Clínica Cirúrgica de Grandes Animais
Clínica Cirúrgica de Grandes Animais
Clínica Cirúrgica de Grandes Animais
• Conhecimento da anatomia
Avaliação pré-operatória do paciente Mentalizar o procedimento antes de realiza-lo (Tecnica
• Exame físico geral cirúrgica)
− Inspeção • Preparação do ambiente
− Palpação − Sombra, areia (para derrubar o animal com o lado direito
− Auscultação no chão), “almofadas”
o Respiratória
o Cardíaca • Preparação do animal
o Ruminal − Tricotomia, antissepsia, contenção física
− Desvantagens
o Requer grande volume, maior tempo para infiltração e
analgesia incompleta (camadas mais profundas)
• Infiltração paravertebral
− Bloqueio dos nervos espinais perto do forame
intervertebral
− Utilizada em ruminantes na região lombar
− Fornece analgesia e relaxamento muscular da área
inervada pelos nervos bloqueados
− Técnica fácil e quase sempre efetiva
− Dificuldade apenas em animais grandes e musculosos
− Anestesia
o Tranquilização do animal + anestesia regional
o Infiltração direta de anestésico ao longo das bordas da
ferida deve ser evitado
o Anestesia geral é indicada quando a lesão é muito
extensa ou se o animal é muito irritado
− Preparação do ferimento
o Lavar o ferimento, se precisar pode ser com mangueira
o Tricotomia do local
o Utilização de sabão (amarelo), desinfetantes, solução
isotônica
Patologias maternas
• Toxemia Da gestação
− Tipo 1 → Falta de alimento no teço final da gestação
− Tipo 2 → Excesso de concentrado ou sobrepeso
− Sinais Clínicos
o Desequilíbrio e andar cambaleado
o Tremores musculares
o Ranger dos dentes
o Olhar para as estrelas
− Diagnóstico
o Histórico e sinais clínicos
− Tratamento
o Conservativo
o Cirúrgico
Abordagem cirúrgica
• Flanco Esquerdo
− Rotina
− Evita complicações com a localização do útero
− Fetos grandes
− Maior possibilidade de contaminação
• Flanco direito.
− Maior tempo cirúrgico
− Maiores complicações trans operatórias
− Distensão acentuada do rumem
− Exames mostram que é melhor se fazer por esse lado
• Paramediana ventral
− Fetos mortos
− Grande contaminação
− Mais comum em pequenos ruminantes
Riscos − Decapitação/degolamento (Ex. para fetos com desvio de
cabeça).
• Redução do desempenho reprodutivo dos animais
− Ablação de mandíbula (rara).
• Queda no volume de leite produzido pelas vacas
− Amputação de membros.
• Ocorrência de mortes
− Achatamento de tórax.
• Prejuízos para o produtor
− Evisceração.
− Destroncamentos.
Técnica cirúrgica − Sinfisiotomia púbica (seção do púbis do feto).
• Incisão da pele para cesariana (abordagem pelo flanco)
− Pele e tecido subcutâneo Pós operatório
− Fáscia externa
• Remoção da placenta
− Músculos: Oblíquo abdominal externo e interno e
• Lavagem uterina
transverso do abdômen
• Antibioticoterapia
− Peritônio
• Exteriorização uterina
• Histerotomia
• Histerorrafia (cushing)
Fetotomia
• Feto morto, para que não se submeta desnecessariamente
a fêmea a uma cesariana.
− Fetos absoluta ou relativamente grandes.
− Estreitamento ósseo da via fetal (angústia pélvica).
− Distocias de correção impossível.
− Fetos enfisematosos.
− Monstruosidades.
Vantagens
• Redução do volume fetal
• Evita cesarianas
• Exige menor número de auxiliares
• É menos traumatizante para a fêmea
• Evita tração forçada
Desvantagens
• Grande contaminação para a fêmea e para o obstetra (é
impossível usar luvas).
Total
• Secção do feto inteiro
Parcial
• Secção de partes do feto
− Cefalotomia/ cefalocentese/craniotomia (muito usada -
fetótomo na nuca do feto, evitando-se a formação de
pontas ósseas).
Sutura de Buhner Podologia em animais ungulados
Prolapso Uterino A expressão casco às vezes é usada para se referir apenas ao
estojo córneo da falange distal, enquanto em outros contextos
O prolapso ocorre quando parte do trato reprodutivo é
ela inclui o apêndice córneo e também as estruturas
projetado pela vagina, geralmente acontecendo após o parto.
musculoesqueléticas envolvidas. Essa última definição é mais
adequada, já que todas essas estruturas formam uma unidade
• Os fatores que predispõem
funcional.
