História Naval Resumo Safo
História Naval Resumo Safo
História Naval Resumo Safo
PODER NAVAL compõe de uma esquadra ou de forças navais (como núcleo), das bases navais do
pessoal engajado e de vários outros elementos diretamente ligados a guerra naval.
PODER MARÍTIMO engloba todos os meios navais, o poder naval, marinha mercante, o território
marítimo, as indústrias subsidiárias, a vocação marítima do povo, a política governamental e outros
elementos afins. Assim toda a potencialidade marítima de um país, traduzida em termos de uso do mar,
constitui o seu poder marítimo.
DOMÍNIO DO MAR é impedir que o inimigo use suas comunicações marítimas para que não se possa
prover de novos elementos que lhe facilitarão as hostilidades. Do mesmo modo, além de negar ao inimigo o
uso de sua comunicações marítimas, tem-se que garantir o livre uso de sua comunicações, quando se
obtém isso diz-se que se conseguiu o controle ou domínio do mar. Normalmente decide-se esse domínio
do mar por uma batalha naval.
- As vezes o acaso ajuda um dos contendores, quando uma tempestade destrói a força naval, isso
aconteceu muitas vezes na Antiguidade e foi o que liquidou com a Invencível Armada.
- A PARALIZAÇÃO da frota inimiga é obtida quando um dos lados, sendo mais forte, tem condições de
fazer o bloqueio, isto é impedir a esquadra adversária de sair de suas bases.
DOMÍNIO DO MAR CONTRASTADO quando numa área marítima, nenhum dos dois lados consegue o
domínio do mar e ambos usam e tentam usar em seu proveito.
AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
- As primeiras grandes civilizações nasceram à beira d`água, fosse de rios, lagos ou mar.
- Nas regiões banhadas por grandes rios, que serviam tanto para fertilizar o solo como para o transporte
de mercadorias e pessoas, o progresso foi naturalmente muito mais rápido e eficaz do que em áreas
menos favorecidas pela natureza.
OS POVOS MARÍTIMOS de todos os povos marítimos, o que mais nos interessa por ter constituído a
primeira talassocracia da história é o CRETENSE, que habitava a ilha de Creta, hoje pertencente a
Grécia.
- A herança dos cretenses foi recolhida pelos fenícios, que vieram a dominar não apenas o Mediterrânio
Oriental, mas todo o referido mar até o estreito de Gibraltar.
- Os FENICIOS não se limitaram, porem ao mar mediterrâneo, navegaram as costas da Europa para o
norte e chegaram a confrontar a África numa viagem que ficou famosa.
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- Os FENICIOS foram os principais povos navegadores da Antiguidade, ou pelo menos os mais
conhecidos.
INICIO DO USO DO MAR
- A primeira embarcação teria sido um simples tronco de arvore sobre o qual o homem primitivo
deitava e remava com as mãos.
- O homem inventou também o remo, que servia tanto para impulsionar o barco, como para dar-lhe o
rumo.
- A VELA foi outra grande invenção dos povos antigos, pois permitia-lhe descansar durante as travessias
mais longas.
- O segredo era tão cuidadosamente guardado que até mesmo falsas historias eram divulgadas para afastar
possíveis rivais, como fez o Almirante cartaginês HIMILCO, com impressionantes historias de monstros
marinhos.
- O navio mercante da antiguidade, de modo geral, apresentava forte calado e tinha boca relativamente
larga: por esta ultima característica era chamado de NAVIO REDONDO, seu meio de propulsão era a vela.
Quando parado, ficava fundeado, isto é, preso ao fundo do mar por uma poita.
- O transporte de riquezas pelo mar deu ensejo ao surgimento da pirataria, tão antiga quanto o próprio
comercio maritimo
- A crescente ameaça ao comercio marítimo contudo, só pôde efetivamente controlada pela criação de
navios especiais, com grande capacidade de manobra, cujo fim era a defesa dos pouco manobreiros “navios
redondos”, assim surgiu o navio de guerra.
- O transporte de riquezas pelo mar deu ensejo ao surgimento da PIRATARIA, tão antiga quanto o
próprio comercio marítimo.
- A crescente ameaça ao comercio marítimo contudo só pode ser controlada pela criação de navios
especiais com grande capacidade de manobra, cujo o fim era a defesa dos poucos manobreiros “navios
redondos”
- A principal propulsão do navio de guerra era o remo, havia uma longa fileira de remos ambos os
bordos, manejados geralmente por escravos, prisioneiros ou condenados.
