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Stefan Fantini

Aula 01

PLANEJAMENTO
O planejamento é a primeira das funções administrativas. Trata-se da função que estabelece os
objetivos e define os meios (recursos e tarefas) necessários para alcançar esses objetivos. Em
outras palavras, o planejamento define “o que” deve ser feito (objetivos), e “como” deve ser
feito (planos).
Para Oliveira1 “planejamento é a função da administração que permite diagnosticar e analisar
situações atuais, de estabelecer resultados – objetivos e metas – a serem alcançados pelas
empresas e de delinear ações – estratégias – para se alcançar estes resultados, bem como de leis e
normas – politicas – que servem de sustentação a este procedimento administrativo.”

Não confunda planejamento, com plano.

Os planos são as principais consequências (resultados) do planejamento. São os produtos que o


processo de planejamento gera. Eles identificam os meios (recursos, tarefas e ações) a serem
percorridos. Os planos funcionam como “norteadores”, facilitando o alcance dos objetivos.

Os planos podem ser temporários ou permanentes.

-Planos temporários: São planos que se extinguem quando os objetivos são alcançados.
Também são conhecidos como planos de finalidade singular. Por exemplo: cronogramas,
calendários, projetos, etc.

-Planos permanentes: São planos que possuem as decisões programadas, portanto,


influenciam na organização. Por exemplo: Missão, políticas organizacionais, procedimentos,
etc.

1
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Introdução à Administração: edição compacta. São Paulo, Atlas: 2009, p.61.

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1 - Filosofias do Planejamento

Todo planejamento está subordinado a uma filosofia de ação. Por exemplo, o planejamento pode
visar à estabilidade, buscando a continuidade do “comportamento atual” em um ambiente
previsível e estável; ou então, pode buscar assegurar a “reação adequada” a frequentes
mudanças, em um ambiente imprevisível e instável. Partindo desse pressuposto, Ackoff aponta
três tipos de filosofia do planejamento:
Planejamento conservador: É o planejamento que tem como objetivo a manutenção da
situação atual, ou seja, busca a estabilidade em um ambiente previsível e estável. Assim, o
foco está em conservar as práticas já existentes. Esse planejamento visa a identificar e
sanar problemas internos, ou seja, não está preocupado em explorar novas oportunidades
externas.

O planejamento conservador busca atingir resultados positivos e “suficientes” (não está


preocupado em alcançar “os melhores resultados possíveis”). Sua base é
predominantemente retrospectiva, isto é, as experiências passadas da organização são
aproveitadas e projetadas para o futuro.
Planejamento otimizante: Trata-se do planejamento que tem por objetivo a adaptabilidade
e a inovação. O foco está em melhorar as práticas existentes. Está voltado para adaptação
(reação às mudanças) e inovação dentro da própria organização.

O planejamento otimizante busca alcançar os melhores resultados possíveis, através do


aumento do desempenho ou da diminuição da utilização de recursos. Sua base é
predominantemente incremental, ou seja, busca a melhoria contínua das atividades.

Planejamento adaptativo: Esse planejamento é voltado para o futuro da organização. Tem


por objetivo adaptar-se às contingências ambientais. É um planejamento “proativo”, focado
nas contingências. Busca “antecipar eventos” e identificar as ações necessárias em um
ambiente imprevisível, instável e dinâmico.
O planejamento adaptativo busca adaptar-se aos diferentes interesses envolvidos, no
intuito de que a organização se desenvolva “naturalmente”. Ele busca reduzir o
“planejamento retrospectivo” (típico do planejamento conservador) e sua base é
predominantemente aderente, isto é, busca adaptar-se às demandas ambientais e
preparar-se para as contingências futuras.

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ESQUEMATIZANDO!

Estabilidade e Conservar as Asegurar a


Planejamento manutenção da
CONSERVADO práticas "continuidade Retrospectivo
R
situação atual existentes do sucesso"

Adaptabilidade, Reações às
inovação e Melhorar as mudanças, para
Planejamento melhoria da Incremental
OTIMIZANTE práticas obter melhores
situação existentes resultados
existente possíveis

É "proativo",
Adaptação às Adaptar-se às antecipa-se aos
Planejament contingências, contigências e eventos futuros e Aderente
o voltado para o aos diferentes identifica ações
ADAPTATIVO futuro interesses apropriadas

(UFPR – Câmara de Quitandinha-PR - 2018)

Todo planejamento está subordinado a uma filosofia de ação. Segundo Ackoff, há um tipo de
filosofia do planejamento – cuja base é predominantemente incremental, no sentido de melhorar
continuamente, tornando as operações melhores a cada dia que passa – voltado para a
adaptabilidade e inovação dentro da organização, no qual as decisões são tomadas no sentido de
obter os melhores resultados possíveis para a organização, seja minimizando recursos para
alcançar um determinado desempenho ou objetivo, seja maximizando o desempenho para melhor
utilizar os recursos disponíveis. Geralmente está baseado em uma preocupação em melhorar as
práticas atualmente vigentes na organização. Esse conceito refere-se ao tipo de filosofia do
planejamento:

a) conservador.

b) otimizante.

c) adaptativo.

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d) de contingências.

e) retrospectivo.

Comentários:

É o planejamento otimizante que tem por objetivo a adaptabilidade e a inovação. O foco está em
melhorar as práticas existentes.
O planejamento otimizante busca alcançar os melhores resultados possíveis, através do
aumentando do desempenho ou da diminuição da utilização de recursos.
O gabarito é a letra B.

(UFMT – UFSBA – Administrador - 2017)

Para Russell L. Ackoff, todo planejamento se subordina a uma filosofia de ação. Esse autor aponta a
existência de três tipos de filosofias do planejamento, quais sejam:
a) Planejamento otimizante, adaptativo e conservador.

b) Planejamento conservador, autocrático e otimizante.

c) Planejamento democrático, conservador e liberal.

d) Planejamento liberal, otimizante e autocrático.

Comentários:

Ackoff aponta três tipos de filosofia do planejamento: Conservador, Otimizante e Adaptativo.

O gabarito é a Letra A.

(QUADRIX – COFECI – Auxiliar Administrativo - 2017)

O planejamento conservador é o planejamento que visa à adaptabilidade e à inovação da


organização, preocupando-se com a melhoria das operações e das práticas vigentes na empresa.
Comentários:

Pelo contrário! O planejamento conservador visa à estabilidade e manutenção da situação atual.

É o planejamento otimizante que busca a adaptabilidade e inovação, com foco na melhoria das
práticas vigentes.
Gabarito: errada.

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2 - Princípios do Planejamento

Segundo Oliveira2 para que sejam alcançados os resultados esperados, o planejamento deve
respeitar alguns princípios. Segundo ele, os princípios podem ser separados em gerais e específicos.

2.1 - Princípios Gerais

Princípio da contribuição aos objetivos: O planejamento deve sempre buscar os objetivos máximos
da organização. Os objetivos devem ser “hierarquizados”, com o objetivo de que todos eles sejam
cumpridos em sua totalidade.
Princípio da precedência do planejamento sobre as demais funções: O planejamento é a função
que aparece no início do processo administrativo. É a função administrativa que vem antes das
outras.

Princípio da maior influência (ou penetração) e abrangência: Por ser a função administrativa mais
abrangente e mais influente, o planejamento pode provocar diversas modificações nas
características e nas atividades da organização. As modificações podem ocorrer em pessoas,
tecnologia, sistemas, etc.
Princípio das maiores Eficiência, Eficácia e Efetividade: O planejamento deve buscar maximizar os
resultados e minimizar as deficiências.

Vamos relembrar os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade? ☺

Eficiência: Significa fazer bem alguma coisa. Fazer uma atividade de forma correta. Utilizar os
recursos disponíveis da melhor maneira possível. Está associado à produtividade e ao
desempenho; ao modo de se fazer algo. O foco é INTERNO e relaciona-se aos MEIOS e aos
CUSTOS envolvidos. É a medida de avaliação da utilização dos recursos.
Eficácia: Significa fazer a coisa certa. Fazer aquilo que deve ser feito para que os objetivos sejam
alcançados. É atingir os objetivos ou as metas traçadas, independente dos custos envolvidos. O
foco é EXTERNO e relaciona-se aos FINS. É a medida de avaliação do alcance dos resultados.

2
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas. São Paulo, Atlas: 2018,
p.6-8.

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Efetividade: Está relacionado ao impacto das ações. É alcançar os resultados pretendidos, de


forma a alterar a realidade. Não basta alcançar os objetivos; deve haver transformação. O foco é
EXTERNO e relaciona-se aos IMPACTOS (benefícios gerados) das ações desenvolvidas. É a medida
de avaliação do impacto gerado.
Por exemplo:

Uma campanha de desarmamento tem o objetivo de recolher 1.000 armas, utilizando, para este
fim, 100 servidores públicos, ao custo total de 200 mil reais. Com isso, espera-se que as mortes por
arma de fogo sejam reduzidas em 50%.

Se esta campanha conseguir recolher, de fato, as 1.000 armas, utilizando 150 servidores ao custo
de 300 mil reais, foi uma campanha eficaz (atingiu o objetivo de recolher 1.000 armas), mas
ineficiente (utilizou 50% a mais dos recursos e dos servidores que estavam previstos).

Por outro lado, se esta campanha conseguir recolher apenas 500 armas, utilizando 20 servidores
ao custo de 40 mil reais, foi uma campanha bastante eficiente (gastou, proporcionalmente, bem
menos do que o esperado). Contudo, foi uma campanha ineficaz (pois não atingiu o objetivo de
recolher as 1.000 armas).
Por fim, em ambos os casos, se a campanha conseguir reduzir 50% das mortes por arma de fogo,
será uma campanha efetiva (produziu impacto positivo na sociedade). Por outro lado, se o número
de mortes se mantiver constante, terá sido uma campanha inefetiva.

Utilização de Fazer de forma Relaciona-se


EFICIÊNCIA recursos correta aos Meios Foco Interno

Alcance dos Fazer a coisa Relaciona-se


EFICÁCIA resultados certa aos Fins Foco Externo

Gerar Relaciona-se
Impacto
EFETIVIDADE benefícios, aos Benefícios Foco Externo
causado
transformação gerados

2.2 - Princípios Específicos

Planejamento participativo: O planejamento deve ser desenvolvido com a participação das


diversas áreas envolvidas no processo. O principal benefício do planejamento não é a elaboração
do “plano” (resultado do planejamento), mas sim todo o processo desenvolvido.

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Planejamento coordenado: O planejamento deve inter-relacionar todos os aspectos da


organização que estiverem envolvidos no processo. Em outras palavras, todos os aspectos
envolvidos no processo devem atuar interdependentemente.

Planejamento integrado: Os planejamentos de todos os escalões da organização devem ser


integrados. Busca-se, assim, que todos os níveis da organização sejam integrados e coesos.
Planejamento permanente: Os ambientes são dinâmicos e mutáveis, portanto, o planejamento vai
perdendo a sua utilidade com o tempo. Assim, o planejamento deve ser permanentemente
realizado, em outras palavras, deve ser constantemente “revisto/refeito”, para se adaptar ao
ambiente.

2.3 - Outros Princípios

Alguns doutrinadores ainda elencam outros princípios, quais sejam:

Princípio da Inerência: O planejamento é “inerente” à natureza organizacional. É uma função


indispensável à organização. Ele deve estar presente em todos os níveis e setores.
Princípio da Universalidade: Busca-se prever todas as variáveis possíveis e todas as
consequências, levando em consideração todos os pontos de vista. Evita-se, assim, ter uma visão
unilateral das coisas.

Princípio da Unidade: As diversas “facetas” do planejamento devem ser integradas em um


conjunto coerente.
Princípio da Previsão: É voltado para o futuro. Consiste em elaborar previsões, para verificar quais
eventos poderão ocorrer no curto, médio e longo prazo.
Princípio da Flexibilidade: Devem ser feitos ajustes constantes, no intuito de que o planejamento
se adapte às diferentes situações que forem surgindo. Desta forma, o planejamento deve ser
flexível, ou seja, adaptável a essas alterações e novas situações.

(FUMARC – Câmara Municipal de Mariana – Técnico em Administração - 2014)

São quatro os princípios gerais para os quais o executivo deve estar atento no que se refere ao
processo de planejamento. Três deles estão representados abaixo. A EXCEÇÃO é o princípio da
a) contribuição aos objetivos.

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b) maior penetração e abrangência.

c) precedência do planejamento.

d) produtividade executiva.

Comentários:

Os quatro princípios gerais do planejamento são: Contribuição aos objetivos; Precedência do


planejamento; Maior influência (ou penetração) e abrangência e; Maiores eficiência, eficácia e
efetividade.

O gabarito é a Letra D.

(UFPR – UFPR – Assistente em Administração - 2018)

Assinale a alternativa que descreve um dos princípios específicos que o planejamento necessita
respeitar para que os resultados obtidos pela sua implementação sejam aqueles previamente
determinados.

a) O princípio da integração (ou planejamento integrado), que visa manter a coesão entre os
diferentes níveis da organização.
b) O princípio da contribuição aos objetivos, ou seja, o planejamento sempre deve visar aos
objetivos máximos da organização.
c) O princípio da precedência do planejamento, implicando que essa atividade deve ser realizada
antes das demais.
d) O princípio da maior penetração e abrangência, uma vez que o planejamento pode provocar
diversas modificações nas características e atividades organizacionais.
e) O princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade, pois o planejamento deve maximizar os
resultados e minimizar as deficiências.
Comentários:

A questão quer que o candidato saiba diferenciar os princípios gerais dos princípios específicos.

A única alternativa que traz um princípio específico do planejamento é a letra A.

As alternativas B, C, D e E trazem princípios gerais do planejamento.

Destaque-se que todas as alternativas trazem conceitos corretos para os princípios citados.

O gabarito é a Letra A.

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ESQUEMATIZANDO!

Contribuição aos Deve buscar objetivo máximo da


objetivos organização/ Objetivos hierarquizados

Precedênciado Planejamento vem antes das outras


planejamento funções
Princípios
GERAIS Maior influênciae Provoca modificações em diversas
abrangência características e atividades da empresa
Maiores Eficiência, Maximizar os resultados e minimizar as
Eficáciae Efetividade deficiências

Planejamento Participação das diversas áreas


participativo envolvidas / Benefício é o processo

Planejamento Todos aspectos envolvidos devem atuar


coordenado de forma interdependente
PRINCÍPIOS DO Princípios
PLANEJAMENTO ESPECÍFICOS
Planejamento Todos escalões devem ter seus
integrado planejamentos integrados

Planejamento Deve ser permanentemente realizado,


permanente para adaptar-se às mudanças

É uma função indispensável à


Inerência organização

Prever todas as variáveis e


Universalidade
consequências / todos os pontos de vista
Todas as facetas do planejamento
Outros Princípios Unidade devem ser integradas coerentemente
É voltado para o futuro. Previsões para o
Previsão curto, médio e longo prazo
Planejamento deve ser adaptável /
ajustes constantes às situações
Flexibilidade

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3 - Vantagens do Planejamento

Chiavenato3 destaca alguns benefícios proporcionados pelo planejamento. Vejamos quais são esses
benefícios:
Aumento do Foco: O planejamento possibilita o aumento do foco, isto é, possibilita o
aumento da “convergência dos esforços”. Em outras palavras, permite focalizar esforços.
Aumento da Flexibilidade: O planejamento possibilita, também, o aumento da flexibilidade.
Ou seja, aumenta a capacidade da organização de ajustar-se e adaptar-se às novas
situações que vão surgindo com o tempo.

