Alta Responsavel Adulto UCMfinal

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO

TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
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PROTOCOLO
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Título do ADMISSÃO E ALTA RESPONSÁVEL DO PACIENTE Emissão: 13/7/2022 Próxima revisão:
Documento ADULTO NA UNIDADE DE CLÍNICA MÉDICA Versão: 1 13/7/2024

ADMISSÃO E ALTA RESPONSÁVEL DO


PACIENTE ADULTO NA UNIDADE DE
CLÍNICA MÉDICA

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SUMÁRIO
1.OBJETIVOS ...................................................................................................................................2
2.CONCEITOS ..................................................................................................................................2
3.INFORMAÇÕES GERAIS .........................................................................................................................2
4.ADMISSÕES...........................................................................................................................................3
5.JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................5
6.REQUISITOS PARA ALTA SEGURA ..................................................................................5
7.PERFIL DO PACIENTE A SER ADMITIDO NAS ESPECIALIDADES DA UCM..6
8.ATRIBUIÇÕES E ROTINAS DAS EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS NAS ADMISSÕES DE PACIENTES...9
9.PLANEJAMENTO DE CUIDADOS..........................................................................................................14
10. ROTINAS PARA DESOSPITALIZAÇÃO.................................................................................................15
11. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................17
12. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO ............................................................................................19
13. ANEXOS ............................................................................................................................................20

1. OBJETIVOS
Apresentar as condições determinadas para alta segura do paciente internado nas
especialidades da Unidade de Clínica Médica (UCM), o que engloba aspectos referentes à sua admissão
e ao plano terapêutico desenvolvido durante sua permanência, bem como o planejamento
multiprofissional do cuidado.

2. CONCEITOS
✓ Alta - ato médico que determina a finalização da assistência prestada ao paciente, ou seja, a
finalização da internação hospitalar. O paciente pode receber alta com seu estado de saúde inalterado,
melhorado ou curado.
✓ Alta médica x alta hospitalar – o termo “alta médica” refere-se à resolução do problema clínico do
paciente, ou seja, a finalização do tratamento que o levou à internação hospitalar. O paciente recebe
alta, sem indicação de continuidade de tratamento.
• O termo alta hospitalar refere-se à saída do paciente do ambiente hospitalar para continuidade
do tratamento, seja em sua residência, com suporte ambulatorial ou de atendimento domiciliar, ou
para outros hospitais ou para Instituições de Longa Permanência (ILPs).
• A alta hospitalar não pressupõe o término do tratamento médico e sim a indicação de que este
tratamento possa ser prestado em outro ambiente (Parecer CREMESP – Conselho Regional de
Medicina de São Paulo, nº 116915/2010).

3. INFORMAÇÕES GERAIS

3.1 Condições especiais de saída do paciente


✓ Evasão - saída do paciente do hospital sem autorização médica e sem comunicação ao setor
onde se encontrava internado. O HC-UFTM dever observar o que preconiza a Norma Operacional
Evasão Hospitalar e Alta Hospitalar Contraindicação Médica”, versão 3”, Link:

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https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/normas-operacionais/NormaEvasov3final.docx.pdf
✓ Desistência do tratamento – alta pedida com contraindicação médica: saída do paciente do
hospital sem autorização médica, porém, com comunicação ao setor em que se encontrava,
motivada por decisão do paciente ou de seu responsável. Observar a Norma Operacional Evasão
Hospitalar e Alta Hospitalar Contraindicação Médica.
✓ Alta administrativa - rompimento da assistência prestada ao paciente por determinação
institucional, motivada por falta de sua colaboração;
✓ Óbito – cessação da vida;
✓ Transferência externa – mudança do paciente de um hospital para outro;
✓ Transferência interna – mudança do paciente de uma unidade de internação para outra
e/ou de uma equipe assistencial para outra, dentro do mesmo hospital.

3.2. Unidade de Clínica Médica (UCM)


Pacientes internados nas especialidades de:
✓ clínica médica/geriatria;
✓ gastroenterologia;
✓ pneumologia;
✓ nutrologia;
✓ endocrinologia;
✓ dermatologia;
✓ infectologia;
✓ Psiquiatria.

Pelos aspectos assistenciais envolvidos, as orientações contidas neste protocolo (PRT) podem
ser extrapoladas para outras especialidades clínicas que internam seus pacientes nas enfermarias
da UCM, tais como:
✓ oncologia;
✓ hematologia;
✓ reumatologia;
✓ nefrologia;
✓ cardiologia;
✓ neurologia.

3.3 Paciente Adulto


Pacientes com 14 anos ou mais, cujos cuidados durante a internação nesta instituição não são
prestados pelas equipes da pediatria.

4. ADMISSÕES
Os pacientes admitidos na enfermaria da UCM podem ter as seguintes origens principais:

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• Unidade de Urgência e Emergência - UUE (Pronto Socorro Adulto): pacientes que foram recebidos,
via Sistema de Regulação (SISREG), em urgência ou emergência, por meio da vaga zero ou não,
permanecendo na UUE por tempo variável, até terem condições de transferência às enfermarias,
direcionados às elas após avaliação e estabilização do quadro. O paciente já é encaminhado em
tratamento, com prescrição e evolução diária providenciadas, sendo admitido pelas equipes
assistenciais no dia seguinte, com os devidos ajustes de condutas.

• Unidade de Terapia Intensiva Adulta - UTIAD (geral ou coronariano): pacientes recebidos dos
diversos setores de internação do HC-UFTM ou diretamente da Rede de Atenção à Saúde (RAS), via
Complexo Regulador (CR) do SISREG, com condições graves, ameaçadoras à vida e necessidade de
suporte intensivo, onde permanecem até a estabilização do quadro, com tempo variável de
permanência no referido setor. O paciente é transferido para a UCM em tratamento, com prescrição e
evolução diária providenciadas, sendo admitido pelas equipes assistenciais no dia seguinte, com os
devidos ajustes de condutas.