- Os navios de guerra possuíam também velas, cujos mastros eram arriados na hora da batalha para evitar
que sua queda atingisse os ocupantes do navio. As velas eram usadas em travessias mais longas, longe do
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inimigo, a fim de poupar os remadores, e no caso de haver necessidade de bater em retirada para aumentar a
velocidade de fuga “IÇAR AS VELAS era sinônimo de FUGIR. Por causa de seu fundo chato e de sua
pouca resistência aos temporais, os navios de guerra não fundeavam como os mercantes, eram puxados
para terra, ficando em seco. Essa circunstancia ocasionou algumas batalhas navais travadas em terra.
- Os navios de guerra conduzia a bordo, alem do pessoal marítimo como qualquer navio, mas também os
guerreiros e os remadores
PROFISSÕES MARÍTIMAS
ARMADOR era homem que preparava os navios para as viagens. O armador nem sempre era o
comerciante marítimo ou proprietário do navio: na antiguidade, porém, o mais comum era ser as três coisas
ao mesmo tempo.
MARINHEIRO muitas vezes iniciado a profissão a força, era geralmente um homem inculto que só
conhecia bem a sua profissão, a bordo cuidava das velas, dos cabos e fazia inúmeras funções variadas.
MESTRE era um experimentado marinheiro cuja atribuição principal era a manobra do velame e a
supervisão geral do convés.
PILOTO que as vezes era o próprio capitão, seu mister era a navegação.
- A arma principal do navio de guerra não o soldado que ia a bordo, mas uma protuberância colocada na
proa do navio à linha dagua chamada de esporão, aríete ou rostrum.
- Foram os FENICIOS os grande aperfeiçoadores do ESPORAO, que passou a ser revestido de bronze, o
que tornou mais temível.
- Enquanto o navio mercante pretendia transportar o maximo possível de carga com o mínimo de custo
operacional, o navio de guerra queria chegar mais rápido junto ao inimigo e vibrar-lhe um golpe de
morte.
- O navio mercante tinha uma tripulação pequena, um navio de guerra levava em média 200 homens
EXPANSÃO DO MAR
- Os povos antigos limitavam suas atividades praticamente ao Mar mediterrâneo, por isso chamavam a
Idade Media de Idade da Trevas, devido a esse isolamento em que viviam essas comunidades, e
consequentemente pela pouca circulação de idéias.
GRANDES INVENÇÕES
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- O fim da Idade Média é marcado por importantes invenções, entre as quais avultam, pela sua
importância para o mundo de hoje, a pólvora (pelo elemento destruidor) e a imprensa ( como fator de
divulgação da cultura, dos conhecimentos geográficos e na impressão da carta náutica)
- Quanto a arte da navegação, deu-se um acontecimento de grande importância no século XIII, que foi a
bussola, na Europa, que na época era conhecida por muitos como coisa de feiticeiro.
- Nos fins do século XIII, no entanto,o uso da bussola já estava generalizado na Europa para a
navegação, juntamente com outros instrumentos da época, o astrolábio e a balestilha davam ao navegador
um seguro conhecimento da latitude.
- No que diz respeito da longitude, o único meio de conhecimento era pelo caminho percorrido, o que se
obitinha com grande margem de erro.
- Foi dos PORTUGUESES o papel principal do grande espetáculo dos descobrimentos maritimos, suas
primeiras navegações foram feitas empregando-se navio como: a barcha ou barca e o barinel.
- Foi também os PORTUGUESES que inventaram ou melhor aperfeiçoaram um novo tipo de navio que
viria a ser o mais característico dessa época, a caravela, navio mais alongado que seus antecessores a vela.
- Depois de explorada toda a costa africana do atlântico, portugueses adotaram novo tipo de navio a NAU,
bem maior do que a caravela e capaz de navegar muito longe do litoral, mesmo com tempo hostil. Foi com
esse tipo de navio que Vasco da Gama fez suas viagens as Índias.
PAPEL DE PORTUGAL em relação a abertura do mar, o primeiro lugar cabe indiscutivelmente aos
PORTUGUESES. Foram eles que por mais de 200 anos abriram novos caminhos, exploraram novas
fontes de riquezas e descobriram novas terras, a descoberta da America por Colombo, a serviço da
Espanha, é uma caso isolado.
