Curso 268997 Aula 12 88d3 Completo
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Autor:
Stefan Fantini
03 de Dezembro de 2023
Stefan Fantini
Aula 12
Índice
1) Objetivos, Desafios e Características da Gestão de Pessoas
..............................................................................................................................................................................................3
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Sumário
GESTÃO DE PESSOAS
Todas as organizações são compostas por pessoas, não é mesmo? Nesse sentido, existe uma forte
relação de interdependência entre as pessoas e as organizações. Ou seja, há uma relação de
dependência mútua entre as pessoas e as organizações.
De um lado, as organizações dependem das pessoas para “funcionar” e atingir seus objetivos
organizacionais. São as pessoas que dão “vida” à organização. De outro lado, as pessoas
dependem da organização para “sobreviver” (subsistência) e atingir seus objetivos pessoais.
Perceba que os benefícios são recíprocos.
Conforme explica Chiavenato, “as pessoas passam a significar o diferencial competitivo que
mantém e promove o sucesso organizacional: elas passam a ser a competência básica da
organização, a sua principal vantagem competitiva em um mundo globalizado, instável, mutável e
fortemente competitivo”.1
Segundo o autor, a Gestão de Pessoas é a “área que constrói talentos por um conjunto integrado
de processos e cuida do capital humano das organizações, o elemento fundamental do seu capital
intelectual e a base do seu sucesso.”
Assim, a Gestão de Pessoas busca fazer com que as organizações fiquem mais atentas e
conscientes em relação a seus funcionários, com o objetivo de que as pessoas colaborem de
maneira eficaz para que os objetivos organizacionais e individuais sejam alcançados.
LEITURA
OBRIGATÓRIA!
1 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri, Manole: 2014. p.5
Gestão de Pessoas é a “função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas
organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais”. 4
2 DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: Modelo, Processos, Tendências e Perspectivas. 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2016. p.12
3 FLEURY (2002) apud DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: Modelo, Processos, Tendências e Perspectivas. 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2016.
p.22
4 GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis estratégicos, 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2019. p.18
5 VILAS BOAS, Ana Alice. ANDRADE, Rui Otávio Bernardes. Gestão estratégica de pessoas. Rio de Janeiro, Elsevier: 2009.
6 DESSLER (1997) apud CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
A gestão de pessoas deve ser realizada por meio de políticas e práticas que permitam a conciliação
das expectativas das pessoas e da organização.
Comentários:
Isso mesmo! A Gestão de Pessoas é um conjunto de políticas e práticas, que busca conciliar as
expectativas entre a organização e as pessoas, bem como orientar o comportamento dos
indivíduos, com o objetivo de que as pessoas colaborem de maneira eficaz com a organização para
que os objetivos organizacionais e individuais sejam alcançados.
Gabarito: correta.
Veremos, a seguir, como se deu a evolução da Gestão de Pessoas na visão de diversos autores.
De acordo com Gil, “a Gestão de Pessoas é a disciplina científica que sucedeu à Administração de
Recursos Humanos, cuja história, em certa medida, corresponde à própria história da
Administração”. 10
Nesse sentido, o autor apresenta a evolução da Gestão de Pessoas, a qual se inicia com o
surgimento da Administração Cientifica. Vejamos11:
10
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis estratégicos, 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2019. p.18
11
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis estratégicos, 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2019. pp.18-27
deve haver a especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência. Cada
empregado deve receber ordens de apenas um superior (unidade de comando) e os
interesses gerais da empresa devem sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas.
Além disso, a remuneração do pessoal deveria ser justa, deveria haver estabilidade do
pessoal (uma vez que a rotatividade é prejudicial para a eficiência), e também se defendia a
ideia do espírito de equipe.
Bertalanffy, criador da Teoria dos Sistemas, passou a ser considerada uma das principais
influências na consolidação da Administração de Recursos Humanos.
12
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis estratégicos, 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2019. p.20
Para Bertalanffy, as divisões que se faz do mundo em diferentes áreas (Física, Quimica,
Biologia, etc.) é muito arbitrária. Para ele, todos os sistemas devem ser estudados
globalmente, de forma integrada, envolvendo todas as áreas, bem como a correlação entre
suas partes.
A Teoria dos Sistemas (TS) é contra aquele pensamento analítico, que “decompõe” as áreas.
Em outras palavras, é contra o conceito de “cada um no seu quadrado”. A partir da TS
surgem novas ideias, conceitos mais integrados, mais sintéticos, que levam em
consideração o “todo”. Por exemplo: os planetas isolados passam a ser o “sistema solar”; os
órgãos digestivos passam a ser o “sistema digestivo”, etc.
Gil destaca que quando uma organização adota, de fato, o enfoque sistêmico na gestão de
seus recursos humanos, nela se evidenciam certas características, como: interdependência
das partes; ênfase no processo, multidisciplinariedade; caráter multimotivacional;
participação; abertura; ênfase nos papéis, etc. 13
-avaliar os custos e benefícios dos mais variados aspectos da ARH, tais como:
produtividade, salários e benefícios, recrutamento, treinamento, absenteísmo,
repatriação, demissões, reuniões e levantamentos de opinião; e
13 GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis estratégicos, 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2019. p.23
14 (IVANCEVICH, 2010) apud GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis estratégicos, 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2019. p.25
15 (IVANCEVICH, 2010) apud GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis estratégicos, 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2019. p.25
Gestão de Pessoas (GP): O termo Gestão de Pessoas vem sendo utilizado desde o final da
década de 1990. O fator responsável por essa mudança de abordagem foi o reconhecimento
de que o capital intelectual humano constitui um dos mais importantes fatores para
determinar o sucesso dos negócios de uma organização; portanto, as pessoas devem ser
consideradas pessoas (e não “recursos”).
Para que a Gestão de Pessoas seja, de fato, uma Gestão Estratégia de Pessoas, é necessário
que ela participe do processo de formulação e implementação das estratégias da
organização.
16 GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis estratégicos, 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2019. p.28
Chiavenato, por sua vez, destaca que a área de recursos humanos / gestão de pessoas sofreu uma
evolução ao longo do tempo, passando por três eras/etapas distintas, de acordo com os padrões
de cada época, com a mentalidade predominante e com as necessidades das organizações.
Vejamos cada uma dessas eras/etapas17:
Os Departamentos de Pessoal tinham por objetivo apenas fazer com que a organização
cumprisse as exigências legais relacionadas ao emprego (admissão através de contrato,
contagem das horas trabalhadas, processos de demissão, etc.). Busca-se administrar as
pessoas com eficiência (baixo custo).
Gestão de Pessoas (GP): Na Era da Informação (após 1990) surgiram as equipes de Gestão
de Pessoas. As pessoas passam a ser consideradas agentes ativos e inteligentes que ajudam
a organização a administrar os demais recursos organizacionais. Além disso, as pessoas são
vistas como “talentos” que fornecem competências fundamentais para o sucesso
organizacional.
17
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. pp.37-38
Vejamos um esquema no qual Chiavenato traz algumas informações de cada uma dessas três
eras18:
18
Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição.
Barueri, Manole: 2014. p.38
Coluna A
Coluna B
( ) Além das tarefas operacionais e burocráticas, desenvolvem funções operacionais e táticas, como
órgãos prestadores de serviços especializados.
Comentários:
Vejamos cada uma das assertivas, destacando as palavras-chave que “matam” a questão:
(RH) Além das tarefas operacionais e burocráticas, desenvolvem funções operacionais e táticas,
como órgãos prestadores de serviços especializados.
(RI) Outras tarefas são acrescentadas como o relacionamento da organização com os sindicatos.
O gabarito é a letra E.
Fase Operacional (até a década de 1960): Nessa fase a gestão de pessoas preocupa-se,
basicamente, com a operacionalização da captação, treinamento, remuneração,
informações, etc.
Fase Gerencial (dos anos 1960 até início dos anos 1980): Nessa fase, a gestão de pessoas
passa a exercer influência sobre os diferentes processos da organização, sendo requisitada
como “parceira” nos processos de desenvolvimento organizacional.
Fase Estratégica (a partir dos anos 1980): Fase em que a gestão de pessoas começa a
assumir um papel estratégico na absorção e internalização de novos conceitos, com o
objetivo de pensar no papel das pessoas para a geração de valor para as organizações.
Fischer, ao seu turno, apresenta uma outra classificação de evolução da Gestão de Pessoas.
Segundo o autor, a evolução da Gestão de Pessoas, ao longo dos anos, se deu através da existência
de 04 diferentes modelos de gestão de pessoas. Vejamos, a seguir, cada um desses modelos.
19
DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: Modelo, Processos, Tendências e Perspectivas. 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2016. p.28
Trata-se de um modelo que surgiu em meados dos anos 1890, nos Estados Unidos.
Alguns dos conceitos principais desse modelo são: produtividade, recompensa e eficiência de
custos com o trabalho.
O objetivo dos gerentes de pessoal, à época, era estabelecer um método pelo qual pudessem
escolher melhor entre a extensa e diversificada massa de candidatos às vagas de emprego,
buscando encontrar aqueles indivíduos que poderiam tornar-se empregados eficientes ao melhor
custo possível. Buscava-se os trabalhadores adequados para cada tarefa.
Trata-se de um modelo que surgiu em meados dos anos 1930, e está relacionado a expoentes
como Maslow, Herzberg e McGregor.
Nesse momento, a gestão de pessoas passa a se preocupar com as relações interpessoais, com
processos de avaliação de desempenho, e dá ênfase em aspectos como motivação e liderança.
Ou seja, o comportamento humano passa a ser o foco principal da área de recursos humanos.
Contudo, a área de recursos humanos ainda leva em consideração aspectos como eficiência, custos
e processos.
Em outras palavras, o objetivo era “deixar de lado” aquela visão de que a otimização de recursos
era o ponto mais importante, com o objetivo de “migrar” para uma nova perspectiva de
valorização dos indivíduos.
A Escola das Relações Humanas era bastante compatível com esse modelo.
A cooperação dos funcionários passar a ser extremamente necessária para o alcance dos objetivos
organizacionais.
Buscava-se que o gestor de pessoas estivesse envolvido, de alguma forma, na formulação das
estratégias organizacionais, com o objetivo de alinhar seus funcionários à visão de futuro da
organização.
Modelo de Gestão de Pessoas como Gestão por Competências (Modelo Articulado por
Competências / Modelo Articulado como Vantagem Competitiva)
Esse modelo busca identificar quais são as competências necessárias ao alcance dos objetivos,
com o objetivo de desenvolver essas competências nos funcionários da organização, para que os
objetivos estratégicos sejam alcançados.
Entre os diferentes modelos de gestão de pessoas que se apresentam no processo evolutivo de tal
atividade, aquele ligado à Escola da Administração Científica, voltado à eficiência de custos e à
busca de trabalhadores adequados às tarefas cientificamente ordenadas, corresponde ao modelo
de gestão de pessoas como
a) função de staff.
a) departamento pessoal.
Comentários:
É o Modelo de Gestão de Pessoas como Departamento Pessoal que busca a eficiência de custos
com o trabalho e busca os trabalhadores adequados para cada tarefa. Trata-se de um modelo
bastante compatível com a Administração Científica e a Administração Clássica.
O gabarito é a letra E.
De acordo com Tose, a evolução da Gestão de Pessoas no Brasil é composta por 05 fases20:
Fase Contábil (antes de 1930): foi a primeira fase. A preocupação central dessa fase era com
os custos da empresa. Os funcionários eram vistos sob o enfoque contábil. Ou seja,
comprava-se a “mão de obra” e, portanto, as entradas e saídas provenientes dessa conta
deveriam ser registradas contabilmente. Em outras palavras, os funcionários eram vistos
como “recursos” da organização.
Fase Legal (1930 a 1950): com o advento das leis trabalhistas da era de Getúlio Vargas,
surge uma nova fase: a Fase Legal. Agora, a preocupação estava voltada para o
acompanhamento e manutenção das recém-criadas leis trabalhistas (CLT). Nessa fase surge
a figura do “chefe de pessoal”. Até então, o poder estava concentrado na figura dos “chefes
de produção”; contudo, nessa fase, o poder passa para as mãos do “chefe de pessoal” (em
decorrência do domínio que ele possuía sobre as regras e normas jurídicas impostas pela
CLT).
Fase Tecnicista (1950 a 1965): trata-se da fase que implantou, no Brasil, o modelo
americano de gestão de pessoal e alavancou a função de RH ao status de gerência. Foi
nessa fase que o presidente Jusccelino Kubitscheck implementou a indústria automobilística
no Brasil. Houve um avanço nas relações entre capital e trabalho. Foi nessa fase que a área
20
TOSE (1997) apud MARRAS, jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. 15ª edição. São
Paulo, Saraiva: 2016. pp.12-13
Fase Administrativa / Sindicalista (1956 a 1985): essa fase foi marcada pela implementação
de um movimento denominado “novo sindicalismo” e foi um marco histórico nas relações
entre capital e trabalho. O então “gerente de relações industriais”, agora, passa a se
chamar “Gerente de Recursos Humanos”. O objetivo era “deixar de lado” a ênfase em
procedimentos burocráticos e operacionais, com o objetivo de migrar para uma atuação
mais “humanística”, voltada para os indivíduos e suas relações com a sociedade, com os
sindicatos, etc. Aspectos como motivação e liderança ganham destaque nessa fase.
Fase Estratégica (a partir de 1985): é a fase atual. Trata-se de uma fase marcada pela
introdução dos primeiros programas de planejamento estratégico de recursos humanos
==bec==
A gestão de pessoal no Brasil pode ser dividida em cinco fases evolutivas, dispostas aqui em ordem
alfabética: Administrativa, Contábil, Estratégica, Legal e Tecnicista. A tabela abaixo lista estas cinco
fases e cinco características relacionadas a elas.
Fase
1. Administrativa
2. Contábil
3. Estratégica
4. Legal
5. Tecnicista
Característica
A alternativa que apresenta a correspondência correta entre cada uma das fases e suas
características é:
Comentários:
Vamos correlacionar cada uma das características às fases, destacando as palavras-chave de cada
uma delas:
O gabarito é a letra C.
