Resenha 2. Grupo A
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Credenciais da Autora:
Resumo da Obra
Na fase das reformas económicas do sector real, definiu-se como um dos objectivos centrais a
criação e o fortalecimenton das capacidades produtivas através da reestruturação das unidades
existentes, com vista a permitir ao governos fazer as melhores opções para tornar aquelas
unidades operacionais e mais eficientes. Sendo o sector real bastante diversificado, foi necessário
definir prioridades em função do papel catalisador que cada subsector real pode desempehar na
economia a curto, médio e longo prazos, dentre os subsectores reestruturado, passarei a falar do
açúcar, cajú e dos caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) . O processo de exportação da
castanha de cajú em bruto foi privatizado e liberalizado de uma forma violenta e num tempo
“recorde”, sem se considerar as consequências. A liberdade da exportação do caju devia ser feita,
mas em tempo que fosse necessário e possível fazer. Quem estava em condições de fazer o
cronograma da privatização do sector do caju éramaos nós , os Moçambicanos. O banco Mundial
não aceitou e impôs o seu ritmo, Fê-lo de uma ridicula e absurda. Estávamos em pleno Grupo
Consultivo, em Paris, quando acabava de ser publicado o relatório sobre a libertação do comércio
internacional e o relatório do Banco Mundial 1995, intitulado “Mozambique Impediments to
Industrial Sector Recovery” esse relatório incluía o estudo do sector do caju em Moçambique ,
elaborado por Hilmar Hilmarsson, consultor contratado pelo Banco Mundial. O relatório
continha mais de 200 páginas. Entre varios aspectos, constava do Relatório uma fase pequenina
de Hilmar que dizia “por exemplo, sector do caju de Moçambique devia ser libertado. A primeira
conclusão a que chegamos, em relação ao caju, é que o Banco Mundial tinha caído numa grande
armadilha. Nesse processo, o Banco Mundial foi pouco esperto, tinha sido enganado e havia
tropeçado numa armadilha, que poderia ter evitado se tivesse aceite o diálogo. A segunda
conclusão é que, quando você não dialoga, o risco de entrar e de cair numa armadilha é maior,
por duas razões: uma, porque eram as mesmas pessoas interessadas na exportação da castanha
bruta, outra, a indústria nacional do caju, na base de grandes empresas, não tinha pernas para
andar, independetemente de haver, ou não, liberalização da sobretaxa de castanha de caju,
Bastava ver a Fábrica de Machava e a quantidade de castanha que essa fábrica precisava para
poder sobreviver. O sector açúcareiro é um caso feliz, foi das reformas mais agradáveis que
fizemos, eu chamo-o “consolo das lágrimas do caju”. O sector açúcareiro em Moçambique é o
grande consolo da lágrimas que derramáremos em relação ao sector do caju, porque estávamos
em pleno trauma do caju. A Directora do Banco já tinha sido destituída do seu cargo. Os
jornalistas Carlos Cardoso e Joseph Hanlon haviam entrado no barulho. Quando chegámos ás
conferências internacionais, os conferencistas procuraram saber como estava a questão do caju
com o Banco Mundial. UmPercebíamos que o Banco Mundial estava mal. A dada altura, surgiu a
questão do açúcar e começaram com as mesmas brincadeiras, ameaçando-nos “vamos retirar a
sobretaxa de açúcar.definimos uma estratégia: não pode haver sobretudo. Ela está contra as
normas do Consenso de Washington”. Moçambique já produziu até cerca de 325 mil toneladas e
atingiu uma exportação de cerca de 198 mil toneladas, em 1972, empregando cerca de 45 mil
trabalhadores. No período de 1990-2000, produziu, em média, 29 mil, no entanto, neste
momento , a indústria do açúcar é, ainda, uma indústria emergente. Precisa de ser trabalhada e de
ter a devida protecção e carinho. È necessário assegurar a indústria do açúcar e evitar o que nos
aconteceu com o caju. Numa primeira fase, teremos que aplicar uma sobretaxa de açúcar para
proteger a indústria açúcareira e para fazer com que os grandes investidores do açúcar invistam,
sem receio, em Moçambique “ precisavamos de ter investimento nacional, mas também trazer
investimento estrangeiro, dando-lhe garantia, protegendo a indústria interna face á crise
financeira internacional cíclica, com impacto nas economias dependente, o grande desafio de
Moçambique constitiu em criar uma capacidade interna através de um sistema financeiros que
alimente o sector real e vice-versa. Quando transformámos o sistema financeiro, fazemo-lo,
sempre, olhando para a sua utilização como instrumento de política económica, para estimular e
apoiar o sector real: a produção ., pelo menos por um período de 5 a 15 anos. Isto era o essecial,
mas não era suficiente. Deviam ser desenvolvidas outras acções. F
Crítica da Resenhista
O presente texto fala das opções das oportunidades, decisões e acções governativas, retirando um
período recente da vida do país, a começar pelas reformas que marcaram o início de uma nova
orientação económica; como a transição da economia centralmente planificada para uma
economia de mercado. Procura explicar, com certo detalhe, como foram decididas e levadas a
cabo reformas profundas no sector financeiro, a reconstrução pós-guerra, a reintegração dos
desmobilizados de guerra e o desafio de encontrar uma resposta nacional á pandemia do HIV e
da SIDA.
Indicações da Resenhista
A obra tem como objectivo, o primado do colectivo, destacando o seu papel de primeira entre
pares, inserindo no contexto da História de Moçambique pós-Revolução e pós-guerra. No
entanto, ela vai para além disso, pois, no texto além dos factores, encontramos analise,
interpretação e, muitas vezes, opinião. Trata-se, então, também, de um livro didáctico, um ponto
de partida para irmos a outras fontes bibliográficas contemporâneas dessas mesmos factores, de
modo a apercebermo-nos cabalmente de quão convulsivo foi o período da história de
Moçambique.