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PREFEITURA MUNICIPAL DE CARIACICA


ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

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LEI COMPLEMENTAR Nº. 018/2007

Institui o Plano Diretor Municipal do


Município de Cariacica, altera o perímetro
urbano, define o zoneamento urbano e rural e
dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE CARIACICA - ESTADO DO ESPÍRITO


SANTO, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou o ele
sanciona a seguinte Lei Complementar;

TÍTULO 1
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1" - O Plano Diretor Municipal de C.anacica é o instrumento global de


planejamento municipal e de implementação da política de desenvolvimento territorial, social,
econômico e ambiental do Município de Cariacica, em atendimento às disposições do artigo
182 da Constituição Federal e da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 e Lei Orgânica
Municipal, sendo vinculante para todos os agentes públicos e privados.

§1º - O Plano PlurianuaJ Anual (PPA), a lei de diretnzes orçam;ntárias e a lei do


orçamento mWlicipal incorporarão e observarão as diretrizes e prioridades estabelecidas nesta
Lei.

§2º - O Plano Diretor MooicipaJ de Cariacica foi concebido a partir da compreensão do


Município como um todo, 111clu1ndo as áreas urbanas e rurais.

TÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS

Art. 2º - São pnncíp1os do Plano Diretor Municipal de Cariacica e da política de


desenvolvimento e gestão territorial e urbana do Município de Cariac1ca:
I- o direito à cidade sustentável;
Tl - a função social da cidade;
III - a função soc1aJ da propnedade;
IV - a gestão democrática e participativa da cidade;
V- equidade.

Art. 3" - O direito à cidade sustentável, entendido como garantia das condições para que
o desenvolvimento municipal se1a socialmente justo, ambientalmente equilibrado e
economicamente viável, visa à qualidade de vida para as presentes e futuras gerações, com a
prevalência da inclusão social e redução das desigualdades_
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Art. 4° - A função social da cidade entendida como a garantia de que todas as pessoas
do Município de Cariacica tenham acesso à terra urbanizada, à moradia digna, ao saneamento
ambiental, aos serviços e equipamentos públicos, à infra-estrutura urbana, à mobilidade e ao
transporte público com acessibilidade, sejam eles moradores de áreas urbanas ou rurais.

Art. 5° - A função social da propriedade serà cumprida quando atender às diretnzes da


política urbana e exigências para a organização do território de Car1acica expressas nesta Lei.

Parágrafo único - As diretnzes da política urbana a que se refere o CAPUT deste artigo
são aquelas contidas nesta Lei e as descritas no artigo 2º da Lei Federal nº 10.257 de JO de
Julho de 200 l - Estatuto das Cidades.

Art. 6º - A gestão democrática e participativa tem por objetivo garantir a participação


da sociedade na implantação da política urbana, desde a concepção de planos, programas e
projetos, até sua execução e acompanhamento.

Parágrafo único - A gestão democrática e participativa deverá vincular o


desenvolvimento do Município de Cariacica às práticas do planejamento territorial e urbano,
integrando, obrigatoriamente, as diretrizes e exigências desta lei às políticas setoriais.

Art. 6A - O principio da equidade será cumprido quando as diferenças entre as pessoas e


os grupos sociais forem respeitadas pela legislação e, na implementação da política urbana,
todas as disposições legais forem interpretadas e aplicadas de fonna a reduzir as
desigualdades socioeconôm1cas no uso e na ocupação do solo deste município devendo
atender os seguintes objetivos, da construção de wna sociedade livre, justa e solidána.

CAPÍTULO 11
DOS OBJETIVOS

Art. 7° - São objetivos gerais a serem alcançados através da implementação do Plano


Diretor Municipal de Car1ac1ca:
l- a participação da sociedade nos processos de plane1amento e de gestão
territorial e urbana;
II - a indicação de instâncias de controle social para acompanhamento da
execução da política urbana,
III - a integração de políticas públicas com base na compreensão das
dinâmicas sociais, ambientais, econômicas e culturais locais, considerando as
diferenças internas do Município e sua inserção na região;
IV - a utilização sustentável do território municipal, de acordo com as
orientações para localização e funcionamento das atividades econômicas e demais
usos, e de acordo com as orientações para ocupação do solo urbano;
V- o ~aneamento ambiental, através da universalização do acesso à água
potável, aos seíV!ços de esgotamento sanitário, á coleta e disposição de resíduos
sólidos e ao manejo sustentável das águas pluviais, de forma integrada às políticas
ambientrus, de recursos hídricos e de saúde;
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VI - a aplicação de instrun1cntos que possibilitem a gestão social da


valorização da terra urbana. previstos no Estatuto da Cidade:
VII - combater a especulação 1mobiliána;
vm - preservar e conservar o patrimônio de interesse histórico, arquitetônico,
cultural e paisagístico;
IX - promover a urbanização e a regularização fundiária das áreas
irregulares ocupadas por população de bruxa renda;
X- promover a acessibilidade Wliversal, gru·antindo o acesso de todos os
cidadãos, incluso aqui os de necessidades especiais, a qualquer ponto do território,
através da rede viária e do sistema de transporte coletivo.

TÍTULO Ili
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
CAPÍTULO 1
TEMAS PRTORJTÁRJOS DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE CARlACICA

Art. 8° - A política de desenvolvimento do Município de Cariacica, em todos os seus


aspectos multidisciplinares deverá ser orientada com base em diretrizes sustentáveis
estabelecendo formas de desenvolvimento fundamentadas na responsabilidade social,
ambiental, econômica, cultural e política de maneira a contemplar as gerações presentes e as
futuras, respeitando as especificidades locais e buscando a inclusão social e a melhoria da
qualidade de vida de todos.

Art. 9º - Com base nas características locais e nos objetivos da política de ordenamento
territorial do Municípío ficam definidos os seguintes temas prioritános do Plano Diretor
Municipal de Cariacica:
T- Desenvolvimento Econômico e Regional;
II - Patrimônio Ambiental;
III - J>atrin1õnio .Arquitetônico,
IV - Mobilidade e acessibilidade;
V- Desenvolvimento Territorial.

CAPÍTULO II
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E REGIONAL

Art. 10º - A promoção do desenvolvimento econômico e regional em Cariacica deverá


articular as políticas de desenvolv1n1ento temtorial e ambiental para a redução das
desigualdades socirus e melhoria da qualidade de vida no Município.

Art. 11º - São diretrizes para a promoção do desenvolvimento soc1oeconÔ1IDCO e


regional no município de Cariac1ca.
I- a integração com a economia regional;
II - o fortalecimento da identidade econômica local;
Til - a ampliação de parcenas e convênios de interesse da Cidade e
viabilização de financiamentos e programas de assistência técnica nacional e
internacional;
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IV - o incentivo ao en1preendedor1s1no, fortalecendo os pequenos negócios,


e qualificação gerencial do empresanado;
V- o aumento da capacidade de investimento do setor público pelo
incre1nento da arrecadação tributána e eficientização da administração pública;
VI - a formação e qualificação de mão-de-obra;
VII - a articulação metropolitana para a mediação e resolução dos problemas
de natureza supra municipal e ações de cooperação para o desenvolvimento
econônuco;
VIII - a articulação entre as políticas econômica, ambiental, urbana e social;
IX - a descentraliz.ação das atividades de comércio, de serviço e
institucionais para fortalecimento da economia local e melhor atendimento à
população;
X- a indução de distribwção mais eqüitativa das empresas no território
urbano, buscando configuração mais equilibrada do espaço, das possibilidades de
acesso da população e do mercado de trabalho;
XI - a orientação das ações econômicas municipais a partir de um
planejamento articulado e sistêmico;
Xll - o estímulo e apoio ao acesso e ao desenvolvimento do conhecimento
cientifico e tecnológ1co, pelos micros e pequenos empreendimentos, cooperativas e
empresas autogestionárias;
Xill - a compatibilização do crescimento econômico com justiça social,
desenvolvimento social, cultural e equilíbrio ambiental;
XIV - o investimento em infra-estrutura nas áreas urbana e rural de forma a
mininuzar, corrigir as deseconomias de aglomeração presentes no Município e
fortalecer potencialidades locais.
XV - o investimento em infra-estrutura nos setores de transporte coletivo e
acessibilidade,de cargas.
XVI - a pnorização da dinamiz.ação das atividades econônucas, considerando
a inserção metropolitana de Cariacica, tendo em vista os eixos rodoviários e
ferroviários que atravessam o Município, e, suas características ambientais
peculiares, estimulando e apoiando tanto as potencialidades articuladas às funções
que envolvam a logística de transporte, como também as de artesanato, agroindústria,
com destaque para o turismo cultural, agro e eco turismo,
XVII - o fortalecimento da posição de Cariac1ca como pólo regional de
comércio e prestação de servtços, e promover sua inserção polarizadora nas áreas de
educação, saúde, cultura e lazer;
XVlll - a inserção da participação de Cariacica nos circultos e rotas do
tunsmo ecológico, rural, cultural e de esporte de aventura;

CAPITULO Ili
DA POLÍTICA DE PATRIMÔNIO AMBIENTAL

Art. 12° - A política mun1c1pal de meio ambiente tem por objetivo a promoção do meio
ambiente ecologicamente equilibrado, como um bem comum de toda a população e essencial
à sadia qualidade de VJda, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as atuais e futuras gerações, atendidas as seguintes diretrizes gerais:
I- a reserva e recuperação da qualidade do meio ambiente;
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JJ - a garantia efetiva da participação da popu1ação na defesa e preservação
do meio ambiente;
ID - o planejamento e a fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - a adoção de políticas de disctplinamento do uso do solo, do subsolo, da
água e do ar que VISem o desenvo!VImento sustentável do município;
V- a promoção e a articulação das ações educativas voltadas às atividades
de proteção, recuperação e melhoria sócio-ambiental, potencializando a Educação
Ambiental focada para mudanças sociais e ambientais;
VI - a promoção e a redução dos riscos sócio-ambientais;
VJT - o incentivo a adoção de padrões de comportamento destinados à
prevenção e à proteção de danos ambientais ou que VJsem à restauração do meio
ambiente degradado;
VID - a gestão dos recursos hídricos do Município de forma integrada à
política de uso e ocupação do solo e do meio ambiente;
IX - o monitoramento e o controle das atividades potencialmente ou
efetivamente geradoras de impacto no meio ambiente
X- a compatibilização das políticas de desenvolvimento econômico e
social com a política de preservação e a promoção da qualidade do meio ambiente;
XI - a definição de áreas prioritárias para a ação governamental com vistas à
preservação e à promoção da qualidade do meio ambiente.
XII - a llllÍversalização dos servlços de saneamento básico, abastecimento de
água potável e coleta de resíduos sólidos no Mun1cíp10;
XIlI - a garantia da implantação de áreas verdes, de convívio e lazer para a
comunidade.
XIV - a identificação e delimitação das áreas ambientalmente frágeis e aquelas
dotadas de potencial de exploração agrícola para desencadear e manter o processo
permanente d~ planejamento ambiental e apoio à economia rural;
XV - a superação dos conflitos ambientais gerados pelo atual padrão de uso e
ocupação do solo para garantir a sobrevivência e a permanência de populações
tradicionaJs no território com qualidade e justiça social;

CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E
CULTURAL

Art. 13° - A política municipal de proteção do patrimônio histórico e cultural objetiva a


preservação e valorização deste patrimônio a partir de suas manifestações materiais e
1materiaJs, atendendo as seguintes diretrizes:
I- a preservação e a valorização do patrimônio histórico e cultural;
IT - a fiscalização e a manutenção do patrimônio histórico e cultural;
Ili - a garantia da efetiva participação da população na defesa e preservação
do patrimônio h1stónco e cultura!;
TV - o _fortalecimento das atividades de culturais com vistas ao
desenvolvimento sóc10-econôm1co;
V- o incentivo à recuperação e conservação dos imóveis históricos;
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VI - o n1onitoran1ento e o controle das atividades potencialmente ou


efetivamente geradoras de impacto nas áreas de preservação e valorização do
patrimônio histórico e cultural;
Vll - a definição das área".i prioritánas para a ação governamental com vistas
à preservação e à promoção do patrimônio histórico e cultural.
VID - o fortalecimento da identidade do Município, cultura, história,
paisagem, como meio de ampliar o caráter de cidadania, gerando, como
conseqüência atividades turísticas,
TX - o incentivo à adoção de padrões de comportamento destinados à
prevenção e a proteção de danos ao patnmônio histórico e cultural_

CAPiTULOV
DA POLÍTICA DE MOBILIDADE IC ACESSIBILIDADE

Art. 14º - A Política Municipal de Mobilidade visa articular integralmente os


componentes estruturadores da mobilidade de forma eficiente, segura, socialmente inclusiva e
ambientalmente sustentàvel a fim de garantir o pleno acesso de todos os cidadãos aos locais
de trabalho, residências, espaços públicos, equipamentos e serviços sociais, culturrus e de
lazer.

Art. 15° - São diretrizes da Política de Mobilidade do Município de Cariac1ca:


1- a integração das políticas de mobilidade às políticas de
desenvolvimento territorial e ambiental;
II - a busca de maior integração do sistema de mobilidade urbana municipal
às redes regionais de transporte e melhorar as condições do sistema VJário municipal;
Ili - o desenvolvimento do sistema cicloviário municipal;
IV - o-apoio e o incentivo dos modos não motorizados de transporte;
V- a ampliação e a adequação do sistema viário as demandas presentes e
proVIsões futuras;
VI - a consolidação dos eixos de dinamização como zonas lineares de
integração com as demais zonas e como pólos de atendimento de comércio, serviços
e indústrias;
VII - o estimulo a adoção de novas modalidades de transporte coletivo;
VITT - a adequação do sistema viário municipal ao atendimento às pessoas
com deficiência e ou com mobilidade reduzrda;
IX - a elaboração de Plano de Mobilidade e Acessibilidade de forma
integrada às demais políticas de desenvolvimento do Município, revisando e
atualizando o Plano Diretor Viário de Cariac1ca;
X- a promoção de exigência de Estudos de Impacto de Vizinhança na
implantação de empreendimentos geradores de tráfego;
XI - a garantia efetiva da participação da população na política de
mobilidade e acessibilidade do Município;

CAPÍTULO VI
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
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Art. 16° - A Política de Desenvolvin1ento Territorial do Município, visa o direito à


cidade, o cumprimento da função social da propriedade, a justa distribuição dos serviços
públicos, da infra-estrutura e dos equipamentos urbanos, a ordenação do uso e da ocupação do
solo e da produção do espaço urbano e rural, inclusive as áreas de expansão e preservação do
patrimônio ambientaJ e cultural, mediante gestão participativa.

Art. 17° - São diretrizes da Política de Desenvolvimento Territorial do MW1icípio de


C.ariacica:
J- a promoção do desenvolvimento sustentável do Município,
compreendendo a garantia do direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento
ambiental, à infra-estrutura, a mobilidade e acessibilidade e aos serviços públicos
para as presentes e futuras gerações;
ll - o norteamento da definição do uso e ocupação do solo urbano e rural
pelas características físicas, sociais e econômicas do Município de Cariacica;
lll - o estabelecimento da política de investimentos, baseada na eqüidade e
universalização do acesso aos serviços públicos;
N - a promoção da participação popular no controle da elaboração,
implementação e morntoramento da execução orçamentária e das prioridades do
Plano Diretor Municipal de Cariacica, bem como de planos, programas e projetos
de interesse local;
V - a indução da estruturação do processo de ocupação de forma compacta
e racional, aproveitando a disponibilidade e o potencial de terrenos dotados de
infra-estrutura, e estimulando a ampliação da infra-estrutura nos loteamentos
1mplantados;
VI - a promoção de ações para a redução do déficit habitacionaJ, de infra-
estrutura, equipamentos comunitários e serviços públicos municipais,
VIl - a,-ampliação e agilização de formas de participação da iniciativa pnvada
em empreendimentos de mteresse público, bem como do cidadão, no processo de
construção da cidade;
VIII - a contenção do avanço da malha urbana sobre o ambiente ruraJ;
IX - a implementação de um Sistema MunicipaJ de Desenvolvimento
Territorial, com atribuições de forma a incorporar as especificidades locais no
processo de gestão e revisão do Plano Diretor MW1icipaJ de Cariacica, de modo
participativo e democrático;
X - a repressão de implantação de loteamentos clandestinos ou irregulares;
XI - a garantia da quaJ1dade ambiental do espaço construído, através de
exigências que observem e estabeleçam o equilíbrio térmico e a saJubridade natural;
XJl - a promoção da proteção do patrimônio histórico, culturaJ, paisagístico e
ambientaJ;
XIII - a elaboração e implementação de planos, propostas, projetos e
atiVIdades relativas à Política HabitacionaJ Municipal;
XIV -a promoção das atividades conjuntas de proteção e educação ambientaJ
nos programas ,habitacionais com vistas à preservação dos mananciais de água e a
não ocupação de áreas de risco e de espaços destinados ao uso comum do povo;
XV - a criação do Fundo Municipal de Desenvo!VJmento Territorial,
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XVI -a mobilização e captação de recursos para o Fundo Municipal de


Desenvolvimento Territorial, ampliando a destinação dos recursos para
enfrentamento do déficit habitacional quantitativo e qualitativo;
xvn - a aplicação de instrun1entos de gestão da política urbana do
Estatuto da Cidade Lei l 0.576/2001 para a implementação dos programas, projetos
e ações estratégicas e das políticas fundiárias;
XVlll - a promoção da regularização fundiária e urbanização de áreas
ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas
especiais de urbaniz.açào, uso e ocupação do solo e edificações, consideradas a
situação soc1oeconômica da população e as normas ambientais;
XIX -a consideração na realização de projetos habitacionais para atender à
demanda da população de baixa renda as características da população local, suas
formas de organização, condições físicas e econônucas;
XX - a priorização no atendimento da população de baixa renda que ocupa
áreas de risco para a vida ou à saúde, insalubres e de preservação ambiental;
XXI -a prionzação nas reurbanizações de assentamentos habitacionais de
baixa renda a sua localização or1g1nal, salvo nos casos em que ocuparem áreas de
risco para a vida ou à saúde, insalubres e de preservação ambiental,
XXII - a garantia de reserva de áreas para assentamento de habitação de
interesse social para famílias de bruxa renda.
XXlll - o desenvolvimento de programas de melhoria da qualidade de
vida dos moradores de habitação de interesse social, bem como de assentamentos
informais e precários, mediante programas de geração de emprego, trabalho e renda,
valorização do espaço público destinado ao lazer, à cultura, aos esportes, e
implantação de equipamentos comunitános;
XXIV - a realiz.ação de parcerias com universidades e institutos de
pesquisa p;lfa o desenvolvimento de programas, planos e projetos de
desenvolvimento territorial.
XX.V - a implantação e a modernização de sistema de informações geo-
referenciadas, garantindo o processo permanente de planejamento e gestão urbana;
XX.VI - manutenção e atualização do mapeamento de uso e ocupação do
solo do Município;
XX.VII - a reversão e atualiz.ação e apelfeiçoamento das leis relacionadas
ao conteúdo deste Plano para sua melhor adequação;
XXVITI - a promoção da justa distribuição dos benefícios e ônus
decorrentes do processo de desenvolvimento Territorial;
XX1X - a recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha
resultado a valorização de imóveis urbanos.
XX.X - o apelfeiçoamento do planejamento e da gestão urbana e
tenitor1al de Canac1ca para a melhor integração das políticas setoriais_

TÍTULO IV
PLANEJAMENTO, GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA
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CAPÍTULO 1
DO PLANE.JAMENTO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Art. 18º - O planejamento e a gestão democrática e participativa são meios pelos quais
o Poder Público Municipal garantirá a implementação e o monitoramento do Plano Diretor
Municipal de Cariacica con1 base na Instituição de estruturas e processos que favoreçam
práticas motivadoras e estimuladoras da cidadania e integração territoriaJ

Art.19° - São instrumentos de planejamento da gestão municipal:


1- Conferência Municipal das Cidades;
li - Assembléias Regionais de Política Urbana e Rural;
Ili - Assembléia do Orçamento Participativo,
IV - Conferências sobre Assuntos de Interesse Municipal;
V- Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariacica;
VJ - Fundo MWlÍcipal de Desenvolvimento Territorial.