- Após descobrir o extremo sul da África que muito acertadamente chamou de cabo das tormentas, esse
nome foi mais tarde mudado para cabo da boa esperança pelo Rei porque dizia ele, que era a esperança
de poder chegar as Índias.
TRATADO DE TORDESILHAS nada mais é que um tratado entre Espanha e Portugal feito na cidade
de Tordesilhas onde os portugueses queriam conseguir convencer os espanhóis que a bula papal ( INTER
COETERA) era inexeqüível e que o melhor era fazer um tratado de limites entre os dois países.
DESCOBRIMENTO DO BRASIL o Brasil já era conhecido dos portugueses antes de 1500 e que, por
motivos políticos , o fato foi ocultado ate que pudesse ser feito oficialmente o DESCOBRIMENTO
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AS LUTAS PELO DOMINIO MARITIMO a descoberta quase simultânea do caminho marítimo para
as Índias e do novo continente alargou extraordinariamente as dimensões do mar. O principal eixo
comercial do mundo, que até então foi o mar Mediterrâneo, passou para o Atlântico e assim permanece
até hoje.
- Afonso Albuquerque considerado o maior conquistador luso continuou a obra de conquista e em 1515,
os portugueses dominavam todos os mares do Oriente.
PORTUGUESE x HOLANDESES
- O tratado de Vestefalia em 1648, reconheceu definitivamente a independência dos Países Baixos.
HOLANDESES x INGLESES
- A primeira guerra entre esses dois países durou dois anos e o principal encontro foi chamada de
BATALHA DOS TRES DIAS, um encontro indeciso em que os ingleses levaram vantagem mas os
holandeses conseguiram salavar maior parte do comboio que protegiam na ocasião. Na batalha morreu o
grande Almirante holandês MARTIN TROMP, o homem que diz a lenda, usava uma vassoura no alto do
mastro para varrer dos mares os navios inimigos.
- Batalha dos Quatro Dias foi a principal ação da segunda guerra entre holandeses e ingleses, onde os
holandeses venceram.
- Cinco anos de paz se seguiram e finalmente iniciou a terceira e a ultima entre os dois países. A França que
havia auxiliado a Holanda na guerra anterior, aliou-se a Inglaterra, e com isso os holandeses tiveram que
negociar a paz.
- Dessas guerras a INGLATERRA saiu engrandecida e dale em diante, veio a torna-se a maior potencia
marítima do mundo.
PIRATARIA sabemos que a pirataria é tão velha quanto a história. Em nenhuma outra época a pirataria
foi tão importante como no período que se seguiu as grandes descobertas, especialmente no Atlantico
Norte
- A descoberta da America e de seus tesouros astecas e incas, a principio, e a exploração das minas de
ouro e prata logo a seguir, fizeram dos navio mercantes espanhóis os mais visados pelos ladrões dos
mares.
- Na região das Antilhas, os piratas mais famosos foram os franceses. Aos franceses seguiam os
ingleses, holandeses e portugueses. Essa indicação de nacionalidade, é apenas uma orientação do leitos,
pois o pirata, a rigor, não tinha nacionalidade juridicamente reconhecida, era um marginal em todos os
sentidos.
- O pirata geralmente agia sozinho, isto é, num só navio. Muitas vezes, porem juntavam-se dois ou três
para melhorar a eficiência de seus ataques.
- No século XVIII, a pirataria entrou em decadência porque os prejuízos que estavam causando ao
comercio maritimo internacional eram tão grandes que todas as nações começaram a combate-las sem
tréguas.
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- O ultimo reduto da pirataria ocidental foi o mar mediterrâneo onde alias ela nasceu.
O CORSO o corsário não se confunde com o pirata, trata-se de navio que ataca a navegação mercante do
inimigo e tanto pode ser um navio de guerra como um mercante armado, neste ultimo pode ser mantido
pelo governo, onde ele da a carta de corso.
- O corso tem sua origem na Idade Media, mas só se tornou importante na Idade Moderna.
- A maior vitima dos corsários foi a Espanha, por que era muito vulnerável na navegação marítima.
- Mao TSE-Tung foi considerado por muitos como “o pai das guerrilhas”.
###Falando de historia naval, podemos resumir a historia do poder marítimo em uma nação
INGLATERRA##
INVENCIVEL ARMADA finalmente em julho de 1588, a GRANDE ARMADA espanhola faz-se ao mar
com 124 navios. Para enfrentar a Inglaterra.
