Tradusaun Expropriasaun Biling Lei N 8 2017

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DireçãoNacional de

Assessoria Jurídica e
Legislação - DNAJL

LEIN.º 8/2017 de 26 de Abril LEI N.º 8/2017 26 Abril


EXPROPRIAÇÃO POR UTILIDADE LEI BA ESPROPRIASAUN TANBA UTILIDADE
PÚBLICA PÚBLIKA

A presente lei define o regime aplicável à expropriação de Lei ida-ne’e hatuur rejime aplikavel hodi halo
bens imóveis e estabelece regras e procedimentos para os esproporiasaun ba soin imovel sira, no kria regra no
casos em que o Estado, com vista à prossecução de um prosedimentu sira ba kazu hirak-ne’ebé, halo Estadu
fim de utilidade pública, se vê impelido, face à ausência hakat ho forsa maka’as atu dada ba nia hodi sai
de outras soluções alternativas viáveis, a chamar a si a propriedade ba soin imovel sira-ne’ebé oras ne’e sai
propriedade de bens imóveis que se encontravam na esfera hela domíniu privadu, ho objetivu ba utilidade públika,
do domínio privado. tan la iha solusaun alternativa viavel sira.

Tal prerrogativa do Estado, tida como importante exceção Estadu nia prerogativa ida-ne’e, be sai nu’udar
ao direito de propriedade privada, justifica-se, desde logo, esepsaun importante ba direitu propriedade privada,
pela importante função social que a propriedade cumpre, hahú hosi momentu ne’ebá, halo bazeia ba funsaun
enquanto meio com aptidão para a satisfação de interesses sosiál importante ne’ebé propriedade iha, enkuantu
coletivos. meiu ho aptidaun ne’ebé sei fó di’ak ba interese
koletivu sira.

Nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 54.º da Tuir dispostu iha n.º 3 artigu 54.º Konstituisaun
Constituição da República, a expropriação por utilidade Repúblika nian, espropriasaun ba utilidade públika
pública surge legitimada pela relevante função social da mosu ho lejítimu hosi funsaun sosiál relevante
propriedade, impondo-se sempre que as necessidades propriedade nian, ne’ebé obriga katak nesesidade
coletivas exigem a afetação de bens privados à realização koletiva sira sei afeta atu halakon soin privadu sira
de fins públicos. Mas, por sua vez, não dispensa, antes hodi halo buat ruma di’ak ba ema hotu. Maibé, ba ida-
impõe, todo um conjunto de garantias que fazem parte do ne’e, la obriga, maibé molok ne’e impoin, garantia
próprio regime jurídico da expropriação, destacando-se o hotu ne’ebé hola parte ba rejime jurídiku rasik
direito a uma prévia e justa indemnização. espropriasaun nian, hodi destaka hela direitu ba prévia
no justa indemnizasaun.

Com efeito, o Estado, quando tiver de adquirir para o seu Ho efeitu, Estadu, bainhira tenke adkuiri ba ninia
domínio público, bens imóveis necessários para a domíniu públiku soin imovel sira-ne’ebé presiza hodi
realização de ações beneficiadoras de toda a comunidade, realiza asaun benefisiadora sira komunidade hotu nian,
deve, primeiramente, esgotar todas as vias que a lei lhe ba dala uluk, tenke uza via hotu-hotu ne’ebé lei fó
concede, incluindo as vias contratuais próprias do direito dalan ba nia, inklui mós via kontratuál sira rasik hosi
privado. direitu privadu.

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Como forma de balizar a possibilidade de o Estado Nu’dar forma atu tau baliza ba posibilidade Estadu
expropriar bens imóveis pertencentes a privados, foram nian hodi esproria soin-imovel hirak ne’ebé pertense
estabelecidos os princípios da excecionalidade, legalidade, ba privadu sira, maka hatuur tiha prinsípiu
justiça, igualdade, proporcionalidade, imparcialidade e esepsionalidade, legalidade, justisa, igualdade,
boa-fé da expropriação. proporsionalidade, imparsialidade no boa-fé ba
espropriasaun.

Procurou-se ainda densificar o conceito de utilidade Buka mós atu hamahar konseitu kona-ba utilidade
pública, listando os casos nos quais é admitida a públika, halo lista kona-ba kazu sira ne’ebé bele admiti
expropriação, mas obrigando sempre à fundamentação da espropriasaun, maibé obriga sempre atu projetu ida-
utilidade pública de cada projeto. idak iha fundamentasaun ba utilidade públika.

Foi dada grande importância aos requisitos prévios à Fó tiha importánsia boot ba rekizitu préviu
expropriação. Prevê-se um rigoroso planeamento dos espropriasaun nian. Prevee planeamentu projetu nian
projetos, no qual se exige a realização de levantamentos ho rigorizu, ba ida-ne’ebá ezije hala’o levantamentu
cadastrais nas áreas não cadastradas, licenciamento kadastál iha área ne’ebé la kadastra, lisensiamentu
ambiental, estudos de impacto social e a realização de um ambientál, estudu sira ba impaktu sosiál no realiza
plano de realojamento. Tal planeamento, aliado a uma planu realojamentu ida. Planeamentu ne’ebá, hetan
definição clara e abrangente dos interessados na ligasaun ho definisaun klara ida no hakuak tomak ema-
expropriação, procura minimizar os impactos que a interesadu sira iha espropriasaun, buka atu hamenus
implementação de projetos pode ter nas populacões locais. impaktu sira hosi implementasaun projetu nian ne’ebé
As diferentes alternativas estudadas no planeamento dos bele hamosu ba populasaun lokál sira. Alternativa
projetos são ainda sujeitas a um processo de consulta oioin ne’ebé estuda tiha iha planeamentu projetu nian
pública, de forma a dar voz ativa às pessoas afetadas. Só tama mós ba prosesu konsulta públika ida, ne’e
após o planeamento e consulta dos projetos, e quando não nu’udar dalan hodi fó lian ativa ba ema sira ne’ebé
seja possível a aquisição dos bens imóveis por via do espropriasaun afekta. Hafoin de’it halo planeamentu no
direito privado, é que o Estado pode recorrer à konsulta ba projetu sira, no bainhira la posivel atu
expropriação. adkiri soin-imovel liuhosi direitu privadu maka Estadu
bele halo espropriasaun.

Atendendo às consequências da expropriação, entendeu-se Haree ba konsekuénsia sira espropriasaun nian,


que deve caber ao Conselho de Ministros a competência komprende katak Konsellu Ministru maka tenke iha
para a declaração de utilidade pública. kompeténsia atu halo deklarasaun utilidade públika.

Aos particulares é dada a possibilidade de recorrer à Ba partikulár sira sei fó posibilidade atu rekorre
arbitragem com recurso para o tribunal quando exista arbitrajen ho rekursu ba tribunál bainhira la konkorda
desacordo quanto ao valor da indemnização, e recurso ho osan indemnizasaun, no aprezenta ba tribunál katak
direto para o tribunal quando estes entendam não estar la aseita espropriasaun bainhira sira hanoin katak la
preenchido o conceito de utilidade pública. hatán ba konseitu utilidade públika.

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Sendo a justa indemnização um dos pontos principais da Justa indemnizasaun nu’udar pontu prinsipál sira ida
expropriação, foram estabelecidos critérios quanto aos espropriasaun nian, nune’e estabelese tiha kritériu
princípios da respetiva avaliação, apesar de se ter dado klaru kona-ba prinsípiu sira avaliasaun nian, maske fó
primazia à compensação através da entrega de bens prioridade ba kompensasaun liuhosi entrega soin-
imóveis alternativos, como forma de evitar a perda de imovel alternativu sira, nu’udar forma atu evita
meios de subsistência pelas populações afetadas. populasaun efetada lakon meiu sira hodi hatutan moris.

Embora, teoricamente fosse possível recorrer à legislação Maske ho teoria, posivel bele rekore ba lejizlasaun
anteriormente vigente no país para colmatar esta lacuna, ne’ebé uluk vigora iha país hodi taka lakuna ida-ne’e,
tendo por base o disposto no artigo 1.º da Lei 1/2002 e o bazeia ba dispostu 1.º hosi Lei 1/2002 no artigu 3.º
artigo 3.º do Regulamento N.° 1999/01 da UNTAET, na hosi Regulamentu N.º 1999/01 UNTAET nian, iha
prática, esta não é compatível quer com os princípios prátika, lejizlasaun ida-ne’e la adaptavel ba prinsípiu
constitucionais timorenses, quer com o enquadramento sira konstituisaun timór nian ka ba enkuadramentu
institucional que foi criado em Timor-Leste. É por isso institusionál ne’ebé foin hamoris iha Timor-Leste. Tan
fundamental aprovar esta lei para que, quando necessário, nune’e maka fundamentál loos atu aprova lei ida-ne’e
possa o Estado recorrer a este mecanismo atubele, bainhira nesesáriu, Estadu bele rekore ba
constitucionalmente previsto de acordo com um mekanizmu konstitusionál ida ne’ebé prevee tiha
procedimento estabelecido na lei. haktuir prosedimentu ida ne’ebé estabelese iha lei.

A elaboração da presente lei foi informada pelo Elaborasaun ba lei ida-ne’e maihosi koñesimentu
conhecimento acumulado ao longo de vários anos de ne’ebé tau tetek hamutuk hosi tinan barak halo estudu
estudos e consultas públicas relativas a questões no konsulta públika nian kona-ba kestaun sira ne’ebé
relacionadas com a propriedade de imóveis. Tendo em liga ho propriedade imovel. Konsidera ho impaktu lei
conta o impacto desta lei na vida das populações, houve ida-ne’e nian ba populasaun nia moris, tau tiha kuidadu
um especial cuidado em uniformizá-la com os espesiál hodi uniformiza impaktu ne’e ho instrumentu
instrumentos de direito internacional dos quais Timor- sira direitu internasionál nian ne’ebé Timor-Leste
Leste é parte, tais como a Declaração Universal dos nu’udar parte, maka hanesan Deklarasaun Universál
Direitos do Homem, o Pacto Internacional sobre os Direitu Umanu, Paktu Internasionál Direitu
Direitos Económicos, Sociais e Culturais e a Convenção Ekonómiku, Sosiál no Kulturál ka Konvensaun Ba
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Eliminasaun Forma Hotu-hotu Deskriminasaun kona-
contra as Mulheres (CEDAW). ba Feto (KEDF).

O Parlamento Nacional decreta, nos termos do n.º 1 do Parlamentu Nasionál dekreta, iha termu n°1 hosi artigu
artigo 95.º e da alínea k) do n.º 1 do artigo 96.º da 95.° no alínea k) n° 1 no hosi artigu 96.° Konstituisaun
Constituição da República, para valer como lei, o Repúblika nian, sai nu’udar lei tuirmai:
seguinte:

CAPÍTULO I KAPÍTULU I
Disposições gerais DISPOZISAUN JERÁL SIRA
Artigo 1.º Artigu 1.º
Objeto Objetu

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A presente lei estabelece o regime jurídico aplicável às Lei ida-ne’e estabelese rejime jurídiku aplikavel ba
expropriações por utilidade pública. espropriasaun tanba utilidade públika.

Artigo 2.º Artigu 2.º


Definições Definisaun sira
Para os efeitos da presente lei, entende-se por: Ba lei ida-ne’e aplika definisaun sira tuirmai:
a) “Arbitragem”, a primeira instância no processo de a) “Arbitrajen” maka instánsia dahuluk iha prosesu
expropriação litigiosa, tendo em vista a tentativa de espropriasaun litijioza, ho objetivu atu buka
conciliação entre a entidade beneficiária da konsiliasaun entre entidade benefisiária ba
expropriação e o interessado, relativamente ao valor espropriasaun ho ema-interesadu kona-ba valór
da indemnização devida em virtude da expropriação indemnizasaun ne’ebé atu selu tanba espropriasaun
por utilidade pública, evitando-se o recurso a um ba utilidade públika, hodi evita rekursu ba prosesu
processo judicial; judisiál ida;
b) “Declaração de utilidade pública”, o ato constitutivo b) “Deklarasaun utilidade públika” maka aktu ne’ebé
do procedimento expropriativo, através do qual o konstitui prosedimentu ba espropriasaun, liuhosi
Estado identifica um fim concreto de utilidade pública prosedimentu ne’e Estadu identifika fin konkretu
a prosseguir pela expropriação e determina os bens utilidade públika ne’ebé espropriasaun atu prosege
necessários à realização daquele fim; no determina soin sira ne’ebé presiza ba realiza fin
ne’ebá;
c) “DNTPSC”, a Direção Nacional de Terras, c) “DNRPSK” maka Diresaun Nasionál Rai,
Propriedades e Serviços Cadastrais do Ministério da Propriedade no Servisu Kadastrál, ka kualkér
Justiça ou qualquer outra entidade do Estado que, nos entidade seluk Estadu nian ne’ebé, tuir lei nian,
termos da lei, prossiga as respetivas atribuições; hala’o atribuisaun sira diresaun nasionál ida-ne’e
nian;
d) “Entidade beneficiária da expropriação”, entidade sob d) “Entidade benefisiária ba espropriasaun” maka
a administração direta do Estado, em proveito da qual entidade ne’ebé tama iha administrasaun direta
é feita a expropriação, para que nos bens expropriados Estadu nian, ne’ebé uza proveitu Estadu nian
prossiga o fim estabelecido na declaração de utilidade hala’o espropriasaun, atu nune’e soin sira ne’ebé
pública; espropria ona prosege fin ne’ebé hatuur iha
deklarasaun utilidade públika;
e) “Expropriação amigável”, o acordo formalizado entre e) “Espropriasaun amigavel” maka akordu
a entidade beneficiária da expropriação e os formalizadu entre entidade benefisiária ba
interessados, após a declaração de utilidade pública, espropriasaun ho ema-interesadu sira, hafoin
sobre o valor da justa indemnização do bem a deklarasaun utilidade públika, kona-ba folin justa
expropriar; indemnizasaun ba soin ne’ebé atu espropria;
f) “Expropriação litigiosa”, processo litigioso no qual se f) “Espropriasaun litijioza” maka prosesu litijiozu
determina o valor da justa indemnização, sempre que ne’ebé determina folin justa indemnizasaun nian,
não exista acordo com os interessados quanto ao valor bainhira de’it la iha akordu ho ema-interesadu
desta; kona-ba valór indemnizasaun nian;
g) “Expropriação por utilidade pública”, o processo pelo g) “Espropriasaun tanba utilidade públika” maka
qual a Administração, para prosseguir um fim de prosesu ne’ebé, atu prosege fin interese públiku

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interesse público, restringe os direitos dos nian, Administrasaun restrinji direitu ema-
interessados sobre um determinado bem imóvel, interesadu nian kona-ba soin-imovel, tranfere fali
transferindo esse bem para o património do Estado, soin ne’e ba patrimóniu Estadu nian, liuhosi
mediante o pagamento de justa indemnização. pagamentu justa indemnizasaun.