Art. 20º - São Instrumentos de participação popular:


1- Debates;
11 - Audiências Públicas;
Til - Consultas Popular;
lV - ln1ciativa Popular de Projeto de Lei, Planos, Programas e Projetos de
Dcsenvolv1mento Mtrrncipal;
V- Plebiscito e Referendo.

§ !º - O Debate é un1 instrumento de discussão de temas específicos, convocado com


antecedência e divulgado amplamente, onde a Administração Pública disponibiliza de forma
equivalente espaço para participação da população, propiciando de forma democrática o
contraditóno.

§ 2º - A Audiência Pública é um instrun1ento de participação na Administração Pública


de interesse dos cidadãos, direta e indiretamente atingidos pela decisão administrativa,
visando à legítimidade da ação administrativa, fonnalmente disciplinada em lei, pela qual se
exerce o direito de expor tendências, preferências e opções que conduzirá o Poder Público a
un1a decisão de aceitação consensual.

§ 3º - A Consulta Popular é u1n instnunento precedido de audiência e debate público


objetivando a plena compreensão dos fatos, na qual a Administração Pública poderá tomar
decisões vinculadas ao seu resultado.

§ 4º A Iniciativa Popular de projetos de lei, planos, programas e projetos de


M

desenvolv1mento urbano deverá atender ao disposto nas Constituições Federal, Estadual e Lei
Orgânica Municipal.

§ 5º - Plebiscito e Referendo são instrumentos populares que permitem, por meio da


consulta popular, a participação de forma direta dos cidadãos, para proferir decisões que afete
os interesses da sociedade, e, será regulamentado por Lei.
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Art. 21° - São diretrizes para in1plementação do planejamento e gestão democrática e


participativa:
I- a promoção da transparência e da publicidade das ações de governo,
utilizando meios e mecanismos que se mostrem adequados;
II - a incorporação na elaboração e execução do orçan1ento mW1icipal de
programas, projetos e ações que garantam a 1mplen1entação do Plano Diretor
Municipal de Cariac1ca;
111- a garantia na participação da sociedade na definição das prioridades de
investimentos públicos,
lV - a promoção do aperfeiçoamento e a integração dos sistemas de
informação sobre o MW1icípio para apoiar a implementação das políticas setoriais.

Art. 22° - São ações pr1oritár1as para implementação do planejamento e gestão


den1ocrática e pru1icipativa:
I- modernizar os sistemas e procedimentos de licenciamento e fiscalização
do uso e ocupação do território;
II - fomentar parcerias entre os setores público e privado para a execução
dos planos e pro1etos prioritários de interesse coletivo;
III - realizar Audiências Públicas e Conferências para debater planos e
projetos complementares ao Plano Diretor Municipal de Cariac1ca;
IV - realizar atividades educativas, em diferentes níveis, que contribuan1
para que a população possa conhecer e compreender melhor a cidade, seus
problemas, suas potencialidades e a sua legislação urbanística;
V- implementar prograinas de capacitação profissional para o
aperfeiçoamento dos setores de planejamento e gestão mW11cipal;
VI - descentralizar a gestão territorial para o melhor atendimento das
demandas locais, com base nas Unidades Territonais de Planejamento entendidas
nesta lei como correspondentes às Regiões Administrativas instituídas para o efeito
das Assembléias de Orçamento Participativo,

Art. 23º - O Município, através de Lei específica, no prazo de vinte e quatro meses, a
partir da publicação desta Lei, procederá à revisão e reestruturação da delimitação de bairros e
de respectivas regiões administrativas onde se inserem com o objetivo de:
l - restringir o número de bairros;
II - eliminar duplicidade de denominação de bairros;
lll - adequar a delimitação das Regiões Administrativas à estrutura urbana
do MW1icipio, características geográficas e ambientais de n1odo a permitir
subdi"\'ISÕes territoriais melhor capacitadas a subsidiar as políticas municipais.

Art. 24º - Aos cidadãos do Município de Cariacica é assegurado o direito de receber


dos órgãos públicos informações, esclarecimentos, examinar os autos e documentos e
apresentar alegações escritas;

CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO MUNICIPAL
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CARIACICA


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Art. 25° - As Assembléias Regionais de Política Urbana e Rural serão definidas na


Conferência das C:idades quanto a sua periodicidade e con1posição e posterionnente
regulamentado pelo Poder Executivo Municipal.

Parágrafo único - A coordenação das Assembléias Regionais de Política Urbana e Rural


será do Conselho Municipal do Plano Diretor de Car1ac1ca

Art. 26° - A Assembléia Regional de Política Urbana e Rural, entre outras funções,
deverá:
I- apreciar e propor os objetivos e as diretrizes da política urbana;
II - debater os Relatórios Anuais de Gestão da Política Urbana,
apresentando críticas e sugestões;
m - sugerir ao Poder Executivo adequações nas ações estratégicas
destinadas à implen1entação dos objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos;
IV - sugenr propostas de alteração da lei do Plano Diretor Municipal a
serem consideradas no momento de sua modificação ou revisão.

Art. 27° - Fica criado o Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariacica - CMPDC,
órgão deliberativo e consultivo, integrante da estrutura da Secretaria Mun1c1pal de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano ou a que vier a este substituir, e será tripartite,
paritáno e composto por 18 (dezoito) membros de acordo com os seguintes critérios:

I- A Presidência do Conselho Municipal do Plano


Diretor Mun1c1pal de Cariacica será exercida pelo Secretário (a) Municipal de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano, com mandato de 02 (dois) anos.

§ lº - O Poder_.Executivo no prazo de 180 (cento e oitenta) dias encanunhará para


aprovação do legislativo à composição, funcionamento e comitês técnicos do conselho
previsto no CAPUT deste artigo

§ 2º - Os men1bros do conselho não serão remllllerados, sendo seus serviços


considerados de relevante interesse público.

JJ - O mandato do Conselho será BIANUAL, a partir da data da


regulamentação do Conselho Municipal do Plano Diretor Municipal, sem direito à
reeleição.

Art. 28º - São atribuições do Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariac1ca:


I- debater relatórios anuais de Gestão da Política Urbana e Rural no que
couber;
II - analisar questões relativas à aplicação do Plano Diretor Municipal,
JTI - debater propostas e emitir parecer sobre proposta de alteração da lei do
Plano Diretor Municipal de Cariacica;
IV - acompanhar a implementação dos objetivos e diretrizes do Plano
Diretor Municipal de Cariacica, a execução dos planos, programas e projetos de
Interesse para o desenvolvimento urbano e ambiental;
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CARIACICA


ESfADO DO ESPÍRITO SANTO

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V- debater diretrizes e acompanhar a aplicação dos recursos do Fundo


Municipal de l)esenvolvi1ncnto Territorial;
VI - acompanhar o p!aneJarnento e a implementação da política de
desenvolvimento urbano do Município;
Vll - coordenar a ação dos conselhos setoriais do Município, vinculados às
políticas urbana e ambiental;
VTTI - debater as diretrizes para áreas públicas municipais;
IX - debater propostas sobre projetos de lei de interesse urbanístico;
X- elaborar e aprovar regimento interno do Conselho;
XI - acompanhar e fiscalizar o cun1prin1ento das cláusulas contratuais
firmadas entre o município e a empresa concessionária dos serviços de tratamento de
água e esgoto, do transporte coletivo, de eletricidade e de coleta e destinação de lixo.
XII - encaminhar e aprovar anual1nente a proposta de orçamento do Fundo
Mllllicipal de Desenvolvimento territorial e do seu plano de metas;
XIlI - aprovar as contas do Fundo Municipal de Desenvolvimento territorial;
XIV - dar publicidade às decisões, às análises das contas do Fundo e aos
pareceres emitidos através de grande circulação ou de publicação em Diário Oficial.

Parágrafo único - As deliberações do Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariac1ca


deverão articular e compatibilizar as dos outros conselhos setoriais do Município, buscando a
integração das diversas ações e políticas responsáveis pela intervenção urbana, em especial as
de desenvolvimento econômico e regional, patrimônio histórico e cultural, mobilidade e
acessibilidade e desenvolvimento territorial, garantindo a participação de toda a
municipalidade.

CAPÍTULOill
DOS INSTRUMENTOS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR
Seção 1
Das Audiências Públicas

Art. 29° - Serão promovidas pelo Poder Executivo as .A.udiênc1as Públicas referentes a
empreendimentos ou atividades públicas ou pnvadas em fase de projeto, de implantação,
suscetíveis de impacto urbanístico ou ambiental com efeitos potencialmente negativos sobre a
"\'1zinhança no seu entorno, o nieio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança
da população, para os quais serão exigidos estudos e relatórios de in1pacto ambiental e de
vizinhança nos termos que forem especificados em lei municipal específica.

Seção II
Debates

.i\.rt. 30° - Os Debates serão promovidos pelo Poder Executivo, desde que requeridos até
dez dias após a realização da Audiência Pública, mediante solicitação do Conselho Municipal
do Plano Diretor de Cari;icica ou a requenmento de associações que tenhan1 em seu objetivo a
defesa dos interesses na discussão, ou, ainda, por convocação do Poder Público Municipal

Seção III
Das Consultas Populares
,•

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Art. 31° - A Consulta Popular será promovida pelo Poder Executivo Municipal,
mediante solicitação do Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariacica, obrigatoriamente,
sob pena de nulidade do ato, nos casos de relevante impacto para a cidade na paisagem,
cultura e modo de viver da população e adensamento populac1ona1.

Seção IV
Da fniciativa Popular

Art. 32° - A iniciativa popular de planos, programas e projetos de desenvolvimento


urbano poderá ser tomada por, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos eleitores do Município
em caso de planos, programas e projetos de in1pacto estrutural sobre a cidade.

Art. 33° - Qualquer proposta de iniciativa popular de planos, programas e projetos de


desenvolvimento urbano e ambiental deverá ser apreciada pelo Poder Executivo em parecer
técnico circunstanciado sobre o seu conteúdo e alcance, no prazo n1áx::in10 de cento e vinte
dias contados de sua apresentação_

§ 1° - O prazo previsto no caput deste artigo poderá ser prorrogado pelo Chefe do Poder
Executivo por mais um período de sessenta dias, desde que solicitado com a devida
justificativa.

§ 2° - A proposta e o parecer técnico a que se refere este artigo deverão ser amplamente
divulgados para conhecimento público inclusive por meio eletrônico.

Art. 34° - A iniciativa de projeto de Lei se dará em conformidade com o que determina
o artigo 55 da Lei Org~ica Municipal

Seção V
Do Plebiscito e do Referendo

Art. 35° - O Plebiscito e o Referendo serão convocados e realizados com base na


let,'lslação federal pertinente.

Seção VI
Das Disposições Gerais

Art. 36° - A convocação para a realização das audiências, debates e consultas públicas
deverá ocorrer com antecedência mínima de quinze dias, por meio de publicação em jornal
local de grande circulação, no núnimo duas inserções, afixação de edital em local visível nas
repartições públicas e outros meios que o Poder Executivo entender necessários para a ampla
divulgação.

Art. 37° - Ao final de cada reunião será elaborado relatório consubstanciado nos temas
discutidos, que serão anexados ao processo administrativo a que se referem a fim de
fundamentar a decisão a ser tomada pelo Poder Público.
{ EMBED Wurd.Picturc.6 }

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Art. 38° - O Poder Executivo Municipal regulamentará, através de Decreto, os


procedimentos para realização das audiências públicas, debates e consulta pública, no prazo
de cento e oitenta dias da publicação desta lei.

TÍTULO V
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
CAPÍTULO 1
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 39° - A política territorial de Car1acica objetiva o planejan1ento e desenvolvimento


da cidade e distribuição espacial de seus usos e atividades de forma a atender todo o
Município.

Art. 40º - São diretrizes do Ordenamento Territorial:


l - a contenção do avanço da malha urbana sobre a area rural do
Município;
TT - o adensamento das áreas urbanas existentes, com o melhor
aproveitamento possível da infra-estrutura instalada, controlando o adensamento em
áreas com infra-estrutura saturada;
III - o dinamismo das atividades econômicas de modo sustentável e
integrado aos a<;pectos sócio-ambientais;
N - a garantia da multiplicidade de usos nas diversas partes do território do
Município, visando estimular a instalação de atividades econônucas de comércio,
serviço e indústria, compatíveis com a capacidade da infra-estrutura urbana,
contribuindo para a redução dos deslocrunentos;
V - a preservação do patrimônio ambiental, histórico e cultural;
VI - a compatibilização do ordenamento territorial à malha viária existente e
às futuras ampliações, favorecendo a mobilidade por meios não motonzados;
VTT - a regulação das atividades incômodas e empreendimentos de impacto
social, ambiental, econômico e urbanístico;
Vlll - o estimulo da consolidação de urna referência de área central para o
mWllCip10;
lX - a consolidação dos Sub-centros de atendimento local;
X- a promoção do desenvolvimento sócio-ambiental das regiões menos
favorecidas pela infra-estrutura e serviços urbanos;
XI - a promoção da regulamentação urbanística e territorial;
Xll - a indicação dos usos que se pretende permitir em cada área da cidade.

CAPÍTULO li
DO PERÍMETRO URBANO

Art. 41º - Fica estabelecido o Perímetro Urbano do Município de Cariacica confonne a


delimitação prevista no mapa, anexo OJ, desta Lei o qual deverá ser regulamentado em Lei
Complementar, no prazo de até 18 (dezoito) meses, quanto a suas Coordenadas Plan1métricas
de Pro1eção UfM e conter o memorial descritivo das mesmas.
{ EMBED Wortl.Picture.6 }

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CAPÍTULO Ili
DO MACROZONEAMENTO DO TERRITÓRIO
Seção 1
Das Disposições Gerais

Art. 42º - O Macrozoneamento do territóno consiste na divisão do Município em


unidades territoriais contínuas que fixam os princípios fundamentais de uso e ocupação do
solo, em concordância com as estratégias da política urbana, definindo uma visão de conjunto
que integra todo o Município.

Art. 43° - O Macrozoneamento do Município de Cariacica fica dividido em nove


macroz.onas, segundos os pressupostos definidos na divisão territorial, conforme mapa, anexo
02.
Art. 44° - Compõe o macroz.oneamento do Município de Cariacica as seguintes
macroz.onas:
1- Macroz.ona de Integração Rural;
II - Macrozona Rural Reserva Biológica;
III - Macroz.ona Rural de Produção e Dinamização;
IV - Macroz.ona de Amortecimento;
V- l\1.acroz.ona Rurbana;
Vl- Macroz.ona de Transição;
VII - I\1acrozona Urbana de Integração;
Vlll- :Macroz.ona de Ocupação Consolidada;
IX- Macroz.ona Urbana de Dinamização

Seção li
Macrozona de Integração Rural

Art. 45 - A Macrozona de Integração RuraJ corresponde à área localizada fora do


perímetro urbano, a oeste do Município, separada do restante do território pela Reserva
Biológica de Duas Bocas, caracterizada pela baixa densidade populacional, apresenta uma
baixa integração com as demais macroz.onas e mantém relação mais intensa com os
municípios limítrofes da Região Serrana do Estado.

Art. 46º - Constituem os objetivos da Macrozona de Integração Rural.


1- promover uma maior integração com as demais regiões do Município;
II - incentivar as atividades voltadas ao agroturismo, à agricultura familiar,
ao turismo cultural e à agropecuária;
llI - promover o desenvolvimento econômico sustentável;
IV - promover o uso racional dos recursos do solo e dos recursos hídricos;
V- promover a proteção dos manancims,
VI - qualificar os acessos a essa macroz.ona_
Seção III
Macroz.ona Rural Reserva Biológica
{ EMBED Word.Picturc.6 )

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Art. 47° - A Macrozona Rural Reserva Biológica corresponde à 1nacrozona rural


delimitada pela reserva B1ológ1cade Duas Bocas definida pelo Sistema Nacional de Unidades
de (~onservação - SNUC, Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, como unidade de proteção
integral.

