Coesão Textual

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ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D.

MARIA

A coesão lexical estabelece-se por meio de uma rede de referências de um texto, que se faz por reiteração
(repetição) e por substituição (sinónimos/ antónimos, hiperónimos/ hipónimos e holónimos/ merónimos).
A coesão gramatical é conseguida através do uso de mecanismos textuais como as conjunções, as expressões
de tempo ou a noção gramatical de concordância ou de referência. Há quatro mecanismos de coesão gramatical: a
coesão referencial, a coesão frásica, a coesão interfrásica e a coesão temporal.

1. Atenta no seguinte texto.


Todos os animais comem para sobreviver. Todas as criaturas se alimentam para terem energia e garantirem
as suas funções vitais. Caçar, correr, lutar são atividades que exigem energia previamente absorvida. Para
tal, por exemplo, as aves têm asas, bicos, patas e penas.

1.1. Identifica os seguintes mecanismos de coesão lexical presentes no texto.


a) reiteração
b) substituição (por sinónimos)
c) substituição (por hiperónimos e hipónimos)
d) substituição (por holónimos e merónimos)

2. Em cada alínea, sublinha o antecedente da palavra ou expressão sublinhada


a) Há quem considere que na literatura se engloba toda a arte, dadas as possibilidades que ela contém de
exprimir o pensar e o sentir.
b) Ele mentira-lhe e, por isso, ela não falaria com ele. Sabia-o muito bem.
c) As famílias de Teresa e Simão opunham-se ao amor entre os dois jovens. E ambos tinham conhecimento
disso.

3. Lê atentamente o seguinte texto.


“Os Portugueses, como os outros povos, foram utilizando o mar de acordo com o conhecimento e a imagem
que dele iam tendo, mas também, na medida em que as sociedades foram evoluindo, de acordo com as
modas, as necessidades e as possibilidades que se lhes foram oferecendo. Desde cedo, muito antes de se
aventurarem pelos horizontes atlânticos, na fase em que o mar era visto com muita curiosidade mas
também com prudente reserva, já os nossos antepassados retiravam do mar alguns alimentos, para o que
foram inventando artefactos apropriados.”
Jorge Umbelino e João Figueira de Sousa “Os Portugueses e o Mar: roteiro de imagens e usos”
Revista da Faculdade de Ciência Sociais e Humanas
3.1. Identifica os referentes dos termos destacados.
3.1.1. Identifica o mecanismo de coesão assegurado pelos termos da alínea anterior.
3.2. Identifica o mecanismo de coesão constituído pela repetição da palavra “mar”.
3.3. Identifica o mecanismo de coesão assegurado pela conjunção subordinativa comparativa “como”.
4. Os elementos sublinhados na coluna A exemplificam mecanismos de coesão textual referidos na coluna B.
Faz a ligação entre os elementos das duas colunas.
A B
A. As famílias opunham-se ao amor entre Teresa e Simão.
Sabiam-no ambos.
B. O amor entre eles era profundo. Aquele amor duraria
para sempre.
C. Milhões de turistas passam férias em Portugal. Este
país tem praias maravilhosas.
D. A senhora caiu na passadeira, o automobilista viu-a e 1 Coesão lexical (por reiteração)
parou. Ela acabou por sair ilesa.
E. A Vânia e o Rodrigo são os melhores alunos da turma 2 Coesão lexical (por substituição)
F. Ela ainda não chegou porque está presa no trânsito
G. Os meninos receberam um cão. O animal não para 3 Coesão referencial
quieto.
H. Mal entrou em casa, ligou o fogão para aquecer a sopa 4 Coesão temporal
I. A Ana estava a estudar quando o telefone tocou.
J. Ele introduziu a moeda na máquina. 5 Coesão frásica
K. Não dobres a página, porque estragas o livro.
L. O Rui tem uma bela profissão. É fisioterapeuta numa 6 Coesão interfrásica
clínica de reabilitação.
M. Chegaste muito tarde à sessão. Se tivesses chegado
mais cedo terias percebido melhor.
N. Eu vi-o, mas o António não me viu.
O. Desde música à pintura, passando pelo teatro e pela
dança, as manifestações culturais são sempre
enriquecedoras.
P. O mastro do navio está pronto!

A deixis diz respeito aos elementos linguísticos que remetem para o contexto em que um
dado enunciado é produzido (EU/TU, AQUI e AGORA). De acordo com as ideias que transmitem, os
deíticos podem classificar-se como pessoais, temporais ou espaciais.

1. Lê atentamente o seguinte texto.

Uma manhã acordei sozinho em casa. Acordei a chorar. – Ó mãe, mãe! Vem cá… - Mas a mãe não vinha. Não
havia mãe. Havia só a porta fechada. – Ó mãe, mãe… - E a casa deserta. Pelas frinchas largas da porta via a manhã lá
fora. Devia haver meadas de palha naquela eira em frente. – Ó mãe, mãe… - E de repente, na manhã clara,
começaram a cair estrelas pequeninas, estrelas verdes, vermelhas, estrelas de oiro. As lagrimas caíam-me pela cara.
– Ó mãe, mãe…
E ninguém me abriu a porta para apanhar as estrelas. Nem mesmo tu, mãe, que a essas horas andavas a ganhar
o pão para a boca daquele que hoje te oferece estes versos.
Eugénio de Andrade, Os Amantes sem Dinheiro, in Poemas (texto com cortes e adaptações)

1.1. Retira do texto as referências deíticas que são pedidas.


a) Dois deíticos pessoais que assinalem a presença do sujeito de enunciação;
b) Dois deíticos pessoais que assinalem a presença do destinatário;
c) Dois deíticos temporais;
d) Dois deíticos espaciais.
2. Lê atentamente o seguinte texto.

Estou de regresso. Trouxe-me a carreira noturna. Que extraordinária cidade esta! Com o autocarro prestes a
imobilizar-se, instalou-se novamente em mim a certeza de que Tondela ganha em ser vista a esta hora, toda ela
contornos e vultos pardacentos. A casa do meu padrinho não dista mais de meia hora daqui. Conheces o meu
padrinho? Acho impossível que nunca tenhas ouvido falar dele.

Alexandre Andrade, “Sonhos e responsabilidades em Tondela”, in Ficções, nº16, Caminho, 2007


(texto com cortes e adaptações)
2.1. Retira do texto as referências deíticas que são pedidas.
a) dois deíticos pessoais que assinalem a presença do sujeito de enunciação
b) dois deíticos pessoais que assinalem a presença do destinatário
c) dois deíticos temporais
d) dois deíticos espaciais

3. Lê o seguinte excerto de “Frei Luís de Sousa” (cena I, Ato II).

MARIA – “Menina e moça me levaram de casa de meu pai” – é o princípio daquele livro tão bonito que minha mãe
diz que não entende; entendo-o eu. Mas aqui não há menina nem moça; e vós, senhor Telmo Pais, meu fiel
escudeiro, “faredes o que mandado vos é”. E não me repliques, que então altercamos, faz-
-se bulha, e acorda minha mãe, que é o que eu não quero.

3.1. Identifica e classifica os deíticos presentes no excerto.

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