Artigo 3.º Artigu 3.º


Admissibilidade das expropriações Admiti halo espropriasaun
1. Os bens imóveis e os direitos a eles inerentes podem 1. Soin-imovel no direitu sira inerente ba soin-imovel
ser expropriados por motivo de utilidade pública, ne’e bele hetan apropriasaun tan razaun utilidade
mediante o pagamento de justa indemnização nos públika, liuhosi selu indemnizasaun justu tuir
termos da presente lei. termu lei ida-ne’e nian.
2. A expropriação compreende qualquer forma 2. Espropriasaun hanesan kualkér forma ne’ebé lei
legalmente admissível de privação da propriedade admiti atu hadau propriedade privada ka direitu ka
privada ou de direitos ou interesses conexos, interese ne’ebé iha ligasaun, la haree ba ema ka
independentemente das pessoas ou entidades a quem entidade ne’ebé nu’udar na’in.
pertençam.
3. Os bens imóveis comunitários podem ser objeto de 3. Soin-imovel sira komunitáriu nian bele sai nu’udar
expropriação, nos termos da presente lei. obketu espropriasaun nian, tuir termu lei ida-ne’e
nian.

Artigo 4.º Artigu 4.º


Utilidade pública Utilidade Públika
1. A expropriação só é admissível nos casos em que o bem 1. Admiti de’it halo espropriasaun ba kazu sira ne’ebé
a expropriar deva prosseguir um fim de utilidade soin be atu apropria tenke hatán ba finalidade
pública. utilidade públika.
2. A utilidade pública deve estar compreendida nas 2. Utilidade públika tenke inklui iha atribuisaun, fin ka
atribuições, fins ou objeto da entidade beneficiária da objetu hosi entidade ne’ebé benefisia espropriasaun.
expropriação.
3. Para efeitos de expropriação, consideram-se motivos de 3. Ba efeitu sira espropriasaun nian, konsidera nu’udar
utilidade pública: utilidade públika maka:
a) Defesa e segurança nacionais; a) Defeza no seguransa nasionál;
b) Vias públicas, rodovias, túneis, ferrovias e b) Dalan públika, estrada públiku, túnel, dalan
instalações acessórias; komboiu no instalasaun adisionál;
c) Sistemas de transportes públicos; c) Sistema sira ba transporte públiku nian;
d) Reservatórios, barragens, estruturas de distribuição, d) Rezervatóriu, barrajen, estrutura sira distribuisaun
irrigação e escoamento de água ou saneamento; nian, irrigasaun no eskoamentu ba bee ka
saneamentu;
e) Portos, aeroportos e terminais; e) Portu, aeroportu no terminál sira;
f) Exploração de petróleo, gás, minerais e f) Esplorasaun ba petróleo, gás, minerál no
infraestruturas de energia geotérmica; infraestrutura ba enerjia jeotérmika sira;
g) Serviço público de produção e distribuição de g) Servisu públiku ba prodús no fahe enerjia

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energia elétrica; elétrika;
h) Sistemas de telecomunicações; h) Sistema telekomunikasaun sira;
i) Recolha e tratamento de lixo; i) Halibur no tau-matan ba fo’er;
j) Hospitais públicos, centros de tratamento, diagnostic j) Ospitál públiku, sentru ba tratamentu diagnóstiku
e demais infraestruturas essenciais ao serviço de no infraestrutura esensiál sira ba servisu saúde
saúde pública; públika;
k) Serviços públicos de combate a incêndios e de k) Servisu públiku ba kombate inséndiu no
proteção civil; protesaun sivíl;
l) Cemitérios públicos e Jardins dos Heróis; l) Semitériu públiku no Jardin ba Erói sira:
m) Instalações públicas, sociais, culturais e espaços m) Instalasaun públika, sosiál, kulturál no espasu-
verdes; verde sira;
n) Preservação e conservação dos monumentos n) Prezervasaun no konservasaun ba monumentu
históricos e artísticos, isolados ou integrados em istóriku no artístiku, ne’ebé harii mesak ka
conjuntos urbanos ou rurais; hamutuk iha sidade ka área rurál;
o) Proteção de paisagens e locais particularmente o) Protesaun ba paizajén no fatin sira-ne’ebé
dotados pela natureza; maihosi natureza kedas;
p) Estruturas de proteção contra deslizamentos de p) Estrutura sira ba protesaun hasoru rai-halai, bee-
terras, cheias ou outros mecanismos de defesa contra sa’e ka mekanizmu seluk defeza nian hodi hasoru
desastres naturais; dezastre naturál;
q) Habitações sociais; q) Uma sosiál sira;
r) Estabelecimentos de educação e ensino públicos; r) Estabelesimentu ba edukasaun no ensinu públiku;
s) Instalações desportivas e mercados públicos; s) Instalasaun sira ba desportu no merkadu públiku;
t) Outros casos previstos por leis especiais. t) Kazu hirak seluk ne’ebé lei espesiál prevee.
4. O preenchimento de alguma das alíneas anteriores não 4. Bainhira prienxe alínea sira ruma liubá, la sai
constitui presunção de utilidade pública, devendo esta nu’udar prezunsaun ba utilidade públika, tenke iha
ser justificada nos termos da presente lei. justifikasaun haktuir buat ne’ebé hakerek iha lei
ida-ne’e.

Artigo 5.º Artigu 5.º


Interessados do procedimento de Ema-interesadu sira iha prosesu espropriasaun
Expropriação nian
1. Para os fins da presente lei, consideram-se 1. Ba efeitu lei ida-ne’e nian, iha prosesu
interessados do procedimento de expropriação: espropriasaun, konsidera nu’udar ema-interesadu
maka:
a) Os titulares de direitos reais sobre o imóvel a a) Titulár sira direitu reál ba soin-imovel ne’ebé atu
expropriar; espropria;
b) Os titulares de direitos obrigacionais que tenham b) Titulár sira direitu obrigasionál ba soin-imovel
por objeto o imóvel a expropriar, nomeadamente, ne’ebé atu espropria, maka hanesan direitu
direito de arrendamento, direitos de passagem, arrendamentu, direitu pasajen, pastorísia,
pastorícia, plantação e partilha de culturas ou plantasaun no partilla kultura ka rekursu naturál;
recursos naturais;

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c) Os que ocupem o imóvel a expropriar aquando da c) Ema sira ne’ebé okupa soin-imovel ne’ebé atu
publicação prevista no n.º 1 do artigo 23.º. espropria to’o momentu publikasaun ne’ebé
prevee iha nº 3 hosi artigu 23.º.
2. Os interessados são identificados através do Cadastro 2. Ema-interesadu sei identifika liuhosi Kadastru
Nacional de Propriedades ou, se este ainda não se Nasionál propriedade nian ka, bainhira seidauk
tiver realizado na área afetada pela expropriação, realiza identifikasaun iha área ne’ebé hetan
através do levantamento cadastral, podendo ainda sê- esproriasaun, liuhosi levantamentu kadastrál, no
lo durante os estudos de impacto social e ambiental, a bele halo levantamentu ne’e durante hala’o estudu
vistoria do imóvel ou mediante identificação dos ba impaktu sosiál no ambiente, inspesaun ba soin-
interessados comunicada à entidade beneficiária da imovel ka liuhosi identifika ema-interesadu sira
expropriação. ne’ebé komunika ba entidade benefisiária ba
espropriasaun.
3. As diligências previstas na presente lei são realizadas 3. Dilijénsia ne’ebé prevee iha lei ida-ne’e sei hala’o
junto de todos os que forem identificados como hamutuk ho ema hotu-hotu ne’ebé indentifika
interessados. nu’udar ema-interesadu sira.

Artigo 6.º Artigu 6.º


Entidade beneficiária da expropriação Entidade benefisiária ba esproriasaun
1. Considera-se entidade beneficiária da expropriação a 1. Konsidera nu’udar entidade benefisiária ba
entidade a quem o bem objeto da expropriação deva ser espropriasaun maka ema ne’ebé objetu espropriasaun
atribuído para prossecução do interesse público nian tenke atribui ba atu prosege interese públiku
subjacente à mesma. liuhosi espropriasaun.
2. Apenas as entidades públicas sob a administração direta 2. Entidade sira ne’ebé hamahon-an iha administrasaun
do Estado podem ser beneficiárias da expropriação, sem direta estadu nian maka bele sai nu’udar entidade
prejuízo de poderem estas concessionar o bem imóvel benefisiária ba espropriasaun, lahó hamosu prejuízu
para a prossecução do fim de utilidade pública a que foi ba sira atu bele autoriza soin-imovel hodi uza ba
destinado. hala’o fin utilidade públika ne’ebé destina ba.

Artigo 7.º Artigu 7.º


Levantamento cadastral obrigatório e resolução de Levantamentu kadastrál obrigatóriu no rezolve
casos em disputa kazu disputadu sira
1. No caso de o bem imóvel a expropriar ainda não se 1. Kona-ba soin-imovel ne’ebé atu espropria maibé
encontrar inserido no Cadastro Nacional de seidauk hatama iha Kadastru Nasionál
Propriedades, procede-se obrigatoriamente ao Propriedade nian, sei hala’o ho obrigatóriu
levantamento cadastral sistemático da área, conforme levantamentu kadastrál sistemátiku iha área,
previsto no Regime Especial para a Definição da haktuir buat ne’ebé prevee iha Rejime Espesiál ba
Titularidade dos Bens Imóveis. Definisaun Titularidade Soin-imovel.
2. No caso de existirem dúvidas ou casos em disputa de 2. Bainhira iha dúvida ka iha kazu disputa sira kona-
propriedade ou de outros direitos sobre o bem imóvel a ba propriedade ka direitu hirak seluk kona-ba
expropriar, nos termos estabelecidos no Regime soin-imovel ne’ebé atu espropria, tuir termu
Especial para a Definição da Titularidade dos Bens Rejime Espesiál ba Definisaun Titularidade Soin-

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Imóveis, é obrigatória a notificação de todos aqueles Imovel, tenke notifika ema sira ne’ebé arroge
que se arroguem de tais direitos. direitu hirak ne’ebá.
3. O levantamento cadastral e a resolução dos casos em 3. Kona-ba levantamentu kadastrál no rezolve kazu
disputa é feita nos termos do Regime Especial para a disputa sira, sei halo haktuir Rejime Espesiál ba
Definição da Titularidade dos Bens Imóveis. Definisaun Titularidade Soin-Imovel nian.

Artigo 8.º Artigu 8.º


Princípios da expropriação Prinsípiu sira espropriasaun nian
1. Compete à entidade beneficiária da expropriação e aos 1. Nu’udar kompeténsia entidade benefisiária ba
demais intervenientes no procedimento expropriativo, espropriasaun no interveniente sira seluk iha
prosseguir o interesse público, no respeito pelos direitos prosedimentu espropriativu atu konkretiza interese
e interesses legalmente protegidos dos interessados, públiku, ne’ebé respeita ba ema-interesadu nia
observando, nomeadamente, os princípios da legalidade, direitu no interese sira ne’ebé lei proteje, ho kumpri,
da justiça, da igualdade, da proporcionalidade, da liuliu ba prinsípiu legalidade, justisa, igualdade,
imparcialidade e da boa-fé. proporsionalidade, imparsialidade no boa-fé.
2. Na ponderação da expropriação, deve ser dado especial 2. Bainhira tetu-sukat kona-ba espropriasaun, tenke fó
valor aos bens imóveis que tenham elevado valor valór espesiál ba soin-imovel hirak-ne’ebé iha valór
cultural e espiritual para os interessados. kultura no espirituál aas ba ema interesadu sira.
3. A expropriação tem sempre caráter excecional e apenas 3. Espropriasaun sempre iha karaktér exesionál, no
deve ser utilizada quando não seja possível utilizar outro tenke uza de’it bainhira la posivel uza soin-imovel
imóvel para a finalidade a prosseguir ou redesenhar o seluk hodi konkretriza finalidade ka dezeña fali
projeto a implementar de forma viável ao seu fim. projetu ne’ebé atu implementa ho fundamentu ba
ninia fin.
4. A expropriação deve deixar os interessados definidos no 4. Espropriasaun tenke husik ba ema-interesadu sira
artigo 5.º, afetados pela expropriação, num padrão de ne’ebé defini iha artigu 5.º, ne’ebé afetadu tanba
vida no mínimo igual ao que se encontravam antes da espropriasaun, padraun moris ida hanesan ka liu ida-
expropriação. ne’ebé sira iha molok espropriasaun.

Artigo 9.º Artigu 9.º


Dever de informação Devér hato’o informasaun
1. A entidade beneficiária da expropriação ou qualquer 1. Entidade benefisiária ba espropriasaun ka kualkér
outra entidade interveniente no processo deve entidade ne’ebé intervein iha prosesu tenke asegura
assegurar que, durante o processo de expropriação, katak, durante hala’o prosesu espropriasaun, sei foti
são tomadas todas as medidas necessárias para que os medida nesesária hotu-hotu atu fó-hatene ema-
interessados sejam informados de todos os seus interesadu sira kona-ba sira-nia direitu, maka
direitos, nomeadamente o direito a ser consultado, hanesan direitu atu konsulta, indemnizasaun,
indemnizado, realojado, representado por advogado realojamentu, hetan reprezentasaun hosi advogadu ka
ou a recorrer administrativa ou judicialmente das aprezenta rekursu administrativa no judisiál kona-ba
decisões da Administração. desizaun sira Administrasaun nian.
2. Todos os documentos a serem notificados ou 2. Dokumentu hotu-hotu ne’ebé atu notifika ka atu
apresentados aos interessados devem ser redigidos nas aprezenta ba ema-interesadu tenke hakerek iha lian

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duas línguas oficiais. ofisiál rua.
3.
Artigo 10.º Artigu 10.º
Dever de respeito pelos grupos vulneráveis Devér hodi respeita grupu vulneravel sira
Na implementação dos procedimentos previstos na Bainhira implementa prosedimentu sira ne’ebé prevee
presente lei, a entidade beneficiária da expropriação ou iha lei ida-ne’e, entidade benefisiária ba espropriasaun
qualquer outra entidade interveniente devem ter em ka kualkér entidade interveniente seluk tenke konsidera
consideração as necessidades especiais dos grupos ho nesesidade espesiál hirak grupu vulneravel sira-
vulneráveis, estando obrigadas a tomar as necessárias nian, ba ida ne’e tenke foti medida hotu-hotu hodi
providências para garantir a adequada informação, garante informasaun adekuada, konsulta no
consulta e participação destes grupos, de forma a partisipasaun hosi grupu sira-ne’e, nu’udar forma atu
promover o direito à igualdade e à não discriminação. promove direitu igualdade no la diskriminasaun.

Artigo 11.º Artigu 11.º


Limite da expropriação Limiti ba espropriasaun
1. A expropriação deve limitar-se ao necessário para a 1. Esproriasaun tenke limita tuir tempu ne’ebé
realização do seu fim, podendo, todavia, atender-se a presiza ba realiza ninia fin, maibé, bele hatán ba
exigências futuras, de acordo com um programa de ejizénsia sira iha oinmai, haktuir programa
execução faseada e devidamente calendarizada. ezekusaun ne’ebé hala’o tuir faze no tenke tau iha
kalendáriu.
2. Constitui um limite à expropriação o pedido de 2. Iha mós limiti ba espropriasaun nian no pedidu
expropriação total previsto na presente lei. halo espropriasaun totál ne’ebé prevee iha lei ida-
ne’e.

