O Papel Das Pequenas Frações Como Sensores de
O Papel Das Pequenas Frações Como Sensores de
O Papel Das Pequenas Frações Como Sensores de
Rio de Janeiro
2020
ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
Rio de Janeiro
2020
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DECEx - DESMil
ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
(EsAO/1919)
______________________________________________
DIVISÃO DE ENSINO / SEÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO_
FOLHA DE APROVAÇÃO
Autor: Cap Inf GUILHERME ANGELO BARBOSA
BANCA EXAMINADORA
Membro Menção Atribuída
___________________________________
ARONES LIMA DA ROSA – Ten Cel
Cmt Curso e Presidente da Comissão
________________________________________
THIAGO BRITTO DE ALBUQUERQUE- Cap
1º Membro e Orientador
_________________________________
CARLOS MAGNO SIQUEIRA CARVALHO- Cap
2º Membro
1.1PROBLEMA ........................................................................................................... 6
3. METODOLOGIA ....................................................................................................... 20
4. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 24
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 27
APÊNDICE A ................................................................................................................ 28
APÊNDICE B ................................................................................................................. 30
O PAPEL DAS PEQUENAS FRAÇÕES COMO SENSORES DE
INTELIGÊNCIA NAS OP GLO, NO CONTEXTO DE OPERAÇÕES DE
COOPERAÇÃO E COORDENAÇÃO COM AGÊNCIAS
Com este artigo, pretendemos carcaterizar a importância da aquisição de dados de inteligência, com ênfase
na HUMINT, por meio da atuação das pequenas frações em Operações de Garantia da Lei e da Ordem
realizadas normalmente em locais urbanizados, altamente povoados e controlados por organizações
criminosas, tendo a opinião pública como centro de gravidade de toda atividade. Procuramos pontuar a
importância e relevância das ações em todos os níveis, demonstrando que as ações no nível tático
influenciam os propostos estratégicos e políticos e com isso demonstrar a necessidade do correto
treinamento e acompanhamento das pequenas frações, bem como ressaltar sua importância vital de
atuação. Foram consideradas as diversas ações de GLO levadas a cabo pela Força Terrestre, como
parâmetro para o estudo, sem necessariamente se estabelecer limitação temporal ou de característica, haja
vista a proposta de se entender a atuação em seu fundamento,não sendo necessariamente relevante o tipo
de atuação (Garantia da Lei e da Ordem,GVA, etc). A doutrina sobre o assunto é relativamente recente,
sendo abordada superficialmente em manuais da do EB, sem se aprofundar necessariametne na atuação
das pequenas frações, mas claramente enfatizando a importância da Função de Combate Inteligência nos
baixos escalões dos diversos tipos de operação e a necessidade fundamental de tal atividade para as Op
GLO. Em manuais e artigos estrangeiros verificamos que o assunto já é abordado há algumas décadas,
sendo relevante a revisão de casos históricos explorados e o aprofundamento no assunto para sua
execução prática em combate.
Concluímos ressaltando a extrema importância da execução da atividade nas pequenas frações, a
premente necessidade por um treinamento eficaz e tipificado, bem como da fundamental necessidade de
que as Seções de Inteligència sejam envolvidas no processo, desde a fase de adestramentro até durante
a execução das operações.
Como contribuição, apresentou-se um modelo de Procedimento Operacional Padrão (POP), para fim de
oferecer uma padronização de atividades a se executar, de forma a auxiliar na obtenção necessária do
fluxo de informações desejado.
Palavras-chave: Pequenas frações. Operações de Garantia da Lei e da Ordem. Inteligência.
Soldado.HUMINT.
ABSTRACT
With this article we intend to characterize the importance of acquiring intelligence data, with an emphasis on
HUMINT, through the performance of small units in Law and Order Guarantee Operations, normally carried
out in urbanized locations, highly populated and controlled by criminal organizations, having public opinion
as the center of gravity of all activity. We seek to highlight the importance and relevance of actions at all
levels, demonstrating that actions at the tactical level influence strategic and political proposals and thereby
demonstrate the need for the correct training and monitoring of small units, as well as highlighting their vital
importance of action. The various GLO actions carried out by the Ground Force were considered as a
parameter for the study, without necessarily establishing a temporal or characteristic limitation, given the
proposal to understand the performance in its foundation, the type of performance is not necessarily relevant
(Law and Order Guarantee, environmental GLO, GVA, etc.)The doctrine on the subject is relatively recent,
being covered superficially in the manuals of the Brazilian Army, without necessarily going deeper into the
performance of the small fractions, but clearly emphasizing the importance of the intelligence combat
function in the low ranks of the different types of operation and the fundamental need of such activity for Op
GLO. In foreign manuals and articles we find that the subject has been addressed for some decades, and it
is relevant to review historical cases explored and deepen the subject for its practical execution in combat.
We conclude by emphasizing the extreme importance of carrying out the activity in small fractions, the
pressing need for effective and typified training, as well as the fundamental need for Intelligence Sections to
be involved in the process, from the training phase until the execution of operations.
As a contribution, a Standard Operating Procedure (SOP) model was presented, in order to offer a
standardization of activities to be performed, in order to assist in obtaining the required flow of information.
Keywords: Small fractions. Law and Order Guarantee Operations. Intelligence. Soldier. HUMINT.
_____________
** Capitão da Arma de Infantaria. Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das
AgulhasNegras (AMAN) em 2011.
**** Capitão da Arma de Infantaria. Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) em 2007. Pós-graduado em Ciências Militares pela Escola de
Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) em 2017.
