TCC - Instalações Suinícolas
TCC - Instalações Suinícolas
TCC - Instalações Suinícolas
CAMPUS BAMBUÍ
BAMBUÍ - MG
2023
ANA CLARA DAS MERCÊS ANASTÁCIO
BAMBUÍ – MG
2023
Catalogação na Fonte Biblioteca IFMG - Campus Bambuí
Documento assinado eletronicamente por Silvana Lucia dos Santos Medeiros , Professora, em
04/09/2023, às 17:34, conforme Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020.
23209.006245/2022-23 1662139v1
Declaração Página aprovação TCC (1662139) SEI 23209.006245/2022-23 / pg. 1
RESUMO
The steady growth of pig farming in Brazil has propelled the country to the position of
the world's fourth-largest pork exporter, with a production of 4.701 million tons in 2022,
contributing with a gross value of R$ 31.394 billion to the market, according to data from the
Brazilian Animal Protein Association (ABPA). This progress has prompted the pursuit of
improvements in the quality of life and well-being of the animals, as well as in their productive
efficiency, with a focus on facilities, as it is understood that the environment in which the animals
are housed has a direct influence on their productivity, particularly in the phases of reproduction
and gestation. However, precise information about suitable facilities for the rearing of these animals
is scarce. To address this growing demand for production and concern for animal welfare,
Instruction Normative No. 133 emerged on December 16, 2020, establishing essential standards in
these areas. Thus, an architectural project was developed for the pig farming sector, specifically
targeting the gestation and reproduction area, providing producers with technical attributes for the
proper construction of facilities, aiming for greater productivity through an environment conducive
to well-being, in alignment with the new Instruction Normative N°133.
Keywords: Instruction Normative No.133. Welfare. Swine Farming. Installations. Gestation and
reproduction.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................. 9
1.1. Problema ...................................................................................................................... 10
1.2. Hipótese. ....................................................................................................................... 10
1.3. Justificativa .................................................................................................................. 11
2. OBJETIVOS ................................................................................................................... 11
2.1. Objetivo geral .............................................................................................................. 11
2.2. Objetivos específicos ................................................................................................... 11
3. REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 12
3.1. As suinoculturas brasileiras ....................................................................................... 12
3.2. Bem-estar na suinocultura ......................................................................................... 12
3.3. Bem-estar e ambiência nas instalações suinícolas .................................................... 13
3.4. Sistemas de produção.................................................................................................. 15
3.4.1. Sistema extensivo ...................................................................................................... 15
3.4.2. Sistema intensivo ...................................................................................................... 15
3.5. Normativa n°133 de, 16 de dezembro de 2020 – Novo modelo de implementação de
suinoculturas em sistemas de criação comercial. ................................................................ 16
3.6. Importância das instalações ....................................................................................... 18
3.7. Características construtivas ....................................................................................... 19
3.7.1. Temperatura ............................................................................................................. 19
3.7.2. Localização ............................................................................................................... 20
3.7.3. Orientação................................................................................................................. 20
3.7.4. Cobertura .................................................................................................................. 21
4. SETOR DE GESTAÇÃO ............................................................................................... 21
4.1. Baias coletivas para fêmeas ........................................................................................ 21
4.2. Gaiolas de gestação ..................................................................................................... 22
4.3. Baias individuais para machos................................................................................... 22
4.4. Área de armazenamento de sêmen ............................................................................ 23
4.5. Cochos e bebedouros ................................................................................................... 23
4.6. Piso................................................................................................................................ 24
5. METODOLOGIA ........................................................................................................... 24
5.1. Programa de necessidades .......................................................................................... 25
5.2. Planejamento do layout ............................................................................................... 25
5.3. Planejamento e pré-dimensionamento da instalação. .............................................. 26
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................... 27
6.1. Detalhes da construção ............................................................................................... 27
6.1.1. Baias coletivas – Fêmeas.......................................................................................... 30
6.1.2. Gaiolas individuais – Fêmeas .................................................................................. 32
6.1.3. Baia individual – Macho .......................................................................................... 34
6.1.4. Baia de quarentena................................................................................................... 36
6.1.5. Área de armazenamento de sêmen .......................................................................... 38
6.1.6. Cobertura .................................................................................................................. 40
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 44
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1. INTRODUÇÃO
Ainda de acordo com dados da ABPA, 2022, 75,81% do total de carne suína
produzida no Brasil em 2021 permaneceu no mercado interno e 24,19% foi destinada à
exportação.