- Manobrando com superioridade e evitando de toda a forma a abordagem, em que levariam a desvantagem
os ingleses impediram o êxito dos espanhóis. Não houve nenhuma grande batalha, e sim diversos encontros
indecisos, já de regresso a GRANDE ARMADA perdeu cerca de metade de seus navios, por tempestades,
afundando no Atlântico ou caindo sobre rochedos costeiros.
DESAFIO DA FRANÇA França e Inglaterra vieram a se encontrar no final do século XVII como duas
potencias econômicas. Suas disputas se estenderam por 7 guerras sucessivas em mais de 100 anos
- Guerra da Sucessão da Inglaterra
- Guerra da Sucessão da Espanha
- Guerra da Sucessão da Áustria
- Guerra dos Sete anos
- Guerra da Revolução Americana
- Guerra da Revolução Francesa
- Guerra do Império Napoleonico
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POLITICA IMPERIAL NO MAR as guerras da Sucessão da Áustria, dos Sete Anos e da Revolução
Americana foram de expansão ou de defesa da Grã-Bretanha.
- Especialmente na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), a Grã-Bretanha, sob direção de um grande
político e estrategista, Guilherme Pitt, marchou para a conquista do que se tornou mais tarde o maior
império colonial do mundo, para alcançares seus propósitos, os britânicos contaram com dois elementos
fundamentais: marinha e dinheiro.
- Estratégia periférica era agir sempre na periferia do inimigo, nunca diretamente sobre ele. Isto é o que
também se chama estratégia indireta.
- A marinha britânica (Royal Navy) foi o grande instrumento de conquista do império colonial.
- A guerra de corso é a guerra do mais fraco do mar; a historia assim o demonstra, é meio eficiente
contra as rotas comerciais do inimigo, quando estas não podem ser ameaçadas pela força regulares, é
empregada, enfim, quando não se pode obter decisivamente o domínio do mar.
- A Revolução Francesa teve seu estopim aceso em 14 de julho de 1789 com a tomada da famosa prisão de
Bastilha, em Paris, feita por populares. Foi um movimento da maior envergadura, com conseqüências
mundiais, cujo o lema encerrava uma filosofia “LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE”
- A Revolução Americana e a Revolução Francesa formam junto com a Revolução Industrial, o tripé. As
modificações e as idéias novas introduzidas com esses processos históricos refletem ate hoje em nossa
estrutura social e econômica.
- Em 3 de abril de 1823, a nau capitania DOM PEDRO I partiu do Rio de Janeiro, rumo a Bahia
acompanhada da fragata IPIRANGA e pelas corvetas MARIA DA GLORIA E LIBERAL. Essa pequena
esquadra foi reforçada pela fragata NITEROI, comandada por João Taylor, e na qual estava embarcado
Joaquim Marques Lisboa, o futuro Marques de Tamandaré.
- Os principais focos de rebeldes eram na Bahia, Maranhão, Grão-Para e a Cisplatina no extremo sul,
deslocar tropas pelo interior não seria a melhor decisão, e talvez impossível, a única forma seria pelo mar. O
mar não apenas para como vias para forças terrestres, mas também para forças navais.
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- Não havia ainda porem força naval brasileira em condições de realizar a missão necessária. Era preciso
obter uma, os portugueses haviam deixado por aqui algumas nause outros navios. O Imperador Dom Pedro I
comprou um navio o brigue CABOCLO
- O Brasil foi dos primeiros países a compreender a importância do navio a vapor, já em 1826, o Marques
de Barbacena obteve concessão para estabelecer uma linha regular de navegação a vapor no reconcano
baiano.
- Em 1838, dois navios a vapor atravessaram o oceano Atlântico da Europa para America do Norte, primeiro
foi o SIRIUS a Nova Ioque, inaugurando a travessia oceânica de passageiros, logo em seguida chegou a
Nova Iorque o segundo o GREAT WESTERN, estava começando uma nova era para os navios a vapor
transatlântico.