• Transferências externas: provenientes da RAS, via CR/SISREG, com admissão diretamente nos leitos
das enfermarias, já sendo direcionados para estes. Trata-se de pacientes estáveis hemodinamicamente,
fora das situações de urgência e emergência. As reservas e informações das equipes são feitas pelo
Núcleo Interno de Regulação (NIR). Paciente é recebido pela equipe de enfermagem que aciona a equipe
médica para admissão e recepção do caso. Seguir fluxo, conforme Rotina Operacional Padrão (ROP)
“Fluxo de Admissão de Pacientes da Macrorregião do Triângulo Sul para Unidades de Internação do HC-
UFTM. Link:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/rotinas-operacionais-padrao/ROP_Admissao_pacientes_da_macrorregiao_final.pdf
A equipe médica que realiza as admissões é a de plantonistas das enfermarias ou, na ausência
destes, plantonistas de clínica médica da UUE:
✓ No caso da neurologia, os pacientes são admitidos pela equipe de plantão da referida
especialidade.
✓ Casos cirúrgicos: em geral são direcionados para a Unidade de Clínica Cirúrgica (UCIR). Casos
excepcionais, direcionados aos leitos de enfermaria da UCM, serão admitidos pelos médicos
plantonistas de clínica cirúrgica da UUE.

• Internação de pacientes eletivos: provenientes de solicitações de internação eletiva, devidamente


tramitadas na RAS, seguindo todos os fluxos das internações eletivas, com programação de data de
internação, reserva de leitos, dentre outros.

• Pacientes porta-aberta, provenientes dos ambulatórios: pacientes com condições que garantem
porta-aberta, conforme pactuação com a RAS, encaminhados para internação após serem avaliados
pelas equipes nos ambulatórios e constatada a necessidade de internação, mediante prévia
comunicação com o NIR e disponibilidade de leitos.

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Para esses casos, na impossibilidade de leitos disponíveis nas enfermarias e de


direcionamento dos pacientes para internação nas Unidade de Pronto Atendimento (UPAs), ou nas
situações de urgência/emergência, de risco iminente de vida, os pacientes serão encaminhados a UUE,
mediante comunicação com a chefia da UUE, Responsável Técnico (RT) médico, acolhimento e médicos
plantonistas, sendo direcionado às enfermarias assim que leito disponível e estabilização do quadro.

• Transferências internas:
✓ Para outras enfermarias: pacientes provenientes de outras enfermarias da HC-UFTM mediante
programação com o NIR e comunicação com as equipes, por necessidades próprias da instituição, tais
como organização dos isolamentos, adequações do perfil de pacientes ao perfil de cuidados das
enfermarias, dentre outros. Neste caso, os pacientes permanecem aos cuidados das mesmas equipes
médicas, alterando apenas o local de prestação de cuidados.
✓ Para as UTIs: pacientes provenientes das enfermarias, mediante desenvolvimento de
complicações agudas e risco iminente de vida, com necessidade de terapia intensiva. A equipe médica
deve comunicar com equipe médica das UTIs, realizar solicitação de vaga e, na indisponibilidade desta,
também realizar solicitação de vaga externa nos Sistemas de Regulação do Município e do Estado, com
apoio do NIR.

5. JUSTIFICATIVAS
O adequado cuidado prestado ao paciente garante não apenas a qualidade da assistência, mas
também um menor tempo de permanência, com impacto em sua saúde e nos processos institucionais,
com alocação mais eficiente de recursos, garantia de cuidado a um maior número de pacientes, dentre
outras vantagens. Este processo bem-feito acarreta melhorias assistenciais e de qualidade
institucional.
Esse cuidado se inicia no momento da admissão do paciente no setor, continua durante sua
permanência e no seu planejamento de alta, garantindo que esta alta seja segura do ponto de vista da
saúde do paciente, permitindo seu retorno ao seu ambiente e reduzindo as taxas de re-hospitalização.

6. REQUISITOS PARA ALTA SEGURA


✓ Reversão dos fatores que motivaram a internação;
✓ Educação do paciente quanto às implicações da sua doença – prognóstico, continuidade dos
cuidados, dentre outros;
✓ Educação do paciente quanto à sua terapêutica;
✓ Condições de realizar Atividades de Vida Diária (AVDs) e dar continuidade ao seu tratamento, de
forma independente ou mediante suporte adequado;
✓ Conhecer as limitações e restrições do pós-alta e os aspectos envolvidos no seu processo de
recuperação;
✓ Ser capaz de detectar sinais de piora clínica e estar orientado quanto aos fluxos para buscar
atendimento.

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7. PERFIL DO PACIENTE A SER ADMITIDO NAS ESPECIALIDADES DA UCM


Para que o cuidado seja prestado da melhor forma ao paciente, é importante que estes sejam
transferidos para as especialidades com maior expertise nos agravos de saúde que apresenta.
Para tal, segue a definição do perfil assistencial de cada especialidade da UCM. A transferência
de pacientes para as especialidades, seja proveniente da UUE, seja da UTIAD, seja de outros setores,
devem atender a essas características.
As mesmas também serão úteis quando da solicitação de transferência de cuidados de
pacientes entre as especialidades dentro do setor.

Clínica médica:
➢ pacientes com quadros sistêmicos em investigação diagnóstica;
➢ pacientes geriátricos com agravos sistêmicos e/ou síndromes geriátricas específicas;
➢ pacientes em cuidados paliativos não-oncológicos;
➢ pacientes psiquiátricos;
➢ pacientes multimorbidade que NÃO SE ENQUADRAM nos transtornos listados para as
especialidades abaixo, dentre outros.

Gastroenterologia:
➢ pacientes com agravos do sistema digestivo, infecciosos, inflamatórios, imunes, funcionais, tais
como:
✓ hemorragias digestivas alta e baixa;
✓ diarréia e oclusão/pseudo-oclusão intestinal;
✓ abdome agudo não cirúrgico;
✓ doenças hepáticas e das vias biliares;
✓ doenças pancreáticas;
✓ outras.

Pneumologia:
➢ pacientes com agravos do sistema respiratório, infecciosos, inflamatórios, imunes, funcionais, tais
como:
✓ pneumonias: comunitárias (típicas e atípicas), broncoaspirativas, nosocomiais, da ventilação
mecânica;
✓ outras doenças infecciosas das vias aéreas, tais como tuberculose e outras micobactérias,
pneumonias fúngicas e virais, no paciente não HIV;
✓ transtornos da pleura e do espaço pleural, bem como das vias aéreas não cirúrgicos, tais como:
derrames pleurais, pneumoconioses, bronquiectasias, dentre outros;
✓ doenças intersticiais pulmonares;
✓ hemorragia alveolar de etiologia indefinida;
✓ asma;
✓ Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC);
✓ Tromboembolismo Pulmonar (TEP);

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✓ pacientes com difícil desmame de dispositivos de assistência ventilatória (ventilador mecânico


BiPAP - BI-level Positive Airway Pressure) e de próteses respiratórias (cânula de traqueostomia), bem
como dependência de oxigenioterapia de etiologia indeterminada, para os quais seja necessário
intervenção especializada.

