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TÍTULO 1
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
TÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS
Art. 3" - O direito à cidade sustentável, entendido como garantia das condições para que
o desenvolvimento municipal se1a socialmente justo, ambientalmente equilibrado e
economicamente viável, visa à qualidade de vida para as presentes e futuras gerações, com a
prevalência da inclusão social e redução das desigualdades_
{ EMBED Word.Picturc.6 }
Art. 4° - A função social da cidade entendida como a garantia de que todas as pessoas
do Município de Cariacica tenham acesso à terra urbanizada, à moradia digna, ao saneamento
ambiental, aos serviços e equipamentos públicos, à infra-estrutura urbana, à mobilidade e ao
transporte público com acessibilidade, sejam eles moradores de áreas urbanas ou rurais.
Parágrafo único - As diretnzes da política urbana a que se refere o CAPUT deste artigo
são aquelas contidas nesta Lei e as descritas no artigo 2º da Lei Federal nº 10.257 de JO de
Julho de 200 l - Estatuto das Cidades.
CAPÍTULO 11
DOS OBJETIVOS
TÍTULO Ili
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
CAPÍTULO 1
TEMAS PRTORJTÁRJOS DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE CARlACICA
Art. 9º - Com base nas características locais e nos objetivos da política de ordenamento
territorial do Municípío ficam definidos os seguintes temas prioritános do Plano Diretor
Municipal de Cariacica:
T- Desenvolvimento Econômico e Regional;
II - Patrimônio Ambiental;
III - J>atrin1õnio .Arquitetônico,
IV - Mobilidade e acessibilidade;
V- Desenvolvimento Territorial.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E REGIONAL
CAPITULO Ili
DA POLÍTICA DE PATRIMÔNIO AMBIENTAL
Art. 12° - A política mun1c1pal de meio ambiente tem por objetivo a promoção do meio
ambiente ecologicamente equilibrado, como um bem comum de toda a população e essencial
à sadia qualidade de VJda, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as atuais e futuras gerações, atendidas as seguintes diretrizes gerais:
I- a reserva e recuperação da qualidade do meio ambiente;
{ EMBED Wortl.Picturc.6 J
CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E
CULTURAL
CAPiTULOV
DA POLÍTICA DE MOBILIDADE IC ACESSIBILIDADE
CAPÍTULO VI
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
{ EMBED Wortl.Picture.6 l
TÍTULO IV
PLANEJAMENTO, GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA
{ EMBED Word.Picture.6 )
CAPÍTULO 1
DO PLANE.JAMENTO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Art. 18º - O planejamento e a gestão democrática e participativa são meios pelos quais
o Poder Público Municipal garantirá a implementação e o monitoramento do Plano Diretor
Municipal de Cariacica con1 base na Instituição de estruturas e processos que favoreçam
práticas motivadoras e estimuladoras da cidadania e integração territoriaJ
desenvolv1mento urbano deverá atender ao disposto nas Constituições Federal, Estadual e Lei
Orgânica Municipal.
Art. 23º - O Município, através de Lei específica, no prazo de vinte e quatro meses, a
partir da publicação desta Lei, procederá à revisão e reestruturação da delimitação de bairros e
de respectivas regiões administrativas onde se inserem com o objetivo de:
l - restringir o número de bairros;
II - eliminar duplicidade de denominação de bairros;
lll - adequar a delimitação das Regiões Administrativas à estrutura urbana
do MW1icipio, características geográficas e ambientais de n1odo a permitir
subdi"\'ISÕes territoriais melhor capacitadas a subsidiar as políticas municipais.
CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO MUNICIPAL
{ EMBED Word.PicturcJí }
Art. 26° - A Assembléia Regional de Política Urbana e Rural, entre outras funções,
deverá:
I- apreciar e propor os objetivos e as diretrizes da política urbana;
II - debater os Relatórios Anuais de Gestão da Política Urbana,
apresentando críticas e sugestões;
m - sugerir ao Poder Executivo adequações nas ações estratégicas
destinadas à implen1entação dos objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos;
IV - sugenr propostas de alteração da lei do Plano Diretor Municipal a
serem consideradas no momento de sua modificação ou revisão.
Art. 27° - Fica criado o Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariacica - CMPDC,
órgão deliberativo e consultivo, integrante da estrutura da Secretaria Mun1c1pal de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano ou a que vier a este substituir, e será tripartite,
paritáno e composto por 18 (dezoito) membros de acordo com os seguintes critérios:
CAPÍTULOill
DOS INSTRUMENTOS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR
Seção 1
Das Audiências Públicas
Art. 29° - Serão promovidas pelo Poder Executivo as .A.udiênc1as Públicas referentes a
empreendimentos ou atividades públicas ou pnvadas em fase de projeto, de implantação,
suscetíveis de impacto urbanístico ou ambiental com efeitos potencialmente negativos sobre a
"\'1zinhança no seu entorno, o nieio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança
da população, para os quais serão exigidos estudos e relatórios de in1pacto ambiental e de
vizinhança nos termos que forem especificados em lei municipal específica.
Seção II
Debates
.i\.rt. 30° - Os Debates serão promovidos pelo Poder Executivo, desde que requeridos até
dez dias após a realização da Audiência Pública, mediante solicitação do Conselho Municipal
do Plano Diretor de Cari;icica ou a requenmento de associações que tenhan1 em seu objetivo a
defesa dos interesses na discussão, ou, ainda, por convocação do Poder Público Municipal
Seção III
Das Consultas Populares
,•
( EMBED Word.Picturc.6 }
Art. 31° - A Consulta Popular será promovida pelo Poder Executivo Municipal,
mediante solicitação do Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariacica, obrigatoriamente,
sob pena de nulidade do ato, nos casos de relevante impacto para a cidade na paisagem,
cultura e modo de viver da população e adensamento populac1ona1.
