PRT Cpam 017 Manejo Clinico Da Covid 19 Versao 3

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MANEJO CLÍNICO DA COVID-19

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................3
2. VIROLOGIA BASICA, TRANSMISSÃO E SINTOMATOLOGIA..........................................................................3
3. QUADRO LABORATORIAL ...........................................................................................................................6
4. DIAGNÓSTICO ............................................................................................................................................7
5. FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO E ESTRATIFICAÇÃO ..............................................................................8
6. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR...................................................................................................8
7. TRATAMENTO ............................................................................................................................................9
8. PRECAUÇÕES, ISOLAMENTO E VACINAÇÃO .............................................................................................14
9. NOVAS VARIANTES ...................................................................................................................................15
10. REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................................15
11. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO...................................................................................................17

SIGLAS/CONCEITOS
Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ATB – Antibiótico
AVC - Acidente vascular cerebral
CDC - Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos
CPAM – Comissão de Protocolos Assistenciais Multiprofissionais
CT - Tomografia
DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias
Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
ECG - Eletrocardiograma
FAD - Federal Drug Administration
FiO2 – Fração de Injeção de Oxigênio
FR - Frequência Respiratória
HC-UFTM – Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
HNF - Heparina não fracionada
IDSA - Infectious Diseases Society of America
IMC - Índice de Massa Corporal
OMS - Organização Mundial de Saúde
PAD – Pressão Arterial Diastólica
PaO2 – Pressão arterial de oxigênio
PAS – Pressão Arterial Sistólica
PRT – Protocolo
SatO2 - Saturação de Oxigênio
SDRA - Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo
SG – Síndrome Gripal
STGQ – Setor de Gestão da Qualidade
SUS - Sistema Único de Saúde
SVSSP – Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente
TFGe - Taxa de Filtração Glomerular Estimada
UI – Unidades Internacionais
VM – Ventilação Mecânica

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1. INTRODUÇÃO
No fim de 2019, o Novo Coronavírus foi nomeado como SARS-CoV-2. Este Novo
Coronavírus produz a doença classificada como Covid-19, sendo agente causador de uma série de
casos de pneumonia na cidade de Wuhan (China). Até junho de 2023 tem-se relatado 767.984.989
casos confirmados no mundo com 6.900.000 mil mortes. Várias estratégias de manejo foram
testadas cientificamente e aprovadas para uso em casos específicos. Sabe-se que a taxa global de
vacinação levou à queda substancial das taxas de hospitalização e óbito.
Sua letalidade varia, principalmente, conforme a faixa etária, condições clínicas
associadas e, no momento, status vacinal. Portanto, com as novas evidências, mudanças constantes
da pandemia e diversidade de condutas na prática clínica, torna-se necessário avaliar as evidências
já publicadas e formular recomendações para que os profissionais de saúde possam ofertar um
tratamento adequado.

2. VIROLOGIA BASICA, TRANSMISSÃO E SINTOMATOLOGIA


O vírus é classificado como um beta Coronavírus do mesmo subgênero da Síndrome
Respiratória do Oriente Médio (MERS), porém de outro subtipo. A transmissão do SARS-CoV-2 é
entre pessoas e ocorre através da eliminação de gotículas respiratórias e aerossóis, tanto de
portadores assintomáticos, como pacientes confirmados. Em média, o período de incubação é
estimado em 5 a 7 dias, para novas variantes 3-4 dias, podendo variar de 0 a 14 dias; há relatos de
transmissão no período pré-sintomático. O reconhecimento precoce e o diagnóstico rápido de
infectados e contactantes são essenciais para impedir a transmissão e prover cuidados de suporte
em tempo hábil. A taxa de mortalidade atual, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) está em
torno de 3,8%, porém o valor varia conforme o país. Estudos demonstram que,
epidemiologicamente, homens entre 41 e 58 anos representam a grande maioria dos casos de
pacientes confirmados, sendo febre e tosse os sintomas mais presentes. O quadro clínico inicial mais
comum da doença é caracterizado como síndrome gripal (SG), na qual o paciente pode apresentar
febre e/ou sintomas respiratórios.

2.1 Sinais e sintomas


O paciente com a doença Covid-19 apresenta geralmente os seguintes sintomas e sinais:
• Febre (>=38,2ºC);
• Tosse seca;
• Coriza;
• Odinofagia;
• Perda do olfato (anosmia) e perda do paladar (ageusia);
• Dispneia;
• Mialgia e fadiga; fraqueza muscular;
• Sintomas respiratórios superiores;
• Sintomas gastrointestinais, como diarreia, náuseas e vômitos.

