1° Domingo Do Advento - Ano A
1° Domingo Do Advento - Ano A
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DOMINGO DA VIGILÂNCIA
O início do ano litúrgico nos convoca a exercitar uma das grandes virtudes
cristãs: a esperança. Mas embora estejamos no seu começo, a liturgia,
qual uma bússola, nos faz olhar para as realidades do fim, como que
nos ensinando a direção, apontando a meta e orientando a nossa
existência para Deus.
Os cristãos são o povo da esperança, pois a espera, a confiança e o
otimismo em relação ao reinado de Deus e sua definitiva restauração
com a segunda vinda de Jesus tem, para nós, sabor de realização,
plenitude de salvação.
Como “memorial da salvação da esperança”, o advento alarga nossa vida para
acolher o grande mistério da encarnação.
A liturgia abre para nós um tempo favoráveis de vigilância e conversão,
de retomada de nossas opções como discípulos e discípulas daquele
que sempre vem e cuja ação é libertadora, consoladora e salvífica.
Ascendendo, neste domingo, a primeira vela da coroa do Advento, somos
convidados a aguçar nossa atenção, acordando do sono da passividade para
melhor percebermos os sinais da chegada do Reino no cotidiano e, mais
desperto, nos levantar da acomodação, do individualismo que marcam nosso
tempo e nos paralisam.
Para Mateus, a vinda do Senhor é certa, embora ninguém saiba o dia nem a
hora (cf. Mt 24,36); aos crentes resta estar vigilantes, preparados e ativos…
Para transmitir esta mensagem, Mateus usa três quadros…
O primeiro (vers. 37-39) é o quadro da humanidade na época de Noé: os
homens viviam, então, numa alegre inconsciência, preocupados apenas em
gozar a sua “vidinha” descomprometida; quando o dilúvio chegou, apanhou-os
de surpresa e impreparados… Se o “gozar” a vida ao máximo for para o homem
a prioridade fundamental, ele arrisca-se a passar ao lado do que é importante e
a não cumprir o seu papel no mundo.
O segundo (vers. 40-41) coloca-nos diante de duas situações da vida
quotidiana: o trabalho agrícola e a moagem do trigo… Os compromissos e
trabalhos necessários à subsistência do homem também não podem ocupá-lo
de tal forma que o levem a negligenciar o essencial: a preparação da vinda do
Senhor.
O terceiro (vers. 43-44) coloca-nos frente ao exemplo do dono de uma casa que
adormece e deixa que a sua casa seja saqueada pelo ladrão… Os crentes não
podem, nunca, deixar-se adormecer, pois o seu adormecimento pode levá-los a
perder a oportunidade de encontrar o Senhor que vem.