Art. 48° - Constituem os objetivos da Macrozona Rural Reserva Biológica:


l- preservar integralmente a biota e demais atributos naturais existentes
em seus limites;
II - preservar o equilíbno natural, a diversidade biológica e os processos
ecológicos naturais;
111 - promover a proteção dos mananciais;
IV - promover o desenvolVImento científico relacionado aos estudos da
biata da região_

Seção IV
Macrozona Rural de Produção e Dinamização

Art. 49° - A Macrozona Rural Produção e Dinamização corresponde à área do território


localizada na área rural do mW11cípio que concentra a maior parte das comunidades rurais,
com ocupação dispersa e destinada aos usos agricola, pecuário, agroflorestal, ecotunstico e
turístico cultural

Art. 50° - Constituem os objetivos da Macrozona Rural de Produção e Dinamização:


l - promover o uso racional dos recursos do solo e dos recursos lúdricos;
II - incentivar as atividades voltadas à agricultura, à pecuária, ao turismo
cultural, ao ecoturismo e ao beneficia1nento de produtos agrícolas;
III - pr-0rnover o desenvolvimento econômico sustentável;
IV - promover a proteção dos mananciais;
V- recuperar as áreas ambientalmente degradadas_

Seção V
Macrozona de Amortecimento

Art. 51° - A Macrozona de Amortecimento corresponde à macrozona de transição entre


o ambiente rural e o urbano, ben1 como áreas próximas às áreas de preservação, localizada
fora do perímetro urbano concentrando atividades turísticas, ecoturistica, agrícolas, pecuária e
beneficiamento de produtos agrícolas.

Art. 52° - Constituem os objetivos da Macrozona de Amortecimento:


I- conter o avanço da malha urbana sobre a área rural;
II - promover o uso racional dos recursos do solo e dos recursos hídricos;
lll - incentivar as atividades voltadas à agricultura, pecuária, turismo
cultural, ecoturismo e ao beneficiamento de produtos agrícolas;
IV - promover a proteção dos mananciais_
{ EMBED Word.Picturc.6 )

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Seção VI
Macrozona Rurbana

Art. 53° - A Macrozona Rurbana corresponde a macrozona de transição entre o


ambiente rural e o urbano, ben1 como áreas próximas ás áreas de preservação, localizada
dentro do perímetro urbano concentrando atividades turísticas, ecoturística, agrícolas,
pecuária e beneficiamento de produtos agrícolas.

Art. 54° - Constituem os ob1eti vos da Macro zona Rurbana:


1- conter o avanço da malha urbana sobre a área rural;
II - promover o uso racional dos recursos do solo e dos recursos hídricos;
Jll - incentivar as atividades voltadas à agricultura, à pecuária, ao turismo
cultural, ao ecoturismo e ao beneficiamento de produtos agrícolas;
IV - promover a proteção dos mananciais;
V- definir padrões de uso e ocupação do solo específicos às peculiaridades
do locaJ, favorecendo a ocupação na forma de chácaras, com um padrão de
assentamento de baixa densidade.

Art. 55° - Para fins de parcelamento do solo na Macrozona Rurbana somente serão
permitidos glebas com área mínima de 10.000m2 .

Seção VII
Macrozona de Transição

Art. 56° - A Macrozona de Transição corresponde ao território da área urbana situado


próximo à área rural com baixa densidade de ocupação e insuficiência na infra-estrutura
urbana_

Art. 57° - Constituem os objetivos da Macrozona de Transição:


I- conter o avanço da malha urbana sobre a área rural,
II - implementar e qualificar a infra-estrutura urbana;
111 - promover ações de estruturação viária com vistas a melhoria da
mobilidade e acessibilidade na cidade;
IV - promover a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos
existentes;
V- garantir a multiplicidade de usos_
Seção VIII
Macrozona Urbana de Integração

Art. 58° - A Macrozona Urbana de Integração corresponde ao território da área urbana


com baixa densidade de ocupação e insufic1ênc1a de infra-estrutura e descontinuidade da
mancha urbana consolidada, exigindo ações de cunho integradoras_

Art. 59º - Constituem os objetivos da Macrozona Urbana de Integração·


l- implementar e qualificar a infra-estrutura urbana;
II - promover ações de estruturação viária com vistas à melhoria da
mobilidade, acessibilidade e integração ao restante da cidade e municípios vizinhos;
{ EMBED Word.Picturc.6 \

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Página: { PAGE \* MERGEFORMAT }/{ SECTIONPAGES \* MERGEFORMAT}

III - promover a regularização urbanística e fW1diária dos assentamentos


existentes;
IV - definir padrões de uso e ocupação do solo específicos às peculiandades
do local:
V- garantir a multiplicidade de usos.

Seção IX
Macrozona de Ocupação Consolidada

Art. 60° - A Macrozona de Ocupação Consolidada corresponde ao território urbanizado


com melhor infra-estrutura instalada no Município, apresentando concentração de população e
equipamentos urbanos, dificuldades quanto à mobilidade urbana e acessibilidade e menor
1ncidênc1a de vazios urbanos.

Art. 61° - Constituem os objetivos da Macrozona de Ocupação Consolidada:


1- qualificar a infra-estrutura urbana existente;
11- promover ações de estrutmação viária com vistas à melhona da
mobilidade e acessibilidade;
IIJ - promover a regulanzação urbanística e fundiària dos assentamentos
existentes;
lV - controlar e direcionar o adensamento urbano, em especial nas áreas com
tnelhores condições de mban1zação, adequando-o à infra-estrutura disponível;
V- estimular a ocupação das áreas efetivamente urbanizadas e não
edificadas;
VI - promover a utilização dos imóveis não edificados, subutilizados e não-
utilizados;
VII - çriar uma referência de área central para a cidade;
VIII - garantir a multiplicidade de usos.

Seção X
Macrozona Urbana de Dinamização

Art. 62° - A Macrozona Urbana de Dinamização corresponde a grandes áreas pouco


adensadas com localização estratégica para o desenvolvimento de atividades econômicas,
associada a áreas de interesse ambiental, h1stór1co e cultural para a preservação.

Art. 63º - Constituem os objetivos da Macrozona Urbana de Dinamização:


l- promover o desenvolvimento econômico sustentável,
II - preservar o patrimônio ambiental e arquitetônico;
111 - garantir a multiplicidade de usos;
IV - definir padrões de uso e ocupação do solo específicos às peculiandades
do local,
V- promover a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos
existentes;
VI - promover ações de estruturação viária com vistas à melhona da
mobilidade e acessibilidade urbana.
{ EMBED Wnrd.Picturc.<i !

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CAPÍTULO IV
DO ZONEAMENTO MUNICIPAL
Seção 1
Das Disposições Gerais

Art. 64° - O Zoneamento consiste na divisão do território em zonas, estabelecendo as


diretrizes para o uso e a ocupação do solo no Município, tendo como referência às
caracteristicas dos ambientes natural e construído.

Art. 65° - A.s Zonas são subdivisões das Macrozonas em unidades territoriais que
servetn con10 referencial mais detalhado para a definição dos parâmetros de uso e ocupação
do solo, definindo as áreas de interesse de uso onde se pretende incentivar, coibir ou qualificar
a ocupação_

Art. 66° - O Zoneamento do Município de Cariacica fica dividido em dez tipos de


zonas e vinte e quatro subdivisões, segundo os pressupostos definidos na divisão territorial,
constante no mapa, anexo 3.
1- Zona Natural - ZN l e 2;
II - Zona de Preservação Ambiental -ZPA 1 e 2;
111- Zona de Ocupação Limitada-ZOI,,
IV - Zona de Ocupação Controlada -- ZOC,
V- Zona de Ocupação Preferencial -ZOP 1; 2 e 3;
VI - Zona Especial -ZE l; 2 e 3;
Vil - Zonas Especiais de Interesse Social -ZEIS 1, 2 e 3,
VIII - Zonas Rurbana;
IX- Eixos deDinamiz.ação-ED l; 2e 3,
X- Sub- Centros - SC t; 2; 3, 4 e 5

Seção II
Zonas Naturais

Art. 67° - As Zonas Naturais ficam definidas em conformidade com o Sistema Nacional
de Unidades de Conservação - SNUC, Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, como unidades
de proteção integral e unidades de uso sustentável.

Art. 68° - As Zonas Naturais apresentam como objetivo pr1nc1pal·


1- contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos
genéticos no território nacional e nas águas JUnsdicionais;
II - proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e
nacional,
III - contribuir para a preservação, conservação e a restauração da
diversidade de ecossistemas naturais;
IV - contribuir para o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos
naturais,
V- contribuir para a utilização dos princípios e práticas de conservação da
natureza no processo de desenvolvimento;
{EMBED Word.Pictur.,..6 \

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Pàg;n, { PAGE I' MERGEFORMAT }/{ SECTIONPAGES I' MERGEFORMAT}

VI - proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;


VTl - proteger as características relevantes de natureza geológica,
geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural;
Vm - proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos;
IX - recuperar ou restaurar ecossistemas de!:,>Tadados;
X- proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica,
estudos e monitoramento ambienta!;
XI - valor1z.ar econômica e socialmente a diversidade biológica;
XTT - favorecer condições e pron1over a educação e interpretação ambiental, a
recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico;
XITT - proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações
tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e
promovendo-as social e economicamente.

Art. 69° - As Zonas Naturais enquadram-se em dois tipos de proteção a serem


alcançados, com base no Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC:
I- Zonas Naturais l - ZN 1, são zonas destinadas a Proteção Integral dos
ecossistemas naturais e de seus recursos localizados em áreas rurais, sendo admitido
apenas o uso indireto de seus recursos naturais.
TT - Zonas Naturais 2 - ZN 2, são zonas destinadas ao Uso Sustentável
localizadas em áreas rurais com o objetivo de compatibilizar o uso e ocupação do
solo com conservação da natureza.

Art. 70º - Compõem a Zona Natural l a<; seguintes classificações:


T- Reserva Biológica -- REBJO, que tem como objetivo a preservação
integral da biata e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem
interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas
de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para
recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos
ecológicos naturais.
II - Parque Natural MW1ic1pal - são áreas que tem por objetivo a
preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica,
possibilitando a realização de pesquisas cientificas e o desenvolvimento de
atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a
natureza e de turismo ecológico.
JTI - Monumento Natural - tem como objetivo preservar sítios naturais raros,
singulares ou de grande beleza cênica, podendo ser constituído por áreas particulares,
desde que possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e
dos recursos naturais do local pelos propnetários_

Art. 71° - Compõem a Zona Natural 2, as segwntes classificações:


1- Área de Proteção Ambiental - AJJA é uma área em geraJ extensa, com
ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais
especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações
humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar
o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais;
{ EMBED Wnrd.Picturc.6 J

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Pógma { PAGE I' MERGEFORMAT )/{ SECTIONPAGES I' MERGEFORMAT}

II - Area de Relevante Interesse Ecológico - ARIE, é un1a área em geral de


pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características
naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem
con10 objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e
regular o uso adn1issível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos
de conservação da natureza;
m - Floresta Nacional - é uma área com cobertura florestal de espécies
predominantemente nativas e tein como objetivo básico o uso múltiplo sustentável
dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para
exploração sustentável de florestas nativas;
IV - Reserva Extrativista - é uma área utihzada por populações extrativistas
tradicionais, cuja subs1stênc1a baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na
agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como
objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e
assegurar o uso sustentável dos recursos naturrus da unidade;
V- Reserva de Fauna - é uma área natural com populações animais de
espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para
estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos
faunísti cos;
VI - Reserva de Desenvolvimento Sustentável - é uma área natural que
abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de
exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às
condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção
da natureza e na manutenção da diversidade biológica;
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN é uma área privada,
gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica, e, só
poderá ser pennitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conforme se
dispuser em regulamento: a pesquisa científica; a visitação com objetivos turísticos,
recreativos e educacionais;

§ 1º - O propnctár10 de Reserva Particular de que trata o inciso VII, deste artigo, para
elaboração de plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da Unidade poderá orientar-se
técnica e cientificamente por órgãos ambientais nas diversas esfera..<> de governo.

§ 2° - A Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN será gerida por um Conselho


Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por
representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil, das populações
tradicionais residentes e proprietários na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato
de cnação da urudade;

§ 3° - Fica estabelecido o prazo de 18 (dezoito) meses para o Município realizar os


estudos técnicos necessários para desencadear procedimentos para criação e regulamentação
das classificações apresentadas no artigo 7 l.

Art. 72º - Integram a Zona Natural l do Município de Canacica., conforme anexo 3 ·


l - Reserva Biológica Duas Bocas - ZN 1/0 l
II - Monte Mochuara - ZN 1102.
{ EMBED Wurd.Picturc.6 }

PREFEITURA MUNICWAL D!: CARIAC!CA


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Ilf - Serra Pé de Urubu/E11cantado - ZN 1103


IV - Paredão Roda D' Água - ZN l /04
V- Serra do Adnano - ZN 1/05
VI - Serra do Anil - ZN 1/06

Art. 73° - Integram a Zona NaturaJ 2, as seguintes áreas indicadas em mapa no anexo 3,
conforme denominação contida nas cartas topográficas do IBGE na escala 1:50.000:
1- Boqueirão do Tomás-ZN 2/01,
Il - Pau-Amarelo ZN 2/02;
Ili - Córrego Cachoeira; ZN 2/03;
IV - Roque1rão ZN 2/04;
V- Vale do Sertão Velho ZN 2/05,
VI - Serra Escravada ! Sabão; ZN 2106;
VIl - Mar1caráZN 2/07;
VTIJ - Morro do Óleo ZN 2/8,
!X - Azeredo ZN 2109;
X- Cachoeir1nha ZN 2/1 O;
XI- Roças Ye\hasZN 2111;
XIT - Assentamento de Vila Progresso ZN 2/J 2.

Art. 74º - Para futuras identificações e classificações das áreas de interesse ambientaJ,
referente à regulamentação oonsideran1-se os parâmetros estabelecidos nesta Lei e nas Leis
que regem a matéria_

Art. 75º - As áreas classificadas como Zona Natural 2 - ZN 2 de que trata o artigo 73,
deverão ser enquadradas em urna das classificações previstas no Art. 71.

Art. 76° - A área classificada como Zona Natural 2 - ZN 2/11 correspondente a região
Roças Velhas poderá ser enquadrada e.orno .A.RIE - Área de Relevante Interesse Ecológico,
conforme artigo 71_

Seção 111
Zona de Proteção Ambiental

Art. 77° - As Zonas de Proteção Ambiental possuem os seguintes objetivos:


J- preservar e recuperar a vegetação remanescente e seus rectusos
flatturus;
li - resgatar e valorizar a fisiografia e a v1suahzação dos elementos naturais
e paisagísticos do Município;
ITT - compatibilizar a ocupação urbana com as condições exigidas para a
conservação e melhoria da qualidade ambiental do Mumcipio~
IV - recuperar áreas degradada<;, livres ou ocupadas, potencializando as suas
qualidades materials para que possam ser Incorporadas a unldades de paisagem;
V- promover atividades educacionais sustentáveis e coerentes com as
vocações e restrições estabelecidas na leitura da realidade municipal,
{ EMBEO Word.Picture.6 J

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P;gina { PAGE I' MERGEFORMAT }/{ SECTIONPAGES \' MERGEFORMAT}

Ar·t. 78° - As áreas de Proteção Ambiental fican1 definidas por dois tipos de proteção a
serem alcançados:
I- As Zonas de Proteção Ambiental 1 - ZPA 1 são áreas localizadas
dentro do perín1etro urbano do Município, com vegetação significativa e preservada,
destinadas ao equilíbrio amb1ental, à conservação dos ecossistemas naturais e dos
ambientes criados, com uso sustentável dos seus recursos, podendo ser utilizadas
para fins de pesquisa científica, monitoramento e educação ambiental
II - As Zonas de Proteção Ambiental 2 - ZPA 2 são áreas localizadas dentro
do perimetro urbano, destinadas à recuperação e conservação dos recursos naturais e
paisagísticos, devendo assegurar a qualidade ambiental através do controle do uso e
ocupação do solo, podendo ser utilizadas para fins de pesquisa científica,
mon1toran1ento, educação ambiental, recreação, realização de eventos culturais e
esportivos e atividades ligadas ao tunsmo.

Art. 79º - Compõe a Zona de Proteção Ambiental 1 as área com relevantes atributos
ambientais naturais, que podem sofrer restrições de usos de acordo com a sua função no meio
urbano a exemplo das áreas de manguezais e de áreas à<> margens de cursos d' água,.

Parágrafo único - Na Zona de que trata o caput deste artigo serão permitidas a
promoção de pesquisa cientifica e visitação com objetivos de educação ambiental, sempre
acompanhadas por um guia ou pessoa autorizada pelo órgão municipal ligado ao meio
ambiente_

Art. 80º - Compõem a Zona de Proteção Ambiental 2, as seguintes classificações:


1- Parques Urbanos - são espaços com atributos naturais em meio a área
urbana, com a finalidade de recreação e contemplação.
D- :Horto Municipal ~ são espaços destinados à produção e manutenção de
espécimes da flora para recuperação de áreas degradadas e ennquecimento -florestal,
bem como para fins paisagísticos urbanos_

§ 1º - Nos Parques Urbanos são pennitidos equipamentos públicos para promoção de


educação ambiental, eventos culturais e esportivos_

§ 2º - Podem estar incluídas também na categoria de Parques Urbanos, áreas privadas,


mediante a elaboração de um plano de manejo ou de proteção e gestão da unidade aprovado
por órgão municipal de meio ambiente, com objetivo de conservar a diversidade biológica e
promoção de pesquisa cientifica, visitação com ob1etivos turísticos recreativos e educacionais.

§3º - No Horto Municipal serão pennitidos equipamentos públicos para promoção de


educação ambiental e eventos culturais

Art. 81º - Integram a Zona de Proteção Ambiental 1, indicados em mapa no anexo 3 as


seguintes áreas:
1- ManguedoRwBubu-ZPA 1/01eZPA1/02;
11 - Mangue ltanguáZPA l/03
{ EMBED Wurd.Picturc.6 l

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Art. 82° - Integran1 a Zona de Proteção Ambiental 2, classificados como parques


urbanos e indicados em mapa no anexo 3 as seguintes áreas conforme denominação contida
, nas cartas topográficas do IBGE na escala l · 50.000:
1- FESBEM ZPA 2/0l;
II - BraspérolaZPA 2/02;
III - Parque Municipal Cravo e aRosaZPA 2/03,
IV - Santa Bárbara ZPA 2104;
V- Espelho D' Água ZPA 2/05;
VI - Morro Mangue do Bubu ZPA 2/06;
Vil - Vale Esperança ZPA 2/07;
VIII - Morro da Companhia ZPA 2/08;
IX - Parque Porto das Pedras ZPA 2109;
X- Vila Cajueiro ZPA 2/10;
XI - Manancirus;
Xll - Reserva ambiental Jardim de Campo Grande;
XIII - Lagoa do Vigia

Art. 83° - Para futuras identificações de zonas de proteção ambiental os procedimentos


a serem seguidos são os constantes desta Lei e demais Nonnas Municipais, Estaduais e
Federais em vigor_

Art. 84º - Cabe ao Município promover no prazo de dois anos a contar da data de
publicação desta Lei, planos e projetos visando à preservação e a utilização das Zonas de
Proteção Ambiental de modo integrado ao ambiente urbano e ao ecossistema natural.