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Quadro 1 – Frequência dos principais sinais e sintomas de Covid-19


SINAIS/SINTOMAS FREQUENCIA (%)
Febre 83% – 99%
Tosse 59% - 82%
Anosmia e/ou disgeusia 80%
Astenia 44% - 70%
Dispneia 31% - 40%
Anorexia 40%
Mialgia 11% - 35%
Secreção respiratória 27%
Náusea / Vômito 5%
Diarreia 3,8%
Fonte. Adaptação Ministério da Saúde, 2020. Dias et al. Orientações para Diagnóstico, tratamento e Isolamento de
Pacientes com COVID-19. JIC, 2020

O quadro clínico, típico de uma SG, pode variar seus sintomas desde uma
apresentação leve e assintomática (não se sabe a frequência), principalmente em jovens adultos
e crianças, até uma apresentação grave, incluindo choque séptico e falência respiratória. A maior
parte dos casos em que ocorreu óbito foi em pacientes com alguma condição clínica de risco pré-
existente (10,5% doença cardiovascular, 7,3% diabetes, 6,3% doença respiratória crônica, 6%
hipertensão e 5,6% câncer), obesidade e/ou idosos.

2.2 Síndromes clínicas associadas à Covid-19

Sintomas leves (80%)


• Febre (pode estar ausente), fadiga, tosse (seca ou produtiva), anorexia, mialgia, astenia, dor
de garganta, congestão nasal ou cefaleia;
• Possível: diarreia, náuseas e vômitos;
• Idosos e imunossuprimidos podem apresentar sintomas atípicos;
• Outras manifestações clínicas extrapulmonares podem estar associadas à infecção por SARS-
CoV-2, incluindo: - tromboembolismo; - alterações cardíacas (arritmias cardíacas e isquemia
miocárdica); - alterações renais (hematúria, proteinúria e insuficiência renal); - alterações
gastrointestinais (diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal, anorexia); - alterações neurológicas
(cefaleia, tontura, encefalopatia, ageusia, anosmia, acidente vascular encefálico); - alterações
hepáticas (aumento de transaminases e bilirrubinas); - alterações endócrinas (hiperglicemia e
cetoacidose diabética) ou - alterações dermatológicas (rash eritematoso, urticária, vesículas,
petéquias, livedo reticular).
Observação: essas informações são importantes para alertar para o reconhecimento de casos de
infecção pelo SARS-CoV-2, a partir de sintomas atípicos ou pouco frequentes.

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Pneumonia grave
• Adolescente ou adulto com febre, sintomas respiratórios e Frequência Respiratória (FR) >
30mpm - movimento respiratório por minuto, Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo
(SDRA), Saturação ≤ 93% em ar ambiente;
• Criança com tosse, dispneia + cianose central < 90%, SDRA, sinais de pneumonia com sinais
de alerta – letargia, convulsões, dificuldade de sucção;
• SDRA;
• Sepse e choque séptico.

Quadro 2 - Gravidade da Doença


Gravidade Indicadores
Assintomático Sem sintomas
Doença leve Febre, tosse, expectoração, diarreia, perda do paladar ou olfato mas
sem dispneia, saturação de oxigênio (SatO2) normal e Rx de tórax
normal
Doença moderada Sintomas de doença leve associado à evidencia de infecção de trato
respiratório baixo, saturação de O2 > 94% em ar ambiente
Doença grave Sintomas de doença moderada com SatO2 < 94%, PaO2/FiO2 <
300mmHg, FR > 30irm ou infiltrado pulmonar > 50%
Doença Crítica Sintomas de doença grave e falência respiratória, choque séptico e
ou disfunção de múltiplos órgãos.
Fonte.https://webedition.sanfordguide.com/en/sanford-guide-online/disease-clinical-condition/coronavirus,
last updated Mar 22, 2021 (tradução do autor do documento)

2.3 Comorbidades relacionadas ao pior prognóstico


• Indivíduos não vacinados ou com esquema incompleto;
• Idade ≥ 60 anos;
• Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, asma, pneumopatias estruturais;
• Doença cerebrovascular;
• Cardiopatias, incluindo hipertensão arterial sistêmica (HAS) grave;
• Diabetes mellitus insulinodependente;
• Insuficiência renal;
• Pacientes imunossuprimidos;
• Gestantes;
• Obesidade.

