Ginecologia
Ginecologia
Ginecologia
Ca de Colo de Útero
Epidemio:
2º tumor ginecológico
Problema de saúde publica
Fatores de risco:
HPV 16 e 18 → mais comuns
31, 33, 35, 45, 52 e 58
Exposição
o Múltiplos parceiros
o Parceiro exposto
o 1ª relação precoce (apresenta mais ectrópio que mulher madura)
o Outras ISTs
o Imunossupressão
Multiparidade
Tabagismo (altera imunidade humoral e celular, principalmente no colo)
Uso de ACO (pela possibilidade de ectrópio)
Baixo nível socioeconômico
Deficiência de alfa-tripsina
QC:
Assintomático (até NIC III)
Dispareunia
Sinusorragia (sangramento pós-coito)
Corrimento com odor fétido (ferida necrosa infecta por anaeróbio)
Emagrecimento (fase avançada)
Lesão friável e sangrante em colo
Tipos histológicos:
Carcinoma epidermoide ou espino celular ou carcinoma de células escamosas: 70 -80%
o Invasor: > 5mm
Adenocarcinoma: tumor glandular. Pior prognóstico.
Climatério
Introdução:
Expectativa de vida aumentou (~80 anos)
Ocorre devido a perda de folículos (atresia folicular ao longa da vida), sendo que a
minoria é perdida durante ovulação
Fisiologia:
1ª fase: peri-menopausa
o LH age sobre as células da TECA: colesterol → androstenediona e testosterona
o Androgênios passam para célula granulosa por difusão
o FSH produz aromatase na granulosa: androgênios → estradiol
o Inibina produzida na célula granulosa inibe FSH
Queda da inibina: primeira alteração perto do climatério. Aumenta
FSH e consequentemente aumenta o estradiol
2ª fase: não menstrua mais
o Acaba os folículos pois acaba as células da teca e para de produzir o estradiol
o Células da teca tbm acabam e param de produzir androgênios
o Hipófise aumenta a produção de FSH.
Definições:
Climatério: período fisiológico de transição
Menopausa: última menstruação. Diagnóstico é 12 meses após a amenorreia
o Precoce < 40 anos
Diagnóstico: clínico!
FSH: dosar apenas se < 40 anos
QC:
Hipoestrogenismo → Sintomas vasomotores: fogacho (acentuado em tabagistas,
sedentárias e pctes magras)
Irregularidades menstruais:
o 1ª fase: menstruações mais frequentes
o 2ª fase: menstruações infrequentes com períodos de amenorreia
Atrofia vulvovaginal
Queda da libido
Osteopenia e osteoporose → aumento do osteoclasto
Depressão/irritabilidade
Insônia
Avaliação clínica:
CO: 3-3 anos até 64 anos
MMG: 2-2 anos a partir dos 50 anos de idade
US transvaginal NÃO SE PEDE
Densitometria óssea
o ≥ 65 anos (homens >70)
o A cada 2 anos
o Após menopausa se:
IMC < 21
Fratura prévia (após 50 anos)
Anormalidades vertebrais radiológicas
Artrite reumatóide
Uso crônico de corticoide (≥ 3 meses): > 5mg/dia predinisona
o Locais:
Colo fêmur
Fêmur total
Coluna lombar (L1-L4)
o Parâmetros:
Massa absoluta
Score Z → comparar por faixa etária
Score T → comparação com a média
-1DP = normal
-2,5 a -1 = osteopenia
> -2,5 = osteoporose
Tratamento osteoporose:
Dieta rica em cálcio
Exposição ao sol
Exercícios físicos regulares
Peso
Tratamento farmacológico
o Osteopenia: cálcio + vitD
o Osteoporose: bisfosfonatos → alendronato de sódio
Terapia hormonal:
↑ risco de ca de mama
Deve ser feito em <60 anos de idade e se <10 anos de menopausa
Feito em pacientes sintomáticas
Contraindicações:
o Ca de mama
o Ca de endométrio
o Doença hepática grave
o Sangramento vaginal não diagnosticado
o História de eventos tromboembólicos
o Porfiria
Avaliação antes da prescrição
o MMG
o Perfil lipídico → para definir via de administração
E + P combinado Oral 49:08
o ↓ LDL
o ↑ HDL
o ↑ triglicérides
o Proteína C reativa
o Sistema renina-angiotensina-aldosterona
E + P combinado Transdermico
o ↓ efeito sobre metabolismo lipídico
o Mais bem indicada para HAS, hipertrigliceremia
E isolado → histerectomizadas
o Associar P se teve endometriose
Tibolona → pré-hormônio
o Melhora libido pois tbm tem androgênio
o ↑ LDL
o ↓ HDL
o ↓ triglicérides
E vaginal
o Sintomas urogenitais
o Não interfere no perfil lipídico
Se presença de contra-indicações ou fora da janela de oportunidade
o ISRS
o Clonidina
o Sulpirida
o Gabapentina
SUA
Mamografia:
50-69 anos
A cada 2 anos
Estratégia de prevenção secundária (diagnóstico precoce)
Incidências:
o Craniocaudal para ver quadrantes lateral e medial
o Médio-lateral (aparece o musculo peitoral) para ver quadrantes superiores e
inferiores
Classificação de Bi-Rads
o 0: mama densa. Exame insatisfatório. Fazer USS
o 1: mamografia normal
o 2: alterações benignas
o 3: alterações provavelmente benignas. Repetir exame em 6 meses por até 2
anos
o 4: alterações suspeitas.
