1) O documento apresenta uma revisão bibliográfica sobre a análise cinemática e cinética da marcha humana normal.
2) Aborda conceitos como cinemática, que analisa o movimento em termos de deslocamento, velocidade e aceleração, e cinética, que descreve o movimento em termos de forças.
3) Discutem parâmetros cinéticos estudados como força de reação do solo e força nas articulações durante a locomoção.
1) O documento apresenta uma revisão bibliográfica sobre a análise cinemática e cinética da marcha humana normal.
2) Aborda conceitos como cinemática, que analisa o movimento em termos de deslocamento, velocidade e aceleração, e cinética, que descreve o movimento em termos de forças.
3) Discutem parâmetros cinéticos estudados como força de reação do solo e força nas articulações durante a locomoção.
1) O documento apresenta uma revisão bibliográfica sobre a análise cinemática e cinética da marcha humana normal.
2) Aborda conceitos como cinemática, que analisa o movimento em termos de deslocamento, velocidade e aceleração, e cinética, que descreve o movimento em termos de forças.
3) Discutem parâmetros cinéticos estudados como força de reação do solo e força nas articulações durante a locomoção.
1) O documento apresenta uma revisão bibliográfica sobre a análise cinemática e cinética da marcha humana normal.
2) Aborda conceitos como cinemática, que analisa o movimento em termos de deslocamento, velocidade e aceleração, e cinética, que descreve o movimento em termos de forças.
3) Discutem parâmetros cinéticos estudados como força de reação do solo e força nas articulações durante a locomoção.
científicas e livros que abordam estes temas. A análise cinemática relaciona-se com o movimento relativo entre corpos rígidos e MATERIAL E M ÉTODOS encontra aplicação na análise da marcha e de outros movimentos do corpo, nos quais, Para o desenvolvimento do presente cada segmento do membro é considerado estudo foi realizada uma pesquisa como um corpo rígido (SUTHERLAND; bibliográfica através de visitas às bases de KAUFMAN; MOITOZA, 1998). dados da Bireme (bases Lilacs e Medline), As medidas de movimento são Scielo, Probe (Elsevier Science). realizadas com referência aos centros A busca nas bases de dados foi articulares, dessa forma, esses movimentos realizada sem período pré-determinado e de (e não os centros de massa) são os pontos maneira circunstancial. de maior significância cinemática (BIAFORE, Utilizou-se inicialmente como critério de 1991). inclusão referências que continham nos Cinética é a descrição do movimento títulos e/ou resumos as palavras-chaves humano em termos de força e essas forças cinética, cinemática, caminhada, marcha, podem ser internas ou externas. Forças locomoção humana e/ou músculos. internas incluem o resultado da atividade muscular, força gerada pelo estiramento ou R EVISÃO DA LITERATURA não-contratilidade e elasticidade do tecido mole e fricção interna. As forças externas são Análise Cinemática da Marcha classificadas em: força de reação do solo, forças geradas por outras pessoas, cargas A cinemática é a subdivisão da externas ou resistência (TREW, 1997). mecânica que trata da geometria do As quantidades cinéticas que foram movimento, em relação com as forças que estudadas pelos pesquisadores da causam esse movimento. O movimento de locomoção humana incluem parâmetros deslocamento representa uma mudança de como força de reação do solo, a força posição no espaço, e pode ser linear ou transmitida através das articulações, a angular. O deslocamento é o meio pelo qual potência transferida entre os segmentos o movimento é medido (SUTHERLAND; corporais (MEGLAN; TODD, 1998). KAUFMAN; MOITOZA, 1998). A cinemática linear descreve o movimento em termos de deslocamento, OBJETIVO velocidade e aceleração no espaço (MESSENGER, 1997). O objetivo deste trabalho foi de realizar A cinemática do movimento de rotação uma revisão de literatura sobre a análise (cinemática angular) é importante para os cinemática e cinética da marcha normal, fisioterapeutas porque muitos movimentos humanos envolvem rotação de segmentos do
