Questões de Processo Civil
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Questões de Processo Civil
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4) Cite quais são os procedimentos do Processo de Conhecimento
previstos no CPC. Indique os artigos do CPC na resposta.
Procedimento Comum, previsto no artigo 318 do CPC; Procedimentos
Especiais, previsto no artigo 539 do CPC; Procedimento Especialíssimos, previsto no
artigo 190 do CPC.
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O negócio jurídico é um fato jurídico voluntário, que se concede aos sujeitos a
possibilidade de regrarem processualmente o processo que protagonizam, portanto,
estes podem regular, dentro dos limites fixados no próprio ordenamento jurídico,
certas situações jurídicas processuais ou alterarem o procedimento. Suas vantagens
são a possibilidade das partes de negociarem e flexibilizarem o procedimento judicial,
de acordo com as suas necessidades.
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autor deverá emendar a petição de acordo com as indicações feitas pelo juiz. Caso
tal emenda não ocorra, o juiz poderá não apreciar o pedido do autor. Por outro
lado, caso o autor faça as emendas da forma como indicado o processo seguirá seu
curso normalmente.
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tratados na Constituição Federal. Da mesma forma, ao mesmo tempo em que tem
como objetivo proteger a prorrogação da competência da ação dentro do momento
no qual ela é proposta, objetiva, também, preservar o juiz natural.
Diante disso, o princípio da Perpetuatio iurisdictionis, além de preservar a
competência da ação, evitando-a que esta seja deslocada (salvo exceções dispostas
em lei), preserva também o juiz natural da ação, em detrimento com o princípio do
juiz natural, apresentado na Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º,
XXXVVII.
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15) O que é a prevenção e qual a sua utilidade em se tratando de
conexão entre duas ações?
A prevenção é uma prefixação de competência que garante que todas as causas em
questão sejam remetidas ao juízo no qual primeiro foi distribuída a petição inicial de um dos
processos coligados por conexão ou continência.
16) Com base no art. 69, inciso IV e § 2o do CPC, bem como Resolução no
350/2020, explique o que são os “atos concertados entre os juízes cooperantes” e se eles
podem contribuir para a eficiência do processo civil?
De acordo com Fredie Didier Jr., cooperação judiciária é o “o complexo
de instrumentos e atos jurídicos pelos quais os órgãos judiciários brasileiros podem
interagir entre si, com tribunais arbitrais ou órgãos administrativos”.
A cooperação judiciária se configura por meio de um auxílio recíproco ou
do compartilhamento da prática de atos entre os diferentes órgãos e esferas
nacionais, dentro ou fora do Judiciário. Esta tem como objetivo garantir o princípio
constitucional da duração razoável do processo, previsto no art. 5º, LXXVIII,
concretizando, assim, o princípio da eficiência disposto no art. 8º do CPC e no art.
37, caput, da CRFB/88, e da própria decisão de mérito justa e efetiva, conforme o
art. 6º do CPC. O art. 69, § 2º, do CPC e o art. 6º da Resolução trazem somente um
rol meramente exemplificativo dos atos que poderão ser praticados. Perante o
exposto, os limites serão impostos pela doutrina e jurisprudência, respeitando os
princípios constitucionais.
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discutidas ao longo da inicial, o juiz proferirá sentença ultra petita, ou além do
pedido, devendo ser reduzida aos limites do pedido.
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Formulados pedidos alternativos, e acolhido um deles,
falta interesse para recorrer em relação ao outro
pedido. Sendo o interesse recursal requisito de
admissibilidade, de rigor o não conhecimento do
recurso.
APELAÇÃO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER
(COM PEDIDO ALTERNATIVO DE RESCISÃO
CONTRATUAL) CUMULADA COM PLEITO DE
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. CONTRATO
DE COMPRA E VENDA DE VEÍCULO.
MAJORAÇÃO DA INDENIZAÇÃO POR DANO
MORAL. POSSIBILIDADE. VALOR INSUFICIENTE
PARA REPARAÇÃO DO DANO E COIBIÇÃO DE
EVENTUAL REPETIÇÃO DA CONDUTA DANOSA.
SENTENÇA REFORMADA PARCIALMENTE.
APELAÇÃO PROVIDA NESTA PARTE. Cabível a
majoração da indenização por dano moral se, de
acordo com as circunstâncias do caso, o valor fixado
é insuficiente para reparação do dano e coibição de
eventual repetição da conduta danosa
Pedido Subsidiário
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hierárquica na cumulação de pedidos realizada, é possível o reconhecimento da
mútua sucumbência, uma vez que, rejeitado o pedido principal e acolhido o
subsidiário, a parte autora terá obtido vantagem apenas parcial com o resultado do
processo. Hipótese diversa se dá quando a parte autora formula pedidos
alternativos, ocasião em que o acolhimento de qualquer deles importa procedência
integral do pedido. 3. De acordo com o acórdão regional, a parte agravante
formulou pedido subsidiário, e não alternativo, porque o segundo pedido só
deveria ser apreciado caso fosse indeferido o primeiro, que era o principal. 4.
Assim, tendo o Tribunal de origem concluído pela necessidade de distribuição
recíproca dos honorários advocatícios de sucumbência, a adoção de entendimento
diverso, conforme pretendido, implicaria o reexame do contexto fático-probatório
dos autos, circunstância que redundaria na formação de novo juízo acerca dos
fatos e provas, e não de valoração dos critérios jurídicos concernentes à utilização
da prova e à formação da convicção, o que impede o seguimento do recurso
especial. Sendo assim, incide a Súmula 7 do STJ, segundo a qual a pretensão de
simples reexame de prova não enseja recurso especial. 5. Agravo interno do
particular não provido.
(STJ - AgInt no AREsp: XXXXX SP XXXXX/XXXXX-7, Relator:
Ministro MANOEL ERHARDT (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO
TRF5), Data de Julgamento: 27/09/2021, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de
Publicação: DJe 29/09/2021)
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c) Em caso de incorreção do valor da causa, o juiz pode corrigir de
ofício?
d) E o Réu, entendendo que o valor da causa está errado, pode
impugná-lo?
a) A modalidade do pedido formulada na petição inicial seria a modalidade de
pedido alternativo, de acordo com o disposto nos artigos 325 e 326, parágrafo
único CPC/15. Dessa forma, ao fazer o pedido do desfazimento da construção ou
da reparação da obra defeituosa, de forma alternativa.
b) O valor da causa será atribuído considerando os danos causados à Autora, com
a parede que possui infiltração, e considerando o valor para o desfazimento da
construção ou reparação da obra defeituosa. O valor da causa deverá ter como
base a soma dos valores de todos os pedidos, e havendo pedido alternativo, deverá
ser somado o de maior valor.
c) Sim, o juiz poderá corrigir de ofício, de acordo com o artigo 292, 3º do
CPC/15,
que concede ao juízo a possibilidade de corrigir o valor da causa quando verificar-
se que este não corresponde com o conteúdo patrimonial em discussão ou não
corresponde ao proveito econômico pretendido pelo autor.
d) De acordo com o artigo 293 do CPC/15, o réu poderá impugnar o valor da
causa em sede de contestação, sob pena de preclusão.
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Já cognição sumária é aquela que o juiz faz de forma superficial, com base
em um julgamento de probabilidade, sem esgotar as provas conflitantes ou
probatórias, normalmente utilizadas em decisões preliminares.
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O litisconsórcio necessário, conforme artigo 114 do CPC, ocorrerá quando
por disposição em lei ou quando pela natureza jurídica da relação, na qual a
eficácia da sentença depender de que sejam citadas todas as partes litisconsortes.
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quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o
cumprimento da sentença.
Tal fator de limitação das partes é nomeado de litisconsórcio
multitudinário, onde o juiz pode determinar de ofício a separação das causas, ou
também pode ser requerido pelo réu.
30) Com base no art. 115 do CPC, o terceiro que não participou de
um processo como réu, em litisconsórcio unitário, sofrerá os ônus da
sentença? Como ele deverá reivindicar seus direitos, nos mesmos autos ou em
ação própria?
De acordo com o art. 115 do CPC, o terceiro que não participou de um
processo como réu em litisconsórcio unitário sofrerá o ônus da sentença, pois e se
declarará como nula, e no litisconsórcio unitário, a decisão deveria ser uniforme
em relação a todos que deveriam ter integrado o processo, portanto, se a sentença
for nula para um dos litisconsortes, será para os demais.
31) Numa ação de despejo, o réu (locatário) decidiu fazer acordo com
o autor (locador). O assistente simples do réu (sublocatário) não concorda
com a realização do acordo, pois acredita que a defesa pode sair vitoriosa.
Diante disso, protocolou petição requerendo ao juiz que não homologue os
termos da transação. O juiz pode homologar o acordo sem a anuência do
assistente simples?
Sim, o juiz poderá homologar o acordo sem anuência do assistente
simples, pois, insta salientar que o assistente é mero coadjuvante na relação
jurídica, sendo subordinado ao assistido, portanto, o terceiro não impede a
desistência, remissão ou renúncia do assistido, conforme como disposto nos
artigos 121 a 123 do CPC.
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direitos que a evicção lhe resulta, e, também, da denúncia daquele obrigado por lei
ou contrato para indenizar em ação regressiva.
Diferentemente do supramencionado, no chamamento ao processo, tal
requerimento somente pode ser realizado pelo réu, sendo possível resultar a
formação de um litisconsórcio passivo.
Assim como o chamamento ao processo, a denunciação da lide aborda dois
litígios em um único processo, resultando em uma economia processual.
34) É possível fazer negócio jurídico processual (art. 190, CPC) nas
modalidades de intervenção de terceiros? Explique e forneça exemplos
(citados na doutrina ou jurisprudência).
Segundo o art. 190 do CPC é possível, uma vez que tal artigo discorre a
respeito da autocomposição, que permite que as partes “estipular mudanças no
procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os
seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o
processo”.
Dessa maneira, é cabível encaixar um negócio jurídico na intervenção de
terceiro, uma vez que, participa do processo. Temos de exemplos, a assistência
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litisconsorcial, onde o assistente é uma espécie de substituto do autor/réu e não
está sujeito à decisão assistida.
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Os atos concertados são aqueles acordados entre juízes cooperantes, que
buscam a realização de atos ordinários de forma prática. Dito isso, os atos
concertados que estabelecem procedimento para a prática de citação e intimação
podem contribuir para a celeridade processual, visto que tange a realização de atos
ordinários, e até para encontrar a parte a ser citada, pois o acordo de cooperação
jurisdicional de ato concertado estabelecerá procedimento próprio para a
realização da citação e da intimação.
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§1-A, o réu citado deverá informar de pronto nos autos motivo pelo qual
não recebeu a citação por meio eletrônico (art. 246, §1º-B) e, caso não informe,
será considerado ato atentatório a dignidade da justiça sob pena de multa (art, 246,
§1º-C);
d) O acompanhamento de confirmação de recebimento e de código
identificarnas citações feitas por meio eletrônico (art. 246, §4º);
e) O compartilhamento de cadastro das empresas na Redesim com o Poder
Judiciário (art. 246, §6º), não estando sujeitas a obrigatoriedade de
existência de cadastro do §1º as microempresas e pequenas empresas que não
possuem cadastro na Redesim (art. 246, §5º);
f) As exceções para a citação não ser realizada por meio eletrônico (art.
247).
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requisitos do artigo 319 do CPC, o juiz despachará, ordenando a citação,
integrando o réu à relação processual.
O saneamento da Petição Inicial, é uma outra possível decisão do juiz, esta
ocorre quando há lacunas, defeitos ou irregularidades, mas se estes forem vícios
sanáveis o juiz não a indeferirá de plano, determinará que o Autor emende ou
complemente. Caso o Autor não conclua os vícios no prazo estabelecido pelo CPC
de 15 dias, a Petição Inicial será indeferida, que se configura como outra decisão
proferida pelo juiz e estabelece suas hipóteses no artigo 330 do CPC.
Além disso, é possível a improcedência liminar do pedido, onde ocorre
julgamento in limine litis de rejeição do pedido (julgamento de mérito negativo
imediato, independentemente de citação do réu).
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exceções a essa regra, permitindo ao juiz julgar antecipadamente o pedido
quando:
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46) Em caso (litígio) em que se admite a audiência de conciliação (art.
334, CPC), o juiz pode discricionariamente não designá-la? E as partes,
podem fazer um negócio jurídico processual atípico (art. 190, CPC)
extrajudicialmente para ela não ser designada num futuro processo judicial?
Sim, podem existir acordos parciais capazes de resolver parte da disputa,
já que uma reclamação pode abranger direitos propícios à autocomposição e
outros que não permitem tal abordagem. Dessa forma, se o acordo tiver sido
estabelecido em conformidade com os direitos suscetíveis à composição própria, e
a demanda passar a tratar dos indisponíveis, os quais não são passíveis de
negociação.
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processual ou substantiva. Por outro lado, o Princípio da concentração e da
impugnação específica estipula que é incumbência do demandado contestar de
maneira detalhada, ou seja, deve rebater todos os fatos alegados pelo demandante
na petição inicial, sujeito à ausência de contestação
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estará sujeito a ônus, consistindo na presunção de veracidade de todos os eventos
narrados pelo demandante.
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