4: baixa suspeita
4B: intermediária
4C: alta suspeita
o 5: alterações altamente suspeitas. Fazer core-biopsy
o 6: lesão que já tem diagnóstico histológico de carcinoma
Ultrassonografia
Adequada para mamas densas
Método complementar
Diferencia nódulos sólidos (hipoecoicos) de císticos (anecoicos)
RNM com contraste: rastreamento em mulheres jovens (a partir dos 25 anos) com história
familiar importante, ruptura de prótese (sinal de linguini), suspeita de Ca oculto, suspeita de
multicentricidade
Ca de mama
Introdução: É o mais comum no brasil, exceto o ca de pele melanoma
Fatores de risco:
Idade: aumenta com os anos
Sexo: mais comum em mulheres
História familiar: familiares de 1º grau.
o Antes dos 50, normalmente relaciona-se com mutação (50% dos casos
hereditários são pelos genes BRCA1 e BCRA2)
BRCA1: mama 72% e ovário 44%
BRCA2: mama 69%, ovário 17%
Mutação do p53: Li-Fraumeni → apresentam outros canceres
Menarca precoce e menopausa tardia
Nuligestação
Primeira gestação tardia
Ausência de amamentação
Irradiação no tórax antes dos 30
TH
ACO
Obesidade
↑ densidade mamária na MMG (pós-menopausa)
Álcool
Rastreamento:
Autoexame: não é recomendado
Exame clínico: depende da aptidão do médico
Mamografia:
o 50-69 anos
o A cada 2 anos
RNM:
o Anual a partir dos 25 anos
o Pctes de alto risco
o Associar mamografia depois dos 30 anos
QC:
Nódulo no seio
Achado mamografico
Derrame papilar
Tipos histológicos:
Ductal: maioria.
o Carcinoma ductal in situ: Não ultrapassa membrana basal do ducto.
o Carcinoma ductal infiltrante: passa a membrana basal e pode causar
metástase. Nodulo espiculado na mamografia. BI-RADS5
Lobular
Outros tipos
o Carcinoma inflamatório: parecido com mastite. Pode piorar após uso de ATB.
TTO com mastectomia
o Carcinoma de Paget: acomete aréola e mamilo. Diagnóstico diferencial com
eczema. TTO: cirurgia
Imuno-histoquimica:
RE: receptor estrogênio.
RP: receptor de progesterona
Ki-67: >14% tem pior prognóstico
Her-2: quanto mais, pior
Subtipos:
Luminal A: RE+ RP+ Her-2- Ki67 < 14%
Luminal B: RE+ RP+ Her-2- Ki67 ≥ 14%
Her-2: her-2+
Triplo negativo ou basal: RE- RP- Her-2-
Tratamento:
Cirurgia radical x conservadora com RTX
o Relação tumor/mama: > 1/5 da mama → radical
o Gestante: 1º e 2º trimestre → radical
o Tumores multicêntricos → radical
o Radioterapia prévia → radical
o Ductal in situ → setorectomia
o Axila → Linfonodo sentinela (azul patente ou radiofarmaco para identificar)
Não fazer linfadectomia se:
Setorectomia
Tumores até 5cm
Até 2 linfonodos+
Primeira intervenção
Tratamento adjuvante:
o Radioterapia: local
Sempre indicada em cx conservadora
Cirurgia radical:
Limites comprometidos
Pele e parede torácica
+4 linfonodos
o Quimioterapia: sistêmico
Linfonodo axilar +
Idade da paciente → jovens
Imuno-histoquimica → mais agressivos
o Hormonioterapia → tamoxifeno ou inibidores aromatase
o Terapia alvo → trastuzumabe para Her-2+
Tratamento neoadjuvante → quimioterapia
o Tumores volumosos
o Triplo negativo
o Teste da sensibilidade in vivo
Nódulos benignos:
Fibroadenoma: mais comum em pacientes jovens (15-35 anos) pelo estímulo
estrogênico endógeno. É um tumor misto do parênquima e estroma mamário.