2.4 Critérios de imunossupressão


• Neutropenia;
• Neoplasias hematológicas com ou sem quimioterapia;
• HIV positivo com CD4 < 350;
• Asplenia funcional ou anatômica;
• Transplantados;
• Quimioterapia nos últimos 30 dias;
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• Uso de corticoides por mais do que 15 dias (prednisona > 40 miligramas - mg/dia ou
hidrocortisona > 160mg/dia ou metilprednisolona > 32mg/dia, dexametasona > 6mg/dia);
• Outros imunossupressores;
• Doenças autoimunes;
• Imunodeficiência congênita.

3. QUADRO LABORATORIAL
As alterações em exames complementares mais comuns são os infiltrados bilaterais nos
exames de imagem de tórax, linfopenia no hemograma e aumento da proteína C-reativa.
A doença apresenta fundamentalmente complicações respiratórias: pneumonia e SDRA.

Figura 1. Gravidade da doença. Adaptado de Hasan K et al. Heart and Lung Transplantation, 2020

Essas recomendações de exames com possível caráter prognóstico não devem ser
aplicadas a todos os pacientes, mas sim reservadas, principalmente, àqueles com indicação de
internação e com doença potencialmente grave. Mesmo nesses pacientes, seu uso deve ser
individualizado de acordo com o quadro clínico-epidemiológico. Devido ao grande número de
estudos e trabalhos em curso no mundo, essas sugestões podem rapidamente se alterar, levando
ao uso de novos marcadores, ou mesmo ao desuso de alguns destes.

Quadro 3 – Exames complementares admissionais à internação hospitalar


Tomografia (CT) de tórax sem contraste
Hemograma
PCR – Proteina C Reativa
Ureia /Creatinina
D-Dímero
Fibrinogênio
TGO/TGP e Bilirrubinas totais e frações
CPK
Troponina (para pacientes com suspeita de acometimento cardíaco)
Ferritina
DHL
Sódio/Potássio
Glicemia (principalmente para pacientes diabéticos)

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Gasometria arterial
Eletrocardiograma (ECG), se necessário
Fonte: própria.

Essas sugestões são tempo-limitadas e tempo-relevantes. Há de se levar em conta que


as recomendações para a solicitação desses e de outros exames podem se modificar de acordo com
novas evidências que vierem a surgir. A todo tempo, os médicos devem reavaliar as indicações,
solicitações e interpretações dos exames laboratoriais de seus pacientes.

4. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico sindrômico (SG) depende da investigação clínico-epidemiológica e do
exame físico. O diagnóstico laboratorial para identificação do vírus SARS-CoV-2 é realizado por meio
das técnicas de RT-PCR em tempo real ou teste rápido de antígenos. RT-PCR em tempo real (RT-
PCR) é considerado padrão ouro para a identificação do novo coronavírus (SARS CoV-2).
Entretanto, o uso dos testes rápidos de antígeno se tornou rotineira e difundida. Em áreas onde a
Covid-19 está amplamente disseminada, um ou mais resultados negativos de um mesmo caso
suspeito não descartam a possibilidade de infecção pelo vírus SARS-CoV-2. Vários fatores podem
levar a um resultado negativo em um indivíduo infectado, incluindo:
• Má qualidade da amostra, contendo pouco material do paciente (como controle, considerar
determinar se existe DNA humano adequado na amostra, incluindo um alvo humano no teste de
PCR);
• A amostra foi coletada em uma fase muito precoce ou tardia da infecção;
• A amostra não foi manuseada e enviado adequadamente.;
• Razões técnicas inerentes ao teste, por exemplo, mutação do vírus ou inibição de PCR.
Dessa forma, se um resultado negativo for obtido de um paciente com alta
probabilidade de suspeita de Covid-19, particularmente, quando foram analisadas apenas amostras
do trato respiratório superior, indica-se, se possível, coletar amostras de vias respiratórias inferiores
e testar novamente. Os testes sorológicos se tornaram pouco úteis e não são recomendados de
rotina.

Figura 2.
Fluxograma de
testagem e
alocação de
paciente com
suspeita de
Covid-19. Fonte:
própria

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5. FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO E ESTRATIFICAÇÃO

