Erva Baleeira Ok
Erva Baleeira Ok
Erva Baleeira Ok
MONOGRAFIA / MONOGRAPHY
0RQRJUD¿D0RQRJUDSK\ Boraginaceae
Cordia verbenacea DC
Boraginaceae
*Correspondência:HPDLOJLOEHUW#IDU¿RFUX]EU
Palavras chave:
Cordia verbenaceaHUYDEDOHHLUDSODQWDPHGLFLQDOIDUPDFRORJLDKXPXOHQRWUDQVFDULR¿OHQR
Keywords:
Cordia verbenacea. erva-baleeira, medicinal plant, pharmacology, -humulene, trans-caryophyllene.
Resumo
As partes aéreas de Cordia verbenaceaVmRXVDGDVWUDGLFLRQDOPHQWHFRPRXPDQWLLQÀDPDWyULR$EDVHFLHQWt¿FD
GHVWHXVRpGHVFULWDHPWHUPRVGHERWkQLFDIDUPDFRJQRVLDIDUPDFRORJLDHWR[LFRORJLDYLVDQGRRGHVHQYROYL-
PHQWRGHXPPHGLFDPHQWR¿WRWHUiSLFR
Abstract
The green parts of Cordia verbenaceaeDUHWUDGLWLRQDOO\XVHGDVDQDQWLLQÀDPPDWRU\GUXJ7KHVFLHQWL¿FEDVLV
for this use are described in terms of botany, pharmacognosy, pharmacology and toxicology with a view to the
development of a phytotherapy drug.
'H¿QLomRGDGURJDYHJHWDO
+iWUrVGHULYDGRVGDSODQWDHPXVRPHGLFLQDOIROKDVKDVWHVHUDt]HV2yOHRHVVHQFLDOGDVIROKDVpRSUHIHULGR
para produção industrial.
Sinonímia
Cordia salicina DC, Cordia curassavica Jacq. (veja abaixo), Cordia cylindristachya 5XL] 3DY 5RHP 6FKXOW
Lithocardium fresenii .XQW]H Lithocardium salicinum .XQW]H Lithocardium verbenaceum .XQW]H /RUHQ]L H
Matos, 2002).
Nomes comuns
5HYLVWD)LWRV9ROQMDQHLURPDUoR 17
&RUGLDYHUEHQDFHD'&
0RQRJUD¿D0RQRJUDSK\ Boraginaceae
Descrição da planta
$UEXVWRPXLWRUDPL¿FDGRHUHWRHDURPiWLFRFRPKDV-
WHVFREHUWDVSRUFDVFD¿EURVDHFRPDOWXUDGHP
Folhas simples, alternas, coriáceas, aromáticas, de
FPGHFRPSULPHQWR$VÀRUHVVmRSHTXHQDVEUDQ-
FDVHGLVSRVWDVHPLQÀRUHVFrQFLDVUDFHPRVDVGH
FPGHFRPSULPHQWR /RUHQ]LH0DWRV 2VIUX-
História tos quando maduros apresentam a coloração vermelha.
2VLQGtJHQDVXWLOL]DYDPRH[WUDWREUXWRGDVSDUWHVDp-
Ventrella e colaboradores (2008) desenvolveram um
reas da Cordia verbenaceaHPSURFHVVRVDQWLLQÀDPD-
estudo morfológico e histoquímico dos tricomas glan-
tórios por aplicação tópica.
dulares das folhas de Cordia verbenacea, reconhe-
cendo duas classes, globular e reniforme. Os tricomas
(P IRL LGHQWL¿FDGD D HVSpFLH Cordia curassa-
JOREXODUHVFDUDFWHUL]DPVHSHODVHFUHomRGHXPyOHR
vica DOJXPDV FODVVL¿FDo}HV FRQVLGHUDP HVWD SODQWD
essencial terpenóide, enquanto que nos reniformes
como sinonímia a Cordia verbenacea, mas ainda exis-
ela contém principalmente compostos fenólicos, como
tem controvérsias porque há diferenças morfológicas
RVÀDYRQyLGHV
entre elas (Carvalho, 2010).