Seção IV
Da fniciativa Popular
§ 1° - O prazo previsto no caput deste artigo poderá ser prorrogado pelo Chefe do Poder
Executivo por mais um período de sessenta dias, desde que solicitado com a devida
justificativa.
§ 2° - A proposta e o parecer técnico a que se refere este artigo deverão ser amplamente
divulgados para conhecimento público inclusive por meio eletrônico.
Art. 34° - A iniciativa de projeto de Lei se dará em conformidade com o que determina
o artigo 55 da Lei Org~ica Municipal
Seção V
Do Plebiscito e do Referendo
Seção VI
Das Disposições Gerais
Art. 36° - A convocação para a realização das audiências, debates e consultas públicas
deverá ocorrer com antecedência mínima de quinze dias, por meio de publicação em jornal
local de grande circulação, no núnimo duas inserções, afixação de edital em local visível nas
repartições públicas e outros meios que o Poder Executivo entender necessários para a ampla
divulgação.
Art. 37° - Ao final de cada reunião será elaborado relatório consubstanciado nos temas
discutidos, que serão anexados ao processo administrativo a que se referem a fim de
fundamentar a decisão a ser tomada pelo Poder Público.
{ EMBED Wurd.Picturc.6 }
TÍTULO V
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
CAPÍTULO 1
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO li
DO PERÍMETRO URBANO
CAPÍTULO Ili
DO MACROZONEAMENTO DO TERRITÓRIO
Seção 1
Das Disposições Gerais
Seção li
Macrozona de Integração Rural
Seção IV
Macrozona Rural de Produção e Dinamização
Seção V
Macrozona de Amortecimento
Seção VI
Macrozona Rurbana
Art. 55° - Para fins de parcelamento do solo na Macrozona Rurbana somente serão
permitidos glebas com área mínima de 10.000m2 .
Seção VII
Macrozona de Transição
Seção IX
Macrozona de Ocupação Consolidada
Seção X
Macrozona Urbana de Dinamização
CAPÍTULO IV
DO ZONEAMENTO MUNICIPAL
Seção 1
Das Disposições Gerais
Art. 65° - A.s Zonas são subdivisões das Macrozonas em unidades territoriais que
servetn con10 referencial mais detalhado para a definição dos parâmetros de uso e ocupação
do solo, definindo as áreas de interesse de uso onde se pretende incentivar, coibir ou qualificar
a ocupação_
Seção II
Zonas Naturais
Art. 67° - As Zonas Naturais ficam definidas em conformidade com o Sistema Nacional
de Unidades de Conservação - SNUC, Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, como unidades
de proteção integral e unidades de uso sustentável.
§ 1º - O propnctár10 de Reserva Particular de que trata o inciso VII, deste artigo, para
elaboração de plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da Unidade poderá orientar-se
técnica e cientificamente por órgãos ambientais nas diversas esfera..<> de governo.
Art. 73° - Integram a Zona NaturaJ 2, as seguintes áreas indicadas em mapa no anexo 3,
conforme denominação contida nas cartas topográficas do IBGE na escala 1:50.000:
1- Boqueirão do Tomás-ZN 2/01,
Il - Pau-Amarelo ZN 2/02;
Ili - Córrego Cachoeira; ZN 2/03;
IV - Roque1rão ZN 2/04;
V- Vale do Sertão Velho ZN 2/05,
VI - Serra Escravada ! Sabão; ZN 2106;
VIl - Mar1caráZN 2/07;
VTIJ - Morro do Óleo ZN 2/8,
!X - Azeredo ZN 2109;
X- Cachoeir1nha ZN 2/1 O;
XI- Roças Ye\hasZN 2111;
XIT - Assentamento de Vila Progresso ZN 2/J 2.
Art. 74º - Para futuras identificações e classificações das áreas de interesse ambientaJ,
referente à regulamentação oonsideran1-se os parâmetros estabelecidos nesta Lei e nas Leis
que regem a matéria_
Art. 75º - As áreas classificadas como Zona Natural 2 - ZN 2 de que trata o artigo 73,
deverão ser enquadradas em urna das classificações previstas no Art. 71.
Art. 76° - A área classificada como Zona Natural 2 - ZN 2/11 correspondente a região
Roças Velhas poderá ser enquadrada e.orno .A.RIE - Área de Relevante Interesse Ecológico,
conforme artigo 71_
Seção 111
Zona de Proteção Ambiental
Ar·t. 78° - As áreas de Proteção Ambiental fican1 definidas por dois tipos de proteção a
serem alcançados:
I- As Zonas de Proteção Ambiental 1 - ZPA 1 são áreas localizadas
dentro do perín1etro urbano do Município, com vegetação significativa e preservada,
destinadas ao equilíbrio amb1ental, à conservação dos ecossistemas naturais e dos
ambientes criados, com uso sustentável dos seus recursos, podendo ser utilizadas
para fins de pesquisa científica, monitoramento e educação ambiental
II - As Zonas de Proteção Ambiental 2 - ZPA 2 são áreas localizadas dentro
do perimetro urbano, destinadas à recuperação e conservação dos recursos naturais e
paisagísticos, devendo assegurar a qualidade ambiental através do controle do uso e
ocupação do solo, podendo ser utilizadas para fins de pesquisa científica,
mon1toran1ento, educação ambiental, recreação, realização de eventos culturais e
esportivos e atividades ligadas ao tunsmo.
Art. 79º - Compõe a Zona de Proteção Ambiental 1 as área com relevantes atributos
ambientais naturais, que podem sofrer restrições de usos de acordo com a sua função no meio
urbano a exemplo das áreas de manguezais e de áreas à<> margens de cursos d' água,.
Parágrafo único - Na Zona de que trata o caput deste artigo serão permitidas a
promoção de pesquisa cientifica e visitação com objetivos de educação ambiental, sempre
acompanhadas por um guia ou pessoa autorizada pelo órgão municipal ligado ao meio
ambiente_
Art. 84º - Cabe ao Município promover no prazo de dois anos a contar da data de
publicação desta Lei, planos e projetos visando à preservação e a utilização das Zonas de
Proteção Ambiental de modo integrado ao ambiente urbano e ao ecossistema natural.
