1.resolução de Exercícios - Antiguidade Oriental

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ANTIGUIDADE ORIENTAL

Aula 1 – História - Prof. Nicolás


Tema: Antiguidade Oriental

1 – (Vunesp) Sexto rei sumério (governante entre os séculos XVIII e XVII a.C.) e nascido em Babel, “Khammu-rabi”
(pronúncia em babilônio) foi fundador do I Império Babilônico (correspondente ao atual Iraque), unificando
amplamente o mundo mesopotâmico, unindo os semitas e os sumérios e levando a Babilônia ao máximo esplendor.
O nome de Hamurabi permanece indissociavelmente ligado ao código jurídico tido como o mais remoto já
descoberto: o Código de Hamurabi. O legislador babilônico consolidou a tradição jurídica, harmonizou os costumes
e estendeu o direito e a lei a todos os súditos. (Disponível em: www.direitoshumanos.usp.br. Acesso em: 12 fev.
2013 (adaptado)).
Nesse contexto de organização da vida social, as leis contidas no Código citado tinham o sentido de
a) assegurar garantias individuais aos cidadãos livres.
b) tipificar regras referentes aos atos dignos de punição.
c) conceder benefícios de indulto aos prisioneiros de guerra.
d) promover distribuição de terras aos desempregados urbanos.
e) conferir prerrogativas políticas aos descendentes de estrangeiros.

Resposta: [B]
O Código de Hamurabi – inspirado na famosa Lei de Talião, do olho por olho, dente por dente – era um código
de leis que visava estabelecer penas de reciprocidade a indivíduos que pertencessem a uma mesma camada
social na Babilônia. Objetivando garantir o convívio social, o Código impunha severas punições a diversos tipos
de crimes cometidos.

2 – (Vunesp)

129. Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos
devem ser amarrados e jogados dentro d’água, mas o marido pode perdoar a sua
esposa, assim como o rei perdoa a seus escravos. [...]
133. Se um homem for tomado como prisioneiro de guerra, e houver sustento em sua
casa, mas mesmo assim sua esposa deixar a casa por outra, esta mulher deverá ser
judicialmente condenada e atirada na água. [...]
135. Se um homem for feito prisioneiro de guerra e não houver quem sustente sua esposa,
ela deverá ir para outra casa e criar seus filhos. Se mais tarde o marido retornar e
voltar a casa, então a esposa deverá retornar ao marido, assim como as crianças
devem seguir seu pai. [...]
138. Se um homem quiser se separar de sua esposa que lhe deu filhos, ele deve dar a ela
a quantia do preço que pagou por ela e o dote que ela trouxe da casa de seu pai, e
deixá-la partir.

(www.direitoshumanos.usp.br)

Esses quatro preceitos, selecionados do Código de Hamurabi (cerca de 1780 a.C.), indicam uma sociedade
caracterizada
a) pelo respeito ao poder real e pela solidariedade entre os povos.
b) pela defesa da honra e da família numa perspectiva patriarcal.
c) pela isonomia entre os sexos e pela defesa da paz.
d) pela liberdade de natureza numa perspectiva iluminista.
e) pelo antropocentrismo e pela valorização da fertilidade feminina.

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Resposta: [B]
Todos os preceitos selecionados do Código de Hamurabi revelam que a sociedade babilônica de sua época
valorizava a formação familiar, com clara ascendência da figura masculina na mesma.

3 – (Vunesp) A maior parte das regiões vizinhas [da antiga Mesopotâmia] caracteriza-se pela aridez e pela falta de
água, o que desestimulou o povoamento e fez com que fosse ocupada por populações organizadas em pequenos
grupos que circulavam pelo deserto. Já a Mesopotâmia apresenta uma grande diferença: embora marcada pela
paisagem desértica, possui uma planície cortada por dois grandes rios e diversos afluentes e córregos. (Marcelo
Rede. A Mesopotâmia, 2002.)
A partir do texto, é correto afirmar que
a) os povos mesopotâmicos dependiam apenas da caça e do extrativismo vegetal para a obtenção de alimentos.
b) a ocupação da planície mesopotâmica e das áreas vizinhas a ela, durante a Antiguidade, teve caráter sedentário
e ininterrupto.
c) a ocupação das áreas vizinhas da Mesopotâmia tinha características nômades e os povos mesopotâmicos
praticavam a agricultura irrigada.
d) a ocupação sedentária das regiões desérticas representava uma ameaça militar aos habitantes da Mesopotâmia.
e) os povos mesopotâmicos jamais puderam se sedentarizar, devido às dificuldades de obtenção de alimentos na
região.