Infectologia:
➢ intercorrências clínicas em pacientes vivendo com HIV;
➢ doenças infecciosas sistêmicas, tais como fungos, micobactérias;
➢ investigação de febre prolongada;
➢ tratamento de agravos de acidentes com animais peçonhentos;
➢ demais doenças infecciosas e transmissíveis.

Endocrinologia:
➢ pacientes com agravos do sistema endócrino, infecciosos, inflamatórios, imunes, funcionais, tais
como:
✓ manejo dos transtornos glicêmicos (Cetoacidose Diabética - CAD/Estado Hiperglicêmico
hiperosmolar - EHH);
✓ doenças da tireoide e das paratireoides;
✓ transtornos neuroendócrinos, dentre outros.

Dermatologia:
➢ pacientes com doenças de pele, infecciosas, inflamatórias, imunes, funcionais, tais como:
✓ pênfigo disseminado;
✓ necrólise epidérmica tóxica e Síndrome de Stevens Johnson;
✓ dentre outros.

Nutrologia:
➢ pacientes com transtornos nutricionais graves, tais como:
✓ Síndrome do intestino curto;
✓ Síndromes disabsortivas graves;
✓ Dependência de nutrição parenteral;
✓ Distúrbios carenciais graves;
✓ Dentre outros.

Oncologia:
➢ pacientes com doenças neoplásicas, exceto as urológicas, cirúrgicas, ortopédicas, ginecológicas e
hematológicas:
✓ intercorrências em pacientes oncológicos;
✓ pacientes oncológicos em cuidados paliativos;
✓ paciente com neoplasia clinicamente definida, ainda que aguardando histopatológico ou definição
de sítio primário, dentre outros.

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• Demais especialidades que podem ocupar leitos na UCM:

Hematologia:
➢ pacientes com agravos do sistema hematológico, infecciosos, inflamatórios, imunes, funcionais,
tais como:
✓ neoplasias hematológicas;
✓ hemoglobinopatias;
✓ síndromes mielodisplásicas;
✓ citopenias em investigação/ tratamento, dentre outros.

Reumatologia:
➢ pacientes com agravos do sistema locomotor e do tecido conectivo, infecciosos, inflamatórios,
imunes, funcionais, tais como:
✓ doenças reumáticas imunomediadas: lúpus eritematoso cutâneo, esclerose sistêmica, miopatias
autoimunes sistêmicas, entre outros;
✓ artrites sépticas e reativas ou outras em investigação;
✓ vasculites, dentre outras.

Nefrologia:
➢ pacientes com agravos do sistema renal e urinário, infecciosos, inflamatórios, imunes, funcionais,
tais como:
✓ intercorrências em renais crônicos dialíticos;
✓ intercorrências em transplantados renais;
✓ infecções urinárias complicadas e/ou multirresistentes;
✓ glomerulopatias, tubulopatias;
✓ paciente cujo motivo da admissão é quadro de Insuficiência Renal Aguda (IRA) ou agudização de
Insuficiência Renal Crônica (IRC), ainda que desencadeados por outras condições (pneumonia; Infecção
do Trato Urinário - ITU), permanecendo como meta terapêutica principal o controle do quadro renal,
com ou sem programação de terapia dialítica, dentre outros.

Cardiologia:
➢ pacientes com agravos do sistema cardiovascular, infecciosos, inflamatórios, imunes, funcionais,
metabólicos, tais como:
✓ síndromes coronarianas agudas e crônicas;
✓ insuficiência cardíaca;
✓ distúrbios de condução e arritmias;
✓ doenças do pericárdio;
✓ doenças valvares;
✓ hipertensão de difícil controle/hipertensão secundária;
✓ pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca, dentre outros.

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Neurologia:
➢ pacientes com agravos do sistema neurológico, infecciosos, inflamatórios, imunes, funcionais, tais
como:
✓ pacientes com condições neurológicas centrais ou periféricas em investigação, em curso
terapêutico ou em descompensação;
✓ AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico ou isquêmico (AVCi): todos os pós-AVCi
trombolisados; todos os pós-AVC em estratificação prognóstica; todos os pós-AVC agudos durante a
internação em curso;
✓ síndromes convulsivas;
✓ doenças desmielinizantes agudas ou crônicas.

Psiquiatria:
➢ pacientes são evoluídos pela clínica médica e interconsulta com a psiquiatria.

8. ATRIBUIÇÕES E ROTINAS DAS EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS NAS ADMISSÕES DE PACIENTES


Os pacientes a serem recebidos na UCM são aqueles estáveis clinicamente, preferencialmente
de especialidades clínicas, cujos leitos tenham sido reservados pelo NIR.
Os pacientes devem ser encaminhados com toda a documentação organizada constando as
informações: leito, especialidade responsável pela continuidade dos cuidados. Essas informações
devem ser disponibilizadas pelo setor de origem do paciente na última prescrição e última evolução,
mediante o perfil de cuidados descritos no item 5 e, no caso da UTIAD, paciente recebe alta para a
clínica pela qual foi encaminhado.