Art. 85° - O Município para viabilizar os planos especificados no Art. 84 poderá utilizar
o direito de preempçãq.
Seção IV
Zona de Ocupação Preferencial
Art. 86º - As Zonas de Ocupação Preferencial são áreas localizadas dentro do perímetro
urbano, com ou próximas às áreas de melhor infra-estrutura, onde se toma desejável induzir o
adensamento.
Seção V
Zona de Ocupação Controlada
{ EMBED Word.Pictur~.6 J
A1·t. 89° - As Zonas de Ocupação Controlada são áreas dentro do perímetro urbano, de
uso mtsto, dotadas de infra-estrutura urbana, que apresentam necessidade de conter a
ocupação e uso em compatibilidade com a capacidade de infra-estrutura.
Art. 91° - As Zonas de Ocupação Limitada são áreas dentro do perímetro urbano com
baixa densidade de ocupação e com vazios urbanos, apresentando t:,rrande demanda por infra-
estrutura urbana e com sistema viário impondo limites à ocupação.
Seção VIl
Zona Espec1al
aprovação desta lei, atendendo aos objetivos gerais do Plano Diretor Mw1icipal de Cariacica,
e as normas de parcelamento Municipal, Estadual e Federal.
Art. 98° - Os planos específicos para a implantação de atividades nas Zonas Especiais,
de que tratam os artigos 96, 97 e 98, serão submetidos à apreciação do Legislativo, devem
atender os seguintes objetivos:
1- garantir a diversidade de usos na z.ona., incluindo as que atendam ao
interesse social, de cultura e lazer;
II - propiclar acessibilidade às áreas de uso público, incluindo orlas;
m - garantir a preservação do patrimônio histórico, arquitetônico, ambiental
e paisagístico;
IV - promover a integração dos equipamentos instalados, com a cidade;
"
{ EMBED Word.Picturc.6 }
Seção VIII
Zonas Especiais de Interesse Social
Art. 99° - As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS são áreas dentro do perímetro
urbano que exigem tratamento diferenciado dos parâmetros de uso e ocupação do solo urbano,
ocupado predominantemente por populações de baixa renda, ou que tenham sido objeto de
loteamentos e/ou conjuntos habitacionais irregulares, com ausência ou carência de serviços e
infra-estrutura urbana, acessibilidade inadequada que serão destinadas a programas e projetos
especiais de urbanização, reurbanização, regularização urbanística e fundiária.
Art. 100º - As Zonas Especiais de Interesse Social - ZElS apresentam como objetivo
pnncipal:
1- promover a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos
ocupados pela população de bruxa renda;
TI - eliminar os riscos decorrentes de ocupações em áreas inadequadas e,
quando não for possível, reassentar seus ocupantes;
lll - dotar e ou ampliar estas áreas de equipamentos sociais e culturais,
espaços públicos, serviços e comércios;
IV - viabilizar áreas destinadas à manutenção e produção de Habitações de
Interesse Social - HJS, buscando o cumpri1nento da função social da propriedade_;
V- promover política específica de desenvolvimento sócio-econômica e
ambiental
VI - impedir a expulsão indireta, decorrente de valorização imobiliária dos
moradores beneficiados pelas ações de recuperação dos assentamentos precários.
{ EMBED Word.Picturc.6 J
Art. 103º - A Zona Especial de Interesse Social 2 - ZEIS 2 é composta por áreas
públicas ou particulares dotadas parcialmente de infra-estrutura urbana, com acessibilidade
inadequada e apresentando demanda por serviços e equipamentos comunitários.
Art. 104° - A Zona Especial de lnteresse Social 3 - ZEIS 3 é composta por áreas não
edificadas, subutilizadas ou não utilizadas, necessárias à implantação de Programas
Habitacionais de Interesse Social, que deverão ser urbruuzadas e dotadas de serviços e
equipamentos públicos_
Art. 106º - O reconhecimento de novas Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS não
poderá ocorrer em áreas de risco e de proteção ambiental_
Art. 107° - O plano de urbanização de cada Zona Especial de Interesse Social - ZEIS
será elaborado pelo Poder PUblico, com a participação da população moradora, proprietâ.r1os e
in1ciari\'ª privada.
{ EMBED Wurd.Pkture.í> l
Art. 108º - A inclusão de novas Zonas Especiais de Interesse Social - ZElS deverá ser
realizada através de Lei Municipal específica, de acordo com os artigos 103, 104 e 105 desta
Lei, podendo ocorrer por solicitação de associações representativas de moradores ou
proprietários através de requerimento ao órgão municipal competente, devendo ser debatida
na Conferência Municipal da Cidade, apreciado pelo Conselho Municipal de Habitação de
Interesse Social e aprovada pelo Conselho I\-1unicipal do Plano Diretor de Cariacica.
Art. 109º - Os projetos de Habitação de Interesse Social - HIS a serem implantados nas
Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS - deverão atender, preferencialmente, à população
residente no Município de Canac1ca.
Art. 1100 - Instrumentos da política urbana passíveis de serem aplicados nas Zonas
Especiais de Interesse Social :- ZEIS:
I- Concessão de Uso Para Fins de Moradia;
11 - Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsório;
III - Imposto Territorial e Predial Urbano - IPTU, Progressivo no Tempo;
IV - Desapropriação com Pagamento em Títulos da Dívida Pública;
V- Consórcio Imobiliário;
VI - Direito de Preempção;
\iII - Direito de Superiície;
VIII - Usucapião Especial de Imóvel Urbano;
IX - rransferência do Direito de Construir.
