Introdução PT
Introdução PT
Introdução PT
Sala: 17
Classe: 12ª
Turma: 12ª CF
Período: Tarde
LUANDA, 2022
INSTITUTO MÉDIO DE GESTÃO HOTELARIA E TURISMO –
FRANCISCO DOS SANTOS
LUANDA, 2022
INTEGRANTES DO GRUPO
1- Kétura Lisboa nº 17
2- Luís Gaspar nº 18
3- Manuel Cavindja nº19
4- Márcio Gomes nº 20
5- Mariana Fernandoº 21
6- Mário Pascoal nº 22
7- Milany Paulo nº 23
8- Neusa Salvador nº 24
i
DEDICATÓRIA
ii
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiro a Deus por ter nos mantido na trilha certa durante este projecto de
pesquisa com saúde e forças para chegar até o final.
Somos gratos pela confiança depositada na proposta desse trabalgo pelo meu professor Bento
e ao orientador do nosso trabalho. Obrigado por nos manterem motivados durante todo o
processo.
Também quero agradecer ao Instituto Médio de Gestão Hoteleira e Turismo Francisco dos
Santos ( IMGHT ) e a todos os professores do meu curso Contabilidade e Finanças pela
elevada qualidade do ensino oferecido.
iii
EPÍGRAFE
- Robert Collier
iv
RESUMO
No presente trabalho iremos abordar sobre o impacto ou importância que o activo imobilizado
apresenta nas empresas. Teremos por foco destacar como é feita a gestão interna dos mesmo
bens como a relevância da supervisão destes activos com base a teoria de diversos autores,
iremos relacionar a teoria e prática da gestão do activo imobilizado.
v
ABSTRACT
In the present work we will address the impact or importance that fixed assets have on
companies. We will focus on highlighting how the internal management of the same assets is
carried out as well as the relevance of the supervision of these assets based on the theory of
several authors, we will relate the theory and practice of the management of fixed assets.
vi
ÍNDICE
vii
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa abordar acerca da importância do activo imobilizado para o controlo
interno na empresa ÁFRICA BURGUER, uma vez que ela constitui-se num elemento
fundamental para gestão diária das empresas, aumentar a lucratividade e minimizar os riscos
decorrentes nas actividades operacionais das empresas.
Nos dias atuais, a necessidade de se manter um controle patrimonial eficiente está cada vez
mais evidente na realidade das instituições, sejam elas particulares ou públicas. O activo
imobilizado engloba a maior parte do montante do activo de uma entidade e possui a
capacidade de contribuir com a geração de receitas e com a manutenção das actividades de
uma empresa, para que esta possa ter a habilidade de sobressair dentre seus concorrentes no
atual mercado econômico.
Segundo Iudícibus (2010), a contabilidade é considerada uma ciência tão antiga quanto o
surgimento da própria civilização humana. A história revela que a contabilidade era utilizada
desde os primeiros povos para controlar o patrimônio de uma pessoa ou de várias pessoas de
uma sociedade.
De acordo com Iudícibus e Marion (1994), o activo evidencia onde os recursos de uma
entidade foram aplicados e configura as vantagens presentes e futuras para a empresa. As
contas do activo são classificadas de acordo com a velocidade com que estes se transformarão
em dinheiro, ou seja, de modo decrescente, e de acordo com seu grau de liquidez. O activo é
dividido em duas partes,o activo circulante e o activo não circulante.
1
Segundo Silveira (2009), pontua que a forma de classificação dos bens no ativo imobilizado
está relacionada ao seu uso pela empresa. Bens que não estão sendo utilizados e não estão
gerando nenhuma benfeitoria à entidade deverão ser classificados no grupo do activo não
circulante, porém fora do ativo imobilizado.
Problema de pesquisa:
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Hipótese
Justificativa
No actual cenário em que a sociedade angolana com particular atenção ao sector privado se
debate com possíveis soluções para ultrapassar a crise económica e financeira que atravessa
2
urge uma necessidade cada vez mais gritante das empresas capacitar seu sistema de gestão
com procedimentos e ferramentas que possam dar respostas efectivas as indagações que se
remetem a nível mercadológico e reflectir sobre a sua posição do sector em que esta inserida.
