Caderno de Modelos de Documentos
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Declaro para fins de comprovação que a paciente Maria da Silva compareceu nesta clínica para cinco
sessões de psicoterapia nos seguintes dias e horários: 01, 08, 15, 22 e 29 de setembro de 2020, das
14h00 às 15h00.
Brasília-DF, 29 de setembro de 2020.
Assinatura
Carlos Henrique Bohm
CRP 01/13505
Atesto, para fins de avaliação psicológica em processo de seleção de pessoas, que entrevistei ANTÔNIO
DA SILVA e apliquei os seguintes testes: Bateria BPA – Avaliação de atenção concentrada, dividida e
alternada; BETA III (matricial e códigos) - para aferição do desempenho da inteligência; BFP - para
aferição dos traços de personalidade; e LJI – indicador de julgamento de liderança. Os resultados
indicam que o candidato se encontra APTO para exercer o CARGO DE GERENTE DE FILIAL conforme o
perfil estipulado pela empresa em sua solicitação. Este setor de Gestão de Pessoas guarda em seus
arquivos informações pormenorizadas sobre a avaliação psicológica e poderá emitir laudo detalhado
caso seja solicitado. Este atestado tem validade apenas para a finalidade apontada no item de
identificação, possui caráter sigiloso e se trata de documento extrajudicial. O candidato foi informado
que tem o direito de solicitar uma devolutiva da avaliação.
Brasília-DF, 12 de outubro de 2020.
Assinatura
Carlos Henrique Bohm
CRP 01/13505
1. Identificação
Pessoa atendida: Janete da Silva
Solicitante: 1ª Vara de Violência Contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Brasil
Finalidade: Realizar Avaliação Psicológica para responder quesitos jurídicos sobre relato de violência
contra a mulher.
Autor: João Pereira – Psicólogo CRP 99/9999
2. Descrição da demanda
Janete da Silva, nascida em 01/11/1980, move ação judicial contra seu esposo Sr. Artur da Silva,
mediante acusação de violência doméstica. Peticionou liminar de medida protetiva de afastamento, a
qual foi acolhida pelo MM. Juiz Dorival Ramos, da 1ª Vara de Violência Contra a Mulher do Tribunal de
Justiça do Brasil. O MM. Juiz determinou a realização de perícias psicológicas com cada uma das partes,
a serem feitas por profissionais distintos. No que diz respeito à requerente, os seguintes quesitos
deverão ser respondidos:
1) De qual (is) tipo (s) de violência a requerente relata ter sido vítima?
2) Quais foram as consequências decorrentes dos supostos episódios de violência contra a
requerente?
3) A requerente tem algum transtorno mental?
4) Como é a rede de apoio da requerente?
5) A requerente necessita de acompanhamento psicológico?
3. Procedimentos
Os procedimentos descritos a seguir foram utilizados com a Sra. Janete para atender à demanda do
Poder Judiciário. Cada uma das sessões tiveram duração de 50 minutos e ocorreram no consultório
deste perito.
4. Análise
A Sra. Janete relatou estar casada com o Sr. Artur há oito anos e informou que iniciou um processo de
divórcio em Vara de Família. Afirmou que o casal não tem filhos e o seu esposo trabalha como
1
Pasquali, L. (2017). Inventário dos Seis Fatores de Personalidade (IFP-6). Labpam Saber e Tecnologia. Brasília-DF.
2
Werlang, B. S. G. & Cols. (2010). Inventário de Depressão de Beck (BDI-II). CASAPSI LIVRARIA E EDITORA LTDA. São Paulo –
SP.
Este material contém exemplos fictícios para finalidade didática.
engenheiro em uma empresa privada. Ele é o provedor e ela nunca exerceu atividade remunerada. As
tarefas domésticas sempre ficaram sob responsabilidade da requerente.
Uma medida protetiva de afastamento foi aplicada e, há duas semanas, o Sr. Artur deixou o lar, onde
ela continua residindo. Afirmou que até o momento o ex-companheiro cumpriu o afastamento
conforme decisão judicial e não se aproximou fisicamente dela, nem fez contato telefônico. A Sra. Janete
tem recebido apoio moral, afetivo e material dos seus pais, que residem no mesmo bairro. Ela procura
passar a maior parte possível do dia com eles tanto pelo medo de ficar sozinha quanto como uma forma
de se proteger do Sr. Artur.
