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FOCOS DE Aedes aegypit RELACIONADOS A INFLUÊNCIA DE DADOS


METEOROLÓGICOS NO MUNICÍPIO DE XANXERÊ/SC: UMA ANÁLISE DO
PERÍODO DE 2015 A 2018

Angélica Siqueiraa
Maria Angélica Petrinib

Resumo: O mosquito Aedes aegypti está presente em quase todos os continentes


com clima tropical e subtropical. O clima subtropical de Santa Catarina é, portanto,
favorável ao mosquito. O presente artigo tem por objetivo estabelecer relações entre
a incidência de focos do vetor Aedes aegypti e as variáveis meteorológicas de
precipitação, temperatura do ar e umidade relativa do ar no município de Xanxerê,
no período de 2015 a junho de 2018. Além disso, pretende-se relacionar fatores
complementares, tais como saneamento básico e crescimento urbano. A pesquisa
norteou-se pelo método quali-quantitativo, utilizando dados sobre focos de Aedes
aegypit e casos de dengue fornecidos pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica
(DIVE) e pela Vigilância Entomológica e Vigilância Epidemiológica da Prefeitura
Municipal de Xanxerê; dados coletados pela estação meteorológica automática do
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizada no município; além de dados
complementares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados
foram analisados através da correlação linear de Pearson. O estudo aponta
considerável interferência das condições climáticas, sendo que a temperatura média
mensal apresentou uma correlação positiva de 61% com o número de focos do
mosquito. Destaca-se que a temperatura elevada associada a chuva mantêm
elevados índices de infestação, acontecendo também com a umidade relativa do ar
alta e temperatura alta. Já em baixas temperaturas, com ou sem chuva, a presença
do vetor é menor.

Palavras-Chave: Aedes aegypti. Dados meteorológicos. Dengue. Epidemiologia.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo apresenta um estudo sobre os fatores que influenciam na


incidência do mosquito Aedes aegypti em Xanxerê, no estado de Santa Catarina,
Brasil. O vetor pode transmitir várias doenças, como a dengue, que está entre os
principais problemas de saúde pública no país e no mundo. De acordo com a

a Graduada em Ciências Biológicas. Acadêmica do Curso de Especialização em Concepções


Multidisciplinares de Leitura do Instituto Federal de Santa Catarina, campus Xanxerê.
angelica_sikeiraa@live.com
b Profa. Dra. Maria Angélica Petrini (Orientadora). Docente do Instituto Federal de Santa Catarina,
campus Xanxerê. maria.petrini@ifsc.edu.br
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Organização Mundial da Saúde, atualmente a dengue é endêmica em mais de 100


países, afetando mais seriamente as regiões das Américas, Sudeste Asiático e
Pacífico Ocidental. Os fatores de risco são influenciados por variações espaciais
locais de precipitação, temperatura, umidade relativa do ar, grau de urbanização e
qualidade dos serviços de controle de vetores nas áreas urbanas (WHO, 2018).
Segundo Forattini e Brito (2003), o mosquito Aedes aegypti tem origem
africana, trazido às Américas após o descobrimento, tem atividade diurna,
peridomiciliar, antropofílico, hematofágico, com desenvolvimento predominante em
locais com acúmulo de água limpa. O mosquito procura depositar seus ovos em
local propício. Com ausência de água, o ovo pode ficar viável por até 450 dias. É
considerado um mosquito sinantrópico, por ter se adaptado muito bem com o
homem.
No mundo moderno, o Aedes aegypti encontra condições muito favoráveis
para sua proliferação acelerada, seja pela urbanização que originou cidades com
serviços precários de abastecimento de água e de limpeza urbana; pelo uso
abundante de recipientes descartáveis de plástico e vidro, materiais não-
biodegradáveis; ou pelas mudanças climáticas (BRASIL, 2002).
As variáveis meteorológicas interferem na vida como um todo, desde um
microrganismo até um animal mais complexo como o ser humano. Desta forma, o
mosquito também tem seu ciclo de vida permeado pelas condições climáticas, mas o
que pode contribuir ou prejudicar a sua prevalência como vetor de doenças ?
Viana e Ignotti (2013) explica que a variação sazonal de temperatura e
pluviosidade influenciaram o vetor e incidência da dengue em todo o Brasil,
indiferentemente do compartimento climático. As flutuações climáticas propiciam
uma maior quantidade de criadouros disponíveis e, por conseguinte, o
desenvolvimento do Aedes aegypti já que o vetor apresenta duas fases sujeitas às
alterações meteorológicas. O desenvolvimento do ovo, larva e pupa ocorre na fase
aquática e o desenvolvimento completo do mosquito adulto acontece na fase
terrestre (VIANA e IGNOTTI, 2013).
Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo estabelecer relações
entre a incidência de focos do vetor Aedes aegypti e as variáveis meteorológicas de
precipitação, temperatura do ar e umidade relativa do ar no município de Xanxerê,
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no período de 2015 a junho de 2018.