Art. 85° - O Município para viabilizar os planos especificados no Art. 84 poderá utilizar
o direito de preempçãq.

Seção IV
Zona de Ocupação Preferencial

Art. 86º - As Zonas de Ocupação Preferencial são áreas localizadas dentro do perímetro
urbano, com ou próximas às áreas de melhor infra-estrutura, onde se toma desejável induzir o
adensamento.

Art. 87° - As Zonas de Ocupação Preferencial apresentam corno objetivo principal·


1- estimular o uso múltiplo com a interação de usos residenciais e não
res1denc1rus;
II - induzir a ocupação urbana a partir de infra-estrutura existente;
III - estimular a consolidação de uma referência de área central para o
rnun1cíp10;
lV - preservar os locrus de interesse ambiental e visual de marcos
significativos d9 Município de Cariac1ca_

Art. 88º - As Zonas de Ocupação Preferencial classificam-se em:


l - Zona de Ocupação Preferencial l - ZOP l;
II - Zona de Ocupação Preferencial 2 - ZOP 2,
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ill - Zona de Ocupação Preferencial 3 - ZOP 3.

§ lº - A Zona de Ocupação Preferencial l é composta de área<; de melhor infra-estrutura


no Município, com potencial para assimilar condição de área central do Município.
I- são usos pennitidos para a Zona de Ocupação Preferencial 1:
a) residencial unifamiliar e multifamiliar;
b) comercial e de serviço, institucional de âmbito local para atendimento
ao conjunto de brurros próximos e municipal;
c) industrial 1 e II.
li - as atividades comercial e de serviço, institucional de âmbito regional
son1ente serão tolerados na Zona de Ocupação Preferencial 1 a partir de análise
específica do Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariacica - CMPDC, podendo
ser aprovado, não aprovado ou aprovado com restnções.

§ 2º - A Zona de Ocupação Preferencial 2 é composta de áreas próximas as Zonas de


Ocupação Preferencial l, sujeitas a adensamento em função da infra-estrutura disponível e de
futuras transformações na estrutura viána.

1- são usos permitidos para as Zonas de Ocupação Preferencial 2:


a) residencial unifamil1ar e multifamiliar;
b) comercial e de serviço, institucional local e para atendimento ao
conjunto de brurros próximos;
c) industrial J e II.
II - a<; atividades comercial e de sefVlço, institucional de âmbito municipal
somente serão tolerados na Zona de Ocupação Preferencial 2 a partir de análise
específica do Conselho Mun1c1pal do Plano Diretor de Cariacica - C.MPDC, podendo
ser aprovado,:não aprovado ou aprovado com restrições.

§ 3° - A Zona de Ocupação Preferencial 3 é composta de áreas com baixa densidade de


ocupação, com necessidade de n1elhorias na infra-estrutura urbana, apresentando previsão de
adensamento e expansão em função da localização estratégica, próxima a eixos e áreas de
dinamização econômica.

I- são usos permitidos nas Zonas de Ocupação Preferencial 3 ·


a) residencial unifamiliar e mult1familiar;
b) comercial e de serviço, institucional de âmbito local e bairros próximos;
c) industrial l e n.
II. as atividades comercial e de serviço, institucional de âmbito municipal
e industrial somente serão toleradas na Zona de Ocupação Preferencial 3 a partir de
análise específica do Conselho Municipal do Plano Diretor de Car1acica - C"MPDC,
podendo ser aprovado, não aprovado ou aprovado com restrições.

Seção V
Zona de Ocupação Controlada
{ EMBED Word.Pictur~.6 J

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Página: ( PAGE \' MERGEFORMAT }/( SECTIONPAGES \' MERGEFORMAT}

A1·t. 89° - As Zonas de Ocupação Controlada são áreas dentro do perímetro urbano, de
uso mtsto, dotadas de infra-estrutura urbana, que apresentam necessidade de conter a
ocupação e uso em compatibilidade com a capacidade de infra-estrutura.

Art. 90° - As Zonas de Ocupação Controlada apresentam como objetivo principal·


l - estimular o uso múltiplo com a interação de usos residenciais e não
residenciais;
II - con1patibilizar e adequar o uso e a ocupação do so1o em função da
infra-estrutura urbana existente;
111 - me1horaT as condições de mobilidade e acessibilídade urbana.
IV - preservar os locais de interesse ambientais e V1sua1s de marcos
significativos do Município de Cariacica.
V - investir na recuperação e manutenção dos espaços públicos de uso
coletivo;

§ lº - São usos pennitidos nas Zonas de Ocupação Controlada


1- residencial un1familiar e multifamiliar
ll - comercial e de serviço, institucional de âmbito local, para o
atendimento ao con1unto de bairros próximos; e,
III - industrial 1.

§ 2º - A atividade industrial TI somente será tolerada na Zona de Ocupação Controlada a


partir de análise específica do Conselho MllllicipaJ do Plano Diretor de Cariacica - CMPDC,
podendo ser aprovado, não aprovado ou aprovado com restrições.
Seção VI
Zona de Ocupação Limitada

Art. 91° - As Zonas de Ocupação Limitada são áreas dentro do perímetro urbano com
baixa densidade de ocupação e com vazios urbanos, apresentando t:,rrande demanda por infra-
estrutura urbana e com sistema viário impondo limites à ocupação.

Art. 92° - As Zonas de Ocupação Limitada apresentam como objetivos pnncipais:


1- estimular o uso múltiplo com a interação de usos residenciais e não
residenciais;
TI - compatibilizar o adensamento construtivo co1n as caracteristicas do
sistema viário e com as limitações na oferta de infra-estrutura urbana;
m - prover a área de equ1pan1entos e serviços urbanos e sociais;
IV - incentivar a ocupação dos vazios urbanos a partir de melhorias no
sistema v1ár10 e infra-estrutura urbana;
V- preservar os locais de interesse ambiental e visual de marcos
significativos do Município de Cariacica.

§ l0 São usos pennitidos nas Zonas de Ocupação Limitada:


-

1- residencial un1familiar e multifamiliar;


II - comercial e de serviço, institucional de âmbito local para atendimento à
vizinhança próxima;
III - industrial 1.
{ EMBEO Word.Picturc.6 J

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Pág,ina: { PAGE \* MERGEFOR.MAT J/{ SECTTONPAGES \* MERGEFORMA·r}

§ 2º - A atividade Industrial Jl somente será tolerada na Zona de Ocupação Limitada a


partir de análise específica do Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariacica (CMPDC),
podendo ser aprovado com restrições.

Seção VIl
Zona Espec1al

Art. 93° - As Zonas Especiais - ZE correspondem às áreas dentro do perímetro urbano,


com localização estratégica, que já apresentem ou que tenham potencial para receber
atividades com características especiais, sujeitas à geração de impactos econômicos, sociais,
ambientais e urbanísticos, cuja ocupação dependerá da elaboração, pelos responsáveis, de
planos específicos do conjunto da área, quanto ao uso e ocupação do solo, bem como
respectivos estudos de impacto_

Art. 94° - A Zona Especial apresenta como objetivo principal:


I- estimular o desenvolVJmento econômico do mun1cíp10 de forma
integrada aos aspectos sociais, ambientais e culturrus da região em que se insere;
11 - promover a integração dos equipamentos a serem instalados e a cidade;
m - estimular a elaboração de planos de ocupação global da respectiva zona,
com a previsão de futuras ex-pansões.
IV - investir na recuperação e manutenção dos espaços públicos de uso
coletivo.

Art. 95º - As Zonas Especiais classificam-se em:


J- Zona Especial l ,
lJ - Zona Especial 2;
III - Zona Especial 3.

Art. 96° - A Zona Especial 2 - ZE 2 é composta de áreas com baixa densidade de


ocupação, con1 diversidade de equipamentos de abrangência regional e de complexidade
social rei evante_

§ 1º - São usos pernúridos na Zona Especial 2:


I- residencial un1familiar e multi familiar, misto;
IJ - comercial e de serviço, 1nstitucional de âmbito local, para atendimento
ao conjunto de bairros próximos, municipal e regional,
m - industrial 1, II e ill.
§ 2º - A implantação de atividades na Zona Especial 2 somente será pernútida a partir
da elaboração de planos específicos de conjunto para ordenação das formas de uso e ocupação
do solo.

§ 3º - O Plano Específico referente à Zona Especial 2 será elaborado, no prazo de 180


(cento e oitenta) dias, sob a responsabilidade do Poder Público para o conjunto da área a partir
de Termo de Referência elaborado, também pelo Poder Público Municipal, a partir da
{ EMBED Word.Pictuce.6 }

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Pàg;n., 1PAGE \• MERGEFORMAT )/{ SECTJONPAGES \• MERGEFORMAT)

aprovação desta lei, atendendo aos objetivos gerais do Plano Diretor Mw1icipal de Cariacica,
e as normas de parcelamento Municipal, Estadual e Federal.

§ 4º - Os Planos indicados no §3º deste artigo deverão ser concluídos e apresentados ao


Poder Público Municipal no praz.o de vinte e quatro meses a contar da data do recebimento do
Tenno de Referêncía.

§ 5º - O Plano deverá receber parecer técnico da Secretaria Municipal de Planejamento


e Desenvolvimento Urbano, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Prefeitura Municipal de Canacíca, e após
análise destes, estará sujeito à apreciação do Conselho do Plano Diretor de Cariacica.

Art. 97° - A Zona Especial 3 - ZE 3 é composta de extensas áreas com a presença de


equipamentos de interesse econômico englobando atividades com características especiais que
exercem ou possam vir a exercer impactos econômicos, urbanísticos, sociais e ambientais ao
Município.

§ 1 º - São usos permitidos na Zona Especial 3:


1- residencial unifamiliar e multifamiliar, misto;
II - comercial e de serviço, institucional de âmbito local, para atendimento
ao conjunto de bairros próximos, municipal e regional;
ID - industrial 1, II e 1Jl

§ 2° - A implantação e a ampliação de atividades consideradas de impacto na Zona


Especial 3 somente serão permitidas a partir da elaboração de planos específicos de conjunto
para ordenação das formas de uso e ocupação do solo.

§ 3º - O Poder Público Municipal no praz.o de 360 (trezentos e sessenta) dias, a partir da


aprovação do Plano Diretor Municlpal de C,ariacica, deverá encaminhar aos responsáveis
pelas áreas classificadas como Zona Especial 3, Termo de Referência para apresentação de
plano relacionado às ativldades, edificações existentes na área e respectivas intenções quanto
às futuras expansões.

§ 4º - O Plano deverá receber parecer técnico da Secretaria Municipal de Planejamento


e Desenvolvimento Urbano, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Prefeitura Municipal de Cariacica, e após
análise destes, estará sujeito à apreciação do Conselho do Plano Diretor de Cariacica.

Art. 98° - Os planos específicos para a implantação de atividades nas Zonas Especiais,
de que tratam os artigos 96, 97 e 98, serão submetidos à apreciação do Legislativo, devem
atender os seguintes objetivos:
1- garantir a diversidade de usos na z.ona., incluindo as que atendam ao
interesse social, de cultura e lazer;
II - propiclar acessibilidade às áreas de uso público, incluindo orlas;
m - garantir a preservação do patrimônio histórico, arquitetônico, ambiental
e paisagístico;
IV - promover a integração dos equipamentos instalados, com a cidade;
"

{ EMBED Word.Picturc.6 }

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Pági<rn { PAGE I' MERGEFORMAT }/{ SECTIONPAGES I' MERGEFORMAT}

V- adequar o s1sten1a viário e a infra-estrutura urbana ao incremento da


ocupação urbana:
VJ - garantir integração social, econômica e urbanística entre as atividades
não res1dencia1s e as populações da área, bem como das áreas vizinhas;
Vll - envolver na sua elaboração os usuários e a população interessada.

§ l º - Os planos específicos referentes às Zonas Especiais devem incluir Estudo de


I1npacto de Vizinhança- EN, Relatório de Impacto de Vizinhança - RJV e estudo de Impacto
Ambiental - EIA_

§ 2º - O plano será analisado pelo Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariacica -


CMPDC e será submetido à aprovação do legislativo municipal, regulamentado por Decreto
do Poder Executivo Municipal.

Seção VIII
Zonas Especiais de Interesse Social

Art. 99° - As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS são áreas dentro do perímetro
urbano que exigem tratamento diferenciado dos parâmetros de uso e ocupação do solo urbano,
ocupado predominantemente por populações de baixa renda, ou que tenham sido objeto de
loteamentos e/ou conjuntos habitacionais irregulares, com ausência ou carência de serviços e
infra-estrutura urbana, acessibilidade inadequada que serão destinadas a programas e projetos
especiais de urbanização, reurbanização, regularização urbanística e fundiária.

§ l º - As Zonas Especiais de interesse social (ZEIS) são porções do território onde


deverá ser promovida a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos habitacionrus
de baixa renda existentes e consolidados e o desenvolVImento de programas habitacionais de
interesse social nas áreas não utilizadas ou subtilizadas_

§ 2º - O reconhecimento como ZEIS de loteamentos irregulares ou clandestinos não


ex11nirá seus promotores ou proprietários das obrigações e responsabilidades civis,
administrativas e penais preVIstas em Lei.

Art. 100º - As Zonas Especiais de Interesse Social - ZElS apresentam como objetivo
pnncipal:
1- promover a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos
ocupados pela população de bruxa renda;
TI - eliminar os riscos decorrentes de ocupações em áreas inadequadas e,
quando não for possível, reassentar seus ocupantes;
lll - dotar e ou ampliar estas áreas de equipamentos sociais e culturais,
espaços públicos, serviços e comércios;
IV - viabilizar áreas destinadas à manutenção e produção de Habitações de
Interesse Social - HJS, buscando o cumpri1nento da função social da propriedade_;
V- promover política específica de desenvolvimento sócio-econômica e
ambiental
VI - impedir a expulsão indireta, decorrente de valorização imobiliária dos
moradores beneficiados pelas ações de recuperação dos assentamentos precários.
{ EMBED Word.Picturc.6 J

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Páginac { PAGE \' MERGEFORMAT J/I SECTIONPAGES \' MERGEFORMAT}

Vll - dinamizar atividades de comércio e de serviço local;

Art.101° - As Zonas Especiru.s de Interesse Social classificam-se em:


I- Zona de Interesse Social l - ZElS 1;
Il - Zona de Interesse Social 2 - ZEIS 2;
ffi - Zona de Interesse Social 3 - ZEIS 3

Art. 102° - A Zona de Interesse Social 1 - ZEIS i é composta de áreas púbhcas ou


particulares, ocupadas predominantemente por habitações precárias, população de baixa renda
ou ocupações em áreas de risco, que apresentem demanda por infra-estrutura urbana, serviços
e equipamentos comunitános e acessibilidade inadequada sendo passíveis de relocação.

Parágrafo único - São usos pennitidos na Zona Especial de Interesse Social l:


I- residencial unifamiliar e multifamiliar;
II - comercial e de serviço, institucional de âmbito local;
III - industrial 1.

Art. 103º - A Zona Especial de Interesse Social 2 - ZEIS 2 é composta por áreas
públicas ou particulares dotadas parcialmente de infra-estrutura urbana, com acessibilidade
inadequada e apresentando demanda por serviços e equipamentos comunitários.

Parágrafo único - São usos permitidos na Zona Especial de Interesse Social 2.


1- residencial unifamiliar e multífamiliar:
II - comercial e de seMço, institucional de âmbito local;
III - industrial I.

Art. 104° - A Zona Especial de lnteresse Social 3 - ZEIS 3 é composta por áreas não
edificadas, subutilizadas ou não utilizadas, necessárias à implantação de Programas
Habitacionais de Interesse Social, que deverão ser urbruuzadas e dotadas de serviços e
equipamentos públicos_

Parágrafo único - São usos permitidos na Zona Especial de Interesse Social 3:


l - residencial uni familiar e multifamiliar;
11 - comercial e de seTVJço, institucional de âmbito local,
TIT - industrial I

Art. 105° - Os agentes executores ou proprietários, dos loteamentos irregulares ou


clandestinos das áreas reconhecidas como Zonas Especial de Interesse Social - ZEIS não
serão eximidos das obrigações, responsabilidades civis, administrativas e penais
previstas em lei.

Art. 106º - O reconhecimento de novas Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS não
poderá ocorrer em áreas de risco e de proteção ambiental_

Art. 107° - O plano de urbanização de cada Zona Especial de Interesse Social - ZEIS
será elaborado pelo Poder PUblico, com a participação da população moradora, proprietâ.r1os e
in1ciari\'ª privada.
{ EMBED Wurd.Pkture.í> l

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Pàgma: l PAGE \' MERGEFORMAT )/i SECTlONPAGES \' MERGEFORMAT}

Art. 108º - A inclusão de novas Zonas Especiais de Interesse Social - ZElS deverá ser
realizada através de Lei Municipal específica, de acordo com os artigos 103, 104 e 105 desta
Lei, podendo ocorrer por solicitação de associações representativas de moradores ou
proprietários através de requerimento ao órgão municipal competente, devendo ser debatida
na Conferência Municipal da Cidade, apreciado pelo Conselho Municipal de Habitação de
Interesse Social e aprovada pelo Conselho I\-1unicipal do Plano Diretor de Cariacica.

Art. 109º - Os projetos de Habitação de Interesse Social - HIS a serem implantados nas
Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS - deverão atender, preferencialmente, à população
residente no Município de Canac1ca.

Parágrafo único - Os projetos mencionados no CAPUT deste artigo devem constar no


Plano Municipal de Política Habitacional e serem aprovados pelo Conselho Municipal de
Habitação e Interesse Social.