Seção IX
Zona Rurbana
Art. 111º - A Zona Rurbana compreende a Zona de Transição entre o ambiente rural e o
urbano, localizada dentro do perímetro urbano concentrando atividades turísticas, ecoturistíca,
agrícolas, pecuária e beneficiamento de produtos agrícolas.
Art. 113º - Para fins de parcelamento do solo urbano na Zona Rurbana somente serão
permitidos lotes com área mínima de 10.000 m1 , destinados a chácaras.
Seção X
Zona Eixos de Dinamização
Art. 114º - Os Eixos de Dinamização são zonas lineares dentro do perímetro urbano
que correspondem às áreas fom1adas a partir dos eixos das vias localizadas estrategicamente,
que possuem 1mportânc1a de ligação e de centralização de atividades de comércio, serviços e
indústrias.
Seção XI
Sub-Centros
CAPÍTllLOV
DA MOBILIDADE
Seção J
Das Disposições Gerais
Art. 121º -O Poder Executivo MlUlícipal no prazo de vinte e quatro meses elaborará o
Plano de Mobilidade e Acessibilidade, em conformidade com os artigos 14 e 15 desta Lei.
Seção II
Sistema Cicloviário
Art. 124º - Compõem o Sistema Cicloviário Básico, conforme mapa, anexo 04:
l- C,iclovia l margeando a Br 101 no Município de Cariacica:,
li - Ciclovia ll margeando a Br 262 no Mun1cípío de Cariac1ca;
Ill - Ciclovia Til inicia-se no bairro Porto Novo, margeando a Orla do
Município e o Rio Marinho até o limite sul do município;
IV - Ciclovia IV inicia-se no bairro Novo Brasil, margeando o Eixo Coletor
Serra do Anil, projetado, e Rio ltanguá. até o limite da Ciclovia lll na altura do bairro
Porto de Santana;
V~ Ciclovia V Inicía·se nas proximidades do Termínal de Campo Grande,
margeando a Ferro,ri.a Leopoldina até o Bairro Progresso no limite com o Município
de Vila Velha;
Vl. Cíclovia VI inícia·se na Br-262, margeando a Avenida Alice Coutinho
até o encontro com a Ciclovia VII na altura do bairro Valparaíso no MlUlicíp10 de
Cariacica;
VIl - Ciclovia VT1 inicia-se no extremo oeste da Br-262, margeando o
Corredor Metropolitano Leste Oeste, projetado, até o encontro com a Ciclovia III na
altura do bairro Valparaíso no Município de Cariacica.
CAPÍTUWVT
DAS ÁREAS DE PATRIMÔNIO HISTÔRICO E ARQUITETÔNICO
{ EMBED Word.Picturc.6 }
Art. 128º - Os imóveis são classificados por seu significado e valor, conforme
indicações a seguir:
I~ valor histórico, atribuído a um bem cultural testemunho de
acontecimento.s de uma época e de um sítio determinado;
TI - ~alor de autenticidade, correspondente à expressão formal que
caracteriza uma época, levando em conta o contexto, o modo de vida e a cultura da
região;
ITI - valor associativo e testemunhal é avaliado com base nos
acontecimentos importantes ocorridos em um imóvel ou setor, que marcam uma
época;
IV - valor arquitetônico, quando um imóvel manifesta com clareza o caráter
com que é concebido, correspondendo à forma, à função, e tendo em conta que o
repertório formal, a espacialidade, os matenais, as formas construtivas não tenham
sido aJterados ao ponto de desvirtuar seu significado e leitura;
V- valor tecnológico se manifesta nos sistemas construtivos, elementos
representativos ou avanços tecnológicos de uma época detenninada:,
VI - valor de antigüidade é o valor adquindo pelos imóveis ou setores
antigos com o transcorrer dos anos e as circunstâncias econômicas e sociais.
Art. 129º - Os imóveis quando classificados por seu grau de preservação são de três
tipos:
I~ Grau l, preservação integral do imóvel que se justifique por manifestar
com clareza o caráter de sua concepção, correspondendo à fonna, à função, por
apresentar repertório formal, espacialidade interna, implantação, materiais e formas
{ EMBED Word.Picturc.6 J
Art. 130° - Para cada grau de preservação dos imóveis devem ser respeitadas a
seguintes exigências:
l - Grau l exige a conservação de organização espacial, materials
construtivos e elementos constitutivos das estruturas, acabamentos exteriores,
interiores e cobertura considerando configuração, estrutura e acabrunento;
II - Grau II exíge a conservação de elementos constituidores de
configuração volumétrica, implantação no lote, linguagem, acabamentos externos e
cobertura considerando configuração, estrutura e acabamento;
m - Grau III exige a conservação de percurso perceptivo e perspectiva
visual, relação fonnal entre volume construído e espaço público de escala
caracteristica pela amplitude hori7.-0ntal ou construção em altura, de caráter
dominante de desenho urbano relacionado ao traçado original e de linguagem
arquitetônica expressiva considerando estilo, elen1entos e formas arquitetônicas.
Art. 135º - Considera-se para efeito de preservação o traçado urbano do setor Hospital
Doutor Pedro Fontes conforme mapa do anexo S b.
( EMBED Word.Picturc.6 }
Art. 138° - São imóveis destinados para estudo e avaliação quanto ao interesse de
preservação:
T- Imóvel Rua Nestor Gomes, s/n (Entre o Colégio Samaritano e o nº 3) -
Sede;
fl - Rodovia Governador José Sete, nº 15 ("Km 12 para Cariacica")-Porto
Belo li;
ID - Hospital de Psicopatas - "Adauto Botelho" - Tucum;
{ EMBEO Word.Picturc.6 )
CAPÍTULO VII
DAS ÁREAS ESPECIAIS DE INTERVENÇÃO URBANA
Art. 139º - As .Áreas Especiais de Intervenção Urbana são aquelas que demandam
política urbana específica visando urbanização ou reestruturação urbana para dinamização ou
revitalização das atividades existentes ou atendimento de novas funções, garantindo a
inserção social e econômica da população, a preservação do patrimônio cultural, em especial
o arquitetônico, a preservação ambiental, o incremento econômico, a estruturação viária
atendendo amplamente às condições de mobilidade e acessibilidade.