Escriturário/secretário do setor:
✓ recebe a documentação e organiza o prontuário;
✓ confecciona a placa de identificação do leito;
✓ se a informação NÚMERO DO LEITO E PARA QUAL ESPECIALIDADE O PACIENTE ESTÁ SENDO
ENCAMINHADO não estiver presente e clara, deve ser feito contato imediatamente entre os
escriturários da UCM com o do setor de origem para verificação dos dados;
✓ após a admissão, o paciente é inserido no censo do Aplicativo de Gestão para Hospitais
Universitários (AGHU), com as informações corretas e completas;
✓ atualizar diariamente o KANBAN da enfermaria;
✓ auxiliar na organização e revisão dos prontuários médicos;
✓ auxiliar na organização dos documentos na sala de prescrição médica;
✓ acondicionar e encaminhar adequadamente as prescrições médicas e seus anexos (como
formulários de antibióticos e de hemocomponentes, pedidos de compra), além de pedidos de exames;
✓ realizar os agendamentos de exames tempestivamente;
✓ solicitar transporte de pacientes para alta e exames em tempo breve, comunicando ao serviço
social e NIR eventuais dificuldades para auxílio;
✓ participar diariamente do “Huddle” do setor. Seguir os passos descritos na ROP “Daily Huddle na
Unidade de Urgência e Emergência”, link:

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https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/rotinas-operacionais-padrao/ROP_DAILY_HUDDLEfinal.pdf
Observação: a atualização dos dados (data prevista de alta e KANBAN) será realizada no dia seguinte,
após sua disponibilização pela equipe médica assistencial que assumirá o caso.

Enfermagem
Após a reserva de leito e informação às equipes pelo NIR a enfermagem deve se organizar
para agilizar os procedimentos para receber o paciente na enfermaria. O mesmo ocorre quando da alta
médica, com objetivo de disponibilizar o leito para nova internação.
O paciente deve chegar na enfermaria acompanhado de equipe do setor de origem, os quais
devem passar o caso presencialmente ao enfermeiro e técnico em enfermagem do leito. Ao receber o
paciente:
✓ devem ser realizadas as escalas de BRADEN, MORSE e FUGULIN;
✓ conferida a pulseira de identificação;
✓ instalada a placa de identificação do leito;
✓ verificados os dispositivos e as trocas necessárias devem ser realizadas imediatamente;
✓ avaliada presença de Lesão por Pressão (LPP), com notificação no VIGIHOSP (Sistema de
Notificação de Eventos Adversos e Queixas Técnicas) se houver;
✓ Realizadas todas as rotinas conforme Processo de Enfermagem;
✓ agilizados o transporte e a realização de exames e procedimentos, priorizando os pacientes em
alta médica programada;
✓ quando da alta médica, agilizar a limpeza do leito, que deve ser feita com tempo máximo de 2
horas a partir da saída do paciente;
✓ Acionar prontamente os médicos plantonistas para atendimento de intercorrências e participar
delas;
✓ auxiliar as equipes no manejo de casos de óbito, evasão e alta a pedido contraindicação médica,
com vistas principalmente à prevenção dessas últimas;
✓ participar ativamente do plano terapêutico, das visitas multiprofissionais e do planejamento de
alta segura dos pacientes;
✓ preparar o paciente e familiares para a alta, realizando todas as orientações necessárias;
✓ inserir os pacientes nos cuidados, permitindo sua permanência durante os banhos, curativos e
demais e procedimentos, quando possível, realizando orientação e treinamento diário dos mesmos
para garantia de cuidados domiciliares adequados;
✓ participar diariamente do “Huddle” do setor;
✓ participar diariamente dos “Rounds” da equipe de enfermagem do setor.

Equipe médica assistencial:


✓ diariamente deve conferir o censo nas enfermarias da UCM e UCIR e outras, caso haja pacientes
da especialidade (casos em que será feita comunicação prévia pelo NIR) e assumir os casos
encaminhados aos seus cuidados;
✓ Realizar os cuidados clínicos necessários;

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✓ Confeccionar o plano terapêutico multiprofissional, conforme necessidade do caso clínico do


paciente;
✓ determinar a data prevista de alta;
✓ solicitar acompanhamento de todos os membros da equipe multiprofissional, de preferência
passando e discutindo o caso pessoalmente àquelas equipes presentes no setor (nos dias em que não
houver visita multiprofissional, uma vez que essa rotina ocorrerá naturalmente no dia da visita),
conforme necessidade do caso, e conforme descrito abaixo;
✓ disponibilizar as informações do caso no quadro de KANBAN e pendências, atualizando-o
diariamente;
✓ manter diálogo claro com o enfermeiro do leito, informando acerca das rotinas necessárias ao
cuidado, tais como inserção, retirada ou trocas de dispositivos, ajustes de medicamentos, exames a
serem coletados ou para serem encaminhados;
✓ realizar os procedimentos indicados, conforme normas de saúde e segurança, solicitando auxílio
da equipe de enfermagem;
✓ solicitar todos os exames laboratoriais e de imagem de forma correta e rápida, disponibilizando a
informação na prescrição médica;
✓ comunicar-se clara e adequadamente com os pacientes e seus familiares, fornecendo boletim
médico diariamente;
✓ revisar diariamente pacientes elegíveis para alta ou transferência;
✓ revisar diariamente pacientes elegíveis para outras formas de desospitalização, tais como
encaminhamento ao Hospital-Dia (os encaminhamentos devem ser feitos de segunda à quinta-feira
para organização do serviço) ou transferências a outros hospitais, com inserção dos pacientes no
SISREG/SUSFACIL e comunicação com o NIR;
✓ observar necessidades de isolamento e, quando constatado, articular com equipe de enfermagem
e NIR;
✓ atentar-se a todas as regras de prescrição segura e realizar os ajustes solicitados pela enfermagem
e/ou farmácia em tempo breve;
✓ realizar as prescrições até às 10 horas;
✓ realizar as altas até as 12 horas;
✓ TODA ALTA MÉDICA DEVERÁ SER ACOMPANHADA DE RETORNO AMBULATORIAL PRECOCE,
PREFERENCIALMENTE EM ATÉ 15 DIAS. Este retorno deverá ser agendado pelo médico assistente e/ou
seu residente, diretamente com o NIR, e orientado o paciente no momento da alta;
✓ atentar-se a toda a documentação e orientação necessária ao paciente e seus familiares no
momento da alta;
✓ comunicar TODA a equipe multiprofissional envolvida no caso sobre a alta com, no mínimo, 48
horas de antecedência para que todos possam cumprir com suas rotinas frente à continuidade de
cuidados.

