Dentro Do Capitulo Dedicado Ao Poder Judiciário, A CF/88 Tratou Da Justiça Eleitoral Dispondo
Dentro Do Capitulo Dedicado Ao Poder Judiciário, A CF/88 Tratou Da Justiça Eleitoral Dispondo
Dentro Do Capitulo Dedicado Ao Poder Judiciário, A CF/88 Tratou Da Justiça Eleitoral Dispondo
Eleitoral dispondo:
IV - as Juntas Eleitorais.
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
§ Art. 121, §2º da CF/88: Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo
justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos (...).
§ 4º: As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações que importem
cassação de registro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente
poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. (Incluído pela Lei nº
13.165, de 2015)
Art. 32 do CE: Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um juiz de
direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu substituto legal que goze das
prerrogativas do Art. 95 da Constituição.
§ TSE: Juiz de direito substituto pode exercer as funções de juiz eleitoral, mesmo
antes de adquirir vitaliciedade, por força do art. 22, § 2º da LOMAN.
§ Os juízes de direito que exercem funções eleitorais são designados pelo TRE. Se
na comarca houver só um Juiz, ele acumulará as funções eleitorais. Havendo mais
de um, o Tribunal deverá designar aquele que exercerá a jurisdição daquela a
zona eleitoral, dentro de um sistema de rodízio (art. 121, §2º da CRFB/88).
JUÍZES ELEITORAIS
4) Função consultiva: tanto o TSE quanto os TRE's detêm atribuição para responder a
consultas, conforme dispõe os arts. 23 XII e 30, VIII do Código Eleitoral, que tem a
finalidade de esclarecer dúvidas e prevenir litígios. Juiz Eleitoral não tem
competência para responder consultas .
- Requisitos: legitimidade do consulente e ausência de conexão com situações
concretas.
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em
tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido
político;
DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942.
§ Conceito (Rodrigo Zilio): “Grupos sociais com formação ideológica definida e com
objetivo de conquista do poder estatal”.
§ Natureza: O partido político apresenta natureza de pessoa jurídica de direito
privado, devendo seu estatuto ser registrado no serviço de Registro Civil de Pessoa
Jurídica do local de sua sede (art. 8° da Lei 9.096/95 – alterado pela Lei
13.877/19).
§ Art. 17, §2º da CF/88: Adquirida personalidade jurídica, na forma da lei civil, o
estatuto deve igualmente ser registrado no TSE. Art. 7º, caput e §1º da
Lei 9.096/95 (IMPORTANTE!).
Lei 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos)
Art. 7º, §2º da LPP: Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal
Superior Eleitoral pode participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo
Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.
Art. 4º da Lei 9.504/97: Poderá participar das eleições o partido que, até seis
meses antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior
Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de
direção constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.
(Redação dada pela Lei nº 13.488/17)
Organizaçao e funcionamento dos partidos políticos: características
§1º: É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de
escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
§ A CFRB adotou o princípio da liberdade de organização ao assegurar ao partido
político autonomia para definir sua estrutura interna, organização e seu
funcionamento.
§ Art. 17, §5º da CF/88: A EC 97/2017 trouxe, ainda, uma regra peculiar dizendo que
se um candidato for eleito por um partido que não preencher os requisitos para obter
o fundo partidário e o tempo de rádio e TV, este candidato tem o direito de mudar
de partido, sem perder o mandato por infidelidade partidária.
Art. 17 (...)
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste
artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a
outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins
de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de
rádio e de televisão.
RESPONSABILIDADE PARTIDÁRIA
Os partidos políticos respondem civilmente por seus atos, na forma do art. 927
do Código Civil, por danos materiais, morais e à imagem.
Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma
ou pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive
através de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I - entidade ou governo estrangeiros;
II - entes públicos e pessoas jurídicas de qualquer natureza, ressalvadas as
dotações referidas no art. 38 desta Lei e as proveniente do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha;
IV - entidade de classe ou sindical.
V - pessoas físicas que exerçam função ou cargo público de livre nomeação e
exoneração, ou cargo ou emprego público temporário, ressalvados os filiados a
partido político.
Art. 11-A da Lei 9.096/95: Dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em
federação, a qual, após sua constituição e respectivo registro perante o Tribunal
Superior Eleitoral, atuará como se fosse uma única agremiação partidária.
§ 1º Aplicam-se à federação de partidos todas as normas que regem o
funcionamento parlamentar e a fidelidade partidária.
§ A Federação somente poderá ser composta por partidos com registro definitivo
no TSE, sendo certo que os partidos reunidos deverão permanecer a ela filiados
por, no mínimo, 4 anos.
§ Para o TSE, o domicílio eleitoral poderá ser qualquer localidade que o eleitor
tenha vínculos. Residencial, afetivo, familiar, profissional, comunitário ou de
outra natureza que justifique a escolha do município. (art. 23 da
Res.23.659/2021)
§ Quando o eleitor muda de endereço, ainda que para outro município, não está
obrigado a realizar a transferência do domicílio eleitoral.
§ O art. 14, §1º, I e II, alínea b, da CF/88 determinam que o alistamento eleitoral e
o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos.
Art. 8º do CE. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado
que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira,
incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento sobre o valor do salário-mínimo da
região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição eleitoral através de selo
federal inutilizado no próprio requerimento.
§ Analfabeto é quem não sabe ler nem escrever. Mas, apesar de o alistamento do
analfabeto ser facultativo, ocorrendo a alfabetização, surge o dever de inscrever-se
o eleitor. Mas se não o fizer, o eleitor não fica sujeito a multa (art. 33, §1º, alínea
b da Res. TSE 23.659/2021)
CF/88. Art. 14, § 2º. Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ Estrangeiros são aqueles que não tem nacionalidade brasileira, nata ou por
naturalização, aí se incluindo os apátridas (sem pátria, sem vinculação a
qualquer país).
Art. 105 da Res. TSE 23.659/2021. O Tribunal Superior Eleitoral poderá, de ofício,
determinar a revisão do eleitorado do município, observada a conveniência e a
disponibilidade de recursos, quando:
I - o total de transferências ocorridas no ano em curso seja 10% superior ao do ano anterior;
II - o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de
idade superior a setenta anos do território daquele município; e
III - o eleitorado for superior a 80% da população projetada para aquele ano pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Art. 71, § 4º do CE: Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma
zona ou município, o Tribunal Regional poderá determinar a realização de correição e, provada
a fraude em proporção comprometedora, ordenará a revisão do eleitorado obedecidas as
Instruções do Tribunal Superior e as recomendações que, subsidiariamente, baixar, com o
cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não forem apresentados
à revisão.
§ Embora seja determinada pelo TRE, quando houver prévia comprovação da fraude
(art. 71, §4º do CE) ou pelo TSE, nas hipóteses do art. 105 da Res. TSE 23.659/2021, a
revisão é presidida pelo juiz eleitoral da zona em que será realizada (art. 109 da
Res. TSE 23.659/21).
§ Após a convocação dos eleitores por edital, estes comparecem ao cartório da zona
eleitoral para confirmarem o domicílio. Após, ouvido o Ministério Público Eleitoral,
o Juiz decidirá sobre o cancelamento das inscrições irregulares e daquelas cujos
eleitores não tenham comparecido (art. 122 da Res. TSE 23.659/21).