Devido a essa grande expansão da atividade que gerou para o Brasil um valor
bruto de R$ 31.394 bilhões (ABPA, 2022), a necessidade por mudança visando
principalmente à qualidade de vida e aumento da produção é crescente, assim como a
implantação de estratégias que vão auxiliar os produtores e as empresas nas tomadas de
decisões.
A qualidade de vida nesta fase está ligada a fatores como bem-estar e com a
arquitetura da instalação. De acordo com BROOM (1986), “o bem-estar de um indivíduo é
seu estado em relação às suas tentativas de se adaptar ao seu ambiente”, e o comprometimento
desse fator pode resultar na diminuição ou retardo do ganho de peso, atraso no início da
reprodução e ainda um aumento no número de doenças (BROOM; MOLENTO, 2004;
VERONI, 2013). Em relação ao planejamento e construção da instalação, estas devem
desempenhar um papel de proteção e contribuir com fatores relacionados ao planejamento do
espaço, qualidade, direção e ventilação natural, temperatura adequada para a fase trabalhada,
etc.
10
Contudo, sabe-se que ainda não existem muitos dados, pesquisas e até mesmo
instruções que auxiliem os produtores no correto projeto e construção de edificações voltadas
para a área da suinocultura. Por isso, a projeção de um projeto arquitetônico baseado na
instrução normativa n°133 de, 16 dezembro de 2020, o qual nos traz todas as novas normas e
adaptações que devem ser seguidas e colocadas em práticas até 2045, o mesmo é de extrema
importância e relevância para a atual situação do setor suinícola do Brasil.
1.1.Problema
1.2.Hipótese.
1.3.Justificativa
Esse aumento contínuo está relacionado à alta demanda de produção, e que está
diretamente ligada às características de ambiência, as quais, por sua vez, são associadas ao
manejo e às instalações adequadas que proporcionam segurança, maior produtividade e bem-
estar aos animais.
2. OBJETIVOS
2.1.Objetivo geral
2.2.Objetivos específicos
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. Suinoculturas brasileiras
3.2.Bem-estar na suinocultura
De acordo com a OIE (2022), BEA pode ser definido como “o estado físico e
mental de um animal em relação às condições em que vive e morre”. Para que um animal
13
tenha bons índices de bem-estar, é necessário fornecer boas condições, destacadas nas 5
liberdades que são os princípios que regem o BEA:
Além disso, de acordo com o Instituto Certified Humane Brasil (2017), cuidados
como instalações seguras para evitar ferimentos nos animais, prevenindo manqueiras, lesões
no casco e claudicações, bem como atenção a ambiência (considerando que são animais
sensíveis às variações de temperatura), fornecendo um local amplo com qualidade do ar,
espaço para movimentação e área de descanso, contribuem para uma maior produtividade,
saúde e bem-estar desses animais.
máxima produtividade do plantel, que também está relacionada ao bem-estar dos animais
(Nunes et al., 2014; Salman et al., 2020).
Fêmeas gestantes 16 - 19 10 24
Fêmea em lactação 12 - 16 7 23
Fêmeas vazias e machos 17 - 21 10 25
3.4.Sistemas de produção
De acordo com Botega et al., (2019), a suinocultura intensiva busca alcançar alta
produtividade em espaços reduzidos, onde o ambiente é controlado, e os suínos são
alimentados com dietas balanceadas para atender suas necessidades nutricionais específicas.
De acordo com os dados da normativa n°133, o capítulo III trata das novas regras
e das adequações de alojamento, instalação e equipamentos que estão diretamente
relacionadas ao bem-estar animal e construção acertada das edificações suinícolas.