Artigo 12.º Artigu 12.º


Pedido de expropriação total Pedidu espropriasaun totál
1. Quando seja necessário expropriar apenas parte de um 1. Bainhira presiza espropria de’it parte ida prédiu nian,
prédio, podem os interessados requerer a expropriação ema-interesadu sira bele husu esproriasaun totál ba
total do seu direito: ninia direitu ne’e:
a) Se a parte restante não assegurar, proporcionalmente, a) Bainhira parte seluk la asegura, ho proporsionál,
os mesmos cómodos que oferecia todo o prédio; kómudu hanesan ne’ebé prédiu tomak fó;
b) Se os cómodos assegurados pela parte restante não b) Bainhira kómudu ne’ebé parte hirak seluk asegura
tiverem interesse económico para o interessado, la iha interese ekonómiku ba ema-interesadu,
determinado objetivamente. determina ho objetivu.
2. O pedido de expropriação total deve ser requerido pelos 2. Ema-interesadu sira maka tenke husu pedidu
interessados durante o processo de aquisição por via do espropriasaun totál durante prosesu akizisaun
direito privado. liuhosi direitu privadu.
3. Se for iniciado o procedimento expropriativo, o pedido 3. Bainhira hodi hahú prosedimentu espropriasaun,
de expropriação total pode ser apresentado até ao termo bele aprezenta pedidu espropriasaun totál to’o prazu
do prazo previsto no n.º 1 do artigo 50.º. ne’ebé prevee iha nº 1 artigu 50.º nian.
4. Na falta de acordo entre a entidade beneficiária da 4. Bainhira la iha akordu entre entidade benefisiária ba

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expropriação, a DNTPSC e os interessados, sobre a esproriasaun, DNRPSK ho ema-interesadu sira,
necessidade da expropriação total, podem os kona-ba nesesidade atu halo espropriasaun totál,
interessados recorrer para o tribunal de primeira ema-interesadu sira bele rekore ba tribunál primeira
instância da localização do bem. instansia hosi fatin soin nian.
5. Decretada a expropriação total, é a entidade 5. Hafoin dekreta tiha espropriasaun totál, sei notifika
beneficiária da expropriação notificada para efetuar entidade benefisiária ba espropriasaun atu halo
depósito complementar do montante indemnizatório, depózitu komplementár ba montante osan
sendo correspondentemente aplicável o disposto no idemnizasaun nian, ba ida-ne’e aplika buat ne’ebé
n.º 3 do artigo 50.º. hakerek iha n.º 3 artigu 51.º.
6. O recurso a que se refere o n.º 3 do presente artigo 6. Rekursu ne’ebé temi iha n.º 3 artigu ida-ne’e iha
tem efeito meramente devolutivo em relação ao efeitu devolutivu bainhira relasiona ho prosesu
processo de expropriação. esproriasaun.

Artigo 13.º Artigu 13.º


Expropriação em casos especiais Espropriasaun iha kazu espesiál
1. Quando a necessidade da expropriação decorra de 1. Bainhira nesesidade halo espropriasaun tanba
calamidade pública ou de exigências de segurança runguranga públika ka ezijénsia iha seguransa
interna ou de defesa nacional, o Estado ou as interna ka defeza nasionál, Estadu ka autoridade
autoridades públicas por este designadas ou públika ne’ebé Estadu dezigna ka iha kompeténsia
legalmente competentes podem tomar posse tuir lei bele foti pose administrativu imediata ba
administrativa imediata dos bens destinados a prover à soin ne’ebá hodi hala’o nesesidade ba ninia
necessidade que determina a sua intervenção, sem intervensaun, lahó iha uluklai formalidade, tuir tan,
qualquer formalidade prévia, seguindo-se, sem mais lahó dilijénsia, ida-ne’ebé estabelese iha lei ida-
diligências, o estabelecido na presente lei sobre ne’e kona-ba determina indemnizasaun ba prosesu
fixação da indemnização em processo litigioso. haksesuk malu.
2. Sempre que possível, deve ser promovida uma 2. Bainhira de’it posivel, tenke halo inspesaun atu
vistoria destinada à elaboração do relatório de elabora relatóriu avaliasaun ba soin, tuir buat
avaliação do bem, nos termos previstos nos artigos ne’ebé prevee iha artigu 26.º no 27.º, ho kumpri,
26.º e 27.º, cumprindo-se, com as necessárias tuir adaptasaun nesesária, dispostu iha artigu sira-
adaptações, o disposto nesses artigos. ne’e.
3. A realização da expropriação prevista no n.º 1 carece 3. Atu realiza espropriasaun ne’ebé prevee iha nº 1
de autorização do Ministro da Justiça. presiza hetan autorizasaun hosi Ministru Justisa.

Artigo 14.º Artigu 14.º


Transmissão da propriedade do bem imóvel a Transmiti propriedade soin-imovel ne’ebé atu
expropriar espropria
1. As transmissões de propriedade ou de quaisquer 1. Transmisaun ba proriedade ka direitu ka interese
outros direitos ou interesses não impedem a hirak seluk la impede kontinuasaun prosedimentu
continuação do procedimento de expropriação. espropriasaun nian.
2. O novo titular considera-se sub-rogado nos direitos e 2. Titulár foun konsidera nu’udar sub-rogadu ba
nas obrigações do primitivo titular. direitu no obrigasaun sira uluk titulár nian.

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Artigo 15.º Artigu 15.º
Ónus e encargos Onus no enkargu
1. O bem expropriado é adquirido livre de ónus ou 1. Soin ne’ebé espropria sei hetan lahó iha ónus ka
encargos. enkargu.
2. Sempre que o destino a dar ao imóvel não seja 2. Bainhira de’it la afeta destinu ne’ebé atu fó ba soin-
afetado, pode conservar-se algum direito real ou imovel, bele konserva diretu reál ka obrigasionál
obrigacional sobre o bem expropriado, desde que tal balu kona-ba soin ne’ebé espropria, naran katak ida-
se revele compatível com o novo destino a dar ao bem ne’ebá hatudu kompativel ho destinu foun ne’ebé atu
e exista acordo entre a entidade beneficiária da atribui ba soin ne’e no iha akordu entre entidade
expropriação e o titular do direito. benefisiária ba espropriasaun ho titulár direitu.

Artigo 16.º Artigu 16.º


Constituição de servidões administrativas Konstituisaun servidaun administrativa sira
1. Podem constituir-se servidões administrativas sobre 1. Bele konstitui servidaun administrativa sira kona-
imóveis privados, quando estas sejam necessárias à ba soin-imovel públiku ka privadu nian, bainhira
realização de fins de interesse público. servidaun ne’e presiza hodi realiza interese
públiku.
2. Pela constituição da servidão é devida uma 2. Ba konstitui servidaun sei fó indemnizasaun, tuir
indemnização, nos termos gerais da presente lei. termu jerál sira lei ida-ne’e nian.

Artigo 17.º Artigu 17.º


Desistência da expropriação Deziste hosi espropriasaun
1. Nas expropriações por utilidade pública é lícito à 1. Iha espropriasaun tanba utilidade públika, sai lísitu
entidade beneficiária da expropriação desistir total ou ba entidade benefisiária espropriasaun nian atu
parcialmente da expropriação. dezisti hosi espropriasaun totál ka parsiál.
2. No caso de desistência, os interessados são 2. Kona-ba dezisténsia, ema-interesadu hetan
indemnizados nos termos gerais de direito, indemnizasaun tuir termu jerál direitu nian, ba ida-
considerando-se, para o efeito, iniciada a expropriação ne’e, konsidera katak espropriasaun hahú bainhira
a partir da publicação no Jornal da República da publika deklarasaun utilidade públika iha Jornál
declaração de utilidade pública. Repúblika.

CAPÍTULO II KAPÍTULU II
Procedimento de expropriação PROSEDIMENTU ESPROPRIASAUN NIAN
SECÇÃO I SEKSAUN I
Atos preliminares AKTU PRELIMINÁR SIRA
Artigo 18.º Artigu 18.º
Formalidades prévias ao ato de expropriação Formalidade prévia ba aktu espropriasaun
Salvo as exceções previstas na presente lei quanto à La inklui ho exesaun sira ne’ebé prevee iha lei ida-
expropriação em casos especiais prevista no artigo 13.º, a ne’e kona-ba halo espropriasaun ba kazu espesiál
expropriação é precedida da realização dos seguintes atos, ne’ebé prevee iha artigu 13.º, molok halo
pela ordem sequencial indicada: espropriasaun hala’o uluk aktu preliminár, ho orden

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tuirmai:
a) Planeamento do projeto; a) Planeamentu ba projetu;
b) Consulta pública; b) Konsulta públika;
c) Vistoria; c) Vistoria;
d) Tentativa de aquisição por via do direito privado. d) Tentativa halo akizisaun liuhosi direitu
privadu.

Artigo 19.º Artigu 19.º


Planeamento do projeto Planea projetu
1. No planeamento do projeto que preveja a expropriação 1. Bainhira planeia projetu ne’ebé prevee ba espropria
de bens imóveis, são realizadas as seguintes diligências: soin-imovel, sei hala’o dilijénsia sira tuirmai:
a) O levantamento cadastral, quando a área abrangida a) Levantamentu kadastrál, bainhira área ne’ebé
pelo projeto não estiver ainda cadastrada nos termos projetu abranje seidauk kadastra, haktuir lei;
da lei;
b) O licenciamento ambiental do projeto, nos termos da b) Lisensiamentu ambientál ba projetu, haktuir lei;
lei;
c) O estudo de impacto social; c) Estudu kona-ba impaktu sosiál;
d) O plano de realojamento, no caso de o bem imóvel d) Planu realojamentu, bainhira soin-imovel ne’ebé
em causa estar a ser utilizado para fins habitacionais; atu espropria uza ba uma hela;
e) O relatório de análise das várias alternativas do e) Relatóriu kona-ba análize ba alternativa oioin
projeto; projetu nian;
f) O relatório justificativo da utilidade pública do f) Relatóriu justifikativu ne’ebé dehan katak projetu
projeto; ne’e hala’o ba utilidade públika;
g) Outros documentos que venham a ser exigidos por g) Dokumentu hirak seluk ne’ebé lei sei ejize.
lei.
2. O levantamento cadastral previsto na alínea a) do 2. DNRPSK maka hala’o levantamentu kadastrál
número anterior é efetuado pela DNTPSC, a ne’ebé prevee iha alínea a) númeru liubá, liuhosi
requerimento da entidade beneficiária da expropriação. rekerimentu hosi entidade benefisiária ba
espropriasaun.
3. À entidade beneficiária da expropriação cabe diligenciar 3. Entidade benefisiária ba espropriasaun maka
pela realização das atividades previstas nas alíneas b) a hala’o atividade sira ne’ebé hatuur iha alínea b)
f), devendo informar o Ministério da Justiça do início do to’o f), ba ida-ne’e tenke fó-hatene Ministériu
planeamento do projeto. Justisa kona-ba inísiu planeamentu projetu nian.

Artigo 20.º Artigu 20.º


Identificação dos bens imóveis a expropriar Identifika soin-imovel ne’ebé atu espropria
Os bens imóveis a expropriar são identificados através: Soin-imovel ne’ebé atu espropria sei identifika liuhosi:
a) Da sua localização administrativa; a) Ninia lokalizasaun administrativa;
b) Da identificação das confrontações da parcela; b) Identifikasaun kona-ba baliza rai nian;
c) Das coordenadas geográficas das estremas das c) Geográfika koordenada hosi limiti parsela rai nian;
parcelas de terreno;

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d) Do esboço geométrico da parcela, georreferenciado; d) Esbosu jeométriku parsela nian, ho
georeferénsiadu;
e) Do tipo de parcela de acordo com as especificações e) Tipu parsela nian haktuir espesifikasaun téknika
técnicas; sira;
f) Da informação atualizada sobre a sua titularidade e f) Informasaun atualizada kona-ba ninia titularidade
quaisquer outros dados relevantes; no kualkér dadus ne’ebé relevante;
g) Da menção de quaisquer outras descrições cadastrais g) Referénsia kona-ba kualkér deskrisaun kadastrál
existentes; ne’ebé eziste;
h) Através das descrições que venham a ser criadas na h) Liuhosi deskrisaun ne’ebé sei kria iha
conservatória do Registo Predial a que pertençam. konservatória Rejistu Prediál ne’ebé pertense ba.

Artigo 21.º Artigu 21.º


Estudo de impacto social e plano de Estudu kona-ba impaktu sosiál no planu ba
realojamento realojamentu
1. O estudo de impacto social tem como objetivo 1. Estudu kona-ba impaktu sosiál iha objetivu atu
identificar as consequências positivas e negativas na identifika konsekuénsia pozitiva no negativa sira ba
vida dos interessados, causadas pela expropriação. ema-interesadu nia moris, ne’ebé hamosu tanba
espropriasaun.
2. O plano de realojamento consiste num plano de ação no 2. Planu realojamentu nu’udar planu asaun ida ne’ebé
qual se estabelece os procedimentos para mitigar os estabelese prosedimentu hodi hakmaan efeitu
efeitos adversos e compensar as perdas sofridas pelos kontráriu no fó kompensasaun ba buat hirak ne’ebé
interessados com a expropriação. ema-interesadu lakon tanba esproriasaun.
3. O plano de realojamento tem por base: 3. Atu halo planu realojamentu sei haree ba:
a) Os resultados do estudo de impacto social; a) Rezultadu sira hosi estudu kona-ba impaktu
sosiál;
b) A consulta feita com as pessoas interessadas b) Konsulta ho ema-interesadu sira kona-ba
relativamente a alternativas viáveis à sua alternativa fundamentadu ba ninia
indemnização; indemnizasaun;
c) Os princípios estabelecidos no artigo 8.º. c) Prinsípiu sira ne’ebé hatuur iha artigu 8.º.
4. O plano de realojamento deve conter: 4. Planu realojamentu tenke iha:
a) As diferentes alternativas ao realojamento para a) Alternativa oioin ba realojamentu atu ema-
escolha dos interessados; interesadu hili;
b) Os mecanismos para o restabelecimento dos b) Mekanizmu sira atu estabelese fali ema-
rendimentos e meios de subsistência perdidos interesadu nia rendimentu no meiu sira hodi
pelos interessados; hatutan moris;
c) O calendário para a sua implementação; c) Kalendáriu ba implementa planu;
d) A estimativa de custos da implementação de d) Estimativa kona-ba kustu hodi implementa
diferentes alternativas; alternativa oioin;
e) Os mecanismos de supervisão da implementação e) Mekanizmu sira hodi halo supervizaun ba
do plano de realojamento. implementasaun planu realojamentu.
5. Sempre que possível, o estudo de impacto social e o 5. Bainhira de’it posivel, estudu kona-ba impaktu sosiál

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plano de realojamento devem ser realizados no planu realojamentu tenke realiza hamutuk ho
conjuntamente com os estudos de impacto ambiental. estudu kona-ba impaktu ambientál.

Artigo 22.º Artigu 22.º


Consulta pública Konsulta públika
1. Terminada a fase do planeamento do projeto, dá-se 1. Ramata tiha faze planeamentu projetu nian, sei
início à respetiva consulta pública, destinada a hahú hala’o konsulta públika, ho objetivu atu fó-
publicitar as opções tomadas e a debater as várias koñese opsaun sira ne’ebé foti tiha no debate kona-
alternativas para a sua implementação. ba alternativa oioin hodi implementa projetu.
2. No âmbito da consulta pública realizam-se as 2. Prosesu konsulta públika hala’o ho atividade sira
seguintes atividades: tuirmai:
a) Disponibilização do projeto para consulta; a) Disponibiliza projetu hodi konsulta;
b) Audiências públicas; b) Rona públika nia lian;
c) Relatório da consulta pública. c) Relatóriu konsulta públika.
3. A consulta pública é aberta a todos os que tenham 3. Konsulta públika nakloke ba ema hotu-hotu ne’ebé
interesse em nela participar. iha interese atu partisipa.