Estrutura do trabalho
Capítulo II. é apresentada os materiais e métodos utilizados para a elaboração deste trabalho,
em que são enumerados os tipos de pesquisa utilizados e métodos;
Conclusão.
Sugestões.
Referências bibliograficas.
Anexo.
3
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
Desta forma, a contabilidade é uma ciência que inicialmente era empregada para computar a
fortuna particular que o indivíduo acumulava ao longo de sua existência, assim, a mesma não
era direccionado para os registos dos empreendimentos, a contabilidade estava preocupada
com a essência da riqueza individualizada e não com a forma de simplesmente registar e
informar (Sá, 2010).
Consequentemente, com o avanço desta ciência a mesma passou a ser usualmente empregada
no controlo financeiro das instituições, auxiliando os gestores das empresas através da
geração de informações úteis para as tomadas das decisões estratégicas referente ao emprego
dos recursos financeiros da empresa (Marion, 2009).
Segundo Freitas (2016), o uso da contabilidade no meio institucional se deve muito ao fato do
seu posicionamento para o mundo dos negócios, no que concernem as relações comercias
existentes no mercado económico global. Além disso, os empresários começaram a buscar
informações essenciais e úteis as tomadas de decisões necessárias referentes ao sector
financeiro da empresa, deste modo, com advento da contabilidade nas empresas, a mesma
veio a preencher essa lacuna que outrora existia no ambiente empresarial.
4
1.2 Demonstrações Financeiras
Para Ribeiro (2013), defende que “as demonstrações financeiras são relatórios ou quadros
técnicos que contêm dados extraídos dos livros, registos e documentos que compõem o
sistema contabilístico de uma entidade. As demonstrações contáveis expressam o resultado do
período, a posição patrimonial das empresas e as oscilações das contas de activo, passivo,
património líquido, entre outras”.
Segundo Silva e Souza (2011), afirmam que “as demonstrações financeiras também são
chamadas de relatórios contabilísticos e são as fontes de informações para análise, servindo de
base, inclusive para avaliar possíveis investimentos”. Os autores defendem ainda que “as
demonstrações financeiras são utilizadas pela gestão da entidade para prestar contas e levar
informações sobre o aspecto económico-financeiro aos accionistas, credores, governo e outros
interessados e apresentam informações úteis que revelam suas operações durante um
determinado período de tempo, e quando analisadas facilitam a detenção dos pontos fortes e
fracos encontrados na realização da sua actividade quer operacional ou não operacional”.
Nessa conformidade com os autores citados percebe-se que as demonstrações financeiras são
os meios de transmissão de informação da posição financeira das entidades.
Existe uma variedade de demonstrações financeiras ao dispor dos interessados para a sua
análise, dentre estas se destacam o Balanço Patrimonial (BP), Demonstração de Resultado do
Exercício (DRE) e a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC).
De acordo com Marion (2012), “devem ser analisadas todas as demonstrações contáveis.
Entretanto, deve ser dada maior ênfase ao Balanço Patrimonial, no qual é evidenciada a
situação financeira, e à Demonstração do Resultado do Exercício, na qual é evidenciada a
situação económica em conjunto com o Balanço Patrimonial”.
5
1. O Balanço
Para Guerreiro (2015), destaca que o balanço é uma demonstração contabilística destinada a
evidenciar, quantitativamente e qualitativamente, numa determinada data, a posição
patrimonial e financeira de uma entidade. Segundo autora está demonstração contempla as
seguintes massas patrimoniais:
1. Activo recursos (bens e direitos) controlados por uma entidade como resultado de
acontecimentos passados e dos quais se espera que fluam para entidade de benefícios
económicos futuros:
1.1. Activos não Correntes são activos que se esperam que permaneçam na posse da
entidade por um período superior a um ano;
1.2. Activos correntes são activos que se esperam que permaneçam na posse da
entidade por um período até um ano.
2. Passivos obrigações presentes da entidade provenientes de acontecimentos passados,
do pagamento, dos quais se espera que se resultem exfluxos de recursos da empresa
incorporando benefícios económicos. Estas obrigações podem dividir-se em duas
categorias principais:
2.1. Passivo não corrente que se espera que venham a ser pagos pela entidade num
período superior a um ano;
2.2. Passivo corrente que se espera que venham a ser liquidados pela entidade num
período até um ano.