Melhora na coordenação: O planejamento melhora a coordenação das atividades, para


que os todos os objetivos “hierarquizados” sejam mais facilmente alcançados.
Melhora no controle: É o planejamento que determina os objetivos a serem alcançados. Os
objetivos devem ser claramente estabelecidos. Isso ajuda a medir e controlar se os
resultados estão de acordo com os objetivos definidos pelo planejamento.

Administração do tempo: O planejamento ajuda o administrador a direcionar as atividades


e manter-se no caminho daquilo que realmente importa (objetivos). Sem planejamento, a
administração sai do seu caminho e começa a perder tempo com atividades que não são
necessárias e essenciais ao atingimento dos objetivos
Sobral e Peci (2008), por sua vez, também destacam algumas vantagens do planejamento, dentre
as quais pode-se citar:
-Específica um “rumo” (um “senso de direção”), isto é, dá um “norte” para a organização.

-Maximização da Eficiência.

-Definição dos parâmetros de controle.

-Funciona como fonte de motivação e comprometimento.

-Aumenta o “autoconhecimento” organizacional.

-Reduz o impacto ambiental, pois obriga os administradores a enfrentarem as mudanças


ambientais.

3
CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública: Provas e Concursos, 5ª edição. São Paulo, Manole: 2018, pp. 361-362.

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(INAZ do Pará – CRF-PE – Analista - Administrador - 2018)

O processo de planejamento possibilita aos gestores não focar somente no curto prazo, mas
também no futuro da organização. Sobre as vantagens do planejamento, é incorreto afirmar:
a) Da um “norte” para a empresa.

b) Ajuda na motivação e no comprometimento.

c) Ajuda no autoconhecimento da empresa.

d) Define os paramentos de controle.

e) Aumenta a integração dos grupos informais.

Comentários:

A questão trouxe algumas das vantagens do planejamento destacadas por Sobral e Peci.

Dentre as alternativas, a única que não trouxe uma vantagem do planejamento foi a letra E
(aumenta a integração dos grupos informais).
O planejamento está relacionado com a organização formal. Portanto, não faz qualquer sentido
dizer que o planejamento aumenta a integração dos grupos informais. O foco do planejamento é a
organização formal.

O gabarito é a Letra E.

(CONSULPLAN – CFESS – Assistente Técnico Administrativo - 2017)

O processo de planejamento faz com que os administradores se afastem da rotina operacional e se


concentrem no futuro da organização. Concretamente, podem ser destacadas as seguintes
vantagens e benefícios do planejamento, EXCETO:

a) Proporcionar senso de direção.

b) Definir parâmetros de controle.

c) Atuar como fonte de motivação e comprometimento.

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d) Possibilitar a execução de uma variedade de atividades.

Comentários:

De acordo com Sobral e Peci, o planejamento traz algumas vantagens, tais como:

-Específica um “rumo” (um senso de direção), isto é, dá um “norte” para a organização.

-Maximização da Eficiência

-Definição dos parâmetros de controle

-Funciona como fonte de motivação e comprometimento

-Aumenta o “autoconhecimento” organizacional

-Reduz o impacto ambiental, pois obriga os administradores a enfrentarem as mudanças


ambientais.
A única alternativa que trouxe um conceito que não se relaciona às vantagens do planejamento é a
letra D.
O gabarito é a Letra D.

4 - Processo de Planejamento (Etapas do planejamento)

O processo de planejamento, segundo Chiavenato4, é composto de 06 etapas sequenciais:

Definição dos objetivos: Se traduz em definir os objetivos, isto é, aonde quer se chegar.

Diagnóstico da situação atual em relação aos objetivos: Consiste em avaliar a situação


atual e compará-la com a situação desejada, para que seja possível estabelecer o que
precisa ser feito para atingir os objetivos. Trata-se de analisar a situação do ambiente.

Desenvolvimento de premissas quanto às condições futuras: Consiste em “criar cenários”.


A organização atua em um ambiente dinâmico e complexo, portanto, deve criar diversos
cenários futuros alternativos, para que se tenham opções na hora de enfrentar diferentes
situações.

4
Id. Administração Geral e Pública: Provas e Concursos, 5ª edição. São Paulo, Manole: 2018, pp. 359-360.

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Análise das alternativas de ação: Consiste em identificar, relacionar e analisar quais são os
caminhos e ações que podem ser tomados para atingir os objetivos.
Escolha de um curso de ação entre as diversas alternativas: É a etapa em que em que se
decide qual caminho será percorrido. As demais alternativas (demais caminhos) são
abandonados, e a alternativa escolhida torna-se um plano para o alcance dos objetivos.

Implementação do plano e Avaliação dos resultados: É colocar o plano em prática! Fazer


tudo aquilo que o plano prevê e avaliar os resultados, para assegurar que os objetivos
propostos sejam atingidos.

ESQUEMATIZANDO!

Definição dos objetivos


Para onde queremos ir?

Diagnóstico da situação atual em relação aos objetivos


Onde estamos agora?

Desenvolvimento de premissas quanto às condições futuras


O que nos espera pela frente?

Análise das alternativas de ação


Quais são os caminhos possíveis?

Escolha de um curso de ação entre as diversas alternativas


Qual é o melhor caminho?

Implementação do plano e Avaliação dos resultados


Como iremos percorrer esse "melhor caminho"?

Fonte: Chiavenato (2018), adaptado.

(AOCP – Câmara de Maringá-PR – Assistente Administrativo - 2017)

O planejamento é uma função administrativa. O primeiro passo do planejamento

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a) consiste na definição de objetivos para a organização.

b) diz respeito a um olhar especial, mas sem visualizar desafios futuros.

c) é a ação preventiva, pois haverá a revisão dos objetivos traçados.

d) é implantar e executar ações randômicas.

e) é a tomada de ações e decisões não contínuas.

Comentários:

A primeira etapa do planejamento é a definição dos objetivos. É estabelecer para onde se quer ir.

O gabarito é a Letra A.

5 - Tipos de Planejamento (Níveis de planejamento)

De tudo que falamos até agora, esse é o assunto que mais aparece em provas.

O planejamento é dividido de forma hierarquizada, ou seja, de acordo com o nível da organização


que o elabora.
Nesse sentido, o planejamento pode ser dividido em: Planejamento Estratégico, Planejamento
Tático e Planejamento Operacional. Vejamos cada um deles:

ESQUEMATIZANDO!

Nível Planejamento
Estratégico Estrat gico

Planejamento
Nível Tático Tático

Planejamento
Nível Operacional Operacional

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5.1 Planejamento Estratégico

Também chamado de Planejamento Institucional, é aquele realizado no nível institucional ou


estratégico, pela alta cúpula da organização (presidentes e diretores). Ele envolve a
organização como um todo e tem por objetivo nortear os caminhos que a organização deve
seguir.
Esse tipo de planejamento leva em consideração tanto o ambiente interno, controlável (forças e
fraquezas), quanto o ambiente externo, não controlável (ameaças e oportunidades). Portanto, por
estar orientado ao ambiente externo (mutável e não controlável) há um alto nível de incertezas.

Por ser o único tipo de planejamento que leva em consideração o ambiente externo,
alguns autores dizem que o planejamento estratégico é voltado “principalmente” ao
ambiente externo, ou então que é “fortemente” voltado ao ambiente externo.

O planejamento estratégico é voltado para o longo prazo; é orientado para o futuro.

Como é um planejamento muito “genérico” e abrangente, se faz necessário que o planejamento


estratégico se desdobre em planejamento tático e este, por sua vez, em planejamento
operacional.

5.2 Planejamento Tático

O planejamento estratégico se desdobra em diversos planejamentos táticos. O planejamento tático


é realizado pelo nível intermediário/gerencial (gerentes e chefes de departamento). Ele envolve
uma determinada unidade (departamento, área, divisão) da organização.
Ele busca traduzir as estratégias “genéricas” e abrangentes, e transformá-las em ações específicas
e direcionadas para determinada unidade da organização. É o “elo de ligação” entre o
planejamento estratégico e o planejamento operacional.

O planejamento tático é voltado para o médio prazo.

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Segundo Chiavenato5, os planos táticos geralmente envolvem:

Planos de produção: Relacionado aos métodos, tecnologias e equipamentos necessários à


realização das atividades.
Planos financeiros: Relacionado à captação e aplicação dos recursos financeiros. Envolve,
também, a busca pela redução dos custos e aumento dos lucros.
Planos de marketing: Envolve as condições de venda e colocação dos produtos no mercado,
bem como o atendimento ao cliente.
Planos de Recursos Humanos: Relaciona-se ao recrutamento, seleção e treinamento dos
funcionários.

5.3 Planejamento Operacional

Trata-se de um desdobramento do planejamento tático. O planejamento operacional é realizado


pelo nível administrativo mais baixo da organização (supervisores). Ele se preocupa com “o
que” e “como” fazer.
Esse tipo de planejamento está direcionado para as atividades básicas do dia a dia, ou seja, está
orientado para as tarefas rotineiras.
Cada plano operacional pode se subdividir em diversos “subplanos”. Os planos operacionais estão
voltados para a eficiência (foco nos “meios”). Isso pois, o foco na eficácia (foco nos “fins”) é
preocupação dos planos estratégico e tático.

O planejamento operacional é orientado para o curto prazo.

Chiavenato (2018), destaca que os planos operacionais podem ser classificados em:

Procedimentos: relacionados com os métodos.

Orçamentos: relacionados com dinheiro.

Programas: relacionados com o tempo.

Regulamentos: relacionados com o comportamento das pessoas.

5
CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública: Provas e Concursos, 5ª edição. São Paulo, Manole: 2018, p. 366-368.

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ESQUEMATIZANDO!

•Realizado pela alta cúpula (presidentes e diretores)


•Envolve e impacta toda a organização
•É orientado para o futuro e para o "destino" da organização
•É voltado para o longo prazo
•Realiza o "mapeamento" ambiental, otimizando a relação com o ambiente
Planejamento externo •Envolve a "construção do consenso"
•Alto nível de incertezas
Estrat gico •Égen rico esint tico

•Realizado pela nível intermediário/gerencial(gerentes e chefes de departamento)


•Envolve uma determinada unidade
•Busca transformar os planos estratégicos em açóes específicas e direcionadas
•É voltado para o médio prazo
Planejamento •Envolve planos de: produção, financeiros, marketing, e recursos humanos
•É um pouco menos gen rico e um pouco mais detalhado
Tático

•É realizado pelo nível administrativo mais baixo(supervisores)


•Se preocupa com "o que" e "como" fazer
•Direcionado para as atividades básicas (operações) e tarefas rotineirasdo dia a dia
•O foco está na eficiência
•É voltado para o curto prazo
Planejamento •Podem ser classificados em: procedimentos, orçamentos, programase regulamentos
Operacional •Édetalhadoe analítico

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(FGV – SEFAZ-AM - Assistente Administrativo da Fazenda Estadual – 2022)

Acerca dos tipos de planejamento de uma organização, avalie as assertivas a seguir.

I. Ênfase em aspectos orientados para acontecimentos do momento presente, utilizando um


horizonte temporal de médio prazo.
II. Direcionamento para questões relacionadas ao “como” executar as atividades, pautando-se pela
implementação prática dos planos.
III. Determinações elaboradas de forma abrangente e com pouca especificação, assumindo um
caráter, por vezes, demasiadamente genérico.
A respeito do planejamento estratégico, está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I e III, apenas.

Comentários:

A primeira assertiva está errada. O planejamento estratégico é orientado para o futuro, e voltado
para o longo prazo.
A segunda assertiva está errada. É o planejamento operacional que se preocupa com “o que” e
“como” fazer.
A terceira assertiva está correta. De fato, o planejamento estratégico é genérico e abrangente.

O gabarito é a letra C.

(COMPERVE – SESAP – Assistente - 2018)

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Aula 01

O planejamento é a função administrativa que define os objetivos e decide sobre recursos e


tarefas necessários para alcançar esses objetivos adequadamente. Como principal decorrência do
planejamento, os planos servem como guia e balizamento para a realização dos objetivos
organizacionais. Nesse contexto, o plano tático
a) corresponde ao mapeamento ambiental e à avaliação das forças e das limitações da
organização.
b) traduz e interpreta as decisões estratégicas em planos concretos em níveis departamentais.

c) envolve toda a organização, sendo direcionado a longo prazo, e focaliza o futuro e a ação global.

d) compreende cada tarefa/atividade, sendo direcionado a curto prazo, e focaliza o presente e a


ação específica.
Comentários:

Letra A: errada. É o planejamento estratégico que se preocupa em fazer o mapeamento ambiental


e avaliar as forças e fraquezas da organização.
Letra B: correta. Perfeito! De fato, o planejamento tático traduz e interpreta as decisões
estratégicas, transformando-as em planos concretos a nível departamental.
Letra C: errada. A assertiva trouxe características do planejamento estratégico: envolve toda a
organização, é voltado para o longo prazo, é de ação global e focaliza o futuro organizacional.
Letra D: errada. Tratam-se de características do planejamento operacional.

O gabarito é a Letra B.

(FGV – IBGE – Analista - 2016)

O planejamento, como função administrativa, pode ser aplicado segundo formas e metodologias
distintas nas organizações. Nesse sentido, segundo sua abrangência e temporalidade, pode ser
classificado segundo três níveis organizacionais, que são:

a) estratégico, prático e operacional;

b) estratégico, tático e operacional;

c) teórico, prático e operacional;

d) teórico, tático e programático;

e) horizontal, vertical e matricial.

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Aula 01

Comentários:

O planejamento é dividido de acordo com o nível da organização que o elabora. Nesse sentido, o
planejamento pode ser dividido em: Planejamento Estratégico, Planejamento Tático e
Planejamento Operacional.

O gabarito é a Letra B.

ESTRATÉGIA

1 – O que é Estratégia?

Para Djalma Oliveira6 “estratégia é definida como um caminho, ou maneira, ou ação formulada e
adequada para alcançar, preferencialmente de maneira diferenciada e inovadora, as metas, os
desafios e os objetivos estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante seu
ambiente, onde estão os fatores não controláveis.”

LEITURA
OBRIGATÓRIA!

Oliveira reúne, ainda, uma série de conceitos de Estratégia, na visão de diversos renomados
autores. Vejamos alguns deles:
Estratégia é a determinação de metas básicas a longo prazo e dos objetivos de uma
empresa, bem como a adoção das linhas de ação e a aplicação dos recursos necessários
para alcançar essas metas.7

Estratégia é o conjunto de objetivos da empresa e a forma de alcançá-los.8

Estratégia é o plano uniforme, compreendido e integrado, que é estabelecido para


assegurar que os objetivos básicos da empresa serão alcançados.9

6
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas, 33ª edição. São Paulo, Atlas: 2015.
p.193
7(ChandlerJr., 1962) apud OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas,
33ª edição. São Paulo, Atlas: 2015. p.192
8
(Buzzell, Gilligan e Wilson, 1977) apud OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos,
metodologia e práticas, 33ª edição. São Paulo, Atlas: 2015. p.192
9(Glueck,Kaufman e Walleck, 1980) apud OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas, 33ª edição.
São Paulo, Atlas: 2015. p.192

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Aula 01

Estratégia é a forma de pensar no futuro, integrada no processo decisório, com base em um


procedimento formalizado e articulador de resultados e em uma programação previamente
estabelecida.10
Estratégia é a busca de uma posição competitiva favorável em uma indústria, que é a arena
fundamental onde ocorre a concorrência, sendo que a escolha dessa estratégia competitiva
está baseada no nível de atratividade da indústria e nos determinantes da posição
competitiva relativa dentro dessa indústria.11

Você não precisa decorar todos esses conceitos. Só quero que você perceba que todos
eles convergem para um mesmo sentido, qual seja:
Estratégia é definir os caminhos que serão adotados, mediante a alocação dos recursos
e levando-se em consideração o ambiente externo (ambiente no qual a organização
está inserida), para que os objetivos organizacionais sejam alcançados.