- O navio a vapor precisava de estoques de carvão para as suas viagens, isto exigia paióis de
armazenamento, o que diminuía o espaço útil do navio para a carga. O espaço ocupado pelas maquinas
também reduzia o volume útil para as mercadorias. Essa foram as duas grandes objeções que se
levantaram contra os navio a vapor para a marinha mercante
OS GRANDES NAVIOS o maior e mais revolucionário de todos os navios a vapor do século XIX foi o
GREAT EASTERN, construído por BRUMEL (que foi um fiasco, após ser lançado ao mar viu-se que se
balançava demais, não servindo para o transporte de passageiros, seu construtor morreu de desgosto e navio
acabou servindo como lançador de cabos submarinos)
- Em 1939 o QUEEN ELIZABETH, da CUNARD, assombrou o mundo com seus 343m de comprimento e
83t, este navio haveria de tornar-se o FITA AZUL
VELA x VAPOR a marinha de guerra sempre foi conservadora, Napoleão já se queixava de seus
Almirantes, pq estes dificilmete aceitavam qualquer idéia de inovação. Essa peculiaridade dos homens do
mar, particulamente dos que lutam no mar, dificultou ainda mais a adoção do vapor nos navios de guerra.
- O Brasil adquiriu na Grã-Bretanha, em 1825, a primeira unidade a vapor da sua marinha de guerra,
a BARCA CORREIO IMPERIAL, um navio auxiliar. Em dezembro de 1847, foi lançado ao mar na
Inglaterra o primeiro navio de combate a vapor que o Brasil teve a FRAGATA DOM AFONSO, com rodas
laterias.
- Em 1850, a França lançou ao mar a primeira belonave movida a hélice, o NAPOLEON, e em 1852, os
ingleses lançaram o AGAMEMMON, também a hélice.
- A Guerra de CRIMECIA mostrou que os navios a vapor eram superior aos navios de pano, nessa mesma
guerra apareceu uma grande novidade o navio dotado de COURAÇA
OS NAVIOS ENCOURAÇADOS
Para tomar o forte de Kimburn, Napoleão mandou construir cinco baterias dotadas de couraças (LAVE,
TONNANTE e DEVASTATION)
- Em 1859 os franceses lançaram ao mar a FRAGATA GLOIRE, de madeira mas dotada de couraça.
- Foi então na Guerra de Sucessão dos Estados Unidos da America que se firmou a importância do
NAVIO ENCOURAÇADO, NO COMBATE DE Hampton Roads mostrou a superioridade dos navio de
couraça em relação aos navios de madeira.
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- O navio novo federal MONITOR viria a consagrar a torre giratória e deu o nome a toda a classe de
navios ainda existente e que teve pleno uso na guerra do Vietnã
- No Brasil, a ultima grande batalha naval com navios de madeira foi a do RIACHUELO, em 1865.
Esta também foi a primeira batalha no mundo em que só se usou vapor
- O primeiro navio dotado de couraça que possuímos foi a CORVETA BRASIL, durante a guerra do
Paraguai chegamos a possuir 17 navios encouraçados, dos quais seis monitores, alem de corvetas e fragatas.
- Tal preocupação com os navios, que as couraças cresceram exageradamente de espessura. Isso as
tornou impenetráveis para os projetil, pois o desenvolvimento do canhão não alcançou recursos capazes de
fazer a penetração de tais peças de ferro. Assim apareceu, ou melhor, reapareceu uma arma antiga, o
ESPORÃO
- O ESPORAO veio modificar radicalmente a tática naval, que passou a ser de ABALROAMENTO, como
dois mil anos antes. Somente com o advento da artilharia pesada nos fins do século XIX, é que o canhão
retomou seu lugar na tática naval. Isso se deu particularmente a partir de 1905 na BATALHA DE
TSUSHIMA
- Sobre as águas também surgiram novas armas ou táticas, outra grande novidade da Revolução Industrial
na marinha de guerra foi o advento do SUBMARINO, surgindo já na GUERRA DA REVOLUÇÃO
AMERICANA.
- Foi o submarino HOLLAND, adotado pela marinha norte americana, em 1900, devido ao construtor John
P. Holland é tido geralmente como o protótipo do SUBMARINO MODERNO
- No Brasil nossos primeiros submarinos vieram em 1913, construídos na ITALIA, os famosos classe F
(F1, F3 e F5)
- Acabava a Guerra de Secessão e começava na America do Sul o longo e custoso conflito, o maior da
historia do Brasil, a GUERRA DO PARAGUAI, e como na Guerra de Secessão os rios tiveram grande
valor estratégico.
- Os navios a vapor, o casco de ferro e a couraça foram a eloqüente representação da Revolução Industrial
na GUERRA DO PARAGUAI.