Art. 141º - São objetivos básicos da Área Especial de Intervenção Urbana Sede·
J- preservar o patrimônio histórico-cultural promovendo usos compatíveis,
incentivando e orientando a recuperação dos imóveis de interesse de preservação;
{ EMBED Word.Picture.6 l
Art. 142°- São objetivos básicos da Área Especial de Intervenção Urbana Educandário
Alzira Bley e do Hospital Pedro Fontes:
l- preservar o patrimônio histórico-cultural promovendo usos compatíveis,
incentivando e orientando a recuperação dos imóveis de interesse de preservação;
li - valorizar as potencialidades paisagísticas e preservar os locais de
interesse ambiental;
III - compatibilizar o incremento na ocupação urbana com as características
do sistema viário e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana_
Art. 144° - São objetivos básicos da Área Especial de Intervenção Urbana Eixo Área
Central·
I- criar condições para que a área assuma papel de centro comercial de
serviços, administrativo e financeiro do Município;
li - compatibilizar o incremento da ocupação urbana com as características
do sistema viário e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana;
III - introduzir novas dinâmicas urbanas.
Art. 145° - São objetivos básicos da Área Especial de Integração Urbana Morro da
Companhia, ferrovia e CVRD:
I- preservar o patrimônio histórico-cultural promovendo usos compatíveis,
incentivando e orientando a recuperação dos imóveis de interesse de preservação;
IJ - recuperar e preservar as áreas de interesse ambiental;
III - reestruturar e aperfeiçoar o sistema viário e a infra-estrutura instaJada;
IV - compatibilizar o incremento na ocupação urbana com as características
do sistema viário e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana;
V- requalificar conjunto edificado urbano e aperfeiçoar a utilização da
i11;fra-estrutura:
VI - vaJorizar as potencialidades paisagísticas e preservar os locais de
interesse ambiental
{ EMBED Word.Picture.6 }
Art. 146° - São objetivos básicos de parte da Área Especíal de lntervenção Urbana Área
Central Jardim América:
l- preservar o patrnnônio histórico-cultural promovendo usos compatíveis,
tncentivando e orientando a recuperação dos imóveis de interesse de preservação;
II - recuperar e preservar as áreas de interesse ambiental;
III - reestruturar e aperfeiçoar o sistema viário e a infra-estrutura instalada;
IV - compatibilizar o incremento na ocupação urbana com as características
do sistema viário e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana;
V- promover o desenvolvimento econômico da área.
CAPÍTULO VIII
DAS ÁREAS DE BAIXA DENSIDADE DE OCUPAÇÃO
Art. 147° - Áreas de baixa densidade de ocupação são áreas loteadas ou ocupadas de
forma regular ou irregular, com ou sem infra-estrutura urbana que apresentam baixa
densidade ou ausência de ocupação confonne mapa, anexo 07.
Art. 148°- São objetivos da política de urbanização para as áreas de baixa densidade de
ocupação:
l- dotar estas áreas de infra-estrutura;
II - estimular a edificação e utilização urbana, em detrimento da execução
de novos lote~entos_
TÍTULO VI
DO USO, OCUPAÇÃO E PARCELAMENTO DO SOLO
CAPÍTULO l
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO 11
USO DO SOLO URBANO
Art. 152° - Para fins de avaliação do disposto no artigo 151, desta Lei, os usos e
atividades serão analisados em fW1ção de sua potencialidade como geradores de impacto
urbano e ambiental, conforme a seguinte classificação:
1- uso residencial;
II - comercial e de serviço e institucional;
III - industrial.
§ 3º - As atividades indicadas no inciso JIJ do artigo 152, desta Lei, classificam-se em:
I- Industrial I - atividades industriais de pequeno porte, instaladas em um
lote urbano de até 600 m2 e sem impacto urbano e ambiental significativo;
II - Industrial II - atividades industriais de médio porte, cujas installl]ões
abranjam mai? de um lote totalizando área superior a 600 m2 e inferior a 2000 m , ou
que por suas características mesmo ocupando área até 600 m2 estejam sujeitas a
algum tipo de impacto urbano e ou ambiental;
ili - Industrial IJI - atividades industriais de grande porte, Cujas instalações
abranjam áreas iguais ou superiores a 2000 m2 ou que por suas características
especificas causem algum tipo de impacto urbano e ambiental.
Art. 153° - As atividades relacionadas aos usos descritos no artigo 152, desta Lei, serão
enquadradas conforme o grau de impacto urbano e ambiental, observando o rúvel de sua
interferência no meio ambiente, prejuízo social e a mobilidade urbana.
Art. 154° - As atividades são classificadas quanto ao tipo de impacto que geram:
J- Impacto Grau I - enquadram-se neste grupo as atividades residencial
unifamiliar, comercial e prestação de serviços, institucional de àmbito local e
industrial I, que não causem incômodos significativos a vizinhança, poluição
ambiental e nem atraem ou produzam tráfego pesado ou intenso;
II - Impacto Grau n - enquadram-se neste grupo as atividades residencial
multifamiliar; comercial, prestação de serviços, institucional de âmbito municipal; e
industrial II, cujas atividades implantadas podem causar algum tipo de incomodidade
a mobilidade urbana e a VIzinhança demandando maior controle para sua
implantação;
{ EMBED Word.Picturc.6 )
Art. 158° - Para definição e enquadramento dos usos e das atividades conforme o
impacto urbano e ambiental serão observados os seguintes parâmetros:
I- quanto ao impacto ambiental:
a) poluição sonora, aquela que gera impacto causado pelo uso de
máquinas, utensílios ruidosos, aparelhos sonoros ou similares no entorno;
b) poluição atmosférica, aquela que lança na atmosfera matéria ou energia
provenient~s dos processos de produção ou transformação;
c) poluição hídrica, aquela que lança efluentes que alterem a qualidade da
rede hidrográfica ou a integridade do sistema coletor de esgotos;
d) geração de resíduos sólidos, aquela que produz, manipula ou estoca de
resíduos sólidos, com riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública;
e) vibração, aquela que gera impacto provocado pelo uso de máquinas ou
equipamentos que produzam choques receptivos ou vibração sensível.