2 – “Cinco Ps” de Mintzberg

Segundo Mintzberg12, a estratégia poder ser vista sob 05 ângulos diferentes: plano (plan),
estratagema (armadilha) (ploy), padrão (pattern), posição (position) e perspectiva (perspective).
Plano: Enquanto plano, a estratégia indica a direção a ser seguida. Serve como um “guia”. É
algo estruturado, que representa formalmente a estratégia para a empresa. É o
“planejamento” em si. Vale dizer que nem sempre todas as ações planejadas serão
realizadas; isto é, somente algumas das ações planejadas serão efetivamente
implementadas.

10
(Mintzberg, 1983) apud OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas, 33ª edição. São Paulo, Atlas:
2015. p.192
11
(Porter, 1985) apud OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas, 33ª edição. São Paulo, Atlas:
2015. pp.192-193
12
MINTZBERG, Henry. LAMPEL, Joseph. QUINN James Brian. GHOSHAL Sumantra.O processo da estratégia: conceitos, contextos e casos selecionados. /
Tradução: Luciana de Oliveira da Rocha / Revisão Técnica: Alziro Rodrigues, 4ª edição. Porto Alegre, Artmed: 2007. pp. 20-23

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Estratagema (armadilha ou pretexto): Como estratagema, a estratégia é uma ação ardilosa,


que é realizada para enfrentar e “enganar” os concorrentes. A organização induz seus
concorrentes a terem uma percepção equivocada de suas ações estratégias. Por exemplo: na
série “La Casa de Papel” os bandidos ameaçam, por diversas vezes, tomar algumas atitudes.
Na verdade, eles não iriam tomar essas atitudes anunciadas. Contudo, eles fazem essas
ameaças apenas para “desorientar” a polícia. Da mesma forma, uma empresa pode ameaçar
construir uma nova fábrica (ou então, comprar um novo terreno anunciando que irá
construir uma nova fábrica), apenas para desencorajar um concorrente a expandir seus
negócios.
Padrão: Como padrão, a estratégia é a consciência do comportamento (pretendida ou não)
ao longo do tempo. Ou seja, são os padrões de comportamento seguidos pelos membros da
empresa. Serve para orientar as ações desempenhadas pela empresa. Trata-se do “modelo”
a ser seguido. Por exemplo: a estratégia de Henry Ford em oferecer o automóvel “modelo
T” apenas na cor preta.

Posição: Enquanto posição, a estratégia demonstra como a empresa se posiciona perante o


ambiente externo (concorrentes, fornecedores, clientes, etc.) e interno (acionistas,
empregados, etc.). Trata-se do posicionamento da empresa perante o mercado. A estratégia
torna-se o “elo de ligação” entre os aspectos externos e os aspectos internos.
Perspectiva: Como perspectiva, a estratégia demonstra como a empresa é, e como a
empresa faz as coisas. Trata-se da “personalidade” da empresa. Se refere ao ponto de vista
da organização, ou seja, como a empresa visualiza o mundo. Trata-se de um olhar da
organização “voltado para dentro” (para dentro da própria organização e para dentro da
cabeça dos “estrategistas”).

(IBFC – EBSERH – Analista Administrativo - 2016)

Leia as afirmações sobre estratégia e assinale a alternativa incorreta

a) Estratégia é planejamento, como sendo a definição mais comum.

b) Estratégia é modelo, isto é, um padrão que permite manter a coerência ao longo do tempo.

c) Estratégia é posicionamento, isto é, o lugar escolhido para determinados produtos em


determinados mercados.
d) Estratégia é armadilha, isto é, uma manobra específica destinada a abalar o concorrente, sendo
muito mais a ameaça do que a execução da manobra propriamente dita.

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e) Estratégia é controle, isto é, é olhar para o alto e para dentro da empresa.

Comentários:

Segundo Mintzberg, a estratégia poder ser vista sob 05 ângulos diferentes: plano (planejamento),
estratagema (armadilha), padrão (modelo), posição (posicionamento) e perspectiva (perspective).
Conforme se observa, a única alternativa que não traz um dos “Cinco Ps” de Mintzberg é a letra E
(Controle).
O gabarito é a Letra E.

3 - Elementos Básicos das Estratégia

Djalma Oliveira13 propõe que a estratégia possui 03 elementos básicos:

Objetivos: tratam-se dos objetivos organizacionais a serem alcançados.

Políticas: se referem as políticas organizacionais que orientam as estratégias a serem


desenvolvidas.
Projetos: trata-se da alocação dos recursos organizacionais em atividades sequenciais,
dentro dos limites traçados pelas políticas, para que os objetivos sejam alcançados.

4 – Estratégia Deliberada x Estratégia Emergente

Conforme vimos, nem todas as estratégias que foram planejadas são realmente implementadas.
Em outras palavras, nem todas estratégias pretendidas são, de fato, realizadas.
De outro lado, podem existir estratégias que não foram pretendidas (estratégias não intencionais),
mas que acabam sendo realizadas.
Nesse sentido, Mintzberg explica o seguinte:

-Se a estratégia foi pretendida (estratégia intencional) e foi realizada, trata-se de uma
estratégia deliberada.

13
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas, 33ª edição. São Paulo, Atlas: 2015. p.11

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-Se a estratégia foi pretendida (estratégia intencional) e não foi realizada, trata-se de uma
estratégia não realizada.
-Por fim, se a estratégia não foi pretendida (estratégia não intencional) e, por algum
motivo, acaba sendo realizada, trata-se de uma estratégia emergente.

ESQUEMATIZANDO!

ESQUEMATIZANDO!

Trata-se da estratégia inicial planejada. É a estratégia


Pretendida
intencional, que poderá ou não ser realizada.

É a estratégia que foi inicialmente pretendida, mas que, por


Não realizada
algum motivo, acabou não sendo executada.

É a estratégia que foipretendida(foi definida pela organização)


ESTRATÉGIA Deliberada
e, posteriormente, foi implementada.

É a estratégia não planejada. Ela surge "do nada". A estratégia


Emergente
"brota" durante o desenvolvimento das ações.

Trata-se do que foi realmente executado. Pode-se dizer que é a


Realizada
somadas estratégias deliberadase das estratégias emergentes.

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(FGV – FUNSAÚDE - CE - Analista Administrativo - Suprimentos – 2021)

Considere uma família que gerencia um pequeno restaurante de comida caseira no interior do
Ceará. Com o início da pandemia e o fechamento do estabelecimento, a família começou a vender
refeições por telefone e, atendendo à demanda dos clientes, desenvolveu uma plataforma online
para a oferta de cursos de culinária, obtendo grande sucesso com a nova empreitada. Segundo a
situação apresentado, ocorreu o uso de uma estratégia.

a) deliberada.

b) recorrente.

c) emergente.

d) prescritiva.

e) determinante.

Comentários:

O enunciado destaca que, durante a execução das ações, devido à demanda, a família desenvolveu
uma plataforma online para a oferta de cursos. Portanto, trata-se de uma estratégia que surgiu “do
nada”, ou seja, “brotou” durante o desenvolvimento das ações. Trata-se, portanto, de uma
estratégia emergente.
O gabarito é a letra C.

(FCC – TRE-SE – Analista Judiciário – 2015 - Adaptada)

A estratégia consiste nas estratégias deliberadas, pretendidas, emergentes, realizadas e não


realizadas de uma organização.
Comentários:

Isso mesmo. A banca está se referindo ao modelo de Mintzberg. Segundo o autor, as estratégias
consistem em estratégias pretendidas, não realizadas, deliberadas, emergentes e realizadas.
Gabarito: correta.

(FGV – MPE-RJ – Analista do Ministério Público - 2016)

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Aula 01

Um gestor de uma organização da administração direta, durante seu período de férias, inspirou-se
em uma obra de arte que observou em um museu para criar uma nova estratégia para gerenciar
suas equipes de trabalho e, sem saber se irá funcionar, ainda não a implementou totalmente.

Essa pode ser definida como uma estratégia:

a) deliberada;

b) emergente;

c) planejada;

d) pretendida;

e) realizada.

Comentários:

Perceba que a estratégia foi criada “do nada”, ou seja, durante o período de férias do gestor.

A equipe desse gestor já estava desempenhando suas ações, de acordo com estratégias
pretendidas (estratégias inicialmente planejadas).
Contudo, durante as férias, o gestor teve novas ideias e, assim que voltou ao serviço, começou a
implementar essa nova estratégia (mesmo que não totalmente), durante o desenvolvimento das
ações que já estavam sendo realizadas.

Trata-se, portanto, de uma estratégia emergente (surgiu “do nada”, durante o desenvolvimento
das ações, e já começou a ser implementada).
O gabarito é a Letra B.

(CESGRARION – Liquigás – Profissional Júnior - 2018)

Um empresário iniciou as operações de sua empresa importando da China cortadores de grama e


banheiras para seus consumidores no Brasil. Alguns amigos solicitaram ajuda em suas importações
e, ao final de seis meses, o empresário percebeu que o atendimento a outros importadores havia
se tornado seu principal negócio. O sucesso foi tão surpreendente que as atividades de corretagem
de frete e aduana cresceram 220% nesses seis meses, sem que o empresário percebesse tal fato ao
longo do processo.
Nesse caso, a estratégia desenvolvida pelo empresário mostrou-se como sendo do tipo

a) deliberada

b) estratagema

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c) emergente

d) planejada

e) pretendida

Comentários:

Conforme narrado pelo enunciado da questão, o negócio surgiu “do nada”. De início, o empresário
importava produtos diretamente para os consumidores finais. Depois, “do nada” (isto é, sem
planejamento, sem intenção), surgiu um novo negócio, qual seja: prestar consultoria para outros
importadores.
Trata-se, portanto, de uma estratégia emergente (surgiu “do nada”, é uma estratégia não
planejada que foi implementada)
O gabarito é a Letra C.

5 – Transformação Estratégica

A estratégia apresenta 05 fases:

Fase pioneira: É a fase inicial da estratégia. Ocorre, por exemplo, quando uma organização é
criada ou quando a organização busca atuar em novos negócios ou serviços.
Fase de crescimento: É quando a organização consegue obter sucesso e se observa um
crescimento progressivo.
Fase de maturidade: Aqui, a organização já atingiu o seu grau máximo de mercado. Ela
começa a ficar “engessada”. Surge aquele pensamento: “se até agora deu tudo certo, por
que irei mudar?”. O gestor não analisa se a estratégia ainda está de acordo com o ambiente
(interno e externo) e com os objetivos organizacionais.
Fase de readequação estratégica: É a hora da organização readequar a sua estratégia às
novas demandas. Ou seja, a organização deve verificar as condições ambientais e repensar a
sua estratégia, para deixá-la melhor alinhada aos “novos desafios” (ao ambiente, que está
em constante mudança).
Fase de transformação contínua: O ambiente está em constante mutação. Portanto, o
ambiente continuará sofrendo mutações. Ou seja, depois que a organização se “readequou”
às mudanças ambientais, o ambiente continuará mudando. Assim, é necessário que a
organização esteja sempre se transformando. Isto é, é necessário que a organização realize

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transformações contínuas, com o objetivo de estar sempre se adaptando às mudanças


ambientais.

6 – Estratégias de Miles e Snow

Chiavenato14 explica que, de acordo com Miles e Snow, as estratégias são classificadas em 04
tipos:
Estratégia defensiva: preocupa-se com a defesa e estabilidade, ou seja, como isolar uma
parcela do mercado para criar um domínio estável, um conjunto limitado de produtos é
dirigido para um segmento estreito do mercado total. Para afastar os concorrentes, a
organização pratica preços competitivos ou se concentra na qualidade. A eficiência
tecnológica é importante, assim como o rigoroso controle da organização.

Estratégia exploradora (ofensiva): é uma estratégia agressiva que busca ativamente novas
e inovadoras oportunidades de produtos e mercados, mesmo que isso possa afetar a
lucratividade. À vista disso, é importante manter a flexibilidade, tanto em tecnologia como
em arranjos organizacionais.
Estratégia analítica: é uma estratégia dual e hibrida, que fica entre a defensiva e a
exploradora. A empresa busca minimizar o risco e, ao mesmo tempo, maximizar a
oportunidade de lucro, de maneira equilibrada.

Estratégia reativa: ao contrário das outras três alternativas, a organização reage


intempestivamente (extemporaneamente) ao ambiente. É um comportamento
inconsistente e instável, residual, que surge quando uma das outras três estratégias é
seguida de maneira inadequada. Constitui um sinal de fracasso.

14
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração: abordagens descritivas e explicativas, volume II, 7ª edição. Barueri,
Manole: 2014. pp. 593-594

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Aula 01

ESQUEMATIZANDO!

Preocupa-se com a defesa e estabilidade. A eficiência


Defensiva tecnológica éimportante, assim como o rigoroso
controle da organização.

É uma estratégia agressiva, que busca ativamente novas


Exploradora
e inovadoras oportunidades de produtos e mercados.
ESTRATÉGIAS
(MILES E SNOW)
Estratégia dual e hibrida, que fica entre a defensiva e a
Analítica exploradora. A empresa busca minimizar o risco e, ao
mesmo tempo, maximizar a oportunidade de lucro.

A organização reage intempestivamente ao ambiente. É


Reativa um comportamento inconsistente e instável, que surge
quando uma das outras três estratégias éseguida de
maneira inadequada.

(FCC – TRT 16a Região – Analista Judiciário)

Ao elaborar seus processos de planejamento, as organizações definem objetivos e deliberam


estratégias com a finalidade de alcançá-los. Sobre as estratégias organizacionais é correto afirmar
que há

a) Estratégia Defensiva, utilizada por organizações que se encontram constantemente buscando


oportunidades de mercado e regularmente estão experimentando responder tendências.
b) Estratégia Reativa, utilizada por organizações que operam em dois tipos de domínio de
produto/mercado: um relacionamento estável e outro instável.
c) Estratégia Analítica, são aquelas cujos administradores percebem a ocorrência de mudanças e
incertezas no ambiente, mas não possuem a habilidade necessária para responder eficazmente,
carecendo de uma consistente relação estrutura- estratégia.

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Aula 01

d) Estratégia Exploradora, utilizada por organizações que possuem um estreito domínio de


produto/mercado, não se preocupando com a busca de oportunidades fora do seu domínio atual.
e) Estratégia Defensiva, utilizada por organizações que raramente necessitam fazer grandes ajustes
em sua tecnologia, em sua estrutura ou nos seus métodos de operação. Elas dedicam a sua maior
atenção na constante melhora da eficiência das operações existentes.

Comentários:

A banca está se referindo aos tipos de estratégia de Miles e Snow. Vejamos cada uma das
assertivas:
Letra A: errada. A assertiva trouxe características da estratégia exploradora (ofensiva).

Letra B: errada. Nada disso. A assertiva misturou diversos conceitos. Na estratégia reativa a
organização reage intempestivamente (extemporaneamente) ao ambiente. É um comportamento
inconsistente e instável, residual, que surge quando uma das outras três estratégias é seguida de
maneira inadequada.
Letra C: errada. Nada disso. A estratégia analítica é uma estratégia dual e hibrida, que fica entre a
defensiva e a exploradora. A empresa busca minimizar o risco e, ao mesmo tempo, maximizar a
oportunidade de lucro, de maneira equilibrada.

Letra D: errada. Pelo contrário! A estratégia exploradora busca ativamente novas e inovadoras
oportunidades de produtos e mercados.
Letra E: correta. Isso mesmo! A estratégia defensiva preocupa-se com a estabilidade, portanto, não
necessitam fazer grandes mudanças em suas tecnologias. A eficiência tecnológica é importante,
assim como o rigoroso controle da organização.

O gabarito é a letra E.