Figura 3. Fluxograma de atendimento e classificação. Fonte: própria

6. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR

6.1 Indicação de Internação Hospitalar


• Sinais de desconforto respiratório e/ou hipoxemia:
✓ Esforço ventilatório (uso de musculatura acessória, tiragem intercostal, batimento de asa
nasal);
✓ Taquipneia (FR ≥24 ipm);
✓ Dessaturação ao repouso ou aos esforços (SpO2 < 93% em ar ambiente)*;
• Febre alta persistente (> 7 dias) com PCR elevado (>100mg/L);
• Descompensação de doença de base (por exemplo, hiperglicemia, cetoacidose diabética em
diabéticos);
• Outros sinais e sintomas de gravidade: hipotensão, alteração de pulso periférico ou tempo
de enchimento capilar, alteração do sensório.
• Considerar Internação nos seguintes casos:
✓ Pacientes acima de 60 anos com ou sem comorbidades, imunodeprimidos (por doença ou
uso de medicações imunossupressoras) que referem piora do quadro já na primeira semana de
doença**.
✓ Levar em consideração para todos os casos, suporte social e facilidade de acesso aos serviços
de saúde em caso de piora.
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✓ *Lembrar: o valor de SatO2 pode variar a depender das doenças subjacentes do paciente,
por exemplo paciente com doença pulmonar crônica.
✓ **Lembrar: Esses pacientes podem ter uma apresentação atípica.
• Considerar Internação em Unidade de Terapia Intensiva nos seguintes casos:
✓ Sem melhora da saturação de oxigênio apesar da oferta de O2 (SatO2 <92% com oferta de
5L/min);
✓ Esforço ventilatório (uso de musculatura acessória, tiragem intercostal, batimento de asa
nasal) apesar da oferta de O2;
✓ Relação pO2/FiO2 < 200;
✓ Insuficiência Respiratória - VM invasiva;
✓ Sinais de disfunção orgânica aguda (hipotensão arterial, alteração da perfusão periférica,
alteração do nível de consciência, oligúria, insuficiência hepática, entre outros).

7. TRATAMENTO
Tratamento de suporte deve ser ofertado a todos pacientes, medidas adicionais
seguirão os critérios descritos, a seguir. Até a presente data, a OMS, Organização Pan-americana de
Saúde e outros órgãos Internacionais (FAD - Federal Drug Administration, CDC - Centros de Controle
e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e IDSA - Infectious Diseases Society of America) e as
Sociedades Brasileiras: de Infectologia, de Pneumologia e Tisiologia e Saúde da Família e
Comunidade, não recomendam o uso profilático de nenhum medicamento e as restrições para o
uso terapêutico dos medicamentos em uso “off label”.

7.1 Manejo dos Casos Não Graves


• Sintomáticos.
• Recomendar isolamento domiciliar, conforme figura 3.
• Medicações aprovadas para uso no Brasil:

A) Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir)


Indicado para o tratamento da Covid-19 confirmada em adultos que não requerem oxigênio
suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para Covid-19 grave. O
medicamento deve ser administrado, assim que possível, após resultados positivos de teste viral
direto de SARS-CoV-2, e no prazo de 5 dias após o início dos sintomas. Não há indicação para uso
em assintomáticos. A medicação está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com o
preenchimento de formulário próprio para sua retirada na Farmácia Central do Município.
Posologia: 2 comprimidos de nirmatrelvir, 150 mg + 1 comprimido de ritonavir, 100 mg, tomados
simultaneamente de 12 em 12 horas.

Quadro 4 - Risco aumentado para caso grave


• Grupo 1: indivíduos ≥18 anos com imunossupressão de alto grau (conforme descrito abaixo) e
indivíduos com idade ≥75 anos, independentemente de comorbidades
• Grupo 2: indivíduos ≥65 anos, com pelo menos duas comorbidades
• Grupo 3: indivíduos ≥65 anos, com apenas uma comorbidade
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• Grupo 4: indivíduos ≥65 anos, sem comorbidades


• Grupo 5: indivíduos com imunossupressão de baixo grau, idade ≥18 anos
COMORBIDADES
• Diabetes mellitus • Cardiopatia hipertensiva
• Pneumopatias crônicas graves • Cardiopatia hipertensiva
• Hipertensão Arterial Resistente (HAR • Síndromes coronarianas
• Hipertensão arterial estágio 3 • Valvopatias
• Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo • Miocardiopatias e pericardiopatias
• Insuficiência cardíaca • Doenças da aorta e dos grandes vasos; fístulas
arteriovenosas
• Cor pulmonale e hipertensão pulmonar • Arritmias cardíacas
• Doenças neurológicas crônicas • Cardiopatias congênitas no adulto
• Hemoglobinopatias graves • Próteses valvares e dispositivos cardíacos
implantados
• Síndrome de Down • Obesidade mórbida
• • Cirrose hepática
Fonte. CGPNI/DEVIT/SVS/MS, com base nas revisões de literatura contidas nas referências deste documento, adaptadas pela CGGRIPE (11) (consultar documento
para maiores detalhes)

Contraindicações: gestantes, crianças, início após 5 dias de sintomas, Peso< 40 kg, insuficiência
renal grave (Taxa de Filtração Glomerular Estimada - TFGe <30 ml/min).