3. Capital próprio é o Interesse residual no activo depois de deduzido o passivo. (ver
anexo I).
6
De acordo com a NBC TG 27 (CFC, 2015), o activo imobilizado é um item corpóreo, de
natureza duradoura, que é utilizado para fabricação ou provimento de produtos, que a entidade
espera usufruir por mais de um período e que não se destinam à venda.
Portanto, pressupõe-se que neste grupo de contas estão compreendidos todos os bens e
direitos tangíveis e permanentes, fundamentais para o desempenho das actividades da
entidade, como por exemplo: veículos, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios,
terrenos, edificações, dentre outros.
Segundo Silveira (2009), pontua que a forma de classificação dos bens no ativo imobilizado
está relacionada ao seu uso pela empresa. Bens que não estão sendo utilizados e não estão
gerando nenhuma benfeitoria à entidade deverão ser classificados no grupo do activo não
circulante, porém fora do ativo imobilizado.
A vida útil econômica do activo imobilizado é descrita por Oliveira et al., (2010), como sendo
o tempo que o bem irá gastar para se exaurir pelo seu uso na produção e o tempo gasto para
que esse activo venha a se tornar ultrapassado devido ao surgimento de novas tecnologias.
Conforme Futida (2016), a contabilidade, nos dias atuais, perante ao activo imobilizado, tem
como principais funções: seu registro econômico, seu controlo e o cálculo de sua depreciação
fiscal, para efeito de tributação de ganho de capital, quando for dada sua baixa pela venda etc.
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Para Dornelles (2011), “os activos imobilizados de uma empresa são caracterizados pela
possibilidade de gerarem benefícios futuros à organização”. Assim, para melhor
contextualização sobre as mudanças dos activos imobilizados a partir do CPC 27, serão
abordadas as formas de reconhecimento, mensuração, e divulgação dos activos imobilizados
nas demonstrações financeiras.
O activo imobilizado faz parte dos subitens do activo não circulante, que são considerados um
benefício futuro para a empresa, que não é destinado à venda (Almeida, 2010). Sua
contabilização influencia nas tomadas de decisõesda empresa, por isso é importante mostrar
claramente qual o valor real do bem especificado no Activo Imobilizado, respaldando a
tomada de decisão (Santoro, 2014).
Para Almeida (2010), o activo imobilizado na entidade deve ser percebido sob enfoque de “os
bens do activo imobilizado representam normalmente uma parcela significativa dos activos de
uma empresa, principalmente no caso da indústria. Esses bens tem uma permanência
prolongada na companhia, não são destinados à venda e são utilizados na manutenção das
suas actividades”.
Todo activo deve ser reconhecido no balanço pelo seu valor Só será reconhecido se, e apenas
se obtiverem os seguintes fatores:
a) For provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a
entidade;
b) O custo do item pode ser mensurado de maneira confiável (Unifenacon, 2011).
Esses factores funcionam como pilares, sustentando as tomadas de decisões da empresa no ato
do reconhecimento de um activo imobilizado. O reconhecimento de um item como Activo
Imobilizado, inicia-se com a apuração do custo consumido para a sua aquisição (Carvalho;
Lemes; Costa, 2009).
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Segundo Santana (2011), já os gastos com reparos, consertos e reformas do bem devem ser
acrescentados ao activo imobilizado quando significarem um aumento na sua eficiência ou
produtividade, ou ainda um aumento da sua vida útil.
Um bem para ser classificado como activo imobilizado, deverá ser considerado um bem
corpóreo Porém, não há uma medida para ser classificado ou não como um activo
imobilizado, devendo ser analisado cada bem pela sua importância na entidade. Pode ser
apropriado a junção de itens individualmente insignificantes e aplicar os critérios ao valor do
conjunto (Andreatta, 2013).