1.1 Aspectos da doença dengue

Para Viana e Ignotti (2013), a dengue cobre uma extensa área territorial
devido a compreender as regiões tropicais e subtropicais, caracterizando-se por
alterações no clima, locais com bastante uso da terra (água armazenada e intensa
irrigação, crescimento econômico e urbano com consequente crescimento
populacional), fatores que contribuem para permanência do vetor.
De acordo com Mariano, Scopel e Silva (2008), a alta taxa de proliferação do
mosquito da dengue mostra, em muitos casos, a falta de política pública de saúde
que realmente sejam eficazes. O descaso público leva a falta de controle da doença,
gerando epidemias todos os anos em muitas cidades brasileiras.
Para Mariano, Scopel e Silva (2008), o Aedes aegypti mantém características
urbanas e alimenta-se de seivas das plantas, porém, as fêmeas são hematófagas,
alimentam-se de sangue. Quando ingerem o sangue do hospedeiro infectado, o
microrganismo que produz a doença é ingerido junto. As fêmeas chegam a depositar
entre 150 a 200 ovos. O transmissor da dengue mantém características domiciliares,
ficando geralmente dentro das casas, sob geladeiras, mesas, cadeiras, armários etc.

1.2 Circulação viral da dengue no Brasil

Para Braga e Valle (2007), a doença dengue transmitida pelo vetor Aedes
aegypti, após a década de 1980 houve uma intensa circulação viral no Brasil, com
epidemias que se alastraram para todas as cidades brasileiras, sendo que 70% dos
municípios são considerados infestados. O reaparecimento da dengue clássica e o
aparecimento da febre hemorrágica de dengue, foi considerado como maiores
problemas de saúde na metade do século XX. As mudanças demográficas e o fluxo
migratório rural-urbano decorreram no crescimento desordenado, somado a
ineficácia do saneamento básico, em decorrência houve o aumento da população do
vetor.
O Brasil é um país tropical, Viana e Ignotti (2013) colocam as razões, é
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tropical por se situar em zonas de latitudes baixas, com clima quente e úmido, com
temperatura média de 20ºC, com grande extensão territorial de 8,5 milhões de km²,
dividido por cinco regiões, Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com cinco
compartimentos climáticos, Equatorial, Temperado, Tropical Brasil Central, Tropical
Nordeste Oriental e Tropical Zona Equatorial.
Braga e Valle (2007) explicam que, no Brasil, a dengue apresenta padrão
sazonal, com maior prevalência nos primeiros cinco meses do ano, devido a ser um
período mais quente e úmido, típico dos climas tropicais.
O Brasil apresenta outros fatores preponderantes além do clima, assim
comentam Costa et al. (2011) conforme a Organização Pan-Americana de Saúde
(OPAS), são diversos os meios que favorecem a infestação pelo vetor e
consequente contaminação pela dengue, como coleta de lixo inadequada,
densidade da população alta, saneamento básico inadequado e pobreza.
Conforme Braga e Valle (2007), no país circula três sorotipos do vírus: DEN-1,
DEN-2, DEN-3. A dengue é transmitida por mosquitos do gênero Aedes, tendo como
principal vetor da doença o Aedes aegypti, tendo sua presença com destaque no
meio urbano, com achados em reservatórios de água - caixas de água, cisternas,
fossas e locais temporários de água - lixo, pote de plantas, água que não escoa -
alagados.

