Antropologia Filosofica
Antropologia Filosofica
Antropologia Filosofica
Cornélia Jonas
Antropologia Filosófica
Universidade Rovuma
Extensão de Pemba
2023
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Cornélia Jonas
Antropologia filosófica
Universidade Rovuma
Extensão de Pemba
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2023 ii
Índice
1. Introdução......................................................................................................................3
1.1.1 Geral..................................................................................................................3
1.1.2 Específicos........................................................................................................3
1.2 Metodologias...........................................................................................................3
2. Antropologia Filosófica.................................................................................................4
2.1.1 Antropologia.....................................................................................................4
2.1.2 Filosofia.............................................................................................................5
Conclusão........................................................................................................................14
Referencias Bibliográficas...............................................................................................15
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1. Introdução
Com este presente trabalho tem como tema a abordar “Antropologia Filosófica”
apresenta-se como uma oportunidade para pensarmos no Eu no Tu e no Nós, isto é, no
Homem. Permite-nos questionar sobre o sentido e o fim da nossa vida, para
percebermos a grandeza do nosso ser e termos em conta a nossa dignidade como
pessoas. As nossas abordagens serão feitas desde o ponto de vista filosófico, teremos
em conta a importância que é dada a Antropologia no campo filosófico e o que alguns
filósofos disseram a respeito do homem. O presente trabalho esta esta estruturado da
seguinte maneira: Capa, Contracapa, Índice, Introdução, Desenvolvimento, Conclusão e
Referencias.
1.1.2 Específicos
Explorar as raízes e a importância da Antropologia no contexto filosófico.
1.2 Metodologias
A pesquisa realizada neste trabalho de pesquisa, segundo Gil (2002), Caracteriza-
se por ser Descritiva e exploratória pois, para atingir os objectivos deste estudo, será
empregada uma abordagem de pesquisa mista, que combinará métodos qualitativos.
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2. Antropologia Filosófica
2.1 Conceitos básicos
2.1.1 Antropologia
O termo Antropologia é uma palavra composta cujo elementos são anátropos e
logos ambos termos tem origem na língua grega: anátropos-homem, género humano e
logos ciência, discurso. É um estudo sobre o Homem, não se trata de qualquer discurso,
é um discurso profundo acerca da essência do homem, assim como Max Scheler a
entendia “ciência da essência e da estrutura ética do homem da sua relação com a
natureza e com o princípio de todas as coisas, da sua origem, das potências e formas que
agem sobre ele e aquelas sobre as quais age, das direcções e das leis fundamentais do
seu desenvolvimento biológico, psíquico, espiritual e social. Os problemas da relação
entre o corpo e a alma e a relação entre o espírito e a vida…”. A questão sobre o
Homem coloca-se como a questão de todas as questões, estas questões estão presentes
em todas as demais questões.
O estudo acerca do homem estava ainda confinado a dimensão anímica, isto até
a época de Wolff, pois que, tratava-se de um estudo experimental e metafísico.
Assim foi Wolff o primeiro a fazer uma destrinça entre dois tipos de pesquisas:
Psychologia Empírica (Frankfurt 1732) e Psychologia rationalis (Frankfurt
1734). Esta distinção adquiriu um valor definitivo, porém, hoje usa-se o termo
Antropologia e não Psicologia, para indicar o conteúdo da pesquisa filosófica
que diz respeito a todo o homem.
A afirmação do termo antropologia deve o seu mérito a I. Kant que intitulou uma
das suas obras “Anthropologie in pragmatiscer Hinsicht (1778 1ª publicação, 1798),
onde define a antropologia como a doutrina do conhecimento do homem ordenada
sistematicamente. Há a distinguir três acepções de Antropologia:
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2.1.2 Filosofia
A Filosofia é um campo do conhecimento que estuda a existência humana e o
saber por meio da análise racional. Do grego, o termo filosofia significa “amor ao
conhecimento”.