Artigo 23.º Artigu 23.º


Aviso sobre o início da consulta pública Avizu kona-ba hahú hala’o konsulta públika
1. A entidade beneficiária da expropriação promove a 1. Entidade benefisiária ba espropriasaun publika iha
publicação no Jornal da República de um aviso sobre Jornál Repúblika avizu kona-ba hahú konsulta
o início da fase da consulta, do qual deve constar o públika, ne’ebé iha avizu ne’e tau ho projetu,
projeto, a identificação da entidade beneficiária da identifikasaun hosi entidade benefisiária ba
expropriação, a identificação do bem imóvel a espropriasaun, identifikasaun soin-imovel ne’ebé
expropriar e da sua localização, o prazo para a atu espropria nomós ninia fatin, prazu ba konsulta,
consulta, as datas e o local da realização das sessões data no fatin hodi hala’o sesaun sira audiénsia
de audiência pública. públika nian.
2. O aviso referido no número anterior deve ainda ser 2. Avizu ne’ebé temi iha númeru liubá tenke publika
publicado em dois jornais de circulação nacional e, mós iha jornál rua ne’ebé sirkula iha rai laran no,
através de edital, na sede de suco do local do bem liuhosi editál, taka iha sede suku hosi fatin soin-
imóvel. imovel nian.
3. O projeto, juntamente com os documentos 3. Projetu, hamutuk ho dokumentu sira ne’ebé iha
relacionados com a fase do planeamento do projeto, ligasaun ho faze planeamentu projetu nian, tenke
são obrigatoriamente disponibilizados para consulta, disponivel ba konsulta, iha sede suku fatin soin-
na sede de suco do local do bem imóvel, por um imovel nian, ho períodu másimu iha loron-60 nia
período máximo de sessenta dias. laran.
4. Durante este período, qualquer pessoa pode apresentar 4. Iha períudu ida-ne’e nia laran, kualkér ema bele
à entidade beneficiária da expropriação, por escrito, aprezenta, ho hakerek, ba entidade benefisiária ba
comentários que entenda relevantes relativos ao espropriasaun komentáriu ne’ebé hanoin relevante
projeto. kona-ba ba projetu.

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Artigo 24.º Artigu 24.º
Sessões de audiência pública Sesaun hodi rona públiku nia lian
1. A entidade beneficiária da expropriação é obrigada a 1. Obriga atu entidade benefisiária ba esproriasaun
realizar sessões de audiência pública no local do bem realiza sesaun audiénsia públika iha fatin soin-
imóvel a expropriar, destinadas à apresentação do imovel nian ne’ebé atu espropria, hodi aprezenta
projeto e à consulta dos interessados. projetu no konsulta ema-interesadu sira.
2. A realização das sessões de audiência pública deve ser 2. Molok realiza sesaun audénsia públika tenke fó-
anunciada com uma antecedência mínima de dez dias, hatene uluk iha, ho mínimu, loron 10 antes, tuir
nos termos do disposto no artigo anterior. termu dispostu artigu liubá nian.
3. Durante as sessões de audiência pública, para além da 3. Durante hala’o sesaun audénsia públika, alende iha
descrição detalhada do projeto, devem ser deskrisaun detallada kona-ba projetu, tenke
apresentados os resultados obtidos durante a fase de aprezenta mós rezultadu sira ne’ebé hetan iha faze
planeamento do projeto, bem como outros planeamentu projetu, nune’e mós ho dokumentu
documentos que sejam relevantes para a completa hirak seluk ne’ebé relevante hodi kompleta
informação dos interessados. informasaun ema-interesadu nian.
4. A informação prestada aos participantes deve ser 4. Informasaun ne’ebé fó ba partisipante sira tenke
apresentada em linguagem simples e adequada. aprezenta ho linguajen simples no adekuada.
5. Durante as sessões de audiência pública deve ser dado 5. Iha audénsia públika nia laran tenke fó tempu
tempo adequado aos participantes para apresentarem natoon ba partisipante sira atu hato’o komentáriu.
comentários.
6. No final de cada sessão de audiência pública é 6. Bainhira ramata sesaun ida-idak audiénsia públika
elaborada uma ata. nian, sei hakerek akta ida.

Artigo 25.º Artigu 25.º


Relatório da consulta pública Relatóriu konsulta públika nian
1. Após o termo do período da consulta pública, a 1. Ramata tiha períudu ba konsulta públika, entidade
entidade beneficiária da expropriação elabora o benefisiária ba espropriasaun elabora relatóriu
relatório da consulta pública. konsulta públika.
2. O relatório da consulta pública deve conter os 2. Relatóriu konsulta públika tenke tau ho elementu
seguintes elementos: sira tuirmai:
a) Descrição dos atos de consulta pública realizados; a) Deskrisaun ba aktu sira konsulta públika nian
ne’ebé realiza ona;
b) Descrição dos meios e formas escolhidos para a b) Deskrisaun kona-ba meiu no forma ne’ebé hili
publicitação do projeto e participação dos tiha hodi publika projetu no partisipasaun
interessados; ema-interesadu nian;
c) Atas das sessões de consulta pública realizadas; c) Akta sira kona-ba sensaun konsulta públika
ne’ebé realiza ona;
d) Análise crítica das propostas, comentários e d) Análize krítika ba ema-interesadu nia proposta,
perguntas escritas e orais apresentadas pelos komentáriu no pergunta hakerek no ko’alia
interessados durante a consulta pública; ne’ebé aprezenta hosi ema-interesadu sira, iha
konsulta públika nia laran;

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e) Descrição das alterações ao projeto em e) Deskrisaun kona-ba alterasaun ba projetu
consequência da consulta pública; tanba konsulta públika;
f) Identificação dos bens imóveis, direitos e f) Identifikasaun ba soin-imovel, direitu no ema-
interessados afetados. interesadu ne’ebé sai afetadu.
3. No final da consulta pública, é disponibilizada, na 3. Atu ramata konsulta públika, sei disponibiliza, iha
sede de suco do lugar do bem a expropriar, uma cópia sede suku hosi fatin ne’ebé halo espropriasaun ba
do relatório para quem tiver interesse em consultá-lo. soin ne’ebá, kópia relatóriu ida ba sé mak iha
interese atu konsulta.

Artigo 26.º Artigu 26.º


Vistoria do bem a expropriar Halo inspesaun ba soin ne’ebé atu esproria
1. Após a divulgação do relatório da consulta pública, é 1. Hafoin divulga tiha relatóriu konsulta públika, sei
realizada uma vistoria ao imóvel a expropriar, pela hala’o inspesaun ba soin-imovel ne’ebé atu
entidade beneficiária da expropriação, pela DNTPSC espropria, hosi entidade benefisiária ba
e pelos interessados da expropriação, destinada a espropriasaun, hosi DNRPSK no hosi ema-
recolher todas as informações relevantes sobre o bem interesadu ba espropriasaun, ho objetivu atu
imóvel que se pretende expropriar. halibur informasaun relevante kona-ba soin-imovel
ne’ebé atu espropria.
2. Após acordo da data para a realização da vistoria com 2. Konkorda tiha kona-ba data atu halo inspesaun ho
a DNTPSC, a entidade beneficiária da expropriação DNRPSK, entidade benefisiária ba espropriasaun
notifica os interessados, com a antecedência mínima fó-hatene ema-interesadu, mínima iha loron-15
de quinze dias, da hora e local do início da vistoria. antes, kona-ba oras no fatin atu hahú inspesaun.
3. A notificação referida no número anterior deve dizer 3. Notifikasaun ne’ebé temi iha númeru liubá tenke
se a expropriação é total ou parcial. dehan kona-ba espropriasaun totál ka parsiál.
4. Os interessados podem comparecer à vistoria e 4. Ema-interesadu bele marka prezensa iha inspesaun
formular, por escrito ou oralmente, as questões que no hato’o, liuhosi hakerek ka ko’alia, kestaun
tiverem por pertinentes, as quais devem ser pertinente sira, ne’ebé tenke hatán kestaun sira-
respondidas no relatório do bem a expropriar. ne’e iha relatóriu kona-ba soin ne’ebé atu
espropria.
5. Da vistoria é elaborado um auto com a descrição de 5. Kona-ba inspesaun sei elabora auto ida-ne’ebé tau
todos os dados recolhidos. deskrisaun ba dadus hotu-hotu ne’ebé foti tiha.

Artigo 27.º Artigu 27.º


Relatório da vistoria do bem a expropriar Relatória kona-ba soin ne’ebé atu espropria
1. No prazo de trinta dias a contar da data da realização da 1. Iha loron-30 nia laran, sura hosi data realiza
vistoria, a entidade beneficiária da expropriação, em inspesaun, entidade benefisiária ba espropriasaun,
conjunto com a DNTPSC, elabora um relatório que hamutuk ho DNRPSK, elabora relatóriu ida ne’ebé
inclui: inklui:
a) Uma descrição concreta e individualizada do bem a a) Deskrisaun konkreta no detalladu kona-ba soin
expropriar, no qual descreve, em todos os seus ne’ebé atu espropria, ne’ebé tenke deskreve ninia
aspetos materiais e jurídicos, os bens e direitos aspektu materiál no jurídiku, soin no direitu

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afetados pela expropriação; ne’ebé hetan prejuízu tanba espropriasaun.
b) Relatório de avaliação, no qual é determinado o valorb) Relatóriu avaliasaun, ne’ebé determina valór
dos direitos de cada interessado a feta do pela hosi direitu ema-interesadu ida-idak nian ne’ebé
expropriação, avaliado nos termos do artigo 56.º e hetan prejuízu tanba espropriasaun, avalia tiha
seguintes. buat ne’ebé hakerek iha artigu 57.º no hirak
tuirmai.
2. O relatório do bem a expropriar é notificado aos 2. Relatóriu kona-ba soin ne’ebé atu espropria, sei
interessados. notifika ba ema-interesadu.
3. Se os interessados forem desconhecidos, é aplicável o 3. Bainhira ema-interesadu sira nu’udar ema
disposto no n.º 5 do artigo 28.º. deskoñesidu, sei aplika dispostu iha n.º 6 artigu 28.º
nian.

Artigo 28.º Artigu 28.º


Tentativa de aquisição por via de direito privado Tentativa atu adkiri liuhosi direitu privadu
1. Exceto nos casos de expropriação previstos no artigo 1. La inklui ho kazu espropriasaun ne’ebé prevee iha
13.º, a entidade beneficiária da expropriação, em artigu 13.º, molok husu deklarasaun utilidade
conjunto com a DNTPSC, antes de requerer a públika, entidade benefisiária ba espropriasaun,
declaração de utilidade pública, toma as diligências hamutuk ho DNRPSK, hala’o dilijénsia hodi adkiri
necessárias destinadas a adquirir os bens ou direitos soin ka direitu sira liuhosi direitu privadu.
por via de direito privado.
2. Para os efeitos do disposto no n.º 1, a notificação do 2. Ba efeitu dispostu n.º 1 nian, notifikasaun ba
relatório do bem a expropriar a que se refere o n.º 2 do relatóriu hosi soin ne’ebé atu espropria be temi iha
artigo anterior é obrigatoriamente acompanhada de n.º 2 liubá, tenke tau ho proposta akizisaun ba soin.
uma proposta de aquisição do bem.
3. A proposta de aquisição do bem deve indicar: 3. Proposta akizisaun ba soin tenke inklui:
a) O valor a pagar pelo bem a cada interessado, o a) Valór ne’ebé atu selu ba soin ema-interesadu
qual tem como referência o valor da avaliação ida-idak nian, valór ne’e maihosi valór
constante do relatório do bem a expropriar; avaliasaun ne’ebé tau iha relatóriu hosi soin
b) Os bens imóveis ou direitos que podem ser ne’ebé atu espropria;
cedidos como alternativa ao pagamento do valor b) Soin-imovel ka direitu ne’ebé bele sai nu’udar
do bem; alternativa hodi selu valór soin nian;
c) O local, a data e a hora para a realização de uma c) Fatin, data no oras hala’o negosiasaun ho ema-
sessão de negociação com os interessados. intresadu sira.
4. A proposta de aquisição do bem deve ser notificada 4. Tenke notifika proposta akizisaun soin ba ema-
aos interessados com a antecedência mínima de dez interesadu, ho mínimu, iha loron-10 antes relasiona
dias em relação à data da realização da sessão de ho data atu halo nogosiasaun.
negociação.
5. Para além da sua notificação direta aos interessados, a 5. Alende notifika direta ba ema-interesadu,
notificação a que se refere o n.º 4 é publicitada através notifikasaun ne’ebé temi iha n.º 4 sei publika
de edital a afixar no local da situação do bem e na liuhosi editál ne’ebé taka iha fatin soin nian no iha
respetiva sede de suco e através de aviso em dois sede suku rasik no liuhosi avizu iha jornál rua

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jornais de circulação nacional. ne’ebé sirkula iha rai laran.
Artigo 29.º Artigu 29.º
Sessão de negociação Sesaun sira negosiasaun nian
1. As sessões de negociação para a aquisição do bem por 1. Sesaun ba halo negosiasaun hodi adkiri soin
via do direito privado são públicas. liuhosi direitu privadu nu’udar sesaun públika.
2. Não havendo acordo durante a primeira sessão entre 2. Bainhira iha sesaun dahuluk ema-interesadu sira
os interessados e a entidade beneficiária, podem ser ho entidade benefisiária la hetan akordu, bele halo
marcadas novas reuniões. fali reuniaun foun.
3. Os interessados têm direito a pronunciarem-se sobre a 3. Ema-interesadu iha direitu atu ko’alia kona-ba
proposta apresentada, a requerer a expropriação total proposta ne’ebé aprezenta, husu espropriasaun
do bem nos termos do artigo 12.º, a pedir totál ba soin haktuir artigu 12.º, husu
esclarecimentos ou a apresentar contrapropostas, esklaresimentu ka aprezenta kontraposta, ho
indicando de forma fundamentada o valor que hatudu forma fundamentada kona-ba valór ne’ebé
atribuem aos bens a expropriar. atribui ba soin ne’ebé atu espropria.
4. De cada sessão de negociação é lavrada uma ata, que 4. Ba sesaun ida-idak negosiasaun nian, tenke
é assinada pelos interessados e pela entidade hakerek akta ida ne’ebé sei asina hosi ema-
beneficiária. interesadu no entidade benefisiária.