Medicamento com risco de interações medicamentosas graves, consultar a bula da mediação

B) Remdesivir (Não disponível pelo SUS)


Aprovado uso para adultos e adolescentes >12 anos, > 40 kg, com quadro de Covid-19
confirmado, com ou sem necessidade de oxigênio suplementar. Deve ser iniciado até 7 dias após
início dos sintomas. A dose é 200 mg 1 dia endovenoso, seguido de 100 mg/dia por dois dias
também endovenoso (checar bula da medicação sobre infusão e efeitos colaterais).

C) Molnupiravir (Não disponível pelo SUS)


Indicado para o tratamento da Covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e
que apresentam risco aumentado de progressão da doença para casos graves (conforme descrito
anteriormente) e cujas opções alternativas de tratamento de Covid-19 aprovadas ou autorizadas
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não são acessíveis ou clinicamente
adequadas. Recomendação das Diretrizes Pan-Americanas sugere uso também em casos sem
fator de risco para progressão para doença grave, porém ainda não recomendado pela Anvisa.

D) Sotrovimabe (Não disponível pelo SUS)


Indicado para o tratamento de Covid-19 leve a moderada em pacientes adultos e adolescentes
com 12 anos ou mais (e que pesem pelo menos 40 kg) e que estão em risco de progressão para
o estágio grave da doença. O medicamento não está indicado para uso em pacientes
hospitalizados, que necessitem de oxigenoterapia ou que precisem de aumento na taxa de fluxo
de oxigênio basal. A dose recomendada é uma dose única de 500 mg, administrada por infusão
intravenosa.

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• NÃO PRESCREVER (em conformidade às Diretrizes Brasileiras para Tratamento Hospitalar do


Paciente com Covid-19 – Capítulo 2: Tratamento Farmacológico/ Diretrizes Pan-Americanas para
o Tratamento do SARS-CoV-2/COVID-19)
• Hidroxicloroquina / cloroquina;
• Hidroxicloroquina / cloroquina e azitromicina;
• Ivermectina;
• Colchicina;
• Corticoide inalatório;
• Corticoides (exceto as indicações relatadas abaixo);
• Qualquer antirretroviral para intensão de tratamento de Covid-19 (exceto os já descritos
neste documento);
• Antimicrobianos;
▪ Estudos apontam coinfecção em apenas 3 a 8% dos casos;
▪ Iniciar antimicrobianos APENAS na suspeita de infecção bacteriana.

Figura 4. Prescrição de Antimicrobianos. Fonte: própria

• Reavaliar na presença de sinais de alarme.

7.2 Manejo dos Casos Grave/Crítico

• NÃO PRESCREVER (em conformidade às Diretrizes Brasileiras para Tratamento Hospitalar do


Paciente com Covid-19 – Capítulo 2: Tratamento Farmacológico/ Diretrizes Pan-Americanas para
o Tratamento do SARS-CoV-2/COVID-19):
✓ Hidroxicloroquina / cloroquina;
✓ Hidroxicloroquina / cloroquina e azitromicina;
✓ Ivermectina;
✓ Colchicina;
✓ Corticoide inalatório.
• Corticoides (exceto os já descritos neste documento);
• Qualquer antirretroviral para intensão de tratamento de Covid-19 (exceto os já descritos
neste documento).

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• Uso aprovado na Anvisa

A) Remdesivir (Não disponível pelo SUS)


Aprovado uso para adultos e adolescentes >12 anos, > 40 kg, com quadro de Covid-19
confirmado, com ou sem necessidade de oxigênio suplementar. Deve ser iniciado até 7 dias após
início dos sintomas. A dose é 200 mg 1 dia endovenoso, seguido de 100 mg/dia por dois dias
também endovenoso (checar bula da medicação sobre infusão e efeitos colaterais).

B) Baricitinibe (Disponível no HC-UFTM)


Indicado no tratamento da Covid-19 em pacientes adultos hospitalizados que necessitam de
oxigênio por máscara ou cateter nasal, ou que necessitam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação
não invasiva.
Posologia: via oral, sendo 4 mg uma vez ao dia durante 14 dias ou até a alta hospitalar, o que
ocorrer primeiro.

C) Tocilizumabe (Não disponível pelo SUS)


É indicado para o tratamento da doença causada pelo vírus SarsCov-2 em adultos hospitalizados
que estão recebendo corticosteroides sistêmicos e que necessitam de suplementação de
oxigênio ou ventilação mecânica.