17
No caso de alojamento coletivo, é necessário que haja espaço para que todos os
animais possam descansar juntos e tenham a capacidade de deitar, levantar e se mover
livremente, além de espaço suficiente para acesso a alimentação e água, evitando brigas.
As granjas que utilizarem o sistema de gaiolas tanto para gestação como para
alojamento dos cachaços terão até 1° de janeiro de 2045 para adequar essas instalações. Para
projetos novos, o prazo de adequação será de dez anos.
De acordo com Sartor (2004), ao longo dos anos, os criadores vêm intensificando
suas técnicas de manejo, passando gradualmente do sistema extensivo para o intensivo. Como
descrito anteriormente, no Brasil, o sistema predominante de produção é o intensivo, que
dificulta a expressão do comportamento natural dos animais, prejudicando o bem-estar
animal. Por isso, diversos manejos são revistos e adequados às exigências do mercado
consumidor e das empresas produtoras, pressionando os produtores a seguirem as normas de
bem-estar em todas as fases de produção (MONTEIRO, 2021).
Além disso, segundo Kunz et al., (2003), a edificação é um dos fatores mais
importantes no planejamento dos setores de produção. O manejo ligado às instalações bem
planejadas e executadas contribui para aumentar a produtividade, reduzir custos de produção
devido à maior eficiência da mão de obra, proporcionar conforto, salubridade e aumentar a
produtividade animal (CARVALHO, 2009).
19
3.7.Características construtivas
3.7.1. Temperatura
3.7.2. Localização
3.7.3. Orientação
Nesse sentido, recomenda-se instalar os prédios com seu maior eixo no sentido
Leste-Oeste, ou com um leve desvio, para aproveitar ao máximo a incidência dos ventos
predominantes, visando o conforto térmico dos animais e a redução da radiação solar
(EMBRAPA, 2003).
21
3.7.4. Cobertura
O telhado recebe radiação solar e a emite para cima quanto para o interior da
instalação. Para o telhado, é recomendável escolher materiais com alta resistência térmica. A
estrutura pode ser de madeira, metálica ou pré-fabricada em concreto (EMBRAPA, 2003). A
concepção arquitetônica e os materiais de construção, especialmente os utilizados na
cobertura, influenciam diretamente o balanço térmico dentro das instalações, portanto, é
importante fazer a escolha adequada (CAMPOS et al,.2008).
4. SETOR DE GESTAÇÃO
O setor de gestação é o local que irá abrigar as fêmeas de reposição até o primeiro
parto e as porcas a partir de 21 a 28 dias de gestação. Em gaiolas individuais, ficarão as
fêmeas desmamadas até 28 dias de gestação e os machos ficarão alojados em baias
individuais (EMBRAPA, 2003).
Além disso, de acordo com a normativa, o artigo 8°, inciso I, estabelece que, para
matrizes alojadas em grupo, é necessário fornecer uma área de descanso com piso compacto.
Nessa fase, o uso de piso totalmente ripado em gestação coletiva não será mais permitido.
4.2.Gaiolas de gestação
Como descrito na normativa (Art. 16, Inciso I), será aceito fêmeas em baias
individuais apenas com os primeiros 35 dias de gestação, totalizando cinco semanas. Esse
espaço de tempo se torna necessário, pois, de acordo com Spoolder et al., (2009), o
alojamento coletivo para porcas pode trazer prejuízos à produtividade quando realizado logo
no início da gestação (11 a 16 dias), fase em que ocorre a fixação dos embriões.
Além disso, com base na normativa, as gaiolas devem permitir que esses animais
se levantem e fiquem em repouso sem tocar simultaneamente os dois lados da gaiola e sem
tocar as barras superiores e laterais. Desta forma, de acordo com Gonçalves, 2014 o tamanho
mínimo que atenda essas exigências de produtividade e bem-estar é de uma gaiola com 2,30
metros quadrados, ou seja, uma gaiola de 2,20m x 1,05m.
Com base no que se tem descrito na normativa, as baias dos machos terão uma
área mínima destinada a cada animal igual ou superior a 6 metros quadrados.