1.3 Circulação viral da dengue em Xanxerê

O município de Xanxerê se inclui no quadro de cidades infestadas. A


preocupação não está diretamente no mosquito, mas na doença que pode vir a
transmitir. O setor que trabalha diretamente no combate à dengue no município é a
Vigilância Entomológica da Prefeitura Municipal de Xanxerê, através do trabalho dos
Agentes de Combate as Endemias, direcionado ao controle do vetor na área urbana.
A questão do mosquito Aedes aegypti é muito relevante na área urbana de
Xanxerê e região, principalmente porque este mosquito além de ser vetor da
dengue, também pode transmitir zika, chikungunia e febre amarela. O combate a
dengue é um trabalho em conjunto, é efetuado e organizado pela Vigilância
Entomológica com união de outros setores através da Sala de Situação do município
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de Xanxerê. A Sala de Situação é favorável, pois é o momento em que diversos


órgãos se reúnem para trabalhar junto a equipe, através de ações de
conscientização e até mesmo efetivação de medidas para o controle do mosquito
Aedes aegypti.
Conforme a Vigilância Epidemiológica da Prefeitura Municipal de Xanxerê
uma das ações realizadas junto a Sala de Situação aconteceu no dia 25 de agosto
de 2018, que foi o “Dia D de Limpeza e Combate a Dengue”, com o envolvimento da
Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria de
Assistência Social, Polícia Militar, Agricultura, Obras e Políticas Ambientais. Teve o
objetivo de mobilização dos moradores de três bairros, São Romero, Bela Vista e
Sufiatti, que separaram materiais que permitem o acúmulo de água para ser
criadouro do mosquito da dengue. Teve pontos de coleta distribuídos nos referidos
bairros, sendo escolhidos por apresentarem maior acúmulo de lixo nas ruas e casas,
bastante moradores humildes de baixa renda. No dia 22 de setembro de 2018,
ocorreu o “Dia Mundial de Limpeza”, com a organização e auxílio da Junior Chamber
International (JCI), ajuda do Corpo de Bombeiros Militar, Vigilância Epidemiológica,
Vigilância Entomológica e diversas entidades e muitas pessoas mobilizadas, evento
que foi realizado em todo o município, com pontos de coleta de lixo. O objetivo foi
conscientizar a população a respeito do descarte de lixo, em consequência muitos
são os benefícios, reduzir o número de focos da dengue.

2 METODOLOGIA

A pesquisa realizada seguiu o método quali-quantitativo, pelo qual se coleta


os mais variados dados, e a sucessiva análise dos mesmos, de modo a explicar os
motivos que levaram a tais resultados.
Dados a respeito do número de focos e imóveis com focos de Aedes aegypti
no município de Xanxerê para os anos de 2015, 2016 e 2017 foram coletados no site
da Diretoria de Vigilância Epidemiológica – DIVE 1, órgão do estado presente no
município de Xanxerê. A Vigilância Epidemiológica da Prefeitura Municipal de
Xanxerê forneceu dados sobre casos autóctones e alóctones de pessoas

1 Dados disponíveis em: <www.dive.sc.gov.br>.


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acometidas com dengue no período de 2015 a junho de 2018. Sendo casos