Mensuração pode ser considerada uma aproximação dos valores contábeis de propriedades, de
bens e eventos como, por exemplo, compra, venda, depreciação, amortização, perdas e
ganhos. Sendo um conjunto de procedimentos que agrega números a itens e eventos do
patrimônio, com intuito de fornecer informações confiáveis, válidas e apropriadas
economicamente para as tomadas de decisões (CPC 27, 2010). Após o reconheicmento inicial,
o bem do activo imobilizado deve ser mensurado de duas maneiras, pelo método de custo ou
de reavaliação. Após a escolha de um desses métodos, a entidade deverá adotá-lo
permanentemente conforme a classe em que está o activo, definido pela sua política contábil.
Os custos de activos imobilizados são avaliados no momento em que eles são incorridos,
sendo para adquirir ou construir um item, e posteriormente também se pode avaliar o custo
pela sua substituição de partes, manutenção ou renovação do activo imobilizado (CPC 27,
2010).
9
Nos custos subsequentes, a manutenção periódica não é reconhecida no valor contabilístico do
activo imobilizado, sendo estes geralmente custos com mão de obra e produtos consumíveis.
Estes gastos normalmente são reconhecidos como reparo e manutenção do item do activo
imobilizado.
Entende-se, então, a partir da teoria dos autores anteriormente citados, que o activo
imobilizado só pode ser reconhecido dessa forma, se este atender a três quesitos: não estar
destinado à venda, ter natureza relativamente permanente e ser capaz de gerar benefícios
econômicos à entidade.
Para Menegat (2009), devido ao activo imobilizado não estar destinado à venda, as entidades
devem estar sempre atentas às mudanças que podem ocorrer devido às operações executadas
pela própria entidade, que podem levar um activo a não ser mais considerado como activo,
assim como podem fazer um não activo passar a ser qualificado como tal. Dessa forma, cada
entidade deve classificar os bens do activo imobilizado conforme suas necessidades.
10
organização.
Observa-se no quadro acima que o controlo e gestão dos activos fixos envolvem diversas
actividades e, que as mesmas devem ser segregadas de acordo com a actividade executada.
Depreciação
“A maior parte dos activos imobilizados (exceção feita praticamente a Terrenos e Obras de
Arte) têm vida útil limitada, ou seja, serão úteis à empresa por um conjunto de períodos
finitos, também chamados Períodos Contábeis.” (Marion; 2006). A depreciação nada mais é
do que o reconhecimento gradativo do custo com o ativo imobilizado como despesa.
De acordo com Iudicibus et. al. (2006), concorda com a afirmação de Marion (2006), ao
mencionar que a depreciação é um custo amortizado durante a vida útil produtiva do bem.
O cálculo da depreciação deve ser efetuado para cada componente com custo significativo em
relação ao custo total do item. O método de depreciação reflete os padrões de consumo da
entidade e deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício e caso haja alterações
significativas deve ser modificado. Essa mudança de método deve ser registrada como
mudança de estimativa contábil.
Podem ser utilizados diversos métodos para alocação do valor depreciável dentre eles
incluem-se: o método linear que resulta em despesa constante ao longo da vida útil do bem; o
método dos saldos decrescentes que resulta em despesa decrescente ao longo da vida útil e o
método de unidades produzidas que é o método em que a depreciação é calculada de acordo o
número de unidades produzidas ou na quantidade esperada de produção.
O valor depreciável deve ser apropriado ao longo da vida útil estimada do bem, sendo os
valores residuais e a vida útil revisados pelo menos ao final de cada ano. Na determinação da
vida útil de um bem deverão ser considerados: a quantidade produzida, o desgaste físico
normal, obsolescência técnica ou operacional e limites legais no uso de activos.
Caso o valor residual exceda o valor contabilístico, a depreciação será cessada. Outras
possibilidades de cessação da depreciação são: quando o activo é classificado como mantido
para venda ou quando o activo é baixado.
11
1.7 Breve Historial Entrono do Controlo Interno
Para que possamos entender o trabalho do controlo interno é necessário efectuar um breve
histórico a respeito das suas características intrínsecas e extrínsecas. No entanto, é importante
lembrar que tanto o processo de globalização como a evolução do sistema capitalista teve um
papel importante para a consolidação dessa ferramenta administrativa. De acordo com Heier,
Dugan e Sayers as questões relacionadas ao controlo interno passaram a ser discutidas no
início do século, primeiro no meio académico, mas logo em seguida também no meio
profissional.