Gil, por sua vez, apresenta a evolução histórica da Gestão de Pessoas no Brasil da seguinte
maneira21:
De 1890 a 1930: período marcado por intensas greves trabalhistas. Nesse período, as
atividades de recursos humanos limitavam-se às tarefas de contabilidade, cálculos e
controle do número de trabalhadores e da quantidade de horas trabalhadas. Trata-se de
uma fase em que a administração de pessoal era essencialmente contábil.
De 1930 a 1950: período em que o governo de Getúlio Vargas promoveu uma série de
intervenções nas questões trabalhistas (criação da carteira profissional, regulamentação do
horário de trabalho, definição do direito a férias remuneradas, etc.).
Para atender e se adaptar a essas mudanças, surge, nas organizações, a figura do “Chefe de
Pessoal” (“Chefe do Departamento Pessoal”), que era responsável por cuidar das atividades
burocráticas, das exigências legais trabalhistas e da parte disciplinar. O Chefe de Pessoal
administrava “papéis” a não “pessoas”.
Diante dessas mudanças, fez-se necessário que as organizações criassem estruturas mais
adequadas para gerenciar os “problemas de pessoal”. Os departamentos de pessoal
passam a ser substituídos para “Departamentos de Relações Industriais”.
21
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis estratégicos, 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2019. pp.51-57
Contudo, o cenário mudou e, a partir de 1973, a situação econômica do país já não permitia
que as empresas fossem otimistas. Os níveis de inflação voltaram a subir; a mão de obra
tornou-se mais escassa e o movimento operário (“abafado” por toda uma década), voltou a
se manifestar.
Esse cenário fez com que as organizações tomassem atitudes mais concretas em relação à
administração de seus recursos (materiais, financeiros e humanos). Como consequência,
diversas empresas passaram a dar uma maior atenção a certas áreas de recursos humanos
(que até então eram pouco consideradas) tais como: treinamento e desenvolvimento,
cargos, salários e benefícios.
Foi nesse período que se consolidou o nome “Administração de Recursos Humanos” (ARH).
De 1979 a 1990: período marcado pelo agravamento da crise econômica e pela elevação
dos níveis de desemprego. Houve fortalecimento dos sindicatos e das entidades de classe.
As ações reivindicatórias dos trabalhadores começaram a se tornar mais visíveis.
Apesar dos importantes avanços e conquistas trazidos pela Constituição de 1988 (tais como
a jornada de 40 horas e o acréscimo de 1/3 sobre o valor das férias), a classe trabalhadora
sofreu grandes perdas nessa década (“década perdida”).
Diante de todo esse cenário e do surgimento de novas teorias e técnicas gerenciais voltadas
para a redução de custos de pessoal, as atividades de recursos humanos também foram
bastante afetas. Setores inteiros foram desativados (especialmente de treinamento e
desenvolvimento), surgem conceitos como descentralização, downsizing, excelência, gestão
japonesa, just in time, reengenharia, reestruturação, remuneração variável,
empowerment, etc.
Foi nessa década que se firmou o reconhecimento do papel estratégico dos recursos
humanos nas organizações e que se consolidou a expressão “Gestão de Pessoas”.
Século XXI: o século XXI inicia com muitos sinais positivos (inflação controlada, redução do
desemprego, perspectivas de crescimento econômico, etc.).
Você deve ter percebido que, tecnicamente, existe uma diferença entre os termos “Administração
de Recursos Humanos” (ARH) e “Gestão de Pessoas” (GP).
Conforme explica Gil, a “expressão Gestão de Pessoas visa substituir Administração de Recursos
Humanos, que ainda é a mais comum entre todas as expressões utilizadas nos tempos atuais para
designar os modos de lidar com as pessoas nas organizações. Os argumentos em prol dessa
mudança de nomenclatura ressaltam que o termo Administração de Recursos Humanos é muito
restritivo, pois implica a percepção das pessoas que trabalham numa organização apenas como
recursos, ao lado dos recursos materiais e financeiros. Por isso mesmo, alguns autores, adeptos da
Gestão de Pessoas, procuram designar as pessoas que trabalham nas organizações não mais como
empregados ou funcionários, mas como cooperadores, colaboradores ou parceiros.”22
22
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis estratégicos, 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2019. p. 18
Muitas vezes a banca utiliza esses 02 termos (ARH e GP) como sinônimos. Outras vezes,
a banca cobra a diferenciação entre esses conceitos.
Na verdade, até mesmo na nossa aula, na maior parte das vezes, iremos utilizar os
termos como sinônimos (para se referir, de forma geral, à “administração/gestão do
pessoal da organização”).
Desta forma, você deverá ficar atento para entender se a questão está tratando os
termos como sinônimos (ou seja, sem fazer distinção entre os termos), ou então se a
questão está buscando a diferenciação de conceitos entre a ARH e a GP.
A Administração de Recursos Humanos (de antes) está relacionada a aspectos como manutenção
da cultura organizacional, introversão, isolamento, ênfase na eficiência interna, rotina
burocratizada, e uma visão voltada para o passado e presente.
A Gestão de Pessoas (de agora), por sua vez, está relacionada a aspectos como mudança cultural,
inovação, extroversão, visão estratégia, ênfase na eficácia organizacional, administração
participativa, e uma visão voltada para o futuro.
Modelo Instrumental (Funcionalista): Esse modelo trata a gestão de pessoas como uma
questão técnica, sustentada na racionalidade entre os meios e os fins. O foco está em
ajustar o desempenho individual e grupal às expectativas da organização. A ênfase está nos
resultados.
23
BORGES, Lívia de Oliveira. MOURÃO, Luciana. O Trabalho e as Organizações: Atuações a partir da Psicologia. Porto Alegre,
Artmed: 2013. pp. 347-351
Nesse modelo, os debates são desestimulados e as decisões são centralizadas nos níveis
hierárquicos mais altos da organização.
Dentre algumas das contribuições que esse modelo trouxe, podem-se citar: preocupação
com descrição e análise de cargos; técnicas e procedimentos de recrutamento e seleção,
treinamento e desenvolvimento e avaliação de desempenho.
Os indivíduos são vistos como “atores políticos” que estão em busca de concretizar seus
interesses próprios. Ou seja, nem sempre as necessidades dos indivíduos estão alinhadas
com as necessidades da organização. Nesse sentido, os gestores devem atuar como
“mediadores”, com o objetivo de obter o “acordo” entre as partes.
A organização é vista como uma arena política, em que existe a necessidade de integração
entre os diferentes interesses dos diversos grupos sociais, para que seja possível definir uma
“solução negociada”. O foco está, portanto, na “negociação de conflitos” (ou seja, busca-se
encontrar o equilíbrio entre diferentes interesses).
Para esse modelo, as políticas (proposições gerais que orientam as ações da área) e as
práticas (ações específicas) de gestão de pessoas devem estar alinhadas aos objetivos e
estratégias “globais”/”centrais” da organização. Em outras palavras, a missão, a visão, os
valores, e os objetivos organizacionais são elementos norteadores das políticas e práticas
de gestão de pessoas.
À vista disso, a atuação da área de gestão de pessoas torna-se “ampla”, envolvendo todos
os processos organizacionais. Os profissionais da área de Gestão de Pessoas devem ter uma
visão ampla dos processos de trabalho e da organização.
Comentários:
Nada disso! É no modelo político que os conflitos são vistos como algo funcional.
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: errada.
24
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. p.11
Agregar pessoas (Provisão / Suprimento): utilizados para incluir novas pessoas na empresa.
Podem ser denominados processos de provisão ou de suprimento de pessoas. Incluem
recrutamento e seleção de pessoas.
Manter pessoas: utilizados para criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para
as atividades das pessoas. Incluem administração da cultura organizacional, clima,
disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e manutenção de relações sindicais.
Sem dúvidas, essa é a classificação que mais aparece nas provas. Vejamos, a seguir, algumas
outras classificações.
25 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri, Manole: 2014. pp.13-14
Comentários:
A questão se baseou na classificação de Chiavenato (a classificação que mais aparece nas provas).
De acordo com o autor, os processos de Gestão de Pessoas são os seguintes: agregar, aplicar,
recompensar, desenvolver, manter e monitorar.
O gabarito é a letra E.
Chiavenato (1999) destaca seis processos básicos da Gestão de Pessoas: os Processos de Agregar
Pessoas (que são os processos de incluir novas pessoas), os Processos de Aplicar Pessoas (que são
os processos que modelam as atividades que os funcionários irão realizar na organização,
acompanhar e orientar seu desempenho), os Processos de Recompensar Pessoas (que motivam e
incentivam as pessoas a satisfazer suas necessidades individuas), os Processos de Desenvolver
Pessoas (usados para capacitar, treinar e desenvolver pessoas), os Processos de Manter Pessoas e
os Processos de Monitorar Pessoas (usados para acompanhar e controlar o trabalho dos
funcionários e analisar os resultados).
Comentários:
O gabarito é a letra C.
26
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos: Fundamentos Básicos, 8ª edição. Barueri, Manole: 2016.
pp.258-259
a) Subsistema de desenvolvimento.
b) Subsistema de controle.
c) Subsistema de manutenção.
d) Subsistema de alocação.
e) Subsistema de suprimento.
Comentários:
Portanto, a única assertiva que não traz um dos subsistemas é a letra D (alocação).
O gabarito é a letra D.
As organizações, atualmente, têm sido beneficiadas por uma abordagem denominada gestão por
processos. Dentro dessa abordagem, a área de recursos humanos ou gestão de pessoas possui 5
processos básicos definidos por Chiavenato (2009): processo de provisão, de aplicação, de
manutenção, de desenvolvimento e de monitoração. Diante do exposto, relacione adequadamente
as colunas.
1. Provisão.
2. Aplicação.
3. Manutenção.
4. Desenvolvimento.
5. Monitoração.
a) 1, 2, 3, 4, 5.
b) 3, 1, 5, 4, 2.
c) 3, 5, 1, 4, 2.
d) 5, 2, 1, 4, 3.
Comentários:
O gabarito é a letra C.
Dutra, por sua vez, explica que, em função de sua natureza, os processos de Gestão de Pessoas
podem ser classificados da seguinte maneira27:
Movimentação: Tratam-se dos processos que buscam oferecer suporte a toda ação de
movimentação do indivíduo que estabelece algum tipo de relação com a empresa,
independentemente de seu vínculo empregatício. Essa categoria compreende as seguintes
práticas:
Desenvolvimento: Tratam-se dos processos que têm por objetivo estimular e criar
condições para o desenvolvimento das pessoas e da organização. Essa categoria
compreende as seguintes práticas:
-Treinamento e capacitação.
-Carreira e sucessão.
-Avaliação de Desempenho
-Conciliação de expectativas.
-Escolha e desenvolvimento de líderes.
-Estruturação do processo sucessório.
Valorização: Tratam-se dos processos que têm por objetivo estabelecer parâmetros e
procedimentos para distinção e valorização das pessoas que estabelecem alguma relação
com a empresa. Essa categoria compreende as seguintes práticas:
-Remunerações
-Recompensas.
-Premiações por bom desempenho
-Gerenciamento da massa salarial.
27
DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: Modelo, Processos, Tendências e Perspectivas. 2ª edição. São Paulo, Atlas: 2016. p.45
A Gestão de Pessoas desempenha um papel fundamental dentro das organizações e tem sido cada
vez mais reconhecida pela sua atuação estratégica. De acordo com Dutra (2011), os processos de
Gestão de Pessoas podem ser classificados, a partir dos seus objetivos e parâmetros, como do tipo:
movimentação, desenvolvimento e valorização.
Tipos de Processos
1- Valorização
2- Movimentação
3- Desenvolvimento
Práticas
Comentários:
O gabarito é a letra D.
O modelo de gestão de pessoas é a maneira pela qual a empresa se organiza para gerenciar e
orientar o comportamento humano no trabalho, sendo composto por processos e práticas, que
são classificados quanto a sua natureza, objetivos e parâmetros em três categorias:
movimentação, desenvolvimento e valorização. As práticas de capacitação, carreira e desempenho
das pessoas estão vinculadas
a) à categoria movimentação.
b) à categoria desenvolvimento.
c) à categoria valorização.
Comentários:
O gabarito é a letra B.
Borges e Mourão, por sua vez, destacam que a área de Gestão de Pessoas é composta por 03
grandes “sistemas”: 29
28
DECENZO, David A. ROBBINS, Stephen P. Administração de Recursos Humanos. Rio de Janeiro, LTC: 2001.
29
BORGES, Lívia de Oliveira. MOURÃO, Luciana. O Trabalho e as Organizações: Atuações a partir da Psicologia. Porto Alegre,
Artmed: 2013. pp.354-361
A síntese dos componentes principais dos sistemas de gestão de pessoas envolvem os sistemas de
ingresso; desenvolvimento e valorização. As práticas típicas dos sistemas de desenvolvimento são
Comentários:
O gabarito é a letra A.
Sobral e Peci30 destacam que a Gestão de Pessoas é composta por 03 processos (“etapas
sequenciais”):
3 – Manutenção: Trata-se da “etapa” final, que tem por objetivo manter funcionários
motivados, comprometidos e capazes de manter um desempenho elevado no trabalho, no
intuito de conduzir a organização para o sucesso. Relaciona-se a práticas como
recompensas, promoções, etc.
30 SOBRAL, Filipe, PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro / São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. p.331
Comentários:
A questão se baseou na classificação de Sobral e Peci. Vejamos cada uma das assertivas:
Letra E: errada. Perceba que a assertiva é muito parecida com a letra B. Os processos de
planejamento de recursos humanos, recrutamento e seleção estão relacionados à “etapa” de
identificação e atração (e não “manutenção”, conforme afirmou a assertiva).
O gabarito é a letra A.
Por fim, Marras explica que a Gestão de Pessoas é composta por um conjunto de subsistemas.