II - quanto ao impacto na mobilidade urbana:
a) geração de carga e descarga;
b) geração de embarque e desembarque;
c) geração de tráfego de pedestres;
d) caracterização como pólos geradores de tráfego.
III - quanto ao impacto social e econômico:
a) exclusão, no caso de atividades que não se relacionem com o local ou
com a comunidade que estão inseridas;
b) violência, conflitos de usos ocasionando incômodos e insegurança a
população;
c) econômico, no caso de atividades em conflito, gerando perda de
vitabilidade econômica;
d) expulsão, no caso de atividades que instaladas gerem a valorização
imobiliária sem o respectivo desenvolVJmento social.
{ EMBED Word.Picturc.6 }
Parágrafo único - A análise dos impactos de que trata este artigo deve ser considerada
no caso dos usos tolerados.
Art. 159° - A análise técnica dos impactos urbano e ambiental não exclui a necessidade
de licenciamento ambiental, nos casos que a Lei o exigir.
CAPÍTULO Ili
DA OCUPAÇÃO 00 SOLO
Seção 1
Dos Índices de Controle Urbanístico
Art. 161° - Os índices de controle urbanísticos são os constantes dos Anexos 08 e 09.
Art. 163° - Os índices urbanísticos citados no artigo l 61 serão definidos para cada Zona
Urbana de acordo com as tabelas constantes nos anexos 08 e 09 definidos como se segue:
1- Coeficiente de Aproveitamento - CA é o índice que, multiplicado pela
área do terreno, resulta na área máx.una de construção permitida;
ll - Taxa de Ocupação - TO é um percentual expresso pela relação entre a
área da projeção da edificação e a área do lote;
ffi - Taxa de Permeabilidade - TP é um percentual expresso pela relação
entre a área do lote sem pavimentação impermeável e sem construção no subsolo, e
a área total do lote;
TV - Afastamento de Frente - é a distância mínima entre a edificação e a
divisa frontal do lote de sua acessão, no alinhamento com a via ou logradouro
público;
V- Afastamento de FW1dos - é a distância mínima entre a edificação e a
divisa dos fundos do lote de sua acessão;
\ EMBED Wurd.Pkturc.6 }
Art. 167° - Os casos omissos deverão ser tratados em similaridade aos paràmetros
previstos nesta leí, e a partir de estudos específicos analisados pelo Conselho Municipal do
Plano Diretor de Cariacica.
Seção II
Do Parcelamento do Solo
Art. 169° - O Parcelamento do solo urbano atenderá o disposto nesta Lei, e serit
regulado em Lei Municipal, que deverá ser apresentada, num prazo de 360 (trezentos e
sessenta) dias, estabelecendo os parâmetros para aprovação de loteamentos, condomínios
urbanísticos, regularização de loteamentos clandestinos e assentamentos existentes,
observando as disposições da Legislação federal e estadual de que trata a matéria.
Art. 170° - As dimensões minimas de testado e área para cada Zona encontram-se
indicadas no anexo 08 desta Lei.
TITIJLO VII
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
CAPÍTULO 1
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA- EIV E DO RELATÓRIO DO
IMPACTO DE VIZINHANÇA - RIV
Art. 172º - Lei municipal, a ser elaborada num prazo de 12 (doze) meses, definirá os
empreendimentos e as atividades privadas ou públicas na Área Urbana que dependerão da
elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e respectivo Relatório de Impacto de
Vizinhança - RIV, para obter licença ou autorização para parcelamento, construção,
ampliação, renovação ou funcionamento, bem como os parâmetros e os procedimentos a
serem adotados para sua avaliação.
suas proxinlldades, nos termos previstos na lei municipal de Uso e Ocupação do Solo,
incluindo a análise, no núnimo, das seguintes questões:
1- adensamento populacional;
Il - equipamentos urbanos e comunitános;
III - uso e ocupação do solo;
IV - valorização imobiliária;
V- geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - ventilação e Iluminação;
Vil - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;
vm - poluição ambiental;
IX - risco à saúde e à vida da população;
X- dados sócio-econômicos da população.
CAPÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DE INDUÇÃO AO DESENVOLVIMENTO URBANO
Seção 1
Do Parcelamento, Edificação 011 Utilização Compulsórios
Art. 177° - Nas áreas indicadas nesta lei será exigido do proprietário do solo urbano não
edificado, subtilizado ou não utilizado que promova o seu adequado aproveitamento mediante
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios.
Parágrafo único - Considera-se imóvel não utilizado, edificado ou não aqueles providos
de infra-estrutura urbana sem utilização há mais de cinco anos, desde que não seja o único
bem imóvel do propnetário, ressalvados os casos em que a situação decorra de restrições
jurídicas.
Art. 178° - Os imóveis nas condições a que se refere o parágrafo único do artigo 177,
desta Lei, serão identificados e seus proprietários notificados para efetivar a providência
considerada adequada após procedimento administrativo que lhe assegure ampla defesa.
Art. 179° - Lei municipal específica a ser elaborada num prazo de 12 (doze) meses,
deverá estabelecer, entre outras regras:
1- prazo e a forma para apresentação de defesa por
parte do proprietário;
II - casos de suspensão do processo;
111 - órgão competente para, após apreciar a defesa e decidir pela aplicação
do parcelamento, ocupação ou utihz.açào compulsório do ímóvel.