Explicou que nos últimos dois anos começaram a ter conflitos no relacionamento por ciúmes do esposo
e por ela ter começado a se impor mais nas decisões da vida do casal. Ela disse que era submissa e ele
sozinho tomava todas as decisões familiares.
A requerente contou que a partir dessa sua nova postura, o requerido passou a apresentar os seguintes
comportamentos: humilhá-la dentro e fora do ambiente doméstico com xingamentos; agredi-la
fisicamente com tapas e socos no rosto; impedi-la de ter acesso a qualquer valor monetário; e subtração
dos seus documentos pessoais e do seu telefone celular. Afirmou que esses episódios ocorriam com
frequência semanal e, em algumas épocas, diária.
Procedeu-se então à aplicação dos testes IFP-6 e BDI-II para coletar mais elementos sobre o estado
emocional e de personalidade da Sra. Janete, com vistas a responder aos quesitos determinados
judicialmente.
Os principais resultados no teste IFP-6 foram: a) baixas autonomia, persistência e mudança; b) elevadas
necessidades afetivas, de organização e controle; e c) traços de deferência. O BDI-II indicou níveis
significativos de tristeza, pessimismo, sentimento de fracasso, culpa, autodepreciação, mudança na
imagem do corpo, insônia, fatigabilidade e perda de apetite. Em conjunto, os dados obtidos com a
aplicação dos testes são compatíveis com os relatos da Sra. Janete nas duas primeiras entrevistas. Ela
correlaciona seu atual estado emocional disfuncional aos episódios de violência vivenciados.
1) De qual (is) tipo (s) de violência a requerente relata ter sido vítima?
Descreveu a ocorrência de episódios de violência física, psicológica e patrimonial.
3
Organização Mundial da Saúde. (2020). Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a
Saúde. (https://www.who.int/classifications/icd/en/)
Este material contém exemplos fictícios para finalidade didática.
4) Como é a rede de apoio da requerente?
A Sra. Janete relatou que seus pais são sua rede de apoio, e estão lhe provendo afeto, maior
sensação de segurança, e apoio material. Disse que pleiteia pensão alimentícia no processo de
divórcio, mas ainda não foi tomada decisão judicial sobre isso.
Essas informações foram transmitidas à requerente em uma sessão de devolutiva, ocasião em que ela
demonstrou concordância em relação ao teor deste laudo, bem como seu encaminhamento ao Poder
Judiciário.
5. Conclusão
Nesta perícia a Sra. Janete participou de entrevistas e aplicação de testes que possibilitaram a coleta de
dados indicativos de uma hipótese diagnóstica de transtorno depressivo recorrente. Ela aponta nexo
causal entre os sintomas e episódios de violência física, psicológica e patrimonial perpetrados pelo seu
ex-companheiro. A requerente recebeu orientação para realizar psicoterapia.
Cumpre-se destacar que o Sr. Artur não foi ouvido nesta perícia e não se pode emitir conclusões a
respeito da sua conduta.
Este profissional tem sob sua responsabilidade técnica a guarda das informações detalhadas da
avaliação psicológica. Este laudo não poderá ser utilizado para finalidades diferentes da apontada no
item de identificação e possui caráter sigiloso.
Assinatura
João Pereira
Psicólogo CRP 99/9999
1. Identificação
2. Descrição da demanda
Beatriz, nascida em 01/09/2012 (oito anos de idade), filha de Pedro da Silva e Maria da Silva, divorciados,
encontra-se sob guarda compartilhada dos seus genitores há 12 meses, desde quando foi homologado
acordo. Em petição recente o genitor alega descumprimento dos termos do acordo por parte da
genitora e pleiteia a guarda unilateral. Diante deste quadro, o Juízo determinou às fls. 79/80 dos autos
123456-7/18 que este serviço psicossocial 4 apresente uma avaliação e também que indique a
configuração mais vantajosa para a criança.
O entendimento técnico-científico foi o de coletar dados com os pais e com a criança em diferentes
contextos, com os objetivos de responder ao Juízo e de proporcionar às partes uma mediação para
chegarem a um consenso sobre a configuração da guarda.
3. Procedimentos
4. Análise
4
Este é um estudo psicossocial e não uma perícia, é uma prática profissional de assessoramente ao
magistrado, enquanto que a perícia envolve avaliação psicológica e busca responder os quesitos para
dirimir dúvidas.
Este material contém exemplos fictícios para finalidade didática.
Às fls. 32/33 deste processo judicial se pode verificar os detalhes do acordo de guarda, e destaca-se que
a programação prevista foi de distribuição igualitária da convivência da criança entre cada genitor.
Beatriz fica aos cuidados do pai a partir de domingo pela manhã até quarta-feira de manhã, antes de ir
para a escola, e com a mãe a partir de quarta-feira à tarde, depois do horário da escola, até domingo
pela manhã, quando vai à casa do pai.
Na entrevista com Pedro, este relatou que ele e Beatriz mantêm vínculo afetivo mútuo, o qual não foi
abalado pelo divórcio. Descreveu diversas situações em que Maria descumpriu regras do acordo de
guarda, tais como: entregar a filha no domingo com atraso, demorar excessivamente para buscar a
criança na casa do pai, deixar o pai esperando no hall do prédio da mãe por longo período de tempo
até a criança estar pronta para a visita, entre outras. Alega que, por conta da desorganização da mãe, a
criança teve alterações nas suas rotinas, ocasionando emoções e comportamentos indesejados, tais
como dificuldades para estudar e se alimentar, choro excessivo e recusas para ir à casa da mãe. O pai
acredita que a melhor solução é que ele detenha a guarda unilateral e as visitas à mãe ocorram somente
quando ele autorizar.
Maria foi ouvida e também afirmou que mantém vínculo afetivo com sua filha. Relatou que tanto ela
quanto o pai cumprem os termos do acordo e que desconhece quaisquer problemas comportamentais
da criança. Afirmou que eventualmente incorre em alguns atrasos, mas não são excessivos a ponto de
criar transtornos para ninguém. Ao mesmo tempo em que descreveu o ex-esposo como exagerado no
seguimento de regras, autodescreve-se como displicente no cumprimento de alguns termos do acordo
por causa da sua falta de tempo e do ritmo intenso de trabalho como corretora de imóveis.
Pedro, Maria e Beatriz moravam juntos na casa até a época do divórcio. Com o rompimento da relação,
Maria alugou um apartamento, pois a casa já era de propriedade de Pedro antes do casamento. Joana,
a empregada doméstica que trabalha com a família desde quando Beatriz nasceu, continua contratada
por Pedro em tempo integral.
Na visita ao apartamento de Maria, observaram-se roupas, calçados, louças, e toalhas espalhados pelos
cômodos. O quarto da criança tinha brinquedos e roupas suficientes, em sua maioria jogados pelo chão
e sobre a cama, dificultando o trânsito pelo quarto. A criança mencionou que gosta de ficar com sua
mãe, mas não acha a moradia agradável. Maria costuma contratar diarista uma vez por semana para
limpar o imóvel, porém afirma que não gosta de nenhuma, e a rotatividade é alta.
Posteriormente, agendou-se com a genitora um horário para que levasse a filha à Vara de Família para
uma entrevista lúdica, na qual somente a criança foi ouvida. Chegaram com vinte minutos de atraso,
com a justificativa de que Maria demorou para alimentar e vestir a filha, pois às vezes ela fica agitada.
Na entrevista com a criança, esta se mostrou pouco comunicativa e desinteressada em aderir às
atividades de utilizar os brinquedos e desenhar. A coleta de dados ocorreu sobretudo por meio do relato
verbal.
Em uma entrevista final, os principais dados coletados foram apresentados aos pais e solicitou-se que
manifestassem suas opiniões. Pedro manteve o objetivo pela guarda unilateral e Maria pela
continuidade da guarda compartilhada. O entrevistador indicou sua análise técnica no sentido de que
para a criança é importante ter uma vida com rotinas mais previsíveis, sem tantos atrasos, com
manutenção igualitária dos vínculos afetivos com ambos os genitores, e com o resgate da convivência
com os tios, primos e avós. Argumentou-se às partes que em processos litigiosos a guarda unilateral é
mais indicada em situações excepcionais, com indicativos concretos e significativos de violações de
direito da criança.