Contudo, apesar de o termo ser recente, aquilo que ele faz referência (o homem) foi
objecto de estudo em todos os períodos da história. O homem foi estudado pela
Filosofia Grega, assim como na Idade Média e pela Filosofia Moderna e
Contemporânea, porém as suas abordagens não foram totalmente convergentes, os
pontos de vista e os ângulos foram diferentes.
Segundo Immanuel Kant definiu a antropologia como ‘a’ questão filosófica por
excelência, uma vez que a filosofia enquanto tal tomaria ao seu encargo quatro grandes
problemáticas: a metafísica, a ética, a religião e a antropologia, considerando que todas
a três primeiras não seriam senão partes da última, pois todas elas remetem, em última
análise, ao problema do humano.
das suas relações com o universo, ele levanta as seguintes questões: Donde provem o
homem, quais são os limites do nosso poder sobre a natureza e do poder da natureza
sobre nós; qual é o fim para o qual caminhamos?
A antropologia medieval vai buscar seus temas e sua inspiração em três fontes; a
Sagrada Escritura, os Padres da Igreja e os filósofos e escritores gregos e latinos. A
concepção do homem evolui em estreita relação com o próprio desenvolvimento da
situação.
No campo filosófico-teológico, a influência de Santo Agostinho é predominante
até ao séc, XII.
S. Agostinho discípulo de Platão, e como tal reduz o homem a alma e daí que
haja uma autonomia completa do conhecimento intelectivo com respeito a qualquer
contribuição do corpo.
S. Agostinho vê o homem como um ser dependente da graça de Deus. O homem
está pré-determinado quanto a salvação ou a condenação. Contudo, o homem é
responsável pela sua própria vida, ele deve viver de modo a poder saber que pertence ao
número dos eleitos; não nega que o homem tenha livre arbítrio. Só que Deus já previu
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como é que iremos viver. Assim para Deus não é segredo quem deve ser salvo e quem
deve ser condenado, logo nós somos dependentes da graça de Deus.
Para explicar a imortalidade da alma, S. Agostinho salienta que o homem é um
ser espiritual, possui um corpo material que pertence ao mundo físico e é corrompido
pelos agentes naturais mas também tem uma alma que pode conhecer Deus.
Conclusão
Chegado nesta fase, conclui-se que Antropologia Filosófica emerge como um
campo de indagação profunda sobre a natureza do ser humano, lançando luz sobre
questões essenciais que permeiam nossa existência. Ao longo desta exploração,
filósofos de diversas correntes de pensamento ofereceram reflexões valiosas,
permitindo-nos contemplar o Eu, o Tu e o Nós com uma perspectiva mais rica e
complexa.
Referencias Bibliográficas
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Chârtelet, François. História da filosofia; ideias; doutrinas. Rio de Janeiro,
Zahar, S d 8v.
Gil, A. C. (2002). Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª edição. São Paulo:
Editora Atlas;
Groethuyesen, Bernard. (1998). Antropologia Filosófica. 2ª ed. Presença,
Lisboa.
Heinamann, Fritz. Filosofia do Século XX. Fundação Calouste Gulbenkian, 2ª
ed. Lisboa s/d.
Imbamba, José Manuel. (2010). Uma nova cultura para mulheres e homens
novos: um projecto filosófico para Angola do 3º milénio à luz da filosofia de
Battista Mondin.2ª ed.Luanda.
Kant, Immanuel. (1980). Fundamentação da Metafísica dos Costumes. São
Paulo: Abril Cultural.
Lima Vaz, Henrique C. (2004). A antropologia Filosófica 7ª ed. SP-Brasil,
Outubro de.
Max, Battista. (2003). O homem quem é ele? Elementos de Antropologia
Filosófica, Paulus, 11ª ed. SP. Brasil.
Rabuske, Edvino A. (2008). Antropologia Filosófica, 11ª ed, Vozes, RJ.