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
De todos os tipos de planejamento, o planejamento estratégico é, sem dúvidas, o mais cobrado em
provas. Portanto, vamos estudá-lo de forma mais aprofundada.
O planejamento estratégico é o grande responsável por estabelecer a direção a ser seguida pela
organização, ou seja, é ele que define como a organização aplicará as estratégias para atingir os
seus objetivos. É o planejamento estratégico que possibilidade um maior grau de interação com o
ambiente. Trata-se do planejamento mais abrangente da organização.
Chiavenato (2018) ressalta que o planejamento estratégico possui as seguintes características:

-É orientado para o futuro: é voltado para o longo prazo.

-É compreensivo: ou seja, envolve toda a organização.

-É um processo de “construção de consenso”: isto é, busca atender às necessidades de


todos os interesses envolvidos na organização.
-É uma forma de “aprendizagem organizacional”: busca ajustar-se ao ambiente complexo,
instável e mutável, portanto, é uma tentativa constante de adaptação e "aprendizagem
organizacional".

-Se baseia em três aspectos: visão de futuro, fatores organizacionais internos e fatores
ambientais externos.
O planejamento estratégico não baseia suas decisões em dados concretos, uma vez que está
diretamente relacionado com o ambiente externo (mutável e complexo). Portanto, está sujeito a
muitas incertezas.

O planejamento estratégico é um processo contínuo de adaptação a um ambiente externo


instável e mutável.
Djalma Oliveira (2018) arrola algumas finalidades do planejamento estratégico, dentre as quais
destacam-se:
-Contrabalançar as incertezas, desenvolvendo planos alternativos.

-Otimizar o modelo de gestão da empresa.

-Consolidar a vantagem competitiva da organização.

-Facilitar o controle, a avaliação e o aprimoramento dos resultados.

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-Concentrar a atenção nos resultados esperados, representados pelos objetivos, desafios e


metas.

ESQUEMATIZANDO!

Orientado para o futuro

Compreensivo

Características Processo de “construção de consenso”

Forma de “aprendizagem organizacional”

Se baseia em: visão de futuro, fatores organizacionais internos e fatores


PLANEJAMENTO ambientais externos
ESTRATÉGICO

Contrabalançaras incertezas

Otimizar o modelo de gestão

Finalidades Consolidar avantagem competitiva

Facilitar o controle, a avaliação e o aprimoramento dos resultados

Concentrar a atenção nos resultados esperados,

1 - Gestão Estratégica

É importante que você não confunda Gestão Estratégica (ou Administração Estratégica) com
Planejamento Estratégico.
De acordo com Costa15 “o conceito de gestão estrat gica é muito mais abrangente que o de
planejamento estratégico: ele engloba desde as avaliações de diagnósticos e de prontidão, a
estruturação do processo de planejar e formular um propósito compartilhado para a organização,
a escolha de estratégias, a fixação de metas e desafios, até a atribuição de responsabilidades para
o detalhamento dos planos e projetos e para conduzir e acompanhar as etapas de sua
implantação. Inclui, também, processos formais de revisão dos planos para mantê-lós sempre

15
COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão estratégica: da empresa que temos para a empresa que queremos, 2ª edição. São Paulo,
Saraiva: 2007, pp. 55-56.

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adequados às realidades externas e internas da organização”. Para ele, “a gestão estratégica visa a
assegurar o crescimento, a continuidade e a sobrevivência da instituição por meio da adaptação
contínua de sua estratégia, de sua capacitação e de sua estrutura”.

Tavares16, por sua vez, explica que “o planejamento estratégico corresponde ao processo de
formulação e implementação de estratégias para aproveitar as oportunidades e neutralizar as
ameaças ambientais. A gestão estratégica abrange o processo de formulação e implementação de
estratégias e a concepção e adoção de um modelo organizacional adequado à implementação das
estratégias delineadas”. O processo de gestão estratégica é composto por diversas etapas,
conforme demonstrado a seguir17:

Estabelecer uma visão e missão


estratégica

Definir os objetivos

Moldar a estratégia para atingir os


objetivos

Implementar e executar a estratégia

Monitorar, avaliar e tomar medidas


corretivas

Pode-se dizer, portanto, que a gestão estratégica é mais ampla e abrangente, ela envolve uma
visão sistêmica da organização e compreende a soma de todas as funções organizacionais
(planejamento, organização, direção e controle) a nível estratégico. Nesse sentido, as duas
primeiras etapas da gestão estratégica (“Estabelecer uma visão e missão estratégica” e “Definir os
objetivos”) compreendem o planejamento estratégico.

Em outras palavras, podemos dizer que o planejamento estratégico faz parte da gestão estratégica
(está “inserido” na gestão estratégica).
A gestão estratégica, por ser muito mais abrangente e envolver, além do planejamento
estratégico, a implementação e o controle da estratégia organizacional, é conduzida de forma
mais descentralizada. Por outro lado, o planejamento estratégico é centralizado na alta cúpula da
organização.

16
TAVARES, Mauro Calixta. Gestão estratégica, 3ª edição. São Paulo, Atlas: 2010, pp. 55-56.
17
SERRA, Fernando Ribeiro, FERREIRA, Manuel Portugal, TORRES Alexandre Pavan, TORRES Maria Candida, Gestão estratégica,
2ª edição. São Paulo, Atlas: 2014, p. 41.

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2 - Missão x Visão x Valores x Negócio

É o planejamento estratégico que define a missão, a visão, os valores e o negócio da organização.


Vejamos o conceito de cada um desses termos.

2.1 - Missão

Missão é a “razão de ser” (ou “razão de existir”) da organização, em outras palavras, é o motivo
pelo qual a organização foi criada. Ela representa a identidade da organização.
A missão deve indicar com clareza o “por que” a organização existe. É atemporal (permanente).

É a missão que indica quais benefícios a organização trará para a sociedade, ou seja, os impactos
que a organização causará na sociedade. Ela indica qual o papel da organização na sociedade e
como a organização pretende atuar em seu dia a dia.

A missão da organização deve responder à seguinte pergunta: “por que a organização existe?”

Para facilitar o entendimento, trouxe a missão de algumas organizações:

Fiat: “Desenvolver, produzir e comercializar carros e serviços que as pessoas prefiram


comprar e tenham orgulho de possuir, garantindo a criação de valor e a sustentabilidade do
negócio”.

Netflix: “Permitir que o acesso aos filmes e programas de TV favoritos seja ridiculamente
fácil”.
Uber: “Dar acesso a transporte confiável para todas as pessoas, em todos os lugares”.

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo: “Fiscalizar e orientar para o bom e transparente
uso dos recursos públicos em benefício da sociedade”.

Recentemente, o CESPE/CEBRASPE considerou correto um conceito bastante abrangente de


missão. Vejamos:
(CESPE – EMAP – Analista Portuário - 2018)

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Aula 01

O estabelecimento da visão e da missão ocorre no planejamento estratégico. Na missão, estão


descritos o propósito e os valores da organização, seu escopo de atuação e o público que ela
pretende atender.

Comentários:

A partir desse conceito mais abrangente adotado pelo CESPE, podemos notar que a missão
abrange, além da “razão de ser” da organização, os valores, o negócio (escopo de atuação) e o
público alvo que a organização pretende atender.

Portanto, FIQUE ATENTO!

Gabarito: correto.

2.2 - Visão

É a “visão de futuro” da organização. Trata-se de como a organização “se vê” no futuro (no longo
prazo). É a visão que indica os objetivos “finais” da organização, ou seja, aqueles “sonhos” que
se pretende transformar em realidade. Ela exprime o que a organização “deseja ser” no futuro.
A visão deve traduzir o consenso dos membros da organização sobre o futuro que se deseja. Ela
deve ser bastante clara e coerente com a missão da organização.
Diferentemente da missão, a visão não é permanente.

A visão da organização deve responder à seguinte pergunta: “o que eu quero ser?”

Seguem alguns exemplos de visão:

Fiat: “Estar entre os principais players do mercado e ser referência de excelência em


produtos e serviços automobilísticos.”
Netflix: “Ser o melhor serviço de distribuição de entretenimento do mundo, licenciando
conteúdo de entretenimento ao redor do mundo, criando mercados acessíveis para criadores
de conteúdo e ajudando criadores de conteúdo a terem uma audiência global”.

Uber: “Ser a empresa com o transporte mais inteligente com menos carros e maior acesso”

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo: “Ser uma Instituição de referência no controle
da efetividade na aplicação dos recursos públicos”

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Aula 01

Perceba que são frases que indicam a forma como a organização quer “ser vista pelos outros”, ou
seja, são frases que exprimem a vontade da organização de ser “referência” no seu ramo de
atividades.

Quando você estiver diante de alguma questão que exija a diferenciação entre missão e
visão, pense no “tempo”.
Se for algo no tempo “presente”, estaremos diante da missão (trata-se da “razão de
ser” da organização, ou seja, podemos dizer que a organização “já é isso”).
Se for algo relacionado ao tempo “futuro”, estaremos diante da visão (trata-se de “o
que a organização quer ser”, isto é, o que a organização “deseja ser” no futuro; como
ela “se vê” no futuro).

2.3 - Valores

Os valores são o conjunto dos princípios básicos e das crenças que norteiam o comportamento da
organização. São a base para a tomada de decisão.
Eles indicam como os membros da organização devem se comportar.

Vejamos alguns exemplos:

Fiat: “satisfação do cliente, valorização e respeito às pessoas, atuar como parte integrante
da FCA, responsabilidade social e respeito ao meio ambiente.
Netflix: “produtividade, criatividade, inteligência, honestidade, comunicação, paixão,
altruísmo, confiança e paixão”.
McDonald´s: “A experiência dos consumidores está no centro de tudo o que fazemos; Temos
um compromisso com as nossas pessoas; Acreditamos no Sistema McDonald's: Franquiados,
Companhia e Fornecedores; Gerimos e desenvolvemos o nosso negócio de forma ética;
Retribuímos às nossas comunidades; Desenvolvemos o nosso negócio com rentabilidade.
Procuramos melhorar continuamente”.

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2.4 - Negócio

O negócio da organização é o que a organização faz. Ele representa o “ramo de atividades” no qual
a empresa atua. Está relacionado às atividades principais da organização em um momento
específico.
O negócio da organização responde à seguinte pergunta: “o que a organização faz?”

ESQUEMATIZANDO!

Missão Visão Valores Negócio

•Razão de ser •Visão de futuro •Pricípios básicos •Representa o "ramo de


•"Por que a Organização •"O que eu quero ser?" •Crenças atividades"
existe?" •"Sonhos" que se pretende •Base para a tomada de •Atividades principais da
•Indica os impactos tornar realidade decisões organização em um
causados na sociedade momento específico
•Consenso dos membros da •Indica como os membros
•É permanente organização sobre o futuro devem se comportar •"O que a organização faz?"
(atemportal) que se deseja
•É temporário

(FGV – SEFAZ-AM - Assistente Administrativo da Fazenda Estadual – 2022)

Analise o trecho a seguir, retirado do sítio oficial da SEFAZ-AM.

“Prover e controlar os recursos financeiros para o atendimento da função social do Estado,


utilizando tecnologia de ponta, promovendo o comprometimento e a capacitação de seus
colaboradores, buscando a satisfação e a integração consciente da sociedade, com transparência e
observância dos princípios legais.”
Com base no referencial estratégico do órgão, é correto afirmar que o trecho apresentado é um
exemplo de

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a) visão.

b) valores.

c) princípios.

d) missão.

e) orientação.

Comentários:

A frase destacada no enunciado da questão descreve o “conjunto dos princípios básicos e das
crenças que norteiam o comportamento da organização”? NÃO! Portanto, não se trata dos valores
organizacionais (letra B). Além disso, a frase não descreve princípios (letra C).

Esse tipo de questão, na maioria das vezes, faz o candidato ficar na dúvida entre “missão” e
“visão”.
Vamos fazer um exercício prático:

A frase descrita no enunciado responderia melhor a qual dessas perguntas:

1 – Por que a organização existe? (missão)

2 – O que a organização quer ser? (visão)

Certamente, a frase trazida pelo enunciado responderia melhor à pergunta “Por que a organização
existe??” E, de fato, a resposta cai muito bem. A organização existe para “Prover e controlar os
recursos financeiros para o atendimento da função social do Estado, utilizando tecnologia de
ponta, promovendo o comprometimento e a capacitação de seus colaboradores, buscando a
satisfação e a integração consciente da sociedade, com transparência e observância dos princípios
legais”.
Portanto, a frase trazida pelo enunciado representa a missão da organização, em outras palavras,
o motivo pelo qual a organização foi criada.
Apenas a título de curiosidade, a visão descrita no site da SEFAZ-AM é a seguinte: "Ter uma
Instituição fazendária eficiente munida de instrumentos capazes de estimular o cumprimento
voluntário da obrigação fiscal, de inibir a sonegação, de ampliar a base tributária e de incrementar
a receita, de racionalizar e controlar os gastos públicos de forma eficaz e transparente, com
elevado grau de credibilidade institucional."

O gabarito é a letra D.

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(FGV – AL-RO – Assistente Legislativo - 2018)

Na elaboração do planejamento estratégico de um órgão público, os responsáveis pela condução


do trabalho estão desempenhando a etapa conhecida por definição da visão. Assinale a opção que
apresenta as características dessa etapa.

a) Apresentação dos princípios e crenças basilares do órgão.

b) Panorama dos desafios e oportunidades vigentes no setor.

c) Exposição das forças e fraquezas valorizadas pelo órgão.

d) Declaração da posição almejada pelo órgão no futuro.

e) Descrição da razão de existência do órgão.

Comentários:

A questão quer que o candidato indique a alternativa que traz as características da visão
organizacional.
Para isso, devemos encontrar qual alternativa traz a ideia de “como a organização se vê no futuro”,
ou seja, de como a organização “deseja ser” no futuro. A única alternativa que traz essas ideias é a
letra D.

Perceba que a letra A traz as características dos valores organizacionais, e a letra E indica o
conceito de missão organizacional.
O gabarito é a letra D.

(FGV – ALERJ – Especialista Legislativo - 2017)

As definições de missão e visão de uma organização são etapas fundamentais para o processo de
planejamento estratégico de uma organização.
Corresponde a uma declaração de visão:

a) “Oferecer lazer ao associado, visando sua satisfação e integração através de atividades


esportivas, sociais e culturais, com qualidade e competência, em um ambiente saudável, seguro e
amistoso“;

b) “...ser reconhecido como referência de organização educacional e do terceiro setor,


diferenciada pela ação inovadora, diversificada e socialmente solidária”;
c) “Viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da
agricultura, em benefício da sociedade brasileira”;

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d) “Contribuir decisivamente para o desenvolvimento sócioeconômico e melhoria da qualidade de


vida da sociedade brasileira, utilizando instrumentos da Metrologia e da Qualidade...”;
e) “Promover o intercâmbio Cultural”.

Comentários:

Essa é uma boa questão para sedimentar o conhecimento e diferenciar missão de visão que,
normalmente, são os conceitos que trazem maiores confusões.
A única alternativa que traz uma declaração de visão é a letra B. Perceba que a assertiva exprime a
vontade da organização de ser reconhecida como referência de organização educacional e do
terceiro setor. É uma frase que responde muito bem à pergunta: “O que eu quero ser?”.

As demais alternativas (A, C, D e E) se referem à missão, à “razão de ser” da organização. Perceba


que todas elas respondem à seguinte pergunta: “Por que a organização existe?”.
O gabarito é a Letra B.

3 - Outras definições importantes

Objetivo Estratégico: É o resultado final que a organização pretende alcançar. É o estado futuro
desejado. São os fins que a organização pretender alcançar, e para os quais direcionará todos os
seus esforços e recursos. É orientado para o longo prazo.
O objetivo estratégico deve levar em consideração à missão e a visão da organização.

Objetivos Funcionais: São objetivos “parciais” (objetivos intermediários). Relacionam-se às áreas


funcionais da organização (área financeira, recursos humanos, etc.). Tratam-se daqueles resultados
que devem ser atingidos para que os objetivos estratégicos da organização sejam alcançados.

Desafios: Desafio é uma ação que exige um esforço extra, possui prazo estabelecido e é
quantificável. Traduz-se em uma modificação da situação atual, e contribui para que sejam
alcançados os resultados definidos pelos objetivos.

Metas: São “etapas” que devem ser realizadas para o alcance dos objetivos. Em outras palavras,
pode-se dizer que os objetivos são desmembrados em diversas metas, as quais devem ser
realizadas para o alcance dos objetivos e dos desafios.

As metas são voltadas para o curto prazo, devem ser quantificáveis e devem refletir a realidade da
organização. Por serem uma “segmentação” (uma “partição”) dos objetivos, permitem avaliar o
grau de realização dos objetivos.

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Pode-se dizer que a meta é um “objetivo quantificado”. As metas envolvem percentuais a serem
atingidos e prazos.

Tanto os objetivos quanto as metas devem possuir as seguintes características: eSpecíficos,


Mensuráveis, Atingíveis, Relevantes e Temporais. (mnemônico: SMART). Na verdade, o acrônimo
“SMART” deriva do inglês (Specific, Mensurable, Attainable, Relevant, Timely). Contudo, conforme
você percebeu, também se aplica muito bem aos termos em português! ☺

•Específico (Specific)
S •Devem ser transmitidos com clareza, para evitar interpretações distorcidas

•Mensurável (Mensurable)
M •Deve ser possivel medir (mensurar) continuamente os objetivos e as metas

•Atingível(Attainable)
A •Os objetivos e metas devem ser alcançaveis. De nada adianta definir algo inalcançável, isso só gera
desmotivação por parte dos envolvidos e, consequentemente, abandono ao plano estabelecido

•Relevante (Relevant)
R •Os objetivos e metas são definidos para partes relevantes do processo e devem gerar impacto real
na organização.

•Temporal (Timely)
T •Deve ser estabelecido um prazo para serem alcançados
•Os objetivos e as metas devem ser definidos no tempo

Estratégia: É o caminho ou a ação mais adequada a ser tomada para alcançar os objetivos, os
desafios e as metas estabelecidas. A estratégia deve estar alinhada à missão e à visão da
organização.
Política: É a definição dos níveis de delegação, faixas de valores e/ou quantidades limites e de
abrangência das estratégias e ações para a consecução dos objetivos.
A política é a base de sustentação para o planejamento estratégico. Ela fornece as orientações
para as tomadas de decisões. Embora seja um parâmetro de tomada de decisões para toda a
organização, normalmente, é estabelecida para cada área funcional da empresa.

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Diretrizes: Tratam-se do conjunto interativo e estruturado dos objetivos, estratégias e políticas da


empresa.
Projetos: São os trabalhos a serem realizados com responsabilidades de execução. Os prazos para
execução são preestabelecidos.
Programas: São os conjuntos de projetos que possuem um mesmo objetivo ou finalidade. Em
outras palavras, o programa é um conjunto de projetos que possuem um “objetivo maior” em
comum.

Planos de ação: São os conjuntos das partes comuns de diferentes projetos, relacionados a um
assunto específico.
Por exemplo, imagine que o projeto X e o projeto Y necessitem de um mesmo tipo de Software
para a execução das atividades.
Assim, ao invés de ser realizada a aquisição desse software de forma separada, é montado um
“plano de ação” de tecnologia, para que esse software seja adquirido, de uma vez só (com o
mesmo fornecedor), para ambos os projetos. Busca-se, assim, aumentar a eficiência e reduzir os
custos.
Fatores Críticos de Sucesso: São os fatores fundamentais para que a organização obtenha o
sucesso desejado em seus resultados. São aspectos internos (controláveis) ou externos (não
controláveis) que influenciam no alcance dos resultados e são de extrema importância para a
obtenção dos resultados.
Resultados: São os resultados finais que se pretende alcançar em determinado período (por
exemplo, em um dia, em semanas, em meses ou em anos).
Benchmarking: É um processo de análise das práticas adotadas por empresas concorrentes, as
quais são consideradas fortes e, na maioria das vezes, líderes de mercado.
Consiste em estudar e comparar as práticas adotadas pela organização, em relação às “melhores”
práticas adotadas no mercado.
Em outras palavras, benchmarking é um processo contínuo e sistemático de pesquisa para avaliar
produtos, serviços, processos de trabalho de empresas ou organizações que são reconhecidas
como representantes das melhores práticas, com o propósito de aprimoramento organizacional.18

18
(Spendolini, 1993) apud CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração, 9ª edição. Barueri, Manole:
2014.

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Stakeholders: São as “partes” interessadas de uma organização. Tratam-se de grupos ou pessoas


que possuem algum interesse nos processos ou resultados gerados pela organização ou que são
afetadas por ela.

Dividem-se em:

Stakeholders primários: Afetam e influenciam diretamente a organização. Por exemplo:


clientes, empregados, fornecedores, etc.
Stakeholders secundários: São aquelas pessoas ou grupos que impactam indiretamente a
organização. Ou seja, apesar de não estarem relacionados diretamente à organização,
exercem algum tipo de influência sobre ela. Por exemplo: órgãos reguladores, mídia, etc.

Não confunda Stakeholders (partes interessadas) com Shareholders.

Shareholders são os acionistas de uma organização, ou seja, aquelas pessoas que


possuem uma “parte” da organização.

FGV – TJDFT – Analista Judiciário - Administração - 2022)

Os objetivos são elementos essenciais do processo de planejamento organizacional, pois é por


meio de sua especificação adequada que os membros da organização “conseguem um senso de
direção, antecipam estágios futuros desejados e mobilizam-se para alcançá-los” (Sobral e Peci,
2013, p. 202). Objetivos eficazes devem ser adequadamente definidos, atendendo a certos
critérios.

Esses critérios preconizam que os objetivos sejam:

a) mensuráveis;

b) definidos de forma participativa;

c) definidos em valores financeiros;

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Aula 01

d) inovadores;

e) abrangentes.

Comentários:

Tanto os objetivos quanto as metas devem possuir as seguintes características: específicos,


mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais.
O gabarito é a letra A.

4 - Etapas do Planejamento Estratégico (Fases do Planejamento


Estratégico)

É importante que você saiba que não há consenso sobre as etapas do processo de planejamento
estratégico. De um lado, Djalma Oliveira defende uma posição; de outro lado, Chiavenato adota
outra. Como ambos são autores muito prestigiados pelas bancas, precisamos conhecer as duas
posições. Vejamos cada uma delas:

Perceba também que, enquanto Chiavenato nomeia as etapas como “estágios”, Djalma Oliveira
prefere utilizar o termo “fases”.
Vejamos cada um dos estágios do planejamento propostos por Chiavenato.

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Aula 01

Formulação dos objetivos organizacionais: Consiste em definir aonde quer se chegar


(estabelecer os objetivos finais de longo prazo), e indicar a direção que a organização deve
seguir.
Análise externa do ambiente: Consiste em analisar as ameaças e oportunidades que o
ambiente externo causa à organização.
Análise interna da organização: Trata-se de identificar as forças e as fraquezas da
organização, mediante a análise da organização como um todo. Nesse estágio pode ser
utilizado o benchmarking, no intuito de comparar as práticas adotadas pela organização,
com aquelas “melhores práticas” adotadas pelas empresas concorrentes.
Formulação das alternativas estratégicas e escolha da estratégia a ser utilizada: Consiste
em identificar, relacionar e analisar quais são os caminhos e ações que podem ser tomados
para atingir os objetivos. Depois, decide-se qual caminho será percorrido.

Desenvolvimento de planos táticos e dos planos operacionais (operacionalização da


estratégia): Conforme vimos anteriormente nesse aula, como o planejamento estratégico é
muito “genérico” e abrangente, se faz necessário que os planos estratégicos se desdobrem
em planos táticos e estes, por sua vez, em planos operacionais. Trata-se da parte mais
detalhada do processo de planejamento estratégico.

Analisemos, agora, cada uma das fases do planejamento estratégico propostas por Djalma
Oliveira.19
Fase I – Diagnóstico estratégico

Nesta fase, analisam-se aspectos externos e internos, para que seja possível determinar “como a
organização está”.
Essa fase divide-se em cinco etapas:

1- Identificação da visão: Nessa etapa os principais responsáveis pela organização


estabelecem o que a empresa quer ser em um futuro próximo ou distante. Destaque-se
que, algumas vezes, a visão pode ser um pouco “irrealista”. Contudo, essa situação não é
preocupante pois, posteriormente, serão analisadas as ameaças e oportunidades externas.
2- Identificação dos valores: Trata-se da etapa onde são definidos os valores
organizacionais. Os valores são o conjunto dos princípios básicos e das crenças que
norteiam o comportamento da organização. Eles indicam como os membros da organização

19
Oliveira, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas, 33ª edição. São Paulo,
Atlas: 2015, pp. 44-60

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devem se comportar. São a base para a tomada de decisão e servem de sustentação para as
políticas da organização.
3- Análise Externa: Nessa etapa são analisadas as ameaças e as oportunidades do ambiente
externo. O ambiente externo pode ser dividido em duas partes:
Ambiente direto: são os fatores identificados pela organização e cujo grau de
influência recebido e/ou proporcionado pode ser avaliado e medido pela
organização.

Ambiente indireto: são os fatores que a organização pode identificar. Contudo, o


grau de influência recebido e/ou proporcionado, no momento, não pode ser avaliado
e medido pela organização.

4- Análise Interna: Trata-se da etapa onde são analisadas as forças (pontos fortes), as
fraquezas (pontos fracos) e os pontos neutros da organização.
O ponto neutro é uma variável identificada pela organização que, no momento, não pode
ser classificada como força ou fraqueza. Isso pois não há critérios e parâmetros de avaliação
que permitem essa classificação. Vale mencionar que a maioria das questões de prova
“ignora” os pontos neutros, levando em consideração apenas as forças e as fraquezas.
5- Análise dos concorrentes: Trata-se da etapa que permite identificar as vantagens
competitivas da própria organização e dos concorrentes. Em verdade, faz parte da análise
externa (etapa 3). Contudo, devido a sua relevância, merece ser analisada de forma
detalhada.

Fase II – Missão da empresa

Nessa fase deve ser definida a “razão de ser” da organização, bem como são estabelecidos o
posicionamento e a postura estratégica da organização.
Essa fase é composta das seguintes etapas:

1- Estabelecimento da missão da empresa: Missão é a “razão de existir” da organização, em


outras palavras, o motivo pelo qual a organização foi criada.
2- Estabelecimento dos propósitos atuais e potenciais: Os propósitos são a explicitação,
dentro da missão, dos setores em que a organização já atua, ou está analisando a
possibilidade de atuar (entrada no setor).

3- Estruturação e debate de cenários: Os cenários consistem em situações, critérios e


medidas que servem de base para preparar o futuro da organização.

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4- Estabelecimento da postura estratégica: Nessa etapa, estabelece-se como a empresa se


posiciona em seu ambiente. A postura estratégica representa a maneira mais adequada
para a organização atingir seus objetivos dentro da missão organizacional.
5- Estabelecimento das macroestrat gias e macropolíticas: Macroestratégias são as
grandes ações ou caminhos que a empresa deverá percorrer para melhor interagir, usufruir
e gerar vantagens competitivas.

Macropolíticas, por sua vez, consistem nas grandes orientações que servirão de base para a
sustentação das decisões de caráter geral que a organização deverá tomar para melhor
interagir com o ambiente.

Fase III – Instrumentos prescritivos e quantitativos

Nessa fase devem ser respondidas as seguintes perguntas: “Onde se quer chegar?” e “Como
chegar na situação desejada?”
Os instrumentos prescritivos buscam definir o que deve ser feito pela organização para que sejam
alcançados os propósitos estabelecidos na missão. Deve-se levar em consideração a postura
estratégica, as macropolíticas, os valores, bem como as ações macroestratégicas previamente
definidas.
O tratamento dos instrumentos prescritivos pode ser realizado através das seguintes etapas:

1- Estabelecimento de objetivos, desafios e metas

2- Estabelecimento de estratégias e políticas

3- Estabelecimento dos projetos e planos de ação

Os instrumentos quantitativos, por sua vez, buscam definir quais são os recursos necessários para
alcançar os objetivos. Relaciona-se ao planejamento orçamentário, e às projeções econômico-
financeiras necessárias à execução dos projetos, programas, planos de ação e atividades previstas.

Fase IV – Controle e Avaliação

É a fase responsável por monitorar as atividades e assegurar a realização dos objetivos, desafios,
metas, estratégias, projetos e planos de ação estabelecidos. Trata-se da fase onde é verificado
“como está caminhando” o planejamento estratégico.

Djalma Oliveira destaca que, em sentido amplo, essa fase envolve os processos de:

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-estabelecimento e análise de indicadores de desempenho (destaque-se que os indicadores


de desempenho são “estruturados” e definidos na Fase I - Diagnostico Estratégico; Aqui,
ocorre apenas o estabelecimento e análise dos indicadores que já foram estruturados e
definidos na fase I);
-avaliação de desempenho dos profissionais;

-comparação do desempenho com o que foi anteriormente planejado;

-análise dos desvios;

-tomada de ações corretivas;

-avaliação da eficiência e a eficácia da ação de natureza corretiva; e

-adição de informações (feedback) ao processo de planejamento, para subsidiar processos


futuros de planejamento.

Se a questão disser “segundo Djalma Oliveira”, você pode marcar com confiança que
essa fase de “Controle e Avaliação” faz parte do planejamento estratégico.
Contudo, a banca pode considerar que a fase de “Controle e Avaliação” faz parte da
gestão estratégica (e não do planejamento estratégico).
De fato, o mais comum é a banca relacionar conceitos como “controle”, “avaliação”, e
“implementação”, à gestão estratégica.
Portanto, fique atento!

Irei esclarecer algo que causa bastante confusão, e deixa os alunos bastante “perdidos”.

De início, é importante que você tenha em mente que as etapas do Planejamento “genérico” e do
Planejamento Estratégico são coisas diferentes.

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Quando falamos em etapas do Planejamento (“genérico”), não há grandes problemas.

Contudo, conforme já adiante no início deste tópico, não há consenso sobre as etapas do processo
de planejamento estratégico.
Em se tratando de planejamento estratégico, a maior parte das bancas adota o posicionamento
defendido por Djalma Oliveira (ou seja, de que a primeira etapa é o Diagnóstico).
Contudo, devemos conhecer também os estágios defendidos por Chiavenato, para que não
sejamos pegos de surpresa na hora da prova.
Trarei algumas questões para ilustrar esse entendimento. Vejamos:

(CESPE – STJ – Analista Judiciário - 2015)

Embora não exista uma metodologia universalmente aceita, é muito utilizado o planejamento
estratégico em quatro fases básicas, quais sejam: elaboração do diagnóstico estratégico; definição
da missão da empresa; determinação de instrumentos prescritivos e quantitativos; e controle e
avaliação.
Comentários:

A assertiva está correta.

Perceba que, primeiro, o CESPE deixou claro que não existe consenso nas etapas de planejamento
estratégico. Depois, afirmou que as etapas “mais utilizadas” são as quatro fases propostas por
Djalma Oliveira (corroborando a ideia de que as fases de Djalma Oliveira são as mais utilizadas
pelas bancas).
Gabarito: correta.

(CESPE – MPU – Técnico do MPU - 2018)

Em um processo de planejamento estratégico, deve-se primeiramente realizar a análise da


situação do ambiente para, em seguida, definirem-se os objetivos a serem alcançados.
Comentários:

A assertiva está errada.

Em um primeiro momento você poderia pensar o seguinte: “Ora, será que o CESPE mudou o
entendimento? Será que agora o CESPE entende como correta as etapas defendidas por Chiavenato
(onde a “definição dos objetivos” é a primeira etapa)?”

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Não, meu amigo! O que tornou a questão errada foi a utilização da palavra “deve-se”. Conforme
vimos, o próprio CESPE já elaborou questões nas quais defende a ideia de que não há consenso
nas etapas de planejamento estratégico. Portanto, a utilização do termo “deve-se”, traz a ideia de
imposição, e torna a assertiva errada.
Gabarito: errada.

(CESPE – MPOG – Analista Judiciário - 2015)

O planejamento estratégico pode ser desenvolvido por meio das seguintes etapas: determinação
dos objetivos; análise ambiental externa; análise organizacional interna; formulação das
alternativas estratégicas e escolha das estratégias; elaboração do planejamento e sua implantação
mediante planos táticos e planos operacionais.
Comentários:

A assertiva está correta! Perceba que o CESPE, desta vez, trouxe as etapas do planejamento
estratégico defendidas por Chiavenato.
Diferentemente da questão anterior, o CESPE utilizou a palavra “pode” (dando uma ideia de
“opção”; e não de “imposição”).
Portanto, de fato, o planejamento estratégico pode ser desenvolvido por meio das etapas
indicadas por Chiavenato.
Gabarito: correta.

Perceba que o CESPE não defende nenhuma das posições (nem de Chiavenato, nem de Djalma
Oliveira). O CESPE defende a ideia de que não existe consenso nas etapas de planejamento
estratégico. Vamos ver mais uma questão em que o CESPE deixa isso bem claro:

(CESPE – SERPRO – Analista - 2008)

Há consenso entre as metodologias de que o planejamento estratégico deve ter início com o
estabelecimento dos objetivos gerais da organização.
Comentários:

Errado! Não há consenso entre as etapas de planejamento estratégico!

Gabarito: errada.

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1 - Não há consenso entre as etapas de planejamento estratégico.

2 - Ambas as metodologias (Chiavenato e Djalma Oliveira) podem ser consideradas


corretas.
3 - Se a banca disser que deve ser utilizada obrigatoriamente (ideia de imposição)
alguma das metodologias, a questão estará errada!
4 - Se a banca disser que pode ser utilizada (ideia de opção) alguma das metodologias, a
questão provavelmente estará correta.

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ESQUEMATIZANDO!

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Aula 01

PLANEJAMENTO BASEADO EM CENÁRIOS


O futuro da organização é imprevisível e incerto. Portanto, no intuito de minimizar essa incerteza,
utiliza-se a técnica de “cenários”.
Para Paludo20, cenários são projeções de ambientes futuros (em outras palavras, são

“futuros
potenciais”). Para ele, cenários são uma forma de organizar de maneira lógica o maior número de
informações possíveis sobre o futuro. Trata-se de uma técnica qualitativa em que a projeção, a
predição e a imaginação fazem parte do processo.
Chiavenato21, por sua vez, explica que cenários são “estudos do futuro para se construir

diferentes
imagens e visões alternativas favoráveis ou desfavoráveis do ambiente futuro de negócios e suas
interligações”.

Djalma Oliveira22 destaca que os cenários “representam situações, critérios e medidas para a
preparação do futuro da empresa”.

É importante que você saiba que construir cenários não a mesma coisa que “fazer
previsões”.
Isso pois, tudo que acontece fora do ambiente organizacional não está sob o controle da
organização. Portanto, não é possível “prever o futuro”
Os cenários são baseados em incertezas; portanto, resultam em diversos caminhos
distintos. As previsões, por outro lado, são pautadas pela racionalidade; portanto,
indicam um único caminho.

O planejamento baseado em cenários não busca definir com precisão os acontecimentos futuros;
mas sim projetar diversos cenários (ambientes e situações futuras), com o objetivo de fazer com
que os administradores estejam preparados a diferentes possibilidades e possam tomar as
melhores decisões em cada situação que surgir.

20
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Geral e Pública para AFRF e AFT, 3ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método:
2017, p.4.
21
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática, 5ª edição. Barueri, Manole: 2014, p. 110.
22
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas, 33ª edição. São Paulo,
Atlas: 2015, p. 53.

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Aula 01

Planejar baseado em cenários não é “prever o futuro”, mas sim criar diversos cenários (positivos,
neutros e negativos), no intuito de se criar o maior número possível de situações futuras
potenciais, para que a organização esteja preparada para o que vier a acontecer no futuro.

Por exemplo: Imagine que você começou a estudar agora para o concurso de Auditor Fiscal da
Receita Federal. Então, o seu plano é estudar todas as matérias antes do próximo edital ser
publicado. Contudo, isso levaria bastante tempo. Então, você começa a construir alguns cenários,
tais como: “E se o edital sair daqui 2 meses?” Então estudarei apenas as matérias de direito. “E se o
edital sair daqui a 6 meses?” Então não revisarei o que já estudei, e focarei apenas nas matérias
que ainda não estudei. “E se o edital sair daqui a 2 anos”? Então dará tempo de revisar tudo que já
estudei.

Djalma Oliveira, assim como outros autores, dividem o planejamento por cenários em duas
abordagens: projetiva e prospectiva.23
A abordagem projetiva busca projetar o futuro baseando-se em experiências reais passadas. Essa
abordagem cria um único cenário futuro e certo. Para tanto, utiliza-se de variáveis quantitativas,
objetivas e conhecidas.

Passado Presente Futuro


(Cenário Único)

A abordagem prospectiva, por sua vez, baseia-se nas ações atuais para criar diversos cenários
futuros e incertos. A abordagem prospectiva utiliza variáveis qualitativas, quantificáveis ou não
quantificáveis, objetivas ou subjetivas e conhecidas ou desconhecidas.

Futuropossível
(Cenário 1)

Passado Presente Futuropossível


(Cenário 2)

Futuropossível
(Cenário 3)

Vale destacar, também, que existem cenários de primeira geração e cenários de segunda geração:

Cenários de primeira geração: São chamados de cenários ambientais. São construídos com
o objetivo de melhorar o entendimento das variáveis ambientais do meio externo. São
exploratórios.

23
Oliveira, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas, 33ª edição. São Paulo,
Atlas: 2015, 124-125.

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Aula 01

Cenários de segunda geração: São chamados de cenários estratégicos. São construídos com
informações incertas e formam a base para a tomada de decisões estratégicas focadas no
futuro.
De acordo com Gomes & Gomes (2012)24, “Cenários é uma ferramenta de planejamento poderosa,
principalmente porque o futuro é imprevisível. Usar cenários é ensaiar o futuro antes de o futuro
chegar. Ao reconhecer sinais de aviso e a história que está emergindo, podem-se evitar surpresas,
adaptar-se e agir efetivamente.”

1 - Métodos para Construção de Cenários

Existem diversos métodos para a construção de cenários. Dentre os principais, gostaria de destacar
os seguintes:
Lógica intuitiva: É uma metodologia que foca nas visões de mundo dos gestores. É um
instrumento de “percepção” de futuro. Essa metodologia entende que as decisões
envolvem diversos fatores, os quais, na maioria das vezes, não estão sob controle da
organização. Não utiliza análises qualitativas.
Análise do impacto das tendências: É uma metodologia que utiliza modelos probabilísticos
e estatísticos, aliados a uma base de dados, para avaliar a probabilidade de ocorrência de
determinado cenário. Não são avaliadas as inter-relações entre os fatores analisados.
Considera-se apenas aqueles fatores que têm maiores informações históricas disponíveis.
Análise do Impacto cruzado: Esse método analisa o inter-relacionamento de todas as
tendências e eventos significativos identificados, utilizando-se o cruzamento de
probabilidades. Consiste em cruzar os fatores identificados e as expectativas elaboradas por
especialistas. A partir daí, forma-se um modelo matricial ao qual são atribuídos valores
numéricos, no intuito de estabelecer o cenário mais “aceitável” e vários outros com
probabilidade de ocorrência.
Análise prospectiva: Trata-se de método de elaboração de cenários composto basicamente
por seis etapas, quais sejam: delimitação do sistema e do ambiente; análise estrutural do
sistema e do ambiente; listagem dos condicionantes do futuro; análise morfológica; testes
de consistência, ajuste e disseminação; revisão e disseminação.25

24
Gomes, Luiz Flavio Autran Monteiro. Gomes, Carlos Francisco Simões. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério, 5ª
edição – Rio de Janeiro: Método, 2017, p.5.
25
Kato, Jerry M., Um modelo para a construção de cenários aplicado à Indústria de Transportes Rodoviários de Cargas no
Brasil, Rev. FAE, Curitiba, v.10, n.2, p.182, jul./dez. 2007

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Aula 01

(FGV – FUNSAÚDE - CE - Analista Administrativo - Administração – 2021)

A construção de cenários é uma ferramenta poderosa para o planejamento de uma organização.


Dentre os métodos de construção de cenários, a lógica intuitiva tem como fundamento
a) o uso de modelos probabilísticos e estatísticos.

b) o cruzamento de fatores e as expectativas elaboradas por especialistas no assunto.

c) as visões de mundo dos gestores da organização.

d) o cotejamento de informações qualitativas e quantitativas.

e) o interrelacionamento das tendências e eventos de fatos passados.

Comentários:

A Lógica intuitiva é uma metodologia que foca nas visões de mundo dos gestores. É um
instrumento de “percepção” de futuro. Essa metodologia entende que as decisões envolvem
diversos fatores, os quais, na maioria das vezes, não estão sob controle da organização. Não utiliza
análises qualitativas.
O gabarito é a letra C.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO S
ITUACIONAL - PES
Enquanto o Planejamento Estratégico “tradicional” é do tipo prescritivo, normativo e genérico, o
Planejamento Estratégico Situacional (PES) é elaborado sob o ponto de vista de determinado
“player” (jogador), e considera que as ações dependem das circunstâncias.
O Planejamento Estratégico “tradicional” baseia-se em um cenário “estático” (ou então de
comportamentos pré-determinado – tem um “viés determinista”) e planejado, ou seja, não leva
em consideração que os outros jogadores irão agir (e se levar, considera que o comportamento
dos outros players é pré-determinado).

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Aula 01

De diferente modo, o PES aprecia a situação continuamente, ao longo da execução do plano,


considerando as ações dos outros players. Para o PES, o planejamento deve ser feito
continuamente.

O PES surge como um contraponto ao Planejamento “tradicional”.

“Como assim, Stefan?”

Imagine que o técnico da seleção brasileira de futebol diga para os jogadores o seguinte: “Daniel
Alves, você irá tocar a bola para o Casemiro, que correrá pelo meio do campo, dará 6 passos e
tocará a bola para o Neymar, que então deverá dar 4 passos e cruzar a bola para o Gabriel Jesus
que, por fim, matará a bola no peito e chutará para dentro do gol”.
Nesse momento, Neymar interrompe e diz: “OK Técnico, mas e o time adversário? Permitirá que a
gente faça tudo isso?”
Pois bem, meu amigo! Nesse caso, o técnico da seleção é o Planejamento Estratégico “tradicional”
(considera os demais jogadores como “estáticos”); Neymar, por sua vez, é o Planejamento
Estratégico Situacional (leva em consideração que os demais jogadores irão agir e que as ações
dependerão das circunstâncias).

Perceba que no PES a figura de “planejador” e “executor” se confundem. As “jogadas” dependem


das circunstâncias. Portanto, o PES deixa de lado aquela visão “tradicional” de que planejamento e
execução são funções separadas.
Para o PES, planejamento e execução devem caminhar juntos, não existindo “receitas de bolo
prontas”. A análise das situações e ações dos demais jogadores que indica os caminhos a serem
tomados. Nesse sentido, o PES é pautado pela análise de cenários, tendo em vista que o método
compreende que existem diversos cenários futuros possíveis.

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Aula 01

Lida26 sintetiza, na tabela a seguir, as diferenças entre o Planejamento Tradicional e o PES:

Fator Planejamento Tradicional PES


Objeto do plano Passivo Ativo e Complexo
Explicação da realidade Baseada em diagnósticos Apreciação situacional
Concepção do plano Normativo-Prescritivo Jogadas sucessivas
Análise estratégica Consultas a especialistas Análise da viabilidade
Fatores Genéricos Específicos
Operação Ação separada do plano Mediação entre o plano e a ação

De acordo com Huertas (1996) e Adum e Coelho (2007) “o Planejamento Estratégico Situacional é
uma metodologia de planejamento estratégico de governo, desenvolvido pelo economista chileno
Carlos Matus, que ao preencher algumas lacunas do planejamento tradicional e do estratégico
corporativo, acaba por servir aos dirigentes políticos, no governo ou na oposição”. 27
Matus28 destaca que a situação de um governante perante e realidade pode ser sintetizada pelo

o
que ele chama de triângulo de governo, o qual é composto pelo tripé: projeto de governo,
capacidade de governo e governabilidade.Projetode Governo

Governabilidade Capacidadede Governo

Vejamos os aspectos de cada um desses vértices 29:

26
LIDA, Itiro. Planejamento Estratégico Situacional - 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prod/v3n2/v3n2a04.pdf. p.115. Acessado
em: 08/07/2019.
27
(Huertas, 1996 e Adum e Coelho, 2007) apud ROIC, Ernani, RUIZ, Mauro S. CERÂNTOLA, Adriane Ponce C. O Planejamento Estratégico
Situacional – PES como Instrumento de Processamento Técnico-Político de Conflitos Socioambientais Urbanos. XXXVII Encontro da ANPAD. Rio
de Janeiro/RJ - 7 a 11 de setembro de 2013. Disponível em: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2013_EnANPAD_APB568.pdf. Acessado em:
08/07/2019.
28
MATUS, Carlos. O Plano como Aposta -2006. Disponível em: http://produtos.seade.gov.br/produtos/spp/v05n04/v05n04_07.pdf. p. 35.
Acessado em: 08/07/2019.
29
GIACOMONI, J., PAGNUSSAT, J. Planejamento e Orçamento Governamental – Coletânea – Volume 1. Brasília, Enap: 2006. p.20-
21.

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Aula 01

Projeto de governo: Refere-se à existência de projetos e ao conteúdo da proposta de


governo, que começa pela seleção de problemas e pela definição de como enfrentá-los.
Trata-se do plano elaborado para que toda a equipe envolvida alcance os objetivos.
Capacidade de governo: Corresponde à capacidade pessoal e institucional de governo; ao
capital intelectual; à experiência; à perícia; à capacidade de formular projetos, políticas e
normas legais, pelas condições técnicas e administrativas. Trata-se da expertise do
administrador. Em outras palavras, consiste no acúmulo de conhecimentos e experiências
necessários para a implementação e execução do plano.

Governabilidade: Corresponde ao grau de controle que o governo possui das


circunstâncias externas, que têm poder de afetar os resultados do projeto; à relação entre
o peso das variáveis que o governo controla e as que não controla; à capacidade de articular
e de mobilizar alianças e parcerias, assim como recursos políticos e estratégicos. Em outras
palavras, representa as variáveis dos recursos necessários à implementação do plano.

Você lembra das “etapas” do Planejamento “tradicional” que estudamos anteriormente nessa
aula? Pois bem. O PES, diferentemente do planejamento “tradicional”, possui 04 “momentos”:
Momento explicativo: Trata-se da fase de identificação, seleção e priorização de problemas
estratégicos, bem como de debates sobre as causas, sintomas e efeitos.
Momento normativo: É o momento de definir as propostas do plano. Ou seja, busca-se
estabelecer as propostas necessárias para encarar os problemas anteriormente priorizados.
Momento estratégico: É a fase do desenho da estratégia que será adotada.