Material vegetal usado
O gênero CordiapPHQFLRQDGRSRU3LR&RUUrD
SRU VHU SURGXWRU GH VXEVWkQFLDV HPSUHJDGDV FRPR
Folhas
medicamentos e por inúmeras espécies apresen-
6RX]D HW DO WUDEDOKDQGR FRP PDWHULDO GH
WDUHP XVRV PHGLFLQDLV ([LVWHP YiULDV SXEOLFDo}HV
Montes Claros - MG, mostraram que o melhor horário
FLHQWt¿FDVQDiUHDGHHQVDLRVIDUPDFROyJLFRVHWR[L-
para coleta das folhas para extrair o óleo essencial da
cológicos para Cordia verbenacea'& %DVLOHHWDO
SODQWDpGDVjVKHSRUYROWDGDVKSRLV
5DSLVDUGDHWDO6HUWLpHWDO
nesses horários obteve-se maior produção.
H 2GHVHQYROYLPHQWRLQGXVWULDODSDUWLUGHVWD
SODQWDIRLGHVHQYROYLGRRDQWLLQÀDPDWyULRGHXVRWySL-
Componentes químicos principais
FR$FKHÀDQ SHOR /DERUDWyULR$FKH TXH FDXVRX XP
impacto importante no cenário da indústria farmacêu-
1DV DQiOLVHV ¿WRTXtPLFDV IRUDP LGHQWL¿FDGRV PRQR-
WLFDEUDVLOHLUD 4XHLUR]HWDO
WHUSHQRV VHVTXLWHUSHQRV WULWHUSHQRV ÀDYRQyLGHV H
ácidos graxos.
'LVWULEXLomRJHRJUi¿FD
trans-FDULR¿OHQR
O gênero Cordia p GLVWULEXtGR QDV UHJL}HV WURSLFDO H
8PD DQiOLVH GDV IROKDV IUHVFDV GH C. verbenacea
subtropical do mundo, ocorrendo na Austrália, Nova
PRVWURXDSUHVHQoDGH YZ GHyOHRHVVHQFLDO
Caledônia, América Central, Guiana e no Brasil (Rapi-
apresentando como maiores constituintes o D-pineno
VDUGDHWDO
WUDQVFDULR¿OHQR DORDURPDGHQGUHQR
H DKXPXOHQR 7DPEpP IRUDP REVHU-
18 5HYLVWD)LWRV9ROQMDQHLURPDUoR
&RUGLDYHUEHQDFHD'&
0RQRJUD¿D0RQRJUDSK\ Boraginaceae
vados E-felandreno, citronelol acetato, E-elemeno, metilacrolein-cianidrina em que as duas hidroxilas são
E-gurjuneno, biciclogermacreno, G-cadineno, espa- HVWHUL¿FDGDVFRPiFLGRVJUD[RVSUHGRPLQDQWHPHQWH
WXOHQRO H HSR[LFDULR¿OHQR &DUYDOKR -U HW DO & 6HLJOHUHWDO
Em outro trabalho Santos et al. (2006) encontraram
QRyOHRHVVHQFLDOGDVIROKDVPRQRWHUSHQRV Usos medicinais
H VHVTXLWHUSHQRV HQWUH RV TXDLV D-pine-
QR ESLQHQR transFDULR¿OHQR Usos apoiados em dados clínicos
HELFLFORJHUPDFUHQR FRPRFRPSRV- &RQKHFLGDFRPRHUYDEDOHHLUDHVWDHVSpFLHpXWLOL]DGD
tos predominantes. QDPHGLFLQDWUDGLFLRQDOFRPRDQWLLQÀDPDWyULRDQDOJpVLFR
e antiúlcera (Ventrella et al., 2008).
O D-humuleno é um importante constituinte do óleo
da Cordia verbenacea e foi designado como principal Usos descritos em farmacopéias e sistemas tradi-
PDUFDGRUTXtPLFRGRPHVPR9D]HWDO DYD- cionais de medicina que têm apoio experimental
OLDUDPRWHRUPtQLPRGHD-humuleno encontra- A Cordia verbenacea é administrada internamente na
do em Cordia verbenacea, planta fresca, em quatro forma de chá para artrite, reumatismo e problemas de
municípios paulistas. Além do transFDULR¿OHQRIRUDP FROXQD 6LOYD-UHWDO /RUHQ]LH0DWRV
LGHQWL¿FDGRV WULWHUSHQRV GR JUXSR GDPDUDQR FRPR D descrevem seu emprego em doenças osteoarticula-
FRUGLDOLQD$H% 9HOGHHWDO res (artrite, gota, dores musculares e da coluna).
$WLYLGDGHDQWLLQÀDPDWyULD
'XDVPDQHLUDVGHDGPLQLVWUDomRVmRGHVFULWDVWySL-
ca e oral.
)RUDP LQYHVWLJDGRV R HIHLWR DQWLLQÀDPDWyULR H WR[LFL-
Ácidos e ésteres dade dos extratos em vários modelos experimentais
O ácido rosmarínico foi encontrado no extrato hidro- HP UDWRV :LVWDU 1R PRGHOR GR HGHPD LQGX]LGR SRU
alcoólico das folhas da espécie descrita (Hage-Melim, carregenina foi administrado por via oral o extrato hi-
2iFLGRFDIpLFRHiFLGRVJUD[RVVmRHQFRQWUD- GURDOFRyOLFRDGDVIROKDVGHCordia verbenacea
GRVQRyOHRGDVVHPHQWHV 6HLJOHUHWDO 'RV QDVGRVDJHQVGHDPJNJRTXDOLQLELXVLJ-
iFLGRVJUD[RVVmRGH&LQFRPXPHQWUHWDLV QL¿FDPHQWHRHGHPD(PHQVDLRVVREUHRJUDQXORPD
yOHRV 0LOOHU HW DO 2 PHVPR yOHR FRQWpP R LQGX]LGRSRUFKDPXVFRVGHDOJRGmRRQGHIRUDPXWLOL-
iFLGRJDPDOLQROrQLFRFRPYDORUHVGHD ]DGDV DV GRVDJHQV GLiULDV GH PJNJ GR H[WUDWR
(Arrebola et al., 2004). OLR¿OL]DGRDSDUWLUGRSULPHLURGLDGHLPSODQWDomRDWp
o sexto dia. O extrato inibiu a formação de granulo-
Notável também neste óleo é a presença de um lipí- mas nos animais tratados. Em testes de medição de
deo cianogenético, que é um diéster graxo de hidroxi- aumento da permeabilidade vascular osanimais rece-
5HYLVWD)LWRV9ROQMDQHLURPDUoR
&RUGLDYHUEHQDFHD'&
0RQRJUD¿D0RQRJUDSK\ Boraginaceae
EHUDPRH[WUDWR PJNJ QDGRVHGHPO PJ $OpP GD DUWHPHWLQD DWLYD VHJXQGR DV REVHUYDo}HV
kg), tendo como resultado redução da permeabilidade do grupo de Sertié, Ticli et al. (2005) demonstraram
vascular e resposta para histamina. Foi observada DDomRDQWLLQÀDPDWyULDGRIHQLOSURSDQyLGHHGRiFLGR
EDL[DWR[LFLGDGHGRH[WUDWR 6HUWLpHWDO rosmarínico, e os pesquisadores do grupo de Calix-
WR PRVWURX D LPSRUWkQFLD GR yOHR HVVHQFLDO H HVSH-
Na suposição que o principal componente antiin- FLDOPHQWH R WUDQVFDULR¿OHQR H KXPXOHQR 7UDEDOKRV
ÀDPDWyULR GDV IROKDV GH & YHUEHQDFHD IRVVH R ÀD- VXEVHTHQWHV FRQFHQWUDUDP DWHQomR QHVWHV VHVTXL-
YRQyLGH DUWHPHWLQD 6HUWLp H FRODERUDGRUHV terpenos (Fernandes et al. 2007; Medeiros et al, 2007;
DYDOLDUDPRHIHLWRDQWLLQÀDPDWyULRHDWR[LFLGDGHVXE- Passos et al. 2007).
DJXGDGDDUWHPHWLQD1RHQVDLRGRHGHPDLQGX]LGR
por carragenina em ratos Wistar foram administradas Passos e colaboradores (2007) avaliaram a ativida-
DV GRVHV GH H PJNJ-1 GHDQWLLQÀDPDWyULDHDVSURSULHGDGHVDQWLDOpUJLFDVGR
de artemetina, via oral, onde os níveis de dosagem óleo essencial das folhas e de alguns constituintes
maiores inibiram o edema num grau comparável com ativos presentes no óleo. O tratamento sistêmico com
R FRQWUROH IHQLOEXWD]RQD GH FiOFLR D PJNJ 8P R yOHR HVVHQFLDO PJNJ YLD RUDO HP UDWRV
efeito semelhante foi observado no ensaio do gra- H FDPXQGRQJRV UHGX]LX R HGHPD GH SDWD H RXWURV
QXORPD LQGX]LGR SRU FKDPXVFRV GH DOJRGmR D XPD HIHLWRV DVVRFLDGRV FRP D LQÀDPDomR LQGX]LGD SRU
GRVHGLiULDGHDUWHPHWLQDGHPJNJ-1. Os resul- carragenina e, em camundongos inibiu a atividade
tados dos experimentos com artemetina na dose de GHPLHORSHUR[LGDVHEUDGLTXLQLQDVXEVWkQFLD3±XP
PJNJ-1 H '/ PJNJ-1 não demonstra- neuropeptídeo associado com estresse psicológico, a
ram sinais farmacotóxicos. histamina e o fator de ativação de plaquetas. Estudos
com os componentes sesquiterpênicos, D-humuleno
6HUWLp H HTXLSH DYDOLDUDP D LQLELomR GD LQ- H WUDQVFDULR¿OHQR PJNJ YLD RUDO GHPRQVWUDUDP
ÀDPDomR SHOR H[WUDWR HWDQyOLFR D GDV IROKDV TXHQDLQÀDPDomRLQGX]LGDQDSDWDSRUFDUUDJHQLQD
de C. verbenacea em ratos. Em ensaio de edema o D-humuleno ocasionava uma redução da produção
LQGX]LGR SRU QLVWDWLQD QDV SDWDV RV DQLPDLV UHFH- do fator de necrose de tumor TNFD, da interleucina IL-
EHUDPDGRVHGHPJNJGRH[WUDWRSRUYLDRUDO -1E, da prostaglandina PGE2, do óxido nítrico sintase
2VUHVXOWDGRVDSRQWDUDPXPDVLJQL¿FDQWHUHGXomR L126GDFLFORR[LJHQDVH&2;2WUDQVFDULR¿OHQR
HPUHODomRDRJUXSRFRQWUROH$DXVrQFLDGHLQÀD- também exercia efeitos semelhantes embora não ini-
mação gástrica distingue o extrato da maioria dos bisse interleucina IL-1E, e os dois sesquiterpenos se
DQWLLQÀDPDWyULRV VLQWpWLFRV HP XVR 3DVVDQGR j equivaleram a dexametasona usada como controle
administração tópica foi examinado o efeito do ex- (Fernandes et al., 2007). Os sesquiterpenos não ini-
WUDWR VREUH HGHPD LQGX]LGR SRU yOHR GH FURWRQ HP ELDPDPLJUDomRGHQHXWUy¿ORVSDUDDFDYLGDGHSOHX-
RUHOKDGHFDPXQGRQJRV2HIHLWRGHPJRUHOKD UDOLQGX]LGRSRURYDOEXPLQDXPHIHLWRSRVLWLYRFRP
superou aquele do controle naproxeno um inibidor a dexametasona.
GHFLFORR[LJHQDVH2XWUDVREVHUYDo}HVGDLQLELomR
de edema de pata com o extrato hidroalcoólico em Extendendo os estudos destes dois sesquiterpe-
UDWRVWDQWRRUDOHWySLFRFRQ¿UPDUDPHVWHVUHVXO- QRV QD LQÀDPDomR LQGX]LGD SRU OLSRSROLVVDFDUtGHR ±
tados (Sertié et al., 2005). LPS em pata do rato, foram observados a redução
GD PLJUDomR GH QHXWUy¿ORV H GD DWLYDomR GH 1)NB.
5HVXOWDGRV GH DOWD GLVFUHSkQFLD VmR UHJLVWUDGRV SRU (QWUHWDQWR VRPHQWH KXPXOHQR UHGX]LD DV FLWRFLQDV
Bayeux et al. (2002) que avaliaram a atividade an- SURLQÀDPDWyULDV71) H ,/E, o edema na pata e o
tiedematogênica do extrato bruto da parte aérea de DXPHQWR GD H[SUHVVmR GH UHFHSWRUHV % LQGX]LGRV
C. curassavica HVSpFLH TXH RV DXWRUHV D¿UPDP VHU por LPS e nenhum dos dois interferiram com as qui-
sinonímia de C. verbenacea, e de uma fração enri- nases das classes proteína mitógeno ativada - MAP,
quecida de artemetina. No modelo de edema de pata H[WUDFHOXODU DWLYDGD (5. S H F-XQ 1WHUPLQDO ±
LQGX]LGRSRUFDUUDJHQLQDHPFDPXQGRQJRVRH[WUDWR JNK (Medeiros et al., 2007).
GLFORURPHWkQLFR QDV GRVHV GH D PJNJ YLD
RUDOPRVWURXDWLYLGDGHDQWLHGHPDWRJrQLFDUHGX]LQGR Continuando o estudo dos sesquiterpenos, Rogério
RVHGHPDVHHQTXDQWRDIUDomRHQULTXH- HWDO DYDOLDUDPDDWLYLGDGHDQWLLQÀDPDWyULDHP
cida por artemetina não mostrou atividade. Assim a alergias respiratórias e o efeito de mediador da via
presença de um outro componente com atividade an- GH UHGXomR GD LQÀDPDomR 1RV H[SHULPHQWRV IRUDP
WLLQÀDPDWyULDQDSODQWD¿FRXHYLGHQFLDGD XWLOL]DGRVFDPXQGRQJRV%$/%&RVTXDLVUHFHEHUDP
20 5HYLVWD)LWRV9ROQMDQHLURPDUoR
&RUGLDYHUEHQDFHD'&
0RQRJUD¿D0RQRJUDSK\ Boraginaceae
5HYLVWD)LWRV9ROQMDQHLURPDUoR 21
&RUGLDYHUEHQDFHD'&
0RQRJUD¿D0RQRJUDSK\ Boraginaceae
servadas níveis sigQL¿FDQWHVde toxicidade aguda nos traumáticas). Os pacientes foram divididos em 2 gru-
H[WUDWRVRXQDVVXEVWkQFLDVLVRODGDVQHPSRUYLDRUDO SRVGHHSDFLHQWHVUHFHEHQGRUHVSHFWLYDPHQWH
QHP WySLFD 6HUWLp HW DO H o creme de Cordia e diclofenaco-dietilamôneo (emul-
%D\HX[ HW DO %DVLOH HW DO &DUYDOKR HW JHO $H¿FiFLDGRWUDWDPHQWRFRPRFUHPHGHCordia
DO 2OLYHLUD HW DO 3DVVRV HW DO verbenacea HP WUDXPDV IRL GHPRQVWUDGD
Roldão et al., 2008). Sertié et al. (2005) mostraram SRLVGRVSDFLHQWHVDSUHVHQWDUDPXPDPHOKR-
TXH R H[WUDWR KLGURDOFRyOLFR OLR¿OL]DGR DGPLQLVWUDGR UDDFHQWXDGDDSyVRVGLDVGHWUDWDPHQWRH
por via oral a ratos fêmeas ou machos antes do aca- WLYHUDP PHOKRUD PRGHUDGD DSHQDV WLYHUDP
VDODPHQWRRXQDVIrPHDVGXUDQWHJUDYLGH]QmRDIH- PHOKRUD GLVFUHWD H HP DSHQDV GRV FDVRV R
tou o ciclo das fêmeas nem o desenvolvimento normal PHGLFDPHQWRIRLLQH¿FD]SRLVRTXDGURSHUPDQHFHX
dos fetos, nem a estrutura óssea, maturação sexual inalterado. O tratamento com o diclofenaco dietila-
ou fertilidade deles. P{QLR HPXOJHO WDPEpP GHPRQVWURX D H¿FiFLD
do mesmo, porém, em menor proporção quando
Nos estudos de fase I (Calixto e Vergnanini 2000- comparado a Cordia verbenacea VHQGR TXH
IRUDP FRPSURYDGDV TXH DV FRQFHQWUDo}HV GH GRV FDVRV D PHOKRUD IRL DFHQWXDGD D
DWpGRyOHRHVVHQFLDOGHIROKDVGHCordia PHOKRUD IRL PRGHUDGD R TXDGUR FOtQLFR DSUH-
verbenacea por aplicação tópica são seguras e não VHQWRX XPD GLVFUHWD PHOKRUD H HP R TXDGUR
apresentaram qualquer reação alérgica ou irritativa permaneceu inalterado. O estudo detectou apenas um
nos voluntários sadios que participaram do estudo. caso de evento adverso (prurido no local de aplicação),
possivelmente relacionado ao medicamento. Ambos os
Ensaios Clínicos tratamentos apresentaram excelente segurança, não
KDYHQGR GLIHUHQoD HVWDWtVWLFD VLJQL¿FDQWH GH WROHUDELOL-
(PHVWXGRVFOtQLFRVGHIDVH,UHDOL]DGRVSRU &DOL[WRHW dade entre os dois medicamentos (Brandão et al, 2006).
al. 2000 e 2001), fase II e fase III (Refsio et al., 2005)
TXH GHPRQVWUDUDP DomR DQWLLQÀDPDWyULD H H[FHOHQWH Efeitos adversos
tolerabilidade da Cordia verbenacea na forma de cre-
PHFRQWHQGRGHyOHRHVVHQFLDOSDGURQL]DGRHP Em geral não foram encontrados relatos de efeitos
GHD-humuleno, conforme citação na Enciclo- adversos com exceção do caso isolado acima citado.
SpGLD0pGLFDGHVFULWDQDVUHIHUrQFLDVELEOLRJUi¿FDV
Precauções
Nos estudos de fase II para avaliar o uso da Cordia
verbenacea de aplicação tópica no tratamento da dor Gerais
PLRIDVFLDOHGDWHQGLQLWHFU{QLFDUHDOL]DGRFRPSD- O tratamento deve ser suspenso em caso de alergia
FLHQWHVREVHUYRXVHTXHPDLVGHGRVFDVRVWUD- (ANVISA, 2011).
tados com CordiaDSUHVHQWDUDPH¿FiFLDFRQVLGHUDGD
ótima ou muito boa, enquanto o mesmo foi observado Genotoxicidade
HPDSHQDVGRVFDVRVWUDWDGRVFRPGLFORIHQDFR Não foram encontrados relatos de efeitos adversos.
dietilamônio (emulgel). Já nos estudos de fase III com
268 pacientes, os resultados indicaram que o creme Carcinogenese, mutagenese
de Cordia verbenacea IRL H¿FD] QR WUDWDPHQWR GH Não foram encontrados relatos de efeitos.
tendinite e dor miofascial quando aplicado no local
da lesão a cada 8 horas. A avaliação comparativa do Efeitos sobre a fertilidade
creme de Cordia verbenacea FRP GLFORIHQDFR &RQIRUPHUHODWDGRDFLPDRH[WUDWRHWDQyOLFRD
GLHWLODP{QLR VRE IRUPD GH HPXOJHO GHPRQVWURX administrado por 45 dias consecutivos, via oral, em
que CordiaDSUHVHQWDYDH¿FiFLDVHPHOKDQWHDRGRGL- GRVDJHPGHDWpPJNJQmRDSUHVHQWRXTXDOTXHU
clofenaco para os casos de tendinite crônica, dor mio- sinal de toxicidade para o feto (Sertié et al., 2005).
IDVFLDO H PHVPR TXDQGR FRQVLGHUDGDV DV DIHFo}HV
associadas (Refsio et al., 2005). Formas de dosagem e Posologia
(QWUH DSOLFDo}HV SDUD R DOtYLR GH UHXPDWLVPR DUWUL-
Em estudo clínico fase III, aleatório, duplo-cego e te reumatóide, gota, dores musculares e da coluna,
comparativo, com os mesmos produtos nas mesmas SURVWDWLWHVQHYUDOJLDVHFRQWXV}HVDVVHJXLQWHVIRU-
FRQGLo}HV DSOLFDomRWySLFDGHKRUDVGXUDQWHGH] mas de apresentação são recomendadas:
GLDVHPSDFLHQWHVSRUWDGRUHVGHFRQWXV}HVHOHV}HV
22 5HYLVWD)LWRV9ROQMDQHLURPDUoR
&RUGLDYHUEHQDFHD'&
0RQRJUD¿D0RQRJUDSK\ Boraginaceae
O Formulário (ANVISA, 2011) descreve uma pomada &DOL[WR -% 9HUJQDQLQL $ ± (VWXGRV
IHLWD FRP P/ GD WLQWXUD IHLWD FRP iOFRRO D H pré-clínicos em roedores e cães e clínicos de fase I -
100g de base de lanolina e vaselina. Baseado em da- Arquivo Central do Laboratório Aché.
dos clínicos acima esta pomada teria que ter um teor
GHKXPXOHQRHQWUHH Carvalho Jr., P.M.; Rodrigues, R.F.O.; Sawaya,
$&+) 0DUTXHV 020 6KLPL]X 07
5HIHUrQFLDVELEOLRJUi¿FDV Chemical composition and antimicrobial activity of the
essential oil of Cordia verbenacea'&-RXUQDORI(WK-
Akisue, M.K.; Oliveira, F.; Moraes, M.S.; Akisue, G.; QRSKDUPDFRORJ\YS
0DQFLQL%&DUDFWHUL]DomRIDUPDFRJQyVWLFDGD
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5HYLVWD)LWRV9ROQMDQHLURPDUoR 23
&RUGLDYHUEHQDFHD'&
0RQRJUD¿D0RQRJUDSK\ Boraginaceae
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