Missa Das Cinco Chagas
Missa Das Cinco Chagas
Missa Das Cinco Chagas
Santos
Nota Histórica
O culto das Cinco Chagas do Senhor, isto é, as feridas que Cristo recebeu na cruz e manifestou aos Apóstolos depois da
ressurreição, foi sempre uma devoção muito viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade. São disso
testemunho a literatura religiosa e a onomástica referente a pessoas e instituições. Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o
simbolismo que tradicionalmente relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo. Assim, os Romanos
Pontífices, a partir de Bento XIV, concederam para Portugal uma festa particular, que ultimamente veio a ser fixada neste
dia.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Is 53, 5
Cristo foi trespassado por causa das nossas culpas
e esmagado por causa das nossas iniquidades.
Pelas suas Chagas fomos curados.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita misericórdia,
que por meio do vosso Filho Unigénito, pregado na cruz, quisestes salvar todos os homens,
concedei-nos que, venerando na terra as suas santas Chagas, mereçamos gozar no Céu o fruto redentor do seu Sangue.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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Secretariado Nacional de Liturgia :: Portugal
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ALELUIA Jo 19, 34
Refrão: Aleluia. Repete-se
Um dos soldados trespassou o lado do Senhor
e logo saiu sangue e água. Refrão
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Disse-lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
Palavra da salvação.
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Se é pueril acreditar ao acaso e sem motivo, também é muito insensato querer examinar e inquirir tudo demasiadamente.
E esta foi a sem-razão de Tomé. Perante a afirmação dos Apóstolos: Vimos o Senhor, recusa-se a acreditar: não porque
descresse deles, mas porque julgava impossível o que afirmavam, isto é, a ressurreição de entre os mortos. Não disse:
«Duvido do vosso testemunho», mas: Se não meter a minha mão no seu lado, não acreditarei.
Jesus aparece segunda vez e não espera que Tomé O interrogue, ou Lhe fale como aos discípulos. O Mestre antecipa-se
aos seus desejos, fazendo-lhe compreender que estava presente quando falou daquele modo aos companheiros. Na
censura que lhe faz serve-Se das mesmas palavras e ensina como deverá proceder para o futuro. Depois de dizer: Põe aqui
o teu dedo e vê as minhas mãos; mete a tua mão no meu lado, acrescenta: Não sejas incrédulo, mas crente. Tomé duvidou
por falta de fé. Ainda não tinham recebido o Espírito Santo. Mas isso não voltaria a acontecer; a partir de então manter-se-
iam firmes na fé. Cristo, porém, não Se ficou nesta admoestação e insistiu novamente. Tendo o discípulo caído em si e
exclamado: Meu Senhor e meu Deus, disse-lhe Jesus: Porque Me viste, acreditaste. Felizes os que, sem terem visto,
acreditaram.
É próprio da fé crer no que não se vê. A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das que não se
vêem. Com efeito, o divino Mestre chama felizes, não só os discípulos, mas também todos aqueles que no decurso dos
tempos acreditarão n’Ele. Dirás talvez: Mas na verdade, os discípulos viram e creram. É certo; no entanto, não precisaram
de ver para acreditarem. Sem quaisquer exigências, bastou-lhes ver o sudário para logo aceitarem o acto da ressurreição e
acreditarem plenamente, antes mesmo de verem o corpo glorioso de Jesus. Portanto, se alguém disser: «Quem dera ter
vivido no tempo de Jesus e contemplado os seus milagres», recorde as palavras: Felizes os que, sem terem visto,
acreditaram.
E aqui surge uma pergunta: Como pôde o corpo incorruptível conservar as cicatrizes dos cravos e ser tocado por mão
mortal? Não é caso para espanto, pois se trata de pura condescendência da parte de Cristo. O seu corpo era tão puro,
subtil e livre de qualquer matéria, que podia entrar numa casa com as portas fechadas. Quis, porém, manifestar-Se deste
modo, para que acreditassem na ressurreição e soubessem que era Ele mesmo que fora crucificado, e não outro, quem
tinha ressuscitado. Por este motivo conserva, na ressurreição, os estigmas da cruz, e come na presença dos Apóstolos,
circunstância esta que eles especialmente recordariam: Nós que comemos e bebemos com Ele. Quer dizer: Antes da
paixão, ao vermos Jesus caminhando sobre as ondas, não considerávamos o seu corpo de natureza diferente da nossa;
também agora, ao vê-l’O com as cicatrizes, após a ressurreição, devemos crer na sua incorruptibilidade.
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