D) Corticoides
✓ Indicado apenas para pacientes com necessidade de oxigenoterapia suplementar.
✓ Primeira opção: DEXAMETASONA 6mg/dia EV ou VO por 10 dias.
✓ Outras opções: metilprednisolona 30mg/dia ou Prednisona 40mg/dia ou Hidrocortisona 160 mg.

E) Antimicrobianos
Estudos apontam coinfecção em apenas 3 a 8% dos casos. Iniciar antimicrobianos APENAS SE
SUSPEITA OU DIAGÓSTICO de infecção bacteriana.

Figura 5. Prescrição de Antimicrobianos. Fonte: própria

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F) Profilaxia Antitrombótica
INDICAÇÃO: Para todos os pacientes com idade superior a 18 anos e peso > 40kg gravemente
enfermos por COVID 19.
ESQUEMA RECOMENDADO:
• Heparina NÃO FRACIONADA (HNF) subcutânea: 5.000UI 8/8h
10.000UI 12/12 (Índice de Massa Corporal - IMC > 40) OU
• ENOXAPARINA: 40mg 1X/dia (≤ 80 Kg)
60mg 1X/dia (80 a 120 Kg)
40mg 12/12h (≥ 120 Kg)

Situações especiais:
✓ Se Clearance de Creatinina < 30ml/min: usar heparina não fracionada na dose de 5000UI
12/12h com ajuste posterior se necessário.
✓ Se gestante/puérpera: HNF – 5.000UI 8/8h 7.500UI 12/12h
✓ Se gestante/puérpera < 50Kg: HNF – 5.000UI 12/12h
✓ Se gestante/puérpera IMC > 40: HNF – 10.000UI 12/12h

MANTER ALTA VIGILÂNCIA para trombose venosa profunda, tromboembolismo pulmonar e


oclusão arterial:
✓ Coletar fibrinogênio e D-dímero em pacientes com aumento na demanda de O2 e procurar
confirmar o diagnóstico.
✓ Usar métodos indiretos como ECG a beira leito e/ou ultrassom doppler de membros
inferiores. Se dados não suficientes e o paciente puder ser mobilizado, realizar angiotomografia
de artérias pulmonares.
✓ Considerar anticoagulação plena naqueles pacientes com alta suspeita e sem condições de
confirmação diagnóstica, havendo, neste cenário, a previsão de benefícios superiores aos riscos
relacionados a esta terapia. As contraindicações relativas ou absolutas para terapia de
anticoagulação incluem às já empregadas em outros cenários clínicos e incluem sangramento
ativo, previsão de procedimento invasivo, úlcera gastroduodenal ativa, dissecção aórtica, câncer
ou má-formação de sistema nervoso central, distúrbios de hemostasia hereditários ou adquiridos
(por exemplo: plaquetometria < 50000), dentre outros que devem ser discutidos caso-a-caso
quando necessário.
✓ Confirmado evento trombótico agudo com indicação de trombólise química, os
medicamentos previstos incluem alteplase (10 mg em bolus intravenoso seguidos de 90 mg em
120 minutos com a associação com heparina) ou estreptoquinase (250.000 UI em bolus
intravenoso seguido de 100.000 UI/h por 24 horas).

G) Anticoagulação plena (paciente internado não crítico)


Sugere-se em pacientes não críticos, com risco aumentado de progressão da doença ou
tromboembolismo e que não apresentam alto risco de sangramento relacionado a
anticoagulantes.

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São contraindicações à terapia fibrinolítica:


Absolutas:
a. Qualquer sangramento intracraniano prévio;
b. Acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico nos últimos 3 meses;
c. Dano ou neoplasia no sistema nervoso central;
d. Trauma significante na cabeça ou rosto nos últimos 3 meses;
e. Sangramento ativo ou diátese hemorrágica (exceto menstruação);
f. Qualquer lesão vascular cerebral conhecida (malformação arteriovenosa);
g. Dissecção aguda da aorta; e,
h. Distúrbios de hemostasia.
Relativas:
i. Histórico de AVC isquêmico > 3 meses ou doenças intracranianas não listadas nas
contraindicações absolutas;
j. Gravidez;
k. Uso atual de antagonistas da vitamina K: quanto maior o INR maior o risco de sangramento;
o Sangramento interno recente < 2-4 semanas;
o Ressuscitação cardiopulmonar traumática e prolongada ou cirurgia de grande
o porte < 3 semanas;
o HAS não controlada (PAS > 180 mmHg ou PAD > 110 mmHg); e,
o Punções de sítios vasculares não compressíveis.