Art. 181º - Fica facultado aos propnetários dos imóveis de que trata este capítulo
propor ao Poder Executivo Municipal o estabelecimento de Consórcio Imobil1ário, conforme
previsto no artigo 185, desta Lei.
Seção II
Do IPTU Progressivo no Tempo
{ EMBED Word.Picturc.6 J
Art. 183° - No caso de descmnpritnento das condições e dos prazos estabelecidos nos
§§ lº e 2º do artigo l 78 desta Lei, o Poder Executivo Municipal aplicará alíquotas
progressivas de Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial lJrbana ·- IPTIJ, majoradas
anualmente, pelo prazo de cinco anos consecutivos até que o proprietário cumpra com a
obrigação de parcelar, edificar ou utilizar o imóvel urbano,
Seção Ili
Da Desapropriação com Pagamento em Títulos
Art. 184°- Decorridos cinco anos de cobrança do 1PfU progressivo no tempo sem que o
propnetário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização do imóvel
urbano, o Município poderá, de acordo com a conveniência e oportunidade, proceder à
desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida pública, de acordo com o que
dispõe a legislação federal aplicável.
Seção N
Do Consórcio Imobiliário
Art. 185° - Fica facultado aos proprietários de qualquer imóvel, inclusive o atingido
pela obrigação de que trata o artígo 181, desta Lei, propor ao Poder Executivo Municipal o
estabelecimento de consórcío imobiliário.
Seção V
Do Direito de Preempção
Art. 189° - O Poder Executivo Municipal poderá exercer o direito de preempção para
aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares confonne disposto
no Estatuto da Cidade, sempre que o Município necessitar de áreas para:
1- regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos de habitação de interesse social;
Tll - constituição de reserva fundiária para promoção de projetos de
habitação de interesse social;
IV - 9rdenamento e direcionamento da expansão urbana;
V- implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer;
VII - mstituição de unidades de conservação ou proteção de áreas de interesse
anlbiental e paisagístico;
V1II - desenvolv1mento de atividades de ocupação produtiva para geração de
trabalho e renda para faixas da população incluídas em programas habitacionais.
Art. 190° - Todas as áreas para aplicação do direito de preempção serão definidas por lei
municipal.
Art. 191º - Lei Municipal estabelecerá no prazo de doze meses após aprovação desta
Lei, os procedimentos administrativos aplicáveis para o exercício do direito de preempção,
observada a legislação fe,deral aplicável
Seção VI
Das Operações lTr·banas Consorciadas
§ l º - Cada operação urbana consorciada será criada por lei municipal específica,
contemplando, no mínimo:
1- delimitação do perímetro da área a ser atingida;
II - finalidades da operação;
ili - programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;
IV - programa de atendimento econômico e social para população de bruxa
renda afetada pela operação, quando isso ocorrer;
V- solução habitacional dentro de seu perímetro, na vizinhança próxima ou
em áreas dotadas de infra-estrutura urbana em condições de oferta de trabalho, no
caso da necessidade de remover moradores de assentamentos precários;
VI - forma de controle da operação, obrigatoriamente estabelecida na lei que
a instituir;
vn- Estudo de Impacto de Vizinhança;
VIII - Estudo de Impacto Ambiental.
Art. 196º - As operações urbanas consorciadas 1erão pelo menos duas das seguintes
finalidades·
1- promoção de habitação de interesse social;
lI - regularização de assentamentos precários;
Ill - implantação de equipamentos urbanos e comunitários estratégicos para
o desenvolvimento urbano;
lV - ampliação e melhoria das vias estruturais do sistema viário urbano;
V- recuperação e preservação de áreas de interesse ambiental, paísagístico
e cultural;
VI - implantação de centros de comércio e serviços para valorização e
dinamização de àreas visando à geração de trabalho e renda;
VII - recuperação de áreas degradadas através de requalificação urbana
Paritgrafo único - Novas àreas para aplicação das operações urbanas consorciadas
poderão ser instituidas por lei municipal específica, atendendo os critérios definidos nesta Lei.
Art 197 - As propostas de Operação Urbana Consorciada deverão ser aprovadas pelo
Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariacica_
Seção Vil
Da Transferência do .Direito de Construir
Seção VIII
Oo Direito de Superfície
Art. 200º • O Município podera receber em concessão, diretamente ou por meio de seus
órgãos e entidades, o direito de superficíe, nos termos da legislação em VIgor, para viabilizar a
implementação de diretrizes constantes desta lei, inclusive mediante a utilização do espaço
aéreo e subterrâneo atendido os seguintes critérios:
1• concessão por tempo determinado;
II · concessão para fins de:
a) viabilizar a implantação de infra·estrutura de saneamento básico;
b) facilitar a implantação de projetos de habitação de interesse social;
e) favorecer a proteção ou recuperação do patrimônio ambiental;
d) viabilizar a implementação de programas previstos nesta lei;
e) viabilizar a efetivação do sistema municipal de mobilidade;
f) viabilizar ou facilítar a implantaç.ão de serviços e equipamentos
públicos,
g) facilitar a regularização fundiária de interesse social
UI - proibição da transferência do direito para tercetros.
Seção IX
Da Concessão de Uso Especial de Imóvel Público Para Fins de Mo1·adia
de moradia, por fanúlia de baixa renda que resida por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, desde que não seja proprietário ou concessionário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 3º - A concessão de uso especial para fins de moradia poderá ser solicitada de forma
individual ou coletiva.
Seção X
Oo Usucapião Especial de Imóvel Urbano
Art. 202° - O Usucapião Especial de Imóvel Urbano assegura para o cidadão que
possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta n1etros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para a sua moradia ou de sua família, que não
seja proprietário de outro imóvel urbano e rural.
§ 2º - O díreito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor mais
de uma vez.