Assistente social:
✓ acompanhar todas as demandas sociais dos pacientes internados;
✓ auxiliar as equipes médicas e pacientes/familiares na aquisição de medicamentos e insumos;
✓ auxiliar as famílias nos processos de desospitalização, em especial no direcionamento a ILPIs;
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✓ participar das reuniões e conferências familiares juntamente com as equipes médicas;


✓ identificar pacientes sob risco social e comunicar às equipes médicas para as medidas cabíveis;
✓ auxiliar as equipes médica e de enfermagem no manejo de casos de óbito, evasão e alta a pedido
contraindicação médica, com vistas principalmente à prevenção dessas últimas;
✓ participar ativamente do plano terapêutico, das visitas multiprofissionais e do planejamento de
alta segura dos pacientes;
✓ preparar o paciente e familiares para a alta, realizando todas as orientações necessárias e
programando retornos na instituição ou encaminhamento para a rede conforme disponibilidade de
recursos e serviços;
✓ participar diariamente do “Huddle” do setor.

Psicologia
✓ acompanhar pacientes e familiares com demandas psicológicas;
✓ identificar pacientes e acompanhantes com transtornos ou sob risco de desenvolver transtornos
psicológicos e comunicar às equipes médicas para as medidas cabíveis;
✓ auxiliar as equipes médica e de enfermagem no manejo de casos de óbito, evasão e alta a pedido
contraindicação médica, com vistas principalmente à prevenção dessas últimas;
✓ participar ativamente do plano terapêutico, das visitas multiprofissionais e do planejamento de
alta segura dos pacientes;
✓ preparar o paciente e familiares para a alta, realizando todas as orientações necessárias e
programando retornos na instituição ou encaminhamento para a rede conforme disponibilidade de
recursos e serviços;
✓ participar diariamente do “Huddle” do setor.

Nutrição:
✓ realizar triagem e avaliação nutricional dos pacientes internados na UCM;
✓ realizar planejamento nutricional e acompanhamento dos pacientes com distúrbios ou em risco
de desenvolver distúrbios nutricionais;
✓ acompanhar pacientes em uso de dietas orais, enterais e parenterais;
✓ auxiliar a equipe médica, pacientes e familiares na aquisição de dietas específicas, quando
indicado;
✓ participar ativamente do plano terapêutico, das visitas multiprofissionais e do planejamento de
alta segura dos pacientes;
✓ preparar o paciente e familiares para a alta, realizando todas as orientações necessárias e
programando retornos na instituição ou encaminhamento para a rede conforme disponibilidade de
recursos e serviços;
✓ participar diariamente do “Huddle” do setor.

Fisioterapia:
✓ acompanhar e prestar cuidados a todos os pacientes com dispositivos ventilatórios auxiliares;
✓ acompanhar os processos de manejo de vias aéreas e ventilação mecânica, auxiliando na
instalação no manejo e desmame dos mesmos;
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✓ acompanhar os pacientes, que tenham prescrição de fisioterapia, com déficits funcionais,


realizando os processos de reabilitação necessário de acordo com a avaliação fisioterapêutica;
✓ participar ativamente do plano terapêutico, das visitas multiprofissionais e do planejamento de
alta segura dos pacientes;
✓ preparar o paciente e familiares para a alta, realizando todas as orientações e treinamentos
necessários relacionados à traqueostomia e/ou uso de BIPAP/CPAP - Pressão positiva contínua na via
aérea;
✓ inserir os pacientes e o cuidador nos cuidados, permitindo sua permanência durante os
procedimentos quando possível, realizando orientação e treinamento relacionados à reabilitação
respiratória e motora para garantia de cuidados domiciliares adequados;
✓ participar diariamente do “Huddle” do setor.

Fonoaudiologia:
✓ acompanhar e prestar cuidados aos pacientes com sondas nasoenterais e traqueostomias, quando
solicitado por interconsulta médica;
✓ acompanhar e prestar cuidados aos pacientes com transtornos de linguagem e disfagia, realizando
avaliações específicas e medidas terapêuticas e de reabilitação indicadas das áreas citadas, quando
solicitado por interconsulta médica;
✓ participar ativamente do plano terapêutico, das visitas multiprofissionais e do planejamento de
alta segura dos pacientes;
✓ preparar o paciente e familiares para a alta, realizando todas as orientações fonoaudiológicas
necessárias;
✓ incentivar a adesão dos pacientes e familiares/cuidadores ao processo de reabilitação
fonoaudiológica durante todo o período da internação hospitalar;
✓ participar diariamente do “Huddle” do setor.

Equipe de médicos plantonistas:


✓ atender prontamente ao chamado da equipe multiprofissional nas intercorrências, manejando-as,
conforme ROP Plantão de Urgência e Emergência Médica, link:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/rotinas-operacionais-padrao/ROPPlantao_Urgencia_Emergencia_REVISAO1.pdf
✓ auxiliar as equipes médica e de enfermagem no manejo de casos de óbito, evasão e alta a pedido
contraindicação médica, com vistas principalmente à prevenção dessas últimas;
✓ auxiliar nos procedimentos para transferência dos pacientes quando necessário;
✓ auxiliar as equipes assistenciais na inserção de pacientes no SISREG/SUSFÁCIL quando indicado;
✓ realizar passagem de plantão adequada, mantendo planilha com informações dos pacientes
atualizadas a cada plantão;
✓ participar diariamente do “Huddle” do setor.

Farmacêutico clínico:
✓ auxiliar as equipes médica e de enfermagem na reconciliação medicamentosa;

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✓ auxiliar as equipes de enfermagem na manutenção de medicamentos em quantidade segura e


adequada, com data de validade, organização e lote corretos, tanto nos carros de emergência quanto
nos postos;
✓ auxiliar as equipes médica e de enfermagem na identificação e correção rápida de possíveis erros
de prescrição e/ou de formulários de forma a não atrasar a administração dos medicamentos aos
pacientes;
✓ preparar o paciente e familiares para a alta, realizando todas as orientações necessárias;
✓ participar diariamente do “Huddle” do setor.

Maqueiros, técnicos em radiologia e técnicos em laboratório:


✓ realizar rapidamente os procedimentos pertinentes à sua área de atuação, priorizando os
pacientes em alta.
✓ participar diariamente do “Huddle” do setor.

NIR:
✓ realizar reserva de leitos;
✓ auxiliar na mobilização de pacientes, disponibilidade de leitos, principalmente de isolamento e UTI
quando necessário;
✓ Auxiliar as equipes médicas nos agendamentos de retorno pós-alta;
✓ auxiliar as equipes na identificação de pacientes elegíveis para transferência;
✓ monitorar as solicitações de transferência no SUSFACIL/SISREG e auxiliar nas articulações com o
Complexo Regulador Municipal;
✓ participar diariamente do “Huddle” do setor.

