O Dinheiro No Lar
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O Que Diz
A Bíblia Sobre
O Dinheiro no Lar
Todos os males da sociedade, sejam financeiros, políticos, trabalhistas, escolares ou religiosos têm
a sua origem no coração do homem. Sabemos como é o coração do homem (Jer. 17:9; Rom 3:10-23). A
instituição que Deus estabeleceu, ainda no jardim do Éden, ajuntando duas pessoas de maneiras especificas
para formar uma unidade é o que chamamos de família. O ambiente é formado pelo amor exercido por
todos os membros da família cria o que chamamos de “lar”. O lar tem suma importância na vida humana
pois é o berço de costumes, hábitos, caráter, crenças e morais de cada ser humano, seja no contexto
mundial, nacional, municipal ou familiar. Então, podemos dizer, a forma como caminha o lar caminha o
mundo, e também, o que é bom para a família é bom para o mundo.
I. O DINHEIRO NA BÍBLIA
O Dinheiro foi usado por Abraão (Gên. 23:2,6), Jesus (Mat. 17:24-27), reis, discípulos e pelos
apóstolos. O dinheiro é mencionado tanto no contexto de benção quanto de perigo. Para entendermos
a atitude que devemos ter em relação ao dinheiro no lar convém elaborarmos um estudo para sabermos
o que diz a Bíblia sobre o assunto.
A. As Bênçãos
Quando se fala em dinheiro na igreja ou a atitude é a “coleta para a igreja” ou “a torpe
ganância”. Como dizem alguns sábios ‘há uma valeta nos dois lados da rua’, podemos ver que quando
se fala em dinheiro há exageros tanto de um lado quanto do outro. Muitas vezes os exageros se
esquecem de fatos da realidade e da verdade. O dinheiro é uma benção de Deus entre os justos na terra
onde houve muitos ricos (Abraão, Gên. 13:6; Jó, Jó 1:1-3; Rei Davi e Rei Salomão; José de Arimatéia,
Mat. 27:57). De onde vem o dinheiro que é abençoado por Deus? O dinheiro e o trabalho andam
juntos.
1. Trabalho abençoado
“Em todo trabalho há proveito, mas ficar só em palavras leva a pobreza.” Provérbios 14:23
Desde a criação do homem já havia trabalho a ser executado. Antes do pecado o trabalho não
era uma obrigação (Gên. 1:28; 2:7) mas depois do pecado, o trabalho tornou-se obrigatório para a
sobrevivência (Gên. 3:17-19). Por causa da natureza pecaminosa que o homem possui ele quer
rebelar-se contra a realidade da necessidade de trabalhar para sobreviver. O homem sempre está
procurando receber sem trabalhar ou como a Bíblia diz, comer sem trabalhar (II Tess 3:10).
Mas, mesmo o trabalho sendo obrigação não significa que ele seja desgostoso. Quando o
trabalho agrada a Deus, até um servo pode em muito servir ao Senhor (Fil. 2:7). Muitas vezes as
atitudes determinam se um trabalho é abençoado ou não. A atividade em si nem sempre traz bênçãos
de Deus. Seria bom lembrarmos a parábola dos talentos para entendermos que o mínimo esforço e
uma atitude errada não têm nenhuma virtude (Mat. 25:14-30). O fruto do trabalho abençoado é doce
mas o trabalho alheio traz ganho que vai para (Ageu 1:6).
obra de Deus além do normal e comum. As ofertas também mostram o nosso amor e Deus as recebe
como prova do nosso amor por Ele. Ele também vê a falta de ofertas como uma falta de amor em
relação a Ele (Mal 3:8). As ofertas podem ser dadas sistematicamente e por causas definidas (I Cor
16:1,2).
A ação de dar dízimos e ofertas à obra de Deus deve ser “segundo as possibilidades” (I Cor
16:1; Deut 16:17; Mat. 5:42) , sistematicamente (I Cor 16:1) e com alegria (II Cor 9:7).
O trabalho abençoado por Deus é aquele cujo os frutos honram e louvam a Ele. Os exemplos
de dinheiro sendo empregado na obra de Deus dá-nos parâmetros de quanto é necessário que sejam os
dízimos e as ofertas na igreja como também onde deve ser empregado o dinheiro recolhido pela igreja
através dos dízimos e das ofertas.
• À Obra Local. Efés 5:23, “Cristo é a cabeça da igreja, sendo Ele próprio o salvador do corpo.”
Não é vergonhoso, anti-ético, em oposição a Bíblia, nem invenção humana a igreja receber
ofertas. O espírito de dar dinheiro em adoração a Deus não fica em nada ofendido quando a igreja
passa a cesta para receber as ofertas dos membros. A igreja está praticando, na verdade, o que é digno
para com Deus. A igreja é o corpo de Cristo e por Cristo Deus é sempre glorificado (Efés 5:23: João
12:28). Dar ofertas a igreja em adoração a Deus é uma prática consistente que tem como propósito
principal dar ofertas a Deus reconhecendo o Seu senhorio e mostrando gratidão pelas bênçãos
recebidas (Gên. 14:20).
Dando os dízimos e as ofertas a igreja estaremos seguindo o exemplo da igreja que Cristo
estabeleceu aqui na terra quanto esteve aqui. Ainda antes da crucificação, o ajuntamento de Cristo já
tinha um tesoureiro que cuidava do dinheiro que era utilizado para suprir as necessidades daquele
próprio ajuntamento (João 13:29).
Êx 25:1-8 - eram várias as ofertas dadas para a construção do tabernáculo (Êx 35:29).
II Reis 12:1-16, o povo entregaria o dinheiro à casa do Senhor.
I Cron. 29:1-9, o povo contribuiu voluntariamente para a construção do templo.
Mal 3:10, "para que haja mantimento na minha casa"
Mar 12:41-44, Jesus estava observando o que foi colocado na arca do tesouro. Ele não condenou a
coleta mas o espírito mesquinho daqueles que estavam dando. Dessa forma a ação generosa da viúva
foi apontada como exemplo de verdadeiro espírito ao ofertar ao Senhor.
Em Atos 4:32-37, o dinheiro do povo foi trazido à igreja para suprir as necessidades do povo na igreja.
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É uma benção participar da obra de Deus e Deus aceita essa atividade como uma adoração
verdadeira quando é dada verdadeiramente pelo espírito. Quando todos os membros de uma família
participam juntos, há uma alegria geral. É importante os pais ensinarem os filhos sobre as bênçãos
desta atividade.
• Às Obras Missionárias
A obra missionaria é custosa mas não se aparta da obra local. A igreja é missionária por sua natureza
(Mat. 28:19,20). O que é da igreja também deve ser usado para missões. Também temos o exemplo
no Novo Testamento o exemplo de ofertas especiais que eram recebidas e enviadas aos missionários
em seus respectivos campos e esses ofertas não eram parte das ofertas recebidas normalmente pela
igreja.
Rom 15:26, “uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém.”
Fil. 4:15-20, “Porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica.”
II Cor 8:4,7,8, 10-12,19, “nesta graça que por nós é ministrada”
Obs. Há várias maneiras que uma igreja pode empregar para recolher ofertas missionárias. Essas
diferentes maneiras são citadas para que todos as conheçam e se for conveniente empregue uma para o
uso na igreja. Há igrejas que separam uma porcentagem de todas as ofertas recebidas no mês e essa
quantia separada é destinada a missões. Com o passar do tempo e com o crescimento na graça, a
porcentagem poderia ser aumentada assim tornando-se cada vez mais uma igreja missionaria. Há
igrejas que passam uma cesta enfeitada especialmente para missões para que os membros participarem
além dos dízimos com uma oferta para missões. Essa cesta seria passada num determinado culto todo
domingo. Um domingo a cada mês pode ser fixado para que tudo que for recebido como dízimos e
ofertas naquele domingo seja direcionado para as obras missionárias. Há também um sistema chamado
‘promessa pela fé’ que funciona assim: no começo do ano os membros que querem participar deixam a
diretoria da igreja saber que eles se propõem a dar uma quantia específica extra todo mês para o uso
de missões além das ofertas normais. Essa quantia então é recolhida mensalmente em envelopes
marcados especialmente para missões. Dessa forma a diretoria da igreja pode saber de antemão o
valor que vai receber por mês e pode planejar o envio mensal de ofertas aos missionários no campo.
Com o passar do tempo os membros, crescendo na graça de ser generosos, aumentam as ofertas dadas
e a igreja aumenta os valores enviados para as obras missionárias.
• Seja fiel. Mal 3:10 (Luc 19;17; II Cor 8:12) • Seja honesto. II Cor 8:20,21
• Seja generoso. Fil. 4:18,19; Luc 6:38 (II Cor 8:2-5) • Seja sábio. Prov. 21:20
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O assunto sobre como ser abençoado pode ser resumido com o seguinte versículo:
“Honra ao SENHOR com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos;
E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.”
Provérbios 3:9,10
B. Os Perigos
A forma de se obter o dinheiro pode determinar se ele é uma benção ou um perigo. Assim
como é uma verdade que “em todo trabalho há proveito” (Prov. 14:23) também é verdade que “os
tesouros da impiedade de nada aproveitam” (Prov. 10:2). Há a necessidade de um equilíbrio quando se
pensa no assunto de dinheiro.
2. Torpe Ganância
Dinheiro não é, em si, torpe ganância. Como já estudamos, o dinheiro obtido de maneira
honrosa e para usos de responsabilidade, é uma benção
OBS:. A torpe ganância não é o dinheiro mas a atitude que o homem tem em relação ao dinheiro; é
ganhar dinheiro de um modo vergonhoso. Quando o alvo principal é ganhar dinheiro, não importando
as maneiras usadas para obtê-lo, fica evidente a caraterística que a Bíblia qualifica torpe ganância. O
que diz a Bíblia sobre este assunto e quais são os casos mencionados por ela?
Há um perigo não apenas pelas atitudes que se torna em relação ao dinheiro mas também em
relação ao seu uso. Considere os seguintes casos para ter uma instrução de como não usar o dinheiro.
cuidados do lar como ela achar necessário. Isso significa dar a ela “do fruto das suas mãos” (Prov.
31:11,12,31).
D. O Orçamento do lar
I Cor 14:40, “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.”
II Cor 8:21, “Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos
homens.”
possibilidades. Por último não ter um fundo para emergências também pode ser uma barreira para
cuidar das necessidades de uma família e viver dentro das possibilidades financeiras.
Se não estamos cientes das barreiras e se não temos um equilíbrio preciso entre as
necessidades, preferências e os desejos, chegaremos a um ponto em que a renda será quase que
insuficiente para as despesas. Não há uma fórmula mágica ou segredo.
Quando se pensa em fazer um orçamento, pode ser que os pensamentos exagerados invadam o
seu raciocínio e destruam os seus princípios fundamentais. Devemos sempre lembrar que nunca um
orçamento deve ser enquadrado como uma camisa de força e nem uma arma para ferir um ou outro
membro da família. O orçamento não foi desenvolvido para desanimar ninguém na família mas
contrariamente, foi formulado para estimular a consistência procurando atingir alvos reais e
flexibilizar o manejo da renda no lar. Se o orçamento for entendido de outra forma, é preciso um
melhor entendimento.
Se vamos fazer algo decentemente e com ordem como a Bíblia nos pede, devemos ter um
plano. Todavia, um bom plano sempre requer ação, auto controle e pode até requerer sacrifícios.
3. Começando o Orçamento
Antes de colocar o plano em andamento, é necessário um levantamento atual sobre renda e
gastos. Talvez seja necessário um mês para perceber com exatidão onde a renda está sendo utilizada.
Depois que você já sabe em quais ralos está indo o dinheiro no lar todos os meses e necessário
determinar quais são os alvos e as ações que vamos implementar para atingirmos os alvos.
4. Planejando o Orçamento
5) Dívidas - usando 5% do total que se tem para gastar, quitando as dívidas mês a mês com a
quantia que der para satisfazer as contas e o seu orçamento. Se houver grandes dívidas,
pague primeiro as menores e depois vá parcelando as maiores. Esse item não inclui dividas
de carro ou de moradia.
6) Lazer - 5% do total que se tem para gasto com restaurante, hobby, clubes, equipamento
para esportes, poupança para as férias. Se o seu orçamento não permite muito lazer, reduza
a porcentagem mas não elimine-o. O lazer é necessário para que todos na família
mantenham um equilíbrio saudável.
7) Vestimenta - um nível de 5% de tudo o que se tem pode-se gastar. Um mínimo de R$10,00
por pessoa a cada mês deve ser programado.
8) Poupança - 5% do total deve ser poupado para emergências.
9) Médico - 5% do total que se tem para gastar deve ser estipulado para gastos médicos tais
como medicamento, dentista, ótica, e gastos com médicos.
10) Outros - Geral - este item inclui gastos com um limite de 5% de tudo o que se tem para
gastar destinado a que não cabem em outros itens tais como despesas com cabeleireiro,
presentes, miscelânea, etc.
11) Escola - nem todos têm despesas extra todo mês com mensalidades escolares, mas quem
tem crianças tem despesas com material escolar. Dependendo da sua situação estipule o
necessário para cuidar das despesas mês a mês.
12) Investimento - aposentadoria, e outros desejos ( bens, terras, casas). Deve ser programado
depois que os outros itens estiverem supridos.
C.) Expansão
1) Extra - se sobrar dinheiro: ofertas extras à igreja, projetos mais ambiciosos, mais
investimentos. Se não tiver planos para qualquer extra, faça aplicações.
As despesas maiores são de moradia, alimentação, dívidas, vestimenta e médico. Se você tiver
mais gastos do que renda, será necessário repassar o orçamento cortando o que não for tão necessário
para que tudo saia bem. Usar crédito, consolar as dívidas, ou fazer empréstimos não são maneiras
aceitáveis para se resolver a situação. Ganha-se mais ou gasta-se menos. Não há outra
solução.
É necessário lembrar que nenhum orçamento nunca chega a ser perfeito. Mas ele pode sempre
guiar-nos a perfeição.
Missionário Calvin Gardner - Rua Santa Cruz das Palmeiras, 333 - 15.800-000 Catanduva, SP - (017) 523-2675
http://www.geocities.com/athens/olympus/1563
E-mail: [email protected]