7 Espectroscopia UV Visivel

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UFCA

ESPECTROSCOPIA

2015.1
ESPECTROSCOPIA NA LUZ
VISÍVEL E ULTRAVIOLETA
 Introdução:
 Método aplicado na determinação de
compostos inorgânicos e orgânicos, como
por exemplo: identificação de princípios de
fármacos e também na determinação da
concentração dos mesmos.
 As amostras analisadas podem estar em
qualquer estado físico.
 A região do espectro do ultravioleta é na faixa
de 200 a 400 nm e a da luz visível é entre 400 e
800 nm.
Espectroscopia de Absorção
 É preciso determinar a quantidade de luz que a amostra irá
absorver, sendo descrito pela Lei de Beer-Lambert que é a
relação entre a intensidade da luz incidida na solução (I0) e
a intensidade da luz saindo da solução (I).

-log (I/Io) = A = cl

A = absorbância
 = absorvidade molecular ou coeficiente de extinção
c = concentração do material absorvedor
l = espessura da amostra através da qual a luz passa
Desvios da Lei de Beer-Lambert
 Desvios Químicos:
  Deslocamento do equilíbrio: quando uma
amostra se dissocia, associa ou reage com um
solvente para formar um produto que tem
espectro de absorção diferente da amostra.
  Dissociação de complexos: excesso ou
insuficiência de agente complexante.
Desvios da Lei de Beer-Lambert
 Desvios Instrumentais: em soluções muito
concentradas, as moléculas do soluto
influenciam umas às outras devido às
suas proximidades, pois quando ficam
muito perto umas das outras, a
absortividade pode mudar um pouco.
 A absorção na região da luz depende da
estrutura eletrônica da molécula.
 Na região do ultravioleta produz modificações
da energia eletrônica da molécula em
consequência de transições dos elétrons de
valência. Estas transições fazem com que o
elétron excitado passe do orbital molecular
ocupado para o primeiro orbital de energia
superior.
Espectrofotômetro
 Instrumento que registra
dados de absorbância em
função do comprimento de
onda (λ).
 A característica mais
importante do
espectrofotômetro é a seleção
de radiações monocromáticas.
 O espectro de absorção é
característico para cada
espécie química, sendo
possível a identificação de
uma espécie química através
do seu espectro de absorção.
Esquema dos principais componentes de
um espectrofotômetro

 A amostra deve estar em um recipiente (cubeta) de


quartzo quando a radiação for na região espectral do
ultravioleta. Quando for na região da luz visível usa-se
os de vidro por ter uma melhor dispersão.
 Os detectores devem ser altamente sensíveis.
 Os dados obtidos pelo detector são enviados para um
dispositivo de processamento de dados.
Fontes de Radiação
 As fontes mais comuns baseiam-se na
incandescência, mas devem atuar em
temperaturas elevadas para ter uma
cobertura apreciável no ultravioleta.
 São constituídas por filamentos de
materiais que são excitados por
descargas elétricas com elevada voltagem
ou aquecimento elétrico.
Fontes de Radiação
Condições para uma fonte ser de boa qualidade
para atuar nessa faixa:
 gerar radiação contínua;
 ter intensidade de potência radiante suficiente
para permitir a sua detecção pelo sistema
detector;
 ser estável.

 Além disso deve ter um tempo de vida longo e


preço baixo.
Exemplos de Fontes de Exemplos
de Fontes de Radiação
 Lâmpada de filamento de tungstênio;
 Lâmpada de quartzo-iodo;
 Lâmpada de descarga de hidrogênio ou
de deutério;
 Lâmpada de cátodo oco e
 Laser
Monocromadores
 Função: seleção do comprimento de onda em que se tem interesse
para a análise.
 Constituição:
 fenda de entrada de um elemento de dispersão de radiação
 fenda de saída
 Tipos:
 prismático
 reticuladores
Monocromador Prismático
 A radiação policromática vinda da fonte de
radiação passa pela fenda de entrada e incide
sobre a face de um prisma, sofrendo um desvio.
 Os vários comprimentos de onda terão
diferentes direções após a incidência no prisma.
Se for realizado um ajuste rigorosamente
controlado da fenda de saída, pode-se
selecionar o comprimento de onda desejado.
Monocromador Prismático
Monocromador Reticular
 O principal elemento dispersante é a rede de difração.
Essa rede consiste em uma placa transparente ou
refletora com muitas ranhuras paralelas e equidistantes.
 Dispersão resultante desta rede é linear. Os vários
comprimentos de onda dispersos são igualmente
espaçados, por isso a fenda de saída isolará uma banda
de radiação de largura constante.
 A resolução é muito mais elevado que os prismas.
Monocromador Reticular
Tipos de Espectrofotômetros para
a Região Visível e Ultravioleta
 Espectrofotômetro mono-feixe :
 Etapas:

1º) Coloca-se o solvente (branco) no


caminho ótico e mede-se a intensidade da
energia radiante,que atinge o detector;

2º) Substitui-se o recipiente com o


solvente (branco) pelo recipiente com a
amostra e faz- se a determinação
propriamente dita da absorbância.
 Espectrofotômetros mono-feixe:

- Não são cômodos pois a amostra e o


branco tem que ser colocados
alternadamente no único feixe de
radiação;

- Não é adequado para medir


absorbâncias em função do tempo;
Espectrofotômetro mono-feixe
Espectrofotômetro mono-feixe
Espectrofotômetro duplo-feixe
 Dois feixes de radiação são formados no espaço, por um espelho
que divide o feixe vindo do monocromador em dois. Um feixe passa
através da solução referencia (branco) até o transdutor e outro, ao
mesmo tempo, passa através da amostra até o segundo transdutor.
 As duas correntes serão determinadas e mostradas no indicador de
sinal. Com o auxílio de um dispositivo apropriado, calcula-se a
diferença de transmitância entre os dois feixes, essa diferença será
mostrada no indicador de sinal como absorvância
Espectrofotômetro duplo-feixe
Espectrofotômetro duplo-feixe
Procedimentos Analíticos em
Espectrofotometria Visível em
Ultravioleta
 Análise Qualitativa: dependendo de
quanto de luz que a amostra absorver vai
determinar qual é a espécie, pois o
espectro é característico daquela
determinada espécie química.
Procedimentos Analíticos em
Espectrofotometria Visível em
Ultravioleta
 Análise Quantitativa: dependendo da
absorbância irá determinar a concentração da
amostra. A condição especial para qualquer
determinação quantitativa é a observação à Lei
de Beer-Lambert, mas o controle do pH, as
técnicas de extração por solventes, o ajuste do
estado de oxidação, entre outras também são
muito importantes.
Espectro de Proteínas
 Espectro é bastante
característico.
 São influenciados pelo
meio local: dependem de
fenômenos elétricos.
 Mostra a quantidade de
hélice- e folha-
 Caso a proteína seja
desnaturada, a
espectroscopia será
diferente.
Espectro de Ácidos Nucleicos
 Tem a absorbância
menor que a soma das
absorbâncias dos
nucleotídeos individuais
hipocromicidade e
ocorre devido ao
empilhamento ou
alinhamento dos planos
paralelos das bases.
 Se ocorrer um acréscimo
na absorção
hipercromicidade.
 Serve para determinar se
estão estruturados.
Fluorescência e Fosforescência
 Fluorescência é a emissão de luz associada com
elétrons que se movem de um estado excitado para o
estado fundamental.
 Fosforescência é a capacidade que uma espécie
química tem de emitir luz.
 Importante porque algumas substâncias quando sujeitas
às radiações ultravioleta emitem luz visível.
 As duas são frequentemente muito mais úteis para se
estudar processos biológicos do que a absorbância, por
serem consideravelmente mais sensíveis, podendo,
então, detectar concentrações bastante baixas.
Automação nos Métodos
Espectrofotométricos – Utilização
 Os laboratórios que utilizam atualmente esse
método tem se automatizado com a aplicação
da computação, informação, robótica, eletrônica
e tecnologia da engenharia mecânica, com o
intuito de reduzir os erros nas análises.
 Além disso, as análises são complementadas
por outros métodos para se ter o máximo de
certeza possível.
Motivos para o desenvolvimento
desses processos
 Preencher as necessidades dos
laboratórios de análises clínicas, surgidas
com o crescente número de análises.
 Aumento do número de espécies
químicas a serem determinadas no
sangue como análise de rotina
 Além da necessidade de diminuir o custo
dessas análises.
Vantagens dos métodos
instrumentais automatizados
 Maior velocidade no processamento das
análises;
 Maior confiabilidade dos resultados;
 Diminuição das contaminações;
 Diminuição na geração de resíduos
 Menor consumo de amostras e reagentes
 Redução de custos

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