Posteriormente, com o incremento do comércio nas cidades italianas durante os anos 1400,
produziu-se uma evolução da contabilidade como registro aparecendo os livros de
contabilidade para controlar as operações dos negócios.
Tal como referido anteriormente o conceito de controlo interno tem evoluído aos longos dos
anos, com particular enfoque nas últimas décadas, dada a constante mutação das organizações
e da economia mundial.
A sua gênese data do século XX, embora durante um longo período estivesse exclusivamente
associado aos objectivos de natureza financeira. Em 1972, o American Institute of Certified
Public Accountants (AICPA), definiu o conceito de Controlo Interno, nas suas vertentes de
controlo administrativo (autorização das transacções pela gestão) e controlo contabilístico
(salvaguarda dos activos e confiança nos registos financeiros). Contudo, na década de 80, o
Institute of Internal Auditors (IIA) através do “Standards for the Professional Practice of
Internal Auditing”, complementado pelo “Statementon Internal Auditing Standards (SIAS)
n.º 1” em 1983 e pela monografia “Control: Its Meaning and Implications for the Professional
Pratice of Internal Auditing” em 1985, alargou o âmbito inicial, identificando cinco
objectivos primordiais do Controlo Interno:
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A palavra controlo surgiu do termo francês “controle”, em que associavam está às finanças e
era encarada como uma forma de averiguar se as actividades efetivas estavam de acordo com
as actividades e projetos originais.
A análise desse sistema é feita, por regra, no âmbito de qualquer auditoria, que o avalia tendo
em conta a organização formal e informal existente e o seu funcionamento (análise que pode
ir desde a planificação à execução), designadamente na perspectiva da segregação de funções,
da delegação de poderes, dos mecanismos de controlo previstos e das actividades de controlo
realmente exercidas.
A utilização dos controlos internos nas empresas teve início com a necessidade de maior
controlado operações realizadas, pois com a expansão dos mercados, crescimento das
empresas e o desenvolvimento das actividades, o relativo controlo dos seus diversos sectores
se tornou mais complexo. Mediante a complexidade do controlo destes sectores é que o
sistema de controlo interno foi criado, a fim de evitar erros e fraudes dentro das empresas,
seguindo métodos e procedimentos os quais irão auxiliar no controle das actividades da
empresa.
De acordo com Franco e Marra (2000), comentam que os controles internos são todos os
instrumentos da organização destinados a vigilância, fiscalização e verificação administrativa,
que permitam prever, observar, dirigir ou governar verificando todos os acontecimentos
dentro da empresa e que provocam reflexos em seu patrimônio.
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Para Boynton, Johnson e Kell (2002), controle interno é um processo operado pelo conselho
de administração, pela administração e outras pessoas, desenhado para fornecer segurança
razoável quanto a consecução de objectivos nas seguintes categorias: confiabilidade de
informações financeiras, obediência as leis e regulamentos aplicáveis, eficácia e eficiência de
operações.
Segundo Sena (2002), o controlo interno é uma actividade que teve origem com o
aparecimento das primeiras organizações, embora na altura fosse muito deficitária. Na
verdade, não havia mecanismos necessários que garantissem um controlo dinâmico e eficaz.
Mas com o passar do tempo surgiram novos instrumentos, que foram introduzidos nas
organizações contribuindo, assim, para o desenvolvimento do controlo interno dando mais
consistência e segurança às actividades da empresa.
A COSO (1992), definiu o controlo interno como “um processo levado a cabo pelo Conselho
de Administração, Direcção e outros membros da organização com o objectivo de
proporcionar um grau de confiança razoável na concretização dos seguintes objectivos:
Portanto, o Controlo Interno é um conjunto de medidas de gestão que serve para proteger os
activos, além de verificar a exatidão e fidedignidade das informações financeiras,
administrativas e operacionais, e promover a eficiência e eficácia operacional, bem como
estimular a aplicação de normas e diretrizes da gestão (Morais e Martins, 2003).
É de se notar que o conceito de controlo interno é muito abrangente e realçar que o controlo
interno não se refere apenas aos aspetos diretamente relacionados às funções de contabilidade
e finanças, mas também a todos os aspetos de uma organização.
