Hidrogeologia de Mocambique - Uendi
Hidrogeologia de Mocambique - Uendi
Hidrogeologia de Mocambique - Uendi
Departamento de Geologia
Cartografia e pesquisa geológica
Pesquisa de recursos hídricos
Tema:
Pesquisa da hidrogeologia de Moçambique
Discente:
Mazive, Uendi Elissa
Docente:
Prof. Dr Elonio
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Índice
Introdução..........................................................................................................................2
Águas Subterrâneas........................................................................................................6
Conclusão........................................................................................................................17
Referências bibliográficas............................................................................................18
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Introdução
Para abertura de qualquer furo ou poço de água, são necessários estudos de condições
hidráulicas através do conhecimento das características hidrogeológicas da área que se
pretende fazer o furo. Essas características hidrogeológicas da área são ditas mediantes,
há um estudo feito durante pesquisa de recursos hídricos. Para existir o fornecimento de
água a longo prazo em qualidade e quantidades significativas, um programa de pesquisa
de águas subterrâneas deve ser feito de modo a conhecer as principais características
hidráulicas da área
Objectivos
Geral:
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Hidrogeologia de Moçambique
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6. A bacia sedimentar de Moçambique, norte do Save
7. Bacia sedimentar de Moçambique, sul do Save
1.1 Geologia
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1.2 Águas subterrâneas
Em geral as formações aquíferas são pouco produtivas, descontinuas e de extensão
limitada. A sua produtividade depende, principalmente, da espessura da textura do
material que constitui o manto de alteração meteórica. A ocorrência de água subterrânea
está associada a zonas de fraqueza crustal. Os aquíferos resultantes são
predominantemente lineares e mais ou menos limitados. As dimensões médias destes
aquíferos são as seguintes: 1 a 2 Km de comprimento, 40 a 100 m de largura e 25 a 40
m de espessura.
1.3 Produtividade
1.4 Qualidade
O pH das águas subterrâneas geralmente varia de 7,0 a 8,3. A água na parte norte de
Tete é mais ácida. Aqui, as únicas três amostras apresentaram um pH de 5,4 a 6,4.
Juntamente com uma baixa dureza de 80 a 130 ppm de CaCO3, a água pode ser
considerada bastante agressiva nessa área.
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Os terrenos vulcânicos ocorrem na zona de transição entre o complexo de Base e as
Formacoes Sedimentares, em articular, ao longo do limite oriental do cratão do
Zimbabwe e do cratão de Kaapvaal. Compreendem especialmente basaltos riólitos e
lavas alcalinas.
Os basaltos são rochas mais comuns e mais fáceis de alterar por inteperismo, dando
origem, neste caso, a zonas aplanadas com solos argilosos escuros.
2.2 Qualidade
A qualidade da água subterrânea proveniente dos riolitos e bastante boa, possuindo
mineralização inferior a 500 mg/l e baixa dureza ( 10 ppm de CaCO 3). A sua
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composição e cloretada sódica e a bicarbonato sódica. A água subterrânea dos basaltos e
mais mineralizada e dura, especialmente ao longo do limite das Bacias Sedimentares,
podendo atingir mineralizações superiores a 8500 mg/l, como acontece na margem
oriental dos Libombos.
3.1 Geologia
A bacia do medio Zambeze e do tipo sinforme assimétrico, bordejada por falhas. Ė
Composta por vários blocos inclinados, em que a sequência sedimentar ode atingir mais
de 3000 m de espessura. Nesta bacia, o karoo inferior começa com conglomerados de
base e tilitos e que se seguem elitos, argilitos e siltitos. As camadas de carvao, em
Moçambique, encontram-se por cima dos tilitos.
A sequência sedimentar do karoo superior e formada or grés de textura fina, grés
grosseiros, grés fossiferos e margas. A sequência sedimentar total e intercetada,
frequentemente por filões de doleritos.
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As características hidrogeológicas das rochas sedimentares do Karoo são conhecidas
em algumas áreas a volta do Zumbo, Chitima, Boroma e Changara.
A sequência sedimentar e dominada por rochas e textura fina, de baixa produtividade.