23
Essa área torna-se necessária em sistemas de produção que será realizado como
método reprodutivo a inseminação artificial, o qual é um método mais eficaz e que demanda
um número menor de machos dentro das instalações. A inseminação artificial é uma técnica
reprodutiva que permite aumentar a eficiência reprodutiva de suínos, podendo resultar em
uma produção mais intensiva de leitões por fêmea. Além disso, permite o uso de sêmen de
machos selecionados geneticamente, o que pode resultar em melhorias significativas na
produtividade e qualidade da carne suína (RIBEIRO, 2014).
4.5.Cochos e bebedouros
De acordo com Sartor et al., 2004 os comedouros podem ser feitos de concreto
simples com cantos arredondados, obtendo uma largura entre 0,20 e 0,50m e altura na frente
de 0,20m e os bebedouros do tipo concha ou chupeta, uma por baia.
4.6.Piso
Para machos e animais em outras fases, os pisos devem ser projetados para evitar
escorregões, quedas e lesões. O uso de piso totalmente ripado será aceito somente quando
houver espaçamento uniforme, drenagem adequada e suporte adequado as patas dos animais,
facilitando a locomoção e evitando lesões. Para fêmeas em gaiolas individuais o uso de piso
ripado e compacto se torna necessário para melhor escoamento das fezes, são esses: 1/3
ripado e 2/3 compacto (EMBRAPA, 2003).
5. METODOLOGIA
5.1.Programa de necessidades
5.2.Planejamento do layout
O ambiente de produção deve ser organizado e limpo, pois além de contribuir para
a saúde e o bem-estar dos animais, melhora a produtividade e a qualidade da carne suína. As
instalações devem ser bem projetadas e construídas, garantindo o conforto térmico, a
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segurança dos animais, a segurança dos trabalhadores e a eficiência do manejo (Ruiz, Alencar
& Cunha, 2014).
𝟏𝟎𝟎 𝑿 𝟐,𝟒 𝑿 𝟏𝟎
A) Número de baias coletivas = = 9,2 ≅ 10 baias coletivas
𝟓 𝐗 𝟓𝟐
27
𝟏𝟎𝟎 𝑿 𝟐,𝟒 𝑿 𝟖
B) Número de gaiolas individuais = = 36 gaiolas individuais
𝟏 𝐗 𝟓𝟐
o 10 baias coletivas para fêmeas com área maior ou igual a 2 metros quadrados por
animal, então 10 baias com tamanho maior ou igual a 10 metros quadrados;
o 36 gaiolas individuais para fêmeas com área de 2,30 metros quadrados e dimensão
de 2,20m x 1,05m;
o 2 baias individuais para cachaços com área maior ou igual a 6 metros quadrados
(considerou-se o uso de apenas dois animais, por esses terem a finalidade apenas
de detecção e indução de cio nas fêmeas);
o 1 setor de armazenamento de sêmen com área maior ou igual a 6 metros
quadrados;
o 1 setor de quarentena com área maior ou igual a 10 metros quadrados para facilitar
manejo dos funcionários e o bem-estar das fêmeas;
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1.Detalhes da construção
Neste galpão, podemos notar a presença de um corredor central com 1,20 metros de
largura para favorecer a entrada de carrinhos para o manejo nutricional, a passagem de
funcionários e dos cachaços quando usados para indução e detecção de cio e um corredor
lateral para as gaiolas individuais de 1 metro para facilitar a limpeza e a passagem das fêmeas.
Além do exposto, foram planejadas 10 baias coletivas com tamanho de 4,47 metros de
comprimento x 3,02 metros de largura totalizando 13,49m2, as mesmas dispostas: cinco do
lado esquerdo e cinco do lado direto, de frente uma para a outra, 36 gaiolas individuais com
tamanho de 2,20 metros de comprimento x 1,05 metros de largura totalizando 3,35m2,
dispostas da mesma forma, mas sendo 18 em cada lado.
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Foram incluídas também duas baias individuais para os machos com tamanho de 3,02
metros de comprimento x 2,47 metros de largura totalizando 7,45m2, uma área de
armazenamento de sêmen com tamanho de 2,97 metros de comprimento x 3,50 metros de
largura totalizando 10,39m2 e uma baia de quarentena com tamanho de 2,97 metros de
comprimento x 3,50 metros de largura totalizando 10,39m2, valores esses demonstrados na
tabela 3. Na figura 1 é possível ver de forma ampliada o que foi descrito acima.