Art. 1100 - Instrumentos da política urbana passíveis de serem aplicados nas Zonas
Especiais de Interesse Social :- ZEIS:
I- Concessão de Uso Para Fins de Moradia;
11 - Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsório;
III - Imposto Territorial e Predial Urbano - IPTU, Progressivo no Tempo;
IV - Desapropriação com Pagamento em Títulos da Dívida Pública;
V- Consórcio Imobiliário;
VI - Direito de Preempção;
\iII - Direito de Superiície;
VIII - Usucapião Especial de Imóvel Urbano;
IX - rransferência do Direito de Construir.

Seção IX
Zona Rurbana

Art. 111º - A Zona Rurbana compreende a Zona de Transição entre o ambiente rural e o
urbano, localizada dentro do perímetro urbano concentrando atividades turísticas, ecoturistíca,
agrícolas, pecuária e beneficiamento de produtos agrícolas.

Art. 112º - Constituem os objetivos da Zona Rurbana:


l- conter o avanço da malha urbana sobre a área rural;
Il - promover o uso racional dos recursos do solo e dos recursos hídricos;
llI - incentivar as atividades voltadas à agricultura, pecuária, turismo
cultural, ecoturismo e ao beneficiamento de produtos agrícolas;
IV - promover a proteção dos mananciais;
V- definir padrões de uso e ocupação do solo específicos às peculiaridades
do local, favorecendo a ocupação na forma de chácaras, com um padrão de
assentamento de baixa densidade.
{ EMBED Word.Picture.6 }

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Art. 113º - Para fins de parcelamento do solo urbano na Zona Rurbana somente serão
permitidos lotes com área mínima de 10.000 m1 , destinados a chácaras.

Seção X
Zona Eixos de Dinamização

Art. 114º - Os Eixos de Dinamização são zonas lineares dentro do perímetro urbano
que correspondem às áreas fom1adas a partir dos eixos das vias localizadas estrategicamente,
que possuem 1mportânc1a de ligação e de centralização de atividades de comércio, serviços e
indústrias.

Art. 115° - São objetivos dos Eixos de Dinamização:


I- formar áreas de an1n1ação urbana;
II - localizar o comércio e a prestação de serviços de apoio à vida urbana
nos diferentes bairros e localidades;
Ill - diminuir os deslocamentos gerados pelas necessidades cotidianas de
acesso às atividades de comércio e serviços urbanos.

Art. 116° - Os eixos de dinamização se classificam em três tipos, dependendo do nível


de abrangência municipal e dos usos permitidos:
I- Eixo de Dinamização 1,
II - Eixo de Dinamização 2;
llI - Eixo de Dinamização 3.

§ l" - O Eixo de Dinamização l serve de suporte para a intensa circulação de fluxos


interestaduais, regionais e urbanos, aJém de concentrar atividades com abrangência regional.

§ 2º - São usos péÍrnitidos no Eixo de Dinamização 1 à partir da sanção desta Lei:


1- comercial e de serviço, institucional de âmbito local, para atendimento
ao conjunto de bairros próximos, municipal e regional;
II - industrial I, Il e ffi.

§ 3º - O Eixo de Dinamização 2 funcionará corno suporte para intensa circulação de


fluxos intermunicipais e urbanos ou com potencial para tal.

§ 4" - São usos -permitidos no Eixo de Dinamização 2:


1- residencial unifamiliar e mulrifamiliar, misto;
II - comercial de serviço, institucional de âmbito local, para atendimento ao
conjunto de bairros próximos, municipal e regional;
ID - industrial I e Il

§ 5" - As atividades comercial, de serviço, institucional de àrnbito regional somente


serão toleradas no Eixo de Dinamização 2 a partir de análise específica do Conselho
Municipal do Plano Diretor de Cariac1ca - CMPDC, podendo ser aprovado, não aprovado ou
aprovado com restrições.
{ EMBED Word.Picturc.6 l

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§ 6º - O Eixo de Dinamização 3 funcionará como suporte para intensa circulação de


fluxos entre bairros.

§ 7° - São usos pennitidos no Eixo de Dinamização 3:


l- residencial unifamiliar e multi familiar, misto;
II - comercial e de serviço, institucional de âmbito local para atendimento
ao conjunto de bairros próximos, municipal e regional;
Ili - industrial I e TI.

§ 8º - As atividades comercial, de serviço, institucional de âmbito municipal somente


serão toleradas no Eixo de Dinamização 3 a partir de análise específica do Conselho
Municipal do Plano Diretor de Cariacica - CMPDC, podendo ser aprovado, não aprovado ou
aprovado com restrições.

Seção XI
Sub-Centros

Art. 117° - Os Sub-centros correspondem às áreas dentro do perímetro urbano,


formadas por centros localizados estrategicamente, que têm fortalecida sua identidade e
autonomia local e funcional diminuindo assim as viagens e consequentemente o aumento de
fluxos nas principais vias_

Parágrafo único - Novos Sub-centros poderão ser identificados, de acordo com as


características do caput deste artigo, após aprovação do Conselho Municipal do Plano Diretor
de Cariacica- CMPDC.

Art. 118º - São q_bjetivos dos Sub-Centros:


1- consolidar o comércio, a prestação de serviços, as áreas de lazer e
cultura de apoio à vida urbana nos diferentes bairros e localidades;
Il - diminuir os deslocamentos gerados pelas necessidades cotidianas de
acesso às atividades de comércio e serviços urbanos.

Art. 119° - Os Sub-centros diferenciam-se por sua localização e classificam-se em:


1- Sub-centro Sede - SCIO 1,
II - Sub-centro Nova Rosa da Penha - SC/02;
lll - Sub-centro Porto de Santana- SC/03,
IV - Sub-centro Bela Aurora- SC/04;
V- Sub-centro Castelo Branco - SC/05;
VI - Sub-centro de ltac1bá SC/06;
VIl - Sub-centro de Novo Horizonte SC/07.

Art. 120° - Os usos permitidos para os Sub-centros, são:


1- residencial unifamiliar e multifarniliar, misto;
ll - comercial e de serviço, institucional de âmbito local;
Ili - industrial L
{ EMRED Wurd.Picture.6 }

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Parágrafo único - No Sub-centro SC/Ol, a aprovação de projeto arquitetônico ou


urbanístico fica condicionada à apreciação específica do Conselho Mtulicipal do Plano Diretor
de Canacica - CMPDC quanto ao Impacto relacionado à preservação do patrimônio
arquitetônico.

CAPÍTllLOV
DA MOBILIDADE
Seção J
Das Disposições Gerais

Art. 121º -O Poder Executivo MlUlícipal no prazo de vinte e quatro meses elaborará o
Plano de Mobilidade e Acessibilidade, em conformidade com os artigos 14 e 15 desta Lei.

Seção II
Sistema Cicloviário

Art. 122º - O Poder Público Municipal implantará o Sistema Cicloviário Básico


proposto nesta Lei, quando das realizações de intervenções viárias.

Art. 123º - São objetivos básicos das ciclovias:


I - conectar grandes áreas do Município ou deste com seus municípios
vizinhos;
II - servir como opção de locomoção não só através de veículos
motorizados;
m - facilitar o acesso a bairros e regiões do Município de Cariacica;
N - ser opção de lazer e turismo, através de um passeio seguro.

Art. 124º - Compõem o Sistema Cicloviário Básico, conforme mapa, anexo 04:
l- C,iclovia l margeando a Br 101 no Município de Cariacica:,
li - Ciclovia ll margeando a Br 262 no Mun1cípío de Cariac1ca;
Ill - Ciclovia Til inicia-se no bairro Porto Novo, margeando a Orla do
Município e o Rio Marinho até o limite sul do município;
IV - Ciclovia IV inicia-se no bairro Novo Brasil, margeando o Eixo Coletor
Serra do Anil, projetado, e Rio ltanguá. até o limite da Ciclovia lll na altura do bairro
Porto de Santana;
V~ Ciclovia V Inicía·se nas proximidades do Termínal de Campo Grande,
margeando a Ferro,ri.a Leopoldina até o Bairro Progresso no limite com o Município
de Vila Velha;
Vl. Cíclovia VI inícia·se na Br-262, margeando a Avenida Alice Coutinho
até o encontro com a Ciclovia VII na altura do bairro Valparaíso no MlUlicíp10 de
Cariacica;
VIl - Ciclovia VT1 inicia-se no extremo oeste da Br-262, margeando o
Corredor Metropolitano Leste Oeste, projetado, até o encontro com a Ciclovia III na
altura do bairro Valparaíso no Município de Cariacica.

CAPÍTUWVT
DAS ÁREAS DE PATRIMÔNIO HISTÔRICO E ARQUITETÔNICO
{ EMBED Word.Picturc.6 }

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Páginao \ PAGE I' MERGEFORMAT \1\ SECTlONPAGES I' MERGEFORMAT \

Art. 125° - As Áreas de Preservação do Patrimônio Histórico e Arquitetônico são


aquelas onde se pretende preservar elen1ento que possua referência social, espaço-temporal e
apropriação de seu entorno pelo grupo social a ele relacionando conforme mapa, anexo 05.

Art. 126° - A identificação de imóveis de interesse para preservação no !\.1unicípio de


Cariacica orienta-se por quatro princípios estruturadores da política cultural.
1- o inventário deve estar relacionado ao significado e valor do imóvel,
articuJado a sua 1mportância social, política económica;
IT - a determinação do bem e do projeto cultural a partir do qual se
valorizará o conjunto de imóveis indicados de valor patrimonial, deve considerar
valores genéricos e particulares, temporais e espaciais;
m - a defmição do bem patrimonial deve apresentar como questão
primordial devido à dupla expansão, tipológica e cronológica, que assume no
conceito de patrimônio no decorrer da história da preservação;
IV - a determinação dos procedlmentos e instrumental adotado na realização
da identificação dos imóveis de interesse de preservação histórica e arquitetônica
deve se referir a critérios de àmbito estético e formal e pela compreensão do âmblto
da arquitetura e do urbanismo, em suas dimensões teóricas.

Art. 127° - As áreas de preservação do patrimônio histónco e arquitetônico são


indicadas a partir do significado e valor dos imóveis e através do seu grau de preservação.

Art. 128º - Os imóveis são classificados por seu significado e valor, conforme
indicações a seguir:
I~ valor histórico, atribuído a um bem cultural testemunho de
acontecimento.s de uma época e de um sítio determinado;
TI - ~alor de autenticidade, correspondente à expressão formal que
caracteriza uma época, levando em conta o contexto, o modo de vida e a cultura da
região;
ITI - valor associativo e testemunhal é avaliado com base nos
acontecimentos importantes ocorridos em um imóvel ou setor, que marcam uma
época;
IV - valor arquitetônico, quando um imóvel manifesta com clareza o caráter
com que é concebido, correspondendo à forma, à função, e tendo em conta que o
repertório formal, a espacialidade, os matenais, as formas construtivas não tenham
sido aJterados ao ponto de desvirtuar seu significado e leitura;
V- valor tecnológico se manifesta nos sistemas construtivos, elementos
representativos ou avanços tecnológicos de uma época detenninada:,
VI - valor de antigüidade é o valor adquindo pelos imóveis ou setores
antigos com o transcorrer dos anos e as circunstâncias econômicas e sociais.

Art. 129º - Os imóveis quando classificados por seu grau de preservação são de três
tipos:
I~ Grau l, preservação integral do imóvel que se justifique por manifestar
com clareza o caráter de sua concepção, correspondendo à fonna, à função, por
apresentar repertório formal, espacialidade interna, implantação, materiais e formas
{ EMBED Word.Picturc.6 J

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construtivas sen1 modificações que alterem seu signíficado ou impeçam a leitura e,


ainda, por apresentar sistema construtivo, elementos representativos ou avanços
tecnológicos representativos de uma época determ1nad~
1I - Grau II, preservação parcial do imóvel que se justifique por ser
testemunho histórico de acontecimentos de uma época ou sítio determinado e por
apresentar espacialidade, materiais e formas construtivas internas com modificações
que alterem seu significado ou impeçam sua leitura;
lII - Grau lll, preservação ambiental do imóvel que se justifique por
confundir-se com a construção da cídade e ser marco físico pelo traçado urbano, lote,
volumetria, escala e ou marco sócio-cultural de usos, habitantes, tradições e
costumes, e por expressar relações da cidade ou setor urbano com o território
considerando o espaço dilatado ou concentrado, e a topografia.

Art. 130° - Para cada grau de preservação dos imóveis devem ser respeitadas a
seguintes exigências:
l - Grau l exige a conservação de organização espacial, materials
construtivos e elementos constitutivos das estruturas, acabamentos exteriores,
interiores e cobertura considerando configuração, estrutura e acabrunento;
II - Grau II exíge a conservação de elementos constituidores de
configuração volumétrica, implantação no lote, linguagem, acabamentos externos e
cobertura considerando configuração, estrutura e acabamento;
m - Grau III exige a conservação de percurso perceptivo e perspectiva
visual, relação fonnal entre volume construído e espaço público de escala
caracteristica pela amplitude hori7.-0ntal ou construção em altura, de caráter
dominante de desenho urbano relacionado ao traçado original e de linguagem
arquitetônica expressiva considerando estilo, elen1entos e formas arquitetônicas.

Art. 131° - As áreas de preservação do patrimônio histórico e arquitetônico do


Municípío de Cariacica estão indicadas no mapa, anexo 05 a.

Art. 132º - As áreas de preservação do patrimônio histórico e arquitetônico do


Município de Cariacica serão indicadas como um elemento Unico ou em conjunto formando
setores.

ArL 133° - Os Setores indicados para preservação do patrimônio histórico e


arquitetônico, são:
1- Setor Sede - Anexo Sa;
n- Setor Educandário - Hospital - Anexo 5b;
m- Setor Morro da Companhia e CVRD - Anexo Se;
N- Setor Jardim América - Anexo Se.

Art. 134° - Os imóveis indicados de interesse para preservação encontram-se agrupados


conforme o grau de prese~ação.

§ l 0 - Encontram-se classificados como Grau de Preservação 1 os seguintes imóveis:


I - e.asarão da Fazenda lbíapaba
II - Estação FerroVJária de Caricacia - Areinha- Anexo 5a [2];
( EMBED Wol'd.Picture.6 }

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III - Imóvel Rua Onofre de Oliveira, n" 6 - Sede - Anexo 5a (8J;


IV - Igreja de São João Batista e Praça Marechal Deodoro - Sede - Anexo
la [10];
V - Oficina de Vagões- Compainha Vale do Rio Doce - Anexo Se [33];
VI - Imóvel Avenida Brasil - Grupo Escolar "Cerqueira Lima" - Jardim
América - Anexo Se [38J;
Vll - Imóvel Avenida Espírito Santo - "Companhia Ferro e Aço de Vitória-
COFAVI" - Jardim América - Anexo Se [39];
Vlll - Imóvel Rua Engenheiro José H. da Silva - Estádio Engenheiro
Alencar de Araripe (Campo de futebol e arquibancada<;)- Jardim América - Anexo
Se [40];
IX - Imóvel - Ruina - Pavilhão de triagem_ - Educandário Alzira Bley -
Anexo 5b [41];
X - Imóvel - "Pavilhão das meninas" e Jardim fronteiriço - Educandário
Alzira Bley - Anexo 5b [42];
XI - Imóvel - "Pavilhão dos meninos" - Educandário Alzira Bley - Anexo
5b [43];
XII - Imóvel - Pavilhão de formação profissional - Educandário Alzira Bley;
- Anexo 5b [44];
XIll - Imóvel - "Oficina e garagem de automóveis" - Hospital Doutor
Pedro Fontes - Anexo 5b [45],
XIV - Imóvel - Administração - Hospital Doutor Pedro Fontes -
Anexo 5b (46];
XV - Imóvel - Destacamento Polícia Militar - Hospital Doutor Pedro Fontes
- Anexo 5b (47];
XVI - Imóvel - Refeitório - Hospital Doutor Pedro Fontes - Anexo 5b
[48];
XVll - Imóvel - Pavilhão geriatria masculina - Hospital Doutor Pedro
Fontes - Anexo 5d f49],
XVIII - Imóvel - Pavilhão de internação - Hospital Doutor Pedro Fontes
-Anexo 5b (50], [52 a61];
XJX - Imóvel -Ambulatório -Anexo 5b [51];
XX - Imóvel -Pavilhão geriatria feminina- Anexo 5b (62];
XXI - Imóvel - "Salão de diversão" - Anexo 5b [63J;
XXll - Imóvel - "Escola" - Anexo 5b [64];
XXIII - Igreja de São Francisco e Cemitério Doutor Pedro -Fontes
Anexo 5b [83].
XXIV - Imóvel - Centro Cirúrgico - Clínico - Hospital Doutor Pedro
Fontes - Anexo 5b;
XXV - lmóvel - Pavilhão de moradia dos internos, masculino e
feminino - Hospital Doutor Pedro Fontes - Anexo 5b;
XXVl - Imóvel - Almoxarifado - Hospital Doutor Pedro Fontes -
Anexo Sb;
XXVII - Imóvel - Casas residenciais, masculinas e femininas na Colônia
- Hospital Doutor Pedro Fontes - Anexo 5b;
XXVIII - Imóvel - Farmácia- Hospital Doutor Pedro Fontes;
XXIX - Imóvel - Vestiário e Campo de Futebol Bela Vista.
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§ 2° - Encontram-se classificados oomo Grau de Preservação TI os seguintes imóveis:


1- Imóvel Rua Onofre de Oliveira, nº 12 - Setor Sede- Anexo 5a [3];
li - Imóvel Rua Cleto Nunes, nº. 2 (esquina oom Onofre de Oliveira) -
Setor Sede - Anexo 5a [4];
Ill - Imóvel Rua Onofre de Ollveira, nº s/n- Sede- Anexo Sa [S);
IV - Imóvel Rua 011ofre de Oliveira, nº 5 - Sede - Anexo 5a [6];
V - Imóvel Rua Onofre de Oliveira, nº 8 - Sede - Anexo Sa [7);
VI - Imóvel Praça Marechal Deodoro, nº 29 - Sede - Anexo 5a [9];
VII - imóvel Avenida Florentino Avidos, nº 5 - Sede - Anexo 5a [11 );
Vffi -Imóvel Avenida Florentino Avidos, nº 11 - Sede - Anexo 5a [J 2J;
IX - Imóvel Avenida Florentino Avidos, nº 2S - Sede - Anexo Sa [13];
X - Imóvel Avenida Florentino Avidos, nº 27-29- Sede - Anexo 5a [14];
Xl - Imóvel Avenida Florentino Avidos, nº 16 - Sede - Anexo Sa [l S];
XII - Imóvel Rua Graciano Neves, nº 27 - Sede - Anexo Sa [16];
Xlll -Imóvel Rua Schwab Filho, nº S -Sede - Anexo Sa [17);
XIV - Imóvel Rua Schwab Filho, nº s/n - Sede - Anexo Sa [18];
XV - lmóvel Rua Schwab Filho, 2-4 - Sede - Anexo Sa [19};
XVI -Imóvel Rua Nestor Gomes, nº s/n - Sede - Anexo Sa [2IJ;
XVII - Imóvel Rua Nestor Gomes, nº 32 - Sede - Anexo Sa [22);
XVID - Imóvel Rua Nestor Gomes, nº 28 - Sede - Anexo 5a [23];
XIX -Imóvel Rua Nestor Gomes, nº s/n -Sede - Anexo Sa [24];
XX - Imóvel Rua Nestor Gomes, nº 7 - Sede - Anexo 5a [2S];
XXI -Imóvel Rua Nestor Gomes, nº 6 - Sede - Anexo 5a [26];
XXII - Galpão - Companhia Vale do Rio Doce- anexo Sc [34];
:xxm - Imóvel Avenida América, s/n - Jardim América - Anexo Se
[35];
XXIV - Imóvel Avenida América, sfn - Jardim América - Anexo Se
[36];
XXV - Imóvel Avenida Arnénca, s/n. - Jardim Aménca - Anexo Se
[36a];
XX.VI - Imóvel Esquina Rua Amazonas com Rua Paraguai. - Jardim
Aménca- Anexo Sa [37];
XXVII- Imóveis na Rua do Coque1ro, nº lS A-B a 33 A-B - Anexo Sa
[65 a 82];

§ 3º - Encontram-se classificados como Grau de Preservação III os seguintes imó\. eis:


1

I- lmóve1 Rua São Francisco, s/n - Morro da C.ompanhia- Anexo Se [27);


II - Imóvel Rua São Francisco, s/n - Morro da Companhia - Anexo Se [28];
lll - Imóvel Rua São Francisco, s/n - Morro da Companhia - Anexo Se [29];
IV - Imóvel Rua São Francisco, s/n- Morro da Companhia- Anexo Se [30];
V - Imóvel Rua São Francisco, s/n - Morro da C.ompanhia - Anexo Se [31 );
VI - Im9vel Rua São Francisco, s/n - Morro da Companhia - Anexo Se [32];

Art. 135º - Considera-se para efeito de preservação o traçado urbano do setor Hospital
Doutor Pedro Fontes conforme mapa do anexo S b.
( EMBED Word.Picturc.6 }

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Art. 136° - São diretrizes para futuros procedimentos de ampliação do universo


patr1monial de Cariacica no âmbito da política de cultura de identificação, difusão e produção
J- adoção de um entendimento amplo de patrimônio;
II - adoção dos inventários como instrumento de conhecimento dos
suportes da cultura;
111 - adoção de métodos específicos, segundo os diferentes tipos de suporte
da cultura, especialmente para os bens materiais e bens imateriais ;
IV - adoção de formulários ou fichas referenciais, ou seja, uma base comum
de informações, buscando constituir um inventário de caráter estadual, e mesmo
nacional;
V- envolvimento das comunidades na identificação dos bens;
VI - estabelec1mento de parcerias com outras instituições, públicas e
privadas, através de apoio técnico, executivo ou financeiro, como universidades,
escolas técnicas e empresas.

Art. 137° - São diretrizes para futuros procedimentos de ampliação do universo


patrimonial de Cariacica, no âmbito específico do patrimônio histórico, urbano e arquitetônico
de Cariacica:
I- a amphação do conjunto de imóveis de interesse para preservação, por
meio de consultas participativas junto à sociedade, na perspectiva de identificação de
edificações de valor patnmonial derivado de seus nexos com a memória coletiva dos
diferentes e particulares grupos sociais;
II - o aprofundamento do conhecimento acerca do conjunto patrimonial
identificado nesse plano, por meio de organização de tnformação e documentação:
a) arquitetônica e urbanística por meio de registro cadastral detalhado;
b) histórica baseada em fontes primárias e ou secundárias consultadas em
arquivos históricos, bibliotecas públicas ou privadas, testemunhos diretos (história
oral), arquivos privados, particulares, e paroquiais;
c) informação legal em conselhos de conservação e preservação regionais
e municipais, e institutos de pesquisa e estudos urbanos e arquitetônicos;
d) documentação gráfica e cartogiáfica, incluindo fotografias históricas,
aerofotografías, planos urbanos, cartas cadastrais;
e) levantamento e reb:ristro da condição de conservação física e funcional
do imóvel;
f) consulta sobre aspectos fisicos, urbanos e regionais em dicionários
especializados de urbanismo e arquitetura, monografias acadêmicas, planos
urbanos municipais;
g) estudo e proposição de projetos de intervenção urbano-arquitetônica
orientados à conservação fisica e à condição de uso dos imóveis.

Art. 138° - São imóveis destinados para estudo e avaliação quanto ao interesse de
preservação:
T- Imóvel Rua Nestor Gomes, s/n (Entre o Colégio Samaritano e o nº 3) -
Sede;
fl - Rodovia Governador José Sete, nº 15 ("Km 12 para Cariacica")-Porto
Belo li;
ID - Hospital de Psicopatas - "Adauto Botelho" - Tucum;
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IV - Igreja do Sagrado Coração de Jesus, Rua do Cruzeiro - Itaquari;


V- Imóvel Rua Arthur Mazelli, s/n (Esquina com Rua Presidente
Wenceslau Bras)-Itaquari.
VI - Imóvel Rua Arthur Mazelli, s/n (Esquina com Rua Alvim Simões) -
ltaquari;
VII - Imóvel Rua Floriano Varejão, nº 1 -ltaquari;
VIIl - Imóvel Rua Floriano Varejão, nº 12. -Itaquari;
IX - Imóvel Rua Floriano Varejão, oº 26 - Itaquari;
X- Imóvel - Chácara do Diretor Superintendente - Morro da Companhia;
XI - Reservatório de água_ - Morro da Companhia;
Xll - Conjunto de vestígios de residências - Morro da Companhia;
XIII - Caminhos de acesso ao morro da Companhia e às edificações - Morro
da Companhia;
XIV - Imóvel Rua Bolívia- "Gráfica do JNSS" - Jardim América;
XV - Imóvel Rua Paraguai, nº 59 - Jardim América;
XVI - Imóvel Clube Social do Estádio Engenheiro Alencar de Araripe Jardim
América;
XVII - Porto da Pedra - Parque das Pedras, Vila Cajueiro - Município de
Canacica;
XVIIl - Estrada de Ferro Centro - Leste, antiga Leopoldina Railway -
Município de Cariacica;
XIX - Estrada de Ferro Vitória Minas -Município de Cariacica.

CAPÍTULO VII
DAS ÁREAS ESPECIAIS DE INTERVENÇÃO URBANA

Art. 139º - As .Áreas Especiais de Intervenção Urbana são aquelas que demandam
política urbana específica visando urbanização ou reestruturação urbana para dinamização ou
revitalização das atividades existentes ou atendimento de novas funções, garantindo a
inserção social e econômica da população, a preservação do patrimônio cultural, em especial
o arquitetônico, a preservação ambiental, o incremento econômico, a estruturação viária
atendendo amplamente às condições de mobilidade e acessibilidade.

Parágrafo único - A delimitação dac; Áreas Especiais de Intervenção Urbana e a


constante do mapa, anexo 06.

Art. 140º - As Áreas Especiais de Intervenção urbana são:


I- Cariacica Sede;
11 - área do Educandário Alzira Bley e Hospital Pedro Fontes;
III - área equipamentos prisionais e rio Itanguá;
TV - área Eixo Área Central,
V- área Morro da Companhia, ferrovia e CVRD;
VI ~ área central Jardim América.

Art. 141º - São objetivos básicos da Área Especial de Intervenção Urbana Sede·
J- preservar o patrimônio histórico-cultural promovendo usos compatíveis,
incentivando e orientando a recuperação dos imóveis de interesse de preservação;
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II - compatibilizar o incren1ento na ocupação urbana com as características


do sistema viário e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana:
III - fomentar a visitação da área;
IV - requalificar conjunto edificado urbano e otimizar a utilização da infra-
estrutura

Art. 142°- São objetivos básicos da Área Especial de Intervenção Urbana Educandário
Alzira Bley e do Hospital Pedro Fontes:
l- preservar o patrimônio histórico-cultural promovendo usos compatíveis,
incentivando e orientando a recuperação dos imóveis de interesse de preservação;
li - valorizar as potencialidades paisagísticas e preservar os locais de
interesse ambiental;
III - compatibilizar o incremento na ocupação urbana com as características
do sistema viário e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana_

Art. 143° - São objetivos básicos da Área Especial de Intervenção Urbana e


equipamentos prisionais e rio Itanguá:
I- recuperar e preservar as áreas de interesse ambiental,
II - fomentar a visitação da área;
III - compatibilizar os u.<>os existentes, equipamentos de caráter prisional e
hospital psiquiátrico, com o incremento da ocupação urbana;
IV - compatibiliz.ar o incremento na ocupação urbana com as características
do sistema viário e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana;
V- introduzir novas dinâmicas urbanas;
VI - fomentar a implantação de atividades econômicas não poluidoras,
compatíveis com a preservação da paisagem e do meio ambiente.

Art. 144° - São objetivos básicos da Área Especial de Intervenção Urbana Eixo Área
Central·
I- criar condições para que a área assuma papel de centro comercial de
serviços, administrativo e financeiro do Município;
li - compatibilizar o incremento da ocupação urbana com as características
do sistema viário e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana;
III - introduzir novas dinâmicas urbanas.

Art. 145° - São objetivos básicos da Área Especial de Integração Urbana Morro da
Companhia, ferrovia e CVRD:
I- preservar o patrimônio histórico-cultural promovendo usos compatíveis,
incentivando e orientando a recuperação dos imóveis de interesse de preservação;
IJ - recuperar e preservar as áreas de interesse ambiental;
III - reestruturar e aperfeiçoar o sistema viário e a infra-estrutura instaJada;
IV - compatibilizar o incremento na ocupação urbana com as características
do sistema viário e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana;
V- requalificar conjunto edificado urbano e aperfeiçoar a utilização da
i11;fra-estrutura:
VI - vaJorizar as potencialidades paisagísticas e preservar os locais de
interesse ambiental
{ EMBED Word.Picture.6 }

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Art. 146° - São objetivos básicos de parte da Área Especíal de lntervenção Urbana Área
Central Jardim América:
l- preservar o patrnnônio histórico-cultural promovendo usos compatíveis,
tncentivando e orientando a recuperação dos imóveis de interesse de preservação;
II - recuperar e preservar as áreas de interesse ambiental;
III - reestruturar e aperfeiçoar o sistema viário e a infra-estrutura instalada;
IV - compatibilizar o incremento na ocupação urbana com as características
do sistema viário e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana;
V- promover o desenvolvimento econômico da área.

CAPÍTULO VIII
DAS ÁREAS DE BAIXA DENSIDADE DE OCUPAÇÃO

Art. 147° - Áreas de baixa densidade de ocupação são áreas loteadas ou ocupadas de
forma regular ou irregular, com ou sem infra-estrutura urbana que apresentam baixa
densidade ou ausência de ocupação confonne mapa, anexo 07.

Parágrafo único - O Poder Executivo no prazo de trinta e seis meses estabelecerá as


diretrrzes da política de urbanização para as áreas identificadas como de baixa densidade de
ocupação.

Art. 148°- São objetivos da política de urbanização para as áreas de baixa densidade de
ocupação:
l- dotar estas áreas de infra-estrutura;
II - estimular a edificação e utilização urbana, em detrimento da execução
de novos lote~entos_

TÍTULO VI
DO USO, OCUPAÇÃO E PARCELAMENTO DO SOLO
CAPÍTULO l
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 149° - Esta lei definirá os empreendimentos de impacto, independentemente da


área construida

Art. 150º - Os projetos construtivos serão aprovados mediante a indicação da atividade


e da respectiva classificação de usos referidos nesta Lei

CAPÍTULO 11
USO DO SOLO URBANO

Art. 151º - Todos os usos, atividades e índices urbanísticos deverão obedecer às


características e finalidades das Macrozonas e das Zonas em que vierem a se instalar segundo
o disposto nesta lei.
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Art. 152° - Para fins de avaliação do disposto no artigo 151, desta Lei, os usos e
atividades serão analisados em fW1ção de sua potencialidade como geradores de impacto
urbano e ambiental, conforme a seguinte classificação:
1- uso residencial;
II - comercial e de serviço e institucional;
III - industrial.

§ l º - Considera-se uso residencial aquele destinado à moradia unifamiliar ou


multifamiliar.

§ 2° - As atividades indicadas no inciso II do artigo 152, desta lei, dividem-se em:


1- de âmbito local - que oferece atendimento aos moradores vizinhos;
II - de àmbito dos bairros próximos - que busca atendimento aos moradores
vizinhos, aos conjuntos de bairros próximos e ao fluxo de passagem;
111 - de àmbito municipal - que oferece atendimento aos moradores
vizinhos, aos conjuntos de bairros próximos, aos moradores do Município e ao fluxo
de passagem;
TV - de àmbito regional - que oferece atendimento aos moradores vizinhos,
aos conjuntos de bairros próximos, aos moradores do Município, aos moradores da
Região Metropolitana da Grande Vitória, aos Municípios Vizinhos e ao fluxo de
passagem.

§ 3º - As atividades indicadas no inciso JIJ do artigo 152, desta Lei, classificam-se em:
I- Industrial I - atividades industriais de pequeno porte, instaladas em um
lote urbano de até 600 m2 e sem impacto urbano e ambiental significativo;
II - Industrial II - atividades industriais de médio porte, cujas installl]ões
abranjam mai? de um lote totalizando área superior a 600 m2 e inferior a 2000 m , ou
que por suas características mesmo ocupando área até 600 m2 estejam sujeitas a
algum tipo de impacto urbano e ou ambiental;
ili - Industrial IJI - atividades industriais de grande porte, Cujas instalações
abranjam áreas iguais ou superiores a 2000 m2 ou que por suas características
especificas causem algum tipo de impacto urbano e ambiental.

Art. 153° - As atividades relacionadas aos usos descritos no artigo 152, desta Lei, serão
enquadradas conforme o grau de impacto urbano e ambiental, observando o rúvel de sua
interferência no meio ambiente, prejuízo social e a mobilidade urbana.

Art. 154° - As atividades são classificadas quanto ao tipo de impacto que geram:
J- Impacto Grau I - enquadram-se neste grupo as atividades residencial
unifamiliar, comercial e prestação de serviços, institucional de àmbito local e
industrial I, que não causem incômodos significativos a vizinhança, poluição
ambiental e nem atraem ou produzam tráfego pesado ou intenso;
II - Impacto Grau n - enquadram-se neste grupo as atividades residencial
multifamiliar; comercial, prestação de serviços, institucional de âmbito municipal; e
industrial II, cujas atividades implantadas podem causar algum tipo de incomodidade
a mobilidade urbana e a VIzinhança demandando maior controle para sua
implantação;
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III - Impacto Grau m - enquadram-se neste grupo as atividades comercial,


prestação de serviços, institucional de âmbito regional; e industrial III, cujas
atividades urbanas peculiares que pelo seu porte, ou escala de empreendimento ou
função, independentemente do porte, são potencialmente geradoras de impacto ao
meio ambiente, à mobilidade urbana e social no seu entorno.

Art. 15So - As atividades classificadas como de impacto grau Il deverão apresentar


Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança -
RIV, para aprovação de licenciamento e emissão de alvarás, podendo a critério do órgão
municipal exigir o Estudo de lmpacto Ambiental - EJMA.

Art. 156° - As atividades classificadas como de impacto grau ID deverão apresentar


Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV e Estudo
de Impacto Ambiental - Ell\.1A para aprovação de licenciamento e emissão de alvarás.

Art. 157° - As edificações que após reformas ou ampliações se enquadrarem em


atividades geradoras de impactos de grau II ou III deverão apresentar conforme legislação
Federal, Estadual e Municipal Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e Estudo de Impacto
Ambiental - BIMA, conforme o artigo 176 e seguintes.

Art. 158° - Para definição e enquadramento dos usos e das atividades conforme o
impacto urbano e ambiental serão observados os seguintes parâmetros:
I- quanto ao impacto ambiental:
a) poluição sonora, aquela que gera impacto causado pelo uso de
máquinas, utensílios ruidosos, aparelhos sonoros ou similares no entorno;
b) poluição atmosférica, aquela que lança na atmosfera matéria ou energia
provenient~s dos processos de produção ou transformação;
c) poluição hídrica, aquela que lança efluentes que alterem a qualidade da
rede hidrográfica ou a integridade do sistema coletor de esgotos;
d) geração de resíduos sólidos, aquela que produz, manipula ou estoca de
resíduos sólidos, com riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública;
e) vibração, aquela que gera impacto provocado pelo uso de máquinas ou
equipamentos que produzam choques receptivos ou vibração sensível.
II - quanto ao impacto na mobilidade urbana:
a) geração de carga e descarga;
b) geração de embarque e desembarque;
c) geração de tráfego de pedestres;
d) caracterização como pólos geradores de tráfego.
III - quanto ao impacto social e econômico:
a) exclusão, no caso de atividades que não se relacionem com o local ou
com a comunidade que estão inseridas;
b) violência, conflitos de usos ocasionando incômodos e insegurança a
população;
c) econômico, no caso de atividades em conflito, gerando perda de
vitabilidade econômica;
d) expulsão, no caso de atividades que instaladas gerem a valorização
imobiliária sem o respectivo desenvolVJmento social.
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IV - quanto ao impacto urbanístico:


a) interferência significativa na infra-estrutura urbana;
b) interferência significativa na prestação de serviços públicos;
e) necessidade de parâmetro urbanísticos espec1a1s.

Parágrafo único - A análise dos impactos de que trata este artigo deve ser considerada
no caso dos usos tolerados.

Art. 159° - A análise técnica dos impactos urbano e ambiental não exclui a necessidade
de licenciamento ambiental, nos casos que a Lei o exigir.

