silva – GES.O – 2 e 3
Palavras-Chave
Termografia
Termovisor
Infravermelho
Temperatura
Subestação
Procedimento de Inspeção
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1. Introdução
Esta Instrução visa estabelecer critérios e procedimentos para a execução de inspeções, utilizando o
termovisor, em subestações desabrigadas, bem como a padronização dos relatórios de inspeção.
2. Definições
2.2. Emissividade
Parâmetro adimensional que estabelece a relação entre a quantidade de energia emitida por um corpo real e
a que seria emitida por um corpo negro, à mesma temperatura e comprimento de onda.
A faixa de valores de emissividade varia entre 0 (zero), para um refletor perfeito, e 1,0 (um), para um corpo
negro. Materiais polidos geralmente têm menor emissividade que materiais ásperos ou corroídos.
2.7. Nota
São comunicações de defeito, falhas, mau funcionamento de equipamentos e ou locais de instalação, feitas
pelo pessoal dos órgãos de operação ou manutenção, documentando-as e dando origem ou não a uma
ordem de manutenção, possibilitando o acompanhamento das providências tomadas para a solução.
2.8. Ordens
As ordens são usadas para planejar e monitorar as atividades de manutenção necessárias para restaurar ou
manter a condição de funcionamento de um objeto técnico (equipamento ou local de instalação).
2.9. Termografista
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Técnico ou Engenheiro que realiza as inspeções termográficas. Tal termografista deve ter concluído o
treinamento básico em termografia, ministrado pela GES.O.
2.11. Termograma
Imagem obtida, através do termovisor, a partir da radiação térmica emitida pelos corpos.
2.14. RISUT
Relatório de inspeção em subestação utilizando o termovisor.
3. Responsabilidades e Atribuições
3.1. Termografista
c) Preencher o relatório apresentado no Item 8 e criar a nota para o PAT analisado, quando cabível,
conforme os procedimentos descrito no Item 5;
d) Comunicar aos órgãos de manutenção e operação os PATs encontrados, quando cabível, conforme os
procedimentos descrito no Item 5;
4. Inspeção Termográfica
4.1. Pré-requisitos
a) Sempre observar as especificações e os cuidados descritos nos manuais dos fabricantes referentes aos
equipamentos utilizados;
d) Realizar a inspeção com, no mínimo, dois profissionais. Pelo menos um deles deve ser termografista.
a) Termovisor;
b) Termo-higro-anemômetro;
a) Uma das grandes vantagens da termografia é a realização da inspeção com os equipamentos em pleno
funcionamento (energizados e sob carga). Por essa razão, o cumprimento das normas de segurança
comuns à área a ser inspecionada deve ser rigorosamente observado (equipamentos de proteção individual
- EPIs, equipamentos de proteção coletiva - EPCs, distâncias de segurança, etc.). Um cuidado especial deve
ser tomado quando existe a necessidade de abertura de painéis e de aproximação de equipamentos
energizados;
b) Antes mesmo de iniciar a rota de inspeção, o termografista deve ter o cuidado de fazer uma varredura
preliminar nos equipamentos da subestação, com vistas a detectar, eventualmente, altas temperaturas a
distâncias relativamente grandes;
c) Nas inspeções de painéis e cubículos blindados, se for necessária a abertura desses, deve-se realizar
antes com o termovisor uma varredura externa para verificar aquecimentos que possam indicar altas
temperaturas internas. É importante ressaltar, que mesmo realizando o procedimento anterior, a abertura e
inspeção dos painéis devem ser realizadas observando as normas de segurança pertinentes;
4.4.2. As ordens de inspeção devem ser realizadas e encerradas na “data planejada” original do plano de
manutenção ou até 1 mês após essa data. A próxima ordem de inspeção será gerada pelo SAP com data
planejada exatamente 6 meses após a data de encerramento da última ordem de inspeção. Atrasos poderão
ser compensados antecipando a inspeção seguinte.
Exemplo: Suponha uma inspeção que deveria ter sido finalizada em 15 de março e que tenha sido finalizada
apenas em 15 de abril. O fator de correção do SAP automaticamente reprogramará a data de planejamento
da próxima ordem de inspeção de 15 de setembro para 15 de outubro. Entretanto, a inspeção poderá ser
realizada até 15 de setembro, visando recuperar o plano de manutenção original.
4.4.3. Equipamentos recém-instalados e equipamentos deixados fora de operação, por um período igual ou
superior a 6 meses, devem ser inspecionados com o termovisor após entrarem em operação,
independentemente do plano de manutenção.