Hotelaria, almoxarifado, engenharia clínica, Infraestrutura e Tecnologia da Informação (TI):


✓ auxiliar nas demandas de materiais e equipamentos, bem como estruturais do setor para garantia
do cuidado.

Divisão Médica, Setor de Cuidados Especializados, Divisão de Gestão do Cuidado e Gerência de


Atenção à Saúde:
✓ auxiliar as equipes médicas e serviço social na desospitalização de pacientes;
✓ auxiliar na resolução de conflitos entre equipes e familiares quando solicitado.

9. PLANEJAMENTO DE CUIDADOS
O Plano Terapêutico e a programação de desospitalização do paciente inicia-se no momento
da admissão pela equipe médica e multiprofissional e varia conforme o perfil do paciente.
O principal cliente da UCM e o que exige maior interação da equipe multiprofissional é o
paciente acamado, dependente de cuidados, com funcionalidade reduzida e dependência de
dispositivos.
➢ Para este paciente, já no momento da admissão, deve-se:
✓ estratificar prognóstico e funcionalidade;
✓ abordar a família reconhecendo suas necessidades e demandas sociais;
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✓ comunicar com equipe multiprofissional visando avaliação de dispositivos de suporte, tais como:
cânulas de traqueostosmia, sondas nasoenteral e vesical, oxigenioterapia, cuidados com LPP,
monitorização e planejar sua retirada conforme avaliação especializada;
✓ planejar solicitação de medicamentos e insumos, tais como dietas, fraldas, oxigenioterapia e
equipamentos de cuidados domiciliares pelos familiares em seus municípios de origem;
✓ detectar fragilidades que impeçam a alta ao domicílio a qualquer tempo e verificar alternativas,
tais como encaminhamento para ILPs, hospitais de cuidados secundários/prolongados;
✓ todas as especialidades devem atentar-se ao prazo de resposta às interconsultas, vide
Procedimento Operacional Padrão (POP) “Fluxo de Solicitação de Interconsultas, link:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/pops/POP_Interconsultasv2final.docx.pdf
✓ as equipes médicas devem atentar-se à solicitação de exames em tempo hábil e da maneira
correta, realização adequada de preparo para exames e procedimentos, ajustes de prescrição
conforme solicitado pela farmácia tempestivamente, avaliar condutas passíveis de serem realizadas
ambulatorialmente ou em Hospital-Dia (o acionamento deste deve ser realizado de segunda à quinta-
feira) e evitar exames em duplicidade.
✓ quaisquer indisponibilidades de medicamentos e insumos na instituição que impactam na
desospitalização do paciente devem ser imediatamente informadas à chefia da unidade para
providências junto à gestão, observando a estrutura organizacional atual do HC-UFTM.

10. ROTINAS PARA DESOSPITALIZAÇÃO


O paciente deve ser acompanhado pela equipe multiprofissional durante toda a sua estadia
na enfermaria, com discussão do caso e otimização terapêutica diariamente, em especial nas reuniões
do Comitê de Longa Permanência (CLP) e visitas multiprofissionais.
➢ Para auxílio na definição do direcionamento do paciente (domicílio, com ou sem auxílio de
homecare, ILP, hospital de nível secundário ou de longa permanência), podem ser considerados os
seguintes instrumentos:
✓ Tabela de avaliação para planejamento de atenção domiciliar do Núcleo Nacional das Empresas de
Serviços de Atenção Domiciliar (NEAD) – Anexo 1;
✓ Escore de RANKIN: elaborado para pacientes em pós-AVC, pode-se considerar extrapolá-lo para
demais condições e agravos que resultem em pacientes com distúrbios funcionais – Anexo 2.
A alta médica deve ser planejada em equipe e com tempo hábil para que todos possam realizar
suas orientações e condutas com os pacientes e familiares.
Em hipótese alguma o paciente deve receber alta sem comunicação com todos os membros
da equipe multiprofissional que o acompanham e, do mesmo modo, não deve ausentar-se do HC-UFTM
sem que tenha recebido todas as instruções necessárias por parte de toda a equipe.
No momento do acompanhamento deste paciente ao transporte a equipe de enfermagem
deve verificar se há alguma orientação pendente ou dúvida do paciente e familiares, solicitando
presença imediata das equipes para sanar tais demandas antes de liberar o paciente.

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10.1 Alta médica para o domicílio


As equipes precisam estar alinhadas, as famílias devidamente orientadas, o paciente com o
mínimo de dispositivos possíveis, com os equipamentos, materiais e insumos necessários instalados
e disponíveis no domicílio, tais como: oxigenoterapia, aparelho de BiPAP, equipamento e para
aspiração e higienização de vias aéreas, para realização de curativos, dentre outros.
Quanto ao uso de dieta enteral ou dieta especializada, deve-se avaliar a possibilidade de
manufatura, caso não se tenha a dieta industrializada disponível, orientando as possibilidades de
aquisição de forma gratuita ou de menor custo. Para esses pacientes, deverá ser entregue o
relatório para abertura de processo nas prefeituras de origem.
Quanto às fraldas, medicamentos, materiais para curativos e outros, orientar as famílias todas
as possibilidades de aquisição de forma gratuita ou de menor custo;
Será realizado checklist para planejamento da alta qualificada pela equipe multiprofissional
em até 72 horas, previamente à data programada de alta, para verificação e resolução de possíveis
pendências que impactem negativamente neste processo (Anexo 3)
Com apoio do serviço social, a equipe médica deve fazer contato com a RAS para
contrarreferência adequada, tanto por meio do Programa Melhor em Casa, quanto por meio da
equipe de suporte da Estratégia de Saúde da Família, conforme demandas do caso;
A alta deve ser comunicada à família e aos demais membros da equipe com pelo menos 48
horas de antecedência, para que todos realizem as orientações e treinamentos com o paciente e
seus cuidadores e deve ser aplicado pela equipe médica o checklist de alta segura (Anexo 4);
O paciente deve receber alta com retorno precoce programado, preferencialmente nos
primeiros 15 dias, agendado diretamente pela equipe médica no setor de gestão de grades
ambulatoriais com apoio do NIR. No momento da alta deve ser aplicado o checklist de alta pela
equipe médica (Anexo 5).
Aqueles pacientes em condições (ativos, conscientes, orientados) de realizar todas as funções
e todo o autocuidado de forma independente e sem auxílio poderão ser encaminhados pela
enfermagem à Sala de Alta, logo após receberem a alta médica e as orientações e documentações
das equipes multiprofissionais, onde permanecerão aguardando seu transporte. Os demais
pacientes aguardam no leito.

