Agravo de Instrumento
Agravo de Instrumento
Agravo de Instrumento
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Av. Alcindo Cacela, nº 980, Umarizal, Belém-PA, CEP 66.060-217 — (91) 4009.9185
Em cumprimento ao art. 1016, IV do CPC, informa o Agravante nome e
endereço dos advogados constantes do processo:
PELO AGRAVANTE:
Shayanne Thays Sousa Duarte (OAB/PA nº 21060238), conforme cópia
anexa da procuração.
PELOS AGRAVADOS:
Junta-se, desde logo, cópia das peças processuais dos autos, entre elas, as
seguintes peças obrigatórias:
a) Cópia da r. decisão agravada (doc. 01);
b) Cópia da procuração e substabelecimento outorgado aos advogados
(doc.02);
c) Cópia da petição inicial que gerou a decisão agravada (doc. 03);
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Termos em que,
Pede deferimento.
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JUÍZO DE ORIGEM: 45ª VARA CÍVEL DE BELÉM
PROCESSO DE ORIGEM: 0000999- 99.2023.814.0399
AGRAVANTE: ROBERTO MARTINS
AGRAVADO: BANCO ARGENTÁRIO S.A e DADUS CONTROLADORA DE
CADASTROS DE CONSUMIDORES.
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA TURMA,
Sr(a) Desembargador(a) Relator(a),
RAZÕES RECURSAIS
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente pleiteia os benefícios da Justiça Gratuita assegurado pela
Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV, Lei Federal 1.060/50, e artigos 98 e 99, §3º,
do CPC, por não ter condições de arcar com custas, despesas processuais e
honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de suas famílias,
conforme atestado de hipossuficiência econômica em anexo, indicando este Núcleo
de Prática Jurídica para o patrocínio da causa.
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DA SÍNTESE DO PROCESSO E DA DECISÃO AGRAVADA.
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Com base no exposto, conclui-se que a decisão sem fundamentação viola
o princípio da ampla defesa, incorrendo também em violação ao Devido Processo
Legal disposto no art. 5º, LIV no qual dispõe que ninguém será privado da liberdade
ou de seus bens sem o devido processo legal.
Por todas as razões apresentadas, peço que conheça e dê provimento
para anular a decisão proferida anteriormente.
DO MÉRITO RECURSAL
DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA.
AGRAVANTE ASSISTIDO PELO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA.
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características da lide, as quais apontam para o fato de que o Agravante merece que
seja concedido o referido benefício processual.
Por exemplo, a procuração juntada aos autos outorga poderes ao Núcleo de
Prática Jurídica, o qual tem como requisito sine qua non o atendimento ao público de
baixa renda. Inclusive, o Núcleo de Prática Jurídica do Centro Universitário do
Estado do Pará patrocina apenas causas de assistidos que tenham como renda
mensal, no máximo, dois salários mínimos. Isto é, o fato de o Agravante ser
assistido pelo NPJ, por si só, é uma prova de sua hipossuficiência econômica.
Inclusive, decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
corrobora com este entendimento1, conforme trecho colacionado a seguir:
Assiste razão a magistrada “a quo”, quando afirma que a declaração
de incapacidade econômica gera uma presunção relativa, podendo o
juiz desconsiderá-la diante de dados concretos constantes dos autos.
No caso em tela, há que se observar que o Autor/Agravante é
assistido pela Defensoria Pública, o que pressupõe uma prévia
aferição de sua incapacidade financeira, a confirmar a alegada
miserabilidade jurídica.
(...)
Assim, caracterizada a hipossuficiência econômica, trazendo o
cabimento da concessão da gratuidade.
1
Processo 0010194-16.2007.8.19.0000, Agravo de Instrumento, Des. Relator Ricardo Couto de
Castro, julgamento 17/07/2007, Terceira Câmara Cível. Acesso em:
http://www4.tjrj.jus.br/EJURIS/ProcessarConsJuris.aspx?PageSeq=1&Version=1.1.5.3.
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integralidade, apontam para a verossimilhança do pedido do Agravante, tendo em
vista que o mesmo faz jus à gratuidade da justiça.
Não há qualquer prova neste processo que indique a capacidade econômica
do Agravante, muito pelo contrário. O cotejo das provas apresentadas indica
justamente a hipossuficiência do Recorrente, de tal forma que não há que se falar
em ausência de preenchimento dos requisitos para que o Agravante seja
beneficiário da gratuidade da justiça.
O art. 98 do CPC determina que a pessoa natural ou jurídica poderá pleitear
a gratuidade da justiça, em caso de insuficiência de recursos para pagar as custas.
Por sua vez, o art. 99, §2º do CPC dispõe:
Além disso, a decisão de ID 11522492, proferida em 29/09/2023, sustenta o
seguinte:
"Intime-se o autor para comprovar o pagamento
das custas judiciais em 10 dias, sob pena de extinção do
feito sem mérito e sua condenação nas custas
suportadas pelos réus com seus advogados."
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Dessa forma, sendo latente a necessidade de concessão do benefício da
justiça gratuita à parte Agravante, requer-se a reforma da decisão agravada, para
que seja concedido o referido benefício, devendo ser REFORMADA a decisão
proferida pelo juízo a quo.
Nesses termos,
Pede e espera deferimento.
Belém, 08 de novembro de 2023.
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