4.4.4. Recomenda-se que equipamentos com desligamentos programados sejam inspecionados antes dos
desligamentos. A finalidade desse procedimento é avaliar o equipamento que irá receber manutenção.
As recomendações abaixo devem ser observadas, embora a inspeção possa ser realizada em ocasiões em
que seja difícil alcançar todas as condições desejadas. Entretanto, o termografista deve ter em mente que tal
situação pode influenciar consideravelmente nos resultados obtidos.
a) Evitar inspeções termográficas diurnas para não haver influências do reflexo e do carregamento solar;
Obs.: É possível realizar inspeções diurnas, embora anomalias térmicas relacionadas à poluição de
isoladores, defeitos internos em equipamentos (para-raios, TCs, TPCs etc.) e defeitos que provoquem
pequeno aumento de temperatura sejam difíceis de serem detectados.
b) Para inspeções de equipamentos para-raios, isoladores poluídos e defeitos que provoquem pequeno
aumento de temperatura, recomenda-se iniciar a inspeção, no mínimo, 3 (três) horas após o por do sol. Na
necessidade de inspeções diurnas, recomenda-se que sejam realizadas até, no máximo, 1 (uma) hora após
o nascer do sol para evitar o carregamento solar;
Obs.: É possível realizar inspeções com velocidade do vento alta, mas o termografista deve lembrar que as
temperaturas medidas, durante a ação do vento forte, vão ser muito menores do que as medidas quando o
vento diminuir ou cessar. Esse fato pode influenciar na análise do defeito se não ponderado corretamente.
Obs.: A melhor condição para se realizar uma inspeção termográfica é com o equipamento em sua carga
máxima, mas isso nem sempre é possível. Contudo, correntes de carga baixas não inviabilizam uma
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inspeção, mas reduzem drasticamente a temperatura das anomalias e podem induzir o termografista a
diagnósticos equivocados.
Obs.: Para as distâncias encontradas em subestações, a umidade alta, sem condensação, tem pouca
influência nas medições termográficas, porém nevoeiros podem atenuar bastante a radiação infravermelha e
afetar as medições de temperatura. Por outro lado, para inspeção de poluição em isoladores, quanto mais
alta a umidade, melhor o resultado (preferencialmente acima de 80%).
Obs.: Apesar deste valor de 0,8 variar com o material e condição da superfície, ele foi adotado para
padronização das inspeções.
4.5.4. Realizar as medidas de velocidade do vento, temperatura ambiente e umidade relativa do ar a cada
PAT encontrado, para posteriormente serem anotadas no relatório apresentado no Item 8. Utilizar os dados
de temperatura e umidade para inseri-los no termovisor (se aplicável).
a) O termografista deve buscar a posição em que a maior temperatura seja obtida (nos casos em que a
anomalia térmica esteja provocando um aumento de temperatura), ou seja, o mais próximo possível do
ponto (respeitando as distâncias de segurança) e com o melhor ângulo de visão possível;
b) Ajustar o foco do termovisor para a melhor condição, a fim de se evitar erros de leitura;
c) Obter o termograma e a imagem visível do PAT, bem como o termograma do ponto de referência;
Obs.: exceto para anomalias térmicas detectadas em estruturas de equipamentos, resultantes de corrente
induzida e que não ofereçam riscos ao sistema. Essas anomalias devem ser avaliadas pela manutenção e
reparadas, se necessário, em paradas programadas.
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Se a resposta for “SIM”, então o termografista deverá comunicar aos órgãos de manutenção e operação
para atuar em condição de emergência, conforme as normas de operação vigentes.
Se a resposta for “NÃO”, então a avaliação do termografista deve prosseguir para o Item 5.2, no caso de
pontos com anomalias térmicas com visada direta, ou Item 5.3 no caso de pontos com anomalias térmicas
de origem interna.
O delta Tref entre a anomalia térmica e uma temperatura de referência é maior que 35 °C?
5.2.2. Se qualquer uma das questões anteriores tiver resposta positiva, responder a seguinte questão:
É possível reduzir o risco de falha por meio da inclusão de restrições operativas, manobras de circuitos
ou limitação da corrente de carga no equipamento/componente até que ocorra a ação de manutenção?
5.2.3. Se ambas as respostas para as perguntas do Item 5.2.1 forem negativas, seguir a avaliação conforme
pergunta a seguir:
O delta Tref entre a anomalia térmica e uma temperatura de referência é maior que 10 °C?
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O delta Tref entre a anomalia térmica e a temperatura de referência é maior que 10 °C? (Conexões dentro
de dispositivos a óleo, pára-raios, TPs, TPCs, conectores prensados, cadeias e colunas de isoladores,
etc.).