Nesse sentido, o autor destaca que “dependendo do formato organizacional de uma empresa, esta
poderá desenhar o seu sistema de ARH dividindo-o, no mínimo, nos seguintes subsistemas:”31
-Recrutamento e seleção
-Treinamento e desenvolvimento
31
MARRAS, jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. 15ª edição. São Paulo, Saraiva:
2016. p.23
-Departamento de pessoal
-Relações trabalhistas
-Serviços gerais
-Consultoria Interna
De acordo com Chiavenato, “há um princípio básico em GP: gerir pessoas é uma responsabilidade
de linha e uma função de staff.”32
Os órgãos de linha desempenham funções de linha, ou seja, atividades que estão relacionadas
com às atividades-fim da empresa. São consideradas as atividades principais da empresa.
Por outro lado, os órgãos de staff desempenham funções de staff, isto é, atividades que estão
relacionadas às atividades-meio da empresa. Tratam-se das atividades de assessoria (ou de
suporte) da empresa.
Vale mencionar que os órgãos de staff podem estar distribuídos sobre quaisquer dos níveis
organizacionais (estratégico, tático ou operacional).
Outra diferença é que as posições de linha exercem comando direto sobre os empregados da
empresa. Exercem, portanto, autoridade hierárquica.
32
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. p.19
Vejamos um exemplo:
Diretoria
O que acontece, é que antigamente a maior parte das atividades de Gestão de Pessoas ficava
centralizada no departamento de Recursos Humanos da organização. Era o Gerente de Recursos
Humanos que decidia, por exemplo, quem deveria ser contratado, quem deveria ser demitido,
quem deveria ser promovido, etc.
Contudo, com o passar do tempo, foi ocorrendo a descentralização dessas atividades ao Gestor de
Linha (ou seja, ao “Chefe Direto” do funcionário).
Conforme explica Chiavenato, “quem deve gerir pessoas é o próprio executivo ou líder que tem a
responsabilidade de lidar diretamente com seus subordinados, tomar decisões a respeito deles,
definir seus objetivos individuais ou grupais e padrões de desempenho, liderá-los, orientá-los e
engajá-los na organização, cuidar de seu treinamento e desenvolvimento, remuneração e
incentivos, enfim, proporcionar aos seus subordinados todas as condições para que possam
contribuir para o sucesso da organização.” O autor continua dizendo que, para isso, o Gestor de
Linha deve “receber assessoria e consultoria do órgão de GP, que lhe proporciona os meios e os
serviços de apoio, bem como as políticas e os procedimentos adotados pela organização”.33
33
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. pp.19-20
Imagine que João das Neves seja o Chefe do departamento de Marketing de uma empresa. João
das Neves é, portanto, o “Gestor de Linha” desse departamento (ele exerce a
responsabilidade/autoridade de linha).
João das Neves é o responsável por gerir os trabalhos diários de seu setor. É ele, por exemplo, que
realiza as avaliações de desempenho de seus subordinados, decide sobre quem deve ser demitido,
contratado ou promovido.
Contudo, na realização dessas funções, João das Neves recebe o auxílio (assessoria interna) do
órgão de Recursos Humanos (Órgão de Staff); afinal, João das Neves não é especialista nessas
atividades.
Por exemplo, caso João das Neves entenda que o departamento de Marketing está precisando de
mais 01 funcionário, ele irá requisitar esse funcionário. Então, o órgão de recursos humanos irá
iniciar todo o processo de recrutamento e seleção (vai fazer uma espécie de “filtragem”, com o
objetivo de “indicar” alguns funcionários que cumpram os requisitos desejados).
Após isso, João das Neves irá avaliar aqueles funcionários que foram “pré-selecionados” pelo órgão
de Recursos Humanos, e tomará uma decisão “final” sobre quem deverá ser contratado.
Perceba que, tanto a iniciativa de contratação, quanto a seleção “final” do candidato, foi de
responsabilidade de João das Neves (gerente de linha). Contudo, o processo e aplicação de
técnicas iniciais de recrutamento e seleção ficaram a cargo do órgão de Recursos Humanos (com o
objetivo de assessorar e auxiliar João das Neves).
Da mesma forma, caso Mario Bros (Gestor de Linha do Departamento de Produção), necessite
contratar 01 funcionário, ele agirá da mesma maneira que João das Neves. Nesse caso, o órgão de
Gestão de Pessoas fornecerá todo o suporte à Mario Bros (assim como forneceu à João das Neves).
O que se busca, é que o órgão de Gestão de Pessoas preste uma “assessoria” aos Gestores de
Linha, e também atue como “uniformizador” (com o objetivo de que as relações entre os gerentes
de linha e os subordinados tenham relativa “uniformidade” e “consistência”).
A área de Recursos Humanos está cada vez mais “deixando de lado” as atividades burocráticas, e
se transformando em uma área de “consultoria interna”, com o objetivo de preparar e orientar os
gestores de linha para essa nova realidade. Os gestores de linha passam a ser, de fato, os “gestores
de pessoas”.
Pode-se dizer que a gestão de pessoas passa a ter por objetivo auxiliar o Gestor de Linha a
desempenhar suas funções de “planejar, organizar, dirigir e controlar” (PODC).
Chiavenato reúne algumas das principais diferenças entre as atividades do Órgão de Recursos
Humanos (Função de Staff) e do Gestor de Linha (Responsabilidade de Linha). Vejamos34:
A ARH é uma responsabilidade de linha e uma função de staff, no sentido de ser uma
responsabilidade de cada chefe, mas carecer de um órgão de staff para que as chefias atuem com
certa uniformidade e consistência nas suas relações com os subordinados.
Comentários:
Gabarito: correta.
34
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. p.25
Tomando como base tudo que estudamos até aqui, nós já conseguimos “deduzir” alguns dos
objetivos da Gestão de Pessoas, não é mesmo?
Em linhas gerais, a Gestão de Pessoas tem por objetivo fazer com que os indivíduos colaborem de
maneira eficaz com a organização, para que os objetivos organizacionais e individuais sejam
alcançados. Para isso, é necessário que os indivíduos sejam tratados como elementos básicos e
centrais para a eficácia organizacional. Ou seja, o objetivo central da Gestão de Pessoas é
contribuir com a eficácia organizacional.
Sobral e Peci explicam que a Administração de Recursos humanos tem 03 objetivos centrais35:
Vejamos, a seguir, de uma forma um pouco mais detalhada, alguns dos principais objetivos da
Gestão de Pessoas36:
- Desenvolver, elevar e manter a qualidade de vida no trabalho (QVT), fazendo com que se
torne desejável querer trabalhar na organização.
35 SOBRAL, Filipe, PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro / São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. p.330
36
Baseado especialmente nas ideias de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações, 4ª edição. Barueri, Manole: 2014. p.11
Werther e Davis, por sua vez, destacam que os especialistas de pessoal devem guiar-se pelo
propósito da administração de recursos humanos, que é: prover as organizações com uma força
efetiva de trabalho, entendendo que o principal pilar de sustentação do sucesso organizacional
são as pessoas. Nesse sentido, os autores destacam 04 objetivos básicos da Gestão de Pessoas37:
Objetivo pessoal: dar assistência aos empregados na consecução de suas metas pessoais,
para que eles possam ser mantidos e retidos, aumentando a contribuição do indivíduo para
a organização.
De acordo com os objetivos da gestão de pessoas nas organizações, são funções da moderna
gestão de pessoas, EXCETO:
37
WERTHER e DAVIS (1983) apud Leonardo, Jefferson M. A. A guerra do sucesso pelos talentos Humanos. Universidade Federal
de Santa Maria.
Comentários:
A única assertiva que não traz um dos objetivos da Gestão de Pessoas é a letra D (Motivar as
pessoas por meio de políticas estritamente remuneratórias.)
A busca pela motivação das pessoas se dá através de políticas remuneratórias e políticas não
remuneratórias. Portanto, a assertiva peca ao dizer que a busca pela motivação se dá estritamente
(exclusivamente) por meio de políticas remuneratórias.
O gabarito é a letra D.
Com relação à gestão de pessoas, o objetivo básico, a seguir, que NÃO pertence a essa área é:
a) societário.
b) financeiro.
c) pessoal.
d) funcional.
Comentários:
-Objetivo societário
-Objetivo organizacional
-Objetivo funcional
-Objetivo pessoal
O gabarito é a letra B.
Comentários:
-Objetivo societário
-Objetivo organizacional
-Objetivo funcional
-Objetivo pessoal
Gabarito: errada.
Conforme vimos, a Gestão de Pessoas sofreu grandes alterações e evoluções ao longo do tempo.
Todas essas mudanças trouxeram novos desafios aos profissionais de Gestão de Pessoas. Agora,
esses profissionais devem realizar, além de funções operacionais, papéis estratégicos na
organização. Ou seja, os papéis assumidos pelos profissionais de Gestão de Pessoas agora são
múltiplos e complexos.
Chiavenato elenca algumas das características desses novos papéis, comparando como era
“antes” (papéis “antigos”) e como é “agora” (“novos” papéis da função de Gestão de Pessoas).
38
FLEURY, Maria Tereza Leme. FLEURY, Afonso. Construindo o Conceito de Competência. RAC, Edição Especial, 2001.
Vejamos39:
Administrativo Consultivo
O autor destaca, ainda, alguns outros novos papéis que impõe desafios à área de Gestão de
Pessoas. Vejamos40:
39
Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição.
Barueri, Manole: 2014. p.41
40
Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição.
Barueri, Manole: 2014. p.42
Comentários:
Isso mesmo! A assertiva elencou, corretamente, os “novos” papéis da gestão de pessoas que
impõem desafios à área.
Gabarito: correta.
( ) como o RH pode oferecer uma base de serviços à organização para ajudá-la a ser eficiente e
eficaz.
a) II – III – IV – I
b) I – II – III – IV
c) IV – III – II – I
d) II – IV – III – I
Comentários:
(II) como o RH pode oferecer uma base de serviços à organização para ajudá-la a ser eficiente e
eficaz. = Administração da infraestrutura da empresa.
(IV) como o RH pode ajudar na criação de uma organização criativa, renovadora e inovadora. =
Administração da transformação e da mudança.
O gabarito é a letra A.
9 – Flexibilidade Organizacional
De acordo com Atkinson, um modelo de empresa flexível é muito importante nesse cenário cada
vez mais globalizado e competitivo em que vivemos, uma vez que essa flexibilidade possibilita uma
resposta mais rápida ao mercado (just-in-time), uma maior descentralização e redução de
custos.41
41
ATKISON (1984) apud CASACA, Sara Falcão. Flexibilidade, trabalho e emprego: ensaio de conceptualização. n° 10/2005,
Novembro de 2005. SOCIUS - Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações. Universidade Técnica de
Lisboa.
42
Ibid
Flexibilidade Funcional: diz respeito à variação das tarefas realizadas e ao alargamento das
competências e das qualificações de cada trabalhador (polivalência), constituindo um vetor
fundamental da dinâmica dos mercados internos das empresas.
Antes de tudo, é necessário que você saiba que as organizações podem ser divididas em três níveis
organizacionais: nível estratégico (ou institucional), nível tático (intermediário, ou gerencial) e
nível operacional.
Nesse nível, são discutidos temas como: clima e cultura organizacional; estratégias da
organização; mudança ambiental e comportamental do meio externo (clientes,
concorrentes), entre outros.
O nível estratégico está em contato direto e tem uma maior interação com o ambiente
externo.
Nível operacional: É o nível administrativo mais baixo. É onde estão os supervisores. O foco
é no curto prazo, no desempenho das tarefas. Os administradores desse nível devem se
preocupar em colocar em prática o que foi estabelecido pelo nível tático. Para tanto, devem
guiar e administrar seus subordinados (os funcionários e operários “chão de fábrica”) para
que executem as atividades e desempenhem suas funções de maneira eficiente.
Dito isso, cabe destacar que a Administração de Recursos Humanos atua nesses 03 níveis
organizacionais. Vejamos, de acordo com Sobral e Peci, como se dá a atuação da ARH em cada um
desses níveis43:
Atuação da ARH no Nível tático: relacionada ao conjunto de atividades técnicas (tais como:
recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho e
gestão dos sistemas de remuneração).
Atuação da ARH no Nível operacional: relacionada à rotina do dia a dia da organização (tais
como: arquivos de pessoal, gestão de contratos, processamento de salários, controle de
honorários, etc.)
43
SOBRAL, Filipe, PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro / São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
p.331
Nesse sentido, o autor destaca que, para conseguir enfrentar esses desafios, as “unidades de
gestão de pessoas” ou os “profissionais de recursos humanos” (também chamados de “parceiros
empresariais”) assumem 04 papéis: 45
44
ULRICH (2000) apud Cançado, Vera L. Coutinho, Paulo Trajano. Almeida, Maria das Graças Reggiani. Sant'anna, Anderson de
Souza. Novos papéis de Recursos Humanos: Velhas fórmulas em novas embalagens?. ANPAD, 2005. Disponível em:
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2005-gpra-0467.pdf
45
ULRICH (2000) apud Cançado, Vera L. Coutinho, Paulo Trajano. Almeida, Maria das Graças Reggiani. Sant'anna, Anderson de
Souza. Novos papéis de Recursos Humanos: Velhas fórmulas em novas embalagens?. ANPAD, 2005. Disponível em:
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2005-gpra-0467.pdf
Para criar valor e gerar resultados em um contexto dinâmico, a área de RH precisa desempenhar
múltiplos papéis. Esses papéis derivam dos diferentes focos de atenção que a área e seus
profissionais precisam desenvolver, no que se refere à dimensão do horizonte de tempo
(curto/longo prazos) e à dimensão dos processos/pessoas. Assim, desenham-se quatro diferentes
papéis do RH, como proposto inicialmente por Dave Ulrich: administração da infraestrutura da
empresa, administração da contribuição dos funcionários, administração da transformação e da
mudança e administração das estratégias de recursos humanos.
Comentários:
Ulrich destaca que, para conseguir enfrentar os desafios, as “unidades de gestão de pessoas” ou os
“profissionais de recursos humanos” (também chamados de “parceiros empresariais”) assumem
04 papéis: 46
46
ULRICH (2000) apud Cançado, Vera L. Coutinho, Paulo Trajano. Almeida, Maria das Graças Reggiani. Sant'anna, Anderson de
Souza. Novos papéis de Recursos Humanos: Velhas fórmulas em novas embalagens?. ANPAD, 2005. Disponível em:
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2005-gpra-0467.pdf
O gabarito é a letra E.