Artigo 30.º Artigu 30.º


Objeto do acordo Objetu akordu nian
1. Durante a tentativa de aquisição do bem por via do 1. Durante negosiasaun atu hetan soin liuhosi direitu
direito privado, a entidade beneficiária da privadu, entidade benefisiária ba espropriasaun,
expropriação, a DNTPSC e os interessados podem DNRPSK no ema-interesadu bele konkorda kona-
acordar sobre: ba:
a) O montante do valor a pagar pelo bem; a) Montante indemnizasaun nian;
b) O pagamento do montante referido na alínea b) Selu indemnizasaun ka selu parte
anterior ou de parte dele em prestações, os juros indemnizasaun nian liuhosi prestasaun, juru no
respetivos e o prazo de pagamento destes; prazu atu selu.
c) O modo de satisfazer as prestações; c) Modu atu hala’o prestasaun;
d) A indemnização através da cedência de bens ou d) Fó indemnizasaun liuhosi fó soin ka direitu
direitos nos termos do artigo 61.º; haktuir artigu 61.º;
e) A expropriação total no caso das expropriações e) Espropriasaun totál ba kazu espropriasaun
parciais; parsiál sira;
f) Outras condições acessórias. f) Kondisaun adisionál sira seluk.
2. O acordo apenas vincula o Estado após aprovação do 2. Akordu ne’e vinkula de’it Estadu hafoin aprova
órgão máximo da entidade beneficiária da tiha responsavel másimu ba entidade ne’ebé
expropriação e do Ministro da Justiça, no caso de a benefisia espropriasaun no Ministru Justisa nian,
indemnização ser paga através da cedência de bens bainhira selu indemnizasaun liuhosi fó soin-imovel
imóveis ou direitos do Estado, nos termos previstos no ka direitu Estadu nian tuir termu sira ne’ebé prevee
nº 2 do artigo 61.º. iha nº 2 hosi artigu 61.º.

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Artigo 31.º Artigu 31.º
Forma legal a que deve obedecer o acordo Forma legál ne’ebé akordu tenke haktuir
1. O acordo entre a entidade beneficiária da 1. Akordu entre entidade benefisiária ba
expropriação, a DNTPSC e os interessados deve espropriasaun, DNRPSK ho ema-interesadu tenke
constar de escritura pública de aquisição por via do tau iha eskritura públika kona-ba akizisaun liuhosi
direito privado, lavrada perante o notário público ou direitu privadu, hakerek iha notáriu públiku ida nia
outra forma estabelecida por lei para a transmissão oin, ka forma seluk ne’ebé lei estabelese ba
dos direitos em causa. transmisaun direitu enkauza.
2. O acordo celebrado nos termos do número anterior 2. Akordu ne’ebé selebra tuir buat ne’ebé hakerek iha
que tenha por objeto apenas parte de um prédio, númeru liubá ne’ebé kona-ba de’it parte ida prédiu
qualquer que seja a sua área, constitui título bastante nian, iha área ne’ebé de’it, sei konstitui títulu
para efeitos da sua desanexação e registo. bastante ba dezaneksasaun no rejistu.

Artigo 32.º Artigu 32.º


Insucesso da tentativa de aquisição por via do direito La iha susesu hosi negosiasaun atu adkiri
privado liuhosi direitu privadu
1. Decorridos quarenta e cinco dias desde a primeira 1. Liu tiha loron-45 hahú hosi negosiasaun dahuluk
negociação sem que tenha havido acordo entre as ne’ebé la iha akordu entre parte sira, entidade
partes, pode a entidade beneficiária da expropriação benefisiária ba espropriasaun bele rekere
requerer a declaração de utilidade pública. deklarasaun utilidade públika.
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, as 2. Lahó hamosu prejuízu ba dispostu iha númeru
partes podem chegar a acordo para aquisição por via liubá, parte sira bele konkorda hamutuk hodi halo
do direito privado em qualquer fase do processo de akizisaun liuhosi direitu privadu iha kualkér faze
expropriação. prosesu espropriasaun nian.

SECÇÃO II SEKSAUN II
Declaração de utilidade pública DEKLARASAUN UTILIDADE PÚBLIKA
Artigo 33.º Artigu 33.º
Parecer e apresentação do pedido Paresér no aprezenta pedidu
1. O requerimento da declaração de utilidade pública 1. Rekerimentu ba deklarasaun utilidade públika tenke
deve mencionar obrigatoriamente os seguintes temi ho obrigatóriu elementu sira tuirmai:
elementos:
a) Os bens a expropriar; a) Soin sira-ne’ebé atu espropria;
b) O motivo de utilidade pública, devidamente b) Motivu utilidade publika nian, ne’ebé tenke
fundamentada; fundamenta;
c) A intervenção ou utilização prevista para o bem a c) Intervensaun ka utilizasaun ne’ebé determina ba
expropriar; soin ne’ebé atu espropria;
d) A identificação dos interessados e os seus direitos d) Identifikasaun ema-interesadu koñesidu sira-
relativamente ao imóvel em causa; nian no sira-nia direitu kona-ba soin-imovel
enkauza.
e) A necessidade da expropriação nos termos do n.º e) Nesesidade espropriasaun nian haktuir n.º 3

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3 do artigo 8.º, com a indicação das outras artigu 8.º nian, ho hatudu alternativa seluk
alternativas estudadas e as propostas feitas ne’ebé estuda tiha no proposta ne’ebé halo
durante a consulta pública; durante konsulta públika;
f) Parecer do Ministro da Justiça. f) Ministru Justisa nia paresér.
2. O requerimento deve ser instruído com os seguintes 2. Rekerimentu ne’e tenke aprezenta hamutuk ho
elementos: elementu sira tuirmai:
a) Estudo do impacto ambiental do projeto a a) Estudu kona-ba impaktu ambientál hosi projetu
implementar; ne’ebé atu implementa;
b) Estudo do impacto social da expropriação; b) Estudu kona-ba impaktu sosiál hosi esproriasaun;
c) Plano de realojamento; c) Planu realojamentu;
d) Os imóveis identificados como possível d) Soin-imovel sira ne’ebé identifika ona hanesan
alternativa à indemnização; alternativa posivel ba indemnizasaun;
e) Documentos relativos ao processo de tentativa de e) Dokumentu sira kona-ba prosesu tentativa hodi
aquisição por via do direito privado; halo akizisaun liuhosi direitu privadu;
f) A previsão do montante dos encargos a suportar f) Previzaun kona-ba montante enkargu ne’ebé
com a expropriação; suporta espropriasaun;
g) Outros documentos produzidos nas fases g) Dokumentu hirak seluk ne’ebé elabora iha faze
anteriores do processo expropriativo; anteriór sira prosesu espropriasaun nian;
h) Indicação da dotação orçamental que vai suportar h) Indikasaun kona-ba dotasaun orsamentu ne’ebé
os encargos com a expropriação e da respetiva sei suporta enkargu tanba espropriasaun no
cativação ou caução correspondente ou, em indikasaun ba kativasaun rasik, ka kausaun
alternativa, declaração emitida pelo órgão diretivo korespondente, ka nu’udar alternativa,
do Fundo Financeiro Imobiliário confirmando que deklarasaun ne’ebé emiti hosi órgaun diretivu
este vai suportar o pagamento da indemnização Fundu Finanseiru Imobiliáriu ne’ebé hatebes
devida. katak orsamentu ida-ne’e sei suporta selu
indemnizasaun.
3. O requerimento é apresentado pela entidade 3. Entidade benefisiária ba espropriasaun aprezenta
beneficiária ao Conselho de Ministros, precedido do rekerimentu ne’e ba Konsellu Ministru, prosede
pedido de parecer fundamentado do Ministro da pedidu paresér fundamentadu hosi Ministru Justisa.
Justiça.
4. O Ministro da Justiça pode requerer à entidade 4. Ministru Justisa bele rekere entidade benefisiária ba
beneficiária da expropriação que junte quaisquer espropriasaun atu kompleta tan kulkér dokumentu ka
outros documentos ou preste os esclarecimentos que halo esklaresimentu ne’ebé konsidera nesesáriu.
entenda necessários.
5. O Ministro da Justiça elabora o parecer no prazo de 5. Ministru Justisa elabora paresér iha loron-15 nia
quinze dias, a contar da receção do pedido e remete-o laran, sura hosi simu pedidu, no haruka pedidu ne’e
ao Conselho de Ministros. ba Konsellu Ministru.
6. O requerimento para a declaração de utilidade pública 6. Rekerimentu hodi hetan deklarasaun utilidade
é notificado aos interessados, contendo os elementos públika sei notifika ba ema-interesadu, tau ho
previstos nas alíneas do n.º 1. elementu sira ne’ebé prevee iha alínea sira iha nº 1.

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Artigo 34.º Artigu 34.º
Declaração de utilidade pública Deklarasaun utilidade públika
1. A competência para a declaração de utilidade pública 1. Konsellu Ministru maka iha kompeténsia ba
da expropriação dos bens imóveis e direitos a eles deklarasaun utilidade públika ba espropriasaun
inerentes é do Conselho de Ministros. soin-imovel no ba direitu ne’ebé liga ho soin-
imovel ne’e rasik.
2. A declaração de utilidade pública é aprovada por 2. Deklarasaun utilidade públika aprova liuhosi
Resolução do Governo, devendo ser devidamente Rezolusaun Governu nian, tenke ho fundamentu
fundamentada e obedecer aos demais requisitos no kumpri rekizitu hirak seluk tan ne’ebé tau iha
fixados nesta lei. lei.

Artigo 35.º Artigu 35.º


Publicação da declaração de utilidade pública Publika deklarasaun utilidade públika
1. A declaração de utilidade pública e a sua renovação são 1. Deklarasaun utilidade públika no ninia renovasaun
obrigatoriamente publicadas no Jornal da República e publika ho obrigatóriu iha Jornál Repúblika no
notificadas aos interessados conhecidos e devem ser notifika ba ema-interesadu koñesidu, ne’ebé tenke
averbadas no Cadastro Nacional de Propriedades e, hakerek ida ne’e iha Kadastru Nasionál Propriedade
ainda, no registo predial quando este exista. nomós, iha rejistu prediál bainhira eziste.
2. A publicação da declaração de utilidade pública deve 2. Publika deklarasaun utilidade públika tenke
identificar sucintamente os bens sujeitos a expropriação, indentifika ho liafuan badak kona-ba soin sira ne’ebé
com referência à descrição cadastral e predial quando tama ba espropriasaun, ho halo referénsia ba
esta exista, mencionar os direitos, ónus ou encargos que deskrisaun kadastrál no prediál bainhira eziste, no
sobre eles incidem e os nomes dos respetivos titulares, e temi direitu, ónus ka enkargu ne’ebé hamosu ba soin
indicar o fim da expropriação. sira no naran titulár sira nian no hatudu finalidade
espropriasaun nian.
3. A identificação referida no número anterior pode ser 3. Identifikasaun ne’ebé temi iha númeru liubá bele
substituída por planta, em escala adequada e troka ho planta, ho eskala adekuada no reprezenta ho
graficamente representada, que permita a delimitação gráfika, ne’ebé permiti lee bele didi’ak baliza soin
legível do bem necessário ao fim de utilidade pública. nian be presiza ba finalidade utilidade públika.
4. Quando se trate de expropriação por zonas ou lanços, da 4. Bainhira kona-ba espropria zona ka lansu, atu
publicação do ato declarativo consta a área total a publika aktu deklarativu sei tau área tomak ne’ebé
expropriar, a sua divisão de acordo com o faseamento, atu espropria, ninia divizaun tuir faze, prazu no
os prazos e a ordem de aquisição. orden akizisaun nian.

Artigo 36.º Artigu 36.º


Dever de comunicação Devér hodi komunika
1. Após a notificação da declaração de utilidade pública, 1. Hafoin notifika tiha deklarasaun utilidade públika,
os interessados devem comunicar à entidade ema-interesadu sira tenke fó-hatene entidade
beneficiária da expropriação, por escrito, qualquer benefisiária ba espropriasaun, ho hakerek, kona-ba
alteração da sua residência habitual ou sede. kualkér alterasaun ba ninia hela-fatin baibain ka
sede.

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2. A alteração da residência habitual ou da sede dos 2. Bainhira ema-interesadu sira la fó-hatene kona-ba
interessados que não tenha sido comunicada nos mudansa hela-fatin baibain ka sede, tuir termu
termos descritos no número anterior não constitui ne’ebé prevee iha númeru liubá, sei la sai nu’udar
fundamento para a repetição de quaisquer termos ou razaun atu repete fali kualkér termu ka dilijénsia ba
diligências do procedimento expropriativo. prosedimentu espropriasaun nian.

Artigo 37.º Artigu 37.º


Uso temporário de bens imóveis vizinhos Uza temporária soin-imovel viziñu nian
1. A declaração de utilidade pública confere à entidade 1. Deklarasaun utilidade públika fó ba entidade
beneficiária da expropriação o direito a usar benefisiária ba espropriasaun direitu atu uza ho
temporariamente bens imóveis vizinhos e neles efetuar temporáriu soin-imovel viziñu nian no iha ne’ebé
os trabalhos necessários ou impostos para a execução hala’o servisu nesesáriu ka determina ona ba hala’o
dos fins a que se destina a expropriação, nos termos finalidade espropriasaun nian, tuir termu ne’ebé
previstos nos estudos ou projetos aprovados ou daqueles prevee iha estudu ka projetu ne’ebé aprova ona, ka
que forem definidos na declaração de utilidade pública. sira ne’ebé defini iha deklarasaun utilidade públika.
2. A área a ser usada e a duração do uso devem limitar-se 2. Área ne’ebé atu uza no durasaun uza nian tenke
ao estritamente necessário à realização dos fins em limita ba buat ne’ebé maka presiza hodi hala’o
causa. finalidade sira.
3. O uso temporário de prédios vizinhos confere aos 3. Uza ho temporáriu prédiu viziñu nian fó ba ema-
interes- sados o direito a indemnização pelos danos interesadu direitu hodi hetan indemnizasaun ba
causados, nos termos gerais de direito. estragu ne’ebé hamosu, tuir termu jerál direitu nian.
4. A entidade beneficiária da expropriação notifica 4. Entidade benefisiária ba espropriasaun notifika ho
previamente os interessados prejudicados pelo uso antesipada ema-interesadu ne’ebé hetan prejuizu
temporário, com a antecedência mínima de trinta dias, tanba uza ho temporáriu ninia soin-imovel, mínima
do período no qual este irá decorrer e propõe o valor da loron tolunulu antes, iha períudu ne’e sei uza ho
indemnização prevista no número anterior. temporáriu no propoin valór indemnizasaun ne’ebé
prevee iha númeru liubá.
5. Se falhar o acordo entre as partes quanto ao valor da 5. Bainhira falla akordu entre parte sira kona-ba valór
indemnização, esta deve ser determinada nos termos indemnizasaun nian, indemnizasaun ne’e tenke
gerais de direito. determina tuir termu jerál direitu nian.
6. O uso temporário deve respeitar os princípios 6. Uza ho temporáriu tenke respeita prinsípiu sira
estabelecidos no artigo 8.º. ne’ebé hatuur iha artigu 8.º.

Artigo 38.º Artigu 38.º


Expropriação por zonas ou lanços Halo espropriasaun ba zona ka lansu
1. A expropriação pode ser feita de uma só vez, por 1. Espropriasaun bele halo dala ida de’it, ka ba zona
zonas ou lanços. ka lansu.
2. No caso de expropriação por zonas ou lanços, o ato de 2. Kona-ba espropria zona ka lansu, aktu ba
declaração de utilidade pública deve determinar, além deklarasaun utilidade públika tenke determina
da área total, a divisão desta e a ordem e os prazos mós, alende área tomak, divizaun zona nian no
para início da aquisição. orden no prazu atu hahú akizisaun.