autóctones quando a doença é oriunda do município de Xanxerê, e casos alóctones
quando a doença tem origem de fora da cidade, podendo ter contraído em outra
cidade ou estado. Para Costa (2001), os casos alóctones ocorrem com o
deslocamento de pessoas, pois o mosquito tem voo muito limitado, assim uma
pessoa contaminada traz a doença e aumenta a área de abrangência do mosquito,
ou o próprio mosquito contaminado pode ser trazido junto nos deslocamentos.
Foram solicitados ao Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, por e-mail,
dados de precipitação pluviométrica, umidade relativa do ar e temperatura do ar
máxima e mínima coletados pela estação meteorológica automática (A858) instalada
em Xanxerê. A estação meteorológica está localizada a uma altitude de 889 m,
latitude 26°56'S e longitude 52°24'W, e registra dados horários. A partir dos dados
horários, foram calculados os valores médios mensais de temperatura e umidade
relativa do ar, além da precipitação acumulada em cada mês, e gerado gráficos
correspondentes a cada variável.
Os dados foram analisados pelo coeficiente de correlação linear de Pearson
(r), para verificar a relação entre chuva acumulada, temperatura média e umidade
relativa média e o número de focos de Aedes aegypit durante os três anos
analisados. Este coeficiente mede o grau de associação entre duas características a
partir de uma série de observações, variando de +1 a -1. Se r for igual a 1, há
correlação positiva perfeita entre as variáveis. Quando r é igual a -1, há correlação
negativa perfeita entre as variáveis. Já se r for igual a 0, as duas variáveis não são
dependentes (SHIMAKURA, 2006).

2.1 Área de estudo

O município de Xanxerê está localizado na região Oeste do estado de Santa


Catarina, na latitude 26° 56’ Sul e longitude 52° 24’ Oeste. Essa localização o coloca
numa faixa com as condições climáticas propícias para a disseminação do Aedes
aegypti. Considerando a classificação climática de Koppen, o clima de Xanxerê é do
tipo Cfb, ou seja, é um clima subtropical úmido, sem estação seca e com verão
temperado. O mês mais quente é janeiro, com temperatura média de 21,6° C e o
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mais frio é julho com 13° C. Já a precipitação pluviométrica anual é de 2210 mm,
sendo outubro o mês mais úmido, com 227 mm, e abril o mais seco, com 151 mm
(ALVARES et al., 2013).
Em 2018, a população estimada de Xanxerê é de 50.309 habitantes,
apresentando uma densidade demográfica 133,16 hab./km² (IBGE, 2018). Há
aproximadamente 20.000 habitações, conforme o setor de IPTU da Prefeitura
Municipal de Xanxerê.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Focos de Aedes aegypti e casos de dengue em Xanxerê

O foco é a positividade para o mosquito Aedes aegypti quando é encontrado


larvas, podendo dar positivo para o mesmo ou negativo para outros mosquitos, seja
em armadilhas, PEs, ou mesmo outros recipientes. Ressalta-se que o controle de
locais é maior nas armadilhas, pelo qual ocorre o monitoramento semanal.
Conforme pode ser observado na Tabela 1, Xanxerê teve um aumento
considerável no número de focos, de 2015 a 2016 houve um aumento de 38,46%
nos focos; de 2016 a 2017 houve um aumento de 18,05% no número de focos. O
número de coletas é maior do que o número de imóveis, assim conclui-se que a
incidência de focos num mesmo imóvel aconteceu mais de uma vez.
Conforme o Boletim Epidemiológico 21/2018 da Vigilância Entomológica,
foram identificados 13.249 focos do vetor no período de 31 de dezembro de 2017 a
27 de outubro de 2018, foi comparado com o mesmo intervalo de tempo no ano de
2017 com 9.492 focos, com acréscimo de 39,6%. Este estudo foi realizado a partir
do Levantamento do Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa). Até a Semana
Epidemiológica nº43/2018, no estado de Santa Catarina são 75 municípios em
estado de infestação. Xanxerê faz parte deste quadro, no mesmo intervalo de
tempo em 2017 eram 61 municípios infestados, apresentando um aumento de
22,9% (DIVE, 2018).
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Tabela 1 – Número de focos e de imóveis com focos de Aedes aegypti no município de Xanxerê, de
2015 a 2017.

2015 2016 2017


Meses do ano Imóveis Imóveis Imóveis
Focos Focos Focos
com focos com focos com focos
Janeiro 55 46 112 100 107 101
Fevereiro 52 50 159 136 124 97
Março 90 79 123 112 155 147
Abril 110 79 115 106 160 154
Maio 21 17 47 46 67 60
Junho 14 3 5 5 42 39
Julho 5 3 15 15 3 3
Agosto 2 2 24 24 13 13
Setembro 4 4 9 9 47 46
Outubro 44 41 32 32 48 48
Novembro 40 40 39 38 35 34
Dezembro 83 63 40 40 49 49
Total por ano 520 437 720 663 850 791

Fonte: Elaborado pela autora a partir de DIVE (2015, 2016, 2017).