6
1. INTRODUÇÃO
1.1PROBLEMA
A concepção contemporânea de campo de batalha, em que verificamos
conceitos como guerra assimétrica, conflitos de 4° geração, guerra híbrida entre
outros, mudou de forma profunda a chamada arte da guerra, alterando
definitivamente a forma de emprego das forças militares e por consequência a
forma em que se formulam os planejamentos e adestramentos para tal.
Nesse contexto, verificamos recorreiramente a situação em que forças
militares são utilizadas em operações de garantia da Lei e da Ordem, atuando
normalmente em cenários urbanos, altamente povoados.
Soma-se a isso as tecnologias dos meios de acesso à informação, com
enfâse nas possibilidades oferecidas por meios móveis como celulares e
smartphones, e seus “aplicativos”, e caracterizamos um cenário de emprego
extremamente complexo no qual as ações desenvolvidas em todos os níveis
operacionais tem a capacidade de repercutir positiva ou negativamente inclusive
até ao nível político.
1.2 OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
- Entender como a SU pode atuar como sensor de inteligência em Op GLO,
e contribuir com a aquisição da consciência situacional pelo Comando
8
.OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Compreender os conceitos e fundamentos das operações de garantia da lei e da
ordem e seu aspecto informacional;
1.4 JUSTIFICATIVAS
Verificamos, já de início, por uma simples análise objetiva, que as Op GLO
contemporâneas são realizadas, via de regra, em ambiente urbano e que tal
cenário adiciona uma maior complexidade ao transcorrer das operações,
tornando as necessidades de Inteligência mais necessárias e prementes pelo
comando.
A necessidade de que todos os militares sejam efetivamente sensores de
inteligência fia exposta de maneira irredutível e, sendo as pequenas frações as
primeiras a entrar em contato, com o decorrer das atividades, elas necessitam
ser capazes de gerar os conhecimentos necessários a fim de alimentar a Função
de Combate Inteligência.
Diante do exposto acima, podemos verificar a necessidade de que os
militares dos diversos escalões, empregados em Op GLO, tenham a capacidade
de atuar como sensores de Inteligência, bem como a necessidade consequente
de que haja um planejamento específico e exequível por parte do EM que oriente
e defina a forma dessa atuação.
Nesse sentido, verificamos que este estudo é justificado ao realizar
pesquisa de tema atual e de significativa importância para operações
contemporâneas, realizadas cada vez em maior quantidade e complexidade, e
a necessidade de se consagrar a importância das pequenas frações como
sensor de inteligência e com isso criar a mentalidade de treinamento,
planejamento e execução desta atividade extremamente necessária, que,
quando executada corretamente traz enormes ganhos operacionais às Op GLO.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1.1 LEGITIMIDADE
Ao verificarmos o papel das pequenas frações como sensores de
inteligência nas Op GLO, o quesito inicial sucitado é a legitimidade dessas
operações, bem como sua previsão legal de execução. Encontramos na Carta
Magna, sua tipificação, o que inicialmente nos direciona na possível conclusão
de legitimidade dessas ações. Cabe ressaltar, entretanto, que o assunto é
10
3. METODOLOGIA
3.1 INSTRUMENTOS
A fim de subsidiar o presente artigo com informações julgadas
convenientes sobre o assunto, disponibilizamos um questionário respondido por
84 militares que participaram de diversas Op GLO. A amostra de militares que
cederam sua experiência profissional para a realização desta coleta demonstrou-
se bastante heterogênea e dividiu-se em diversos postos, graduações e funções
exercidas, como vemos abaixo:
Posto/Grad Função Qtde
Major S4 01
Capitão Cmt SU 12
Capitão S2 02
Capitão Adj S3 01
Capitão S1 01
3° Sargento Cmt GC 12
TOTAL 84
21
3.1.1.6 DISCUSSÃO
Podemos inferir que há um gargalo de adestramento e planejamento
operacional (treinamento adequado e fornecimento de ordens claras aos
elementos subordinados), para a execução da atividade e que isso pode se
tornar um problema haja vista a importância creditada pelos militares a execução
deste tipo de atividade.
Quanto à utilização das informações providas a fim de subsidiar o
planejamento operacional por parte do EM da Unidade, verificamos que a
situação apresentada é potencialmente positiva, havendo espaço para melhoria
haja vista que:
Tendo em vista que a grande parte dos militares que respondeu a
pesquisa compôs as pequenas frações durante as Op GLO, logo não fazia parte
do ciclo decisório e de planejamento, mas sim o de execução, podemos inferir
que a impressão de utilização das informações acaba por ser subjetiva e o
resultado apresentado pode apresentar provavelmente um aspecto mais positivo
do que possivelmente os números apresentam;
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
WRIGHT, David. HOW CAN THE UNITED STATES ARMY IMPROVE HUMAN
INTELLIGENCE IN PEACE OPERATIONS? Master of Military Art and science
thesis approval page. Fort Leavenworth, Kansas, 2003.
APÊNDICE A
Esse questionário tem a finalidade de servir como base das hipóteses levantadas
pelo autor no seu Trabalho de Conclusão de Curso.
( ) Muito Importante
( ) Pouco Importante
( ) Irrelevante
( ) Outra________________________________________________________
( ) Nível Subunidade, Pelotão e Grupos de Combate (Cap Cmt Cia , Ten Cmt
Pel e Sgt Cmt GC)
( ) Nível Subunidade, Pelotão, Grupos de Combate e Esquadras Combate (Cap
Cmt Cia , Ten Cmt Pel, Sgt Cmt GC e Cb Cmt Esq)
( ) Outros _______________________________________________________
APÊNDICE B
2. DURANTE AS OPERAÇÕES