8. PRECAUÇÕES, ISOLAMENTO E VACINAÇÃO


Os critérios para descontinuar precauções e isolamento em pacientes adultos e pediátricos
com Covid-19 confirmada seguem as publicações da Anvisa, resumidas na figura 6, a seguir.

Figura 6. Fonte:
Ministério da
saúde Brasil
2022.

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Pacientes graves ou críticos ou gravemente imunocomprometidos devem estender a


precaução até 20 dias do início de sintomas.
A vacinação para SARS-Cov2 é indicada e deve seguir o Plano Nacional de Imunização do
Ministério da Saúde. A Sociedade Brasileira de Imunização não recomenda a realização de qualquer
sorologia ou pesquisa de anticorpos neutralizantes a fim de identificar indivíduos imunizados.
É também recomendada a vacinação contra influenza, respeitando o intervalo de 14 dias
entre qualquer dose de qualquer vacina contra SARS-Cov2.

9. NOVAS VARIANTES
As novas variantes do SARS-CoV-2, assim como em outros vírus, possuem a tendência
de se transformar constantemente por meio de mutações, que são eventos naturais e esperados
dentro da evolução de um vírus e, portanto, novas variantes tendem a surgir com o passar do
tempo. Embora a maioria das mutações emergentes não tenha impacto significativo na
disseminação do vírus, algumas mutações ou combinações de mutações podem fornecer ao vírus
uma vantagem seletiva, como maior transmissibilidade ou a capacidade de evitar a resposta imune
do hospedeiro. A OMS avalia rotineiramente se as variantes do SARS-CoV-2 resultam em alterações
na transmissibilidade, apresentação clínica e gravidade da doença ou se tem impacto por exemplo,
no diagnóstico, tratamento e vacinas.

10. REFERÊNCIAS
1) Diretrizes Brasileiras para Tratamento Hospitalar do Paciente com COVID-19 – Capítulo 2:
Tratamento Farmacológico, CONITEC, Ministério da Saúde, Brasil. 2021
2) NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020 – 25/02/2021. Orientações para serviços
de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos
suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2).
3) https://pebmed.com.br/anticoagulacao-na-covid-19-quais-as-recomendacoes-mais-
recentes-de-guidelines-e-sociedades/
4) MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Infecção Humana pelo SARS-COV-2 (Doença
pelo coronavírus-COVID-19). 2020, 25p.
http://ameci.org.br/wpcontent/uploads/2020/03/Protocolo_Coronavirus_2020_arquivo_vers%C3
%A3o_final.pdf
5) MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Plano Estadual de
Contingência para Emergência em Saúde Pública. Infecção humana pelo SARS-CoV-2, fev. 2020. 48p.
https://www.saude.mg.gov.br/images/noticias_e_eventos/000_2020/jan_fev_mar/13-02-PLANO-
DE-CONTINGENCIA-novo-coronavirus-MINAS-GERAIS-EM-REVIS--O.pdf
6) MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Centro de Operações de
Emergências em Saúde Pública | COE-COVID-19. Plano de Contingência Nacional para Infecção
Humana pelo novo Coronavírus (COVID-19), fevereiro 2020.
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/fevereiro/13/plano-contingencia-
coronavirus-COVID19.pdf

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7) Associação Brasileira de Medicina de Emergência/Associação de Medicina Intensiva


