As principais embarcações que ao longo dos seculos XV e XVI exploraram o planeta e estabeleceram uma economia à escala mundial
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As Embarcações dos Descobrimentos
Durante os Descobrimentos foram vários os tipos de embarcação
utilizados pelos navegadores. O navio-símbolo das Descobertas Portuguesas é a Caravela enquanto o Galeão foi o navio-ícone dos espanhóis nas suas ligações com a América.
BARCA (ou Barinel) - Foi o barco-tipo da exploração no Atlântico
Norte, na primeira fase dos Descobrimentos, ou seja, até à passagem do Cabo Bojador.
De pequena tonelagem e sem coberta;
De vela quadrangular ou pano redondo, com um mastro e de rebordo baixo; De navegação com terra à vista (cabotagem) e por estimativa; Podia ser movido a remos;
CARAVELA - O navio por excelência das Descobertas, sobretudo impulsionado pelo
infante D. Henrique.
Tem muito maior porte;
Tem bordo alto e coberta; Tem o “castelo” à popa, para abrigo dos Navegadores; Tem dois ou três mastros; Tem velas triangulares ou pano latino; Consegue atingir grandes velocidades; Permite bolinar, isto é, navegar com ventos contrários; O leme era fixo à popa. Podia transportar de 50 a 70 homens; Em caso de emergência, podia usar remos NAU - O navio de transporte e das longas deslocações, sobretudo após a chegada dos portugueses ao Oceano Índico. Esta embarcação tem: Velas quadrangulares e uma triangular à popa; Maior calado (permite levar maior peso); “Castelos” à popa e à proa, para abrigo da tripulação; Menor velocidade que a caravela; Maior segurança, enfrentando tempestades e mares de alta vaga.
Podem levar 35 a 40 peças de artilharia
de bronze.
GALEÃO - Grande navio armado para a guerra, que servia para
transportar ouro, prata e outras mercadorias preciosas que a Espanha retirava das suas colónias, sobretudo as que se situavam no continente americano.
Possuía um bordo alto;
Tinha duas cobertas; Apresentava quatro mastros, alguns deles com esporão; Tinha velas quadrangulares e triangulares; Possuía dois “castelos”, um à proa e outro à popa; Armava artilharia com apreciável poder ofensivo; Tinha grande tonelagem, apesar de variável (entre 100 e 1000 tonéis), o que lhe dava grande capacidade de carga; Era um navio extremamente pesado; Revelava-se pouco manobrável e lento; Muito “permeável” quando confrontado com navios de menor porte, mais velozes e facilmente manobráveis, tal como acontecia com os navios de piratas e corsários, sobretudo de origem inglesa, holandesa e francesa.