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3. Os bens abrangidos pela segunda zona ou lanço e 3. Soin sira ne’ebé abranje iha zona daruak ka lansu
seguintes continuam na propriedade e posse dos no sira tuir tan kontinua nu’udar propriedade no
interessados até à data estabelecida nos termos do pose ema-interesadu nian to’o data ne’ebé hatuur
número anterior. iha termu númeru liubá.
4. Para o cálculo da indemnização relativa a prédios não 4. Atu kalkula indemnizasaun ba prédiu sira ne’ebé la
compreendidos na primeira zona definida nos termos tau iha zona dahuluk be defini tuir termu nº 2 nian,
do n.º 2, são atendidas as benfeitorias necessárias sei konsidera de’it benfeitoria nesesáriu ba prediu
neles introduzidas no período que mediar entre a data ne’ebé sukat entre data deklarasaun utilidade
da declaração de utilidade pública e a data da públika no data ne’ebé entidade benfisiária ba
aquisição da posse pela entidade beneficiária da espropriasaun adkiri pose, ba zona ka lansu ne’ebá.
expropriação da respetiva zona ou lanço.
5. A declaração de utilidade pública a que se refere o 5. Deklarasaun utilidade públika ne’ebé temi iha
presente artigo caduca, relativamente aos bens cuja artigu ida-ne’e kaduka, kona-ba soin sira ne’ebé
arbitragem não tiver sido promovida pela entidade entidade benefisiária ba espropriasaun la hala’o
beneficiária da expropriação, dentro do prazo de 1 ano arbitrajen, iha tinan-1 nia laran sura hosi determina
a contar do termo fixado para a aquisição da respetiva termu hodi adkiri zona ka lansu.
zona ou lanço.
6. Os interessados têm direito a ser indemnizados pelos 6. Ema-interesadu sira iha direitu atu hetan
prejuízos, direta e necessariamente resultantes do indemnizasaun ba prejuizu direta no ho nesesáriu
facto de o bem ter estado sujeito a expropriação. ne’ebé hamosu hosi faktu katak soin sujeita ba
espropriasaun.

Artigo 39.º Artigu 39.º


Caducidade da declaração de utilidade pública Deklarasaun utilidade públika kaduka
1. Sem prejuízo do disposto no n.º 3, a declaração de 1. Lahó hamosu prejuízu ba buat ne’ebé hakerek iha
utilidade pública caduca se não for promovida a n.º 3, deklarasaun utilidade públika kaduka
constituição da arbitragem no prazo de 1 ano a contar da bainhira la hala’o arbitrajen iha prazu tinan-1, sura
data da publicação da declaração de utilidade pública. hosi data publika deklarasaun utilidade públika.
2. A declaração de utilidade pública que tenha caducado, 2. Deklarasaun utilidade públika ne’ebé kaduka ona
pode ser renovada em casos devidamente bele hafoun fali bainhira iha fundamentu, no iha
fundamentados, no prazo máximo de 1 ano a contar da prazu másimu tinan-1, sura hosi ninia data kaduka,
data da sua caducidade, aproveitando-se os atos já aproveita ho aktu sira ne’ebé pratika ona.
praticados.
3. Tratando-se de obra contínua, a caducidade não pode ser 3. Kona-ba obra kontínua, kadusidade la bele invoka
invocada depois de aquela ter sido iniciada em qualquer hafoin obra kontínua hahú hala’o iha kualkér fatin
local do respetivo traçado, salvo se os trabalhos forem ne’ebé prevee tiha, exetu ba traballu sira ne’ebé
suspensos ou estiverem interrompidos por prazo suspende ka interrompe hela ho prazu liu tinan
superior a dois anos. rua.

Artigo 40.º Artigu 40.º


Posse administrativa Pose administrativa

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A entidade beneficiária da expropriação pode tomar posse Entidade benefisiária ba espropriasaun bele foti pose
administrativa do bem a expropriar após a publicação e administrativa ba soin ne’ebé atu espropria hafoin
notificação da declaração de utilidade pública e publika no notifika deklarasaun utilidade públika no
preenchidos todos os requisitos previstos no artigo prienxe rekizitu hotu-hotu ne’ebé prevee iha artigu
seguinte. tuirmai.

Artigo 41.º Artigu 41.º


Requisitos prévios à posse administrativa Rekizitu préviu ba pose administrativa
1. A investidura administrativa na posse dos bens não 1. Sei la bele foti pose administrativa ba soin
pode efetivar-se sem que previamente tenham sido: bainhira la hala’o uluk:
a) Publicada e notificada a declaração de utilidade a) Publikasaun no notifikasaun ba deklarasaun
pública e notificados os interessados da data e utilidade públika no fó-hatene ema-interesadu
hora a partir da qual tem efeito a tomada de posse sira kona-ba data no oras atu entidade
administrativa do bem pela entidade beneficiária benefisiária ba espropriasaun simu pose
da expropriação; administrativa ba soin;
b) Realizada a relação dos bens a expropriar b) Realizasaun deskrisaun ba soin ne’ebé atu
destinada a fixar os elementos de facto suscetíveis espropria ho objetivu atu determina elementu
de desaparecerem e cujo conhecimento seja de hosi faktu katak bele lakon no koñese katak
interesse ao julgamento do processo; iha interese ba julgamentu prosesu nian;
c) Implementado o plano de realojamento; c) Implementasaun ba planu realojamentu;
d) Entregues os bens imóveis de substituição, livres d) Entrega soin-imovel ne’ebé nu’udar
de ónus e en cargos conforme o acordado com os substituisaun, livre hosi ónus ka enkargu
interessados; haktuir akordu ho ema-interesadu sira.
e) Efetuado o depósito do montante da justa e) Depózitu iha banku ba montante justa
indemnização junto de uma instituição bancária, à indemnizasaun, ba ema-interesadu sira,
ordem dos interessados, se aquele e estes forem bainhira sira nu’udar ema koñesidu no la iha
conhecidos e não houver dúvidas sobre a dúvida kona-ba titularidade hosi direitu
titularidade dos direitos afetados. ne’ebé hetan prejuízu.
2. Deve ser concedido aos interessados um prazo 2. Tenke fó prazu natoon ba ema-interesadu sira atu
razoável para que estes desocupem o bem sai hosi rai ne’ebé espropria, ida-ne’e la bele liu
expropriado, o qual não pode exceder noventa dias. loron-90.
3. O prazo para desocupação do imóvel deve ser 3. Prazu atu hamamuk soin-imovel tenke hanaruk
especialmente alargado quando esteja em causa o bainhira haree kona-ba realojamentu ka ema-
realojamento ou perda de meios de subsistência dos interesadu sira lakon meiu hodi hatutun moris, ho
interessados, garantindo-se sempre o respeito pelos garante nafatin respeitu ba prinsípiu ne’ebé hatuur
princípios estabelecidos no artigo 8.º. iha artigu 8.º.
4. A DNTPSC pode recorrer às autoridades policiais a 4. DNRPSK bele husu autoridade polisia ho
fim de efetivar o despejo administrativo, nos casos em objetivu ba hala’o despezu administrativu
que os bens expropriados não se encontrem livres e bainhira soin ne’ebé espropria la livre no okupa
desocupados, tendo decorrido o prazo para a sua hela, maske ramata ona prazu hodi hamamuk.
desocupação.

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5. O depósito prévio é dispensado nos casos de 5. La presiza depózitu préviu bainhira halo
expropriação por motivos especiais a que se refere o espropriasaun tanba motivu espesiál ne’ebé refere
artigo 13.º e deve o mesmo ser efetuado no mais curto iha artigu 13.º, tenke halo depózitu ne’e iha tempu
prazo possível. badak nia laran.

Artigo 42.º Artigu 42.º


Despejo Despezu
1. As situações de despejo a que houver lugar por força 1. Situasaun despezu ne’ebé fó forsa atu aplika lei
da aplicação da presente lei são reguladas por decreto- ida-ne’e, ne’ebé regula tuir dekretu-lei.
lei.
2. O despejo deve ser realizado em condições que 2. Hala’ok despezu tenke iha kondisaun ne’ebé fó
garantam a dignidade da pessoa humana, os direitos e garantia dignidade ema nian, direitu no seguransa
a segurança das pessoas por ele afetadas, bem como o ba ema ne’ebé afeta, nomós respeita nafatin ba
respeito pelos princípios da proporcionalidade, da prinsípiu no proporsionalidade, ba adekuasaun no
adequação e da não discriminação. lahó diskriminasaun.

SECÇÃO III SEKSAUN III


Expropriação amigável ESPROPRIASAUN AMIGAVEL
Artigo 43.º Artigu 43.º
Expropriação amigável Espropriasaun amigavel
1. A notificação da declaração de utilidade pública pela 1. Notifikasaun deklarasaun utilidade públika ne’ebé
entidade beneficiária da expropriação aos interessados entidade benefisiária ba espropriasaun fó ba ema-
deve ser acompanhada da proposta de aquisição por interesadu sira tenke tau ho proposta akizisaun
expropriação amigável. liuhosi espropriasaun amigavel.
2. Após a notificação, os interessados têm o prazo de 2. Hafoin notifikasaun, ema-interesadu sira iha prazu
vinte dias, contados a partir da receção da proposta, loron ruanulu, sura hosi simu proposta, atu ko’alia
para se pronunciarem sobre a proposta apresentada ou kona-ba proposta ne’ebé aprezenta ona ka
apresentar contra proposta. aprezenta kontraposta.
3. Na falta de acordo sobre o valor ou termos da 3. Bainhira falta akordu kona-ba valór ka termu sira
indemnização dá-se início ao processo de arbitragem. idemnizasaun nian, hahú halo prosesu arbitrajen.
4. Havendo acordo entre as partes aplica-se o disposto 4. Bainhira iha akordu entre parte sira, aplika buat
no artigo 31.º, com as necessárias adaptações. ne’ebé hakerek iha artigu 31º, ho adaptasaun
nesesária.

SECÇÃO IV SEKSAUN IV
Expropriação litigiosa ESPRORIASAUN LITIJIOZA
SUBSECÇÃO I SUBSEKSAUN I
Arbitragem ARBITRAJEN
Artigo 44.º Artigu 44.º
Arbitragem Arbitrajen

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1. Na falta de acordo sobre o valor da indemnização, é 1. Bainhira falta akordu kona-ba valór indemnizasaun
este fixado por meio de arbitragem, da qual cabe nian, sei determina valór ida-ne’e liuhosi
recurso para os tribunais comuns. arbitrajen, ho rekursu ba tribunál komún.
2. A arbitragem destina-se unicamente a fixar o 2. Arbitrajen destina atu determina de’it kona-ba
montante da justa indemnização devida pela montante ba justa idemnizasaun tanba
expropriação. espropriasaun.
3. Da decisão arbitral cabe sempre recurso com efeito 3. Bele aprezenta rekursu kona-ba desizaun iha
meramente devolutivo, para o tribunal de primeira arbitrajen, ho efeitu devolutivu ba tribunál distritál
instância do lugar da situação dos bens ou da sua hosi fatin ne’ebé soin-imovel iha ba ka ninia
maior extensão. estensaun boot.

Artigo 45.º Artigu 45.º


Promoção da arbitragem Promove arbitrajen
Compete ao Ministério da Justiça, por requerimento da Nu’udar kompeténsia Ministériu Justisa nian, liuhosi
entidade beneficiária da expropriação, promover a rekerimentu hosi entidade benefisiária ba
constituição e o funcionamento da arbitragem, a qual esproripriasaun, atu konstitui no halo funsiona
corre junto de um árbitro único nomeado para esse efeito arbitrajen, ne’ebé sei hala’o ho prezensa hosi árbitru
pelo tribunal de primeira instância da localização do bem úniku ida ne’ebé nomeia tiha ba ida-ne’e hosi tribunál
imóvel a expropriar. primeira intansia hosi fatin soin-imovel ne’ebé atu
espropria nian.

Artigo 46.º Artigu 46.º


Designação do árbitro Nomeia árbitru
1. Para os efeitos do disposto no artigo anterior, o 1. Ba efeitu hosi buat ne’ebé hatuur iha artigu liubá,
Ministério da Justiça solicita a designação de um Ministériu Justisa husu nomeia árbitru direta hosi
árbitro diretamente ao tribunal de primeira instância tribunál primeira instansia hosi fatin soin-imovel
da localização do bem imóvel a expropriar, ne’ebé atu espropria nian, haruka kedas ba ninia
remetendo-lhe logo todos os documentos constantes dokumentu hotu-hotu ne’ebé hola-parte iha
do processo. prosesu.
2. O despacho de designação do árbitro é proferido no 2. Despaxu atu nomeia árbitru sei fó-sai iha loron-10
prazo de dez dias. nia laran.
3. O tribunal notifica a entidade beneficiária da 3. Tribunál notifika entidade benefisiária ba
expropriação, a DNTPSC e os interessados da espropriasaun, DNRPSK no ema-interesadu sira
nomeação de árbitro. kona-ba nomeasaun árbitru nian.

Artigo 47.º Artigu 47.º


Autuação Autuasaun
1. É aberto um processo de expropriação com referência 1. Prosesu espropriasaun ba soin-imovel ida-idak
a cada um dos imóveis abrangidos pela declaração de ne’ebé tau iha deklarasaun utilidade públika, sei
utilidade pública. hala’o ho nakloke.
2. Quando dois ou mais bens imóveis tenham pertencido 2. Bainhira soin-imovel rua ka liu maka pertense ba

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ao mesmo proprietário ou conjunto de na’in ida de’it ka komproprietáriu lubun ida,
comproprietários, é obrigatória a apensação dos nu’udar obrigatóriu atu halo apensasaun ba prosesu
processos em que não se verifique acordo sobre os sira ne’ebé la verifika akordu kona-ba montante
montantes das indemnizações. indemnizasaun nian.

Artigo 48.º Artigu 48.º


Competência do árbitro único Árbitru úniku nia kompeténsia
Ao árbitro cabe fixar o valor da justa indemnização no Nu’udar kompeténsia árbitru nian atu determina justa
caso de falta de acordo entre as partes, podendo ordenar a idemnizasaun ba kazu ne’ebé parte sira la iha akordu,
repetição das diligências que se mostrem necessárias, a bele haruka hodi repete dilijiénsia sira ne’ebé nesesária
fim de tomar uma decisão fundamentada quanto ao valor hodi foti desizaun ho fundamentu kona-ba valór
da indemnização devida. indemnizasaun nian.