O termo infestação é aplicado conforme a disseminação e manutenção dos


focos. Do mesmo período avaliado, de 31 de dezembro de 2017 a 27 de outubro de
2018, foram notificados 1445 casos de dengue no estado, sendo 57-5% analisado
pelo critério laboratorial, 93-6% com investigação em andamento, 1246-86% com
resultado negativo para dengue e 49-3% com investigação. Casos confirmados de
dengue, são 33 autóctones, 26 com Local Provável de Infecção (LPI) Itapema, LPI-6
em Balneário Camboriú, LPI-1 em Camboriú.
Conforme a Tabela 2, é apontado casos autóctones e alóctones em referência
a dengue do período de 2015 a junho de 2018. Destaca-se que a quantia de
notificados para a porcentagem de confirmados é muito significativo, oscilando de
0% a 45,9%, para a problemática da doença é bastante significativo, se analisa de
forma positiva, como resultados é baixo o número de pessoas acometidas com
dengue. Para a questão de casos autóctones de casos notificados para casos
confirmados varia de 0% a 13,5% quando comparado com os casos alóctones de
0% a 45,9%. Assim, pode-se afirmar que a positividade para a dengue é maior
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quando se contrai fora do município, tendo o vírus menor circulação dentro do


município.

Tabela 2 – Casos autóctones e alóctones de dengue em Xanxerê, de 2015 a junho de 2018.

Autóctones Autóctones Alóctones Alóctones


Ano % %
notificados confirmados notificados confirmados
2015 18 2 11,1 3 1 33,3
2016 148 20 13,5 37 17 45,9
2017 16 0 0 3 0 0
2018 14 0 0 2 0 0
Fonte: Elaborado pela autora a partir de dados disponíveis em: SINAN-Sistema Nacional de Agravos
de Notificação. Acesso em 10/08/2018.

Conforme dados do último censo demográfico do IBGE - Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística, expõe-se dados da cidade de Xanxerê que sejam
apropriados para uma melhor verificação do índice de focos e as alterações da
cidade ao longo dos anos. Em consonância com o tempo de análise, que é de 2015
a junho de 2018, mas dados do IBGE (2018) é somente do ano de 2010 com alguns
dados recentes, o que permite uma verificação mais sucinta.
O Brasil tem uma taxa de crescimento de 0,83%, com uma estimativa de
208,5 milhões de habitantes. O estado de Santa Catarina apresenta uma taxa de
crescimento de 1,06%, sendo maior que a média nacional. No ano de 2010, a
população de Xanxerê era de 44.128 pessoas, com densidade demográfica de
116,81 hab/km2. Já no ano de 2017, a população foi para 49.738 mil pessoas, o que
mostra um crescimento considerável de 2010 a 2017, com uma taxa de crescimento
de 1,81% anual do período de 2010-2017, maior que a taxa média nacional (IBGE,
2018).
Ocorrendo o crescimento urbano, com novas construções o mosquito vai
ocupando estes espaços, abrangendo seu território. Moura (2008) expõe que o
crescimento urbano desordenado engessado em políticas ambientais excludentes, é
fator negativo pois aumenta o déficit de saúde, relacionados a saneamento básico,
alterações climáticas e a própria pobreza.
Conforme IBGE (2018), a cidade apresentava 56,4% de domicílios com
destinação de esgoto adequado. A questão do destino do esgoto adequado é crucial
no quesito proliferação do mosquito, esgoto aberto de pia, fossa séptica, fossa
10

comum em estado inadequado ou sem destinação correta é a porta de entrada para


contaminação de doenças e para a criação do próprio mosquito Aedes aegypti.
Em Xanxerê, a infraestrutura de saneamento básico ainda está em
implantação, sendo que o quesito financeiro é um dos maiores empecilhos para o
projeto. A obra prevê 10 milhões de investimento para sua realização, ao longo de
10 anos2. A realização do saneamento adequado implicaria na destinação correta do
esgoto. Em Xanxerê tem esgoto que escoa no rio, ou mesmo na rua, o que configura
uma porta de entrada para contaminação por doenças e proliferação de ratos,
escorpiões, baratas, mosquitos, e outros animais e insetos inconvenientes de
preocupação de saúde pública.
Quanto a forma de urbanização, Xanxerê tem 28,3% de domicílios urbanos
em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada,
pavimentação e meio-fio). Em consonância com tal informação, há uma ineficiente
urbanização adequada o que acarreta em maior infestação do mosquito vetor
(IBGE, 2018).

3.2 Análise dos dados meteorológicos

Conforme dados da Tabela 1, nos meses de maio a setembro, nos anos de


2015, 2016 e 2017, Xanxerê teve uma queda do número de focos de Aedes aegypti,
intervalo de tempo que é comparado com os dados meteorológicos de acumulado
de chuva da Figura 1.
O fator chuva, com uma precipitação alta no tempo que ocorreu o declínio do
número de focos do mosquito, mostra que a chuva associada ao inverno é negativa
ao desenvolvimento do mosquito. De acordo com Magalhães e Zanella (2013), o
período de intensa chuva pode ser prejudicial ao aumento da população de
mosquitos.
Quando ocorre o oposto com a chuva associada a altas temperaturas,
contribui para o desenvolvimento do mosquito. Para Viana e Ignotti (2013), o
predomínio de chuva é muito relevante no desenvolvimento de larvas, pupas e a
própria doença dengue, com infestações nos meses de maiores acumulados de

2 Prefeitura Municipal de Xanxerê.


11

chuva.
Ressalta-se com Magalhães e Zanella (2013), que no período seco, com
poucas chuvas, a população faz o armazenamento da água, o que acarreta em
ambientes favoráveis ao desenvolvimento do Aedes aegypti, mantendo a
preocupação com a doença dengue. Desta maneira, com chuva ou sem chuva, o
descaso da população continua sendo o fator primordial da infestação de Aedes
aegypti.

Figura 1 – Chuva acumulada (mm) mensal de 2015 a 2017. Fonte: Elaborado pelas autoras a partir
de dados do INMET.

Conforme a Figura 2, a temperatura média mensal de 2015, 2016 e 2017


começa a ter declínio mais acentuado no mês de maio próximo ao inverno que
começa em 21 de junho, termina em 22 de setembro com o fim do inverno e início
da primavera. Calado e Navarro-Silva (2002) destacam que temperaturas baixas
geralmente são deletérias ao desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. Em
baixas temperaturas o ovo depositado pela fêmea fica sem condições apropriadas
para eclodir, ficando inativo até achar condições necessárias, a larva no caso se
nascer em baixas temperaturas e a água congelar a larva morre, o mosquito adulto
também não resiste as baixas temperaturas. O ovo pode ficar na natureza por até
450 dias sem sofrer qualquer dano, e quando encontrar ambiente propício, com
água e uma temperatura favorável nasce o mosquito (DIVE, 2018a).
12

Figura 2 –Temperatura média mensal. Fonte: Elaborado pelas autoras a partir de dados do INMET.

Nos meses de altas temperaturas, conforme a Figura 2, sendo de janeiro a


abril, e de setembro a dezembro, os números de focos são maiores que nos meses
de baixa temperatura. Para Viana e Ignotti (2013), nas mais diversas regiões do
país, as infestações ocorreram com predomínio nos meses mais chuvosos, sendo os
mesmos também os mais quentes do ano. O que mostra que a temperatura alta,
sem condições propicias para acumulo de água, não ocorreria tanta incidência, é a
combinação de chuva e temperatura alta que dá ao mosquito ambiente perfeito para
sua proliferação.
Em relação aos dados da Figura 3, que mostra a umidade relativa do ar de
2015, 2016 e 2017, apresenta-se algumas conclusivas. Para Santos (1999),
somente as maiores temperaturas tiveram forte influência nas larvas, nos meses
com maiores índices de umidade relativa do ar, ocorreu mais positividade nos focos
para o mosquito Aedes aegypti.
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Figura 3 – Umidade relativa do ar, em %. Fonte: Elaborado pelas autoras a partir de dados do INMET.

A temperatura favorável ao desenvolvimento de Aedes aegypti, conforme


Beserra et al. (2006), encontra-se entre 21ºC e 29ºC, e para a longevidade e
fecundidades dos adultos entre 22ºC e 30ºC. Não é resistente à temperatura inferior
a 6ºC e superiores a 42ºC. A temperatura mais favorável para o desenvolvimento da
larva é entre 25°C a 30ºC, abaixo e acima destas temperaturas, o mosquito diminui
sua atividade. No município de Xanxerê, o verão costuma ser longo, morno e úmido,
o inverno é caracterizado por ser curto e ameno. As temperaturas têm oscilação de
11ºC a 28ºC, dificilmente são inferiores a 4ºC ou superiores a 31ºC. No ano o tempo
é mais predominante de precipitação e céu parcialmente encoberto.
No comparativo de temperaturas, Xanxerê é muito favorável ao vetor, pois
temperaturas abaixo de 6ºC e acima de 42ºC quase não ocorrem, são poucos os
períodos de inatividade do vetor, destaca-se mais no inverno com temperaturas
amenas, no restante do ano atividade do vetor se mantém intensa.
Pela Tabela 3, verifica-se que o número de focos de Aedes aegypit
apresentou melhor correlação positiva (0,61) com a temperatura média, isto é, 61%
dos focos do mosquito são explicados pela variação na temperatura média do ar ao
longo do período analisado. A umidade relativa do ar apresentou uma correlação
positiva fraca (0,35) e, por fim, a pluviosidade teve uma correlação negativa próxima
14

a zero, indicando nenhuma associação linear com o número de focos.

Tabela 3 – Correlação linear (r) entre o número de focos de Aedes aegypit e as variáveis
meteorológicas, durante o período analisado (2015-2017).
Variáveis meteorológicas r
Chuva acumulada -0,05
Temperatura média 0,61
Umidade relativa média 0,35

Conforme a Figura 4, no município de Xanxerê, no ano de 2015, foram sete


dias que apresentaram temperatura menor que 5ºC e nenhum dia acima dos 42ºC.

Figura 4 – Temperaturas não-toleráveis ao mosquito do ano de 2015. Fonte: Elaborado pelas autoras
a partir de dados do INMET.

Nos anos subsequentes, conforme Figura 5, em 2016, foram 27 dias com


temperatura menor que 5ºC, e nenhum dia acima dos 42ºC. Para o ano de 2017,
conforme a Figura 6, ocorreram dez dias com temperatura menor que 5ºC, e
também nenhum dia acima dos 42ºC.
15

Figura 5 – Temperaturas não-toleráveis ao mosquito do ano de 2016. Fonte: Elaborado pelas autoras
a partir de dados do INMET.

Figura 6 – Temperaturas não-toleráveis ao mosquito do ano de 2017. Fonte: Elaborado pelas autoras
a partir de dados do INMET.
16

As temperaturas que não são toleráveis ao mosquito tem pouca


expressividade, o que mostra que Xanxerê está na faixa ideal de temperatura para o
desenvolvimento do vetor, e mesmo no ano de 2016 com mais dias abaixo de 5ºC,
foi um ano que não teve queda no número de focos, conforme a Tabela 1. Desta
forma, o fator temperatura sozinho sem associação de outros dados meteorológicos
ou fatores humanos, não diminui o número de focos.
Um fator apontado pela equipe de Vigilância Entomológica foi a intensificação
das medidas de combate à dengue, para tentar diminuir o número de focos. Citam-
se maiores cuidados com as armadilhas, onde a visita é feita a cada sete dias,
ocorre a flambagem-assepsia por chamas das armadilhas que dão positivas para o
mosquito da dengue, acompanhamento dos PE – Pontos Estratégicos a cada 15
dias, visitas regulares dos Agentes de Combate a Endemias numa média de três
vezes ao ano na cidade inteira, verificação das denúncias, recolhimento de pneus
quando necessário, armazenamento e destinação dos mesmos que não tem mais
serventia.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O número de focos do mosquito Aedes aegypti em Xanxerê mostram picos


do mosquito, em que, de 2015 a 2017, houve um grande aumento, e até junho 2018
que foi a última data da coleta de dados há uma redução de focos do vetor.
Em referência aos meses do ano com maior incidência de focos, pode-se
concluir que de maio a setembro de 2015 e de 2016 e de maio a agosto de 2017, o
número de focos diminuiu consideravelmente em comparação a outros meses do
ano, devido às temperaturas mais amenas.
Quanto aos dados meteorológicos, o que mais mostrou interferência foi a
temperatura média mensal, com correlação de 61%, sendo as altas temperaturas
muito favoráveis ao vetor, chuva associada a altas temperaturas, ou altas
temperaturas sem chuva, mas com os acumulados de água artificiais, já quando
ocorre o oposto com chuva sem altas temperaturas, como no inverno, diminui-se a
incidência do vetor.
O que também influencia significativamente o número de focos é a falta de
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conscientização da população, somada a urbanização mal planejada e fatores


ambientais aos quais o mosquito Aedes aegypti se adaptou muito bem. Mesmo em
períodos quentes com pouca chuva, há o acumulo de água e descaso por parte da
população. No inverno existe o favorecimento de temperaturas amenas, o que
diminui a presença do mosquito, que reaparece quando aumenta as temperaturas. A
infestação do Aedes aegypti é um problema não apenas de Xanxerê como também
do Brasil, que vem se estendendo, de difícil extinção e somente tentativa de
controle. Quanto mais estudos forem realizados na área, maiores serão as chances
de ter políticas públicas mais efetivas e o sucessivo controle do vetor.
Todos os fatores apontados para o estudo de quantificação de dados foram
visados para conhecer os fatores meteorológicos, populacional, econômicos entre
outros, para conhecer como estas variáveis interferem no número de focos.
Ademais, este estudo espera contribuir na diminuição e controle da quantia de focos
do mosquito Aedes aegypti.
Para Costa (2011), para controlar o número de focos de Aedes aegypti deve-
se controlar os criadouros dos mosquitos, com eliminação dos locais propícios e
conscientização da população.
Foram apontados neste estudo vários dados meteorológicos que exercem
grande influência, mas ressalta-se que o fator humano neste contexto também
contribuiu no número elevado de focos, pois com a urbanização aumentou-se o
número de criadouros, desta forma os cidadãos deveriam ter mais consciência
cuidando do meio ambiente e ao mesmo tempo auxiliar na diminuição de criadouros
do mosquito.

Aedes aegypti FOCI RELATED TO THE INFLUENCE OF METEOROLOGICAL


DATA IN THE MUNICIPALITY OF XANXERÊ/SC: AN ANALYSIS OF THE PERIOD
FROM 2015 TO 2018

Abstract: The Aedes aegypti mosquito is present in almost all continents with
tropical and subtropical climate. The subtropical climate of Santa Catarina State,
Brazil, is, therefore, favorable to the mosquito. The present article aims to establish
relationships between the incidence of Aedes aegypti vector and the meteorological
variables of precipitation, air temperature and relative humidity in the municipality of
Xanxerê, from 2015 to June 2018. In addition, it is intended to relate complementary
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factors, such as basic sanitation and urban growth. The research was guided by the
qualitative-quantitative method, using data on Aedes aegypit foci and dengue cases
provided by the Epidemiological Surveillance Department (DIVE) and by the
Entomological Surveillance and Epidemiological Surveillance of Xanxerê; data
collected by the automatic meteorological station of the National Meteorological
Institute (INMET) located in the municipality; as well as complementary data from the
Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). Data were analyzed using
Pearson's linear correlation. The study indicates considerable interference of climatic
conditions, and the average monthly temperature showed a positive correlation of
61% with the number of mosquitoes. It is noteworthy that the high temperature
associated with rain maintain high rates of infestation, also occurring with the high
relative air humidity and high temperature. At low temperatures, with or without rain,
the presence of the vector is lower.

Keywords: Aedes aegypti. Dengue fever. Epidemiology. Weather data.

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