Resposta: [C]
A existência dos rios Tigre e Eufrates na região da Mesopotâmia proporcionou a sedentarização de populações
no local para a prática da agricultura. Já nas regiões vizinhas, desérticas, o nomadismo prevalecia.

4. (Vunesp) [Na Mesopotâmia,] todos os bens produzidos pelos próprios palácios e templos não eram suficientes
para seu sustento. Assim, outros rendimentos eram buscados na exploração da população das aldeias e das
cidades. As formas de exploração eram principalmente duas: os impostos e os trabalhos forçados. (Marcelo Rede.
A Mesopotâmia, 2002.)
Entre os trabalhos forçados a que o texto se refere, podemos mencionar a
a) internação de doentes e loucos em áreas rurais, onde deviam cuidar das plantações de algodão, cevada e
sésamo.
b) utilização de prisioneiros de guerra como artesãos ou pastores de grandes rebanhos de gado bovino e caprino.
c) escravidão definitiva dos filhos mais velhos das famílias de camponeses, o que caracterizava o sistema
econômico mesopotâmico como escravista.
d) servidão por dívidas, que provocava a submissão total, pelo resto da vida, dos devedores aos credores.
e) obrigação de prestar serviços, devida por toda a população livre, nas obras realizadas pelo rei, como templos ou
muralhas.

Resposta: [E]
Na região da Mesopotâmia viveram diferentes povos durante a antiguidade, que, de uma forma geral, são
estudados superficialmente a partir de características gerais, classificadas dentro do “modo de produção
asiático” no qual predominavam as relações de servidão coletiva de trabalho; ou seja, as comunidades
camponesas deviam tributos ao Estado, normalmente parte de sua produção e, em menor grau, o trabalho
em obras.

5. (Vunesp) Leia os excertos da obra 100 textos de História Antiga, organizada por Jaime Pinsky, de 1980.
Eu sou o rei que transcende entre os reis,
Minhas palavras são escolhidas,
Minha inteligência não tem rival.
(Hamurábi, 1792-1750 a.C. Autopanegírico.)

O fundamento do regime democrático é a liberdade [...]. Uma característica da liberdade é ser governado e governar
por turno [...]. Outra é viver como se quer; pois dizem que isto é resultado da liberdade, já que o próprio do escravo
é viver como não quer.
(Aristóteles, 384-322 a.C. Política.)

A partir dos textos, pode-se afirmar que

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a) os fundamentos do poder político eram os mesmos para Hamurábi e Aristóteles.
b) a democracia, segundo Aristóteles, impôs o abandono do regime escravista.
c) Hamurábi considerava que o governante deveria ser escolhido entre os mais sábios.
d) expressam diferentes concepções sobre as relações entre governantes e governados.
e) a dinastia esclarecida, com doses de despotismo e liberdade, era defendida por ambos.

Resposta: [D]
O texto do Rei Hamurábi, da Babilônia (antiga Mesopotâmia, hoje Iraque), revela um governo autoritário, no
qual a última palavra é a do governante, que deve ser obedecido sem questionamentos. O texto do filósofo
grego Aristóteles fala de democracia e liberdade, que levariam os cidadãos a viver “como se quer”, não se
submetendo a um governo despótico.

6. (Vunesp) Em janeiro de 2011, os jornais noticiaram que os protestos contra o governo do Egito poderiam ter um
efeito colateral muito sério: a destruição ou dano de várias relíquias, obras e sítios arqueológicos da antiga
civilização egípcia. De acordo com as agências de notícias, houve várias tentativas de saquear o museu do Cairo.
Numa delas, indivíduos quebraram pouco mais de uma dezena de estátuas e decapitaram duas múmias,
recentemente identificadas como avós do faraó Tutankhamon. Alguns saqueadores pareciam procurar apenas por
ouro.

Sobre o material arqueológico proveniente do Antigo Egito, é correto afirmar que

a) sua destruição afetaria a economia do Egito, mas não traria consequências sérias para a ciência e para a história,
que já estudaram esse material.
b) grande parte dele foi destruído pelos próprios egípcios ainda na Antiguidade, como estratégia para proteger os
segredos de sua cultura dos invasores.
c) foi uma das causas dos protestos contra o governo, que pagou grandes somas para reaver objetos em poder de
países europeus.
d) permitiu compreender a importância dos rituais fúnebres, como atestam os sarcófagos do Vale dos Reis.
e) tem grande valor artístico e confirmou o que já se sabia dos antigos egípcios por meio de documentos escritos.