CAPÍTULO Ili
DA OCUPAÇÃO 00 SOLO
Seção 1
Dos Índices de Controle Urbanístico

Art. 160° - Consideram-se Índices de Controle Urbanísticos o conjunto de normas que


regula o dimensionamento das edificações, em relação ao terreno onde serão construídas, e ao
uso a que se destinam.

Art. 161° - Os índices de controle urbanísticos são os constantes dos Anexos 08 e 09.

Art. 162º - Os índices urbanísticos referentes à ocupação do solo urbano ficam


deterrrúnados a seguir:
1- coeficiente de aproveitamento do terreno máximo;
II - taxa de ocupação máxima;
m - taxa de permeabihdade do solo mínima;
IV - afastamentos mínimos;
V- gabarito máXJmo;
VI - áreas destinadas a estacíonamento de veiculas;
Vil - área e testada mínima do Lote.

Art. 163° - Os índices urbanísticos citados no artigo l 61 serão definidos para cada Zona
Urbana de acordo com as tabelas constantes nos anexos 08 e 09 definidos como se segue:
1- Coeficiente de Aproveitamento - CA é o índice que, multiplicado pela
área do terreno, resulta na área máx.una de construção permitida;
ll - Taxa de Ocupação - TO é um percentual expresso pela relação entre a
área da projeção da edificação e a área do lote;
ffi - Taxa de Permeabilidade - TP é um percentual expresso pela relação
entre a área do lote sem pavimentação impermeável e sem construção no subsolo, e
a área total do lote;
TV - Afastamento de Frente - é a distância mínima entre a edificação e a
divisa frontal do lote de sua acessão, no alinhamento com a via ou logradouro
público;
V- Afastamento de FW1dos - é a distância mínima entre a edificação e a
divisa dos fundos do lote de sua acessão;
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VT - Afasta1nento Lateral ~ é a distância n1ínima entre a edificação e as


divisas laterais do lote de sua acessão;
VII - Gabarito - é o número máximo de pavimentos da edificação;
Vffi - Área e Testada de Lote são dimensões quanto à superfície e ao
comprimento da frente do lote para o parcelamento do solo

Art. 164° - Na determinação do coeficiente de aproveitamento para edificações


destinadas ao uso residencial não serão computadas áreas de varandas, contiguas a sa1a ou
quarto .

•4.rt. 165° - As edificações que estiverem localizadas em VIas projetadas no Plano


Diretor Viário, Lei nº 3.487/1997 deverão obedecer aos afastamentos núnimos contidos no
n1esmo.

Art. 166° - O número de vagas de estacionamento de veículos estabelecido para as


atividades nas diversas zonas é o constante no Anexo 09.

Art. 167° - Os casos omissos deverão ser tratados em similaridade aos paràmetros
previstos nesta leí, e a partir de estudos específicos analisados pelo Conselho Municipal do
Plano Diretor de Cariacica.

Art. 168° - Os empreendimentos sujeitos à avaliação quanto ao impacto terão o número


mínimo de vagas destinadas à guarda e estacionamento de veículos estabelecido com base no
Estudo de Impacto de Vizinhança.

Seção II
Do Parcelamento do Solo

Art. 169° - O Parcelamento do solo urbano atenderá o disposto nesta Lei, e serit
regulado em Lei Municipal, que deverá ser apresentada, num prazo de 360 (trezentos e
sessenta) dias, estabelecendo os parâmetros para aprovação de loteamentos, condomínios
urbanísticos, regularização de loteamentos clandestinos e assentamentos existentes,
observando as disposições da Legislação federal e estadual de que trata a matéria.

§ l º - Até o advento da lei referida no caput, fica o Poder Executivo autorizado a


proceder a regulanz,ação dos loteamentos já implantados até a data de vigência desta Lei,
desde que atenda pelo menos os seguintes requisitos:
I- se enquadre nos termos estabelecidos na Lei municipal 1.749/87;
II - sejam dotados de pelo menos um equipamento público ou comunitário;
Ill - seja apresentado pelo proprietário loteador instrumento de garantia
competente, ressalvado o disposto no §4º do artigo 18 da Lei Federal 6766/79.

§ 2º - O Poder Exécutivo deverá promover política de incentivo para intensificação da


regularização dos loteamentos clandestinos e assentamentos existentes.
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§ 3º - O reconhecimento como ZEIS de loteamentos irregulares ou clandestinos não


eximirá seus promotores ou proprietários das obrigações e responsabilidades civis,
administrativas e penais previstas e1n Lei.

§ 4° - Os loteamentos industriais terão seus padrões estabelecidos por legislação


específica.

§ Sº - Os requisitos exi!:,>idos para o parcelamento de solo estabelecidos nesta Lei, não se


aplicam aos loteamentos já instalados até a sua vigência e que necessitem de regularização.

§ 6º - Os loteamentos de interesse social - LIS - podem ter padrões urbanísticos


diferentes dos estabelecidos nesta Lei, quaJquer que seja a zona de uso de sua implantação a
serem estabelecidos em legislação específica que regulamentará os parâmetros para
Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social - EHIS.

Art. 170° - As dimensões minimas de testado e área para cada Zona encontram-se
indicadas no anexo 08 desta Lei.

TITIJLO VII
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
CAPÍTULO 1
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 171° - Para o planejamento e gestão do desenvolvimento urbano, o Município de


Cariac1ca adotará instrumentos da política urbana que forem necessários, especialmente
aqueles previstos na Lei Federal nº. l 0.257, de l O de julho de 2001 - Estatuto da Cidade.

Parágrafo único - A utilização de instrumentos da política urbana deve ser objeto de


controle social, garantida a informação e a participação de entidades da sociedade civil e da
população, nos termos da legislação aplicável.

CAPÍTULO II
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA- EIV E DO RELATÓRIO DO
IMPACTO DE VIZINHANÇA - RIV

Art. 172º - Lei municipal, a ser elaborada num prazo de 12 (doze) meses, definirá os
empreendimentos e as atividades privadas ou públicas na Área Urbana que dependerão da
elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e respectivo Relatório de Impacto de
Vizinhança - RIV, para obter licença ou autorização para parcelamento, construção,
ampliação, renovação ou funcionamento, bem como os parâmetros e os procedimentos a
serem adotados para sua avaliação.

§ 1º - O Estudo de Impacto de vizinhança - EIV e o Relatório de Impacto de Vizinhança


RIV serão executados de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e
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suas proxinlldades, nos termos previstos na lei municipal de Uso e Ocupação do Solo,
incluindo a análise, no núnimo, das seguintes questões:
1- adensamento populacional;
Il - equipamentos urbanos e comunitános;
III - uso e ocupação do solo;
IV - valorização imobiliária;
V- geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - ventilação e Iluminação;
Vil - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;
vm - poluição ambiental;
IX - risco à saúde e à vida da população;
X- dados sócio-econômicos da população.

§ 2° - Serão exigidos o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e o Relatório de


Impacto de Vizinhança - RTV, para os empreendimentos ou atividades púbhcas ou privadas
classificados como de impacto grau II e Til.

Art. 173° - Para definição de empreendimentos ou atividades, públicos ou privados, que


causem impacto de vizinhança, de que trata o caput do artigo anterior, deverá se observar,
pelo menos, a presença de um dos aspectos constantes do artigo l 58.

Art. 174° - O Município, com base na análise do Estudo de Impacto de Vizinhança -


EIV e Relatório do Impacto de Vizinhança - RIV - apresentados deverá exigir a execução de
medidas atenuadoras ou compensatónas relativas aos impactos decorrentes da implantação da
atividade ou empreendimento, como condição a expedição da licença ou autorização
solicitada.

Parágrafo único - Não sendo possível a adoção de medidas atenuadoras ou


compensatórias relativas ao impacto de que trata o caput deste artigo, não será concedida sob
nenhuma hipótese ou pretexto a licença ou autorização para o parcelamento, construção,
ampliação, renovação ou funcionamento do empreendimento.

Art. 175° - Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do Estudo de Impacto de


Vizinhança - EIV e do Relatório do Impacto de Vizinhança - RIV, que ficarão disponíveis
para consulta por qualquer interessado, no órgão competente do Poder Público Municipal
responsável pela liberação da licença ou autorização de construção, ampliação ou
funcionamento.

Parágrafo único - O órgão público responsável pelo exame do Estudo de Impacto de


Vizinhança - EIV submeterá o resultado de sua análtse à deliberação do Conselho Municipal do
Plano Diretor de Cariacica.

Art. 176° - A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e do Relatóno de


Impacto de Vizinhança - RlV - não substitui a elaboração e a aprovação de Estudo Prévio de
Impacto Ambiental, requeridas nos termos da legislação ambiental
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CAPÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DE INDUÇÃO AO DESENVOLVIMENTO URBANO
Seção 1
Do Parcelamento, Edificação 011 Utilização Compulsórios

Art. 177° - Nas áreas indicadas nesta lei será exigido do proprietário do solo urbano não
edificado, subtilizado ou não utilizado que promova o seu adequado aproveitamento mediante
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios.
Parágrafo único - Considera-se imóvel não utilizado, edificado ou não aqueles providos
de infra-estrutura urbana sem utilização há mais de cinco anos, desde que não seja o único
bem imóvel do propnetário, ressalvados os casos em que a situação decorra de restrições
jurídicas.

Art. 178° - Os imóveis nas condições a que se refere o parágrafo único do artigo 177,
desta Lei, serão identificados e seus proprietários notificados para efetivar a providência
considerada adequada após procedimento administrativo que lhe assegure ampla defesa.

§ 1º - Os proprietários notificados deverão, no prazo máximo de um ano a partir do


recebimento da notificação, protocolizar pedido de aprovação e execução de parcelamento ou
edificação.

§ 2° - Os parcelamentos e edificações deverão ser iniciados no prazo máximo de dois


anos a contar da aprovação do projeto.

Art. 179° - Lei municipal específica a ser elaborada num prazo de 12 (doze) meses,
deverá estabelecer, entre outras regras:
1- prazo e a forma para apresentação de defesa por
parte do proprietário;
II - casos de suspensão do processo;
111 - órgão competente para, após apreciar a defesa e decidir pela aplicação
do parcelamento, ocupação ou utihz.açào compulsório do ímóvel.

Art. 180º - As obngações de parcelamento, edificação ou utilização previstas serão


transferidas em caso de transmissão do imóvel nos termos da legislação federal aplicável.

Art. 181º - Fica facultado aos propnetários dos imóveis de que trata este capítulo
propor ao Poder Executivo Municipal o estabelecimento de Consórcio Imobil1ário, conforme
previsto no artigo 185, desta Lei.

Art. 182º - No caso das Operações Urbanas Consorciadas, as respectivas leis


detenninarão as regras e os prazos específicos para a aplicação do parcelamento, edificação e
utilização compulsórios.

Seção II
Do IPTU Progressivo no Tempo
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Páginao { PAGE I' MERGEFORMAT )/{ SECTlONPAGES \* MERGEFORMAT j

Art. 183° - No caso de descmnpritnento das condições e dos prazos estabelecidos nos
§§ lº e 2º do artigo l 78 desta Lei, o Poder Executivo Municipal aplicará alíquotas
progressivas de Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial lJrbana ·- IPTIJ, majoradas
anualmente, pelo prazo de cinco anos consecutivos até que o proprietário cumpra com a
obrigação de parcelar, edificar ou utilizar o imóvel urbano,

§ l º - A progressividade das alíquotas será estabelecida em lei municipal específica,


observando os limites estabelecidos na legislação federal aplicável

§ 2° - É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas ao 1P1U progressivo no


tempo.

Seção Ili
Da Desapropriação com Pagamento em Títulos

Art. 184°- Decorridos cinco anos de cobrança do 1PfU progressivo no tempo sem que o
propnetário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização do imóvel
urbano, o Município poderá, de acordo com a conveniência e oportunidade, proceder à
desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida pública, de acordo com o que
dispõe a legislação federal aplicável.

§ lº - Até efetivar-se a desapropriação, o WTU progressivo continuará sendo lançado na


alíquota máxima atingida no quinto ano da progressividade, o mesmo ocorrendo em caso de
impossibilidade de utilização da desapropriação com pagamentos em títulos.

§ 2º - No prazo máximo de cinco arios, contados a partir de sua incorporação ao


patnmônio público, o Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel.

Seção N
Do Consórcio Imobiliário

Art. 185° - Fica facultado aos proprietários de qualquer imóvel, inclusive o atingido
pela obrigação de que trata o artígo 181, desta Lei, propor ao Poder Executivo Municipal o
estabelecimento de consórcío imobiliário.

§ 1° - Consórcio imobiliário é a forma de viabilizar a urbanização ou edificação por


meio da qual o proprietário transfere ao Poder PUblico Municipal seu imóvel mediante
escritura deVIdamente registrada no Cartório de Regístro Geral de Imóveis e, após a
realização das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente
urbanizadas ou edificadas.

§ 2º - O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao ex-proprietário do terreno


será correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras.

Art. 186º - Para ser estabelecido, o consórcio 1mobíliário deverá ser:


1- submetido à apreciação do órgão responsável pelo planejamento urbano
municipal;
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II - objeto de Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança, quando se


enquadrar nas hipóteses previstas na lei municipal referida no artigo 172, desta Lei.

Art. 187° - A instituição do consórcio imobiliário dependerá do juízo de conveniência e


oportunidade e deverá atender a uma das seguintes finalidades:
I- promover habitação de interesse social ou equipamentos urbanos e
comunitários em terrenos vazios;
II - melhorar a infra-estrutura urbana local;
m - promover a urbanização em áreas de expansão urbana
Art. 188° - O consórcio imobiliário deverá ser efetuado em conformidade com a Lei
Federal nº 8 666/93.

Parágrafo único - Os procedimentos administrativos para implementação do Consórcio


imobiliário serão regulamentados Pelo Poder Executivo, mediante Decreto.

Seção V
Do Direito de Preempção

Art. 189° - O Poder Executivo Municipal poderá exercer o direito de preempção para
aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares confonne disposto
no Estatuto da Cidade, sempre que o Município necessitar de áreas para:
1- regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos de habitação de interesse social;
Tll - constituição de reserva fundiária para promoção de projetos de
habitação de interesse social;
IV - 9rdenamento e direcionamento da expansão urbana;
V- implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer;
VII - mstituição de unidades de conservação ou proteção de áreas de interesse
anlbiental e paisagístico;
V1II - desenvolv1mento de atividades de ocupação produtiva para geração de
trabalho e renda para faixas da população incluídas em programas habitacionais.

Parágrafo único - Os imóveis colocados à venda nas áreas de incidência do direito de


preempção deverão ser obrigatoriamente, previamente oferecidos ao Município.

Art. 190° - Todas as áreas para aplicação do direito de preempção serão definidas por lei
municipal.

Art. 191º - Lei Municipal estabelecerá no prazo de doze meses após aprovação desta
Lei, os procedimentos administrativos aplicáveis para o exercício do direito de preempção,
observada a legislação fe,deral aplicável

Art. 192º - O Poder Executivo Municipal notificará o proprietário do imóvel localizado


em área delimitada para o exercício do direito de preempção, dentro do prazo de até sessenta
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dias, contados a partir da vigência da lei que estabeleceu a preferência do Municípío diante da
alienação onerosa.

§ l0 - Na impossibilidade da notificação pessoal do proprietário do imóvel, esta será

feita através de publicação no órgão oficial de comunicação do município.

§ 2º - O direito de preempção sobre os imóveis terá praz.o de cinco anos contados a


partir da notificação prevista no caput deste artigo.

Art. 193° - A renovação da incidência do direito de preempção, em área anteriormente


submetida à mesma restrição, somente será possível após o intervalo mínimo de doze meses.

Seção VI
Das Operações lTr·banas Consorciadas

Art. 194º - Operação urbana consorciada é o conjunto de medidas coordenadas pelo


Município com a participação de proprietários, moradores, usuários permanentes e
investidores privados, com o objetivo de alcançar transformações urbanísticas, melhorias
sociais e valorização ambiental em uma determinada área urbana.

Art. 195° - São áreas sujeitas às operações consorciadas no Município de Cariacica


aquelas que demandam política urbana específica visando urbanização ou reestruturação
urbana para dinamização ou revitalização das atividades existentes ou atendimento de novas
funções, garantindo à inserção social e econômica da população, a preservação do patrimônio
cultural, a preservação ambiental, o incremento econômico, a estruturação viária atendendo
amplamente às condições de mobilidade e acessibilidade.

§ l º - Cada operação urbana consorciada será criada por lei municipal específica,
contemplando, no mínimo:
1- delimitação do perímetro da área a ser atingida;
II - finalidades da operação;
ili - programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;
IV - programa de atendimento econômico e social para população de bruxa
renda afetada pela operação, quando isso ocorrer;
V- solução habitacional dentro de seu perímetro, na vizinhança próxima ou
em áreas dotadas de infra-estrutura urbana em condições de oferta de trabalho, no
caso da necessidade de remover moradores de assentamentos precários;
VI - forma de controle da operação, obrigatoriamente estabelecida na lei que
a instituir;
vn- Estudo de Impacto de Vizinhança;
VIII - Estudo de Impacto Ambiental.

§ 2º - Poderão ser contempladas na lei, entre outras medidas:


I- adoção de índices específicos para
parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, inclusive as destinadas aos
compartimentos internos das edificações;
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rREFEITlJRA MUNICIPAL DE CARIACICA


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Págma { PAGE I' MERGEFORMAT )/f SECTJONPAGES \* MERGEFORMAT j

. II~ regularização de usos, construções, reformas ou


ampJ1açoe.s executadas em desacordo com a legislação vigente, mediante
contrapart:Idas dos beneficiados favorecendo moradores e usuários locais.

Art. 196º - As operações urbanas consorciadas 1erão pelo menos duas das seguintes
finalidades·
1- promoção de habitação de interesse social;
lI - regularização de assentamentos precários;
Ill - implantação de equipamentos urbanos e comunitários estratégicos para
o desenvolvimento urbano;
lV - ampliação e melhoria das vias estruturais do sistema viário urbano;
V- recuperação e preservação de áreas de interesse ambiental, paísagístico
e cultural;
VI - implantação de centros de comércio e serviços para valorização e
dinamização de àreas visando à geração de trabalho e renda;
VII - recuperação de áreas degradadas através de requalificação urbana

Paritgrafo único - Novas àreas para aplicação das operações urbanas consorciadas
poderão ser instituidas por lei municipal específica, atendendo os critérios definidos nesta Lei.