Artigo 49.º Artigu 49.º


Decisão arbitral Desizaun árbitru nian
1. A decisão do árbitro fixa o valor da justa 1. Desizaun árbitru nian determina valór justa
indemnização e deve ser devidamente fundamentada e indemnizasaun, ne’ebé tenke ho fundamentu, no
indicar os elementos que servem de base ao cálculo da indika elementu sira ne’ebé sai nu’udar baze hodi
indemnização proposta, bem como a justificação dos kalkula indemnizasaun ne’ebé propoin, nune’e
critérios de cálculo adotados. mós justifikasaun ba kritériu sira ne’ebé adapta
tiha ba halo kálkulu.
2. Para além de fixar o valor da justa indemnização, o 2. Alende determina valór justa indeminizasaun nian,
árbitro pode ainda responder a eventuais questões árbitru bele hatán kestaun ne’ebé parte sira
suscitadas pelas partes. aprezenta.
3. O árbitro decide no prazo máximo de trinta dias a 3. Árbitru desidi másimu iha loron-30 nia laran, sura
contar da sua nomeação e notifica as partes da sua hosi ninia nomeasaun, ne’ebé iha loron-7 nia laran
decisão no prazo de sete dias. tenke notifika parte sira kona-ba ninia desizaun.
4. Em casos devidamente justificados, designadamente 4. Ba kazu sira ne’ebé iha justifikasaun, liuliu tanba
em razão do número de arbitragens, o prazo de númeru arbitrajen, bele prorroga to’o loron-60
decisão a que se refere o número anterior pode ser prazu atu desidi ne’ebé refere iha númeru liubá,
prorrogado até sessenta dias, a requerimento do liuhosi rekerimentu árbitru nian, ne’ebé hato’o ba
árbitro, dirigido ao tribunal que o nomeou. tribunál ne’ebé nomeia nia.
5. Não tendo sido apresentada impugnação judicial da 5. La aprezenta tiha rekursu ba desizaun árbitru nian
decisão arbitral nos termos do artigo 50.º, a entidade tuir termu artigu 50.º, entidade benefisiária ba
beneficiária da expropriação diligencia o pagamento espropriasaun hala’o pagamentu ba montrante
do montante arbitrado nos termos do artigo 62.º ou ne’ebé desidi ona tuir termu artigu 62.º ka haruka
remete a decisão arbitral para o Fundo Financeiro desizaun árbitru nian ba Fundu Finanseiru
Imobiliário, quando aplicável. Imobiliáriu, bainhira bele aplika.

SUBSECÇÃO II SUBSEKSAUN II
Impugnação judicial da decisão APREZENTA REKURSU BA DESIZAUN

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arbitral ÁRBITRU NIAN
Artigo 50.º Artigu 50.º
Impugnação judicial da decisão arbitral Aprezenta rekursu ba desizaun árbitru nian
1. A impugnação judicial da decisão arbitral deve ser 1. Aprezenta rekursu ba desizaun árbitru nian tenke
interposta no prazo de trinta dias a contar da hala’o iha loron-30 nia laran, sura hosi notifika
notificação da decisão arbitral às partes. desizaun árbitru nian ba parte sira.
2. A impugnação judicial da decisão arbitral tem efeito 2. Aprezenta rekursu ba desizaun arbitru nian iha
meramente devolutivo relativamente ao andamento da efeitu devolutivu kona-ba andamentu espropriasau
expropriação. nian.
3. Existindo impugnação judicial da decisão arbitral, o 3. Bainhira iha rekursu ba desizaun arbitru nian, juis
juiz deve atribuir imediatamente aos interessados o tenke atribui kedas montante ne’ebé verifika
montante sobre o qual se verifique acordo e ordenar konkorda ona ba ema-interesadu sira, no ba ida-
para esse efeito que a entidade beneficiária da ne’e haruka entidade benefisiária ba espropriasaun
expropriação ou o Fundo Financeiro Imobiliário ka Fundu Finanseiru Imobiliáriu atu depozita
efetue o depósito do montante em causa junto de uma montante enkauza iha instituisaun bankária iha
instituição bancária no prazo de quinze dias, e notifica prazu loron-15 nia laran, no fó-hatene depózitu
de tal depósito os interessados. ne’e ba ema-interesadu sira.
4. Qualquer dos titulares do direito à indemnização pode 4. Kualkér títulár sira ba direitu indemnizasaun bele
requerer, no prazo de quinze dias a contar da rekere, iha loron-15 nia laran, sura hosi
notificação da decisão a que se refere o número notifikasaun ba desizaun ne’ebé refere iha númeru
anterior, que lhe seja entregue a parte da quantia sobre liubá, atu entrega ba sira osan ne’ebé konkorda no
a qual se verifica acordo e que lhe couber, mediante ne’ebé determina ba sira, liuhosi fó garantia
prestação de garantia bancária ou seguro-caução de bankária ka kausaun-seguru henesan ho montante.
igual montante.
5. O valor do processo corresponde ao valor oferecido 5. Valór prosesu nian korresponde ho valór ne’ebé
pela entidade beneficiária da expropriação ou o entidade benefisiária ba esproriasaun oferese ka
solicitado pelos interessados, no caso de este ser ida-ne’ebé ema-interesadu sira husu, bainhira ida-
superior. ne’e boot liu.

Artigo 51.º Artigu 51.º


Dúvidas sobre a titularidade de direitos Dúvida kona-ba titularidade direitu nian
1. Se o pagamento da indemnização depender da decisão 1. Bainhira selu indemnizasaun depende ba desizaun
de uma questão prévia ou prejudicial respeitante à hosi kestaun prévia ka prejudisiál kona-ba
titularidade da indemnização, esta é decidida nos titularidade indemnizasaun nian, ida-ne’e sei desidi
termos do Regime Especial para a Definição da haktuir Rejime Espesiál kona-ba Definisaun
Titularidade dos Bens Imóveis. Tutularidade Soin-Imovel nian.
2. Enquanto não estiver definitivamente resolvida a 2. Bainhira seidauk rezolve ho loos kedas kona-ba
questão da titularidade do direito à indemnização, não kestaun titularidade ba direitu hodi hetan
se procede a nenhum pagamento que dela dependa, indemnizasaun, sei la halo pagamentu ne’ebé
sem que seja prestada caução. depende ba rezolusaun maske fó ona kausaun.

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3. A caução prestada garante também o recebimento da 3. Kausaun ne’ebé fó ona garante mós atu ema
indemnização por aquele a quem, na respetiva ação, ne’ebé, iha asaun ne’e, hetan rekoñesimentu
seja reconhecido definitivamente o direito à mesma. definitivu ba direitu soin, atu simu indemnizasaun.

Artigo 52.º Artigu 52.º


Avaliação Avaliasaun
1. A realização de nova avaliação requerida por alguma 1. Realizasaun ba avaliasaun foun ne’ebé husu hosi
das partes segue as regras do Código de Processo parte ruma halo-tuir regra Kódigu Prosesu Sivíl
Civil aplicáveis à peritagem. ne’ebé aplika ba peritajen.
2. Cabe à entidade beneficiária da expropriação o 2. Nu’udar kompeténsia entidade benefisiária ba
pagamento dos encargos com a avaliação e inspeção espropriasaun nian atu selu enkargu ho
judicial. avaliasaun no inspesaun judisiál.
3. Não há lugar à realização de uma segunda avaliação. 3. La iha avaliasaun daruak.

Artigo 53.º Artigu 53.º


Decisão Desizaun
1. O juiz fixa o montante das indemnizações a pagar pela 1. Juis determina montante indemnizasaun nian
entidade beneficiária da expropriação, por sentença ne’ebé entidade benefisiária ba espropriasaun atu
devidamente fundamentada nos termos do Código de selu, liuhosi sentensa ne’ebé ho fundamentu tuir
Processo Civil. buat ne’ebé hakerek iha Kódigu Prosesu Sivíl.
2. A sentença é notificada às partes, podendo dela ser 2. Sei notifika sentensa ba parte sira, no bele
interposto recurso com efeito meramente devolutivo. aprezenta rekursu ho efeitu devolutiva ba sentensa
ne’e.
3. É aplicável o disposto no n.º 2 do artigo 50.º, com as 3. Sai aplikavel maka buat ne’ebé hakerek iha n.º 2
necessárias adaptações. artigu 50 nian, ho adaptasun ne’ebé presiza.

CAPÍTULO III KAPÍTULU III


Garantias dos interessados GARANTIA EMA-INTERESADU SIRA-NIAN
Artigo 54.º Artigu 54.º
Reclamação e recurso hierárquico Reklamasaun no rekursu ierárkiku
A reclamação e o recurso hierárquico dos atos Reklamasaun no rekursu ierárkiku ba aktu
administrativos previstos na presente lei fazem-se nos administrativu ne’ebé prevee iha lei ida-ne’e halo tuir
termos gerais do procedimento administrativo. termu jerál prosedimentu administrativu nian.

Artigo 55.º Artigu 55.º


Impugnação judicial da expropriação Aprezenta rekursu kona-ba espropriasaun
1. A impugnação judicial da existência de motivo de 1. Aprezenta rekursu ba ezisténsia motivu utilidade
utilidade pública ou da violação dos princípios da públika nian ka violasaun ba prinsípiu sira
expropriação é feita diretamente no tribunal de espropriasaun nian, sei halo ho direta iha tribunál
primeira instância da localização do bem imóvel a distritál hosi fatin soin-imovel ne’ebé atu espropria
expropriar. nian.

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2. A impugnação judicial pela falta de cumprimento dos 2. Aprezenta rekursu tanba falta kumpri rekizitu atu
requisitos para tomada de posse administrativa do simu pose administrativu ba soin ne’ebé espropria
bem expropriado ou do não reconhecimento de ka la iha rekoñesimentu ba ema-interesadu, bele
interessados, pode ser feita diretamente no tribunal de halo ho direta iha tribunál distritál hosi fatin soin-
primeira instância da localização do bem imóvel a imovel ne’ebé atu espropria.
expropriar.
3. As impugnações a que se referem os números 3. Rekursu sira ne’ebé temi iha númeru hirak liubá
anteriores devem ser apresentadas no prazo de tenke aprezenta iha loron-90 nia laran, sura hosi
noventa dias a contar respetivamente da notificação da notifika desizaun espropriasaun nian, notifikasaun
decisão de expropriar, da notificação para a tomada de ba simu pose administrativu soin nian ka
posse administrativa do bem ou do conhecimento do koñesimentu ba aktu ne’ebé ema-interesadu la
ato em que o interessado não é reconhecido. hetan rekoñesimentu.
4. A impugnação judicial tem efeito meramente 4. Aprezentasaun rekursu iha efeitu devolutivu, exetu
devolutivo, salvo decisão de suspensão da execução ba desizaun hodi suspende ezekusaun ne’ebé
ordenada por providência cautelar não especificada. ordena hosi providénsia kautelár ne’ebé la
espesifika.

CAPÍTULO IV KAPÍTULU IV
Justa indemnização JUSTA INDEMNIZASAUN
SECÇÃO I SEKSAUN I
Determinação da justa indemnização DETERMINA INDEMNIZASAUN JUSTA
Artigo 56.º Artigu 56.º
Direito a justa indemnização Direitu ba hetan indemnizasaun justa
1. A expropriação por utilidade pública de quaisquer 1. Espropria kualkér soin ka direitu tanba utilidade
bens ou direitos confere aos interessados o direito de públika fó direitu ba ema-interesadu sira atu simu
receber o pagamento prévio de uma justa pagamentu préviu justa indemnizasaun ida.
indemnização.
2. Havendo acordo dos interessados, deve ser dada 2. Bainhira iha akordu hosi ema-interesadu sira,
preferência ao pagamento da indemnização através da tenke fó referénsia ba selu indemnizasaun liuhosi
transmissão da propriedade de um bem imóvel do transmiti propriedade soin-imovel Estadu nian.
Estado.
3. Na expropriação de direitos diversos da propriedade 3. Bainhira espropria direitu oioin propriedade plena
plena, a indemnização é determinada de harmonia nian, determina indemnizasaun ho hanesan valór
com o valor fixado para aquele imóvel. ne’ebé determina ba soin-imovel ne’ebá.
4. Ficam sub-rogados no preço quaisquer ónus ou 4. Kualkér onus ka direitu ne’ebé liga ho soin be
direitos que recaiam sobre o bem expropriado. espropria sei troka fali ba folin.

Artigo 57.º Artigu 57.º


Princípios da compensação Prinsípiu sira konpensasaun nian
A determinação da justa indemnização deve ter em conta: Atu determina justa indemnizasaun tenke haree ho:

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a) O princípio da compensação dos interessados a) Prinsípiu kompensasaun ba ema-interesadu tanba
pelos custos financeiros resultantes da kustu finanseiru hamosu hosi espropriasaun, maka
expropriação, tais como custos com o hanesan kustu realojamentu, lakon komérsiu nian
realojamento, perdas comerciais ou outros; ka sira seluk;
b) O princípio da compensação dos interessados por b) Prinsípiu kompensasaun ba ema-interesadu ho
outros valores sem natureza patrimonial. valór seluk ne’ebé lahó natureza patrimóniu.

Artigo 58.º Artigu 58.º


Cálculo do montante da indemnização Kálkulu montante indemnizasaun nian
1. Sem prejuízo dos princípios acima estabelecidos, a 1. Lahó hamosu prejuízu ba prinsípiu ne’ebé
indemnização é calculada com base no valor de estabelese iha leten, kalkula valór indemnizasaun
Mercado do imóvel, calculado à data da declaração de bazeia ba valór soin nian, ne’ebé kalkula iha data
utilidade pública, tendo em conta o valor do solo e o deklarasaun utilidade públika, hodi konsidera valór
custo de substituição de eventuais construções ou rai nian, no kustu substituisaun eventuál ba
plantações. konstrusaun ka plantasaun.
2. Nos casos de renovação ou de emissão de nova 2. Kona-ba hafoun fali ka emiti deklarasaun utilidade
declaração de utilidade pública, o montante da públika foun, tenke atualiza fali montante
indemnização apurado deve ser objeto de atualização. idemnizasaun ne’ebé apuradu.
3. Para os efeitos da aplicação da presente lei, o valor 3. Ba efeitu sira aplikasaun lei ida-ne’e nian, valór
dos bens imóveis urbanos e rústicos, tendo em conta hosi soin-imovel sira iha sidade laran no iha foho
as suas finalidades, seja industrial, comercial, ne’ebá sei sai objetu regulasaun posteriór hosi
agrícola, habitacional ou outra, deve ser objeto de Dekretu Governu nian, ne’ebé sei haree hosi sira
regulamentação posterior por Decreto do Governo. ninia finalidade industriál, komersiál, agríkola,
uma hela ka finalidade seluk tan.

Artigo 59.º Artigu 59.º


Publicidade da indemnização Publika idemnizasaun
1. Os valores, os bens imóveis ou quaisquer outros 1. Sei publika valór, soin-imovel ka kualkér direitu
direitos transmitidos a título de indemnização são seluk ne’ebé trasmiti ona ho títulu indemnizasaun.
públicos.
2. A entidade beneficiária da expropriação promove a 2. Entidade benefisiária ba espropriasaun publika iha
publicação no Jornal da República dos valores pagos Jornál Repúblika kona-ba valór ne’ebé selu ona ka
ou dos bens imóveis entregues em alternativa à soin-imovel ne’ebé entrega hanesan alternativa ba
indemnização, nos termos da presente lei. indemnizasaun, tuir termu lei ida-ne’e.
3. A publicação a que se refere o artigo anterior deve ser 3. Publikasaun ne’ebé refere iha númeru liubá, tenke
feita no prazo máximo de quinze dias após o halo iha másimu loron-15 nia laran hafoin selu
pagamento de quaisquer quantias. kualkér kuantia.