No intuito de seguir as diretrizes da normativa, o piso das baias será composto por
1/3 ripado e 2/3 compacto, proporcionando conforto e higiene adequada aos animais. O piso
ripado foi pensado para facilitar a limpeza e a remoção eficiente dos dejetos e o piso
compacto oferece um suporte adequado para os animais, garantindo conforto e saúde.
Para o fechamento das baias, foi pensando e optado por utilizar uma estrutura
tubular de concreto com diâmetro de 0,10 metros e altura de 1,20 metros, proporcionando
uma barreira segura entre manejador e animal. O espaçamento entre os tubos será de 0,29
metros, favorecendo a ventilação natural do ar, além de promover o contato visual e
31
socialização entre os animais de baias diferentes, o que é essencial para o bem-estar dos
mesmos.
totalizando 18,90 metros de comprimento. Essa decisão foi pensada destacando a eficácia
desse modelo de comedouro para otimizar a alimentação coletiva, minimizando o estresse e
favorecendo o bem-estar dos animais.
Foi projetado um cocho com dimensões de 1,05 metros de comprimento por 0,20
metros de largura, medidas essas escolhidas para otimizar o manejo e simplificar o processo
de arraçoamento realizado pelos funcionários.
O piso das baias foi projetado como 1/3 ripado e 2/3 compacto, seguindo as
diretrizes da normativa. Essa escolha proporciona um ambiente sanitário e confortável para os
machos, ao mesmo tempo em que facilita a limpeza.
Um portão com dimensão de 1 metro de largura por 1,20 metros de altura foi
colocado nas baias. Sua abertura para dentro e para fora facilita a entrada e a saída dos
animais, garantindo um fluxo contínuo e seguro durante as atividades de manejo.
35
O fechamento das baias foi feito com uma estrutura tubular de concreto,
caracterizado por um diâmetro de 0,10 metros, altura de 1,20 metros e espaçamento de 0,29
metros. Essa escolha, como já mencionada anteriormente, melhora a ventilação natural e o
contato visual entre os animais para promover o bem-estar. Além disso, a posição das baias
incentiva a interação do cachaço com as gaiolas das fêmeas, ajudando na indução do cio.
Para a segurança e isolamento eficaz da área, optou-se pelo uso de uma estrutura
de fechamento em concreto. Essa estrutura será projetada com uma altura correspondente ao
pé-direito da instalação, ou seja, 3 metros.
6.1.6. Cobertura
Detalhes esses que podem ser vistos na figura 7, que oferece uma representação
visual da cobertura de telha cerâmica. Além disso, na tabela 9 é possível ver os valores
adotados das estruturas.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Além disso, é importante ressaltar que o cuidado com o bem-estar animal não se
limita apenas a legislação, mas também reflete a preocupação da sociedade e dos
consumidores com práticas sustentáveis e éticas na produção animal. Ao adotar um sistema de
criação que valoriza o bem-esta dos suínos, os produtores demonstram seu compromisso com
a qualidade dos produtos oferecidos, conquistando a confiança e fidelidade dos consumidores.
elemento, desde as dimensões das baias até a disposição dos equipamentos, foi projetado de
acordo com as necessidades dos animais e buscando proporcionar um ambiente seguro e
confortável.
A Instrução Normativa n°133 foi contemplada no projeto, pois esta é a base para a
projeção de cada elemento que compõe a instalação. Cada regulamentação estabelecida foi
considerada, resultando em um projeto que será usado como base para produtores e
projetistas.
Por fim, fica demonstrado de forma clara que este projeto vai além de apenas cumprir
a regulamentação e o que a nova Instrução Normativa propõe para a construção de
suinoculturas no futuro, ele se propõe a criar um ambiente que promova o conforto, saúde e
bem-estar para o animal e que também traga benefícios tanto para o funcionário, produtor e
consumidor.
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