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IV Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba corpo em torno do eixo articular. Atualmente de coleta desses sinais e os dados a cinemática angular descreve o movimento produzidos. Durante a atividade muscular, o em torno do arco, o termo usado é análogo sinal elétrico é produzido e pode ser ao usado na cinemática linear. Entretanto, a registrado (HAMILL; KNUTZEN, 1993). unidade de medida do movimento angular é diferente do movimento linear Análise Cinética da Marcha (SUTHERLAND; KAUFMAN; MOITOZA, 1998). Cinética é a descrição do movimento A análise cinemática relaciona-se mais humano em termos de força e essas forças com o movimento relativo entre corpos podem ser internas ou externas. Forças rígidos e encontra aplicação na análise da internas incluem o resultado da atividade marcha e de outros movimentos do corpo, muscular, força gerada pelo estiramento ou nos quais cada segmento do membro é não-contratilidade e elasticidade do tecido considerado como um corpo rígido. Em geral, mole e fricção interna. As forças externas são o movimento tridimensional de um corpo classificadas em: força de reação do solo, rígido é definido por seis quantificadores forças geradas por outras pessoas, cargas independentes, habitualmente, três externas ou resistência (TREW, 1997). translacionais e três rotacionais A medida precisa dos movimentos (SUTHERLAND; KAUFMAN; MOITOZA, fornece fundamentos sobre os quais se pode 1998). estabelecer a base da análise cinética. Como As técnicas elétricas, fotográficas, de o movimento, a força é descrita por três filmes e vídeo e outras eletrônicas são componentes: magnitude, que indica a usadas para calcular a posição e orientação intensidade da força; direção, que requer a de cada segmento corporal, de modo a especificação de um sistema de coordenadas reconstruir os movimentos que ocorrem. As e sentido de deslocamento. As forças e os medidas podem ser feitas em duas ou três movimentos a elas associados são dimensões, com métodos diretos (com estudados pela cinética, que é parte da contato no indivíduo) e indiretos (sem mecânica, um fato bastante importante para contato) (JOHANSON, 1998). a análise cinética é de que a passagem As medidas de movimento são suave do centro de massa do corpo é realizadas com referência aos centros essencial para a marcha eficiente (INMAN; articulares, dessa forma, esses movimentos RALSTON; TODD, 1998). (e não os centros de massa) são os pontos A elevação do centro de massa começa de maior significância cinemática. Um fator no início do apoio simples durante a fase de relevante que deve ser observado desaceleração anterior. Quando o centro de previamente um estudo cinemático é o massa atinge sua maior altura estágio de maturidade da marcha em que se (aproximadamente 30% do ciclo da marcha), encontra o indivíduo cuja deambulação será a energia potencial é máxima e a energia analisada (BIAFORE, 1991). cinética é mínima. Essa relação recíproca A capacidade de andar parece depender entre energias potencial e cinética é mantida, principalmente do amadurecimento do mas a ordem se inverte durante o duplo sistema de controle motor. O padrão de apoio, no qual a energia cinética é máxima e maturidade na dinâmica das variações a potencial está no nível mínimo. É angulares das articulações é bem necessária a ação muscular e há consumo estabelecido entre três e quatro anos de de O2 tanto para iniciar quanto para manter a idade (BIAFORE, 1991). marcha. Para que os movimentos de centro O método simples para taxação e de massa sejam suaves, os movimentos dos avaliação da função humana é pela membros inferiores e, em menor escala, dos observação visual. O uso do filme, vídeo ou membros superiores, devem ter trajetórias fotografia, capacitam o movimento para ser normais ou quase normais (SUTHERLAND; observado com muitos detalhes, permitem KAUFMAN; MOITOZA, 1998). mensurar e fornecer um registro permanente As quantidades cinéticas que foram (TREW, 1997). estudadas pelos pesquisadores da O termo eletromiografia é usado para locomoção humana incluem parâmetros descrever o sinal elétrico produzido como como força de reação do solo, a força resultado da contração muscular, o método transmitida através das articulações, a
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IV Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba potência transferida entre os segmentos qual toda a carga pode ser aplicada ao pé) corporais. A cinética proporciona uma visão (CAMPOS et al, 2001). da causa da cinemática da locomoção observada (MEGLAN; TODD, 1998).