A genitora então propôs contratar uma funcionária doméstica em tempo integral, a ser recrutada por
meio de uma empresa especializada. Acredita que dessa forma o apartamento ficará mais limpo e
organizado, Beatriz receberá as refeições sempre nos mesmos horários e mãe e filha terão mais tempo
para lazer. Pedro, em contrapartida, dispôs-se a desistir de litigar pela guarda unilateral. Ambas as partes
se comprometeram a envidar esforços para aumentar a interação da criança com os membros da família
extensa. Sendo assim, na entrevista final os pais chegaram a um entendimento e foram orientados a
comunicarem seus advogados a respeito desta mediação.
Restou evidenciado que Beatriz, a despeito de conviver com o pai e a mãe de forma igualitária no
sentido de distribuição de tempo, não obtém a mesma quantidade e qualidade de estímulos
reforçadores oriundos de momentos de lazer, interações afetivas, repouso, organização e limpeza da
casa. A efetivação da proposta da mãe em contratar uma empregada doméstica aumentará as
probabilidades de gerar uma equiparação na distribuição desses reforços, o que é saudável para a
criança, a qual poderá vir a apresentar menos queixas.
5. Conclusão
Os dados coletados neste estudo indicaram que o acordo de guarda compartilhada vinha sendo
cumprido integralmente pelo genitor e parcialmente pela genitora. Esta entregava e buscava a filha com
atrasos recorrentes nos locais previamente combinados. A moradia da mãe não se encontrava
adequada para o desenvolvimento educacional e afetivo da criança no momento da visita.
3 – Ambos se comprometem a proporcionar a Beatriz maior tempo de convivência com a família extensa.
Assinatura
João de Barros
CRP 99/9999
1. Identificação
Parte atendida: Pedro Bezerra
Solicitante: Conselho Tutelar de Marmeleiro
Finalidade: Relatar visita na residência de família com suspeita de violência contra a criança.
Autores: Oswald de Andrade – Psicólogo; Raquel de Queiroz – Assistente Social.
2. Descrição da demanda
O Conselho Tutelar (CT) encaminhou o caso a este Centro de Referência Especializada em Assistência
Social (CREAS) para relatar as condições psicossociais e de moradia do Sr. Pedro Bezerra e seus familiares,
bem como tomar as providências cabíveis. O CT recebeu denúncia de vizinhos de que o usuário do
serviço perpetra violência contra seus três filhos André (6 anos), Mauro (8) e Norberto (11).
3. Procedimentos
O Sr. Pedro foi contatado por telefone para agendamento de uma visita domiciliar, a qual foi realizada
no dia 08/10/2020 no período das 14h00 às 15h30.
4. Análise
Do ponto de vista social, tem-se que o genitor se encontra desempregado há seis meses, relata muito
tempo ocioso e a genitora trabalha fazendo diárias em casas de família. Ela aufere renda mensal média
de R$ 1.000,00. O núcleo familiar recebe, ainda, auxílio do Programa Bolsa Família no valor de R$ 500,00.
O Sr. Pedro reconheceu que as denúncias dos vizinhos conferem com a realidade vivenciada pela família.
Explicou que também praticou violência contra sua companheira e que esses episódios ocorrem quando
ele está sob o efeito do consumo abusivo de álcool. A Sra. Maria confirmou essas informações. Os dois
compreendem que o Sr. Pedro necessita de assistência médica e psicológica.
As três crianças apresentaram pouca disposição para falar durante a visita. Responderam as perguntas
de maneira curta e direta, sem detalhes significativos. Mostraram seus materiais escolares quando
solicitados e informaram que a mãe os leva e os busca todos os dias na escola. Disseram, por fim, que
5. Conclusão
Após discussão do caso nesta equipe, chegou-se ao entendimento comum de que a família necessita
continuar com o acompanhamento deste serviço por meio visitas domiciliares de periodicidade mensal.
Sugerimos, salvo melhor juízo, que o CT solicite relatório psicopedagógico da escola em que as crianças
estão matriculadas para averiguação da adesão e do rendimento escolar.
Este CREAS faz encaminhamento à Secretaria de Saúde com cópia deste relatório para tratamento
médico e psicológico específicos para alcoolismo. Manter-se-á o CT e demais órgãos informados a
respeito de novas informações.
O Sr. Pedro Bezerra foi orientado sobre as medidas judiciais e extrajudiciais pertinentes. Por fim,
ressaltou-se sobre a importância de participar dos atendimentos de saúde quando o contatarem.
assinatura
Mário de Andrade - Psicólogo
CRP 99/99999
assinatura
Raquel de Queiroz - Assistente Social
CRESS 88/8888
1.Identificação
2.Descrição da demanda
O Escritório de Advocacia Souza & Souza contratou este psicólogo parecerista para emitir opinião
conclusiva sobre a qualidade técnica do laudo produzido pelo psicólogo Alberto da Silva, o qual atuou
na qualidade de perito judicial nomeado. O documento fora juntado ao processo de número
9999999/99 na Vara de Violência Contra a Mulher para apresentar avaliação psicológica do réu João de
Lemos.
3. Análise
O Sr. João de Lemos figura como parte ré no referido processo judicial movido pela sua ex-esposa Sra.
Maria Das Graças. Ela o acusa de perpetrar violência física e psicológica durante o período dos últimos
seis meses do relacionamento. Em seu despacho para a realização de perícia psicológica, o MM. Juiz
Titular Eduardo Romano determinou que o perito procedesse a uma avaliação psicológica a respeito da
personalidade do avaliado.
Em seu laudo, o psicólogo Alberto da Silva descreveu que utilizou três sessões de entrevista de 50
minutos e outras duas com a mesma duração para aplicar o Inventário Fatorial de Personalidade
Moderna (IFPM)5 e o Inventário de Habilidades de Relacionamentos Afetivos (IHRA)6.
O perito indicou os resultados garantindo que seguiu as orientações técnicas e éticas do Conselho
Federal de Psicologia (CFP). Descreveu o avaliado como uma pessoa com traços de personalidade
agressiva, com indicativos de dificuldades nas relações interpessoais e com baixa tolerância a
contrariedade e frustrações.
A parte solicitante informou a este parecerista que pretende impugnar o laudo porque os resultados
não refletem a realidade sobre sua personalidade. A firma de advocacia apresentou a este profissional
5
Andrade, Y. Y. (2015). Inventário Fatorial de Personalidade Moderna (IFPM). Editora Psicológica do
Brasil. São Paulo-SP.
6
Moura, X. W. (2008). Inventário de Habilidades de Relacionamentos Afetivos (IHRA). Genial Publicações
Latino Americanas. Rio de Janeiro-RJ.
Este material contém exemplos fictícios para finalidade didática.
documentos mostrando que o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi) 7 do CFP não
autorizou a aplicação do IHRA, o que invalida a perícia por completo.
Em relação ao mérito da adequação do instrumento IHRA às normas do CFP, o requerido tem razão em
suas alegações. O prazo de validade autorizada pelo Satepsi expirou no ano de 2019 seguindo os
critérios da Resolução CFP de número 09/2018. Portanto, o site https://satepsi.cfp.org.br apresenta o
IHRA como teste desfavorável, o que torna a sua utilização proibida no Brasil.
Por conseguinte, o mérito da qualidade técnica das conclusões obtidas pelo profissional perito resta
comprometida, pois um dos instrumentos empregados não possui validade junto ao CFP. Dessa forma,
as conclusões geradas a partir da aplicação do IHRA não encontram respaldo científico.
4. Conclusão
Diante do exposto, conclui-se que a perícia do psicólogo Alberto da Silva não tem adequação técnica às
normas do CFP no que diz respeito à aplicação do teste IHRA. Indica-se que laudo por completo não
seja utilizado para fundamentar decisões de qualquer natureza.
Este documento é válido para juntada em processo judicial conforme interesse do solicitante e não
poderá ser utilizado para finalidades diferentes da especificada no item de identificação. O autor e o
solicitante assinam este parecer em duas vias.
assinatura
Carlos Henrique Bohm
CRP 01/13505
assinatura
Escritório de Advocacia Souza & Souza
Confirmamos o recebimento.
7
Conselho Federal de Psicologia. (2018). RESOLUÇÃO Nº 9, DE 25 DE ABRIL DE 2018. Estabelece
diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional da psicóloga e do psicólogo,
regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos - SATEPSI. Brasília-DF.
Este material contém exemplos fictícios para finalidade didática.