Segundo Dave Ulrich, o parceiro empresarial desenvolve quatro papéis: defensor dos funcionários;
agente de mudança; especialista administrativo; e parceiro estratégico.
Comentários:
Gabarito: correta.
Para atuar de forma estratégica, o RH de uma organização deve desempenhar quatro papéis: de
agente de mudanças, de parceiro estratégico, de especialista em administração e de defensor dos
funcionários.
Comentários:
O que se espera é que o profissional de RH (enquanto parceiro estratégico) seja capaz de traduzir
as estratégias da organização em práticas de gestão de pessoas. Há uma ênfase nos resultados
organizacionais.
O gabarito é a letra A.
As Políticas de Recursos Humanos são “regras”, princípios e diretrizes que têm por objetivo
orientar as ações e as decisões dos funcionários, evitando que eles tomem atitudes e decisões
“indesejadas”.
Cada organização deve desenvolver a sua própria política de RH, que seja adequada à sua filosofia
e às suas necessidades. As políticas variam em decorrência do contexto interno da organização e
do ambiente externo.
As políticas, muitas vezes, fornecem respostas a questões e problemas “frequentes” (evitando que
os subordinados procurem, desnecessariamente, os seus supervisores para “esclarecimentos” ou
“solução” do caso).
47
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos: Fundamentos Básicos, 8ª edição. Barueri, Manole: 2016. p.263
48
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos: Fundamentos Básicos, 8ª edição. Barueri, Manole: 2016. p.267
Clareza e simplicidade: as políticas devem ser claras e de fácil entendimento. Além disso,
devem possuir clareza e simplicidade em suas definições.
Políticas: são “regras”, princípios e diretrizes que têm por objetivo orientar as ações e
as decisões dos funcionários, evitando que eles tomem atitudes e decisões
“indesejadas”. Ou sejam, são “guias” para as ações dos indivíduos.
a) Estabilidade.
b) Consistência.
c) Flexibilidade.
d) Obscuridade e complexidade.
e) Generalidade.
Comentários:
Estabilidade
Consistência
Flexibilidade
Generalidade
Clareza e simplicidade
Portanto, a única alternativa que não traz uma das características que as políticas de RH devem
possuir é a letra D (obscuridade e complexidade). As políticas de RH devem ser claras e simples.
O gabarito é a letra D.
Para isso, deve ser realizada a Gestão Estratégica de Pessoas, a qual tem por objetivo alinhar as
competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) dos funcionários, com os objetivos e
estratégias organizacionais.
Existem dois tipos de estratégia organizacional (da organização como um todo): Estratégia
Conservadora e Defensiva ou Estratégia Prospectiva e Ofensiva.
Nesse sentido, as estratégias de recursos humanos irão depender de qual desses tipos de
estratégia organizacional a empresa optou por adotar.
Área Estratégia de Organização que adota uma Organização que adota uma
Gestão de Pessoas Estratégia Conservadora e Defensiva Estratégia Prospectiva e Ofensiva
-Produção Eficiente -Inovação
-Ênfase no Controle -Flexibilidade
Fluxos de trabalho
-Descrições de cargos explícitas -Classes amplas de cargos
-Planejamento detalhado do cargo -Planejamento superficial do cargo
-Recrutamento interno -Recrutamento Externo
-Departamento de Recursos Humanos decide -Gerente decide sobre a seleção (descentralização)
Admissão sobre a seleção (centralização) -Adequação da pessoa à cultura organizacional
-Ênfase nas qualificações técnicas -Processo formal e informal de admissão e
-Processo formal de admissão e socialização socialização
-Demissões voluntárias -Dispensas/demissões
-“Congelamento” de admissões (Evita-se realizar -Recrutamento sempre que se fizer necessário
Desligamento de
admissões) -Não existe apoio para demitidos
Funcionários -Apoio continuado aos demitidos -Nenhum tratamento “preferencial” (ou seja, não
-Política de preferência por “readmissões” existe preferência por “readmissões”)
-Avaliações padronizadas -Avaliações customizadas
-Avaliação como forma de controle -Avaliação como forma de desenvolvimento
Avaliação de
-Foco estreito -Avaliação multiproposital
Desempenho -Dependência excessiva do superior (é o gestor -Múltiplas entradas para avaliação (o funcionário é
que, praticamente, sozinho avalia o funcionário) avaliado por diversos “atores” diferentes)
-Treinamento individual -Treinamento em equipe
-Treinamento no cargo -Treinamento externo e interno
Treinamento
-Treinamento específico -Treinamento genérico para flexibilidade
-Comprar habilidades -Construir habilidades
-Salário fixo -Salário variável
-Salário baseado no cargo -Salário baseado no indivíduo
Recompensas
-Salário baseado na antiguidade -Salário baseado no desempenho
-Decisões centralizadas sobre salário -Decisões descentralizadas sobre salário
49 Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri, Manole: 2014. p. 70
O CEO de uma empresa de capital aberto informa que, em vistas das mudanças causadas pela
pandemia no mercado, a companhia adotará uma estratégia conservadora e defensiva. Sendo
assim, com base na estratégia escolhida, espera-se que a gestão de pessoas adote as seguintes
medidas:
Comentários: Vejamos50:
Área Estratégia de Organização que adota uma Organização que adota uma
Gestão de Pessoas Estratégia Conservadora e Defensiva Estratégia Prospectiva e Ofensiva
-Produção Eficiente -Inovação
-Ênfase no Controle -Flexibilidade
Fluxos de trabalho
-Descrições de cargos explícitas -Classes amplas de cargos
-Planejamento detalhado do cargo -Planejamento superficial do cargo
-Recrutamento interno -Recrutamento Externo
-Departamento de Recursos Humanos decide -Gerente decide sobre a seleção (descentralização)
Admissão sobre a seleção (centralização) -Adequação da pessoa à cultura organizacional
-Ênfase nas qualificações técnicas -Processo formal e informal de admissão e
-Processo formal de admissão e socialização socialização
-Demissões voluntárias -Dispensas/demissões
-“Congelamento” de admissões (Evita-se realizar -Recrutamento sempre que se fizer necessário
Desligamento de
admissões) -Não existe apoio para demitidos
Funcionários -Apoio continuado aos demitidos -Nenhum tratamento “preferencial” (ou seja, não
-Política de preferência por “readmissões” existe preferência por “readmissões”)
-Avaliações padronizadas -Avaliações customizadas
-Avaliação como forma de controle -Avaliação como forma de desenvolvimento
Avaliação de
-Foco estreito -Avaliação multiproposital
Desempenho -Dependência excessiva do superior (é o gestor -Múltiplas entradas para avaliação (o funcionário é
que, praticamente, sozinho avalia o funcionário) avaliado por diversos “atores” diferentes)
-Treinamento individual -Treinamento em equipe
-Treinamento no cargo -Treinamento externo e interno
Treinamento
-Treinamento específico -Treinamento genérico para flexibilidade
-Comprar habilidades -Construir habilidades
-Salário fixo -Salário variável
-Salário baseado no cargo -Salário baseado no indivíduo
Recompensas
-Salário baseado na antiguidade -Salário baseado no desempenho
-Decisões centralizadas sobre salário -Decisões descentralizadas sobre salário
50 Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri, Manole: 2014. p. 70
O gabarito é a letra A.
Uma empresa pública que opera em ambiente estável adota estratégia conservadora e defensiva.
Nesse contexto, a estratégia de recursos humanos relativa às recompensas deve estar voltada
para:
Comentários:
O gabarito é a letra C.
Albuquerque, por sua vez, explica que as estratégias de gestão de pessoas podem ser de dois
tipos51:
51
ALBUQUERQUE (1999) apud FLEURY, M. T. L. (Coord.). As pessoas na organização. São Paulo, Gente: 2002.
Relações de Trabalho
Foco no encarreiramento flexível, emprego a longo
Política de emprego Foco no cargo, emprego a curto prazo
prazo
Nível de educação e Nível de Educação Baixo, trabalho automatizado Nível de Educação Alto, trabalho enriquecido e
formação requerido e especializado intensivo em tecnologia
Relações empregador-
Independência Interdependência, confiança mútua
empregado
Relações com
Confronto baseado na divergência de interesses Diálogo, busca de convergência de interesses
sindicatos
Participação dos
empregados nas Baixa, decisões tomadas de cima para baixo Alta, decisões tomadas em grupo
decisões
Política de Recursos Humanos
Contrata para um cargo ou para um conjunto
Contratação Contrata para uma carreira longa na empresa
especializado de cargos
Treinamento Visa ao aumento do desempenho na função atual Visa preparar o empregado para futuras funções
Carreiras rígidas e especializadas, de pequeno Carreiras flexíveis, de longo alcance, com
Carreira
horizonte e amarradas na estrutura de cargos permeabilidade entre diferentes carreiras
Focada na estrutura de cargos, com alto grau de Focada na posição da carreira e no desempenho,
Salarial
diferenciação salarial entre eles com baixa diferenciação entre níveis
Foco nos incentivos grupais vinculados a resultados
Incentivos Uso de incentivos individuais
empresariais
O que se percebe é que as organizações modernas estão cada vez mais priorizando a adoção de
uma Estratégia de Comprometimento, no intuito de promover a motivação e o
comprometimento dos funcionários, com o objetivo de que esses funcionários gerem mais valor
para a organização e a organização detenha mais vantagens competitivas.
Busca-se dar ênfase em conceitos como Foco em Resultados, Gestão Participativa e Flexibilidade.
52
Fonte: ALBUQUERQUE (1999) apud FLEURY, M. T. L. (Coord.). As pessoas na organização. São Paulo, Gente: 2002.
A valorização do conhecimento como forma de vantagem competitiva das organizações fez com
que o planejamento da gestão de pessoas modificasse seu foco das estratégias de controle para as
estratégias de comprometimento.
c) o sistema de controle mudou a ênfase de controle implícito da equipe para a ênfase nos
controles explícitos do trabalho.
Comentários:
Para responder essa questão, bastava que o aluno conhecesse as informações da tabela que traz
as características das organizações, das relações de trabalho e da política de recursos humanos,
levando em consideração a estratégia de controle a estratégia de comprometimento.
Letra C: errada. Pelo contrário! A sistema de controle mudou a ênfase de controles explícitos do
trabalho (características da estratégia de controle) para controles implícitos da equipe
(características da estratégia de comprometimento).
Letra E: errada. Nada disso! É exatamente o contrário. As relações com sindicatos passaram do
confronto baseado na divergência de interesses (características da estratégia de controle) para o
diálogo e a busca de convergência de interesses (características da estratégia de
comprometimento).
O gabarito é a letra A.
a) Foco no cargo, emprego a curto prazo; interdependência, confiança mútua, contrata para uma
carreira longa.
d) Treinamento que visa ao aumento do desempenho na função atual; alta participação dos
funcionários nas decisões.
e) Carreiras rígidas, trabalho enriquecido, treinamento que visa preparar o empregado para
funções futuras.
Comentários:
Para responder essa questão, bastava que o aluno conhecesse as informações da tabela que traz
as características das organizações, das relações de trabalho e da política de recursos humanos,
levando em consideração a estratégia de controle a estratégia de comprometimento.
Letra A: errada. De fato, Foco no cargo e emprego a curto prazo são características da estratégia de
controle. Contudo, interdependência, confiança mútua, e contratação para uma carreira longa
são características da estratégia de comprometimento.
Letra C: errada. De fato, a estratégia de controle visa ao aumento do desempenho na função atual.
Contudo, carreiras flexíveis e realização do trabalho em equipes, são características da estratégia
de comprometimento.
Letra D: errada. De fato, treinamento que visa ao aumento do desempenho na função atual é uma
característica da estratégia de controle. Contudo alta participação dos funcionários nas decisões,
é uma característica da estratégia de comprometimento.
Letra E: errada. De fato, carreiras rígidas é uma característica da estratégia de controle. Contudo,
trabalho enriquecido e treinamento que visa preparar o empregado para funções futuras, são
características da estratégia de comprometimento.
O gabarito é a letra B.
53
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. p.72
Um dos aspectos mais importantes da estratégia organizacional é a sua amarração com a função
de gestão de pessoas. Em outros termos, como traduzir os objetivos e estratégias organizacionais
em objetivos e estratégias de gestão de pessoas. As colunas abaixo trazem as nomenclaturas e
respectivas descrições de três modelos de relacionamento entre o planejamento estratégico
organizacional e o planejamento estratégico de pessoas. Correlacione-as e, ao final, selecione a
alternativa que apresente a sequência correta para a coluna II.
COLUNA I
54
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. p.69
COLUNA II
( ) O foco se concentra nas práticas de gestão de pessoas e na forma como a função de gerir
pessoas pode adicionar valor à organização.
( ) O resultado é uma síntese das práticas de gestão de pessoas necessárias para a realização dos
planos organizacionais.
a) 1 - 1 - 3 - 1 - 3.
b) 2 - 1 - 2 - 1 - 3.
c) 3 - 1 - 3 - 1 - 3.
d) 2 - 1 - 3 - 1 - 3.
e) 2 - 1 - 3 - 1 - 2.
Comentários:
(2) O foco se concentra nas práticas de gestão de pessoas e na forma como a função de gerir
pessoas pode adicionar valor à organização. = Planejamento Autônomo
(1) O resultado é uma síntese das práticas de gestão de pessoas necessárias para a realização dos
planos organizacionais. = Planejamento Adaptativo
(3) O resultado é um plano que destaca as práticas da gestão de pessoas prioritárias para a
obtenção dos resultados organizacionais. = Planejamento Integrado
O gabarito é a letra D.
É um modelo bastante limitado, pois se baseia apenas em fatores quantitativos e não leva
em consideração fatores como: imprevistos, estratégias dos concorrentes, greves, faltas ao
serviço, novas tendências do mercado de consumo, etc.
Esse modelo é muito utilizado por empresas e grande porte, e é composto por 4 passos:
55
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. pp.76-82
Esses mapas consistem em uma representação “visual” de “quem substitui quem”, caso
surja alguma vaga futura na organização.