- O crescimento da propulsão industrial, que passou a dimensionar a economia dos países desenvolvidos,
trouxe uma exigência nova: A rápida expansão dos mercados consumidores e a busca de novas fontes
de matérias-primas. Foi exatamente isso que levou os Estados Unidos e os países da Europa a uma
estranha competição, a grande e desenfreada CORRIDA COLONIAL , do fim do século XIX e do inicio
do século XX
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A CORRIDA COLONIAL
Europeus e Norte americanos puseram- se em campo para rapidamente estenderam suas influencias e ate
mesmo astearem suas bandeiras nas áreas que existissem sobre a Terra.
- A primeira investida norte-americana fez-se sobre o JAPÃO, em 1853. Nesse ano, uma força naval norte
americana, sob o comando do COMODORO MATHEUS CALBRAINTH PERRY, obrigou o Japão a sair
de seu tradicional isolamento, assinando, sob ameaça dos canhoes, um tratado de comercio com os Estados
Unidos.
A Alemanha e a Itália, ocupadas desde a década de 1860 em preparar sua UNIFICAÇÃO, chegaram
atrasadas a CORRIDA COLONIAL. Isso deu margem a grandes conflitos diplomáticos que quase
resultaram em uma Guerra como foi o caso do Marrocos
- A corrida colonial redundou numa corrida ARMAMENTISTA, pois foi como dito acima, a conquista de
novas áreas geográficas, fez-se muito mais pela FORÇA do que pela PERSUASÃO.
- Foi o começo do século XX que trouxe o orgulho das ESQUADRAS. Secretamente concebido a GRÃ-
BRETANHA, lançou ao mar em 1906 o DREADNOUGHT, encouraçado que tornou imediatamente
obsoleto todos os demais encouraçados que não eram de sua classe.
- O Brasil também acompanhou o grande progresso dos navios de linha, recebendo em 1909 e 1910 os
DREADNOUGHTS MINAS GERAIS e SÃO PAULO.
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL a Grande Guerra como ficou logo conhecida, esssa guerra não foi
apenas fruto da corrida colonial, mas o desenvolvimento de todas as divergências internacionais do
século XIX
A GUERRA CONTRA A NAVEGAÇÃO MERCANTE o grande reves experimentado pelos aliados com
a CAMPANHA DE CONSTANTINOPLA, como também ficou conhecida a CAMPANHA DE
DARDANELOS
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- Como os submarinos estavam acabando com os navios inimigos, foi introduzida um novo método, o uso
do COMBOIO como medida geral a ser adotada para o trafego marítimo durante a guerra.
- O COMBOIO foi a salvação do trafego marítimo inglês. Todas as outras contromedidas mostraram-se
fracas em comparação a esta.
- Depois de usarem minas, redes, hidrofone, mercantes armados, navios-armadilha (Q-SHIPS) carga de
profundidade e comboio, tudo contra o submarino, apareceu a grande novidade da epóca, o AVIÃO,
também usado em larga escala na proteção a navegação mercante.
- Em 1917, na campanha submarina irrestrita os Estados Unidos entraram na guerra. O Brasil instituiu a
neutralidade até que, levado pelo AFUNDAMENTO DE 3 NAVIOS MERCANTES NOSSOS, o
governo declarou-se em estado de guerra com as potencias centrais e seus aliados. Era 25 de outubro de
1917.
- Em 7 de maio os primeiros navios suspenderam, seguidos depois de outros que vieram a formar juntos a
DIVISÃO NAVAM EM OPERAÇÕES DE GUERRA (DNOG), comandada pelo Vice-Almirante
Pedro Max de Frontin. No total eram 8 NAVIOS (2 cruzadores - Rio Grande do Sul e o Bahia; 4
contratorpedeiros – Piauí, Praiba, Santa Catarina e Rio Grande do Norte; 1 tender Belmont e 1 rebocador
Laurindo Pita)
- O fim da guerra assinalou também o começo do declínio INGLES, e dali a duas décadas a ROYAL
NAVY deixaria de ser a maior do mundo, sendo mais tarde superada pela MARINHA NORTE
AMERICANA, a US NAVY, correspondendo esta ao crescimento impressionante dos EUA.
