Artigo Final
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Artigo Final
MOSSORÓ/RN
2022
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RESUMO
Este artigo deve como tema a impermeabilização na construção civil, para tanto,
definiu-se como objetivo geral analisar a importância da impermeabilização na
construção civil. Tendo como objetivos específicos, definir a importância da
impermeabilização, apresentar as patologias decorrentes de falha ou ausência de
impermeabilização e avaliar as principais vantagens e desvantagens dos sistemas
de impermeabilização na construção civil. O trabalho foi elaborado com base em
pesquisas bibliográficas em trabalhos já realizados, revistas e periódicos
especializados na área, normas técnicas, artigos científicos publicados em
congressos da área. Observou-se no estudo que a impermeabilização é o envelope
da edificação, um sistema que protege a edificação das condições do meio onde
está edificada, além do isolamento de certos cômodos da própria estrutura, sendo
um processo que visa selar, colmatar ou vedar materiais porosos ou suas falhas.
Estes defeitos podem ocorrer devido à esforços ou pela mecânica dos materiais e
suas reações ao entrarem em contato uns com os outros. A patologia mais frequente
e com mais difícil tratamento nas edificações é a umidade. Esta dificuldade advém
não somente devido à complexidade dos fenômenos, mas também devido a falhas
construtivas, geralmente de impermeabilização. A umidade que ataca as edificações
pode ser dividida em alguns tipos de acordo com sua origem. A importância da
impermeabilização somente é notada quando há falhas na execução da mesma,
gerando patologias que causam desconfortos estéticos, ambientais e podem
acarretar problemas de saúde aos usuários. Por fim, concluiu-se que os objetivos
deste estudo foram atingidos e sugeriu-se pesquisa futuras.
ABSTRACT
This article has as its theme the waterproofing in civil construction, therefore, it was
defined as a general objective to analyze the importance of waterproofing in civil
construction. Having as specific objectives, to define the importance of waterproofing,
to present the pathologies resulting from failure or absence of waterproofing and to
evaluate the main advantages and disadvantages of waterproofing systems in civil
construction. The work was prepared based on bibliographic research in works
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Artigo apresentado à Universidade Potiguar, como parte dos requisitos para obtenção do Título de
Bacharel em Engenharia Civil, em 2022.
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Graduanda em Engenharia Civil pela Universidade Potiguar – E-mail: yunarakarem@icloud.com
3
Professor-Orientador. Engenheira Agrônoma, especialista em Segurança no Trabalho, mestre e
doutora em Ciência Animal. Docente na Universidade Potiguar – E-mail:
katia.lopes@animaeducacao.com.br
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already carried out, magazines and periodicals specialized in the area, technical
standards, scientific articles published in congresses in the area. It was observed in
the study that waterproofing is the building envelope, a system that protects the
building from the conditions of the environment where it is built, in addition to the
isolation of certain rooms of the structure itself, being a process that aims to seal, fill
or seal porous materials. or its flaws. These defects can occur due to stress or the
mechanics of the materials and their reactions when they come into contact with
each other. The most frequent pathology and the most difficult to treat in buildings is
humidity. This difficulty arises not only due to the complexity of the phenomena, but
also due to constructive failures, usually of waterproofing. The moisture that attacks
buildings can be divided into some types according to their origin. The importance of
waterproofing is only noticed when there are failures in its execution, generating
pathologies that cause aesthetic and environmental discomforts and can cause
health problems to users. Finally, it was concluded that the objectives of this study
were achieved and future research was suggested.
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
um dos mais citados. E isto se deve ao fato da mesma, na maioria das vezes, estar
fora do alcance visual após a conclusão da edificação, sendo geralmente
negligenciada, tratada sem a necessária importância ou, até mesmo, não sendo
utilizada.
Segundo Arantes e Figueiredo (2007) a busca por soluções para proteção das
edificações é antiga. 85% das patologias das edificações estão relacionadas à água.
Segundo Freire (2007) e a Associação das Empresas de Impermeabilização -
AEI (2016) os primeiros registros de execução da impermeabilização encontram-se
na Bíblia, no antigo testamento. Nele, há evidências de que a Arca de Noé e a Torre
de Babel foram impermeabilizadas com betume, mostrado na Figura 1.
Figura 1. Betume
Freire (2007) ainda cita que os índios da América Central e do Sul utilizavam
petróleo e derivados para pavimentar as estradas do império Inca e que gregos e
romanos os utilizavam para a confecção de armas.
Nas caravelas de Pedro Álvares Cabral haviam profissionais especializados
em calafetar as juntas de madeira com produtos como betume, abreu, pez, resina e
alcatrão, com o objetivo de proteger a embarcação da entrada de água (FREIRE,
2007).
O asfalto e o alcatrão foram muito usados também nos banhos romanos e na
proteção de estacas de madeira (ARANTES E FIGUEIREDO, 2007).