Modelo baseado no fluxo de pessoal: Trata-se de um modelo que tem por objetivo
controlar o “fluxo de pessoas” da organização (entradas, saídas, promoções e
transferências).
Ou seja, esse modelo busca contabilizar a quantidade de pessoas que foram admitidas na
organização (entrada), que foram desligadas da organização (saídas), que foram promovidas
ou que foram transferidas para outros cargos/setores.
O que se busca é realizar uma predição de curto prazo das necessidades de pessoal (caso
não ocorram mudanças no contexto). Em outras palavras, busca-se “prever” (no curto
prazo) quais serão as necessidades de pessoal.
Existem vários modelos de planejamento de RH. Alguns são genéricos e outros são específicos para
determinados níveis ou unidades organizacionais. Acerca dos modelos citados por Chiavenato
(2010), assinale a opção correta.
c) O modelo de substituição dos postos chaves é a representação visual de quem substitui quem na
eventualidade de alguma vaga futura dentro da organização.
Comentários:
Letra C: correta. De fato, o modelo de substituição dos postos chaves consiste na representação
visual de quem substitui quem na eventualidade de alguma vaga futura dentro da organização.
O gabarito é a letra C.
11 – Equilíbrio Organizacional
Em outras palavras, a Teoria defende a ideia de que o sucesso organizacional depende de uma
adequada relação de troca (relação de reciprocidade) entre a organização e seus participantes.
Incentivos ou alicientes: são “pagamentos” que a organização faz aos seus participantes
(como salários, benefícios, prêmios de produção, gratificações, elogios, oportunidades de
crescimento e promoção, reconhecimento, etc.).
Utilidade dos incentivos: cada incentivo que a organização oferece, possui um “valor de
utilidade” diferente para cada participante. Ou seja, a “utilidade” de cada incentivo varia de
indivíduo para indivíduo. Em outras palavras, a utilidade de cada incentivo é subjetiva para
cada indivíduo e depende de suas necessidades pessoais.
Contribuições
São realizadas pelos Incentivos
Participantes
São dados pela
Organização
56
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração, 9ª edição. Barueri, Manole: 2014. P.348
11.2 – Participantes
Nesse sentido, Chiavenato explica que o equilíbrio organizacional reflete o êxito da organização
em remunerar seus participantes (com incentivos, dinheiro ou satisfações não materiais) e
motivá-los a continuarem fazendo parte da organização (ou seja, motivá-los a continuarem
contribuindo com a organização), garantindo-se, assim, a sobrevivência organizacional.58
Os participantes são todos os “atores” que interagem com a organização de alguma maneira
(funcionários, investidores/acionistas, fornecedores e clientes). Vejamos, de acordo com
Chiavenato, como se dá a relação de troca (reciprocidade) entre cada um desses atores e a
organização59:
Participantes
Contribuições (investimentos pessoais) Incentivos (retorno esperado)
(parceiros)
Motivados por salário, benefícios, prêmios, elogios,
Contribuem com trabalho, dedicação, esforço
Funcionários oportunidades, reconhecimento e segurança no
pessoal, desempenho, lealdade e assiduidade
trabalho
Investidores Contribuem com dinheiro, na forma de ações, Motivados por rentabilidade, lucratividade,
(acionistas) empréstimos e financiamentos liquidez, dividendos e retorno do investimento
Contribuem com materiais, matérias-primas, Motivados por preço, condições de pagamento,
Fornecedores
tecnologias e serviços especializados faturamento e garantia de novos negócios
Contribuem com dinheiro pela aquisição dos Motivados pelo preço, qualidade, condições de
Clientes
produtos/serviços e seu consumo ou utilização pagamento e satisfação de necessidades
57
CESPE (2013)
58
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração, 9ª edição. Barueri, Manole: 2014. P.348
59
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração, 9ª edição. Barueri, Manole: 2014. P.349
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso!
Gabarito: errada.
De acordo com a teoria do equilíbrio organizacional, a organização poderá existir mesmo que as
contribuições sejam insuficientes para proporcionar incentivos aos participantes.
Comentários:
Nada disso!
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Isso mesmo!
Perceba que a banca teve o cuidado de colocar a palavra “remuneração” (com aspas) no intuito de
indicar que essa “remuneração” (“pagamento”) pode ser tanto financeiro como não financeiro.
Gabarito: correta.
A Gestão de Pessoas no setor público deve observar o que a Lei determina. Ou seja, todas as
práticas de Recursos Humanos no setor público devem observar o que está previsto na Lei.
O que acontece, é que a legislação que regula as relações de trabalho tem um caráter
protecionista (protege o servidor) e inibidor do espírito empreendedor. Portanto, é uma Lei
inadequada que traz algumas dificuldades para a implementação das políticas e práticas de
Recursos Humanos no setor público.
Bresser Pereira conclui que “a inexistência tanto de uma política de remuneração adequada (dada
a restrição fiscal do Estado) como de uma estrutura de cargos e salários compatível com as
funções exercidas, e a rigidez excessiva do processo de contratação e demissão do servidor
(agravada a partir da criação do Regime Jurídico Único), tidas como as características marcantes do
mercado de trabalho do setor público, terminam por inibir o desenvolvimento de uma
administração pública moderna, com ênfase nos aspectos gerenciais e na busca de resultados.” 61
60
Parte baseado em BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. Plano Diretor da Reforma do Estado. Brasília, Presidência da República:
1995.
61
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. Plano Diretor da Reforma do Estado. Brasília, Presidência da República: 1995.
Pode-se dizer que as tendências da gestão de pessoas no setor público são as seguintes:
62
SCHIKMANN (2010) apud PORTO, Valéria. FONSECA, Diogo R. CAMÕES, Marizaura R. S. Estudos em Gestão de Pessoas no
Serviço Público. ENAP. Brasília, 2014.
- avaliações do perfil comportamental dos aprovados em concursos, para que eles sejam
melhor alocados em setores mais compatíveis com seus perfis.
c) rever a política remuneratória das carreiras de nível superior para recompor as perdas
acumuladas pela inflação e uniformizar os índices de reajustes.
e) estabelecer política de concursos públicos para constituir quadro de reserva que garanta a
existência de candidatos habilitados no período de vigência do concurso.
Comentários:
Letra A: correta. Isso mesmo! A assertiva trouxe 03 tendências de gestão de pessoas no setor
público, quais sejam:
Letra C: errada. Nada disso! A tendência é a correção de distorções salariais, através da Redução
dos “salários iniciais”, com o objetivo de aumentar a “amplitude salarial”, no intuito de aumentar
a “importância” das carreiras).
Letra E: errada. Nada disso. A tendência é que ocorra o planejamento para a realização
periódica/regular de concursos públicos, com avaliação periódica da necessidade de quadros.
Busca-se, assim, uma redução dos “cadastros reservas” em concursos públicos.
O gabarito é a letra A.
Comentários:
Gabarito: errada.
63
SCHIKMANN (2010) apud PORTO, Valéria. FONSECA, Diogo R. CAMÕES, Marizaura R. S. Estudos em Gestão de Pessoas no
Serviço Público. ENAP. Brasília, 2014.
Nesse cenário globalizado em que vivemos, cada vez mais competitivo, o foco das organizações
deve ser em suas atividades-fim (atividades primárias/principais). Ou seja, a organização deve
direcionar todos os seus esforços e toda a sua atenção para aquelas atividades que trazem
vantagens competitivas e geram valor aos clientes.
No mesmo sentido, Queiroz65 destaca que a terceirização “é uma técnica administrativa que
possibilita o estabelecimento de um processo gerenciado de transferência, a terceiros, das
atividades acessórias e de apoio ao escopo das empresas que é a sua atividade-fim, permitindo a
estas se concentrarem no seu negócio, ou seja, no objetivo final.”
Ou seja, a terceirização tem por objetivo conferir maior competitividade, qualidade e redução de
custos à organização.
Dentre as suas atividades principais (primárias) podem-se citar: fabricação de bolos, design de
bolos, venda de bolos. Portanto, funcionários como o “Chefe Confeiteiro”, o “Designer de Bolos” e
o “Vendedor”, devem ser contratados diretamente pela organização. Todos esses funcionários
estão relacionados às atividades-fim da organização, e podem trazem grandes vantagens
competitivas à organização.
64
SILVA (1997) apud PINTO, Márcia F. F. QUELHAS, Osvaldo L. G. Funcionários terceirizados: estudo da sua relevância para a
organização brasileira. Revista FAE, Curitiba, v.11, n.2, p.51-58, jul./dez. 2008.
65
QUEIROZ (1998) apud PINTO, Márcia F. F. QUELHAS, Osvaldo L. G. Funcionários terceirizados: estudo da sua relevância para a
organização brasileira. Revista FAE, Curitiba, v.11, n.2, p.51-58, jul./dez. 2008.
Dentre as atividades secundárias dessa fábrica de bolos podem-se citar: segurança, portaria e
limpeza. Portanto, os “seguranças”, os “porteiros” e os “faxineiros”, devem ser funcionários
“terceirizados”.
Para isso, a fábrica de bolos pode contratar uma empresa que forneça serviços de segurança,
portaria e limpeza, por exemplo. Assim, a fábrica de bolos contrata a “Empresa Terceirizados XYZ”,
e a “Empresa Terceirizados XYZ” passa a fornecer seguranças, porteiros e faxineiros para
desempenharem atividades na fábrica de bolos.
O que ocorre é que os funcionários “terceirizados” são legalmente vinculados à empresa que
fornece os serviços terceirizados (no nosso exemplo, são vinculados à “Empresa Terceirizados
XYZ”).
Em outras palavras, os funcionários terceirizados não fazem parte do quadro da empresa onde, de
fato, prestam os serviços (ou seja, não fazem parte do quadro de funcionários da fábrica de bolos);
mas sim pertencem ao quadro da empresa que fornece serviços de terceirização (por exemplo, a
“Empresa Terceirizados XYZ”).
À vista disso, muitas vezes, as organizações que contratam profissionais terceirizados acabam
dando um tratamento “diferente” para esses funcionários, quando comparado ao tratamento que
elas dão a seus funcionários “efetivos” (contratados “diretamente”).
Ou seja, as empresas acabam “deixando de lado” esses funcionários. Isto é, acabam não
valorizando esses funcionários. Em outras palavras, as empresas acabam “discriminando” os
profissionais terceirizados.
Então, o intuito da terceirização (que era “reduzir custos”) acaba não sendo alcançado. Afinal, os
funcionários terceirizados não estão produzindo conforme deveriam (por conta da desmotivação).
As empresas que contratam serviços terceirizados devem se atentar para a importância e para o
retorno positivo que uma boa “gestão de pessoal terceirizado” pode trazer à organização.
Conforme explica Pinto, “os terceirizados, apesar de não serem empregados, são pessoas e
profissionais que necessitam e requerem uma gestão que considerem fatores básicos de
motivação para que possam executar suas atividades dentro do padrão esperado e exigido, não
só pela empresa contratante, como pela empresa terceirizadora.”66
66
PINTO, Márcia F. F. QUELHAS, Osvaldo L. G. Funcionários terceirizados: estudo da sua relevância para a organização
brasileira. Revista FAE, Curitiba, v.11, n.2, p.51-58, jul./dez. 2008.
Nesse sentido, as empresas que contratam os serviços terceirizados devem determinar quais tipos
de práticas de gestão de pessoas devem implementar para obter um melhor resultado quanto à
produção e à qualidade dos serviços prestados pelos profissionais terceirizados.
Nesse sentido, dentre algumas práticas de gestão do pessoal terceirizado que podem ser adotadas
pelas empresas contratantes de serviços terceirizados podem-se citar:
- Avaliação Periódica
- Reconhecimento do Trabalho
- Treinamento
- Não discriminação
Comentários:
Nada disso! A responsabilidade pela “gestão do pessoal terceirizado” não é apenas da “empresa
contratada” (prestadora dos serviços terceirizados). Pelo contrário! Ambas as empresas (a
contratada e a contratante dos serviços terceirizados) são responsáveis pela “gestão do pessoal
terceirizado”.
Gabarito: errada.
De acordo com Chiavenato, a Auditoria de Recursos Humanos “é uma revisão sistemática e formal
desenhada para medir custos e benefícios do programa global de GP e comparar eficiência e
eficácia atual com o desempenho passado, com o desempenho em outras organizações
comparáveis e a contribuição para os objetivos da organização. Trata-se, na verdade de avaliar o
desempenho da GP na organização.”67
Mee, por sua vez, destaca que a auditoria de RH “é a análise das políticas e práticas de pessoal de
uma organização e a avaliação do funcionamento atual, bem como as sugestões para melhora”.68
67
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. p.460
68
MEE (1958) apud CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª
edição. Barueri, Manole: 2014. p.461
69
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. p.460
Conforme vimos, a auditoria de recursos humanos tem por objetivo avaliar o desempenho da
Gestão de Pessoas na organização. Para isso, ela se baseia na determinação de “padrões” de
quantidade, qualidade, tempo e custo.
Nesse sentido, alguns dos indicadores mais importantes que podem ser utilizados na Auditoria de
Recursos Humanos são os seguintes70:
- Custo da GP por funcionário: trata-se de dividir do custo total da área de GP pelo número
de funcionários da organização
- Custo dos benefícios por funcionário: trata-se de dividir o custo total do plano de
benefícios e serviços proporcionado pela organização pelo número total de funcionários.
Chiavenato explica que a auditoria pode ser aplicada a um desses processos, a alguns deles, ou a
todos eles. O ideal é que a avaliação ocorra em todos os processos de Gestão de pessoas. 71
70
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. pp.462-463
71
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. p.462
Além disso, para garantir que todos os aspectos da organização sejam criticamente avaliados, a
auditoria de recursos humanos deve contar com o apoio e a participação da alta cúpula da
organização (gestores de cúpula).
Dentre os benefícios que a Avaliação de Gestão de Pessoas pode trazer à organização podem-se
citar72:
No contexto da gestão de pessoas, como pode ser definida a auditoria de recursos humanos?
72
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. pp.473-474
e) É um sistema para angariar a adesão das pessoas para apoiarem a imagem corporativa dentro e
fora da empresa.
Comentários:
A auditoria de recursos humanos tem por objetivo avaliar o desempenho da Gestão de Pessoas na
organização. Para isso, ela se baseia na determinação de “padrões” de quantidade, qualidade,
tempo e custo.
O gabarito é a letra A.
A avaliação da função de gestão de pessoas é conhecida como auditoria de RH. Nela é feita uma
revisão sistemática e formal para avaliação de resultados frente a parâmetros e indicadores
diversos, tanto de processos isolados quanto da função como um todo.
Comentários:
A única alternativa que trouxe um indicador utilizado na avaliação da função de gestão de pessoas
(auditoria de recursos humanos) é a letra E (tempo médio de preenchimento de vagas).
O gabarito é a letra E.
RESUMO ESTRATÉGICO
Administração Taylor. O foco estava no trabalho e na produtividade. Os funcionários eram visto como “peças” (ou
Científica como máquinas) que deveriam trabalhar com o máximo de eficiência possível.
Foco nas pessoas. Aqueles conceitos da administração clássica (autoridade, racionalização do trabalho,
Escola das Relações
etc.), foram perdendo força e dando espaço para outros, como: liderança, motivação, organização
Humanas
informal, comunicação, etc.
Administração A globalização afetou fortemente a vida das organizações e deu início à Administração Estratégica de
Estratégica de Recursos Humanos. A Administração de Recursos Humanos passa a estar mais inserida na definição da
Recursos Humanos estratégia das empresas.
Teconhecimento de que o capital intelectual humano constitui um dos mais importantes fatores para
Gestão de Pessoas determinar o sucesso dos negócios de uma organização; portanto, as pessoas devem ser consideradas
(GP) pessoas (e não “recursos”). os funcionários devem ser tratados como “colaboradores” (patrimônio
intelectual) da empresa, e não como “recursos” (patrimônio físico).
As pessoas eram consideradas “peças” (extensões das máquinas), e meras fornecedoras de “mão
Departamentos de Pessoal de obra”.
(DP)
e Os Departamentos de Pessoal tinham por objetivo apenas fazer com que a organização
Departamentos de Relações cumprisse as exigências legais relacionadas ao emprego.
Industriais (DRI) Já os Departamentos de Relações Industriais assumem novos papéis, tais como o
Era da Industrialização relacionamento da organização com sindicatos e a “coordenação interna” da organização para
Clássica (1900 a 1950) enfrentar problemas relacionados aos sindicatos. Contudo, os DRIs continuavam realizando
atividades operacionais e “burocráticas”.
Administração de Recursos As pessoas passam a ser consideradas agentes passivos que devem ser administradas pela a
VIsão de Humanos (ARH) organização. São vistas como um “recurso” (patrimônio “físico”) a ser gerido pela administração,
Chiavenato com o objetivo de que a organização alcance seus objetivos. Os DRHs assumem novas funções
Era da Industrialização táticas, funcionando como órgãos prestadores de “serviços especializados” (recrutamento,
Neoclássica (1950 a 1990) treinamento, remuneração, avaliação, etc.).
As pessoas passam a ser consideradas agentes ativos e inteligentes que ajudam a organização a
administrar os demais recursos organizacionais. Além disso, as pessoas são vistas como
“talentos” que fornecem competências fundamentais para o sucesso organizacional.
Gestão de Pessoas (GP) As pessoas, agora, são consideradas “parceiras” da organização. São consideradas “patrimônio
Era da Informação (após intelectual” da organização.
1990) As práticas de Recursos Humanos passam a ser descentralizadas e desempenhadas pelos
gestores de linha (os quais passam a ser “gestores de pessoas”). Já as tarefas e atividades
operacionais e “burocráticas” (tarefas não essenciais) são transferidas para terceiros, ou seja, são
“terceirizadas” (processo denominado outsourcing).
Chiavenato traz algumas informações de cada uma dessas três eras 73:
73
Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. p.38
busca identificar quais são as competências necessárias ao alcance dos objetivos, com o
Modelo de Gestão de objetivo de desenvolver essas competências nos funcionários da organização, para que
os objetivos estratégicos sejam alcançados Os indivíduos são vistos como importantes
Pessoas como Gestão por fornecedores de conhecimentos, habilidades e atitudes (CHAs), que agregam valor e
Competências entregam resultados à organização, gerando vantagens competitivas à organização, as
quais são essenciais ao sucesso organizacional.
Evolução
Outros
Autores Fase Contábil foi a primeira fase. A preocupação central dessa fase era com os custos da
(antes de 1930) empresa. os funcionários eram vistos como “recursos” da organização.
Fase Legal a preocupação estava voltada para o acompanhamento e manutenção das recém-
(1930 a 1950) criadas leis trabalhistas. surge a figura do “chefe de pessoal”.
é a fase atual. Trata-se de uma fase marcada pela introdução dos primeiros
Fase Estratégica programas de planejamento estratégico de recursos humanos alinhados ao
(a partir de 1985) planejamento estratégico “central” das organizações. O Gerente de Recursos
Humanos passa a ser reconhecido como cargo de diretoria, de nível estratégico.
tem por objetivo estimular e criar condições para o desenvolvimento das pessoas
e da organização. Envolvem treinamento e capacitação, carreira e sucessão,
Dutra Desenvolvimento
avaliação de desempenho, conciliação de expectativas, escolha e
desenvolvimento de líderes e estruturação do processo decisório.
Processos de
Gestão de Manutenção envolve segurança e saúde, comunicação e relações com funcionários.
Pessoas
Trata-se da “etapa” final, que tem por objetivo manter funcionários motivados,
comprometidos e capazes de sustentar um desempenho elevado no trabalho, no
Manutenção
intuito de conduzir a organização para o sucesso. Relaciona-se a práticas como
recompensas, promoções, etc..
Vejamos75:
74 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri, Manole: 2014. p.19
75 ibid p.25
Objetivo dar assistência aos empregados na consecução de suas metas pessoais para que eles possam
pessoal ser mantidos e retidos, aumentando a contribuição do indivíduo para a organização
Todas essas mudanças trouxeram novos desafios aos profissionais de Gestão de Pessoas. Agora,
esses profissionais devem realizar, além de funções operacionais, papéis estratégicos na
organização. Ou seja, os papéis assumidos pelos profissionais de Gestão de Pessoas agora são mais
múltiplos e complexos.
Administração de
estratégias de recursos como a GP pode ajudar a impulsionar a estratégia organizacional.
humanos
Administração da
como a GP pode oferecer uma base de serviços à organização para ajudá-la a
Novos infraestrutura da
ser eficiente e eficaz
Papéis que empresa
impõem Administração da como a GP pode ajudar no envolvimento e no comprometimento dos
desafios contribuição dos funcionários, transformando-os em agentes empreendedores, parceiros e
funcionários fornecedores para a organização
Administração da
como a GP pode ajudar na criação de uma organização criativa, renovadora e
transformação e da inovadora
mudança
Vejamos76:
Administrativo Consultivo
76
Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição.
Barueri, Manole: 2014. p.41
As Políticas de Recursos Humanos são “regras”, princípios e diretrizes que têm por objetivo
orientar as ações e as decisões dos funcionários, evitando que eles tomem atitudes e decisões
“indesejadas”.
Cada organização deve desenvolver a sua própria política de RH, que seja adequada à sua filosofia
e às suas necessidades. As políticas variam em decorrência do contexto interno da organização e
do ambiente externo.
Clareza e as políticas devem ser claras e de fácil entendimento. Além disso, devem possuir
simplicidade clareza e simplicidade em suas definições
Área Estratégia de Organização que adota uma Organização que adota uma
Gestão de Pessoas Estratégia Conservadora e Defensiva Estratégia Prospectiva e Ofensiva
-Produção Eficiente -Inovação
-Ênfase no Controle -Flexibilidade
Fluxos de trabalho
-Descrições de cargos explícitas -Classes amplas de cargos
-Planejamento detalhado do cargo -Planejamento superficial do cargo
-Recrutamento interno -Recrutamento Externo
-Departamento de Recursos Humanos decide -Gerente decide sobre a seleção (descentralização)
Admissão sobre a seleção (centralização) -Adequação da pessoa à cultura organizacional
-Ênfase nas qualificações técnicas -Processo formal e informal de admissão e
-Processo formal de admissão e socialização socialização
-Demissões voluntárias -Dispensas/demissões
-“Congelamento” de admissões (Evita-se realizar -Recrutamento sempre que se fizer necessário
Desligamento de
admissões) -Não existe apoio para demitidos
Funcionários -Apoio continuado aos demitidos -Nenhum tratamento “preferencial” (ou seja, não
-Política de preferência por “readmissões” existe preferência por “readmissões”)
-Avaliações padronizadas -Avaliações customizadas
-Avaliação como forma de controle -Avaliação como forma de desenvolvimento
Avaliação de
-Foco estreito -Avaliação multiproposital
Desempenho -Dependência excessiva do superior (é o gestor -Múltiplas entradas para avaliação (o funcionário é
que, praticamente, sozinho avalia o funcionário) avaliado por diversos “atores” diferentes)
-Treinamento individual -Treinamento em equipe
-Treinamento no cargo -Treinamento externo e interno
Treinamento
-Treinamento específico -Treinamento genérico para flexibilidade
-Comprar habilidades -Construir habilidades
-Salário fixo -Salário variável
-Salário baseado no cargo -Salário baseado no indivíduo
Recompensas
-Salário baseado na antiguidade -Salário baseado no desempenho
-Decisões centralizadas sobre salário -Decisões descentralizadas sobre salário
77 Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri, Manole: 2014. p. 70
Relações de Trabalho
Foco no encarreiramento flexível, emprego a longo
Política de emprego Foco no cargo, emprego a curto prazo
prazo
Nível de educação e Nível de Educação Baixo, trabalho automatizado Nível de Educação Alto, trabalho enriquecido e
formação requerido e especializado intensivo em tecnologia
Relações empregador-
Independência Interdependência, confiança mútua
empregado
Relações com
Confronto baseado na divergência de interesses Diálogo, busca de convergência de interesses
sindicatos
Participação dos
empregados nas Baixa, decisões tomadas de cima para baixo Alta, decisões tomadas em grupo
decisões
Política de Recursos Humanos
Contrata para um cargo ou para um conjunto
Contratação Contrata para uma carreira longa na empresa
especializado de cargos
Treinamento Visa ao aumento do desempenho na função atual Visa preparar o empregado para futuras funções
Carreiras rígidas e especializadas, de pequeno Carreiras flexíveis, de longo alcance, com
Carreira
horizonte e amarradas na estrutura de cargos permeabilidade entre diferentes carreiras
Focada na estrutura de cargos, com alto grau de Focada na posição da carreira e no desempenho,
Salarial
diferenciação salarial entre eles com baixa diferenciação entre níveis
Foco nos incentivos grupais vinculados a resultados
Incentivos Uso de incentivos individuais
empresariais
O que se percebe é que as organizações modernas estão cada vez mais priorizando a adoção de
uma Estratégia de Comprometimento, no intuito de promover a motivação e o
comprometimento dos funcionários, com o objetivo de que esses funcionários gerem mais valor
para a organização e a organização detenha mais vantagens competitivas. Busca-se dar ênfase em
conceitos como Foco em Resultados, Gestão Participativa e Flexibilidade.
78
Fonte: ALBUQUERQUE (1999) apud FLEURY, M. T. L. (Coord.). As pessoas na organização. São Paulo, Gente: 2002.
Tipos de
Planejamento
Planejamento O foco está no planejamento de recursos humanos, buscando-se encontrar formas
Autônomo e
Estratégico de de como as práticas de Gestão de Pessoas podem agregar valor à organização.
Isolado
RH
Equilíbrio Organizacional
Em outras palavras, a Teoria defende a ideia de que o sucesso organizacional depende de uma
adequada relação de troca (relação de reciprocidade) entre a organização e seus participantes.
Contribuições
São realizadas pelos Incentivos
Participantes
São dados pela
Organização
Portanto, a organização irá manter seus “incentivos” na medida em que as contribuições forem
suficientes e adequadas à sua sobrevivência. Em outras palavras, a organização continuará
existindo somente enquanto as contribuições trazidas pelos participantes forem suficientes para
proporcionar incentivos em quantidade adequada para induzir os participantes a trazerem mais
contribuições.
aplicação indiscriminada do instituto da estabilidade para o conjunto dos servidores públicos civis
submetidos a regime de cargo público
institucionalização do Regime Jurídico Único, uniformizando o tratamento de todos os servidores da
administração direta e indireta
contratações limitadas ao concurso público: critérios rígidos de seleção e contratação de pessoal que
impedem o recrutamento direto no mercado, em detrimento do estímulo à competência
Dificuldades / concursos públicos realizados sem qualquer regularidade e sem avaliação periódica da necessidade de
Desafios quadros
Criação de incentivos para aumentar o desempenho dos servidores (Avalições de desempenho associadas
a gratificações)
Correção de distorções salariais (através da Redução dos “salários iniciais”, com o objetivo de aumentar a
“amplitude salarial”, no intuito de aumentar a “importância” das carreiras).
Instituição de programas de capacitação continuada, com o objetivo de desenvolver, nos servidores, as
competências necessárias ao desempenho de suas funções
avaliações do perfil comportamental dos aprovados em concursos, para que eles sejam melhor alocados
em setores mais compatíveis com seus perfis
Nesse cenário globalizado em que vivemos, cada vez mais competitivo, o foco das organizações
deve ser em suas atividades-fim (atividades primárias/principais). Ou seja, a organização deve
direcionar todos os seus esforços e toda a sua atenção para aquelas atividades que trazem
vantagens competitivas e geram valor aos clientes.
Dentre algumas práticas de gestão do pessoal terceirizado que podem ser adotadas pelas
empresas contratantes de serviços terceirizados podem-se citar:
- Avaliação Periódica
- Reconhecimento do Trabalho
- Treinamento
- Não discriminação
79
SILVA (1997) apud PINTO, Márcia F. F. QUELHAS, Osvaldo L. G. Funcionários terceirizados: estudo da sua relevância para a
organização brasileira. Revista FAE, Curitiba, v.11, n.2, p.51-58, jul./dez. 2008.
De acordo com Chiavenato, a Auditoria de Recursos Humanos “é uma revisão sistemática e formal
desenhada para medir custos e benefícios do programa global de GP e comparar eficiência e
eficácia atual com o desempenho passado, com o desempenho em outras organizações
comparáveis e a contribuição para os objetivos da organização. Trata-se, na verdade de avaliar o
desempenho da GP na organização.”80
Justificar a própria existência da GP, o orçamento de despesas de GP e o retorno da GP
Melhorar continuamente a função de GP, proporcionando meios para decidir quando adicionar ou
suprimir atividades, bem como alterar rumos e práticas
Objetivos
Proporcionar retroação (feedback) para os executivos de GP, executivos de linha e funcionários, sobre os
graus de eficácia da GP, importância e impacto no negócio da organização
Auxiliar a GP a proporcionar uma contribuição significativa para os objetivos da organização e para as
necessidades e expectativas dos diferentes stakeholders
Proporção do staff de GP
80
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. p.460
QUESTÕES COMENTADAS
1. (FGV – TCE-TO - Auditor de Controle Externo – Administração – 2022)
Para criar valor e gerar resultados em um contexto dinâmico, a área de RH precisa desempenhar
múltiplos papéis. Esses papéis derivam dos diferentes focos de atenção que a área e seus
profissionais precisam desenvolver, no que se refere à dimensão do horizonte de tempo
(curto/longo prazos) e à dimensão dos processos/pessoas. Assim, desenham-se quatro
diferentes papéis do RH, como proposto inicialmente por Dave Ulrich: administração da
infraestrutura da empresa, administração da contribuição dos funcionários, administração da
transformação e da mudança e administração das estratégias de recursos humanos.
Comentários:
Ulrich destaca que, para conseguir enfrentar os desafios, as “unidades de gestão de pessoas” ou os
“profissionais de recursos humanos” (também chamados de “parceiros empresariais”) assumem
04 papéis: 1
O gabarito é a letra E.
O CEO de uma empresa de capital aberto informa que, em vistas das mudanças causadas pela
pandemia no mercado, a companhia adotará uma estratégia conservadora e defensiva. Sendo
assim, com base na estratégia escolhida, espera-se que a gestão de pessoas adote as seguintes
medidas:
Comentários:
1
ULRICH (2000) apud Cançado, Vera L. Coutinho, Paulo Trajano. Almeida, Maria das Graças Reggiani. Sant'anna, Anderson de
Souza. Novos papéis de Recursos Humanos: Velhas fórmulas em novas embalagens?. ANPAD, 2005. Disponível em:
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2005-gpra-0467.pdf
Vejamos2:
Área Estratégia de Organização que adota uma Organização que adota uma
Gestão de Pessoas Estratégia Conservadora e Defensiva Estratégia Prospectiva e Ofensiva
-Produção Eficiente -Inovação
-Ênfase no Controle -Flexibilidade
Fluxos de trabalho
-Descrições de cargos explícitas -Classes amplas de cargos
-Planejamento detalhado do cargo -Planejamento superficial do cargo
-Recrutamento interno -Recrutamento Externo
-Departamento de Recursos Humanos decide -Gerente decide sobre a seleção (descentralização)
Admissão sobre a seleção (centralização) -Adequação da pessoa à cultura organizacional
-Ênfase nas qualificações técnicas -Processo formal e informal de admissão e
-Processo formal de admissão e socialização socialização
-Demissões voluntárias -Dispensas/demissões
-“Congelamento” de admissões (Evita-se realizar -Recrutamento sempre que se fizer necessário
Desligamento de
admissões) -Não existe apoio para demitidos
Funcionários -Apoio continuado aos demitidos -Nenhum tratamento “preferencial” (ou seja, não
-Política de preferência por “readmissões” existe preferência por “readmissões”)
-Avaliações padronizadas -Avaliações customizadas
-Avaliação como forma de controle -Avaliação como forma de desenvolvimento
Avaliação de
-Foco estreito -Avaliação multiproposital
Desempenho -Dependência excessiva do superior (é o gestor -Múltiplas entradas para avaliação (o funcionário é
que, praticamente, sozinho avalia o funcionário) avaliado por diversos “atores” diferentes)
-Treinamento individual -Treinamento em equipe
-Treinamento no cargo -Treinamento externo e interno
Treinamento
-Treinamento específico -Treinamento genérico para flexibilidade
-Comprar habilidades -Construir habilidades
-Salário fixo -Salário variável
-Salário baseado no cargo -Salário baseado no indivíduo
Recompensas
-Salário baseado na antiguidade -Salário baseado no desempenho
-Decisões centralizadas sobre salário -Decisões descentralizadas sobre salário
O gabarito é a letra A.
2
Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição.
Barueri, Manole: 2014. p. 70
Comentários:
Letra A: errada. Nada disso! O que se busca é proporcionar a integração interdepartamental (entre
departamentos).
Letra B: correta. Isso mesmo! A divisão de responsabilidades tem por objetivo promover a
administração participativa e a visão estratégicas (que são características da moderna gestão de
pessoas)
Letra C: errada. Pelo contrário. O que se busca é “descentralizar” as atividades de Gestão de
Pessoas (e não “especializá-las”).
Letra D: errada. Nada disso! O que se busca é “descentralizar” as atividades de Gestão de Pessoas
(e não focalizá-las em um “único conjunto integrado”).
Letra E: errada. Nada disso! A busca é pela descentralização das atividades para diversos setores
da organização (e não “delimitação” da área de RH).
O gabarito é a letra B.
c) competitividade externa;
e) salário variável.
Comentários:
Vejamos3:
Área Estratégia de Organização que adota uma Organização que adota uma
Gestão de Pessoas Estratégia Conservadora e Defensiva Estratégia Prospectiva e Ofensiva
-Produção Eficiente -Inovação
-Ênfase no Controle -Flexibilidade
Fluxos de trabalho
-Descrições de cargos explícitas -Classes amplas de cargos
-Planejamento detalhado do cargo -Planejamento superficial do cargo
-Recrutamento interno -Recrutamento Externo
-Departamento de Recursos Humanos decide -Gerente decide sobre a seleção (descentralização)
Admissão sobre a seleção (centralização) -Adequação da pessoa à cultura organizacional
-Ênfase nas qualificações técnicas -Processo formal e informal de admissão e
-Processo formal de admissão e socialização socialização
-Demissões voluntárias -Dispensas/demissões
-“Congelamento” de admissões (Evita-se realizar -Recrutamento sempre que se fizer necessário
Desligamento de
admissões) -Não existe apoio para demitidos
Funcionários -Apoio continuado aos demitidos -Nenhum tratamento “preferencial” (ou seja, não
-Política de preferência por “readmissões” existe preferência por “readmissões”)
-Avaliações padronizadas -Avaliações customizadas
-Avaliação como forma de controle -Avaliação como forma de desenvolvimento
Avaliação de
-Foco estreito -Avaliação multiproposital
Desempenho -Dependência excessiva do superior (é o gestor -Múltiplas entradas para avaliação (o funcionário é
que, praticamente, sozinho avalia o funcionário) avaliado por diversos “atores” diferentes)
-Treinamento individual -Treinamento em equipe
-Treinamento no cargo -Treinamento externo e interno
Treinamento
-Treinamento específico -Treinamento genérico para flexibilidade
-Comprar habilidades -Construir habilidades
-Salário fixo -Salário variável
-Salário baseado no cargo -Salário baseado no indivíduo
Recompensas
-Salário baseado na antiguidade -Salário baseado no desempenho
-Decisões centralizadas sobre salário -Decisões descentralizadas sobre salário
O gabarito é a letra A.
3
Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição.
Barueri, Manole: 2014. p. 70
Comentários: Vejamos4:
Área Estratégia de Organização que adota uma Organização que adota uma
Gestão de Pessoas Estratégia Conservadora e Defensiva Estratégia Prospectiva e Ofensiva
-Produção Eficiente -Inovação
-Ênfase no Controle -Flexibilidade
Fluxos de trabalho -Descrições de cargos explícitas -Classes amplas de cargos
-Planejamento detalhado do cargo -Planejamento superficial do cargo
-Recrutamento interno -Recrutamento Externo
-Departamento de Recursos Humanos decide sobre a -Gerente decide sobre a seleção (descentralização)
Admissão seleção (centralização) -Adequação da pessoa à cultura organizacional
-Ênfase nas qualificações técnicas -Processo formal e informal de admissão e socialização
-Processo formal de admissão e socialização
-Demissões voluntárias -Dispensas/demissões
-“Congelamento” de admissões (Evita-se realizar -Recrutamento sempre que se fizer necessário
Desligamento de
admissões) -Não existe apoio para demitidos
Funcionários -Apoio continuado aos demitidos -Nenhum tratamento “preferencial” (ou seja, não existe
-Política de preferência por “readmissões” preferência por “readmissões”)
-Avaliações padronizadas -Avaliações customizadas
-Avaliação como forma de controle -Avaliação como forma de desenvolvimento
Avaliação de
-Foco estreito -Avaliação multiproposital
Desempenho -Dependência excessiva do superior (é o gestor que, -Múltiplas entradas para avaliação (o funcionário é
praticamente, sozinho avalia o funcionário) avaliado por diversos “atores” diferentes)
-Treinamento individual -Treinamento em equipe
-Treinamento no cargo -Treinamento externo e interno
Treinamento -Treinamento específico -Treinamento genérico para flexibilidade
-Comprar habilidades -Construir habilidades
-Salário fixo -Salário variável
-Salário baseado no cargo -Salário baseado no indivíduo
Recompensas -Salário baseado na antiguidade -Salário baseado no desempenho
-Decisões centralizadas sobre salário -Decisões descentralizadas sobre salário
O gabarito é a letra E.
4 Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri, Manole: 2014. p. 70
a) Subsistema de desenvolvimento.
b) Subsistema de controle.
c) Subsistema de manutenção.
d) Subsistema de alocação.
Comentários:
Portanto, a única assertiva que não traz um dos subsistemas é a letra D (alocação).
O gabarito é a letra D.
Uma empresa pública que opera em ambiente estável adota estratégia conservadora e
defensiva.
Nesse contexto, a estratégia de recursos humanos relativa às recompensas deve estar voltada
para:
Comentários:
O gabarito é a letra C.
A avaliação da função de gestão de pessoas é conhecida como auditoria de RH. Nela é feita uma
revisão sistemática e formal para avaliação de resultados frente a parâmetros e indicadores
diversos, tanto de processos isolados quanto da função como um todo.
Comentários:
A única alternativa que trouxe um indicador utilizado na avaliação da função de gestão de pessoas
(auditoria de recursos humanos) é a letra E (tempo médio de preenchimento de vagas).
O gabarito é a letra E.
Comentários:
O gabarito é a letra C.
Comentários:
Sobral e Peci explicam que a Administração de Recursos humanos tem 03 objetivos centrais5:
Gabarito: correta.
5 SOBRAL, Filipe, PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro / São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. p.330
Comentários:
Nada disso!
Gabarito: errada.
Comentários:
O que acontece é que diversas organizações utilizam a palavra “talento” como sinônimo de “toda a
sua força de trabalho”, ou seja, utilizam o termo talento parasse referir a todos os seus
funcionários.
6
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª edição. Barueri,
Manole: 2014. p.72
Contudo, outras empresas buscam identificar e “definir” o que seria um “talento”, com o objetivo
de valorizar os talentos de sua equipe. Nesse sentido, Sarsur et al. (2003) observam que a
utilização do termo “talento” é frequentemente associada à figura de pessoas extraordinárias,
propagando a ideia de que tais indivíduos constituem uma minoria, uma “elite”. Alinhada a essa
ideia, Almeida (2004, p. 16) sustenta que "o termo talento se refere, com frequência, à pessoa que
traz em sua bagagem um conjunto privilegiado de competências, isto é, conhecimentos,
habilidades e atitudes que a diferencia de outras". Dessa forma, nem todos podem ser
considerados talentos.7
Portanto, a assertiva se baseou exatamente nessa ideia de que “por definição, nem todos os
trabalhadores podem ser designados como talentos”.
Gabarito: correta.
Assinale a opção que apresenta o processo de gestão de pessoas que se fundamenta na criação
de condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades nas organizações.
a) agregar pessoas
b) recompensar pessoas
c) desenvolver pessoas
d) manter pessoas
E) monitorar pessoas
Comentários:
É o processo de manter pessoas que é utilizado para criar condições ambientais e psicológicas
satisfatórias para as atividades das pessoas.
O gabarito é a letra D.
Em cada uma das opções a seguir são apresentadas duas atividades típicas da área de gestão de
pessoas. Assinale a opção em que a primeira atividade é de desenvolvimento e a segunda, de
monitoração.
7
Extraído de https://www.scielo.br/j/read/a/G5p4nYMVY4jJwKGKb5LvsTP/?lang=pt
Comentários:
A única assertiva que traz uma atividade do processo de desenvolvimento, e uma atividade do
processo de monitoração, é a letra A.
O gabarito é a letra A.
Comentários:
Perceba que a questão está exigindo do aluno a diferenciação entre os termos “Administração de
Recursos Humanos” e “Gestão de Pessoas”.
Nesse sentido, a assertiva está errada. Isso, pois, no âmbito da gestão de pessoas, os empregados
das organizações são considerados “parceiros” (“colaboradores”) da organização e constituem o
patrimônio intelectual da organização.
Gabarito: errada.
Toda organização necessita de capital intelectual, embora seu capital econômico seja
totalmente independente desse recurso.
Comentários:
De fato, toda organização necessita de capital intelectual (ou seja, de pessoas). Contudo, está
errado dizer que o capital econômico é totalmente “independente” do capital intelectual.
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
O planejamento estratégico é aquele voltado para o longo prazo (10 anos pode ser considerado
longo prazo).
Nesse sentido, definir quais competências serão requeridas de um servidor que exercerá
atribuições em um órgão pelos próximos 10 anos, de fato, é uma atividade que deve compor o
pensamento estratégico do gestor de recursos humanos desse órgão.
Gabarito: correta.
Comentários:
Isso mesmo!
Aprofundando: as mudanças reativas são aquelas que ocorrem “após” determinado evento (ou
seja, elas ocorrem como reação a determinado acontecimento, com o objetivo de adaptar a
organização a esse acontecimento). As mudanças proativas, por sua vez, são aquelas que ocorrem
“antes” de determinado evento (ou seja, elas ocorrem com o objetivo de “preparar” a organização
para determinado acontecimento “futuro”).
Gabarito: correta.
Comentários:
Para responder essa questão, o aluno deveria saber que, de acordo com Fleury 8, competência é
um “saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir
conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor
social ao indivíduo”.
A primeira parte da assertiva está correta. De fato, um dos desafios da gestão de pessoas é o
gerenciamento do capital humano.
Contudo, a segunda parte da assertiva está errada. Isso, pois, o “valor social” está relacionado ao
indivíduo. É o “valor econômico” que está relacionado à organização.
8
FLEURY, Maria Tereza Leme. FLEURY, Afonso. Construindo o Conceito de Competência. RAC, Edição Especial, 2001.
Gabarito: errada.
Por ser uma atividade estratégica das organizações, a gestão de pessoas deve ser de
responsabilidade exclusiva do órgão de administração de recursos humanos.
Comentários:
Nada disso! A tendência é a descentralização das atividades de gestão de pessoas aos “gerentes
de linha”.
Gabarito: errada.
No âmbito da gestão de pessoas, os funcionários de uma organização são vistos como talentos
fornecedores de competências fundamentais para o sucesso da organização em questão.
Comentários:
Perceba que a questão está exigindo do aluno o conceito do termo contemporâneo “Gestão de
Pessoas”.
De fato, no âmbito da “gestão de pessoas”, os indivíduos são vistos como “talentos” que fornecem
competências fundamentais para o sucesso organizacional.
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso!
Gabarito: errada.
É recomendado que os órgãos responsáveis pela gestão de pessoas implementem políticas para
aumentar a qualidade de vida no trabalho e garantir que as condições de trabalho sejam
excelentes para os empregados.
Comentários:
Isso mesmo!
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Isso mesmo!
Dada a dificuldade de estabelecer gratificações por desempenho, e o fato de que a amplitude das
carreiras (distância percentual entre a menor e a maior remuneração) é relativamente baixa, os
administradores públicos ficam sem instrumentos para motivar seus funcionários.
Gabarito: correta.
As unidades de gestão de pessoas contribuem para o futuro e para o presente das organizações
ao atuarem, em relação às pessoas e aos processos de trabalho, no desempenho dos papéis de
parceiros estratégicos, agentes de mudança, defensores dos funcionários e especialistas
administrativos.
Comentários:
Isso mesmo!
Perceba que a assertiva se baseou nos 04 papéis assumidos pelas unidades de gestão de pessoas
(profissionais de recursos humanos), de Ulrich. Quais sejam: Parceiro Estratégico; Especialista
Administrativo; Agente de Mudanças e; Defensor dos Funcionários.
Gabarito: correta.
A partir do início do século XXI, o propósito da gestão de pessoas nas organizações tem sido
centrado em administrar as pessoas como recursos organizacionais sujeitos a regras e
regulamentos.
Comentários:
Nada disso!
Gabarito: errada.
A área de recursos humanos (RH) deve articular-se com as demais áreas da organização para a
elaboração de planos estratégicos.
Comentários:
Isso mesmo!
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso!
Gabarito: errada.
Comentários:
Isso mesmo! Veja que a banca busca que o aluno conheça a diferença entre ARH e GP.
Por sua vez, a Gestão de Pessoas busca a descentralização das atividades de gestão de pessoas aos
demais gestores (gestores de linha). A GP vê os indivíduos como “talentos” (parceiros /
patrimônio intelectual) que fornecem competências fundamentais para o sucesso organizacional.
Gabarito: correta.
Comentários:
Isso mesmo! A Gestão de Pessoas é um conjunto de políticas e práticas, que busca conciliar as
expectativas entre a organização e as pessoas, bem como orientar o comportamento dos
indivíduos, com o objetivo de que as pessoas colaborem de maneira eficaz com a organização, para
gerar vantagens competitivas, e para que os objetivos organizacionais e individuais sejam
alcançados.
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso!
Em outras palavras, a Teoria defende a ideia de que o sucesso organizacional depende de uma
adequada relação de troca (relação de reciprocidade) entre a organização e seus participantes.
Gabarito: errada.
Comentários:
Isso mesmo!
Gabarito: correta.
Comentários:
Isso mesmo!
Gabarito: correta.
Comentários:
Isso mesmo!
Gabarito: correta.
Comentários:
Gabarito: correta.
A gestão de pessoas pode ser conceituada como uma estratégia de levar as pessoas a
contribuírem para o aumento da competitividade e a capacidade de aprendizagem nas
organizações.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso! Essas características estão relacionadas à visão “moderna” (visão atual) de gestão de
pessoas (e não à visão “tradicional”/”antiga”, conforme afirmou a assertiva).
Gabarito: errada.
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Isso mesmo! O órgão de gestão de pessoas tem dentre seus objetivos auxiliar o Gestor de Linha a
desempenhar suas funções de “planejar, organizar, dirigir e controlar”.
Gabarito: correta.
Comentários:
De fato, os processos, políticas e práticas de gestão de pessoas servem de base para a tomada de
decisões sobre o desenvolvimento das pessoas na organização, com o objetivo de contribuir para o
alcance da estratégia organizacional.
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso!
Atualmente, a área de gestão de pessoas já reconhece sim o capital humano como um patrimônio
intelectual fornecedor de competências fundamentais para o alcance do sucesso organizacional.
Gabarito: errada.
Comentários:
Nada disso!
Gabarito: errada.
Comentários:
Isso mesmo! A Gestão de Pessoas (de agora) está relacionada a aspectos como mudança cultural,
inovação, extroversão, visão estratégia, ênfase na eficácia organizacional, e uma visão voltada para
o futuro.
Gabarito: correta.
a) I e II .
b) I e IV.
c) II e III .
d) I; II e IV.
e) III e IV.
Comentários:
A primeira assertiva está correta. De fato, a função de staff (desempenhada pelo órgão de Gestão
de Pessoas), envolve a consultoria interna e assessoria.
A segunda assertiva está correta. De fato, a responsabilidade de linha é atribuída a cada gestor em
relação a seus subordinados.
A terceira assertiva está errada. Nada disso! A função de staff (órgão de gestão de pessoas),
funciona como uma espécie de “assessoria interna”, buscando manter uma relativa
“uniformidade” e “consistência” nas relações entre os gerentes de linha e os subordinados.
A quarta assertiva está errada. É a função de staff que tem natureza normativa, prescrevendo
procedimentos uniformes.
A responsabilidade de linha, por sua vez, tem natureza operacional, ligada a medidas concretas.
O gabarito é a letra A.
Comentários:
Os novos papéis que impõe desafios à área de Gestão de Pessoas são os seguintes:
O gabarito é a letra D.
Comentários:
O gabarito é a letra D.
d) consistente no treinamento e capacitação que cada autoridade (gestor) deve receber para
gerir sua equipe.
Comentários:
O gabarito é a letra C.
Vários termos são utilizados para definir as pessoas que trabalham nas organizações. Quando
são denominadas de recursos humanos, são considerados
d) fornecedores de competências.
Comentários:
O gabarito é a letra A.
a) recursos da organização.
d) prevísiveis e flexíveis.
e) dependentes da organização.
Comentários:
Na Era da Informação as pessoas passam a ser consideradas agentes ativos e inteligentes que
ajudam a organização a administrar os demais recursos organizacionais. As pessoas são vistas
como “talentos” que fornecem competências fundamentais para o sucesso organizacional.
O gabarito é a letra B.
LISTA DE QUESTÕES
1. (FGV – TCE-TO - Auditor de Controle Externo – Administração – 2022)
Para criar valor e gerar resultados em um contexto dinâmico, a área de RH precisa desempenhar
múltiplos papéis. Esses papéis derivam dos diferentes focos de atenção que a área e seus
profissionais precisam desenvolver, no que se refere à dimensão do horizonte de tempo
(curto/longo prazos) e à dimensão dos processos/pessoas. Assim, desenham-se quatro
diferentes papéis do RH, como proposto inicialmente por Dave Ulrich: administração da
infraestrutura da empresa, administração da contribuição dos funcionários, administração da
transformação e da mudança e administração das estratégias de recursos humanos.
O CEO de uma empresa de capital aberto informa que, em vistas das mudanças causadas pela
pandemia no mercado, a companhia adotará uma estratégia conservadora e defensiva. Sendo
assim, com base na estratégia escolhida, espera-se que a gestão de pessoas adote as seguintes
medidas:
c) competitividade externa;
e) salário variável.
a) Subsistema de desenvolvimento.
b) Subsistema de controle.
c) Subsistema de manutenção.
d) Subsistema de alocação.
e) Subsistema de suprimento.
Uma empresa pública que opera em ambiente estável adota estratégia conservadora e
defensiva.
Nesse contexto, a estratégia de recursos humanos relativa às recompensas deve estar voltada
para:
A avaliação da função de gestão de pessoas é conhecida como auditoria de RH. Nela é feita uma
revisão sistemática e formal para avaliação de resultados frente a parâmetros e indicadores
diversos, tanto de processos isolados quanto da função como um todo.
Assinale a opção que apresenta o processo de gestão de pessoas que se fundamenta na criação
de condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades nas organizações.
a) agregar pessoas
b) recompensar pessoas
c) desenvolver pessoas
d) manter pessoas
E) monitorar pessoas
Em cada uma das opções a seguir são apresentadas duas atividades típicas da área de gestão de
pessoas. Assinale a opção em que a primeira atividade é de desenvolvimento e a segunda, de
monitoração.
Toda organização necessita de capital intelectual, embora seu capital econômico seja
totalmente independente desse recurso.
Por ser uma atividade estratégica das organizações, a gestão de pessoas deve ser de
responsabilidade exclusiva do órgão de administração de recursos humanos.
No âmbito da gestão de pessoas, os funcionários de uma organização são vistos como talentos
fornecedores de competências fundamentais para o sucesso da organização em questão.
É recomendado que os órgãos responsáveis pela gestão de pessoas implementem políticas para
aumentar a qualidade de vida no trabalho e garantir que as condições de trabalho sejam
excelentes para os empregados.
As unidades de gestão de pessoas contribuem para o futuro e para o presente das organizações
ao atuarem, em relação às pessoas e aos processos de trabalho, no desempenho dos papéis de
parceiros estratégicos, agentes de mudança, defensores dos funcionários e especialistas
administrativos.
A partir do início do século XXI, o propósito da gestão de pessoas nas organizações tem sido
centrado em administrar as pessoas como recursos organizacionais sujeitos a regras e
regulamentos.
A área de recursos humanos (RH) deve articular-se com as demais áreas da organização para a
elaboração de planos estratégicos.
A gestão de pessoas pode ser conceituada como uma estratégia de levar as pessoas a
contribuírem para o aumento da competitividade e a capacidade de aprendizagem nas
organizações.
a) I e II .
b) I e IV.
c) II e III .
d) I; II e IV.
e) III e IV.
d) consistente no treinamento e capacitação que cada autoridade (gestor) deve receber para
gerir sua equipe.
Vários termos são utilizados para definir as pessoas que trabalham nas organizações. Quando
são denominadas de recursos humanos, são considerados
d) fornecedores de competências.
a) recursos da organização.
d) prevísiveis e flexíveis.
e) dependentes da organização.
GABARITO
1. Letra E 18. CORRETA 35. CORRETA
2. Letra A 19. CORRETA 36. CORRETA
3. Letra B 20. ERRADA 37. CORRETA
4. Letra A 21. ERRADA 38. CORRETA
5. Letra E 22. CORRETA 39. ERRADA
6. Letra D 23. ERRADA 40. CORRETA
7. Letra C 24. CORRETA 41. CORRETA
8. Letra E 25. CORRETA 42. CORRETA
9. Letra C 26. CORRETA 43. ERRADA
10. CORRETA 27. CORRETA 44. ERRADA
11. ERRADA 28. ERRADA 45. CORRETA
12. CORRETA 29. CORRETA 46. Letra A
13. Letra D 30. ERRADA 47. Letra D
14. Letra A 31. CORRETA 48. Letra D
15. ERRADA 32. CORRETA 49. Letra C
16. ERRADA 33. ERRADA 50. Letra A
17. CORRETA 34. CORRETA 51. Letra B
Referências Bibliográficas
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. Plano Diretor da Reforma do Estado. Brasília, Presidência da República:
1995.
Cançado, Vera L. Coutinho, Paulo Trajano. Almeida, Maria das Graças Reggiani. Sant'anna, Anderson de
Souza. Novos papéis de Recursos Humanos: Velhas fórmulas em novas embalagens?. ANPAD, 2005.
Disponível em: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2005-gpra-0467.pdf
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª
edição. Barueri, Manole: 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração, 9ª edição. Barueri, Manole: 2014.
DECENZO, David A. ROBBINS, Stephen P. Administração de Recursos Humanos. Rio de Janeiro, LTC: 2001.
DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: Modelo, Processos, Tendências e Perspectivas. 2ª edição. São
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FLEURY, Maria Tereza Leme. FLEURY, Afonso. Construindo o Conceito de Competência. RAC, Edição
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GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis estratégicos, 2ª edição. São Paulo, Atlas:
2019.
Leonardo, Jefferson M. A. A guerra do sucesso pelos talentos Humanos. Universidade Federal de Santa
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MARRAS, jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. 15ª edição.
São Paulo, Saraiva: 2016.
PINTO, Márcia F. F. QUELHAS, Osvaldo L. G. Funcionários terceirizados: estudo da sua relevância para a
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Prentice Hall, 2008.
VILAS BOAS, Ana Alice. ANDRADE, Rui Otávio Bernardes. Gestão estratégica de pessoas. Rio de Janeiro,
Elsevier: 2009.