SECÇÃO II SEKSAUN II
Pagamento da indemnização SELU INDEMNIZASAUN

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Artigo 60.º Artigu 60.º
Meios de pagamento da indemnização Meiu sira hodi selu idemnizasaun
1. A indemnização resultante de expropriação por 1. Indemnizasaun ba espropriasaun tanba utilidade
utilidade pública é paga em dinheiro, de uma só vez, públika sei selu ho osan, dala ida de’it, ka ho
ou em espécie, através da cedência de um bem espésie, liuhosi fó soin ekivalente, exetu ba
equivalente, salvo as exceções previstas nos números exepsaun sira ne’ebé prevee iha númeru sira
seguintes. tuirmai.
2. Nas aquisições por via do direito privado, as partes 2. Kona-ba akizisaun liuhosi direitu privadu, parte
podem acordar no pagamento da indemnização em sira bele konkorda selu indemnizasaun liuhosi
prestações ou na cedência de bens ou direitos de prestasaun ka fó soin ka direitu ne’ebé konkorda
acordo com o previsto no artigo seguinte. ona ho ida-ne’ebé prevee iha artigu tuirmai.
3. O disposto no número anterior aplica-se à transação 3. Buat ne’ebé hakerek iha númeru liubá aplika ba
judicial ou extrajudicial na pendência do processo de transaksaun judisiál ka estrajudisiál ba prosesu
expropriação. espropriasaun ne’ebé pendente.
4. As indemnizações a serem pagas por expropriações 4. Indemnizasaun ne’ebé atu selu ba espropriasaun
efetuadas ao abrigo da presente lei podem ser ne’ebé hala’o tiha haktuir mahon lei ida-ne’e nian,
satisfeitas através do Fundo Financeiro Imobiliário. bele konkretiza liuhosi Fundu Finanseiru
Imobiliáriu.

Artigo 61.º Artigu 61.º


Cedência de bens ou direitos Fó soin ka direitu
1. As partes podem acordar que a indemnização seja 1. Parte sira bele konkorda katak indemnizasaun selu
satisfeita, total ou parcialmente, através da cedência totál ka sorin balu de’it, liuhosi fó soin ka direitu
de bens ou direitos aos interessados. ba ema-interesadu.
2. No caso de indemnização através da cedência de bens 2. Ba halo indemnizasaun liuhosi fó soin-imovel,
imóveis, a DNTPSC é responsável pela identificação, DNRPSK nu’udar responsavel ba identifika, entre
de entre os imóveis do domínio privado do Estado, de soin sira domíniu privadu Estadu nian, soin-imovel
um imóvel com características semelhantes ao imóvel ida ho karatér hanesan ho soin ne’ebé espropria
expropriado. tiha.
3. A cedência de bens imóveis obedece ao disposto na 3. Fó soin-imovel halo-tuir buat ne’ebé hakerek iha
legislação aplicável aos bens do domínio privado do lejizlasaun aplikavel ba soin-imovel domíniu
Estado. privadu Estadu nian.

Artigo 62.º Artigu 62.º


Forma de pagamento da indemnização Forma selu indemnizasaun
1. Alcançado o valor da indemnização, a entidade 1. Bainhira alkansa tiha valór indemnizasaun,
beneficiária da expropriação diligencia o pagamento entidade benefisiária ba espropriasaun selu
do montante em causa no prazo não superior a trinta montante enkauza iha prazu la bele liu hosi loron-
dias ou requer ao Fundo Financeiro Imobiliário a 30 nia laran, ka rekere ba Fundu Finanseiru
realização do pagamento no mesmo prazo, quando Imobiliáriu hodi selu tuir prazu hanesan, bainhira
aplicável. aplika.

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2. A entidade beneficiária da expropriação notifica os 2. Entidade benefisiária ba espropriasaun notifika
interessados da realização do depósito feita em seu ema-interesadu sira kona-ba depózitu ne’ebé halo
nome junto de uma instituição financeira. ba nia naran iha instituisaun finanseira.
3. Os interessados podem levantar os montantes 3. Ema-interesadu sira bele foti osan ne’ebé depozita
depositados, sem prejuízo da sua impugnação nos ona, lahó hamosu prejuízu ba rekursu haktuir buat
termos do artigo seguinte e do disposto no n.º 2 do ne’ebé hakerek iha artigu tuirmai no iha n.º 2
artigo 51.º. artigu 51.º.

Artigo 63.º Artigu 63.º


Impugnação dos montantes Aprezenta rekursu ba montante sira-ne’ebé
depositados depozita tiha
1. Quando o pagamento a que se refere o artigo anterior 1. Bainhira la halo pagamentu ne’ebé temi iha artigu
não tenha sido efetuado ou sendo o mesmo liubá ka pagamentu ne’e la natoon, ema-interesadu
insuficiente, os interessados podem impugnar sira bele aprezenta rekursu kona-ba montante
judicialmente os montantes recebidos, especificando ne’ebé simu, ho espesifika valór no aprezenta no
os valores devidos, apresentando e requerendo todos rekere meiu hotu-hotu prova nian.
os meios de prova.
2. Admitida a impugnação, o Fundo Financeiro 2. Admiti tiha rekursu, Fundu Finanseiru Imobiliáriu
Imobiliário ou a entidade beneficiária da expropriação ka entidade benefisiária ba espropriasaun hetan
é notificada para responder no prazo de quinze dias e notifikasun atu hatán iha loron-15 nia laran no
para apresentar e requerer todos os meios de prova. aprezenta no rekere meiu hotu-hotu prova nian.
3. Produzidas as provas que o juiz considerar 3. Prodús tiha prova ne’ebé juís konsidera nesesária,
necessárias, é proferida decisão que fixa os montantes sei fó sai desizaun hodi determina montante no
devidos e determina a realização do depósito determina atu halo depózitu komplementár, iha
complementar que for devido, no prazo de quinze loron-15 nia laran.
dias.
4. Não tendo sido efetuado o depósito no prazo fixado, o 4. Bainhira la halo depózitu tuir prazu ne’ebé hatuur
juiz ordena o pagamento por força das cauções tiha, juís haruka selu liuhosi kausaun prestada, ka
prestadas ou as providências que se revelarem providénsia hirak-ne’ebé nesesária, liuliu notifika
necessárias, designadamente a notificação do serviço servisu ne’ebé haree kona-ba avale Estadu nian,
que tem a seu cargo os avales do Estado, para que este atu nia depozita montante ne’ebé falta, hodi troka
efetue o depósito do montante em falta, em Fundu Finanseiru Imobiliáriu ka entidade
substituição do Fundo Financeiro Imobiliário ou da benefisiária hosi espropriasaun.
entidade beneficiária da expropriação.
5. No caso de aquisição por via do direito privado ou 5. Kona-ba akizisaun liuhosi direitu privadu ka
expropriação amigável, decorridos trinta dias sobre a espropriasaun amigavel, ramata tiha loron-30 hosi
data acordada para o pagamento de qualquer data ne’ebé konkorda tiha hodi selu kualkér
prestação, sem que a mesma se mostre realizada, o prestasaun maibé la halo ida-ne’e, ema-interesadu
interessado pode requerer as providências a que se sira bele husu providénsia ne’ebé temi iha númeru
referem os números anteriores, devendo juntar a cópia sira liubá, tenke tau ho kópia akordu ne’ebé selebra
do acordo celebrado. tiha.

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CAPÍTULO V KAPÍTULU V
Disposições finais DISPOZISAUN IKUS
Artigo 64.º Artigu 64.º
Lista de árbitros Lista árbitru nian
1. O árbitro nomeado pelo tribunal de primeira instância 1. Tribunál primeira instansia hosi fatin soin-imovel
da localização do bem imóvel a expropriar deve ser ne’ebé atu espropria nian maka nomeia árbitru,
escolhido de entre peritos constantes de uma lista ne’ebé tenke hili entre péritu sira hosi lista ofisiál
oficial. ida.
2. O Ministério da Justiça promove a criação da lista 2. Ministériu Justisa elabora lista ofisiál árbitru nian,
oficial de árbitros, os quais devem ser selecionados de ne’ebé tenke hili entre ema sira ho formasaun
entre pessoas com formação específica para a espesífika atu halo avaliasaun ba soin-imovel.
avaliação de bens imóveis.
3. Enquanto não for publicada a lista a que se refere o 3. Bainhira la publika lista ne’ebé temi iha númeru
número anterior, a nomeação deve obedecer a uma liubá, nomeasaun ne’e tenke obedese avaliasaun
avaliação curricular de entre potenciais candidatos e kurrikulár entre kandidatu potensiál sira, buka
deve-se procurer nomear peritos com conhecimentos nomeia péritu sira ho koñesimentu ba área sira
em áreas tais como engenharia, arquitetura, economia hanesan Enjeñaria, Arkitetura, Ekonomia ka
ou direito ou outras areas relevantes. Direitu, ka área relevante seluk.
4. A nomeação referida no número anterior pode 4. Nomeasaun ne’ebé temi iha númeru liubá bele mós
igualmente recair sobre uma pessoa singular ou hosi ema-singulár ka koletiva ne’ebé rekoñese
coletiva com reconhecida experiência na avaliação de katak iha esperiénsia ba avalia soin-imovel.
bens imóveis.

Artigo 65.º Artigu 65.º


Plano anual de expropriações e respetivos Planu tinan-tinan kona-ba espropriasaun no
encargos enkargu
1. Para efeitos da planificação anual dos procedimentos 1. Atu halo planu tinan-tinan kona-ba prosedimentu
expropriativos e respetivos encargos, os ministérios espropriativu no enkargu, ministériu interesadu
interessados apresentam ao Ministro da Justiça, até sira tenke aprezenta ba Ministru Justisa, to’o loron-
sessenta dias antes da data de apresentação e 60 molok data aprezentasaun no diskusaun iha
discussão em Conselho de Ministros da Proposta de Konsellu Ministru kona-ba Proposta Lei ba
Lei do Orçamento Geral do Estado, uma lista de Orsamentu Estadu, lista espropriasaun previzivel
expropriações previsíveis para o ano a que o ba tinan ida ne’ebé iha Orsamentu no estimativa
Orçamento respeita e respetiva estimativa de indemnizasaun nian.
indemnizações.
2. Com base nos dados facultados pelos diversos 2. Bazeia ba dadus ne’ebé hetan hosi Ministériu oioin
ministérios ao abrigo do n.º 1, o Ministro da Justiça tuir mahon n.º 1, Ministru Justisa tenke elabora
elabora um plano anual de expropriações, a ser planu anuál ida espropriasaun previzivel nian,
aprovada por Resolução do Conselho de Ministros. ne’ebé sei aprova liuhosi Rezolusaun Konsellu
Ministru nian.
3. Os dados indicados ao abrigo do n.º 1 do presente 3. Dadus sira ne’ebé indika tiha haktuir n.º1 artigu

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artigo e constantes da lista referida no n.º 2 devem ser ida-ne’e nian no lista ne’ebé tau iha n.º 2, tenke
utilizados na aprovação dos montantes a serem afetos uza bainhira aprova montante ne’ebé atu foti hosi
ao Fundo Financeiro Imobiliário, para efeitos de Fundu Finanseiru Imobiliáriu hodi uza ba selu
pagamento de indemnizações resultantes de idemnizasaun tanba espropriasaun ka akizisaun
expropriação ou aquisições por via do direito privado. liuhosi direitu privadu.

Artigo 66.º Artigu 66.º


Fundo Financeiro Imobiliário Fundu Finanseiru Imobiliáriu
1. É criado o Fundo Financeiro Imobiliário, como fundo 1. Kria Fundu Finanseiru Imobiliáriu, nu’udar fundu
autónomo, dotado de autonomia administrativa, autónomu, ne’ebé fó autonomia administrativa,
patrimonial e financeira e com personalidade jurídica. patrimoniál no finanseira no personalidade jurídika.
2. O Fundo Financeiro Imobiliário destina-se a financiar: 2. Fundu Finanseiru Imobiliáriu ninia finalidade maka:
a) Compensações a pagar pelo Estado nos termos do a) Finansia kompensasaun ne’ebé estadu atu selu
Regime Especial para a Definição da Titularidade tuir rejime espesiál ba definisaun titularidade
de Bens Imóveis, independentemente de quem soin-imovel, la kona ema ne’ebé lori hela todan
venha a suportar efetivamente o encargo da kompensasaun nian, nune’e nu’udar obrigasaun
compensação, constituindo-se na obrigação de atu selu fila-fali Estadu;
reembolsar o Estado;
b) Outros encargos financeiros decorrentes da b) Finansia enkargu finanseiru seluk ne’ebé mosu
implementação do Regime Especial para a hosi implementasaun rejime espesiál ba
Definição da Titularidade de Bens Imóveis; definisaun titularidade soin-imovel sira;
c) Aquisição, desenvolvimento e implementação de c) Finansia akizisaun, dezenvolvimentu no
projetos de habitação social nos termos previstos implementasaun projetu sira hodi halo uma sosiál
no Regime Especial para a Definição da tuir termu sira ne’ebé prevee iha rejime espesiál
Titularidade de Bens Imóveis; ba definisaun titularidade soin-imovel sira;
d) Pagamento das indeminizações devidas pelo Estado d) Finansia pagamentu indemnizasaun ne’ebé
e o financiamento das operações de realojamento Estadu tenke selu no finansiamentu ba operasaun
decorrentes da aplicação do Regime Jurídico das realojamentu maihosi aplikasaun rejime jurídiku
expropriações. espropriasaun nian.
3. A entidade responsável pelas operações do Fundo 3. Entidade responsavel ba operasaun Fundu
Financeiro Imobiliário é o Conselho de Finanseiru Imobiliáriu mak Konsellu
Administração, o qual é nomeado pelo Governo. Administrasaun, ne’ebé Governu mak nomeia.
4. Constituem receitas do Fundo Financeiro Imobiliário: 4. Konstitui kuantia hosi fundu Finanseiru
a) Dotação orçamental atribuída anualmente pela lei Imobiliariu:
que aprova o Orçamento Geral do Estado; a) Lei aprova dotasaun orsamentu Jerál Estadu
nian ne’ebé atribui anualmente.
b) Outras receitais atribuídas por lei ou por contrato. b) Kuantia seluk ne’ebé atribui hosi lei ka hosi
kontratu.
5. O Fundo Financeiro Imobiliário é regulado por 5. Governu mak regula Fundu Finanseiru Imobiliáriu.
decreto-lei.

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Artigo 67.º Artigu 67.º
Aplicação da lei aos projetos anteriores Aplikasaun lei ba projetu anteriór sira
A presente lei não se aplica aos projetos iniciados antes da Lei ida-ne’e la aplika ba projetu sira-ne’ebé hatudu tiha
sua entrada em vigor. molok tama ba vigór.

Artigo 68.º Artigu 68.º


Revogação Revogasaun
São revogadas todas as normas que disponham em sentido Sei revoga norma hotu-hotu ne’ebé kontra dispostu lei
contrário ao disposto nesta lei. ida-ne’e nian.

Artigo 69.º Artigu 69.º


Entrada em vigor Hahú hala’o knaar ho kbiit legál
A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua Lei ida-ne’e hahú vigora iha loron tatuir ninia
publicação. publikasaun.

Aprovada em 27 de fevereiro de 2017. Aprova iha 27 Fevereiru 2017

O Presidente do Parlamento Nacional, Prezidente Parlamentu Nasionál,

Adérito Hugo da Costa Adérito Hugo da Costa

Promulgada em 17 de abril de 2017. Promulga iha 17 Abril 2017.

Publique-se. Publika ba.

O Presidente da República, Prezidente Repúblika,

Taur Matan Ruak Taur Matan Ruak

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