Resposta: [D]
A arqueologia é uma ciência que conheceu grande desenvolvimento no século XX e possibilitou o
conhecimento sobre a história de diversas civilizações antigas. Na maior parte dos casos, a arqueologia é
decisiva para entendimento de sociedades que deixaram poucos – ou nenhum – documentos escritos. No
caso do Egito, as descobertas da região do Vale dos Reis foram fundamentais para o conhecimento da
importância da cultura religiosa dos antigos egípcios.

7. (Vunesp) A irrigação não pode ser vista como a causa do surgimento do Estado centralizado e da civilização
egípcia: pelo contrário, um sistema centralizado de obras hidráulicas para a agricultura irrigada surgiu como
resultado tardio de um Estado forte. (Ciro F. Cardoso. O Egito Antigo, 1982.)
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A partir do texto conclui-se que, no Egito Antigo,
a) as cheias do Nilo, irregulares e responsáveis por inundações que destruíam tudo o que havia nas margens, não
favoreceram o processo de sedentarização.
b) o poder do Faraó era simbólico, uma vez que o soberano não dispunha de exércitos nem de burocracia para fazer
valer sua vontade.
c) a concentração do poder nas mãos de uma dinastia centralizadora não pode ser explicada a partir das
necessidades agrícolas.
d) dependia-se do comércio externo para alimentar a população, uma vez que a produção agrícola era muito
limitada.
e) o sistema político em vigor resultava de necessidades impostas pelas características geográficas da região.

Resposta: [C]
Apenas a alternativa [C] pode ser considerada correta porque o enunciado pede para que a resposta seja
resultado da interpretação do texto. Ciro Flamarion afirma que “A irrigação NÃO pode ser vista como causa
do surgimento do Estado (...)”, então a agricultura não seria o motivo da centralização egípcia.

8. (Vunesp) Observe a figura.

A respeito do contexto apresentado, é correto afirmar:


a) a imagem demonstra que os agricultores das margens férteis do rio Nilo desconheciam a escrita.
b) ao contrário da economia da caça de animais, que exigia o trabalho coletivo, a agricultura não originava
sociedades humanas.
c) a imagem revela uma apurada técnica de composição, além de se referir à economia e à cultura daquele período
histórico.
d) os antigos egípcios cultivavam cereais e desconheciam as atividades econômicas do artesanato e da criação de
animais.
e) a imagem comprova que as produções culturais dos homens estão desvinculadas de suas práticas econômicas
e de subsistência.

Resposta: [C]
Estão nítidas na imagem uma prática econômica do Egito Antigo (agricultura) e uma prática cultural dos
egípcios (escrita hieroglífica na parede ao fundo).

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9. (Vunesp) Na região onde atualmente se encontra o Líbano, instalou-se, no III milênio a.C., um povo semita,
que passou a ocupar a estreita faixa de terra, com cerca de 200 quilômetros de comprimento, apertada entre
o mar e as montanhas. Várias razões os levaram ao comércio marítimo, merecendo destaque sua
proximidade geográfica com o Egito; a costa, que oferecia lugares para bons portos; e os cedros, principal
riqueza, usados na construção de navios. O contido nesse parágrafo refere-se ao povo
a) fenício.
b) hebreu.
c) sumério.
d) hitita.
e) assírio.

Resposta: [A]
Dos povos do Mediterrâneo, os Fenícios se destacaram pela sua capacidade de organização de um amplo
sistema de navegação e comércio.

10. (Vunesp) Entre as transformações havidas na passagem da pré-história para o período propriamente
histórico, destaca-se a formação de cidades em regiões de
a) solo fértil, atingido periodicamente pelas cheias dos rios, permitindo grande produção de alimentos e crescimento
populacional.
b) difícil acesso, cuja disposição do relevo levantava barreiras naturais às invasões de povos que viviam do saque
de riquezas.
c) entroncamento de rotas comerciais oriundas de países e continentes distintos, local de confluência de produtos
exóticos.
d) riquezas minerais e de abundância de madeira, condições necessárias para a edificação dos primeiros núcleos
urbanos.
e) terra firme, distanciada de rios e de cursos d'água, com grau de salubridade compatível com a concentração
populacional.

Resposta: [A]
A questão aborda o conceito de Civilizações Hidráulicas, isto é, povos cuja sobrevivência esteve ligada à
agricultura possibilitada pelas cheias periódicas de grandes rios.

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