Art 197 - As propostas de Operação Urbana Consorciada deverão ser aprovadas pelo
Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariacica_

Seção Vil
Da Transferência do .Direito de Construir

Art. 198° - O Poder Executivo Municipal poderá autorizar o proprietário de imóvel


urbano, privado ou público, a transferir o direito de constfUlr previsto na legislação
urbanística municipal, para o referido imóvel, quando ele for considerado necessário para fins
de
1- implantação de equ1pamentos urbanos e
comunitários;
U- preservação ambiental, quando o imóvel for considerado de interesse
histónco, ambiental, paisagístico, social ou cultural;
ID - implementação de programas de regularização fundiária, urbanização
de assentamentos precários ou promoção da habitação de interesse social.

§ 1º - Na transferência do direito de construir será deduzida a área construída e utilizada


no imóvel previsto no caput deste artigo.

§ 2º - A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietàrio que transferir ao


Municipío a propriedade de seu imóvel para os fins previstos nos incisos do caput deste
artigo.
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§ 3"' - Na hipótese prevista no § 2º deste artigo será considerado, para fins da


transferência, todo o potencial construtivo incidente sobre o imóvel, independentemente de
haver edificação.

§ 4° - O propnetário receberá o certificado de potencial construtivo que poderá ser


utilíz.ado diretamente por ele ou alienado a terceiros, parcial ou totalmente, mediante Escritura
Pública,

§ 5º ~ A transferência do direito de construir poderá ser instituída por ocasião do


parcelamento do solo para fins urbanos nas seguintes situações:
I~ quando forem necessárias áreas públicas em quantidade superior às
exigidas pela lei de parcelamento do solo urbano;
II - quando forem necessárias áreas para 1mp1ementação de programas de
habitação de interesse social.

Art. 1990 • Leí munícipal disciphnará a aplicação da transferência do direito de


constru.ír.

Parágrafo único • Lei mlIDicipal especifica poderá mstituir a transferência do direito de


construir em outras áreas além das referidas nesta Jei.

Seção VIII
Oo Direito de Superfície

Art. 200º • O Município podera receber em concessão, diretamente ou por meio de seus
órgãos e entidades, o direito de superficíe, nos termos da legislação em VIgor, para viabilizar a
implementação de diretrizes constantes desta lei, inclusive mediante a utilização do espaço
aéreo e subterrâneo atendido os seguintes critérios:
1• concessão por tempo determinado;
II · concessão para fins de:
a) viabilizar a implantação de infra·estrutura de saneamento básico;
b) facilitar a implantação de projetos de habitação de interesse social;
e) favorecer a proteção ou recuperação do patrimônio ambiental;
d) viabilizar a implementação de programas previstos nesta lei;
e) viabilizar a efetivação do sistema municipal de mobilidade;
f) viabilizar ou facilítar a implantaç.ão de serviços e equipamentos
públicos,
g) facilitar a regularização fundiária de interesse social
UI - proibição da transferência do direito para tercetros.

Seção IX
Da Concessão de Uso Especial de Imóvel Público Para Fins de Mo1·adia

Art. 201º - O Poder Executivo concederá o uso especiaJ de imóvel público,


relativamente ao bem objeto da posse, que esteja sendo utilizado unicamente para finalidade
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de moradia, por fanúlia de baixa renda que resida por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, desde que não seja proprietário ou concessionário de outro imóvel urbano ou rural.

§ 1º - Fica assegurado o exercício do direito de concessão de uso especial para fim de


moradia, lndividual ou coletivamente, em 1oca1 diferente daquele que gerou esse direito, na
hipótese de a moradia estar localizada em área de risco à vida ou à saúde de pessoas CUJa
condição não possa ser equacionada e resolvida por obras e outras intervenções_

§ 2° - Fica assegurado o exercício do direito de concessão de uso especial para fins de


moradia, individual ou coletivamente, em local diferente daquele que gerou esse direito,
também nas seguintes hipóteses:
I- ser área de uso comum da população com outras destinações prioritárias
de interesse público, definidas em legislação decorrente deste Plano Diretor;
II - ser área onde ha.ia necessidade de desadensamento por motivo de
projeto e obra de urbanização;
l i - ser área de comprovado interesse da defesa nacional, da preservação
ambiental e da proteção dos ecossistemas naturais;
IV - ser área reservada à construção de obras de relevante interesse público_

§ 3º - A concessão de uso especial para fins de moradia poderá ser solicitada de forma
individual ou coletiva.

§ 4º - Serão respeitadas, quando de irJteresse da comunidade, as atividades econômicas


locais promovidas pelo próprio morador, vinculadas à moradia, como pequenas atividades
comerciais, industrial I, artesanato, ofícínas de servtços e outros similares.

§ 5° - Extinta . a concessão de uso especial para fins de moradia por motivo de


descumprimento de sua finalidade, o Poder Executivo recuperará a posse e o domínio pleno
sobre o imóvel.

§ 6° - O Poder Executivo deverá elaborar um Plano de Urbanização para a área objeto


da concessão, promovendo as obras necessárias de infra-estn1tura básica e outras melhorias
para assegurar moradia digna aos respectivos conc.essionános.

Seção X
Oo Usucapião Especial de Imóvel Urbano

Art. 202° - O Usucapião Especial de Imóvel Urbano assegura para o cidadão que
possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta n1etros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para a sua moradia ou de sua família, que não
seja proprietário de outro imóvel urbano e rural.

§ lº - O titulo de domínio será conferido ao homem ou à mulher ou a ambos,


independentemente do estado ctviL

§ 2º - O díreito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor mais
de uma vez.
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§ 3º - Para efeítos deste artigo, o herdeiro legítimo continua., de pleno direito, a posse de
seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.

Art. 203° ~ As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta metros quadrados,
ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e
sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são
susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam
proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

§ ] º - O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo,
acrescentar sua posse à de seu antecessor, contando que ambas sejam continuas.

§ 2º - O usucapião especial coletivo de imóvel urbano será declarado pelo juiz,


medíante sentença, a qual servirá de titulo para registro no cartório de registro de imóveis.

§ 3º - O condomínio especial constituldo é indivisível, não sendo passível de extinção,


salvo deliberação favorável tomada por no mínimo dois terços dos condôminos, no caso de
execução de urbanização postenor à constituição do condomínio.

Seção XI
Dos lnstt"Umentos da Política Urbana Para as Zonas Especiais de Interesse Social

Art. 204° - Ficam definidos para as Zonas Especiais de Interesse Social os seguintes
instrumentos da política urbana:
I- Concessão de Uso Especial Para Fins de Moradia;
II - Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios;
III - Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) Progressivo no Tempo;
N - Consórcio Imobiliário;
V- Direito de Preempção;
VI - Direito de Superfície;
VIl - Usucapião Especial de ]móvel lJrbano;
V1Il - Transferência do Direito de Construir;
IX - Desapropriação com Pagamento em Títulos.

Seção XII
Dos Instrumentos da Política llrbana Para as Áreas Especiais de Inten;enção
llrbana

Art. 205° - Ficam definidos para as Áreas Especicus de Intervenção Urbana os seguintes
instrumentos da política urbana:
1- Operações Urbanas Consorciadas;
II - Estudo de Impacto de Vizinhança~
III • Transferência do Direito de Constn.Ur:
IV - Direito de Preempção;
V- Direito de Superfície;
VI - Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios;
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vn- Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) Progressivo no Tempo;


vm - Consórcio lmob1liário;
IX - Usucapião especial de imóvel urbano.

Art. 206° - Fica definido para a área do Educandário Alzira Bley e Hospital Pedro
Fontes para fins de regularização fundlária, alén1 dos instrumentos especificados no artigo
an1enor, a Concessão de Uso Especial para fins de Moradia.

Seção X!Il
Dos Instrumentos da Política lfrbana Para as das Áreas De Baixa Densidade de
Ocupação

Art. 207° - A execução da infra-estrutura nas áreas de baixa densidade de ocupação


deverá levar em conta o cumprimento das diretrizes previstas na Lei Federal de Parcelamento
do Solo em especial quanto aos aspectos indicados no artigo 97, desta lei.

Art. 208° - Fica1n definidos para as ,Í\.reas de Baixa Densidade de Ocupação os


seguintes instrumentos da política urbana:
I - Parcelamento, edificação e ut:ihzação compulsórios;
11- Imposto Territorial e Predial Urbano (lPTU) Progressivo no Tempo;
lil - Consórcio !mobiliário;
lV - Direito de Preempção;
V - Desapropriação com Pagamento em Títulos.

TÍTULO VIII
SISTEMA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

Art. 209º - O Sistema Municipal de Desenvolvimento Territonal de Cariacica é


composto dos seguintes elementos:
l - Órgão coordenador responsável pelo desenvolvimento territorial;
11 - Conselho Mwúcipal do Plano Diretor de Cariacica;
lll - Fundo Municipal de Desenvolvimento Temtorial; e
lV - Sistema de Informações Municipais para o Desenvolvimento
Territonal.

Art. 210º - Fica criado o Fundo Municipal de Desenvolvimento Tenitorial


compreendendo os seguintes objetivos:
1- instituir mecanismos para possibilitar a sistematização e difusão de
informações sobre o Município, visando à implantação, o monitoramento, a
avaliação e a tomada de decisões relacionadas às políticas públicas.
n - promover o aperfeiçoamento institucional para garantir processos
contínuos e sistemáticos de acompanhamento e atualização do Plano Diretor
Municipal.

Art. 211º- Fica estabelecido como órgão coordenador responsável pelo


desenvolvimento territorial a Secretaria Municipal de PlaneJamento e Desenvolvimento
Urbano de Cariacica.
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Art. 212° - São atributos do órgão coordenador responsivel pelo desenvolvimento


territorial:
I- o apoio técnico à implementação do plano diretor e ao respectivo
Conselho Munícipal do Plano Diretor de Cariacica;
II - a coordenação do Sistema de Informações Municipais para o
Desenvolvimento Territorial;
Ili - a administração do Fundo Municipal de Desenvolvimento Territorial.

Art. 213° - O Fundo Munícipal de Desenvolvimento Territorial tem por finalidade


prover o Município quanto à infra-estrutura e aos equipamentos comunitários e sociais
necessános.

Parágrafo único - Os recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Territorial


podem ter origem em fontes diversas, constituindo-se em recursos exclusivos as receitas
provenientes de instrumentos da política urbana previstos nesta lei, além de aplicação
financeira de seus próprios recursos.

Art. 214° - O Poder Executivo editará lei no prazo de seis meses a partir da vigência
desta, regulamentando o Fundo Municipal de Desenvolvimento Territorial previsto no artigo
210.

Art. 215º - Fica criado o Sistema de Informações Municipais para o Desenvolvimento


Territorial que será implementado no prazo máximo de trinta e seis meses a contar da
vigência desta Lei.

Parágrafo único - O Poder Executivo regulamentará. o Sistema de Informações


Municipaí.s de que trata.o caput deste artigo, para sua implementação.

Art. 216º - O Sistema de Informações Municipais para o Desenvolvimento Territorial


manterá um sistema georeferenciado de infonnações, promovendo atualização constante,
divulgação e permitindo ampla consulta.

TITULO IX
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 217° ~ O Corrritê Gestor e a Secretaría Executiva do Plano Diretor Municipal de


Cariacica, criados pelo do Decreto nº 038 de 26 de abril de 2006, como órgãos consultivo e
executivo terão seus mandatos estendidos até a implantação do Conselho Municipal do Plano
Diretor de Cariacica.

Art. 218° - O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal de Cariacica. além de


outros:
!- Pro1etos de Lei Específica para Aplicação do IPTU Progressivo no
Tempo;
II - Projeto de Lei de Parcelamento do Solo;
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III - Projeto de Leí estabelecendo os procedimentos administrativos


aplicáveis para o exercício do direito de pree1npção;
TV - Projeto de Lei disc1phnando a aplicação da transferência do direito de
construir:
V- Projeto de Lei instituindo novo Códígo de Obras e Posturas do
Município;
VI - Projeto de Lei definindo os objetivos, a composição e o funcionamento
do Conselho Munícipal do Plano Diretor Municipal de Cariacica;
VII - Projeto de Lei instituindo e disciplinando o orçamento participativo.

Art. 219º - Será objeto de regulamentação por Decreto do Poder Executivo, dentre
outros:
I- procedimentos para funcionamento da Conferência Municipal das
Cidades;
II - procedimentos para funcionamento das Assembléias Regionais de
Política Urbana Municipal;
m - proce<l.imentos para funcionamento das Conferências sobre Assuntos de
Interesse Municipal;
IV - procedimentos para realização das Audiências Públicas, Debates e
Consultas Públicas;
V- procedimentos administrativos para implantação de Consórcio
Imobiliário;
VI - composição e funcionamento do Conselho Deliberativo de Reserva
Particular do Patrimônio Natural.

Art. 220º - O Poder Executivo no prazo de 36 (trinta e seis) meses, contados a partir da
vigência desta Lei, elaborará e encaminhará para deliberação legislativa os seguintes Planos:
1- Plano Municipal de Mobilidade e Acessibilidade;
II - Plano Mun1cipaJ de Regularização Urbanística e Fundiária;
IIl ~ Plano Municipal de Política Habitacional;
IV~ Plano Municipal de Urbanização referente às Zonas Especiais de
Interesse Social - ZEIS;
V- Plano Diretor Econômico de Canac1c~
VI~ Plano Municipal de Saneamento Ambiental

Parágrafo único - Quando da elaboração do Plano de Mobilidade e Acessibilldade


deverá ser revisada a Lei nº 3.487 de 31 de dezembro de 1997, Plano Diretor Viário de
Canacica, conforme mapa anexo 10, desta Lei.

Art. 221º - São partes integrantes desta Lei os mapas e tabelas que a acompanham, na
forma de anexos, nwnerados de um a dez na seguinte fonna:
J- Anexo OI -Perímetro Urbano;
II - Anexo 02 - Macro.zoneamento;
Ill ~ Anexo 03 - Zoneamento;
IV~ Anexo 04 - Área Central, Eixo de Dinamização, Sub-Centro e
C1cloVIas;
V- Anexo 05 - Preservação 00 Patrimônio Histórico e Arquitetônico;
. :

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VI - Anexo 05 a - Setor 1 - Sede;


VII - Anexo 05 b - Setor 2 - Educandário - Hospital;
VIII- Anexo 05 e - Setor 3 - Morro da Companhia e Jardim Aménca;
IX - Anexo 06 - Áreas Especiais de Intervenção Urbana;
X- Anexo 07 - Áreas de Baixa Densidade de Ocupação;
XI - Anexo 08 - Tabela de Índices Urbanísticos;
Xll - Anexo 09-Áreas Destinadas a Estacionamento de Veículos;
XIII- Anexo l O - Sistema Viário Projetado.

Parágrafo único - Os limites da'> ZPA's descritas no Anexo 03, serão definidos a partir
de poligonal georeferênciada de acordo com o laudo técnico do IDAF (Instituto de Defesa
Agropecuária e Florestal do Espírito Santo).

Art. 222° - São considerados Atos Complementares do Plano Diretor Municipal de


Cariacica as Resoluções do Conselho e os demais Atos que estabeleçam normas de execuções
complementares a esta Lei_

Art. 223º - O Plano Diretor Municipal de Cariac1ca deverá ser revisto no praz.o máximo
de dez anos, contados a partir da publicação desta Lei.

§ 1º - Qualquer proposição de revisão ou alteração do Plano Diretor Municipal será


formulada com a participação do Conselho Municipal do Plano Diretor de Cariac1ca.

§ 2º - Quando da realização da Conferência Municipal das Cidades o Plano Diretor


Municipal de Cariacica será avaliado e o relatório será peça obrigatória, para revisão
detemúnada no cap1Jt deste artigo.

Art. 224° - Isenta-se às Igrejas e Templos de qualquer religião ou crença da realização


do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e Relatório do Impacto de Vizinhança - RIV.

Art. 225° - Alteram-se todas as áreas mínimas permitidas no parcelamento de solo,


definidas no anexo 08 do Projeto de Lei Complementar 005/2006 de 360,00 m 2 para 250,00
2
m.

Art. 226º - Altera-se o ANEXO 08. 1 ZOL do Projeto de Lei Complementar 005/06,
incluindo-se como uso permitido comercial, de serviços e institucional e edifícios de
escritório público ou privado na ZOL 1O, à margem direita do ED/2, sentido Vila Isabel - BR
262, aplicando-se os mesmos índices definidos no Anexo 08.6 paraZOP 01

Art. 227° - Altera-se o ANEXO 08.7 ZOP do Projeto de Lei Complementar 005/06,
inclwndo-se como uso permitido comercial, de serviço e institucional de qualquer âmbito na
ZOP 02/11 e ZOP 02/12 aplicando-se os mesmos índices definidos no ANEXO 08.6 para
ZOP 01.

Art. 228º - Examinar-se-á de acordo com o regime urbanístico vigente anteriormente a


esta Lei, desde que seus requerimentos hajam sido protocolados na Prefeitura Municipal,
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antes da vigência desta Lei, os processos admlnistrativos de 1nodificação ou regularização de


projetos de edificação, de construção e loteamentos.

Parágrafo lntico - Desde que aprovados os projetos referidos no caput deste artigo, o
alvará de licença de construção, devera ser requerido no prazo máximo de 6 (seis) meses, a
contar da vigência desta Lei, sob pena de caducidade.

Art. 229º -Ficam revogadas as Leis nº. 1.639 de 04 de fevereiro de 1985; os incisos 1 e
li do artigo 253, os incisos 1 e II do artigo 268, artigo 275, artigo 276 e seus incisos e
parágrafos, artigo 389 e seus incisos, 390 e seus parágrafos, 391, 392 e 393, artigo 400, 401,
402, 403 e 404 todos da Lei nº. 546 de 27 de agosto de 1971, e demais disposições em
contrário.

Art. 230º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Canacica-ES, 31 de maio de 2007.

HELDER IGNACIO SALOMÃO


Prefeito Municipal

ALEXANDREZAMPROGNO
Procurador Geral

PEDRO IVO DA SILVA


Secretário Municipal de Administração e Recursos Humanos

RENATO LAURES
Secretário Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano

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