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UNIVERSIDADE ABERTA ISCEDE

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Trabalho de campo de Pedagogia Geral: História de Educação em Moçambique.

Nome do estudante: Jackson Basilio Chale

Código: 81220444

Monapo, Maio,2022
INIVERSIDADE ABERTA ISCEDE

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Trabalho de campo de Pedagogia Geral: História de Educação em Moçambique.

Trabalho de campo a ser submetido na


coordenação do curso de Licenciatura em
Ensino de Biologia da UnISCED

Tutor: Msc. Gumissai Raúl

Nome do estudante: Jackson Basilio Chale

Código: 81220444

Monapo, Maio, 2022


ÍNDICE

Introdução.................................................................................................................................3

Conceitos Básicos....................................................................................................................4

Educação..................................................................................................................................4

Moçambique.............................................................................................................................4

História De Educação Em Moçambique..................................................................................5

A História De Educação De Moçambique Em Períodos..........................................................5

1.Educação No Período Anti - Colonial...................................................................................5

1.1.Objectivos Da Edução No Período Anti - Colonial...........................................................6

2.A Educação No Período Colonial.........................................................................................6

2.1.A Educação Nas Zonas Libertadas.....................................................................................7

2.1.1 Objectivos Da Educação Nas Zonas Libertadas..............................................................7

3.Educação No Período Pós-Colonial Ou Pós-Independência.................................................8

4.O Surgimento Da Lei Nº 6/92 (1992 - 2018)........................................................................9

5.O Surgimento Da Lei Nº 18/2018.....................................................................................9

Conclusão.............................................................................................................................10

Bibliografia...........................................................................................................................11
INTRODUÇÃO

O presente trabalho de campo da universidade aberta ISCEDE, Faculdade de Ciências


de Educação Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia é de módulo de Pedagogia
Geral e tem como tema: História de Educação em Moçambique. Mas dentro disso,
aborda

O mesmo tem como objectivo geral dar a conhecer a real história de educação em
Moçambique, e como objectivos específicos:

 Identificar os sistemas de educação implementados em Moçambique antes e


depois da independência;
 Descrever o processo de ensino e aprendizagem nos períodos em estudo;
 Explicar o processo de ensino e aprendizagem nos períodos em estudo.

O trabalho é de caracter avaliativo e para sua elaboração foi preciso a consulta de


algumas obras físicas e electrónicas que abordam assuntos relacionados ao tema, usando
métodos de pesquisa e consultas bibliográficas.

Quanto a organização, o mesmo trabalho, obedece a seguinte estrutura: Introdução,


desenvolvimento, conclusão e bibliografia.

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CONCEITOS BÁSICOS

Educação

De acordo com Ngoenha e os outros, O processo de educação tem em vista a preparação


do homem para sua melhor inserção na sociedade. Esta preparação é guiada no sentido
de alcançar determinados objectivos que variam com o tempo, de acordo com as
exigências da sociedade, tendo em conta que os objectivos da educação são dinâmicos.
Aos pares, dois a dois, preencham a tabela abaixo, indicando duas a três características
da educação moçambicana
Educação (do latim educations) no sentido formal é todo o processo contínuo de
formação e ensino aprendizagem que faz parte do currículo dos estabelecimentos
oficializados de ensino, sejam eles públicos ou privados (Aquimuna).

Moçambique

De acordo Wikipedia, Moçambique é uma nação do sul da África cujo longo litoral no
Oceano Índico é permeado de praias conhecidas, como Tofo, e de parques marinhos
perto da costa. No arquipélago Quirimbas, uma faixa de 250 quilómetros de ilhas de
corais, a ilha do Ibo, coberta por manguezais, tem ruínas da era colonial que
sobreviveram desde o período do domínio português. O arquipélago de Bazaruto, mais
ao sul, tem recifes que protegem espécies marinhas raras, como os dugongos.
 Capital: Maputo
 Moeda: Metical moçambicano
 Presidente: Filipe Nyusi
 População: 31,26 milhão (2020) Banco Mundial
 Idioma oficial: Português.