Momento tático-operacional: É a hora de fazer. É o momento da ação, de agir sobre a


realidade concreta.
Vale dizer que esses quatro momentos não ocorrem, obrigatoriamente, de forma sequencial e
linear. Ou seja, dependem da interação com o ambiente e do contexto.
Além disso, os 04 momentos não são excludentes, isto é, o plano desenvolve-se passando por
todos os 04 momentos.
Por fim, Matus30 destaca o conceito de cálculo estratégico. Para ele, “o cálculo estratégico refere-
se a pensar estratégias para tornar o plano viável. Ou seja, articular o “deve ser” com o “pode
ser”. Não basta dispor de um bom delineamento normativo e prescritivo do plano. É preciso, além
disso, uma boa estratégia para lidar com os outros jogadores e com as circunstâncias que cercam o

30 MATUS, Carlos. O Plano como Aposta -2006. Disponível em:


http://produtos.seade.gov.br/produtos/spp/v05n04/v05n04_07.pdf. p. 35. Acessado em: 08/07/2019.

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Aula 01

jogo social. (...) Um jogador pode dispor de boas cartas num jogo de baralho, mas, se não souber
jogá-las, perde para outro que tem cartas inferiores”.

(AOCP – EBSERH – Analista Administrativo - 2016)

Assinale a alternativa que apresenta os quatro momentos para o processamento técnico-político


dos problemas, previstos no Planejamento Estratégico Situacional – PES.
a) Distributivo, normativo, tático, operacional.

b) Quantitativo, qualitativo, estratégico, gerencial.

c) Explicativo, qualitativo, tático, gerencial.

d) Distributivo, quantitativo, estratégico, tático.

e) Explicativo, normativo, estratégico, tático-operacional.

Comentários:

Os quatro momentos do PES são: Explicativo, normativo, estratégico, tático-operacional.

O gabarito é a Letra E.

(FCC – Prefeitura de Teresina-PI – Técnico de Nível Superior - 2016)

A respeito do Planejamento Estratégico Situacional − PES,

a) constitui uma atividade que se encerra em determinado momento, a partir do qual se inicia sua
implementação.
b) aplicado à gestão pública, o PES considera que a arte de governar está associada ao princípio da
governança, mas não da governabilidade.
c) o modelo adota o conceito de “etapas”, em substituição ao conceito de “momento”.

d) considera que o planejamento deve incluir uma avaliação do poder dos diversos atores sociais
que interagem simultaneamente.
e) essa abordagem tem como máxima a ideia de que “o plano sempre se completa antes da ação”.

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Aula 01

Comentários:

Letra A: errada. Nada disso! Para o PES o planejamento deve ser feito continuamente, e deve
caminhar junto com a execução (implementação).
Letra B: errada. O triângulo de governo de Matus é composto pelo tripé: projeto de governo,
capacidade de governo e governabilidade. Portanto, para o PES, a governabilidade é um fator
bastante importante.

Letra C: errada. Pelo contrário! O PES adota o conceito de “momentos” em substituição ao


conceito de “etapas”, típico do planejamento “tradicional”.
Letra D: correta. Perfeito! O PES leva em consideração diversos atores que interagem
simultaneamente e de maneira interdependente.
Letra E: errada. A assertiva trouxe um trecho específico da obra de Matus31, segundo o qual “o
plano só se completa na ação, nunca antes.”
O gabarito é a Letra D.

REDES E
ALIANÇAS
Diante de um cenário globalizado cada vez mais competitivo, as empresas têm firmado alianças e
redes para reduzir incertezas, complementar seus recursos (combinando competências
organizacionais) e aumentar suas vantagens competitivas.
Mintzberg32 destaca que as competências organizacionais podem ser combinadas de diversas
formas. Por exemplo, por meio das joint-ventures (estratégia na qual duas empresas se associam
para produzirem determinado produto e entrarem em um novo mercado) ou então por outras
formas de alianças com parceiros, acordos de licenciamento, relações de franquias e contratos de
longo prazo, entre outras, cuja combinação extensiva resulta em redes.

Segundo ele, a combinação de competências pode acontecer em paralelo, como quando uma
empresa de eletrônicos combina sua capacidade de pesquisas com a de uma empresa de produtos
mecânicos para desenvolverem, em conjunto, novos produtos eletromagnéticos. Ou então, pode
acontecer sequencialmente, como quando a capacidade de projeto de uma empresa é combinada
com a capacidade de produção de outra.

31
(Matus, 2006)
32
MINTZBERG, Henry. LAMPEL, Joseph. QUINN James Brian. GHOSHAL Sumantra. O processo da estratégia: conceitos,
contextos e casos selecionados. / Tradução: Luciana de Oliveira da Rocha / Revisão Técnica: Alziro Rodrigues, 4ª edição. Porto
Alegre, Artmed: 2007. p.119

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Aula 01

Nos últimos anos o número de alianças entre empresas tem crescido bastante. Peter Drucker
(1995) sugere que a grande mudança na forma como as empresas estão sendo conduzidas está́ na
aceleração do crescimento de relações baseadas em parcerias.

Isso acontece pois, em um ambiente dinâmico, flexível e que exige constante inovação, está cada
vez mais difícil ser uma empresa “autossuficiente”. Nesse sentido, as alianças permitem que as
empresas consigam alavancar suas forças através das alianças formadas com parceiros.

Barney e Hesterly (2011), destacam que as alianças podem ser de três tipos:

Aliança sem participação acionária: as empresas concordam em trabalhar juntas e cooperar


umas com as outras. É efetivada mediante contratos de cooperação entre as partes.
Contudo, não há participação acionária e nem “criação de uma nova empresa
independente”.
Aliança com participação acionária: aqui, além dos contratos de cooperação, ocorrem
investimentos em participação acionária de uma empresa parceira na outra. Podem
ocorrem investimentos unilaterais (por exemplo: apenas a empresa A investe na empresa
B), ou investimentos recíprocos (empresa A investe na empresa B; e empresa B investe na
empresa A).

Joint-ventures: as empresas em cooperação formam uma nova empresa independente.


Essa nova empresa independente recebe investimentos das empresas em cooperação. O
lucro dessa empresa independente remunera as partes por seus investimentos.

De acordo com Paludo33, “redes são organizações temporárias (várias organizações independentes
– ou organizações e demais atores) conectadas pela Tecnologia da Informação, com
compartilhamento de competências, conhecimentos, ideias, soluções, infraestrutura, processos – e
muita colaboração -, com vistas à resolução de problemas ou à obtenção de ganhos de toda
espécie”.

As redes são dinâmicas, e eficientes. As redes fortalecem as atividades de cada um dos atores
envolvidos (de cada um dos participantes). As redes podem expandir-se e desenvolverem-se de
forma “ilimitada”. Surge, nesse contexto, a organização em rede (estrutura em rede).

De acordo com Chiavenato3435, a estrutura em rede de unidades é “composta de várias áreas de


negócios relacionadas com a empresa-mãe, que funciona como o núcleo principal. Nesse caso, a
rede é constituída de um núcleo principal rodeado por empresas ou unidades de negócios, cada
qual funcionando como um centro de lucro separado dos demais”.

33
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. P.248
34
Peter Drucker (apud) MINTZBERG, Henry. LAMPEL, Joseph. QUINN James Brian. GHOSHAL Sumantra. O processo da estratégia:
conceitos, contextos e casos selecionados. / Tradução: Luciana de Oliveira da Rocha / Revisão Técnica: Alziro Rodrigues, 4ª
edição. Porto Alegre, Artmed: 2007. p.224
̧
35
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática, 5ª edição. Barueri, Manole: 2014. p. 255.
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Aula 01

As organizações estruturadas em rede possuem equipes e departamentos descentralizados,


parcerias com fornecedores, alianças com concorrentes, contratos com outras empresas, etc.
A empresa principal fica no centro, e, em torno dela, encontram-se diversas outras unidades que
“auxiliam” e se relacionam com a empresa principal. Trata-se de uma estrutura baseada nos
relacionamentos interpessoais.

A ideia principal é que as empresas não são excelentes em tudo que fazem. Portanto, há sempre a
necessidade de firmar parcerias, contratar outros serviços, etc.
Pense, por exemplo, em uma fábrica de automóveis. Ela firma parceria com um fornecedor de
matéria prima. Firma parcerias com revendedores. Possui unidades de distribuição
descentralizadas. Possui equipes de projetos. Firma contratos com empresas de marketing para a
publicidade de seus automóveis. Faz uma aliança com um concorrente que possui algum produto
essencial ao seu negócio, etc.

Todas as partes envolvidas estão conectadas, de maneira interdependente, e desempenham suas


funções de forma autônoma e coordenada.
Resumindo, as organizações em rede criam “networks”, isto é, rede de contatos e relacionamentos
empresariais. Forma-se uma estrutura horizontalizada.
No esquema a seguir, Sobral e Peci ilustram muito bem o conceito de uma estrutura em rede.

As principais vantagens desse tipo de estrutura são:

- Alta flexibilidade e adaptabilidade a ambientes complexos e imprevisíveis.

- Baixos custos operacionais.

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Aula 01

- Rápida resposta às demandas ambientais.

- Permite a virtualização do negócio: mesmo que o negócio principal seja “físico”, a rede,
normalmente, é “virtual” (conectada eletronicamente). Isso é bom pois essas empresas
virtuais não precisam de “espaço físico” para funcionar.

- Possibilidade de proliferação das unidades de negócio: em virtude da alta flexibilidade e


adaptabilidade às demandas.
Por outro lado, podem-se citar alguns aspectos negativos relacionados às alianças. Vejamos:

- Obstruções de mercado: potenciais concorrentes podem encontrar dificuldades de se


manterem no mercado, devido a “obstruções” de mercados “injustas” que podem ser
causadas pelas alianças.

- Falta de competição: os clientes podem se sentirem insatisfeitos devido à falta de


competição.
- Falsa percepção de vantagem: muitas vezes, as alianças são usadas como uma tentativa
de “neutralizar” a competição. Contudo, as empresas envolvidas na aliança podem ter um
“falso senso” de vantagem competitiva (podem acreditar que, por conta da aliança, estão
em vantagem, quando, na verdade, não estão), tornando-as vulneráveis aos competidores
mais ágeis e inovadores.

- Oposição do Governo: o governo pode impedir a formação de alianças, devido a questões


antitruste. Ou seja, no sentido de impedir a formação de “cartéis” e “monopólios”.

(CESPE – SEDF – Analista de Gestão Educacional - 2017)

Redes e parcerias são estratégias embasadas na colaboração (em maior ou menor grau), e não na
competição entre organizações, com o objetivo de compartilhar recursos e capacidades para
atuação no mercado.

Comentários:

De fato, as redes, alianças e parcerias são estratégias embasadas na colaboração, com o objetivo
de compartilhar recursos e capacidades para uma melhor atuação no mercado.

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Aula 01

Contudo, está incorreto afirmar que “não se tratam de estratégias de competição entre
organizações”. As organizações formam redes, alianças e parcerias, justamente para tornarem-se
mais competitivas. Ou seja, para aumentarem suas vantagens competitivas.

Portanto, tratam-se sim de estratégias de competição entre as organizações.

Gabarito: errada.

(QUADRIX – CFO-DF – Administrador - 2017)

As empresas fazem alianças e parcerias para melhorar suas respectivas posições competitivas.

Comentários:

Isso mesmo! As alianças têm por objetivo aumentar a vantagem competitiva das organizações.

Gabarito: correta.

(FGV – Prefeitura de Osasco-SP – Oficial Administrativo - 2014)

A organização X é formada por um conjunto de diferentes organizações cujas atividades são


coordenadas por contratos, acordos e relações interpessoais, e não pela criação de estruturas
hierárquicas formais, custosas e rígidas. Pode-se afirmar que a organização X possui uma
perspectiva de:
a) organização em rede;

b) ecologia populacional;

c) dependência de recursos;

d) neo-institucionalismo;

e) hierarquia das organizações.

Comentários:

Ao dizer que a empresa é formada por um conjunto de diferentes organizações, com atividades
coordenadas por contratos, acordos e relações interpessoais, a questão descreve as
características de uma organização em rede.

O gabarito é a letra A.

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Aula 01

ADMINISTRAÇÃO POR
OBJETIVOS
- APO
A Administração por Objetivos (APO) ou Administração por Resultados, faz parte da Teoria
Neoclássica de Administração, e surgiu na década de 1950, quando Peter Drucker publicou um
livro sobre o assunto.
Na APO o foco está nos resultados (nos objetivos organizacionais). Portanto, ao invés de se
preocupar com os processos/atividades/“meios” (eficiência), a APO se preocupa com os
resultados, com os fins (eficácia).

Trata-se de um processo no qual o planejamento (a definição dos objetivos) é feito de “baixo para
cima”. Ou seja, ao invés do chefe impor os objetivos e as metas aos subordinados (de “cima para
baixo”, através da cadeia de comando), os subordinados participam desse processo. Assim, os
objetivos e as metas organizacionais são definidos em conjunto pelos gerentes e pelos
subordinados.

O objetivo é envolver todos os membros da organização no processo de definição de objetivos.

No modelo de Administração por Objetivos, os objetivos e as metas são definidos pelos chefes e
subordinados, em comum acordo, e as responsabilidades são especificadas para cada um, em
função dos resultados esperados.

Desta forma, analisando-se os resultados, é possível identificar tanto o desempenho do chefe


quanto do subordinado. Assim, todos os envolvidos são avaliados de forma objetiva (através da
comparação entre os resultados alcançados e os resultados esperados).

A ideia é que se os subordinados participarem do processo de definição dos objetivos,


consequentemente, ficam mais comprometidos com o atingimento das metas e resultados
(funciona como uma forma de motivação).

Reunindo as ideias de Chiavenato36 e de Sobral e Peci37, pode-se dizer que a APO é composta

pelas
seguintes etapas:
Definição e especificação dos objetivos: gerente e subordinado se reúnem para discutirem
e “negociarem” os objetivos, as metas e os resultados esperados. A formulação dos
objetivos é consensual, democrática e participativa. Cria-se um “vínculo” entre funcionário
e chefe, assim como um maior comprometimento com o alcance dos objetivos.

36
CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública: Provas e Concursos, 5ª edição. São Paulo, Manole: 2018. p.31
37
SOBRAL, F., & PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro, 4ª edição. São Paulo, Pearson Prentice Hall:
2008. pp.138-139.

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Aula 01

Desenvolvimento do plano de ação: além da definição dos objetivos, também são


especificados de que forma esses objetivos serão alcançados.
De um lado, o gerente se compromete a proporcionar o apoio e os recursos
necessários para que o subordinado consiga trabalhar de modo eficaz orientado ao
alcance dos objetivos. Assim, o gerente garante os recursos e os meios, e cobra
resultados (do subordinado).
De outro lado, o subordinado trabalha para alcançar suas metas e cobra (do gerente)
os meios e os recursos necessários ao alcance dos objetivos.
Monitoramento do processo: os processos devem ser monitorados, a fim de verificar se os
planos estão realmente funcionando na prática. Assim, podem ser tomadas medidas
corretivas (para corrigir eventuais desvios).

Avaliação dos resultados: periodicamente, gerente e subordinado se reúnem para avaliar


se os resultados obtidos estão de acordo com os objetivos estabelecidos. Trata-se da base
do sistema de avaliação do desempenho.

Reciclagem do processo: a partir da avaliação dos resultados, os objetivos podem ser


reavaliados, redimensionados, ou podem ser estabelecidos novos objetivos. O mesmo
pode ocorrer com os recursos e os meios necessários.

Chiavenato38 destaca, ainda, que a APO apresenta as seguintes características:

- Estabelecimento conjunto de objetivos entre o gerente e seu superior.

- Estabelecimento de objetivos para cada departamento ou posição.

- Interligação entre os vários objetivos departamentais.

- Ênfase na mensuração e no controle de resultados.

- Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos.

- Participação atuante das gerências e dos subordinados.

- Apoio intensivo do staff.

38
CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública: Provas e Concursos, 5ª edição. São Paulo, Manole: 2018. p.31-32

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Aula 01

A seguir, trago as vantagens e as desvantagens da Administração por Objetivos, segundo Sobral e


Peci39:

VANTAGENS DESVANTAGENS
da APO da APO

Foca as tarefas e atividades diretamente Depende do apoio e do empenho da


relacionadas ao cumprimento dos objetivos administração de topo (alta cúpula)

Obriga os administradores a estabelecerem as


prioridades, metas e medidas de desempenho Pode ser inútil e desmotivador em ambientes
ou fases de mudança dinâmica

Estimula a participação, a motivação e o


comprometimento de todos os funcionários
Sobrevaloriza (supervaloriza) os objetivos
individuais em detrimento dos objetivos
organizacionais
Proporciona uma clarificação de funções,
responsabilidades e autoridade

Concentra os esforços no curto prazo, com


prejuízo ao planejamento de longo prazo
Aumenta a capacidade da empresa de
responder às alterações do ambiente externo

Pode consumir tempo excessivo e dar origem


Proporciona maior ligação entre os objetivos
a muita burocracia
gerais da empresa e os objetivos individuais

39
SOBRAL, F., & PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro, 4ª edição. São Paulo, Pearson Prentice Hall:
2008. pp.139.

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Aula 01

(FGV – FUNSAÚDE - CE - Analista de Recursos Humanos – 2021)

A Administração por Objetivos (APO) é uma importante ferramenta de planejamento,


desenvolvida com o intuito de envolver todos os membros da organização na definição dos
objetivos. Entretanto, algumas desvantagens ou dificuldades na aplicação da ferramenta limitaram
sua difusão e continuidade de uso. Assinale a opção que pode ser apontada como uma das
principais dificuldades no uso dessa ferramenta.

a) O foco dos esforços no curto prazo, em detrimento ao longo prazo.

b) O desestímulo causado aos funcionários devido ao aumento de responsabilidades.

c) A dificuldade de discriminar as responsabilidades e autoridades.

d) A perda da capacidade de resposta às alterações do ambiente externo.

e) A impossibilidade de estabelecer medidas de desempenho.

Comentários:

Letra A: correta. De fato, uma das desvantagens da APO é concentrar os esforços no curto prazo,
com prejuízo ao planejamento de longo prazo.
Letra B: errada. Nada disso. Uma das vantagens da APO é o estímulo à participação, à motivação e
ao comprometimento de todos os funcionários
Letra C: errada. Pelo contrário. Uma das vantagens da APO é que ela proporciona uma clarificação
de funções, responsabilidades e autoridade.
Letra D: errada. Nada disso. Uma das vantagens da APO é que ela aumenta a capacidade da
empresa de responder às alterações do ambiente externo
Letra E: errada. Nada disso. Uma das vantagens da APO é que ela obriga os administradores a
estabelecerem as prioridades, metas e medidas de desempenho.
O gabarito é a letra A.

(IF-MS – IF-MS – Administrator - 2019)

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Aula 01

Assinale a alternativa que corresponde à abordagem da administração que se refere a um método


no qual as metas são definidas em conjunto pelo gerente e seus subordinados e as
responsabilidades são especificadas para cada um em função dos resultados esperados, passando
a constituir os indicadores ou padrões de desempenho sob os quais ambos serão avaliados.
a) Administração por objetivos (APO).

b) Neoclássica da Administração.

c) Comportamental.

d) Contingencial da Administração.

e) Estruturalista.

Comentários:

Questão tranquila. Na Administração por Objetivos as metas são definidas em conjunto pelo
gerente e pelos subordinados. Além disso, as responsabilidades são especificadas para cada um
em função dos resultados esperados, passando a constituir os indicadores ou padrões de
desempenho sob os quais ambos (subordinado e chege) serão avaliados.
O gabarito é a letra A.

(CESPE – STM – Analista Judiciário - 2018)

Na administração por objetivos, definem-se metas para cada departamento ou indivíduo e


adotam-se planos de ação inalteráveis para garantir o alcance das metas organizacionais, seja
qualitativas, seja quantitativas.

Comentários:

De fato, na administração por objetivos, definem-se metas para cada departamento ou indivíduo e
adotam-se planos de ação.
Contudo, esses planos de ação são constantemente monitorados, no intuito de verificar se estão
realmente funcionando na prática. Desta forma, podem ser tomadas medidas corretivas (para
corrigir eventuais desvios).

Portanto, os planos podem sim ser alterados, a fim de garantir o alcance das metas.

Gabarito: errada.

(CESPE – EBSERH – Analista Admirativo - 2018)

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Aula 01

No âmbito da administração por objetivos, a eficácia ganha relevância em detrimento da


eficiência.
Comentários:

Isso mesmo! Ao invés de se preocupar com os processos e com os “meios” (eficiência), a APO se
preocupa com os resultados, com os fins (eficácia).
Gabarito: correta.

(IBFC – TCM-RJ – Técnico de Controle Externo – 2016 - Adaptada)

A base da administração por objetivos é o processo em que participam o chefe e sua equipe (ou
um subordinado em particular), substituindo o processo hierárquico, no qual o chefe define os
objetivos e os transmite pela cadeia de comando abaixo, para depois avaliar o desempenho da
equipe
Comentários:

Assertiva perfeita! Na APO, ao invés do chefe impor os objetivos e as metas aos subordinados (de
“cima para baixo”, através da cadeia de comando), os subordinados participam desse processo.
Assim, os objetivos e as metas organizacionais são definidos em conjunto pelos gerentes e pelos
subordinados.
Gabarito: correta.

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Aula 01

RESUMO ESTRATÉGICO

Filosofias do Planejamento

Estabilidade e Conservar as Asegurar a


Planejamento manutenção da Retrospectiv
CONSERVADO práticas "continuidade o
R
situação atual existentes do

sucesso"
Adaptabilidade, Reações às
inovação e Melhorar as mudanças, para
Planejamento melhoria da Incremental
OTIMIZANTE práticas obter melhores
situação existentes resultados
existente possíveis

É "proativo",
Adaptação às Adaptar-se às antecipa-se aos
Planejament contingências, contigências e eventos futuros e Aderente
o voltado para o aos diferentes identifica ações
ADAPTATIVO futuro interesses apropriadas

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Aula 01

Princípios do Planejamento

Contribuição aos Deve buscar objetivo máximo da


objetivos organização/ Objetivos hierarquizados

Precedênciado Planejamento vem antes das outras


planejamento funções
Princípios
GERAIS Maior influênciae
Provoca modificações em diversas
abrangência características e atividades da empresa
Maximizar os resultados e minimizar as
Maiores Eficiência,
Eficáciae Efetividade deficiências

Planejamento Participação das diversas áreas


participativo envolvidas / Benefício é o processo

Planejamento Todos aspectos envolvidos devem atuar


PRINCÍPIOS DO Princípios coordenado de forma interdependente
PLANEJAMENTO ESPECÍFICOS Planejamento Todos escalões devem ter seus
integrado planejamentos integrados
Deve ser permanentemente realizado,
Planejamento
permanente para adaptar-se às mudanças

É uma função indispensável à


Inerência organização

Prever todas as variáveis e


Universalidade
consequências / todos os pontos de vista
Todas as facetas do planejamento
Outros Princípios Unidade devem ser integradas coerentemente
É voltado para o futuro. Previsões para o
Previsão curto, médio e longo prazo
Planejamento deve ser adaptável /
ajustes constantes às situações
Flexibilidade

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Aula 01

Vantagens do Planejamento

Aumento do Foco

Aumento da Flexibilidade

Melhora na coordenação

Melhora no controle

Administração do tempo

Dá um "norte" (senso de direção) para a organização


Vantagens do
Planejamento Maximização da Eficiência

Definição dos parâmetros de controle

Funciona como fonte de motivação e comprometimento

Aumenta o “autoconhecimento” organizacional

Reduz o impacto ambiental

Etapas do Planejamento (Processo de planejamento)

Definição dos objetivos


Para onde queremos ir?

Diagnóstico da situação atual em relação aos objetivos


Onde estamos agora?

Desenvolvimento de premissas quanto às condições futuras


O que nos espera pela frente?

Análise das alternativas de ação


Quais são os caminhos possíveis?

Escolha de um curso de ação entre as diversas alternativas


Qual é o melhor caminho?

Implementação do plano e Avaliação dos resultados


Como iremos percorrer esse "melhor caminho"?

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Aula 01

Níveis de planejamento (Tipos de planejamento)

Nível Planejamento
Estratégico Estrat gico

Planejamento
Nível Tático Tático

Planejamento
Nível Operacional Operacional

•Realizado pela alta cúpula (presidentes e diretores)


•Envolve e impacta toda a organização
•É orientado para o futuro e para o "destino" da organização
•É voltado para o longo prazo
•Realiza o "mapeamento" ambiental, otimizando a relação com o ambiente externo
Planejamento •Envolve a "construção do consenso"
Estrat gico •Alto nível de incertezas
•Égen rico esint tico

•Realizado pela nível intermediário/gerencial(gerentes e chefes de departamento)


•Envolve uma determinada unidade
•Busca transformar os planos estratégicos em açóes específicas e direcionadas
•É voltado para o médio prazo
Planejamento •Envolve planos de: produção, financeiros, marketing, e recursos humanos
Tático •É um pouco menos gen rico e um pouco mais detalhado

•É realizado pelo nível administrativo mais baixo(supervisores)


•Se preocupa com "o que" e "como" fazer
•Direcionado para as atividades básicas (operações) e tarefas rotineirasdo dia a dia
•O foco está na eficiência
•É voltado para o curto prazo
Planejamento •Podem ser classificados em: procedimentos, orçamentos, programase regulamentos
Operacional •Édetalhadoe analítico

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Aula 01

Missão x Visão x Valores x Negócio

Missão Visão Valores Negócio


•Razão de ser •Visão de futuro •Pricípios básicos •Representa o "ramo de
•"Por que a Organização •"O que eu quero ser?" •Crenças atividades"
existe?" •"Sonhos" que se •Base para a tomada de •Atividades principais da
•Indica os impactos pretende tornar decisões organização em um
causados na sociedade realidade momento específico
•Indica como os membros
•É permanente •Consenso dos membros devem se comportar •"O que a organização
(atemportal) da organização sobre o faz?"
futuro que se deseja
•É temporário

Estratégia

Estratégia é definir os caminhos que serão adotados, mediante a alocação dos recursos e levando-
se em consideração o ambiente externo (ambiente no qual a organização está inserida), para que
os objetivos organizacionais sejam alcançados.

Estratégia Deliberada x Estratégia Emergente (Mintzberg)

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Aula 01

Trata-se da estratégia inicial planejada. É a estratégia


Pretendida
intencional, que poderá ou não ser realizada.

É a estratégia que foi inicialmente pretendida, mas que, por


Não realizada
algum motivo, acabou não sendo executada.

É a estratégia que foipretendida(foi definida pela organização)


ESTRATÉGIA Deliberada
e, posteriormente, foi implementada.

É a estratégia não planejada. Ela surge "do nada". A estratégia


Emergente
"brota" durante o desenvolvimento das ações.

Trata-se do que foi realmente executado. Pode-se dizer que é a


Realizada
somadas estratégias deliberadase das estratégias emergentes.

Estratégias de Miles e Snow

Preocupa-se com a defesa e estabilidade. A eficiência


Defensiva tecnológica éimportante, assim como o rigoroso
controle da organização.

É uma estratégia agressiva, que busca ativamente


Exploradora novas e inovadoras oportunidades de produtos e
ESTRATÉGIAS mercados.
(MILES E
SNOW) Estratégia dual e hibrida, que fica entre a defensiva e a
Analítica exploradora. A empresa busca minimizar o risco e, ao
mesmo tempo, maximizar a oportunidade de lucro.

A organização reage intempestivamente ao ambiente.


Reativa Éum comportamento inconsistente e instável, que
surge quando uma das outras três estratégias é
seguida de maneira inadequada.

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Aula 01

Etapas do Planejamento Estratégico (Fases do Planejamento Estratégico)

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Aula 01

ALESC (Analista Legislativo - Qualquer área de Formação) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 85
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Aula 01

Planejamento Baseado em Cenários

Abordagem PROJETIVA
-projetar o futuro baseando-se em
experiências reais passadas
Abordagem PROSPECTIVA
-cria um único cenário futuro e certo
-baseia-se nas ações atuais
-utiliza variáveis quantitativas, objetivas
econhecidas -cria diversoscenários futuros e incertos
-utiliza variáveis qualitativas, quantificáveis ou
não quantificáveis, objetivas ou subjetivase
conhecidas ou desconhecidas.

Projetiva

Passado Presente Futuro


(Cenário Único)

Prospectiva

Futuropossível
(Cenário 1)

Passado Presente Futuropossível


(Cenário 2)

Futuropossível
(Cenário 3)

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Aula 01

Planejamento Estratégico Situacional - PES

Ações dependem das circunstâncias

Aprecia a situação continuamente, ao longo da execução do plano,


considerando as ações dos outros jogadores

Para o PES, o planejamento deve ser feito continuamente

PES O PES surge como um contraponto ao Planejamento “tradicional”

A figura de “planejador” e “executor” se confundem

Planejamento e execução devem caminhar juntos

É pautado pela análise de cenários

Planejamento Estrat gico


Planejamento Tradicional
Situacional
Passivo Ativo e Complexo

Baseada em diagnósticos Apreciação situacional

Normativo-Prescritivo Jogadas sucessivas

Consultas a especialistas Análise da viabilidade

Fatores Genéricos Fatores Específicos

Ação separada do plano Mediação entre o plano e a ação

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87
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Aula 01

Triângulo de governo

plano

Momentos do PES

Momento Momento Momento Momento


explicativ normativo estratégic tático-operacional
o o
•Identificação, •Definir as •Desenho da •É a hora de fazer.
seleção e propostas do estratégia que É o momento da
priorização de plano será adotada ação, de agir
problemas sobre a realidade
estratégicos concreta

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Aula 01

Administração por Objetivos - APO

Estabelecimento conjuntode objetivosentre o gerente e seu superior

Estabelecimento de objetivospara cada departamento ou posição

Interligaçãoentre os vários objetivos departamentais

Características da APO Ênfasena mensuraçãoe no controle de resultados

Contínua avaliação, revisãoe reciclagemdos planos

Participação atuante das gerênciase dos subordinados

Apoio intensivo do staff

VANTAGENS DESVANTAGENS
da APO da APO
Foca as tarefas e atividades diretamente Depende do apoio e do empenho da
relacionadas ao cumprimento dos objetivos administração de topo (alta cúpula)

Obriga os administradores a estabelecerem as


prioridades, metas e medidas de desempenho Pode ser inútil e desmotivador em ambientes
ou fases de mudança dinâmica

Estimula a participação, a motivação e o


comprometimento de todos os funcionários
Sobrevaloriza (supervaloriza) os objetivos
individuais em detrimento dos objetivos
organizacionais
Proporciona uma clarificação de funções,
responsabilidades e autoridade

Concentra os esforços no curto prazo, com


Aumenta a capacidade da empresa de prejuízo ao planejamento de longo prazo
responder às alterações do ambiente externo

Proporciona maior ligação entre os objetivos Pode consumir tempo excessivo e dar origem
gerais da empresa e os objetivos individuais a muita burocracia

ALESC (Analista Legislativo - Qualquer área de Formação) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 89
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