− Contrações excessivas (distócicos e gemelares),
− Hipocalcemia
− Retenção de placenta
− Infecção uterina.
• Dificuldade no tratamento
• Tratamento
− Anestesia epidural (Prevenir a dor e diminuir a distensão
uterina)
o Assepsia no local
o Lidocaína 2%, 1mL/100kg S5 - Co1
o Peso dos grandes animais → Fita para pesagem de
gado ou cavalos
• Caso clínico
− Bovino fêmea parida há dois dias chega no ambulatório de
Grandes Animais do Hospital veterinário da Unibra neste
estado:
− O que aconteceu com esse animal?
− Qual o tratamento recomendado?
− Qual o prognostico nesse caso?
Fatores de risco
• Umidade → Amolecimento do casco → Trauma e Infecções Panarício
• Alto teor energético e poucas fibras → Laminite e Acidose
• É uma inflamação profunda da pele do espaço interdigital.
ruminal → Dificuldade de locomoção
• A doença aparece principalmente em animais em pastoreio
• Idade
e em animais alojados em estábulos com camas de palha.
• Estresse
• Sintomas
• Mudança bruscas na alimentação
− Os animais mancam ligeiramente
• Várias lactações
de um ou mais pés pouco depois
• Fatores genéticos de aparecer a doença.
− Em seguida a lesão torna-se mais dolorosa e aparece uma
Doenças Podais ligeira inflamação da coroa, dos talões e da quartela. Há
• As afecções podais podem ser primárias e secundárias.: também o afastamento dos dedos.
− São afecções primárias a dermatite digital, a dermatite
interdigital, o panarício e a laminite. • Tratamento
− São afecções secundárias a úlcera da sola, os abcessos − Administração geral de antibióticos (penicilina, tetraciclinas,
podais, o tiloma, a erosão do talão, a fissura vertical e a cefalosporinas) ou de sulfamidas.
fissura horizontal. − Corte curativo dos “cascos”, limpeza geral e aplicação local
de tetraciclina.
• É importante conhecer as causas das afecções podais, uma
vez que o melhor tratamento das afecções corresponde à L aminite
eliminação das suas causas.
• É uma doença metabólica que origina deformações no
“casco” caracterizadas por um crescimento anormal. A
Dermatite digital circulação de sangue no pé está alterada.
• A dermatite digital é uma ulceração superficial circunscrita, • Sintomas
localizada geralmente na pele plantar da quartela entre os − As laminites podem ser: agudas (graves), crónicas
talões e em contato direto com a coroa, também pode (curadas) e sub clínicas (menos grave).
estar localizada na pele plantar dorsal − Quando há laminite aguda, que é rara, animal não anda.
• É provocada por bactérias e é contagiosa. Esta forma pode dar origem a outras doenças do pé.
• Falta de higiene e a humidade − Na laminite subclínica a sola apresenta-se amarela, mole e
favorecem o aparecimento da lesão. hemorrágica.
− Na laminite crónica as paredes da úngula (“casco”) estão
• Sintomas deformadas e apresentam sulcos ou anéis muito visíveis.
− As vacas afetadas apresentam dificuldade de locomoção,
podendo ir de leve a grave, dependendo do tamanho da • Tratamento
ferida. − A principal base do tratamento da laminite é combater a
− A lesão provoca hemorragias e é muito dolorosa. causa, principalmente o excesso de alimentos com grão.
− Todas estas ferraduras aumentam a superfície de contato 7. O que deve ser levado em consideração antes de suturar
com o solo, distribuindo melhor o peso do animal e um ferimento?
protegendo todas as áreas do casco.
8. Como ocorre uma cicatrização por segunda intenção?
− Ferradura Oval Barra em V Barra em coração
9. Por que a utilização de antibióticos tópicos deve ser evitada
• Palmilhas em feridas contaminadas?
− As palmilhas são utilizadas para diminuir a pressão na sola
do casco. Entretanto, quando utiliza esse tipo de material 10. Quais os fatores de risco para a urolitíase obstrutiva?
deve tomar cuidado com a umidade do casco. Costuma-se
utilizar uma pasta antifúngica, evitando assim a proliferação 11. Quais os sintomas das três fases da urolitíase obstrutiva?
de fungos que podem deteriorar o casco
12. Qual a técnica cirúrgica da uretrostomia?