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HISTÓRIA DE EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE

Segundo Gomez, A história da educação em Moçambique compreende dois períodos: a


educação antes da independência e pós-independência. Cada período é caracterizado por
principais marcos. No período antes da independência destacam-se, como marcos
importantes, o facto de ter havido a educação colonial e a educação no governo de
transição. Este período foi caracterizado por uma educação discriminatória, devido ao
regime colonial. Os curricula defendiam as finalidades da Metrópole. Mas, com a
fundação da FRELIMO, surgiram as zonas libertadas, constituindo a primeira fase de
integração e valorização da educação moçambicana.

 O período pós-independência tem como marcos: o antes e o depois do


surgimento do SNE (Lei 4/83); o surgimento da Lei nº 6/92 e da Lei 18/2018

 A independência trouxe uma nova dinâmica na educação em Moçambique, a


qual se reflectiu na garantia, pelo Estado, da educação para todos, expansão da
rede escolar; sistematização da experiência de educação nas zonas libertadas,
formação de professores e revisão curricular contínua.

 A proclamação do direito à educação para todos os moçambicanos, pela


Constituição da República e a consequente massificação do acesso à educação,
em todos os níveis de ensino, constitui o principal marco da educação pós-
independência.

A história de educação de Moçambique em períodos

1.Educação no Período Anti - Colonial

A educação nesta fase, transmitia conhecimentos e técnicas acumuladas na prática


produtiva, indultava o seu código de valores políticos, morais culturais e sociais e dava
uma visão idealista do mundo e dos fenómenos da natureza, isto é, pela iniciação e rito,
pelo dogma e superstição, pela religião e magia, pela tradição, o indivíduo era preparado
para aceitar a exploração como uma lei natural e assim reproduzi-la no seu grupo etário,

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na sua família, na sua tribo, etnia e raça (Boletim da República, 1983). Na antiguidade,
a educação do africano, particularmente do moçambicano, era feita de acordo com o
sistema tribal, do clã e familiar para que o indivíduo pudesse dotar-se de uma identidade
que lhe permitisse não apenas conviver no meio mas também contribuir para o seu
próprio meio. O currículo tradicional, era composto de elementos falatórios como o caso
de cantos, anedotas, adivinhas, histórias e mitos e por outro lado por elementos práticos
que dependiam do tipo de trabalho com a tribo e o clã se identificavam (ex. pesca, caça,
tapeçaria, etc.).

1.1.Objectivos da edução no período Anti - Colonial

A educação no período anticolonial visava formar o homem ou o indivíduo para o


mundo que o cercava através do forte ensino baseado nos valores da tribo, nas
actividades do clã e no ofício da família, isto é, identificar o homem ou individuo com o
que era local. Para o indivíduo conhecer as técnicas de caça, de construção das
‘’cavernas’’.
Para o indivíduo transmitir às novas gerações as suas experiências, conhecimentos e
valores culturais, desenvolvendo as capacidades e aptidões do indivíduo, de modo a
assegurara reprodução da sua ideologia e das suas instituições económicas e sociais; O
indivíduo deve aceitar a exploração como uma lei natural e reproduzi-la no seu grupo
etário, na sua família, na sua tribo, etnia e raça (Boletim da República, 1983).

2.A educação no período Colonial

Moçambique passou por momentos críticos na era colonial em todos aspectos,


particularmente na educação dos indígenas. Na era colonial muitos moçambicanos
tiveram dificuldades de ter acesso a educação, visto que, a educação de qualidade estava
reservada para os colonos e seus filhos.
O sistema de educação colonial em Moçambique, era coerente com os objectivos
económicos, políticos e culturais do sistema, onde impôs uma condução que visava
reprodução de exploração e de opressão e a continuidade das estruturas colonial
capitalista de dominação.
A educação tinha por função modelar o homem servil, despersonalizando alienado das
realidades do seu povo; ela devia favorecer a formação de um homem tão estranho ao
seu próprio povo que pudesse vir a ser, mais tarde, instrumento do poder colonial para