o Clínica: nódulo não doloroso, limites precisos, consistência fibroelastica, móvel
à palpação e geralmente até 3 cm
o Diagnóstico: ultrassonografia (margens regulares, maior eixo no nódulo
paralelo a pele, isoecogênico)
o TTO:
Biopsia excisional
Controle clínico
Tumor Phyllodes: mais comum entre 35-45 anos, sendo a maioria benigna. É um tumor
do parênquima e estroma com mais celularidade que o fibroadenoma.
o Clínica: nódulo indolor, consistência fibroelastica de crescimento rápido e
pode deformar a mama
o TTO: ressecção com margens e mastectomia se deformação da mama
Cistos: mais comum em adultos. É causado pela involução lobular (liposubistituição)
o Clínica: nódulo doloroso, crescimento rápido, consistência firme
o Diagnóstico: ultrassonografia (margens regulares e anecoico)
Microcisto < 1cm
Macrocisto ≥ 1cm
o TTO macrocistos:
Pctes assintomática: conservadora
Sintomática: PAAF
Derrames papilares:
Eczema areolar: dermatite descamativa, prurido, bordas indefinidas geralmente bilateral que
não causa destruição do complexo areolar. Dar corticoide tópico por 7 dias e se não melhora
pensar em carcinoma de Paget
Mastalgia:
Cíclica: relacionada com o ciclo menstrual. Tranquilizar pcte que ca de mama não dói e
explicar que é natural, orientar evitar estimulantes, xantinas e fumo, usar sutião
apertado e se muito queixosa medicação
o TTO:
Efeito placebo: fitoterápicos (óleo de prímula, ácido gamalinoleico,
extrato de borragem) e vitE
Tamoxifeno
análogo de GnRH
acíclica: não tem relação com o ciclo menstrual. Pode ser causada por esteatonecrose
(trauma), ectasia ductal e macrocistos mamários
Incontinência urinária
Definição: perda involuntária
Esforço
Urgência
Mista
Incontinência de esforço:
Causas:
o Enfraquecimento do assoalho pélvico
Fatores genéticos
Gestação
↓ estrogênio
Obesidade
Constipação
Clinica: perda aos esforços
Incontinência de urgência:
Causa:
o Contrações do detrusor (m. da bexiga)
Clinica: perda de urina após vontade
Investigação:
Anamneses detalhada
Revisão de sistemas
Consumo de cafeína
Uso de diuréticos
Hábitos miccionais
Obesidade
Tabagismo
Diagnóstico:
Urina I + urocultura
Urodinâmica
o Urofluxometria livre
Micção espontânea
Curva em sino
o Cistometria: enchimento vesical
Sensibilidade: 1º desejo com 20-30% da capacidade.
Contrações do detrusor → hiperatividade?
Valor da pressão de perda → < 60 = deficiência esfincteriana intrínseca
Tratamento:
Esforço:
o Fisioterapia pélvica
o Cirurgia de Sling → técnica mais feita
o Cirurgia de Burch → não é mais feito
o Fármacos: não é a 1ª escolha
Duloxetina
Estrogênios tópicos
Pessários
Urgência:
o Anticolinérgico
Oxibutinina
Tolterodina
Solifenacina
Darifenacina
o Agonista adrenérgica
Mirabegrona
o Imipramina
o Eletroestimulação: via vaginal, sacral ou tibial
o Toxina botulínica intravesical
CA de vulva
Niv de baixo grau: codiloma – verruga – eletrocauterização, laser, gel com nic-mode
NIV de alto grau: lesões podem ser mais espessas. Teste de colen com azul de tulidina. Tto
destrutivo ou ressecado