5.3.2. Se a resposta do Item 5.3.1 for positiva, ou seja, delta Tref é maior que 10 °C, responda:
É possível reduzir o risco de falha por meio da inclusão de restrições operativas, manobras de circuitos
ou limitar a corrente de carga no equipamento/componente até que ocorra ação de manutenção?
5.3.3. Se a reposta do Item 5.3.1 for negativa, ou seja, delta Tref é menor que 10 °C, então agir da seguinte
forma:
6.1. Recomenda-se a emissão do RISUT (Item 8) quando medido delta Tref maior que 5 ºC. Entretanto, esse
valor pode ser menor ou igual a 5°C, caso o termografista entenda ser necessário.
Obs: A subestação deverá ter uma estrutura para controlar os consecutivos dos RISUT criados.
6.2. Todos os PATs encontrados devem ter seus RISUT anexados à ordem de inspeção termográfica,
independentemente da necessidade de corrigi-los.
Obs: O item 6.2 permitirá a vinculação dos PAT encontrados à sua ordem de inspeção gerada pelo plano
mínimo de manutenção.
6.4. Deve ser criada uma nota de manutenção, com prioridade de monitoramento, para cada PAT que
precisar ser monitorado. Nesta nota, devem ser anexados tanto o RISUT correspondente à detecção do
PAT, quanto os RISUT produzidos durante o monitoramento.
6.5. O cabeçalho da nota de manutenção deve ter uma das seguintes estruturas:
a) PAT_”Identificação-do-equipamento”_DT=XXC, ou
b) PAT_”Identificação-do-equipamento”_Tabs=XXC
Exemplos:
a) PAT_DJ663_DT=25C, ou
b) PAT_DJ663_Tabs=25C
6.6. Não é necessário emissão de RISUT para PAT que não apresentarem alteração de suas temperaturas
nos monitoramentos. Entretanto, para estes casos, deve-se evidenciar na nota de manutenção de forma
explicita que o monitoramento foi realizado em determinada data, bem como descrever quaisquer outras
informações, resultantes do monitoramento, que forem relevantes.
6.7. O cabeçalho da nota deve ser atualizado sempre que ocorrer variação de temperatura do PAT.
6.8. Nos casos em que a inspeção termográfica indicar que há a necessidade de ação corretiva de um PAT,
o órgão de manutenção deverá criar uma ordem corretiva atrelada à nota de manutenção existente do
respectivo PAT.
6.9. Após os reparos das anomalias e retorno do equipamento às condições normais de operação, uma
reinspeção deve ser realizada para certificar que os problemas foram sanados. Caso algum ponto ainda
esteja apresentando problema, todo o processo, a partir do Item 4, deve ser refeito.
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FUNCIONÁRIOS
NOME DO FUNCIONÁRIO: MATRÍCULA:
NOME DO FUNCIONÁRIO: MATRÍCULA:
TERMOVISOR
FABRICANTE: MODELO: N.P.: N° SAP: LENTE:
CLIMA
TEMPERATURA AMBIENTE (°C): UMIDADE RELATIVA DO AR (%): VELOCIDADE DO VENTO (km/h):
PONTO COM ANOMALIA TÉRMICA – PAT
LOCALIZAÇÃO DO PAT:
EQUIPAMENTO: Nº SAP: Nº. OPERACIONAL:
CORRENTE MÁX. REGISTRADA (30
CORRENTE ATUAL: EMISSIVIDADE:
DIAS):
TEMPERATURA DA
TEMPERATURA MÁX. DO PONTO: ∆Tref::
REFERÊNCIA:
REINSPEÇÃO: ( ) SIM ( )
NÃO
IMAGEM VISÍVEL DO PAT
9. Fluxograma
Início
Solicitar Manobra
Temp. absoluta > 300 °C Sim em Condição de
e Emergência
derretimento evidente? conforme Normas
de Operação
Não
Visada Aquecimento
direta Visada direta interno
ou
Aquecimento
interno?
A B
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Não
A
Temper.
Monitorar < 7 dias continua
subindo?
Sim
Progr. Manutenção.
Solicitar manutenção
de urgência, segundo
prazos estabelecidos
pelas Normas de
Operação.
Não Sim
Não Não
Sim
Não
Temper.
Monitorar < 30 continua A
Monitorar < 90 dias subindo?
dias
Não
Temper.
continua
Sim subindo?
Não
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Não
B
Temper.
Monitorar < 7 dias continua
subindo?
Sim
Não Sim
Não Não
Monitorar < 30
dias
Monitorar < 30 dias
Temper.
continua
Sim subindo?
Não
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Inspeção em Subestações Utilizando Termovisor
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