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adnominação dos seus irmãos; também estava confiada a formação de mão-de-obra
barata (GOMEZ, 1999:59).
O sistema de ensino colonial foi sofrendo reformas, mas adequadas as circunstâncias
históricos económicas e a conjuntura política internacional. A formação do indígena e a
criação da figura jurídico- político ”assimilado” impunham-se como necessidade de
força de trabalho qualificada para a maior exploração capitalista. Aqui desenvolveu-se o
sistema de educação paralela, para filhos da classe dominante e para indignas (boletim
da Republica, 1983), isto é, a educação dividia-se em dois grupos ou seja em dois
ensinos: «Ensino oficial, destinado aos filhos dos colonos ou dos assimilados e o
rudimentar destinado às indignas (MAZULA, 1995:80).

2.1.A educação nas Zonas Libertadas

O I Congresso da FRELIMO (Setembro de 1962) determinou a criação de escolas em


zonas onde fosse possível. Foram definidas funções específicas para a educação: a
escola devia satisfazer o conhecimento verdadeiro que se adquire através da descoberta
da natureza, da sociedade e das leis que as regem; e fornecer soluções para os problemas
que surgem na vida quotidiana da comunidade, aprendendo da comunidade. No entanto,
por outro lado, marcava o início de novos desafios, uma etapa de contradições de outro
tipo. Não se tratava apenas, de conduzir militarmente e luta pela liquidação total e
completa do colonialismo, mas de iniciar ao mesmo tempo o processo de construção e
consolidação de unidade nacional, numa dimensão político cultural mais abrangente
para a edificação de uma Nação.

2.1.1 Objectivos da educação nas zonas libertadas

Nas zonas libertadas um slogan da FRELIMO era educar ao homem para ganhar a
Guerra, criar nova sociedade e desenvolver o país; A novidade foi de ''criação de novas
escolas com centro de Aprendizagem, um espaço onde o conhecimento era
sistematizado, elaborado e transmitido'', a educação Colonial era um processo de
alienação ou moralização dos indígenas, isto é, preparação de futuros trabalhadores
rurais e artífices (MAZULA,1995:79).
Preparação da criança para vida social, isto para os não indígenas, (Formar indígenas a
consciência de cidadão português e prepará-lo para a luta da vida, tornando-se mais útil

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à sociedade e a si próprio. Nacionalizar o indígena das colónias, difundindo entre eles a
língua e os costumes portugueses). Colonizar as culturas ditas tradicionais e substituí-las
com as modernas, formar os moçambicanos em verdadeiros portugueses, formar bons
trabalhadores agrícolas e artífices que viriam garantir rendibilidade da economia
colonial.

3.Educação no período Pós-Colonial ou Pós-Independência

Moçambique tornou-se um país independente a 25 de Junho de 1975. No dia 24 de


Julho do mesmo ano, a educação e outras instituições socioeconómicas consideradas
conquistas do povo foram nacionalizadas. O Estado assumiu inteiramente a
responsabilidade da planificação e gestão da educação. O que o Estado herdou do
sistema colonial foi uma reduzida rede escolar, um sistema educacional com objectivos
alienantes, enraizado em práticas e métodos autoritários. Com a nacionalização, o
ensino passou a ser laico em seus objectivos e foi colocado ao serviço de interesses
políticos, animados pela utopia de formar o ‘homem novo’, um cidadão ideológica,
científica, técnica e culturalmente preparado para realizar as tarefas do desenvolvimento
socialista do País.
De acordo com dados da UNESCO, na altura da independência, cerca de 90% da
população moçambicana, do total de cerca de onze milhões, era analfabeta: não sabia
falar, ler e escrever a Língua Portuguesa. Esta, com a proclamação da independência,
passou a ser a língua oficial, por razões históricas que anteriormente foram
mencionadas. Os contactos dos novos governantes com a população, tal como no tempo
do domínio colonial, eram e ainda são mediados por intérpretes ou tradutores.
A educação no período da Independência iria determinar a geração Pós-independência o
futuro da própria nação. Houve uma extensão da rede escolar para um maior numero de
moçambicanos que durante o período colonial não teve acesso as disciplinas escolares.
Esta educação visava a Unidade Nacional baseada numa educação revolucionária aberta
e científica.
A educação tradicional foi vista neste novo processo de reestruturação curricular como
conservadora de valores ultrapassados, foi considerado como sendo primitivo e
inadequado para as necessidades modernas da sociedade moçambicana. O Homem
Novo, era totalmente antitradicionalista, semelhante ao ideal moderno iluminista que