{ EMBED Wortl.Picture.6 J
§ 3º - Para efeítos deste artigo, o herdeiro legítimo continua., de pleno direito, a posse de
seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
Art. 203° ~ As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta metros quadrados,
ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e
sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são
susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam
proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
§ ] º - O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo,
acrescentar sua posse à de seu antecessor, contando que ambas sejam continuas.
Seção XI
Dos lnstt"Umentos da Política Urbana Para as Zonas Especiais de Interesse Social
Art. 204° - Ficam definidos para as Zonas Especiais de Interesse Social os seguintes
instrumentos da política urbana:
I- Concessão de Uso Especial Para Fins de Moradia;
II - Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios;
III - Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) Progressivo no Tempo;
N - Consórcio Imobiliário;
V- Direito de Preempção;
VI - Direito de Superfície;
VIl - Usucapião Especial de ]móvel lJrbano;
V1Il - Transferência do Direito de Construir;
IX - Desapropriação com Pagamento em Títulos.
Seção XII
Dos Instrumentos da Política llrbana Para as Áreas Especiais de Inten;enção
llrbana
Art. 205° - Ficam definidos para as Áreas Especicus de Intervenção Urbana os seguintes
instrumentos da política urbana:
1- Operações Urbanas Consorciadas;
II - Estudo de Impacto de Vizinhança~
III • Transferência do Direito de Constn.Ur:
IV - Direito de Preempção;
V- Direito de Superfície;
VI - Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios;
{ EMBED Word.Picture.6 j
Art. 206° - Fica definido para a área do Educandário Alzira Bley e Hospital Pedro
Fontes para fins de regularização fundlária, alén1 dos instrumentos especificados no artigo
an1enor, a Concessão de Uso Especial para fins de Moradia.
Seção X!Il
Dos Instrumentos da Política lfrbana Para as das Áreas De Baixa Densidade de
Ocupação
TÍTULO VIII
SISTEMA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
Art. 214° - O Poder Executivo editará lei no prazo de seis meses a partir da vigência
desta, regulamentando o Fundo Municipal de Desenvolvimento Territorial previsto no artigo
210.
TITULO IX
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 219º - Será objeto de regulamentação por Decreto do Poder Executivo, dentre
outros:
I- procedimentos para funcionamento da Conferência Municipal das
Cidades;
II - procedimentos para funcionamento das Assembléias Regionais de
Política Urbana Municipal;
m - proce<l.imentos para funcionamento das Conferências sobre Assuntos de
Interesse Municipal;
IV - procedimentos para realização das Audiências Públicas, Debates e
Consultas Públicas;
V- procedimentos administrativos para implantação de Consórcio
Imobiliário;
VI - composição e funcionamento do Conselho Deliberativo de Reserva
Particular do Patrimônio Natural.
Art. 220º - O Poder Executivo no prazo de 36 (trinta e seis) meses, contados a partir da
vigência desta Lei, elaborará e encaminhará para deliberação legislativa os seguintes Planos:
1- Plano Municipal de Mobilidade e Acessibilidade;
II - Plano Mun1cipaJ de Regularização Urbanística e Fundiária;
IIl ~ Plano Municipal de Política Habitacional;
IV~ Plano Municipal de Urbanização referente às Zonas Especiais de
Interesse Social - ZEIS;
V- Plano Diretor Econômico de Canac1c~
VI~ Plano Municipal de Saneamento Ambiental
Art. 221º - São partes integrantes desta Lei os mapas e tabelas que a acompanham, na
forma de anexos, nwnerados de um a dez na seguinte fonna:
J- Anexo OI -Perímetro Urbano;
II - Anexo 02 - Macro.zoneamento;
Ill ~ Anexo 03 - Zoneamento;
IV~ Anexo 04 - Área Central, Eixo de Dinamização, Sub-Centro e
C1cloVIas;
V- Anexo 05 - Preservação 00 Patrimônio Histórico e Arquitetônico;
. :
{ EMBED Word.Picture.6 }
Parágrafo único - Os limites da'> ZPA's descritas no Anexo 03, serão definidos a partir
de poligonal georeferênciada de acordo com o laudo técnico do IDAF (Instituto de Defesa
Agropecuária e Florestal do Espírito Santo).
Art. 223º - O Plano Diretor Municipal de Cariac1ca deverá ser revisto no praz.o máximo
de dez anos, contados a partir da publicação desta Lei.
Art. 226º - Altera-se o ANEXO 08. 1 ZOL do Projeto de Lei Complementar 005/06,
incluindo-se como uso permitido comercial, de serviços e institucional e edifícios de
escritório público ou privado na ZOL 1O, à margem direita do ED/2, sentido Vila Isabel - BR
262, aplicando-se os mesmos índices definidos no Anexo 08.6 paraZOP 01
Art. 227° - Altera-se o ANEXO 08.7 ZOP do Projeto de Lei Complementar 005/06,
inclwndo-se como uso permitido comercial, de serviço e institucional de qualquer âmbito na
ZOP 02/11 e ZOP 02/12 aplicando-se os mesmos índices definidos no ANEXO 08.6 para
ZOP 01.
Parágrafo lntico - Desde que aprovados os projetos referidos no caput deste artigo, o
alvará de licença de construção, devera ser requerido no prazo máximo de 6 (seis) meses, a
contar da vigência desta Lei, sob pena de caducidade.
Art. 229º -Ficam revogadas as Leis nº. 1.639 de 04 de fevereiro de 1985; os incisos 1 e
li do artigo 253, os incisos 1 e II do artigo 268, artigo 275, artigo 276 e seus incisos e
parágrafos, artigo 389 e seus incisos, 390 e seus parágrafos, 391, 392 e 393, artigo 400, 401,
402, 403 e 404 todos da Lei nº. 546 de 27 de agosto de 1971, e demais disposições em
contrário.
ALEXANDREZAMPROGNO
Procurador Geral
RENATO LAURES
Secretário Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano