Apresentação AAEF-v2

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE APARELHOS DE APOIO

ELASTOMÉRICO EM PONTES E VIADUTOS FERROVIÁRIOS


UTILIZANDO DADOS DE INSPEÇÃO VISUAL

Vinicius Ippolito
MRS Logística S.A / Gerência de Engenharia de Infraestrutura

Flávio Alexandre dos Reis


MRS Logística S.A / Gerência de Engenharia de Infraestrutura

Rafael Leite de Queiroz


MRS Logística S.A / Gerência de Engenharia de Infraestrutura

Diego Leonardo Rosa


MRS Logística S.A / Gerência de Engenharia de Infraestrutura

José Fernando Rodrigues


Procert Engenharia
Pontes e Viadutos:

Suporte para vias de transporte


Frequência e Intensidade de Demanda
Estruturas de grande
importância e são Manutenção
Com o avanço e
frequentes em modernização das
ferrovias Gerando aumento da
Ferrovias, a necessidade de
frequência e as inspeção e
cargas transportadas manutenção dos
aumentaram componentes
consideravelmente estruturais de forma
eficiente e assertiva
EFICIÊNCIA DISTRIBUIÇÃO
Apresenta boa deformabilidade. Distribui os esforços horizontais de
maneira uniforme, em estruturas
isostáticas.

QUAL O MOTIVO DA ESCOLHA ?

Necessita de manutenção O valor é menor


simplificada

MANUTENÇÃO MENOR CUSTO


Objetivos:

Avaliar o desempenho de AAEF em pontes e


viadutos ferroviários por meio de inspeção visual
• Dados de inspeção visual

Compreender os limites de deformação e modos


de falha comuns a AAEF
• Limites de deformação
Justificativas:

Avaliação normativa
Os AAEF estão com mais
baseada em critérios
de 40 anos de utilização e
subjetivos e que não
necessitam de avaliações
fornecem subsídios
precisas
suficientes para priorização
Parâmetros Avaliação:

Modelo Deformações e
Estrutural Material Geometria Danos Existentes
• Sistema Estrutural • Dureza • Dimensões • Medidas
• Ações e Carregamentos: • Módulo de • Fator de Forma (Quantitativo)
Cargas Móveis, Ações cisalhamento • Classificação
Térmicas, Retração e • Aço (Qualitativo)
Fluência • Criticidade
Modos de Falha:
Quando ocorre falha num aparelho de apoio,
existe a possibilidade de falha no sistema
como um todo, independentemente do tipo
Compressão de aparelho de apoio
Quando são aplicados esforços de
compressão sobre os aparelhos de apoio,
as camadas de elastômero tendem a escoar
pelas laterais em forma abaulada,
iniciando as falhas por compressão, efeito
Rotação
conhecido como bulging O aparelho de apoio sofre deformações
também por efeito de rotação, ocorrendo
principalmente, em grandes vão, pela
própria rotação da viga
Cisalhamento
Quando são aplicados esforços
horizontais sobre os aparelhos de
apoio, o componente tende a se
deformar, distorcendo em
cisalhamento, os efeitos de
cisalhamento são absorvidos pela
altura das camadas de elâstomero
Modos de Falha para AAEF sem aderência a Estrutura:
Modos de Falha para AAEF com aderência a Estrutura :
Limites de Deformação - Compressão:
Versões recentes da AASHTO (AASHTO LRFD, 2020) atribuem o controle
de deformabilidade através de equações e gráficos que relacionam as
propriedades dos materiais (dureza e módulo de cisalhamento), fator de
forma e níveis de tensão aplicáveis, estas mesmas diretrizes de controle para
deformação do controle de deformabilidade por compressão pode ser
encontrado em (Muscarella & Yura, 1995), (Roeder & Stanton, 1983) e em
(Arditzoglou, et al., 1995). Entende-se que valores seguros para controlar a
deflexão vertical em aparelhos de apoio elastoméricos devem estar entre 10
e 15% da altura total as camadas de elastômeros.

O código norte-americano para obras ferroviárias AREMA - American


Railway Engineering and Maintenance-of-Way Association - orienta que a
máxima deformação por compressão não deve exceder 7% da altura total
das camadas de elastômero, seguindo diretrizes da norma ASTM D575,
além disso, (AREMA, 2010). recomenda limitar as tensões de compressão
em 8MPa
Limites de Deformação - Cisalhamento:
Em sua publicação original, de 1959, a Dupont recomendou que a distorção por cisalhamento não deveria exceder 50% da
altura total das camadas de borracha. Todavia, apontava que não havia dados técnicos para embasar esta recomendação, uma
vez que alguns pesquisadores deformaram AAEF em 100% e não observaram danos. contudo, no mesmo documento, é
recomendado a prudência de não extrapolar a distorção em 100%, valores de controle entre 50 e 70% foram considerados
seguros. Porém, a recomendação final é limitar a distorção em 50% da altura total das camadas de elastômero (E.I. DuPont
de Nemours and Company, 1959).

O valor de 50% da altura total das camadas de borracha foi tomado como limite de controle pelos códigos da AASHTO e
AREMA

(Muscarella & Yura, 1995) realizaram ensaios com ciclos de carregamento representando 55 anos de serviço para AAEF a
uma distorção de 50% e constaram danos aos aparelhos de apoio ocasionados por fadiga
Recomendações baseadas na Experiência em OAEs ferroviárias:

Durante a inspeção de pontes existentes, podem ser identificadas distorções importantes. Para avaliar essas
distorções é necessário entender o comportamento estrutural desses dispositivos quando submetidos a impactos
(cargas aplicadas de maneira súbita), variações térmicas e efeitos intrínsecos aos materiais estruturais como por
exemplo os efeitos de relaxação e fluência.

O módulo de cisalhamento ( ) é normalmente o valor de referência para avaliar o comportamento de AAEF

Para cargas que induzem maiores impactos, ou seja, aplicadas em tempos mais curtos, os valores para o módulo
de cisalhamento é considerado entre 1,5 e 2,0 , sendo o módulo de cisalhamento estático

Isso é particularmente importante na avaliação do comportamento estrutural de pontes ferroviárias onde são
utilizados modelos numéricos calibrados com características dinâmicas determinadas em ensaios de
monitoração
Recomendações baseadas na Experiência em OAEs ferroviárias Instrumentação Realizada
em AAEF:
Séries temporais de
deslocamentos relativos
medidos em AAEF durante
passagem de um trem
carregado a 59 km/h

Δx = ≅1,75mm

Baixo deslocamento sobre


influência da carga móvel, o
que pode justificar não
ocorrer danos por fadiga após
anos de operação.

Efeitos de distorção em AAEF instalados em estruturas ferroviárias ocorrem na Porém, os efeitos


entrada da composição e num curto intervalo de tempo, portanto, a consideração permanentes, principalmente
do módulo de cisalhamento dinâmico é em geral necessária para a calibração dos fluência e retração são as
maiores ações.
modelos numéricos, que em projeto normalmente consideram o módulo de
cisalhamento estático
Observações em Inspeções:

ESFORÇOS HORIZONTAIS
EXISTENTES POR RETRAÇÃO
Considerações Finais:
Recomenda-se que os valores de referência limites de 7% da altura total das camadas de elastômero para deformação por
compressão e 50% da deformação por cisalhamento como valores de referência para inspeções em pontes e viadutos
ferroviários, seguindo as recomendações da AREMA
Além dos valores de deformação que devem ser medidos durante as inspeções, é importante que uma matriz de priorização
inclua parâmetros que levem em consideração o arranjo estrutural e danos nos aparelhos de apoio

No que se refere ao controle de qualidade


desses dispositivos, os AAEF são
submetidos a ensaios para avaliar se o
dispositivo está dentro dos critérios
mínimos estabelecidos pela NBR 19783:
2015, tais como ensaios de compressão e
cisalhamento, todavia esse valores foram
direcionados para dispositivos novos,
montados na época da execução da obra,
e questiona-se se os limites adotados para
projetos são validos para AAEF que se
encontram em operação por décadas.

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