Já durante a Revolução Industrial, houve um grande avanço nas técnicas de
impermeabilização, surgindo a aplicação de asfalto sobre as lajes das fábricas
(ARANTES E FIGUEIREDO, 2007).
No século XX houve grande avanço tecnológico e o surgimento dos polímeros
sintéticos, contribuindo para o desenvolvimento de novos impermeabilizantes com
propriedades de elasticidade, extensibilidade e estanqueidade e com desempenho
comparável ao impermeabilizante asfáltico (BEIRÃO et al, 2002).
Segundo Beirão et al (2002) no Brasil, os primeiros impermeabilizantes eram
compostos por óleo de baleia misturado às argamassas de assentamento de tijolos e
de revestimento de paredes. A impermeabilização só foi entendida como item que
necessitava normatização nos anos de 1968, com a construção do Metrô de São
Paulo. A primeira norma de impermeabilização foi publicada em 1975, juntamente
com a fundação do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), responsável pelas
normatizações e divulgações do setor.
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recomendado para locais onde há risco de incêndio ou locais fechados, pois não
gera fumaça. A aplicação é feita como se fosse uma pintura, no substrato seco
(PINTO E AGUIAR, 2016).
A impermeabilização com membrana asfáltica a quente, é feita com
membrana asfáltica a quente requer mão de obra especializada, pois envolve o uso
de caldeira. O sistema se difere da aplicação da membrana a frio somente pela
temperatura da solução asfáltica, que neste caso, é aplicada a quente. Este sistema
é recomendado para uso em superfícies com formatos irregulares que dificultam a
utilização de materiais pré-fabricados. É um sistema que está em desuso (PINTO E
AGUIAR, 2016).
A impermeabilização com manta asfáltica, que segundo Oliveira (2016) a
manta asfáltica é composta por uma mistura de asfalto modificado com polímero e
estruturante. Há vários tipos de mantas, classificadas de acordo com a composição,
o estruturante, o acabamento externo e a espessura. Podem ser classificadas em:
elastoméricas, plastoméricas, oxidado. A classificação de acordo com o estruturante
pode ser: filme de polietileno, véu de fibra de vidro, não tecido de poliéster ou tela de
poliéster. A espessura das mantas varia de 3 mm a 5 mm, com acabamento
granular, metálico ou antiaderente. A aplicação é recomendada em grandes áreas,
pois possui boa produtividade de execução (OLIVEIRA, 2016).
A impermeabilização com membranas, que é um sistema com utilização de
membranas não asfálticas, podendo ser a membrana acrílica. Esta membrana é
composta por resinas acrílicas dispersas (GONÇALVES et al, 2005). Gonçalves et al
(2005) cita que as membranas podem ser compostas também por poliuretano, SBR
ou EPDM. Todas as membranas citadas são compostas por polímeros, que
possuem cura realizada pelo ar. O sistema não necessita de camada de proteção
mecânica e sua aplicação é recomendada em grandes áreas, pois possui alto
rendimento de produção (GONÇALVES et al, 2005).
E a impermeabilização com manta de PVC, onde as mantas são compostas
por duas lâminas de PVC, com espessura entre 1,2 mm e 1,5 mm. Geralmente é
utilizada em piscinas, reservatórios, cisternas ou caixas d’água, podendo também
ser utilizada em coberturas. As emendas entre as mantas são realizadas por meio
de soldas com equipamento especializado e a fixação é feita com parafusos e
arruelas especiais. Em estruturas enterradas, a manta é aplicada sobre outra manta
geotêxtil de 3,5 mm de espessura, com fixação por perfis metálicos. Sua aplicação é
recomendada para obras enterradas e de cobertura (GONÇALVES et al, 2005).
Nenhum sistema de impermeabilização é completamente mais vantajoso ou
menos vantajoso que outro. Cada um se adequa às necessidades construtivas de
cada local.
A impermeabilização por meio de argamassa com aditivo cristalizante é o foco
do presente trabalho, portanto, serão mais consideradas as suas vantagens e
desvantagens e também seu desempenho e influências. Levando isso em
consideração, pode-se dizer que este sistema possui vantagens como a execução
facilitada e pequena espessura não necessitam de mão de obra especializada e
pode ser utilizado em diversos locais, sendo mais recomendável o uso em
elementos enterrados, como fundações e piscinas e ambientes internos. Outra
vantagem do sistema é que ele não necessita a proteção mecânica, pois não corre o
risco de sofrer perfurações e o revestimento pode ser aplicado diretamente sobre a
impermeabilização (TAKAGI, LIMA E HELENE, 2014).
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3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
SENA, Pedro Paulo Silva; CORADO, Rodrigo Gomes . Análise de concreto com
adição de cristalizante, sílica ativa e superplastificante . 2016. 28 p. TCC
(Bacharel em Engenharia Civil)- Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2016.