Brasileira/Associação Médica Brasileira. Protocolo de intubação orotraqueal para caso suspeito ou
confirmado de covid-19
http://abramede.com.br/wp-content/uploads/2020/03/POP_IOT_COVID_-170320-1-1.pdf
8) Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo. Protocolo de manejo dos casos graves suspeitos e confirmados para Infecção Humana pelo
Novo Coronavírus. Versão 4.
9) MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Nota Técnica COES MINAS COVID-19 Nº
61/2020 de 06/07/2020 Monitoramento e Manejo de Contatos de Casos Suspeitos ou Confirmados
de COVID-19.
http://coronavirus.saude.mg.gov.br/images/profissionais-e-gestores/06-07-NotaTecnica-N61.pdf
10) World Health Organization - Clinical management of COVID-19: living guidance, 25 January
2021 https://www.who.int/publications/i/item/WHO-2019-nCoV-clinical-2021-1
11) Rawson TM, Moore LSP, Zhu N, Ranganathan N, Skolimowska K, Gilchrist M, et al. Bacterial
and fungal coinfection in individuals with coronavirus: a rapid review to support COVID-19
antimicrobial prescribing. Clin Infect Dis. 2020;71(9):2459-2468.
12) Llor C, Bjerrum L. Antimicrobial resistance: risk associated with antibiotic overuse and
initiatives to reduce the problem. Ther Adv Drug Saf. 2014;5(6):229-41.
13) Alexandre Naime Barbosa, Alberto Chebabo, Carlos Starling et al. Pan-American Guidelines
for the Treatment of SARS-CoV-2/COVID-19: A Joint Evidence-Based Guideline of the Brazilian
Society of Infectious Diseases (SBI) and the Pan-American Association of Infectious Diseases (API),
21 February 2023, PREPRINT (Version 1) available at Research Square
[https://doi.org/10.21203/rs.3.rs-2603347/v1].
14) Barnes GD, Burnett A, Allen A, Ansell J, Blumenstein M, Clark NP, Crowther M, Dager WE,
Deitelzweig SB, Ellsworth S, Garcia D, Kaatz S, Raffini L, Rajasekhar A, Beek AV, Minichiello T.
Thromboembolic prevention and anticoagulant therapy during the COVID-19 pandemic: updated
clinical guidance from the anticoagulation forum. J Thromb Thrombolysis. 2022 Aug;54(2):197-210.
doi: 10.1007/s11239-022-02643-3. Epub 2022 May 17. PMID: 35579732; PMCID: PMC9111941.P

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11. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO

Rotina Operacional Padrão (ROP)

Elaboração – versão 1 Data: 30/3/2020


Rodrigo Juliano Molina, médico infectologista/SVSSP – Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do
Paciente
Cristina Hueb Barata, médica infectologista/SVSSP
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Validação
Rodrigo Juliano Molina, médico infectologista/SVSSP
Registro, análise, formatação e revisão final
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Aprovação
Fernanda Carolina Camargo, chefe do SVSSP

Atualização do item 7 – versão 2 Data: 6/4/2020


Rosana Huppes Engel, enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem
Registro, análise e revisão final
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Aprovação
Fernanda Carolina Camargo, chefe do SVSSP

Atualização – versão 3 Data: 25/5/2020


Rodrigo Juliano Molina, médico infectologista/SVSSP
Registro, análise e revisão final
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Aprovação
Fernanda Carolina Camargo, chefe do SVSSP

Atualização – versão 4 Data: 15/6/2020


Rodrigo Juliano Molina, médico infectologista/SVSSP
Registro, análise e revisão final
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Aprovação
Fernanda Carolina Camargo, chefe do SVSSP

Atualização – versão 5 Data: 14/9/2020


Rodrigo Juliano Molina, médico infectologista/SVSSP
Cristina Hueb Barata, médica infectologista/SVSSP
Registro, análise e revisão final
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Aprovação
Fernanda Carolina Camargo, chefe do SVSSP

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VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO


3 28/6/2023 Atualização dos critérios de internação, classificação dos casos e do tratamento

Revisão da ROP e elaboração do Protocolo (PRT) - versão 1 Data: 12/4/2021


Cristina Hueb Barata, médica infectologista
Rodrigo Juliano Molina, médico Infectologista e chefe do SVSSP
Validação
Rodrigo Juliano Molina, chefe do SVSSP
Aprovação
Andreia Duarte de Resende, gerente de atenção à saúde

Revisão e Atualização – versão 2 Data: 21/6/2021


Cristina Hueb Barata, médica infectologista. Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP)
Rodrigo Juliano Molina, médico Infectologista e chefe do SVSSP. Disciplina de DIP
Maria Helena Castro, médica pneumologista. Disciplina de Pneumologia
Hudson H. Gomes Pires, médico intensivista. Disciplina de Urgência e Emergência
Leonardo Oliveira, médico hematologista, chefe da Unidade de Oncologia, Hematologia e Hemoterapia
Contribuição
Marlos Aureliano Dias de Sousa, chefe da Divisão Médica
Validação
Rodrigo Juliano Molina, chefe do SVSSP
Registro, análise e revisão
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Aprovação - Versão 2
Andreia Duarte de Resende, gerente de atenção à saúde

Elaboração - versão 3 Data: 21/7/2023


Rodrigo Juliano Molina, médico Infectologista do Setor de Gestão da Qualidade (STGQ)
Roger Lopes Batista, médico residente do Programa de Infectologia
Validação
Luciana Paiva Romualdo, chefe do STGQ
Patrícia Naves de Resende, coordenadora da Comissão de Protocolos Assistenciais Multiprofissionais
(CPAM), em 12/7/2023
Aprovação
Vinicius Santos Sguerri, gerente de atenção à saúde substituto

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