As zonas de contacto com as rochas vulcânicas e as zonas com muitos afloramentos têm
também fracos caudais, por exemplo na região de Changara, 50 dos furos não tiveram
sucesso, enquanto que os caudais alcançados nos restantes eram inferiores a 3 m3/h.
Melhores perpectivas podem ser verificadas em zonas de fratura, em grés de textura
grosseira, em brechas de falhas e ao longo de intrusões de filões de doleritos. Próximo
do Zumbo e de Boroma, são comuns aquíferos relacionados com tipos de estruturas
referidas anteriormente.
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A precipitação varia entre 800 mm/ano na região costeira de Pemba e mais de 1200
mm/ano no planalto de Mueda. A capacidade de recarga e media a alta, no norte, e
baixa, na parte sul, onde os solos são mais argilosos. Os rios são sazonais a
intermitentes.
4.3 Qualidade
Numerosas nascentes com descargas que chegam até 30 l/s emergem nos bordos dos
planaltos de Mueda e de Macomia. A água das nascentes é pouco mineralizada com
teores de cloretos compreendidos entre 15 e 40 ppm. A água é ácida (pH =5,2 a 5,7),
podendo tornar-se corrosiva para construções que se utilize betão armado.
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encontram-se na zona litoral. Compreendem calcarenitos miocénicos a pliocénicos e
calcários coralígenos. O s caudais específicos são geralmente moderados a altos. O
problema principal diz respeito a salinidade dos aquíferos ou ao alto risco de
intrusão de água do mar que pode ocorrer em resultado de sobre-extrações da água
nos f uros, o que já aconteceu nos campos de f uro das penínsulas de Pemba e
Nacala. Nesses aquíferos a água pode ser muito d ura (até 1500 ppm de CaCO 3).
Para norte de Messalo, a maior parte d as planícies estão recobertas por uma
cobertura aluvionar com 10 a 30 m de espessura, na qual foram efectuados muitos
poços. Outras coberturas arenosas encontram-se em alguns planaltos do litoral,
localizados entre Pemba e Moma, os quais, possuem, geralmente, formações de
textura grosseira, na base.
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5.A Bacia Sedimentar de Moçambique
5.1 Fisiografia
5.2 Geologia
Os planaltos de Cheringoma e de Buzi são formados essencialmente por grés
arcosicos continentais, os grés de Mazamba, de idade miocénica. Compreende um
membro inferior siltoso e micáceo, de textura fina, de cor violeta a púrpura,
característica, e um membro superior de textura grosseira. A formação de Mazamba
sobrepõe-se: aos grés marinhos da formação de Buzi, não aflorantes, que chegam
até 600 m de espessura; a calcários e calcarenitos da formação de Cheringoma, cuja
possança pode atingir 450 m; e ao grés clauconiticos e margas cretácicas da
formação d e Grudja cuja espessura é superior a 1500 m, em alguns locais. As duas
últimas formações aflora ao longo d a escarpa ocidental dos planaltos de
Cheringoma e do Buzi, apresentando possança d e 60 a 90 m, respectivamente.
As partes ocidental e central destes planaltos são recobertos por uma camada
aluvionar pouco espessa. Os aluviões são bem desenvolvidos nos vales dos rios
Zambeze e Buzi, no afundimento Chire -Urema, no delta do Zambeze e na
depressão do Dombi, a nordeste de Chibabava. Para sul do delta do Zambeze a
espessura dos aluviões litorais diminui e podem encontrar-se alguns afloramentos de
grés numa estreita faixa a norte do rio Save. Antigos cordões litorais formam um
sistema de pequenas cristas de areia paralelas, na zona litoral de inundação.
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A hidrogeologia de outras áreas tem, no entanto, de ser interpretada a partir de dados
indirectos ou por analogia com outras áreas conhecidas, em virtude da falta de
informações de furos. Sistema de pequenas cristas de areia paralelas, na zona litoral de
inundação. Na água subterrânea existem concentrações de furos nas planícies de Sena, à
volt a de Inhaminga e a nordeste do planalto do Búzi.