Segundo Almeida (2003), defende que o controlo interno são todos os procedimentos,
métodos ou rotinas, que tem como objectivo proteger os activos da empresa, proporcionando
a integridade e confiabilidade dos registros contábeis, representados nas demonstrações
financeiras e auxiliando a administração em suas negociações. Portanto o controlo interno
são todos os processos e rotinas de natureza contábil e administrativo, que tenha como
propósito de manter a organização em um patamar respeitável perante seus colaboradores. O
controlo é de todo importante e necessário, pois o indivíduo está sujeito a factores adversos
tais como fraquezas, e incapacidade.
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O controlo interno é o processo concebido e posto em vigor pelos responsáveis pela
governação, gestão e outro pessoal para proporcionar segurança razoável que permita atingir
os objectivos da entidade relativamente à credibilidade do relato financeiro, eficácia,
eficiência das operações e cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis. O (CI) é
concebido e implementado para atingir riscos do negócio identificados que ameaçam a
realização de tais objectivos (Costa, 2007).
Segundo o autor acima citado, refere ainda que o controlo interno compreende o controlo de
organização e todos os métodos e medidas adoptadas numa entidade para:
De acordo com Morais e Martins (2007), American Institute of Certified Publics Accountants
(AICPA) foi o primeiro organismo a definir o controlo interno nosseguintes termos:
De acordo com Pereira (2009), quanto maior se tornar a empresa, mais complexa será a
estrutura organizacional necessária para controlar as operações de forma eficiente, se fazendo
relevante a criação de relatórios, indicadores e analise consistentes, os quais darão ao
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administrador uma visão geral dos processos da empresa, facilitando, assim, a tomada de
decisão por parte dos mesmos.
Segundo Oliveira (2005), apud Suéli Maria Gomes (2013), controlar é comparar os padrões
preestabelecidos e o propósito de corrigi-las, caso necessário, com resultado das acções. A
palavra controlo é originária do latim rotulum, que consistia na relação dos contribuintes, a
partir dos quais se contratava a operação do cobrador de impostos.
Para Fayol (1981), o controlo tem por objectivo “assinalar as faltase os erros a fim de que se
possa repará-los e evitar sua repetição”.
17
1.8 A Importância do Controlo Interno
A importância do controlo interno cresce de acordo com sua relevância para a empresa. Esse
aspecto é determinado pela crescente demanda de informação. A importância do controlo
interno fica patente a partir do momento em que se torna impossível conceber uma empresa
que não disponha de controlo que possam garantir a continuidade do fluxo de operações e
informações proposto. (Attie, 2000).
Segundo o autor acima citado, afirma que para se obter confiabilidade dos resultados gerados
pelos dados que se transformam em informações a partir das quais os empresários utilizando
suas experiências administrativas tomam decisões com vista no objectivo da empresa e
assume vital importância do controle interno.
Ainda para o mesmo autor, deve ser analisado o crescimento e a diversificação de uma
empresa, para certificar-se que existe um controle eficiente, é preciso também a existência de
relatórios, indicadores e outros índices que reflitam a gestão das operações pelos funcionários
contratados e o atendimento aos planos e metas traçados, visando melhores resultados na
empresa.
De acordo com Boyton (2002), as empresas possuem controlos internos, a diferença é que
podem ser adequados ou não. Analisando assim a eficiência dos fluxos de operações e
informações e os seus custos/benefícios, a implantação ou aprimoramento de um tipo de
controlo interno é tanto viável quanto positiva for sua redação custo/beneficio. Ao beneficio
deve ser atribuído à importância e qualidade da informação a ser gerada. Já o custo deve-se
lembrar sempre que possível o conceito de custo de oportunidade em sua amplitude.
O custo do controlo interno não deve exceder aos benefícios que dele se espera obter. Isso
quer dizer que os controlos mais sofisticados (normalmente mais onerosos) devem ser
estabelecidos para transações de valores relevantes, enquanto os controlos rígidos devem ser
implantados para as transações menos importantes (Almeida, 2003).
De acordo com Floriano e Lozeckyi (2008), nenhuma organização, por mais pequena que
seja, consegue desempenhar as suas actividades operacionais de forma eficiente e eficaz sem
ter implementado um bom SCI. O controlo interno implementado e acompanhado de forma
contínua na organização tem um efeito preventivo sobre os procedimentos por ela adotados.
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Neste sentido, o SCI pode ser de natureza preventiva, detetiva e corretiva. Embora Morais e
Martins (2007), acrescentam que também pode ser diretivos ou orientativos e compensatórios.
De acordo com Costa (2000), o controlo interno administrativo inclui todos os planos da
organização e os métodos relacionados com os processos de decisão que conduzem à
autorização das transacções pelo órgão da administração. Este tipo de controlo abrange todas
as actuações e os procedimentos implementados pela administração que visam uma realização
eficiente de todas as operações da entidade.
Segundo o mesmo autor o controlo interno administrativo constitui o ponto de partida para o
controlo interno contabilístico. Isso acontece porque só a partir do planeamento e da
autorização de transacções que se pode efectuar os seus registos e fazer uma fiscalização de
forma apropriada.
Ou seja é após a realização dos factos e não só que afectam o controlo do património. Alguns
exemplos deste tipo de controlo:
❖ Controlo de qualidade;
❖ Treinamento de pessoal;
❖ Estudo de tempos e movimentos;
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❖ Análise de variações entre os valores orçamentados e os ocorridos;
❖ Análise estatística de rentabilidade.
O controlo interno administrativo adopta métodos que permitem de certa forma que todas as
operações das entidades sejam executadas de forma eficiente. O propósito deste tipo
decontrolo é o cumprimento na íntegra, do regulamento interno na realização das actividades
da organização.
Pode-se dizer que o controlo administrativo é o ponto de partida para o controlo interno
contabilístico.
O processo de controlo administrativo, segundo Lemes e Reis (SD) apud Gomes (2013), deve
conter os seguintes factores:
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II. Controlo interno contabilístico
Segundo o autor acima citado, os registos contabilísticos devem proporcionar uma razoável
certeza de que:
Ainda segundo o autor citado anteriormente admite que, em princípio, o controlo interno
contabilístico influi nas demonstrações financeiras e como tal, podendo afetar
significativamente os registos contabilísticos (e consequentemente as demonstrações
financeiras finais), quer o auditor interno quer, sobretudo, o auditor externo devem ter uma
atenção muito especial sobre elas.
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1.10 Conceitos e Definições
Empresa - É uma organização que realiza atividades econômicas com finalidades comerciais,
por meio da produção e venda de bens ou serviços.
Activo - Em contabilidade, activo é um termo básico utilizado para expressar os bens, valores,
créditos, direitos que formam o patrimônio de uma pessoa singular ou coletiva e que são
avaliados pelos respectivos custos-
Imobilizado – São todos aqueles bens que uma empresa possui e que são essenciais para o
seu funcionamento e manutenção formam o ativo imobilizado da companhia.
Balanço - É uma demonstração contábil que tem, por finalidade, apresentar a posição
contábil, financeira e econômica de uma empresa em determinado momento.
Mensuração - É o processo que determina os valores pelos quais os elementos devem ser
reconhecidos e apresentados nas demonstrações contábeis.
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CAPÍTULO II: CASO PRÁTICO
2.Apresentação da empresa
A empresa é de nome individual, tendo como proprietário o Sr. Délcio Vemba, formado em
Ciências de Comunicação, tendo ele feito um curso semestral de empreendedorismo com vista
a ganhar experiência no mundo empreendedor. O mesmo tem 30 anos de idade e tem como
objectivo dar emprego a mais jovens tal como ele.
Na criação da sua empresa, teve como estratégia inicial trazer os conceitos africanos em um
produto já existente, foi muito bem recebido pelas pessoas não só a nível do município como
também a nível da capital de Luanda.
A empresa ÁFRICA BURGUER conta apenas com 1 sede, tem a sua disponibilidade serviços
de entrega, conta também com 15 funcionários sendo eles 5 do sexo Feminino e 10 do sexo
Masculino, a faixa etária dos funcionários vária dos 25 à 30 anos de idade.