10.2 Alta médica para Instituições de Longa Permanência (ILP)


O serviço social auxilia as famílias na busca por ILPs. Caso solicitado pela instituição, deve ser
agendada visita das equipes das ILPs ao paciente e reunião com equipe médica e multiprofissional
para avaliação do caso.
Caso não seja realizada a visita, todas as informações necessárias devem ser enviadas por
meio de relatórios, receituários e demais formulários pertinentes.

10.3 Alta para outra instituição - transferência externa


O NIR acompanha o status da solicitação e realiza a intermediação com a RAS, comunicando
às equipes médicas a necessidade de resposta a pendências, reinserção no sistema, ou na
disponibilidade da vaga, a necessidade de providenciarem a documentação requerida, contato com
equipe de transporte, dentre outros.
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✓ pacientes com necessidade de continuidade de cuidados em hospital secundário e/ou de


longa permanência: as equipes médicas devem estar atentas e perceber tempestivamente este
momento, questionando-se diariamente se determinado paciente tem necessidade de
continuidade de cuidados no HC-UFTM (terciário/alta complexidade), ou se pode ser transferido a
hospital com outro perfil na RAS. Caso haja pacientes nessas condições, deve ser comunicado ao
NIR, comunicada à família e inserida solicitação no SISREG/SUSFÁCIL.
Para os pacientes de alta médica, com pendência social e dificuldades na disponibilização da vaga
por meio do CR/SISREG, comunicar tempestivamente à chefia da UCM, para solicitação de
providências junto a esses serviços, ou à Divisão Médica (DMED) para contato com o Ministério
Público;
✓ pacientes com necessidade de leito em terapia intensiva, na indisponibilidade de vaga no
HC-UFTM: equipe médica solicita vaga na UTIAD do HC-UFTM e no sistema SISREG/SUSFÁCIL.

11. REFERÊNCIAS

Wilson JTL, Harendran A, Grant M, Baird T, Schulz UGR, Muir KW, Bone I. Improving the assessment of
outcomes in stroke: Use off a structured interview to assign grades on the modified rankin scale.
Stroke. 2002;33:2243-2246. Disponível em: http://www.ineuro.com.br/wp-
content/uploads/rankin_modificado.pdf; Acesso em 25/10/2021;

COSTA, R. Alta hospitalar segura. Disponível em: <http://revistaaptare.com.br/2019/04/22/alta-


hospitalar-segura/ >. Acesso em 25/10/2021;

Tabela de Avaliação Para Planejamento de Atenção Domiciliar – NEAD. Disponível em:


https://www.neadsaude.org.br/pdfs/5-FINAL-SITE.pdf. Acesso em 25/10/2021;

CHECK LIST PARA PLANEJAMENTO DA ALTA QUALIFICADA – adaptada de documento fornecido pelo
Projeto LEAN nas emergências – Hospital Sirio Libanês;

OLIVEIRA, M.D.C. Alta hospitalar segura – a importância das diretrizes assistenciais. Hospital Israelita
Albert Einstein. Disponível em: < https://www.cremeb.org.br/wp-content/uploads/2017/11/A-
importancia-das-diretrizes-assistenciais-para-a-alta-hospitalar_Dr.-Mauro-Dirlando.pdf>; Acesso em
25/10/2021;

COMITÊ E ESCRITÓRIO DE ALTA - adaptado de documento fornecido pelo Projeto LEAN nas
emergências – Hospital Sirio Libanês;

Manual de Estratégias de Altas. Disponível em: < https://docplayer.com.br/66426126-Manual-de-


estrategia-de-altas.html>; Acesso em 25/10/2021.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Padronização da nomenclatura do censo hospitalar. Disponível em: <


https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/padronizacao_censo.pdf>; Acesso em 25/10/2021.
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WERNER, S. M. Proposta de um modelo de gestão para alta hospitalar baseado na abordagem LEAN.
Dissertação de Mestrado. Disponível em:
<repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/179794#:~:text=Proposta%20de%20um%20modelo%2
0de%20gestão%20para%20alta%20hospitalar%20baseado%20na%20abordagem%20lean,-
Mostrar%20registro%20completo&text=Em%20análise%20a%20literatura%2C%20constatou,sequenc
iar%20a%20alta%20de%20pacientes.>. Acesso em: 22/10/2021.

Definições CREMESP. Disponível em: <


http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Pareceres&dif=a&ficha=1&id=9578&tipo=PARECER&orgao=C
onselho%20Regional%20de%20Medicina%20do%20Estado%20de%20S%E3o%20Paulo&numero=116
915&situacao=&data=14-09-2010>; Acesso em: 22/10/2021.

EBSERH. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Ouvidoria. Norma


Operacional “Evasão Hospitalar e Alta Hospitalar Contraindicação Médica, versão 3”, 2021, acesso em
6/1/2022.
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/normas-operacionais/NormaEvasov3final.docx.pdf

EBSERH. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Unidade de Urgência e


Emergência. Rotina Operacional Padrão Daily Huddle na Unidade de Urgência e Emergência, versão 1,
2022. Acesso em 13/7/2022.
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/rotinas-operacionais-padrao/ROP_DAILY_HUDDLEfinal.pdf

EBSERH. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Unidade de Urgência e


Emergência. Rotina Operacional Padrão “Fluxo de Admissão de Pacientes da Macrorregião do Triângulo
Sul para Unidades de Internação do HC-UFTM, versão 3, 2022, disponível em:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/rotinas-operacionais-padrao/ROP_Admissao_pacientes_da_macrorregiao_final.pdf
Acesso em 13/7/2022

EBSERH. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Núcleo de Protocolos


Assistenciais. Rotina Operacional Padrão “Plantão de Urgência e Emergência Médica, versão 2”, 2022,
disponível em:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/rotinas-operacionais-padrao/ROPPlantao_Urgencia_Emergencia_REVISAO1.pdf
Acesso em 13/7/2022

EBSERH. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Divisão de Gestão do


Cuidado. Procedimento Operacional Padrão (POP) “Fluxo de Solicitação de Interconsultas, 2022:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/pops/POP_Interconsultasv2final.docx.pdf Acesso em 13/7/2022
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12. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO


VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
1 24/11/2021 Elaboração do PRT

Elaboração Data: 13/7/2022


Taciana Fernandes Araújo Ferreira, médica, chefe da UCM
Revisão e colaboração
Guilherme Rocha Pardi, Naruna Pereira Rocha, Taísa Aparecida Ferreira, Wanessa de Araújo Maria
Oliveira, Fabiana Barroso Rocha Moreira, Patricia Naves de Resende, Marisley Francisco, Neuza Batista
de Vasconcelos
Validação
Taciana Fernandes Araújo Ferreira, médica, chefe da UCM
Patricia Naves Resende, chefe da UCM substituta
Ivonete Helena Rocha, chefe da Divisão de Gestão do Cuidado
Registro, análise e revisão
Maria Aparecida Ferreira, enfermeira da Unidade de Planejamento, Gestão de Riscos e Controles
Internos (UPLAG)
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da UPLAG
Aprovação
Andreia Duarte de Resende, gerente de atenção à saúde

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Anexo 1 - TABELA DE AVALIAÇÃO PARA PLANEJAMENTO DE ATENÇÃO DOMICILIAR - Núcleo Nacional


das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (NEAD)

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Fonte: https://www.nadsaude.org.br/pdfs/5-FINAL-SITE.pdf

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Anexo 2: Escore de RANKIN modificado:

Fonte: http://www.ineuro.com.br/wp-content/uploads/rankin_modificado.pdf

Estratificação de cuidados conforme escala de RANKINm:

Fonte: Adaptado de: http://revistaaptare.com.br/2019/04/22/alta-hospitalar-segura/

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ANEXO 3: CHECK LIST PARA PLANEJAMENTO DA ALTA QUALIFICADA – adaptada do Projeto LEAN nas
Emergências – Hospital Sirio Libanês - Aplicada pelo enfermeiro diarista, durante visita de leito com
equipe multiprofissional 72 horas antes da data prevista para alta:

Nome do Data Nascimento: /


Paciente: /
Médico Previsão de alta: /
Assistente: /
Responsável pelo Data do preench. /
Preenchimento: /

Interpretação:
Acima de 38 pontos: sugestivo de alta segura
De 15 a 38 pontos: Sugestivo de alta segura com atenção e agendamento
consulta para as próximas 72 horas pós-alta
0 a abaixo de 14 pontos manutenção dos cuidados em ambiente hospitalar.

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Se Necessidades Pós-alta

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ANEXO 4: CHECK LIST DE ALTA SEGURA – aplicado pela equipe médica durante o planejamento da
alta:

Fonte: adaptado de Projeto Lean nas Emergências – Hospital Sírio Libanês

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ANEXO 5: CHECK LIST DE ALTA – aplicado pela equipe médica no momento da comunicação de alta:

- Estado clínico
✓ Reversão dos fatores que motivaram a internação
✓ Condição médica adequada para a alta
✓ O local de cuidados pós-alta oferece condições p/ continuidade do tratamento de reabilitação

- Exames complementares
✓ Recebeu informação sobre exames alterados
✓ Exames realizados entregues ao paciente (quando necessário)
✓ Orientado em relação a resultados pendentes e como proceder

- Educação quanto a sua doença


✓ Sabe seu diagnóstico de alta e implicações da sua doença
✓ Orientado quanto a terapia da sua doença e reconciliação medicamentosa (receita)
✓ Ciente das limitações e restrições pós-alta
✓ Orientado quanto aos sinais de piora e quando procurar seu médico
✓ Acompanhamento / consulta com especialista agendado/orientado
✓ Sumário de alta fornecido/explicado

Fonte: Adaptado de: OLIVEIRA, M.D.C – Hospital Israelita Albert Einstein.

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Anexo 6: Fluxograma de planejamento de alta: INICIO DO PLANEJAMENTO DE ALTA HOSPITALAR


ADMISSÃO PELA EQUIPE MÉDICA RESPONSÁVEL:
- informação da data prevista de alta;
- preenchimento do quadro de pendências /KANBAN

- participação das visitas multi;


Acompanhamento da equipe multiprofissional (Medico, Enfermeiro, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, - participação dos HUDDLE diários;
Nutricionista, Assistente social. Psicólogo) - discussão dos casos no CLP

Necessidade de ILP:
- Assistente social auxilia família na busca;
- Identificar problemas, sequelas ou deficiências temporárias ou permanentes;
- manejar dispositivos conforme quadro clínico

Necessidade de transferência para hospital secundário/longa


permanência:
- comunicação ao NIR e inserção do paciente no SISREG/SUSFÁCIL;
Aplicar os Escores NEAD e RANKIN (An. 1 e 2) – definir ambiente adequado para desospitalização; - solicitar auxílio da DMED/GAS para casos com dificuldade de vagas
pelo CR

Condições para Alta Domiciliar:


- Levantar necessidades especiais para o pós-alta;
- Iniciar processos para aquisição dos insumos e equipamentos necessários; ➢ 72Hs antes da data prevista de alta:
- Identificar cuidador; - Aplicar checklist de planejamento da alta qualificada (An. 3);
- Iniciar orientações e treinamentos para os cuidados domiciliares ➢ 48 Hs antes da data prevista de alta:
- Comunicar equipe multiprofissional
➢ 24Hs antes da data prevista de alta:
- Aplicar check list de alta segura (An. 4)
- Estabilidade Clinica, cuidadores treinados, insumos e equipamentos disponibilizados, agendamentos ➢ No dia da alta:
- Priorizar este paciente – alta até as 10:00;
realizados;
- Equipe médica: realizar checklist de alta (An. 5) após as orientações e
- Contatar equipe de cuidados domiciliares se aplicável;
finalização do sistema;
- Agendamento de consultas
- Equipe de enfermagem: checklist para liberação do paciente; priorizar
- Contrarreferência para a RAS limpeza e liberação do leito para nova admissão
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