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mais de 80 m próximo da embucadora do rio Pungoè. Furos e poços escavados nos
vales do Chire e de Urema revelam que a mineralização de água tem tendência para
aumentar rapidamente em direcção do centro dos vales.
Alguns poços pouco profundos indicam que a qualidade da água ao longo da margem
do vale do Zambeze pode piorar por influência da água subterrânea debitada pelos
grés de Sena adjacente. Os furos localizados próximos do Marromeu e de Luabo, no
centro do delta do Zambeze são modificadamente produtivos. Os antigos canais do
rio, recobertos por sedimentos, como caso dos meandros abandonados, podem constituir
áreas ideais para ocorrência de águas subterrâneas. Na zona costeira, os cordoes litorais
de natureza arenosa, de pequeno porte, constituem uma das raras origens a que se pode
recorrer para abastecimento doméstico. As aluviões de uma parte do vale do Buzi e da
depressão do Dombi parecem ser produtivos.
6.2 Geologia
Os estratos inclinam suavemente para leste/este, mas são interrompidos por blocos de
falha, ao longo dos sistemas de “grabens”, orientados N -S. Rochas são
progressivamente mais antigas da costa para interior. Na fronteira com Zimbabwe
encontram-se afloramentos da Formação de Sena, de idade cretácica, a que se sucede a
Formação dos Elefantes, do Terciário inferior e a formação de Mazamba, do Mioceno.
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As formações do cretácico têm textura fina e são constituídas predominantemente por
argilitos, margas e grés glauconíticos. A formação do Maputo é das mais antigas e
compreende grés glauconíticos argilosos que afloram no extremo do sul do País ao
longo da cadeia de Libombos. A sequência sedimentar do Terciário é denominada por
formações calcárias e gresosas de grão médio. Esta inicia-se com a formação de
Cheringoma, de natureza calcaria e de idade eocénica, também designada por formações
de Mangulane e Formação de Salamanga, a norte e sul d a Província de Maputo. As
formações de Inharrime, de Oligoceno, encontram-se por toda a Província de
Inhambane. Esta é recoberta directamente por dunas, ao longo da costa sul, entre
Zandamela e Jangamo. Na maior parte da faixa costeira, a formação de Inharrime é
recoberta pela Formação de Jofane, do Mioceno, constituída por calcários e dolomites
contendo, frequentemente oólitos e fragmentos de corais. A Formação de Jofane marca
o fim das transgressões marinhas regionais. Na província de Maputo, as rochas do
Mioceno são cobertas por um grés conglomerático, continental, descontínuo, de cor
avermelhada, denominado Formação de Magude. Os depósitos aluvionares estão bem
desenvolvidos ao longo dos cursos inferiores dos rios mais importantes e por baixo da
planície interfluvial do Limpopo -Incomáti. Porém em depressões aluvionares locais,
mal drenadas, encontram-se rochas duras do Quaternário.
Planicies do alto Limpopo: desenvolvem-se desde o rio dos elefantes até ao rio
Save; são dominadas por grés arcosicos pouco produtivos da Formação de Sena, de
idade cretácica, e da Formação dos Elefantes, do Terciário inferior. Os caudais são
geralmente menores que 3 m3/h. Em geral a qualidade da água é aceitável. A
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mineralização aumenta para leste, de 700 até 1300 mg/l, e torna-se bastante pior junto
de depressões locais (depressão de Banhine).
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condições de recarga constituem factores limitantes ao desenvolvimento da água
subterrânea.
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Conclusão
Após a realização deste trabalho pode concluir-se que o programa de pesquisa de águas
subterrâneas, corresponde ao conjunto de etapas
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Referências bibliográficas
Hidrogeologia: conceitos e aplicações–Fernando A:C Feitosa...et al..3 a ed–rio de
janeiro: CPRM:LABHD,2008, 812 p.
MATTA, M., CAVALCANTE, I. (2015), Tópicos em recursos hídricos e
hidrogeologia, Universidade Federal Do Pará, Brasil;
Noticia Explicativa da Carta hidrogeologica de Moçambique,1:1 000. 000, 1987.
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