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devia seguir apenas a luz da razão e buscar-se na técnica, e a tradição era visto como um
obscurantista como um perigo para o progresso pela FRELIMO, as línguas nacionais,
foram excluídas do SNE e foram expostas ao confinamento das ideias. A educação
nacionalista, contribuiu para dar ao moçambicano ''uma dimensão metafísica e ao
mesmo tempo ter tentado concretizar estas qualidades numa realidade concreta e
enquadrá-las numa luta pela liberdade'' (CASTIANO, 2005:81)
Segundo Mazula, após a independência o governo moçambicano tinha o principal
objectivo a formação do Homem Novo, com plena consciência do poder da sua
inteligência e da força transformadora do seu trabalho, na sociedade e na natureza;
Homem Novo livre de concepção supersticiosa e subjectiva.

4.O surgimento da Lei nº 6/92 (1992 - 2018)

A lei nº 6/92 surgiu para reajustar a lei 4/83. Em 2004 é introduzido o Plano Curricular
do Ensino Básico, ora em vigor, em consequência da reforma do currículo escolar
anterior (vide REGEB 2008).

Neste período, nota-se uma educação democrática, baseada na aplicação de métodos de


aprendizagem centrados no aluno, em função da evolução das ciências da educação e do
contexto em que a aprendizagem ocorre.

5.O surgimento da Lei nº 18/2018

Esta lei traz as seguintes alterações ao SNE:

 Introdução da educação pré-escolar;


 O ensino primário em seis classes;
 O ensino bilingue como modalidade do ensino primário;
 O ensino básico obrigatório gratuito de nove classes;
 O ensino secundário de seis classes;
 O ensino à distância como modalidade do ensino secundário e superior;
 O perfil de ingresso para formação de professores;
 A Educação Inclusiva em todos os níveis de ensino;
 A educação vocacional.

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CONCLUSÃO

Terminado o trabalho, conclui-se que antes do colonialismo a educação era transmitida


através de fontes orais. Com chegada dos portugueses, a educação, verificou mudanças,
o português passou a impor regras de ensino, onde só participavam do ensino
qualificado os filhos dos mesmos e os assimilados. Como os portugueses tinham
dificuldades na comunicação com os indígenas, viram uma necessidade de ensinar a
língua para melhor se comunicarem com os indígenas No período pós colonial o
efectivo dos alunos nas escolas cresceu e a educação atingiu assim o seu auge. Os mais
de 10 milhões de analfabetos começaram a se alfabetizar visto que a educação no
período colonial só era garantida para os colonos e já neste momento ficou garantida
para todos moçambicanos e de uma forma igual.
Nas escolas começaram a se introduzir novas disciplinas e já nesse período a educação
estava dividida em ensino primário, secundário e superior, Portanto os moçambicanos
começaram a ser educados para tomar consciência dos seus direitos que não era
valorizados pelos colonos, tirar a mentalidade colonial, formar intelectuais, quadros
políticos e económico para desenvolver o país.

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BIBLIOGRAFIA

CASTIANO, J, Ngoenha, S e Berthoud, G. A longa marcha de uma educação para


todos em Moçambique. Maputo.2005.

GASPERINI, L Moçambique: educação e desenvolvimento rural. Roma.1989.

GOLIAS, M. Sistema de Ensino em Moçambique. Maputo.1993.

GOMEZ, B. M. Educação Moçambicana - História de um processo (1962-1984).


Maputo.1999.

MAZULA, B. Educação, Cultura e Ideologia em Moçambique: 1975-1985. S/L:


Edições Afrontamento e Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa. (1995).

Boletim da República, 3º Suplemento, Publicação Oficial da República Popular de


Moçambique, 1983.

Wikipedia.com

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