Caracterização da empresa
Historial da empresa
Objecto social
Missão
Visão
Valores
Objectivos estratégicoa
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Presidente
Vice-presidente
Assistente de
marketing
Assistente de
vendas
Comprador
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Respostas do Questionário
2) R: É importante que se faça a gestão dos imobilizados para que se saiba a capacidade
de continuidade produtiva da empresa, fazendo uma avaliação do que precisa ser
substituído, auxiliando nas decisões estratégicas.
3) R: Todo imobilizado possui um tempo de vida útil, a medida que ele será usado vai
depreciando considerando assim amortização do mesmo.
4) R: Com a auditoria, torna-se possível identificar problemas e avaliar os riscos que eles
trazem, sejam motivados por erros ou fraudes. Trata-se de um procedimento que
garante à gestão uma melhor compreensão a respeito da realidade da empresa e da
eficácia dos diferentes processos que fazem parte da rotina dela.
25
CAPÍTULO III: DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS
26
CONCLUSÃO
Com a realização deste trabalho, podemos concluir que controlar o activo imobilizado,
actualmente, tornou-se extremamente relevante nas entidades por evidenciar seu patrimônio,
principalmente quando essas informações são transmitidos aos usuários externos.
27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALMEIDA, M. C. Auditoria: Um curso moderno e completo. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ALMEIDA, M. C. (2010). Auditoria Um Curso Moderno e Completo (éd. 7ª). São Paulo:
Atlas.
ATTIE, Willian. Auditoria: Conceitos e aplicações. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2000.
CARLOS – Auditoria financeira, Teoria e prática – (9ªed.). Editora Rei dos livros, Setembro
de 2010.
www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://repositorio.uportorio.uportu.pt/jsp
ui/bitstream/. Acesso em: 30 de Novembro de 2018.
BOYTON, William C.; JOHNSON, Raymond N.; KELL, Walter G. Auditoria Tradução
técnica: José Evaristo dos Santos. 7 ed. São Paulo: Atlas , 2002.
CARLOS (2007), Auditoria Financeira – Teoria & Pratica. Lisboa: Editor: Rei dos Livros.
DORNELLES, D. Dos S., CPC 27: os reflexos do novo tratamento contábil dos investimentos
em ativo imobilizado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de ciências
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FAYOL, Henri. Administração industrial e geral. 9.ed. São Paulo: Atlas, 1981.
28
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FUTIDA, Honório. Valor mínimo para ativo imobilizado. 29 abr. 2016. Disponível em:
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Atlas, 1994.
IUDICIBUS, Sérgio. Et. al. Contabilidade Introdutória. 2006. São Paulo: Atlas S/A
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 2006. 8ª ed. São Paulo. Atlas S/A.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial.14ª Edição. São Paulo: Atlas, 2009.
MORAIS, Georgina & MARTINS, Isabel – Auditoria Interna Função e Processo – (2ªEd.)
Áreas Editora, 2003.
OLIVEIRA, Luís Martins de et al. Manual de contabilidade tributária: Textos e Teste com as
Respostas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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reflexos dentro de uma organização. 2006. Revista Científica Eletrônica de Ciências
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Imobilizados por Meio do Fair Value e do Impairment Test. Florianópolis: Universidade do
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divulgam nos demonstrativos financeiros e o que o CPC 27 – Ativo Imobilizado define como
obrigatório para divulgação. Sociedade Educacional De Santa Catarina, Departamento de
ciências contábeis: Florianópolis, 2014, (Trabalho de conclusão de curso).
SILVA, K. R., & Souza, P. C. (2011). Análise das demonstrações financeiras como
instrumento para tomada de decisões. INGEPRO Inovação, Gestão e Produção, vol. 03, no.
01.
SILVA, João Edson da. Contabilidade Geral. 2ª ed. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2008.
30
ANEXO
31
1. Relatório de actividades
Actividades Meses
- SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
Solicitação do X
tutor
Pesquisas X X X
bibliográficas
Contacto com X
as instituições
Consulta com o X
tutor
Aplicação dos X X
questionários
Colecta de X
dados
Análise de X
dados
Elaboração do X
relatório
Apresentação e X
defesa
32
2. A empresa África Burguer:
33