ESTRATEGIA DA ALEMANHA
Hitler pusera a Alemanha sem grandes opções estratégicas ao romper-se ao conflito. Mais uma vez era ela
uma potencia continental. Como na primeira suas rede estradas de ferro, a melhor e a maior da Europa,
lhe garantia exelentes condições para ocupar a POSIÇÃO INTERIOR, a Alemanha de 1939 estava
magnificamente preparada para uma guerra terrestre.
- Se a guerra fosse realmente iminente, a Alemanha trataria de prover de elementos capazes de realizar a
guerra de CORSO (sempre a do mais fraco no mar) empregando submarinos, cruzadores, navios mineiros e
navios de defesa costeira, era tudo que se poderia fazer em pouco tempo.
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- Sendo assim, a Alemanha apenas adotou uma tímida guerra no mar, a do CORSO. Ela tentou, por todos os
meios disponoveis, usando ate mercantes armados para arruinar o trafego marítimo da Grã-Bretanha e de
seus aliados. A conduta estratégica alemã foi substancialmente, a mesma da primeira guerra, a GUERRA
SUBMARINA
ESTRATEGIA DA GRÃ-BRETANHA
A Grã- Bretanha mais uma vez apelou para seu poder marítimo, como na primeira guerra para ela era
vitais as linhas de comunicações no mar. Dessa vez porem o inimigo era muito mais fraco no mar. Os
britânicos aliados dos franceses desembarcaram no continente europeu.
A Grã- Bretanha estava só, enquanto um nvo inimigo surgia aroveitando-se da desgraça da França: a
ITALIA. Embora sem ser grande potencia militar, a Itália tinha uma boa marinha de guerra, com navios
modernos e oficiais competentes.
Restava a Hitler uma alternativa para destruir a Grã- Bretanha: a INVASÃO, já que não podia derrotar em
seu elemento. Os alemães cuidaram de planejar a grande operação LEAO MARINHO (SEALION), para
desembarcarem nas ilhas britânicas.
A CAMPANHA DO ATLANTICO
Os alemães reconhecendo a impossibilidade de uma guerra regular sobre as águas adotaram definitivamente
a GUERRA SUBMARINA como linha de ação
- Os submarinos alemães espalharam-se por todo o Atlântico, chegando ate as costas brasileiras, onde
torpedariam navios nossos, o que resultou em estado de beligerância entre o BRASIL e os PAISES DO
EIXO BERLIM-ROMA.
- Embora eficaz , o sistema de COMBOIOS era mais vulnerável que na primeira guerra mundial,
devido aos novos recursos com que contava a guerra sob as águas. O índice de afundamentos era maior
onde não chegava a proteção aérea à navegação. Mesmo depois da entrada dos Estados Unidos na guerra ,
com a utilização de bases em ambas as margens do atlântico, na Groelândia e nas Ilhas do Cabo Verde,
persistia uma grande área ao norte daquele oceano, conhecida com BLACK PIT, onde não alcançava a
cobertura aérea aos comboios.
- Foi uma invenção NORTE AMERICANA que liquidou com o BLACK PIT , o NAVIO
AERODROMO DE ESCOLTA, dos quais os EUA construíram nada menos que 121 unidades durante o
conflito. Tais navios faziam a cobertura aérea próxima ao comboio, integrando sua escolta. Com eles
organizaram-se os grupos de caça e destruição que reduziram consideralvelmente os efeitos dos submarinos
inimigos.
- Tais dados motivaram a crer da importância das comunicações marítimas e na necessidade de protege-las.
Daí a relevância do controle do trafego marítimo. Foi dentro de todo esse esquema, na defesa da navegação
mercante dos aliados, que se empenhou a Marinha do Brasil na CAMPANHA DO ATLANTICO.
- O programa de Renovação que teve seu inicio oficial em 11 de junho de 1936, com o batimento da
quilha do monitor PARNAIBA, constituiu notável empreendimento em que se empenhou a administração
do Ministro da Marinha.
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Por sua imensidão o Oceano Pacifico, trouxe dificuldades nunca antes enfrentadas pelas marinhas nas
guerras navais. A mais características de todas elas foi o apoio a ser dado as esquadras em tão longas
distancias, fora de suas bases. A solução NORTE AMERICANA foi a crição do TREM DA
ESQUADRA, isto é um grupo de navios portadores de sobressalentes, combustíveis, oficinas especializadas
para reparos.
- O outro aspecto marcante da guerra do pacifico foi a afirmação do NAVIO AERODROMO como navio
capital, logo após a BATALHA DE MIDWAY 1942
- A terra venceu-se pela terra. O mar venceu-se pelo mar. Argumentava-se com razão que 2 FORAM AS
CAUSAS PRINCIPAIS DA DERROTA ALEMA, a guerra em duas frentes e a falta de uma marinha
poderosa. O primeiro caso entretanto liga-se a própria GEOPOLITICA ALEMÃ, como visto antes; o
segundo caso deve-se à NEGLIGENCIA E AO POUCO CASO dos que , exclusivamentes voltados para a
terra, não tem a verdadeira dimenção do pode siginficar o mar.
- Do lado eufórico da reformulação das grandes diretivas mundiais em 1945, fundava-se a Organização das
Nações Unidas que iria a Nova Iorque, desempenhar a papel outrora criado para a Liga da Nações , em
Genebra.
- A política marítima brasileira, fazendo o balanço entre as perdas humanas e materiais de suas unidades
navais e mercantes e levando em conta a experiência adiquirida participando de novas formas de luta no
mar, teria, inevitavelmente, que REFORMULAR SUAS DIRETIVAS.
- O quase Conflito de Letícia que alijou o Equador das fronteiras do Brasil, harmonizado em grande parte
pela diplomacia brasileira, com a presença da unidade de poder marítimo brasileiro nas proximidades da
área contestada.
- Nos Estados Unidos da America, o Presidente Harry Truman promovia a criação de uma força ocidental
para se opor ao clima gerado pela GUERRA FRIA, surgindo a Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN). Uma nova política em relação aos países latino-americanos era instituída incentivando o
congraçamento pan-americano do qual resultou a criação da Organização dos Estados Americanos (OEA)
- Nesse plano, entre as medidas de interesse direto da política marítima, situava-se a construção de uma
serie de petroleiros que iriam formar a FROTA NACIONAL DE PETROLEIROS ( FRONAPE)
- O desenvolvimento das forças aéreas durante a segunda guerra mundial deu um grande impulso a
construção AERONAUTICA MUNDIAL.
- Com o propósito de criar condições para eliminar obstáculos ao fluxo de investimentos, públicos e
particulares, estrangeiros e nacionais, necessários para promover o desenvolvimento econômico do pais, foi
assinado em dezembro de 1950, um acordo entre os governos brasileiros e norte americanos, organizando
uma COMISSÃO MISTA BRASIL-ESTADOS UNIDOS (CMBEU) para o desenvolvimento econômico,
a fim de executar estudos e apresentar sugestões necessárias aos propósitos do acordo.
LEITURA
- Depois da segunda Guerra Mundial as marinhas de guerra sofreram rápidas transformações e seu futuro
ainda hoje é incerto. A Grã-Bretanha, que era a senhora dos mares, já só nos aparece em 3° lugar, depois dos
EUA, que estão à cabeça com grande avanço, e da União Soviética. A natureza e a função do navio de
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guerra evoluíram igualmente. Desde que a artilharia clássica perdeu sua importância, o encouraçado cedeu
lugar ao navio-aerodromo. Cruzadores, contratorpedeiros e unidades menores dependem atualmente do
NAVIO AERODROMO
- Os russos não tem navio aeródromo, mas possuem a maior frota de submarinos do mundo, comprendendo
vários de propulsão nuclear, os EUA, no entanto, mantem-se a frente no que diz a respeito de subamrinos
atômico.
- O primeiro submarino nuclear foi o NAUTILUS, lançado ao mar em 1954, criado pelo Almirrante
HYMAN RCKOVER
- Na Europa, onde as estradas eram boas, a navegação a vapor progrediu mais lentamente.
- O veleiro mais rápido e certamente o mais belo de todos os tempos foi o FLYNG CLOUD, de Donald
McKayconstruido em 1851. Quanto ao seu GREAT REPLUBIC, de 108 metros de comprimento, foi
provalvemente a maior unidade jamais construída em madeira.
- As primeiras companhias de navegação a vapor foi a CUNARD LINE, inaugurada em 1840 por Samuel
Cunard.
- A guerra da CRIMECIA tinha posto em foco a superioridade das marinhas a vapor e das embarcações
couraçadas
- Foi no combate entre o navios MERRIMAC ou VIRGINIA (sulista) e MONITOR (nortista) em 1862
durante a GUERRA DE SECESSÃO que foram mostradasas vantagens do navio couraçado.
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