Força de Reação do Solo na Locomoção
As três leis do movimento desenvolvidas
por Isaac Newton são uma parte importante da base matemática da avaliação da cinética da locomoção; mas a terceira lei é especialmente importante para a locomoção. Chamada Lei de ação e reação, afirma que as forças são sempre compostas aos pares, FIGURA 1 – Gráfico demonstrando a força iguais e em direções opostas, de modo que vertical de reação do solo em Newtons (N) se um corpo é empurrado contra o outro, o por tempo Absoluto (s) de ambos os pés segundo empurrará de volta o primeiro, com durante uma passada por uma plataforma de força da mesma magnitude (HAMILL; força (Software Gaitway) KNUTZEN, 1993). Portanto, a força de reação do solo nada mais é do que uma A Figura 1 mostra duas curvas aplicação direta da terceira lei de Newton. sucessivas (pés direito e esquerdo) de força Na locomoção, na qual as mudanças na de reação do solo obtidas após uma coleta força são controladas pela musculatura de dados na esteira instrumentada do corporal, a força exercida pela superfície de sistema de análise de marcha Gaitway – marcha contra o pé é chamada força de Kistler. reação do solo (MEGLAN; TODD, 1998). A direção e a magnitude da força de CONCLUSÃO reação coincide com a direção e a magnitude do movimento do centro de massa do corpo Através dessa revisão foi possível (CAMPOS et al, 2001). verificar a importância deste tema no A força de reação do solo ou do piso entendimento da biomecânica do movimento comum é uma resposta às ações musculares humano normal, servindo como base para a e ao peso do corpo, transmitidos pelos pés. compreensão de possíveis alterações nos Durante a marcha, os dois pés ficam em mecanismos do movimento. contato com o piso simultaneamente em cerca de ¼ do tempo, e os efeitos no centro de massa do corpo (ou centro de gravidade R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS do corpo) resultam da soma das forças de reação que atuam em ambos pés. Durante BIAFORE, S.; CONTTRELL, G.; FOCHT, T.; os ¾ de tempo restantes, apenas a força de KAUFMAN, K.; WYATT, M.; SUTHERLAND, reação nesse pé influencia o movimento do D. Neuronal networks analysis of gait centro de massa do corpo (MEGLAN; TODD, dynamics. Trans. Orthop. Res. Soc, 1991, 1998). nº16, p 255. Para avaliar a força de reação com relação ao movimento do corpo, costuma-se CAMPOS, A. O.; FREITAS, T. H.; HÜTTEN, usar as plataformas de força. As plataformas P.; MOCHIZUKI, L. Análise das alterações de força podem utilizar vários princípios biomecânicas da marcha durante a físicos diferentes para converter as cargas adaptação da caminhada em esteira; TG- em sinais elétricos proporcionais à direção e UNIVAP 2001. à magnitude das cargas. Assim, a força de reação sob um único pé é dividida em uma HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Análise do força vertical (direcionada para cima), duas movimento. In: Biomecânica Básica; 1ª Ed, forças de cisalhamento horizontais (de Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 1993. progressão, para frente e para trás, e laterais, direita e esquerda), o momento normal e o centro de pressão (o ponto no
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IV Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba INMAN, V. T.; RALSTON, H. J.; TODD, F.; A SUTHERLAND, D.H.; KAUFMAN, K.R.; locomoção humana. IN: ROSE, J; GAMBLE, MOITOZA, J.R. Cinemática da marcha J. Marcha Humana; 2ª E D; São Paulo; humana normal. In: ROSE, J; GAMBLE, J; Premier, 1998. Marcha Humana. 2: ed; São Paulo: Premier, 1998, p 23-44. JOHANSON, M.E.; Laboratório da marcha; Estrutura e coleta de dados. In: ROSE, J.; TREW, M.; EVERETT, T. Evaluating and GAMBLE, J.; Marcha Humana. 2: Ed; São Measuring Human Movement. In: Human Paulo: Premier, 1998, p 213,218-219. movement – An Introductory Text. 3: Ed; New York: Churchill Livingstone, 1997b, p MEGLAN, D; TODD, F; Cinética da 226-240. locomoção humana. In: ROSE, J; GAMBLE, J; Marcha Humana. 2 Ed; São Paulo: Premier, 1998, p 77-101.
MESSENGER, N.; Biomechanics. In: TREW,
M.; EVERETT, T. Human movement – An Introductory Text. 3: Ed; New York: Churchill Livingstone, 1997, p26-28.
VIII Encontro Latino Americano de Iniciação Cientifica e 418
IV Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba