Apostila Gestão de Pessoas Orientada P
Apostila Gestão de Pessoas Orientada P
Apostila Gestão de Pessoas Orientada P
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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
FUNDAÇÃO ESCOLA DE GOVERNO DE MATO GROSSO DO
SUL
ESCOLAGOV – MS
CAMPO GRANDE – MS
2019
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SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO E DESBUROCRATIZAÇÃO FUNDAÇÃO
ESCOLA DE GOVERNO DE MATO GROSSO DO SUL
Av. Mato Grosso, 5778, Bloco 2, Parque dos Poderes. CEP:
79.031-001 • Campo Grande - MS Fone: (67) 3321- 6100/02/04
3
Prezado(a) aluno(a):
É com satisfação que a Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul conta com a sua
participação nas ações de qualificação e capacitação profissional.
A busca por novos conhecimentos é condição essencial para o crescimento sustentável das pessoas
e das organizações, fazendo com que o desenvolvimento dependa cada vez mais do investimento no
ser humano, visando o aprimoramento de suas competências.
É com esse foco que a administração estadual implementa o modelo de gestão de pessoas com foco
na gestão por competências, que pressupõe o alinhamento das competências individuais aos objetivos
organizacionais.
Assim nossos cursos têm por finalidade aprimorar conhecimentos, aperfeiçoar habilidades gerando
novas atitudes, melhorando a eficiência e a qualidade do serviço público prestado ao cidadão.
Esta apostila é mais uma ferramenta para auxiliá-lo durante o curso, que será uma importante etapa
para seu desenvolvimento profissional.
Cientes de que este trabalho depende do seu envolvimento, desde já agradecemos seu esforço e
confiança.
Sucesso!
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ORIENTAÇÕES AOS PARTICIPANTES
Prezado(a) participante,
É com satisfação que oferecemos a você mais um curso da Fundação Escola de Governo de
Mato Grosso do Sul (ESCOLAGOV-MS).
A seguir apresentaremos algumas informações básicas a respeito de como proceder em
determinadas situações do seu dia-a-dia.
Nossa equipe está à disposição para qualquer outro esclarecimento quanto às ações disponíveis
na instituição.
Sucesso a todos!
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• Em caso de desistência em até 03 (três dias) antes do início do curso, o(a) servidor(a)
não precisa apresentar uma justificativa formal, mas deverá entrar em contato com a coordenação do
curso para informar a desistência. Caso não faça a comunicação, incidirá as penalidades de desistente
sem justificativa.
• O certificado será expedido em até 30 dias após a conclusão do curso e o(a) servidor(a)
poderá retirá-lo na sede da ESCOLAGOV-MS.
• A avaliação da aprendizagem será processual e definida pelo(a) instrutor(a) no plano
de curso. Em alguns cursos o aproveitamento dos(as) participantes será avaliado mediante uma média
final.
• Os dirigentes dos órgãos públicos serão informados a respeito do aproveitamento que
seus respectivos servidores obtiverem nos cursos.
1.6. Como obter o material didático (apostilas, livros, textos) utilizados nos cursos?
As apostilas e textos ficam disponibilizados no site www.escolagov.ms.gov.br e, para obtê-los,
basta clicar na aba “download” – apostila, e você encontrará o link para baixar o material do curso.
Em alguns casos, o instrutor poderá indicar o material didático que deverá ser adquirido pelo
aluno.
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DESENVOLVENDO
HABILIDADES PARA A
GESTÃO DE PESSOAS
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INDÍCE
O QUE É LIDERANÇA? 52
TEORIA SOBRE LIDERANÇA 57
MÉTODOS E ESTILOS DE GERÊNCIA 68
GESTÃO DE PESSOAS: BREVE HISTÓRICO .......................................... 70
CONHECENDO A NOVA GESTÃO DE PESSOAS.................................................... 72
OS SEIS PROCESSOS DE GESTÃO DE PESSOAS.................................................. 73
O PERFIL DO GESTOR E AS NOVAS TENDÊNCIAS NA GESTÃO DE PESSOAS................ 74
A POLÍTICA DE GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA......................... 76
GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS................................................... 79
GESTÃO ESTRATÉGICA E SEUS CONCEITOS...................................................... 80
MUDANÇAS NO AMBIENTE DO TRABALHO........................................................ 82
CLIMA ORGANIZACIONAL E CONFLITOS........................................................... 83
BIBLIOGRAFIA................................................................................................. 91
ANEXOS 93
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ENTENDENDO A GESTÃO DE PESSOAS ORIENTADA
PARA RESULTADOS (G.P.O.R.)
A gestão de pessoas orientada para resultados pode ser entendida como uma metodologia exercida
através de um conjunto de habilidades técnicas, conceituais e humanas, que objetiva gerir com
efetividade o capital humano das organizações. Em síntese, é a capacidade de se explorar os
potenciais humanos, ainda que latentes, para gerar resultados organizacionais e individuais. Deter a
excelência nesta metodologia é essencial para o sucesso de qualquer organização, para tanto se
enseja liderança.
A relação perfeita entre líder e liderados ainda caminha aquém do desejado, todavia a pequena
parcela que já avançou neste quesito, tem evoluído sistematicamente. O líder ditador/autoritário
está desaparecendo celeremente. Muito se ouve falar das distintas práticas de gestão de pessoas
voltada para resultados, no entanto, sem ênfase na máxima de que o capital humano de uma
organização é seu ativo mais importante.
Portanto, saber conduzir as pessoas de forma que elas apresentem um desempenho excelente, e
então se atinjam resultados almejados, é condição basilar aos líderes atuais. O cerne da questão é
gerir com excelência, contagiando todo o capital humano, para que se alcançar os objetivos
preestabelecidos.
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Por que a GPOR é importante?
De maneira redundante é preciso evidenciar que o capital humano é o mais importante recurso da
organização, pois sem as pessoas não há prestação de serviços e/ou produção. Organizações que
não se atentam por zelar da qualidade de vida (salário condizente, ambiente salutar, respeitabilidade,
integridade, imparcialidade, solidariedade, espírito empreendedor, e outros) de seus clientes
internos, experimentam amargo sabor com a alta rotatividade, excesso de treinamento, baixa
motivação e ausência de comprometimento, bem como fomentam inúmeras dificuldades
para harmonização nas relações interpessoais no espaço corporativo.
Outro problema detectado nas empresas é a falta de organização e de objetivos claros na hora de
conduzir os clientes internos ao alcance de metas, com repetição maciça do erro fatal, cometido por
muitas instituições, que é o de não valorizar seu capital humano.
Um cliente interno que se sente desvalorizado, não ouvido ou sem possibilidades de crescimento
certamente procurará outro emprego.
Diante desses problemas, questões contundentes se afloram:
Para solucionar estes e outros gaps, muitos especialistas acreditam na gestão de pessoas voltada
para resultados, como forma de desenvolver o capital humano, pois esta obrigatoriamente deve
valorizar seu mais importante equipamento – o ser humano. E alguns processos disponíveis, facilitam
o atingimento da excelência dos recursos humanos, podendo propiciar a motivação, o perene
desenvolvimento, o monitoramento acurado, bem como a manutenção dos talentos, tais como:
Agregar pessoas
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No processo de recrutamento e seleção faz-se necessário sinalizar (em negrito) o perfil correto para
cada vaga e identificar características que agreguem ou não valor à empresa. Este ato evitará muitos
problemas durante a contratação do profissional, pois há lugar para cada tipo de trabalhador, e é
importante identificá-los, antes da contratação.
Ex: Uma chamada de vaga para “Ouvidor”, que exige excelente aparência sóbria, tom de voz suave,
relação respeitosa e não íntima com os clientes internos e externos, exímia capacidade de trabalho
em equipe, rico vocabulário e poder de persuasão refinado. Uma candidata, com tom de voz muito
alto, que exibe boas gargalhadas durante o trabalho, com gestos e vestimentas exagerados poderá
ter as melhores qualificações técnicas do mercado, mas não se adequará às exigências da vaga!
Desenvolvimento da equipe
É imprescindível um programa contínuo em treinamentos e desenvolvimento dos clientes internos,
pois este resulta em mudanças positivas, abrangente a toda a empresa, o que propicia lançar mão
de profissionais cada vez mais qualificados e especializados, além de permitir que o profissional
realize o seu desejo de se desenvolver alinhado com os objetivos da empresa.
São áreas comumente confundidas, por vezes consideradas sinônimas. No entanto, funções distintas.
DEPARTAMENTO DE PESSOAL
Tem sua origem, nos idos de 1930. Suas funções estão vinculadas aos setores burocráticos e
trabalhistas, para assegurar a legalização dos clientes internos e a lucratividade da organização.
Dentre as suas principais tarefas, estão:
Check-list de documentos para contratação e demissão;
Registro de carteira;
Pagamentos das remunerações;
Definição de horário laboral;
Cálculos de indenizações;
Regularização da aposentadoria;
Emissão de licença maternidade;
Acerto de férias; 13º salário; recolhimentos e outros.
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GESTÃO DE RH
Por volta de 1990 as organizações dão inicio, timidamente, a valorização dos clientes internos, bem
como começam a realizar pesquisas voltadas para perfis profissionais, possibilitando uma
valorosa evolução nas técnicas de contratação. Assim nasce o conceito de que clientes internos que
se sentem valorizados na organização, atingem alto índice de produtividade. Entretanto, até este
momento, a organização está focada no aumento do lucro, através da valorização do profissional.
Algumas das funções pertinentes à gestão de recursos humanos são:
Recrutamento;
Seleção;
Socialização, integração dos clientes internos;
Treinamento e Desenvolvimento;
Administração de comportamentos internos;
Premiações e bônus;
Palestras motivacionais;
Avaliação de desempenho;
Plano de carreira.
GESTÃO DE PESSOAS
A gestão de pessoas, diferente das duas áreas anteriores, não está limitada a um setor, ela abrange
toda a empresa. Ela deve ser praticada por todos os gestores, de todas as áreas da empresa, para
gerir melhor as equipes. Ela deve focar as relações interpessoais e a manutenção de um ambiente
salutar de trabalho. Seus objetivos consistem em implementar modelos de liderança mais humanos,
flexíveis e acessíveis, encorajando e motivando os clientes internos.
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ALICERCES DA GPOR
Para se praticar uma gestão de pessoas orientada para resultados, é primordial respeitar e fomentar
alguns quesitos essenciais:
Motivação: É a junção de: motivo + ação. Ela impele ao movimento, possibilitando nosso
crescimento profissional e pessoal. Pode ser extrínseca ou intrínseca. Cabe ao gestor identificar o
que motiva seus clientes internos, pois se desmotivados assumem alto poder de contagio. Quando
algo está errado na organização, a primeira coisa a ser afetada é a motivação das equipes. Identificar
o problema de origem, com a maior celeridade possível, é essencial para motivar. Afinal, palestras
motivacionais não são o suficiente se o problema é, por exemplo, a falta de perspectiva de carreira.
Comunicação: A comunicação sem ruídos é fundamental para a gestão de pessoas orientada para
resultados. A equipe precisa sentir liberdade para trocar informações entre si, consciente de uma
liderança acessível e encorajadora para a resolução de conflitos. Caso contrário, em uma liderança
autoritária, os clientes internos podem, por medo, postergar o relato dos problemas. Não obstante, é
importante incentivar uma comunicação clara, eficiente e aberta entre todos os integrantes do
ambiente laboral. A excelente comunicação evita erros e retrabalho. É necessário haver liberdade
para perguntas e saneamento de dúvidas, garantindo que tudo será executado da forma correta na
primeira vez, e evitando desperdício de tempo e de dinheiro.
Trabalho em Equipe: Este deve, sempre, ser incentivado. Várias mentes juntas trabalham melhor do
que apenas uma, desde que estejam em harmonia. Por isso, mais do que exigir o trabalho em equipe,
é preciso investir na construção de um bom relacionamento entre os clientes internos. Há muitas
técnicas para isso, incluindo eventos e pequenas confraternizações semanais para incentivar a
formação de laços. Os cafés da manhã corporativos, os lanches solidários, até mesmo um happy
hour, são ótimas formas de permitir uma interação mais descontraída.
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necessário assemelhar-se aos valores da empresa e possuir um perfil que se adapte
descomplicadamente à cultura organizacional. Desta forma, mesmo com chegada de novatos, o
ambiente permanece harmonioso, o as pessoas se reconhecem realizadas e a rotatividade é
mitigada. Lembre-se, não existe um único perfil profissional adequado para manter um bom ambiente
de trabalho. Cada perfil se enquadra melhor em determinadas culturas e cargos.
Envolvimento: Ele abarca maior fatia que a participação, suplanta a tomada de decisões e doação de
boas ideias sobre os serviços. Centra-se fazer com que o cliente interno se sinta parte fundamental
da organização, portanto sinta-se responsável por ela. Não é fazê-lo “vestir a camisa” e sim fazer que
a organização se torne a sua segunda pele, devendo estar tão envolvido e tão alinhado com os
valores e missão da organização, que sua disposição para auxiliar em seu crescimento se configure
uma crença. Alerta - isto só acorrerá se estiver sendo exercitada uma gestão de pessoas orientada
para resultados.
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VOCÊ PODE ESTAR SE PERGUNTADO - COMO TER UMA BOA GESTÃO DE PESSOAS
ORIENTADA PARA RESULTADOS NA SUA ORGANIZAÇÃO?
Algumas atitudes que os gestores-líderes devem manter para uma excelente gestão:
As organizações que despertam orgulho em seus clientes internos são aquela que procuram
gestores-líderes não simpáticos ao modelo autoritário de gestão, pois os melhores gestores são os
que se portam como parte da equipe - oposto de chefe.
SERES HUMANOS disponíveis para sanar problemas junto com outrem são os gestores-líderes
ideais.
É condição “sine qua non” ser positivo, possuir larga inteligência emocional, ser flexível e amar o
convívio com pessoas.
Como a maioria das habilidades insubstituíveis está ligada a motivação e postura no ambiente de
trabalho, os métodos de gestão devem ser concretamente efetivos, almejando de maneira
permanente elevar o desempenho dos clientes internos, o que impacta diretamente na excelência de
uma organização.
Os benefícios desse processo são determinantes para as empresas que procuram consolidar
políticas e práticas internas de sucesso.
Em síntese...
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A gestão de pessoas orientada para resultados é essencial ao crescimento de qualquer organização.
Atualmente, valorizar o capital humano tem sido o diferencial que impulsiona a organização ao
crescimento. Esta metodologia apresenta resultantes extremamente positivas, tanto para a
organização quanto para os clientes internos.
Ao gerar humanização no ambiente de trabalho, a gestão oportuniza melhoras na qualidade de vida,
na autoconfiança e autoestima dos geridos. Conseguintemente, uma equipe com essas
peculiaridades gera resultados efetivamente excelentes, pois se funde com as metas organizacionais
e trabalha comprometida para a totalidade do êxito.
Ressignificação dos antigos modelos de autoridade pode ser uma boa iniciativa.
* É possível NÃO haver quaisquer condições de realizar uma gestão de pessoas orientada para
resultados sem que haja uma excelente “rede de relacionamentos”, vejamos:
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Relacionamento interpessoal refere-se à interação entre pessoas, grupos e times, seja ele no meio
profissional, pessoal ou familiar. Os meios sociais impõem regras de comportamento que orientam
a interação de seus membros, mesmo sendo cada indivíduo composto de personalidade, crenças e
culturas, particulares, este sofre influencia do meio, como também o influencia. O comportamento é
responsável por ampliar os efeitos construtivos, destrutivos e disruptivos do meio (realimentação de
autorreforço).
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O clima organizacional interfere no comportamento de profissionais que, quando positivo,
pode alavancar a produtividade e lucratividade do negócio, assim como a motivação, o bem-estar e
a satisfação do profissional, contudo, quando negativo pode prejudicar o desempenho e qualidade de
vida tanto do profissional quanto da organização. É imperioso que as organizações e seus
profissionais atentem à qualidade de seus relacionamentos interpessoais. O comportamento de um
gestor e a forma com se comunica e relaciona com sua equipe é fator determinante para o sucesso
ou o fracasso da organização.
No mundo corporativo este tema começa a ser discutido, nos anos 70, ao notarem que o clima
organizacional interferia na lucratividade do negócio, exercendo impacto direto na produtividade e na
capacidade de inovação de seus clientes internos. Desta forma, arrefeceu-se a visão de que apenas
os recursos tangíveis movimentavam a economia, e passaram a investir em algo mais subjetivo e
intangível, o capital humano. Admitiram ser o cliente interno a alavanca que estabelece o sucesso ou
o fracasso de uma organização.
BENEFÍCOS INDIVIDUAIS
Vantagem competitiva de mercado: quaisquer profissionais que detenham habilidades para lidar com
pessoas, possuem mais chances para uma promoção e são constantemente assediados por
headhunters;
Reconhecimento: uma pessoa que fomenta boas relações interpessoais tem seu trabalho
reconhecido e respeitado dentro da organização e é cobiçada pela concorrência.
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Respeito: são respeitadas as pessoas empáticas, que não causam conflitos, reconhecem e assumem
seus erros, aplaudem os acertos do outro, e são humildes para buscar mais conhecimentos.
Satisfação: trabalhar em um ambiente onde seu papel é reconhecido, respeitado, admirado e poder
contribuir com a harmonia e desenvolvimento dos que estão a sua volta, traz mais satisfação e
motivação.
BENEFÍCOS ORGANIZACIONAIS
Com o fortalecimento das relações interpessoais em uma organização é possível prevenir problemas,
antecipar soluções e enxergar novas possibilidades para ampliar os resultados, do tipo:
Para que haja um bom relacionamento interpessoal na equipe, é preciso, antes promover mudanças
de comportamento entre seus membros.
Para tanto:
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GERINDO CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES
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BASES PSICOLÓGICAS
Módulo 1
1 - ARQUIVO MENTAL
O funcionamento do cérebro humano ainda é um mistério, mas alguma coisa já foi decifrada.
Sabemos que o cérebro humano contém cerca de cem bilhões de neurônios, interligados entre si, em
uma malha tridimensional.
À medida que o ser humano aprende qualquer coisa, as ligações entre grupos de neurônios mudam
a sua composição química. Essas alterações permitem a transmissão de impulsos elétricos entre os
neurônios do mesmo grupo. Quanto mais se aprende, mais alterações químicas ocorrem, nos
diferentes grupos de neurônios. Essas alterações representam toda a história de vida de ser humano.
É uma espécie de gravação química de suas experiências, seus hábitos, seus costumes, seus
comportamentos e suas crenças.
Vejamos como essas alterações químicas foram observadas pela primeira vez.
No final de 1993, o Professor Leone, neurologista de Nova York, ensinou voluntários adultos a tocar
escalas musicais no piano com a mão direita.
Registrou-se, pela primeira vez, na tela de um computador, as mudanças no cérebro de cada
participante, devido à aquisição desse novo conhecimento.
Depois o professor subdividiu a turma em três grupos.
- Ao primeiro grupo, ele pediu que brincasse com o teclado ao acaso, durante duas horas diárias, no
período de cinco dias. A área do cérebro que representa a mão direita não se alterou nos participantes
do primeiro grupo, que só brincaram com o teclado. Eles não aprenderam nada.
- Em seguida, pediu ao segundo grupo que praticasse as escalas durante o mesmo tempo. A
performance dos membros do segundo grupo, "que praticou fisicamente as escalas, melhorou muito,
e a área correspondente do cérebro aumentou três vezes de tamanho".
- Ao terceiro grupo, o professor solicitou que sentasse diante do piano e imaginasse que estava
praticando as escalas, durante o mesmo período.
Com grande surpresa, o professor constatou que os membros do terceiro grupo, (os que somente
imaginaram estar praticando as escalas), haviam adquirido grande habilidade nas escalas. A área
correspondente do cérebro havia aumentado três vezes, exatamente como a dos que se exercitaram
fisicamente.
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Essa experiência veio confirmar dois fatos já constatados pelos psicólogos:
O conhecimento é guardado no cérebro por meio de alterações químicas entre grupos de
neurônios;
O ser humano pode adquirir conhecimentos por intermédio da imaginação.
2 - FILTROS CEREBRAIS
Embora a maioria das pessoas pense que, ao tomar decisões, está considerando o mundo real, todo
o ser humano utiliza, em lugar deste, um mapa formado no cérebro pelo conjunto de todos os
conhecimentos e experiências passadas.
a) Filtros neurológicos
Os filtros neurológicos são as deficiências de nossos cinco sentidos, que interligam o cérebro humano
com o mundo exterior.
O sistema auditivo humano é limitado, só distingue sons na faixa de 15 ciclos a 20.000 ciclos por
segundo.
Os olhos humanos não distinguem todas as ondas eletromagnéticas, somente conseguem ver as que
se situam em uma faixa de frequência entre o infravermelho e o ultravioleta.
As ondas eletromagnéticas da TV, rádio, celulares, etc., não são observadas pelo olho humano.
Os sentidos do tato, paladar e olfato têm também as suas limitações.
b) Filtros sociais
Os principais filtros sociais são: a família, a profissão, o partido político e a religião.
A profissão: cenário de um acidente de carro, por exemplo, um médico se preocupa com os ferimentos
dos ocupantes; um engenheiro se concentra nos estragos físicos do carro; um advogado procura logo
definir quem foi o culpado e um economista procura calcular o prejuízo.
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O partido político: um esquerdista convicto sempre vai achar erradas as decisões de um dirigente da
direita e vice-versa, independentemente do valor real da decisão. A quantidade de informações
políticas que a pessoa possui altera sua maneira de ver a realidade.
No aspecto religião: existem crenças religiosas que ensinam que a riqueza traz a salvação e há outras
crenças que pregam exatamente o contrário. Essas interpretações funcionam como filtros sociais.
c) Filtros individuais
Os filtros individuais se referem à experiência de cada ser humano.
Cada pessoa tem um conjunto de experiências de vida diferente de todas as demais.
O caráter de cada um é o resultado dos hábitos que desenvolveu. Eles constituem fatores poderosos
na vida, pessoal e profissional, das pessoas.
A mente humana não arquiva informações da maneira como chegam por meio desses filtros.
Paradigmas - Percepção - É o
São regras que processo pelo qual o
dirigem o indivíduo seleciona,
comportamento organiza e interpreta a
das pessoas. Os informação para criar seus
paradigmas são quadros do mundo: é uma
úteis e funcionam apreensão da realidade
como verdadeiros por meio dos sentidos. A
filtros que percepção envolve um
focalizam as estímulo receptor do
informações mais entorno físico e social
importantes e que através dos vários
selecionam o que sentidos e, com base na
as pessoas experiência já vivida,
deverão receber a agrega-se às
respeito do mundo necessidades presentes.
que as rodeia. Mesclam-se as
Estas, experiências trazidas à
O mapa mental funciona como mais um filtro: examina, analisa,
inconscientement edita ecom
memória classifica
as tudo
do o que chega
por meio dos nossosecinco
e sem perceber, presente, ocorridas pela
sentidos, em função de nossos conhecimentos antigos.
são orientadas por percepção em um
Quando se trata de um
seus assunto novo, o cérebro o aceita sem restrições.
paradigmas. Se for
contínuo fluxo um assunto conhecido,
de idéias.
ele faz comparação com os conhecimentos anteriores.
3 - PARADIGMAS E PERCEPÇÕES
Por ser o mapa diferente da realidade que ele representa, quando descrevemos algo, na verdade
estamos descrevendo nós mesmos: nossos paradigmas e percepções.
Quando alguém discorda das nossas opiniões, imediatamente achamos que a pessoa está errada.
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Cada pessoa vê o mundo através das lentes específicas de sua própria experiência.
É preciso que as pessoas se conscientizem dos seus paradigmas ou pressupostos básicos.
As pessoas adquirem suas crenças "a partir da interpretação de suas experiências". Qualquer crença
que uma pessoa possua é mais uma opinião subjetiva do que um fato objetivo. Somente por meio da
reavaliação crítica de antigas crenças é que podemos mudá-las. Nosso sistema de crenças pessoais
cria a nossa realidade, alicerçando a nossa vida. Infelizmente, temos de reconhecer que muitas delas
vieram de maus exemplos e são, portanto, erradas.
A pessoa que reconhece ser influenciada por suas próprias experiências consegue examiná-las
conscientemente. Poderá testá-las em confronto com a realidade e assumi-las com maior
responsabilidade.
A consciência dos paradigmas faz com que as pessoas se abram para os conceitos e opiniões dos
outros, obtendo, assim, uma visão mais objetiva.
Esse mapa oferece as bases para as centenas de decisões tomadas diariamente. O comportamento
humano é ordenado e intencional, pois é guiado pelo mapa mental de cada indivíduo.
A pessoa assume correta ou incorretamente que, se agir de certa maneira, obterá o resultado que
deseja. As pessoas optam pelo comportamento que lhes permite alcançar os resultados desejados.
São as informações das lições do passado que estabelecem a ligação entre a causa e o efeito.
As pessoas se comportam de acordo com a necessidade de atender a seus próprios interesses.
As ligações "se, então" constituem uma cadeia de suposições.
Essas ligações "se, então" guiam nosso caminho na direção dos resultados desejados.
Qualquer modificação na cadeia "se, então" provocará ações diferentes no futuro.
A ciência já comprovou que as ligações químicas de um mapa mental podem ser alteradas. Uma das
maneiras de fazer alterações é por meio dos reforços positivos e punições, que reforçam ou atenuam
as ligações entre os neurônios.
Qualquer alteração no mapa mental de uma pessoa produz modificação no seu comportamento
futuro.
Veja como uma determinada situação em que é preciso tomar uma decisão pode mudar o seu mapa
mental.
Você sai de uma festa de madrugada e a rua está vazia. Aproxima-se de um semáforo e o sinal está
vermelho. Você olha para todos os lados e decide avançar o sinal.
Em seguida ouve uma sirene e o guarda que estava atrás de uma árvore se aproxima e aplica-lhe
uma multa. Sua decisão não foi boa, teve dois aspectos negativos, e dependeu dos seus
conhecimentos e experiências anteriores:
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a) você pensou ser possível passar pelo sinal sem que alguém o notasse;
b) a punição, no caso a multa, mudou seu mapa mental, influenciando suas próximas decisões.
Os reforços positivos ou as punições recebidas no passado formam parte da nossa atual experiência,
ou seja, do nosso mapa mental. Tudo aquilo que gostamos pode representar um processo de
reforçamento positivo.
Quando os gestores conversam com seus subordinados sobre redução de custos e prazo, estes
começam a interessar-se por soluções.
Geralmente, os gestores não sabem escolher o assunto de suas conversas. Discutem com os
empregados o futebol, falam mal do governo e criticam a chefia superior, desconhecendo ou, pelo
menos, não conscientes, de que os assuntos do chefe influenciam os subordinados.
Oferecer privilégios, como estacionamento privativo, autorização para frequentar o restaurante das
chefias e uso do carro da empresa, quando ficar até tarde no escritório, constituem fortes reforços
positivos.
É fundamental que o gestor conheça a grande variedade de reforços positivos disponíveis. Ele precisa
conhecer muito bem os pontos fortes, os pontos fracos, as limitações, as oportunidades, de seus
geridos, e quando usá-los.
Entender estes dois elementos: a formação do mapa mental, os reforços e as punições que o alteram
é muito importante para se compreender a tomada de decisões lógicas.
Dar status a uma pessoa, aumentando o gabinete ou instalando uma máquina de café na sala dela,
por exemplo, faz melhorar a autoestima e o amor pela empresa em que trabalha. O status é procurado
com muita frequência pelas pessoas; algumas preferem um status maior na empresa do que um
aumento de salário.
RESUMO
O cérebro humano arquiva todo o conhecimento e toda a experiência de uma pessoa utilizando
transformações químicas nas ligações entre os neurônios. As pessoas tomam decisões usando o
mapa mental que elas formaram sobre a realidade. Esse mapa sofre a influência de três tipos de
filtros: neurológicos, sociais e individuais.
Os filtros neurológicos são as deficiências de nossos cinco sentidos, que registram a realidade com
certas limitações. Os filtros sociais mais importantes são: a família, a profissão, o partido político e a
religião. Os filtros individuais dependem da experiência de cada pessoa. O próprio mapa mental
funciona como mais um filtro. Ele examina, analisa, edita e classifica tudo o que chega por meio de
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nossos cinco sentidos, em função de nossos conhecimentos antigos. Nosso sistema de crenças
pessoais cria, portanto, a nossa realidade.
A ciência já comprovou que as ligações químicas de um mapa mental podem ser alteradas com o uso
de reforços positivos ou punições. Os reforços positivos e as punições que recebemos no passado
formam parte de nosso mapa mental. Na prática, quase sempre é possível usar um reforço positivo
em lugar de uma punição. Infelizmente, as pessoas usam demais as punições, provocando
desmotivação nas outras pessoas.
Todo gestor deve procurar conhecer as alternativas de reforços positivos disponíveis para utilizar
quando necessário, objetivando reforçar atitudes desejáveis.
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DECISÕES LÓGICAS
Módulo 2
Vamos considerar inicialmente o grupo de pessoas que se encontra na área A, desta curva,
representada em vermelho. Elas representam algo em torno de 16% do total da população do País.
As suas experiências, crenças e paradigmas, gravadas em seu mapa mental, os levam a acertar
dentro da faixa de 0 a 33% das decisões, independentemente dos cursos realizados.
Como nas empresas privadas é muito valorizada a percentagem de acertos, essas pessoas, por
errarem muito mais que a média, ficam pouco tempo num mesmo emprego.
Elas chamam a atenção das chefias por errarem muito e, na primeira oportunidade, são substituídas.
Vamos considerar agora o grupo de pessoas que se encontra na área B dessa curva, representada
em amarelo. Elas representam a maioria da população do país, aproximadamente 68%.
As suas experiências, crenças e paradigmas, gravados no seu mapa mental, levam-nas a acertar
dentro da faixa de 33 a 66% das decisões. Essas pessoas passam a vida trabalhando em poucas
empresas. Como não chamam a atenção por errarem muito, nem por acertarem acima da média,
ficam executando o mesmo trabalho por longos anos. No máximo, ocupam cargos de supervisão ou
chefia intermediária nas empresas privadas.
Vamos considerar agora o grupo de pessoas que se encontra na área C dessa curva, representada
em azul. Elas representam em torno de 16% da população do país. Esse grupo possui experiências,
crenças e paradigmas, que o fazem acertar dentro da faixa de 66% a 100% das decisões. Nas
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empresas privadas, as pessoas que acertam dentro dessa faixa são colocadas nos cargos de média
e alta chefia. Muitas delas abrem seus próprios negócios e têm grande êxito, independentemente da
formação escolar. Nos cargos públicos, a escolha das chefias nem sempre obedece ao critério de
qualidade nas decisões. Por esse motivo, muitos órgãos e empresas públicas são mal administrados.
Vamos representar a qualidade de uma decisão, em escala de zero a um. A decisão de má qualidade
ficaria entre zero e 0,33. A decisão média, entre 0,33 e 0,66. E a ótima decisão, entre 0,66 e 1.
A efetividade também pode ser representada por um número variando de zero a um.
Decisão de ótima qualidade e péssima aceitação tem ótima eficácia e péssima eficiência.
Decisão de ótima qualidade e ótima aceitação tem eficácia e eficiência excelentes.
2 - TIPOS DE DECISÕES
Quando a pessoa toma uma decisão, pode estar interessada em o que fazer ou em como fazer. O
que fazer deve ser decidido antes de como fazer. O produto e/ou serviço, que vamos executar,
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representa o que fazer. O processo utilizado para fazer esse produto ou serviço representa o como
fazer.
Considerando a quantidade de mapas mentais envolvidos no processo decisório, podemos classificar
as decisões em dois tipos:
Individual
Grupal
Na decisão individual, é usado somente um mapa mental. Somente a experiência de uma pessoa é
levada em conta.
Na decisão grupal, vários mapas mentais são somados, formando um mapa mental único bem mais
completo e mais próximo da realidade.
RESUMO
As pessoas tomam decisões probabilísticas baseadas em seus mapas mentais. A qualidade de uma
decisão deve ser determinada, a fim de que se possa escolher a melhor alternativa. O valor atribuído
a uma decisão varia de zero a um. Zero seria decisão péssima; um seria ótima decisão.
Como no nosso país quase não se ensina processo lógico de decisão, a população utiliza sistemas
empíricos de decisão, baseados no mapa mental individual. As pessoas que desenvolveram sistema
empírico que as faz errar quase todas as decisões, independente do nível de escolaridade, vivem
trocando de emprego nas empresas privadas.
As que, por sorte, desenvolveram sistema que as faz acertar quase todas as decisões, chegam a
ocupar altos cargos nas empresas privadas. A eficácia de uma decisão é calculada pela multiplicação
do valor da qualidade pelo valor da aceitação. A boa decisão mal implementada tem pouco valor,
assim como a má decisão bem implementada.
A decisão de o que fazer é muito importante, mas quase nunca ensinada nas escolas brasileiras. A
ênfase das escolas é dada no como fazer.
29
DECISÕES CRIATIVAS
Módulo 3
1 - HEMISFÉRIOS CEREBRAIS
Agora que já vimos como se forma e se altera o mapa mental de uma pessoa, vamos ver de uma
maneira simplificada como funciona nosso cérebro.
O cérebro humano possui dois hemisférios, ligados entre si pelo corpo caloso.
O hemisfério esquerdo é o responsável pelo raciocínio lógico.
O hemisfério direito é o responsável pelo raciocínio criativo.
O hemisfério esquerdo é organizado, racional, lógico, analítico e se baseia no uso das palavras. Ele
emite ordens e combina conceitos.
O hemisfério direito é completamente diferente. É intuitivo, imaginoso e criativo. Ele usa a linguagem
do visual, do auditivo e do sensitivo.
Na cultura ocidental, até cerca dos 12 anos de idade, as pessoas desenvolvem os dois hemisférios
com a mesma intensidade. Após essa idade, a família, a escola e a sociedade proíbem as crianças
de sonharem acordadas. Elas aprendem que devem ficar no mundo físico, nada de imaginar coisas
diferentes do real. Elas deixam de desenvolver o hemisfério direito do cérebro.
Na cultura oriental, devido ao sistema gráfico das palavras, o pensamento criativo é muito comum.
Para entender o significado de cada símbolo, a pessoa é obrigada a usar o hemisfério direito do
cérebro. Devido a isso, os orientais têm os dois hemisférios cerebrais igualmente desenvolvidos. Eles
se tornam mais sensíveis à comunicação não verbal das pessoas, uma vantagem que os povos
ocidentais não possuem normalmente. Em função do hemisfério cerebral utilizado, uma decisão pode
ser:
a) lógica, quando se baseia no raciocínio lógico ou matemático do lado esquerdo do cérebro;
b) criativa, quando se baseia no pensamento holístico ou criativo do lado direito do cérebro.
O ser humano consegue examinar como está se sentindo internamente e alterar seu estado de
consciência. Os animais não conseguem fazer isso. Essa capacidade, conhecida por
autoconsciência, permite que as pessoas aprendam com a experiência própria e alheia. Permite que
uma pessoa crie novos hábitos e elimine hábitos antigos, ou seja, permite que sejam feitas alterações
no mapa mental de uma pessoa.
A autoconsciência permite que examinemos a maneira como nos enxergamos - nossa autoimagem -
, que afeta nossas atitudes e comportamentos e como vemos as outras pessoas.
30
De fato, até levarmos em conta como nos vemos e vemos os outros, seremos incapazes de
compreender como estes sentem e veem a si mesmos e o mundo.
Sem a autoconsciência, projetaremos nosso mapa mental no comportamento das outras pessoas,
pensando que somos objetivos.
Graças a ela podemos examinar nossos paradigmas e alterá-los se necessário.
2 - TEORIAS DETERMINÍSTICAS
O paradigma social atualmente aceito afirma que o mapa mental determina o que somos.
Existem três teorias determinísticas, amplamente aceitas, para explicar a natureza do ser humano:
- a teoria genética;
- a teoria psíquica;
- a teoria ambiental.
c) Determinismo Ambiental
O determinismo ambiental culpa qualquer coisa do meio ambiente pelo que está acontecendo: o
chefe, um colega, a mulher, a economia do país etc. Os paradigmas sociais baseiam-se na teoria do
estímulo-resposta, associada às experiências de Pavlov com os cachorros.
31
As pessoas reativas, que representam a maioria, reagem a um estímulo de uma única maneira, em
função de seu mapa mental.
Os proativos não culpam as circunstâncias ou outras pessoas por seu próprio comportamento, pois
sabem que ele é o produto de sua própria escolha consciente.
Já que o ser humano é, por natureza, proativo, pois é capaz de raciocinar, antever fatos e tomar
iniciativas sem que lhe sejam solicitadas, nossa vida só será consequência de nosso mapa mental
se deixarmos que ele controle nossa mente, por decisão consciente ou por omissão.
Se essa for nossa opção, tornamo-nos reativos.
As pessoas reativas são conduzidas por sentimentos, circunstâncias, condições e ambiente.
Se o tempo está bom, elas se sentem bem. Se o tempo está ruim, ou alguém gritou com elas, mudam
de atitude e de desempenho.
Uma pessoa reativa constrói sua vida emocional em torno do comportamento dos outros. Ela se
preocupa muito sobre o que os outros estão pensando sobre ela.
Os proativos deixam-se guiar por seus valores, cuidadosamente selecionados e interiorizados.
Eles continuam sendo influenciados pelos estímulos externos sociais, físicos ou psicológicos. Mas,
quando respondem a esses estímulos, baseiam-se em seus próprios valores, fazendo uma escolha
consciente.
Tomar iniciativa não significa ser agressivo ou insistente, porém reconhecer a responsabilidade de
fazer as coisas acontecerem.
As pessoas de iniciativa criam em suas mentes o futuro que desejam. Depois constroem esse futuro
na vida real, usando uma estratégia bem definida.
Infelizmente, as pesquisas mostram que aproximadamente 95% das pessoas são reativas. Essas
pessoas ignoram que, no íntimo, todo ser humano é proativo.
Os reativos lamentam-se das circunstâncias externas: o meio ambiente, a economia do país ou seus
familiares são as causas de seus fracassos.
Eles não encaram a realidade e estão convencidos que os acontecimentos externos determinam suas
vidas e a de suas organizações.
As atitudes e comportamentos das pessoas caracterizam seus mapas mentais.
É preciso que as pessoas usem a autoconsciência para examinar seus mapas mentais.
Só assim os paradigmas que fazem parte desse mapa serão descobertos.
32
As pessoas proativas tratam somente das coisas passíveis de serem modificadas.
As pessoas reativas só se preocupam com problemas do ambiente externo.
Concentram suas energias em circunstâncias que fogem ao seu controle.
Você trabalha com idéias até obter uma imagem clara da casa que pretende construir. Depois, chama
um arquiteto para colocar suas idéias no papel.
Então, começa a planejar a construção.
É preciso ter certeza de que o projeto final é exatamente o que você e sua família desejam. Caso
contrário, poderá gastar dinheiro com alterações, quando a casa estiver quase terminada.
Somente depois dessa primeira criação, você inicia a obra propriamente dita.
Na administração pública ou privada existem também duas criações.
Para se começar algum projeto, é preciso ter uma meta bem definida.
A definição clara de uma meta determina se o responsável será ou não bem-sucedido.
Muitas vezes são outras pessoas que fazem a criação inicial.
Fica a cargo do responsável pelo projeto somente a segunda criação, ou seja, a criação física.
A administração é uma visão dos métodos: qual a melhor maneira de conseguir determinada coisa?
A liderança lida com metas: quais são as coisas que devem ser feitas?
A efetividade não depende apenas de quanto esforço se faz, e sim se estamos realizando o
esforço certo e no objetivo certo.
Sempre que houver alterações no meio ambiente, a administração deve reestudar o conjunto de
objetivos/metas, para adaptá-las às novas situações. A pessoa sente-se realizada quando fixa seus
próprios objetivos e luta para consegui-los.
33
Na fixação do objetivo, a pessoa cria, no consciente, uma imagem detalhada do que pretende
alcançar. O inconsciente, baseado nessa imagem, pode mostrar para a pessoa as alternativas que a
levem na direção desejada.
O mecanismo criador do homem está situado no lado direito do cérebro. Esse mecanismo opera em
termos de resultados. Mas, para agir, é preciso que lhe seja dado um objetivo bem definido.
Quando o objetivo é bem claro o sistema de comando automático do cérebro começa a agir. Este
comando automático conduz a pessoa ao seu alvo de um modo eficaz e eficiente. Se esta pessoa
utilizasse o raciocínio consciente não teria tão bons resultados.
Muitas vezes não é a pessoa que fixa seu objetivo. Recebe ordens externas para perseguir um
objetivo fixado por outra pessoa. O inconsciente, de imediato, desliga o seu comando automático. O
consciente, cuja finalidade é outra, começa a procurar caminhos para atingir esse alvo imposto. A
pessoa poderá atingir esse objetivo. Mas não se sentirá realizada, pois o objetivo foi determinado por
outra pessoa.
RESUMO
34
TEORIAS MOTIVACIONAIS
Módulo 4
Quando um determinado nível for razoavelmente satisfeito, o próximo nível começa a pressionar para
ser atendido.
a) Necessidades Fisiológicas
As necessidades fisiológicas se referem às exigências básicas do corpo humano, como nutrição,
água, abrigo, temperaturas moderadas, descanso e sono.
Uma pessoa que está com uma dessas necessidades sem ser atendida sente pouca falta das
necessidades mais elevadas. Faz o possível para tentar atender a essa necessidade, que é mais
básica para ela e para sua família. A pessoa que consegue emprego neutraliza, com o salário, de
35
certa forma, as suas necessidades fisiológicas. Mas uma nova necessidade passa a comandar suas
ações: a necessidade de segurança.
b) Necessidades de Segurança
Quando atendidas as necessidades fisiológicas, o ser humano passa a interessar-se pela segurança.
As necessidades de segurança incluem o desejo de estar seguro tanto em relação a danos físicos
quanto a danos emocionais. Muitas pessoas que trabalham em funções perigosas seriam motivadas
pela perspectiva de obter segurança.
c) Necessidades Sociais
Quando atendidas as necessidades de segurança, o ser humano começa a sentir as necessidades
sociais. As necessidades sociais dizem respeito à necessidade de amor, de fazer parte de um grupo
e de associação com as pessoas.
Os gestores podem contribuir para a satisfação dessas necessidades com a utilização de grupos de
trabalho. Muitas pessoas veem seus trabalhos como a principal fonte para a satisfação das
necessidades sociais.
d) Necessidades de Estima
Quando atendidas as necessidades sociais, o ser humano passa a sentir a necessidade de estima.
As necessidades de estima refletem o desejo das pessoas de serem vistas por si mesmas e pelos
outros como alguém de valor. As ocupações de altos cargos são uma fonte fundamental para a
satisfação da necessidade de estima. Os administradores podem ajudar os empregados a
satisfazerem suas necessidades de estima elogiando a qualidade de seu trabalho.
e) Necessidades de Autorrealização
Quando atendida a necessidade de estima, o ser humano procura a autorrealização. Ela é a
necessidade mais elevada da hierarquia. As necessidades de autorrealização se relacionam ao
desejo de atingir o seu próprio potencial. Elas incluem as necessidades de autosatisfação e de
desenvolvimento pessoal. A verdadeira autorrealização é um ideal a ser perseguido.
As pessoas realizadas são aquelas que estão se tornando tudo o que são capazes de serem.
Os gestores podem dirigir seus subordinados, rumo, à autorrealização ao dar-lhes atribuições
desafiadoras, chance de progresso e novos aprendizados.
A estrutura do trabalho oferece oportunidade de satisfazer dezenas de necessidades psicológicas
incluídas em algum lugar da hierarquia das necessidades.
36
2 - TEORIA DA HIGIENE-MOTIVAÇÃO
O psicólogo Frederick Hersberg e seus colegas da Universidade de Harvard classificaram as
necessidades, indicadas por Maslow, em duas categorias:
1) Necessidades higiênicas;
2) Necessidades Motivacionais.
Eles descobriram que alguns fatores de um trabalho dão às pessoas a oportunidade de satisfazer
necessidades de nível mais elevado. Provocam satisfação ou motivação.
Quando um fator motivador não está presente, é mais neutro do que negativo. As pessoas variam em
relação aos fatores de trabalho que julgam motivadores.
No entanto, os fatores motivadores geralmente se referem ao conteúdo de um trabalho. Esses fatores
são: reconhecimento, realização, desafio, responsabilidade e oportunidade de progresso.
Hersberg também descobriu que alguns elementos do trabalho são mais relevantes para as
necessidades de menor nível do que para as de nível mais elevado. Um fator higiênico é um elemento
de trabalho que, quando presente, evita a insatisfação; no entanto, ele não cria satisfação. Uma
pessoa não ficará satisfeita apenas porque os fatores higiênicos estão presentes.
As necessidades fisiológicas, de segurança e sociais de Maslow são classificadas como higiênicas;
a satisfação delas não motiva as pessoas, mas a falta delas reduz o rendimento.
3 - TEORIA DA MATURIDADE
O psicólogo Hersey mostrou que as pessoas possuem diversos graus de maturidade em relação ao
local onde trabalham. Esta maturidade pode ser traduzida como o amor que as pessoas têm pela
organização onde trabalham. O amor pela empresa pode ser aumentado ou diminuído em função do
tratamento que recebem dos superiores.
A equipe do Professor Hersey demonstrou graficamente a teoria da maturidade (faça o gráfico em
teu caderno).
O eixo horizontal representa o grau de fiscalização que o supervisor exerce sobre os funcionários.
O eixo vertical representa a ênfase que é dada às pessoas.
A maturidade é representada no segundo eixo horizontal.
Cresce da direita para a esquerda.
37
Para aumentar a maturidade de uma pessoa que tem baixa maturidade (ponto A para B), deve-se
reduzir a fiscalização e aumentar a ênfase no relacionamento.
É um grande erro tratar todos os funcionários de uma empresa da mesma maneira. Todos são
diferentes e devem receber tratamento diferenciado.
Quanto maior a maturidade de um funcionário em relação à sua empresa, maior será a sua motivação.
O funcionário motivado para o trabalho tende a melhorar a qualidade de seu trabalho diário.
Ao se reduzir a fiscalização, deve-se investir no treinamento.
O desempenho, assim, é mantido com um nível menor de fiscalização.
4 - MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO
O método mais sistemático de motivar as pessoas é a modificação do comportamento.
Muda-se o comportamento das pessoas com a utilização dos reforços positivos ou negativos.
A lei do efeito é o princípio fundamental da modificação do comportamento.
De acordo com esse princípio, o comportamento que conduz a consequências positivas tende a ser
repetido; o comportamento que leva a consequências negativas tende a não ser repetido.
De acordo com os teóricos que defendem essa teoria, as pessoas praticam certos comportamentos
porque foram condicionadas no passado a prêmios e punições.
Os prêmios podem ser extrínsecos ou intrínsecos.
Um prêmio extrínseco (externo) é recebido de fora, tais como dinheiro ou reconhecimento.
Um prêmio intrínseco (interno) deriva de nós mesmos, tal como a satisfação por ter feito um belo
trabalho.
Programas motivacionais, como o enriquecimento de cargos e o empowerment, incorporam prêmios
intrínsecos.
No entanto, a maioria dos sistemas de modificação do comportamento está baseada em prêmios
extrínsecos, como bônus financeiros e prêmios.
O reforçamento positivo aumenta a probabilidade de o comportamento ser repetido, porque as
pessoas que deram a resposta adequada foram premiadas.
Fala-se em probabilidade porque nenhuma estratégia de modificação de comportamento assegura
que as pessoas darão sempre a resposta desejada no futuro.
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No entanto, aumentam as chances de que elas irão repetir o comportamento esperado.
O reforçamento positivo é a estratégia de modificação de comportamento mais eficaz.
A maior parte das pessoas responde melhor à premiação pela resposta desejada do que à punição
pela resposta errada.
RESUMO
O homem é um ser insaciável. Está sempre procurando satisfazer a uma necessidade, até alcançar
a autorrealização.
Segundo Maslow, as necessidades humanas obedecem à seguinte hierarquia: fisiológicas, de
segurança, social, de estima e de autorrealização.
Necessidades fisiológicas dizem respeito ao corpo; necessidades de segurança incluem o desejo de
estar seguro tanto em relação a danos físicos quanto a danos emocionais; necessidades sociais
dizem respeito ao amor e convivência em grupo; necessidades de estima refletem o desejo das
pessoas de serem vistas por si mesmas e pelos outros como alguém de valor; necessidade de
autorrealização é um ideal a ser perseguido.
A estrutura do trabalho oferece oportunidade de satisfazer dezenas de necessidades psicológicas.
Hersberg e seus colegas da Universidade de Harvard descobriram que há fatores de trabalho que
dão às pessoas a oportunidade de satisfazerem necessidades de nível mais elevado.
Hersey diz que as pessoas possuem graus de maturidade diferentes em relação à instituição para a
qual trabalham e afirma que quanto maior a maturidade de um empregado em relação à sua empresa,
maior será a sua motivação.
A mudança de comportamento ocorre com a utilização de processos de reforçamento e punição. E o
comportamento das pessoas são condicionamentos feitos no passado por meio de punições e
prêmios. O reforçamento positivo é a estratégia de modificação de comportamento mais eficaz para
a maioria das pessoas.
39
TRABALHO EMOCIONAL
Módulo 5
Essas reações, advindas da sobrecarga do trabalho emocional, podem ser prejudiciais à saúde do
empregado.
Elas podem provocar stress psicológico que reflita na vida pessoal do empregado; torna o trabalho
pouco compensador e muito desagradável e transfere a reação negativa do empregado para o cliente.
O funcionário apático, negativo e hostil acabará transferindo seus próprios sentimentos para o cliente.
O cliente então não só terá uma imagem negativa do funcionário e, sim da própria empresa.
A prestação de serviços seria mais eficaz, se a sua estrutura fosse repensada.
Para isso seria necessário rever os critérios que designam o funcionário para determinada função.
É preciso encontrar meios que permitam ao funcionário lidar melhor com o trabalho emocional. A
compreensão do trabalho emocional torna a prestação de serviço mais saudável para quem a exerce.
40
Deve-se entender melhor o problema do trabalho emocional. Esse aspecto do trabalho deve ser
considerado nas seguintes atividades:
projetos de funções;
projetos de seleção;
projetos de treinamento.
É necessário que se dedique mais atenção à identificação da reação dos funcionários ao trabalho
emocional. Devem-se conhecer os resistentes às pressões do trabalho emocional e ajudar aos menos
resistentes, dando-lhes funções compatíveis.
O resultado final de qualquer esforço depende mais de quem faz o trabalho, do que "como" o trabalho
é feito.
Para se conseguir que o trabalho seja bem feito, é necessário:
a) recrutar as pessoas certas;
b) ajudá-las a serem felizes;
c) deixá-las livres.
Supõe-se que todas as pessoas possuam um valor inerente. Atualmente, é quase impossível excluir
uma pessoa por ser totalmente incompetente.
2 - CONTRATAÇÕES DE FUNCIONÁRIOS
Ninguém espera que um circo vá contratar um malabarista sem assistir a uma demonstração do
candidato. É uma questão de bom senso.
Muitas organizações, no entanto, contratam engenheiros, economistas, analistas de sistemas e, às
vezes, até gerentes, sem o uso desse bom senso.
Raramente elas pedem para ver um projeto, um programa ou qualquer coisa feita pelo candidato em
empregos anteriores.
Na verdade, grande parte das entrevistas realizadas pelas empresas, feitas durante a seleção dos
candidatos, é uma simples conversa informal.
Quando se está contratando alguém para determinado trabalho, espera-se que seja pelo menos
semelhante a algum outro que essa pessoa já fez antes.
É preciso examinar uma amostra anterior para se ter uma ideia da qualidade do trabalho que o
candidato sabe executar. Isso pode parecer óbvio, mas, muitas vezes, é negligenciado por grandes
empresas.
Se for tão importante que o novo contratado seja bom nas várias habilidades utilizadas no trabalho,
por que não projetar um teste de aptidão?
41
Nos anos 60, essa ideia estava em alta, mas atualmente não está sendo aceita, pelo fato de que
esses testes medem a coisa errada. A pessoa avaliada pode fazer corretamente suas tarefas pelo
período de dois anos.
E durante outros vinte anos pode executar erradamente as tarefas. Isto acontece, pois a maioria dos
testes é orientada para o lado esquerdo do cérebro.
As tarefas típicas dos novos contratados são realizadas, em sua maioria, com o lado esquerdo do
cérebro. As tarefas executadas mais tarde quando ele estiver ocupado com cargo de chefia são, em
grande parte, executadas com o lado direito do cérebro.
O gerenciamento, por exemplo, exige pensamento holístico e intuição, tendo como base a
experiência.
O teste de aptidão pode aprovar pessoas que tenham bom desempenho em curto prazo.
Mais tarde, teste nenhum garante que o candidato terá sucesso.
O trabalho intelectual é mais sociológico do que tecnológico e depende mais das habilidades de
comunicar-se com os outros do que das habilidades técnicas.
O processo de contratação precisa considerar algumas características sociológicas e de comunicação
humana.
Uma das melhores técnicas de seleção se baseia em pedir que os candidatos ao emprego preparem
uma apresentação de cerca de quinze minutos sobre um tema referente à sua experiência anterior e
que seja útil para a função pretendida.
Alguns dos futuros colegas e o seu futuro gerente devem assistir às apresentações para escolher os
melhores candidatos sob o ponto de vista técnico e sociológico.
A equipe, junto com o gerente, assiste às apresentações e ajuda a escolher o melhor candidato, sob
o ponto de vista técnico e sociológico.
Em curto prazo, é mais barato despedir uma pessoa que necessita de treinamento e contratar uma
pessoa apta.
Muitas organizações adotam essa prática, mas as melhores organizações não a admitem. Percebem
que o treinamento ajuda a construir uma mentalidade de permanência.
RESUMO
O componente emocional vem chamando a atenção dos especialistas porque envolve os sentimentos
do funcionário e porque quase todas as funções exigem das pessoas certo trabalho emocional.
Quando o trabalho emocional é demasiado, as pessoas podem apresentar efeitos de estresse, mau
humor, irritabilidade e outros efeitos que podem refletir na vida pessoal do empregado. Para se
conseguir que o trabalho tenha um bom resultado, é necessário ajudar as pessoas a serem felizes e
deixá-las livres.
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A contratação de funcionários deve levar em conta que as tarefas executadas depois de dois anos
de contrato do funcionário são executadas em grande parte com o lado direito do cérebro exigindo
pensamento holístico e intuição e tendo como base a experiência anterior.
Um bom desempenho em curto prazo não significa que este é o melhor candidato em longo prazo.
O processo de seleção deve avaliar o candidato sob o ponto de vista técnico e sociológico.
TEORIA DE VALOR
Módulo 6
43
Os gestores devem procurar maximizar o pagamento emocional dos funcionários.
As empresas devem procurar melhorar ao máximo o atendimento aos clientes, para que voltem
sempre.
Toda organização deve maximizar os valores tangíveis e intangíveis colocados nos produtos e/ou
serviços que entrega a seus clientes, a fim de sobrepujar os concorrentes. Para isso, elas precisam
conhecer os fatores mais valorizados pelos clientes e as oportunidades inexploradas, para então
agregar mais valor aos seus produtos e/ou serviços.
2 - HIERARQUIA DE VALORES
A hierarquia de valores de Albrech tem quatro níveis: básicos, esperados, desejados e inesperados.
Básicos são os atributos mínimos, tangíveis e intangíveis, para que se possa fazer negócio. Um
restaurante, por exemplo, deve ter uma refeição aceitável e um local limpo.
Esperados são os atributos que o cliente já considera como fazendo parte do negócio. Um restaurante
deve ter um cardápio mínimo para o cliente escolher e preços razoáveis.
Desejados são os atributos que o cliente não espera, mas que conhece e aprecia, se forem
apresentados. O restaurante oferece descontos especiais para pedidos de pratos conjugados.
Inesperados são atributos surpresa, que adicionam valor para o cliente além de suas expectativas. O
gerente senta à mesa do cliente e oferece uma sobremesa exótica, gratuita, para o cliente testar.
Essa hierarquia comunica alguns pontos importantes, a respeito do valor para o cliente. Quem
apresentar somente atributos básicos é considerado ruim pelos clientes, se os concorrentes
estiverem oferecendo atributos de nível mais elevado.
Quem apresentar atributos dos níveis básicos e esperados é considerado apenas satisfatório pelos
clientes.
Uma organização deve ter bom desempenho nos atributos básicos e esperados para ter alguma
chance de negociar com os clientes.
A empresa que oferecer, além dos atributos básicos e esperados, atributos desejados começa a ser
favorecida pelos clientes, principalmente se fizer isso melhor que os concorrentes.
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Os atributos inesperados, uma vez conhecidos, passam a ser esperados.
A empresa deve estar sempre à procura de novos atributos inesperados, para continuar
surpreendendo os clientes.
Uma boa pesquisa de clientes indicará como se pode operar com os atributos desejados e
inesperados.
Se puder identificar um ou mais atributos e valores que os concorrentes não possam prover com
facilidade, pode-se estabelecer um elemento de vantagem competitiva sustentável.
Para se determinar os atributos que têm valor para os clientes, precisamos de respostas para as
seguintes perguntas:
3 - CLASSES DE EMPRESAS
Para se fornecer valor ao cliente, devemos ter qualidade do produto e qualidade do atendimento.
A qualidade do produto é tangível e, portanto, facilmente mensurável.
A qualidade do atendimento, sendo intangível, é mais difícil de ser medida.
Pesquisas realizadas pela Forum Corporation mostraram que cerca de 70% dos motivos de troca de
fornecedor nada tinham a ver com os produtos.
As causas estavam relacionadas com a baixa qualidade do atendimento.
RESUMO
Todas as transações entre pessoas envolvem valores físicos e emocionais.
Os valores físicos atendem às necessidades do hemisfério esquerdo do cérebro e são tangíveis.
Os valores emocionais atendem as necessidades do hemisfério direito e são intangíveis.
No caso de um cliente de uma empresa, o produto ou serviço é o valor tangível, e o atendimento dado
é o valor intangível.
As empresas precisam conhecer os fatores mais valorizados pelos clientes para adicionar mais
valores aos seus produtos.
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A hierarquia de valores de Albrech organiza em quatro níveis os valores, classificando-os em básicos,
esperados, desejados e inesperados.
Identificar atributos e valores que os concorrentes não possam prover com facilidade, pode-se
estabelecer um elemento de vantagem competitiva sustentável.
Para se fornecer valor ao cliente, devemos ter qualidade do produto e qualidade de atendimento, e
esses valores podem ser analisados e avaliados a partir de instrumentos específicos de comparação.
BARREIRAS A CRIATIVIDADE
Módulo 7
1 - A RESPOSTA CERTA
Já vimos que a criatividade é uma atividade realizada pelo hemisfério direito do cérebro humano.
Mas, na cultura ocidental, a partir da puberdade, as pessoas desenvolvem diversas barreiras à
criatividade. Essas barreiras devem ser afastadas para se usar, com eficácia, o lado direito do
cérebro.
A primeira barreira que vamos considerar se denomina "a resposta certa".
Nas figuras abaixo:
a) quantas pernas você vê? b) perfil ou frontal?
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Qualquer resposta é certa, dependendo do ponto de vista utilizado!
A escola ensina-nos conhecimentos para que se possa entender o mundo. Na escola, aprende-se
também que só há uma resposta certa para as centenas de testes, provas ou exercícios.
Quem marca uma resposta diferente da considerada "certa" perde pontos nas provas.
Mas acontece que a vida é ambígua! Existem várias respostas certas para os problemas reais. Tudo
depende do que estamos procurando.
As pessoas estão condicionadas a encontrar uma só resposta para seus problemas. Quando
encontram a primeira resposta que possa solucionar o problema, não se preocupam mais com
alternativas.
A prática de procurar a "resposta certa" pode nos trazer sérias consequências em nossa maneira de
pensar e de enfrentar dificuldades.
As pessoas não gostam de problemas e, quando se defrontam com um deles, geralmente reagem,
usando a primeira solução encontrada. Isso se revela muito perigoso.
Se a pessoa tem apenas uma única ideia, tem somente um curso de ação aberto. Isso representa um
enorme risco, pois, no mundo atual, a flexibilidade é obrigatória para se sobreviver.
A melhor maneira de se eliminar essa barreira é procurar a "segunda resposta certa". Muitas vezes,
essa "segunda resposta certa" constitui a solução ideal para o problema em análise.
Uma das maneiras de se conseguir essa "segunda resposta certa" é mudar a pergunta feita ao grupo.
Em vez de perguntar: "Qual a solução para este problema?" pergunta-se: "Quais as melhores
soluções para este problema?"
2 - A DIALÉTICA
A cultura ocidental desenvolveu um tipo de pensamento ineficiente, moldado no sistema de
contradição, ou dialético. Nesse tipo de pensamento, duas forças opostas lutam entre si, em defesa
da "resposta certa".
Esse sistema está infiltrado na vida política, na economia, na justiça, nos negócios, etc. Ele se baseia
na suposição de que, do conflito entre alternativas opostas, emergirá a melhor solução.
São muitas as desvantagens desse sistema. Enquanto um lado ataca e o outro se defende, os dois
pontos de vista antagônicos se tornam mais rígidos, eliminando a análise de outras alternativas.
Esse estilo teve grande progresso na Idade Média, quando o pensamento e o ensino estavam sob o
controle da Igreja.
A principal função das autoridades da Igreja era preservar a teologia existente. Elas eram treinadas
para combater e destruir as inúmeras heresias que apareciam a todo o momento.
Daí surgiu a especialização na argumentação e no criticismo destrutivo, baseados na filosofia grega
e no diálogo socrático.
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Quando a Igreja passou a controlar as escolas e as universidades, esse estilo se tornou a linguagem
do pensamento ocidental.
Apesar de sua ineficiência, o sistema dialético é atraente, porque sugere que pensar é defender a
"resposta certa".
Isso tranquiliza o vencedor, irrita o perdedor e leva a resultados medíocres.
Ele não permite que se encontre o lado bom de uma ideia, independente de quem a formulou. Ele
não considera que podem existir várias "respostas certas".
4 – NÃO É LÓGICO
Vamos iniciar com um exercício.
Liste o cenário do teu trabalho. Aqueles que você associar como sendo hard, arraste-os até a coluna
HARD. Aqueles que você associar como sendo soft, arraste-os até a coluna SOFT.
Como você classificou as palavras?
A maioria das pessoas assim classifica as palavras:
HARD: lógico, exato, específico, nítido, realidade e análise.
SOFT: aproximado, sonho, humor, criança, fantasia e difuso.
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Para as palavras do grupo HARD, existe apenas uma resposta clara: ou certo ou errado. Para as
palavras do grupo SOFT, podem existir muitas respostas certas.
Existem dois tipos de pensamento:
- o SOFT, próprio do lado direito do cérebro, é difuso, aproximado e capaz de gerar contradições;
- o HARD, próprio do lado esquerdo do cérebro, é lógico, exato e preciso.
Quando o escultor se propõe a fazer uma obra de arte, procura boa argila e inicia o seu trabalho.
Molda a matéria-prima de acordo com sua inspiração. A plasticidade da argila lhe permite alterar a
forma da peça, até que ele fique satisfeito. Quando ele tiver terminado a sua criação, é necessário
que essa peça seja levada ao forno para ficar rígida e poder ser útil às outras pessoas.
A geração de ideias também tem duas fases: germinal e prática.
Na fase germinal, as ideias são geradas e manipuladas.
Na fase prática, as ideias são avaliadas e executadas.
O primeiro e mais importante princípio da lógica é a não contradição. Compreende somente aquilo
que possui natureza consistente. Acontece que a maioria das situações da vida apresenta
ambiguidade. A contradição é a marca registrada da natureza humana.
O número de coisas que podem ser consideradas de maneira "hard" é muito pequeno. A grande
ênfase que é dada ao método lógico acaba inibindo a exploração da mente. Muitas pessoas usam
pouco o pensamento tipo "soft" por sentirem que não é lógico. Diante de um problema, as pessoas
aplicam de imediato às estratégias do pensamento "hard".
O sistema educacional do Ocidente faz um belo trabalho no desenvolvimento do pensamento "hard",
pois nas escolas, o pensamento "soft" é praticamente esquecido. Só são aceitas as respostas que
estão no livro!
5 – SEGUIR AS REGRAS
O pensamento criativo possui uma dualidade. Pode ser construtivo ou destrutivo.
As pessoas que fazem questão de manter as regras existentes sempre chegam aos mesmos
resultados. A criatividade pode ser aumentada, quando se brinca de quebrar as regras e imaginar os
resultados.
Em nossa cultura, há uma grande pressão para que as regras sejam seguidas. A lição de seguir
regras é uma das primeiras aprendidas na infância. Nas escolas, os estudantes mais premiados são
os que repetem informações dos livros. Os que apresentam ideias originais não são estimulados. Em
consequência, as pessoas se sentem mais à vontade seguindo regras, do que sendo originais, e
consequentemente, quebrando as regras.
49
Seguimos essas regras.
O tempo passa, as coisas mudam.
As razões originais, nas quais as regras se baseiam, não existem mais, porém, como as regras
continuam no mesmo lugar, nós continuamos a segui-las.
6 – EVITAR AMBIGUIDADES
Esta é uma ótima regra a ser seguida na maioria das situações por nós enfrentadas no dia a dia.
É também uma poderosa ferramenta para bloquear a nossa imaginação.
Na fase germinal do processo criativo, a ambiguidade permite sérias indagações:
a) O que isto significa?
b) De que outra maneira pode ser interpretada?
7 – ERRAR É ERRADO
O sucesso e o fracasso são considerados opostos. Mas, na verdade, constituem produto de um
mesmo processo. A maioria das pessoas não se sente à vontade com o erro.
A crença da "resposta certa" leva à conclusão de que ela é boa e qualquer outra é ruim. As pessoas,
então, procuram estar certas sempre que possível e tendem a reduzir seus enganos ao mínimo.
A crença de que errar é errado faz com que as pessoas se coloquem em lugares onde não cometam
erros. O pensamento conservador é então incentivado e sua característica é evitar o estigma da falha.
Quem foge da possibilidade de cometer erros foge da chance de aprender novas técnicas e encontrar
melhores soluções. A preocupação em produzir respostas certas anula a criação de novas ideias.
As pessoas saltam a fase de criação de novas ideias e obedecem sempre às mesmas regras, chegam
sempre às mesmas respostas.
Na fase de geração de novas ideias, os erros são obrigatórios. Na fase seguinte, a fase lógica, as
respostas erradas serão naturalmente afastadas. As soluções erradas devem servir de trampolim
para a geração de novas ideias.
Os erros têm uma grande utilidade, pois indicam que se deve mudar de direção e fornecem a
alternativa necessária para se controlar um processo.
RESUMO
As principais barreiras à criatividade são:
A resposta certa - Na escola aprende-se que só há uma resposta certa para os testes, provas ou
exercícios. Quem marca uma resposta diferente da considerada "certa" perde pontos. Mas acontece
que a vida não é tão simples quanto a escola. A prática de procurar a "resposta certa" pode trazer
sérias consequências na maneira de pensar e de enfrentar dificuldades.
A dialética - A cultura ocidental desenvolveu um tipo de pensamento ineficiente, moldado no sistema
de contradição, ou dialético. Duas forças opostas lutam entre si, em defesa da "resposta certa" para
que, do conflito entre alternativas opostas, apareça a melhor solução.
Não é minha área - Poucos problemas pertencem a uma única área de conhecimento. Para melhorar
a capacidade criativa, as pessoas devem procurar conhecer outras áreas.
Não é lógico - A grande ênfase que é dada ao método lógico acaba inibindo a exploração da mente.
As pessoas deixam de usar o pensamento tipo "soft" por sentirem que não é lógico; diante de um
problema, aplicam logo as estratégias do pensamento "hard".
Seguir as regras - A criatividade pode ser aumentada, quando se brinca de quebrar as regras e
imaginar os resultados, pois, em nossa cultura, há uma grande pressão para que as regras sejam
seguidas.
Errar é errado - O sucesso e o fracasso são considerados como opostos, mas constituem o produto
de um mesmo processo. A maioria das pessoas não se sente à vontade com o erro. Procuram estar
certas sempre que possível e tendem a reduzir seus enganos ao mínimo.
Não sou criativo - Esta é a barreira mais intransponível para a criatividade. A pessoa que não se acha
capaz de criar está se negando a procurar a segunda resposta certa.
Para literalmente, executarmos uma Gestão de Pessoas Orientada para Resultados, faz-se mister
nos lembrar da assertiva de Michael Useem (professor de Liderança e Management, e diretor do
Wharton School’s Center for Leadeship and Change da Universidade da Pensilvâni)a, considerado
uma das maiores autoridades em liderança da atualidade - “Antes de qualquer coisa, é preciso estar
consciente que a liderança não se faz sozinha. Os grandes líderes estão sempre apoiados por
equipes fabulosas, já que a liderança é uma situação tanto individual quanto coletiva”.
51
O que é Liderança?
Pessoa que:
“É a arte de fazer com que os outros queiram fazer alguma coisa que você está
convencido que deveria ser feito”.
Vance Packard
52
“Todo líder é projetista, professor e regente”.
Agora já temos algumas definições do que é liderança, será que podemos dizer
que qualquer pessoa que possui um cargo de chefia, pode ser considerado um
líder?
53
Reflita sobre as duas histórias seguintes:
História 1
História 2
Podemos concluir com essas histórias que o cargo de chefia não pressupõe a
existência da liderança. Essa posição está geralmente ligada a poder formal, o
que contraria o conceito de liderança, que não é impositiva e, portanto, não está
ligada a esse tipo de poder. Há pessoas que, embora ocupem um cargo de chefia,
não exercem liderança, como vimos na história 1. O máximo que conseguem é se
fazerem obedecidos por coação, utilizando o poder que o cargo lhes confere. Por
outro lado, existem pessoas que exercem influência sobre outras
independentemente de ocuparem ou não cargos de chefia, como vimos na
história 2.
54
Você se lembra desse velho ditado? “Manda quem pode. Obedece quem tem
juízo”.
Ele nos mostra o que é a influência, vai levantar uma outra questão:
Construtiva
Liderança Influência
Coercitiva
55
Motivação
Medo motiva?
“Voluntárias”? e daquele funcionário que teme ser esquecido pelo seu chefe se
houver um aumento de salário ou possibilidade de promoção.
Muitas vezes, agimos por medo. Mas quando se institui o medo no ambiente,
a liderança fica enfraquecida. Medo causa frustração e ressentimento. Medo pode
ser ferramenta de chefe, não de líder.
Recompensa motiva?
Se o vendedor vê significado naquilo que faz, se ele acredita naquilo que faz,
certamente ele terá grandes possibilidades de ser um bom vendedor.
Medo e Recompensa são ferramentas mais usadas por chefes que líderes.
Líderes, via de regra, valem-se do sentido que as pessoas dão para aquilo que
fazem.
Ela nos mostra às questões mais subjetivas dos seres humanos, àquelas que
dizem respeito à profundidade de nosso ser, ao que nos move, ao que faz sentido
para nós, aquilo que atribuímos significado.
56
Lembre-se:
O principal papel dos líderes dentro das empresas é integrar as equipes para
a busca dos objetivos empresariais. Eles fazem isso provocando a motivação nas
pessoas. Estimulam e incentivam os colaboradores para que eles tomem para si
esses objetivos e trabalhem para os realizarem.
57
Porque uma pessoa é líder?
Segundo esta teoria um líder deveria ser belo fisicamente, ser grande e forte,
ser enérgico, e
Veja abaixo exemplos que constatam que tal teoria já está ultrapassada.
Estatura: Napoleão não era alto como Charles de Gaulle ou Felipão, mas tinha
muita respeitabilidade e foi um grande líder no seu tempo.
58
Energia: Gandhi era franzino, parecia levitar, mas a força das suas idéias
convenceu uma nação, unindo-à em torno de uma causa.
Sim – Se você viu os exemplos da tela anterior, pode perceber que contradizem
a teoria dos traços. Há características muito mais importantes para a liderança do
que aquelas determinadas pelo nascimento.
Coeficiente de
inteligência
(Q.I.)
59
Traços Intelectuais
Traços Sociais
São cada vez mais valorizados para o exercício da liderança. Eles são
necessários, porém, não suficientes. Um gerente tinha fama de diplomata, era um
verdadeiro amigo e conselheiro. Mas falhava na gestão da equipe, era fraco em
indicadores de desempenho, era desorganizado e pouco produtivo. Conclusão:
tinha traços sociais bem desenvolvidos, mas não conseguia parar nos empregos.
Sim ou Não?
60
Sim – Uma das dúvidas mais frequentes é essa: liderança é nata? Pela teoria
dos traços. Percebe-se claramente que não.
Não – Estamos de acordo. Alguns traços, como os sociais, têm influência sobre
a capacidade de liderar.
A história nos mostra que essa teoria não se sustentou por muito tempo.
O que deve ser ensinado para os candidatos ao papel de líder? Qual o melhor
estilo de liderança?
Para responder a estas outras questões, surge uma outra teoria: a dos estilos.
Vamos vê-la na próxima tela.
Autocrático: é aquele que ilustra o célebre ditado: manda quem pode, obedece
quem tem juízo.
Democrático: é aquele que busca a participação. Às vezes até nos faz crer que
só temos direitos (onde estão os deveres?)
61
Qual o melhor estilo?
62
Dimensão 1: O Líder
Dimensão 2: Os liderados
b) dos interesses
c) das motivações
Veja esse caso: a aula era Sexta feira e na quinta-feira era feriado. Ora, o que
acontece quando há um dia que antecede um feriado e precede um dia não útil
(neste caso, sábado)?
Pois bem. Havia na turma um garoto que todos consideravam líder. Sabe
aquela pessoa que está sempre rodeado de pessoas, que todos param para
escutar? O garoto era assim. Foi orientado, longe dos colegas, para se dirigir a eles,
incentivando-os a comparecer à aula na Sexta feira, pois o assunto era importante.
O garoto usou toda a argumentação de que dispunha, na tentativa de
convencimento. Você pode imaginar o que aconteceu?
Foi isso mesmo! Ninguém acatou a sugestão do garoto. Que você pode
depreender daí? Por que os colegas não atenderam ao apelo do seu suposto líder?
Dimensão 3 – A situação
O garoto “líder” não obteve sucesso e a aula da Sexta-feira foi cancelada. Por
que os colegas não atenderam ao apelo do seu suposto líder?
63
Escolha a alternativa correta:
Se você disse que o sucesso não foi obtido porque a solicitação do garoto
contrariava as motivações e interesses do grupo, estamos de acordo. Não havia
seguidores, portanto, naquela contingência (situação) não havia líder.
Refletindo sobre a história, você acha que ela está embasada em qual
teoria?
- Teoria contingencional
História 2
A seleção foi feita com base nos seguintes pontos: características físicas
(aqueles que possuem um porte físico que impõe respeito), características
intelectuais (os mais inteligentes) e características sociais (aqueles que têm um
ótimo relacionamento pessoal).
65
Refletindo sobre a história, você acha que ela está embasada em qual teoria?
- Teoria contingencional
História 3
Para não exigir que alguns viessem trabalhar nesse dia e outros não, o chefe
optou por enviar um comunicado a todos, oferecendo, para aqueles que tivessem
interesse em trabalhar no feriado, o pagamento em dobro desse dia e o reembolso
de despesas com almoço e jantar.
O resultado disso não foi o esperado. Apenas uma pessoa se interessou pela
oferta, o que obrigou a empresa a determinar que outros viessem trabalhar.
Refletindo sobre a história, você acha que ela está embasada em qual teoria?
- Teoria contingencional
66
A resposta certa seria teoria contingencional.
Resumindo e tentando deixar bem claro este 2º módulo, afirma-se que a teoria
dos traços de personalidade diz que seria um líder apenas aqueles que nascessem
com determinadas características, e a teoria dos estilos de liderança diferencia três
tipos de líderes: aquele que manda, aquele que busca a participação e aquele que
deixa as coisas acontecerem, e a teoria contingencional vê três pilares
fundamentais que a liderança ocorra: a autoridade formal do líder e sua
personalidade, as expectativas, interesses e motivações dos seguidores, e a
situação em que a liderança irá ocorrer.
Obs: Liderança não permite “receitas de bolo”. Liderança exige uma reflexão
profunda sobre as relações humanas e o contexto no qual elas ocorrem.
67
MODULO 3- Métodos e Estilos de Gerência
O que é, de fato, ser líder? Você já pensou nisso? Será que você é um líder?
Bem, esse assunto tem sido tratado com muita freqüência pelos teóricos da
administração. Existem concorrentes que acham que os grandes líderes já nascem
com uma forma diferente de ver o mundo, de realizar as suas atividades. Assim,
poderíamos dizer que Mahatma Gandhi, por exemplo, um grande líder indiano, já
nasceu com as características de um orientador de seu tempo. É, talvez isto esteja
correto. Acontece que não estamos pensando nesses homens tão maravilhosos e
fora de série. No nosso caso, estamos pensando em você, que está conosco agora.
Ah, de verdade, você é uma pessoa especial. Já pensou em quantas coisas comuns
(do dia-a-dia) você poderia estar fazendo? No entanto, está dedicando o seu tempo
a ampliar seus horizontes. Isto já é uma dica: você tem algo diferente. Você é
curioso, tem vontade de modificar sua realidade, tem vontade de empreender.
Bem, você já tem algumas características de um líder. Outras são necessárias e
você vai ter oportunidade de desenvolvê-las. É, pode acreditar, pode-se formar
bons líderes através de estudos, técnicas, treinamentos.
Liderar é uma mistura de técnica e arte. Um pouco disto sai de dentro de nós
mesmos. É aquele menino que quando diz assim: “Vamos jogar bola? – “ Todos os
outros garotos o acompanham. Isto ninguém pode explicar, porque não é igual
para todos. Outras pessoas também disseram a mesma coisa em outra situação e
não alcançaram o mesmo resultado.
Alguns líderes são expansivos, outros mais carrancudos; uns são exímios
planejadores, estrategistas minuciosos, outros são amplamente intuitivos. Uns são
do bem, outros nem tanto.
Henry Ford desenvolveu uma linha de produção, ou seja, uma forma ótima de
produzir um equipamento. No caso, eram os famosos carros. Todos eram pretos e
tinham um motor com uma certa especificação. Quando foi consultado a respeito
de adaptações para atender melhor os seus clientes, ele declarou que sua empresa
fazia aqueles carros e que eles eram a melhor opção de produção. Que não iria
alterar em nada o seu projeto.
Todos são exemplos excelentes de líderes, mas cada um tem uma forma de
trabalho, um jeito de encaminhar soluções para os problemas que estão
enfrentando. Será que Bill Gates seria a melhor opção para gerenciar a revolução
da General Electric? Qual teria sido sua posição se estivesse no lugar de Henry
Ford? Podemos dizer que cada um tem um estilo diferente. Esse é o nosso
próximo assunto. Você saberia dizer qual é o seu estilo de liderança?
69
GESTÃO DE PESSOAS
Breve histórico
70
No âmbito da na administração pública, a história das políticas de gestão de
pessoas é marcada por uma série de transformações significativas referentes à
estruturação dos seus principais sistemas. Nas últimas décadas, a área de gestão
de pessoas vem passando por um processo de mutação e novas formas de pensar
e agir estão provocando mudanças não só no setor privado, mas também no setor
público. As organizações públicas estão renovando seus conceitos e exigindo dos
seus servidores valores pautados na ética, na responsabilidade, na transparência
e no comprometimento. Ainda a necessidade de qualificação profissional onde os
servidores estejam mais capacitados e motivados para o desempenho da função
pública. (CARVALHO, et. al, 2015).
71
Conhecendo a nova gestão de pessoas
72
Os seis processos de Gestão de Pessoas
73
O perfil do Gestor e as novas tendências na Gestão de Pessoas
No cenário aqui descrito, a área de gestão de pessoas passa a desempenhar
um papel estratégico, em que ela deve conhecer a essência da organização e de
cada uma de suas áreas para garantir a melhor aplicação e alocação possíveis dos
recursos humanos.
Essa área deve ser a detentora das informações sobre o perfil dos funcionários
da organização e também sobre os resultados, devendo coordenar os esforços para
suprir as necessidades de pessoal de uma forma altamente técnica, com a
identificação dos perfis profissionais adequados. Isso inclui a criação de
oportunidades de crescimento profissional para as pessoas da organização, uma
vez que novas competências individuais poderão ser necessárias.
A gestão de pessoas tem sido muito discutida dentro das nas instituições.
Muito se tem falado a respeito das alterações que vem ocorrendo no que tange à
gestão de pessoas sob o contexto organizacional. Tal discussão tem um grande
paradoxo: de um lado, destaca-se a ênfase à implementação de novos sistemas de
gestão, no qual o ser humano passa a ser o foco principal na administração das
organizações; de outro, observa-se a grande distância existente entre o discurso
(aquilo que se quer) e a ação (aquilo que realmente se faz), o que exige das
organizações novas maneiras de pensar e fazer gestão de pessoas.
74
Do ponto de vista da análise cultural, a área de gestão de pessoas é o canal
que materializa a consistência interna da cultura, por meio de definição de perfis
compatíveis com os valores que orientarão o recrutamento e a seleção; desenho de
programas de treinamento e de desenvolvimento, dentre outras atribuições.
75
Política de Gestão de Pessoas na Administração Pública
76
A forma de atuação das áreas é geralmente reativa, respondendo quando
acionadas pelas demandas das outras áreas da organização e dos servidores. O
foco nessas demandas prioriza as questões emergenciais, relegando a segundo
plano as atividades estratégicas como o estabelecimento de objetivos e metas
alinhados com as definições da organização, o planejamento de ações e a definição
de políticas como, por exemplo, a de contratação, capacitação e remuneração de
pessoal, entre outras.
Cabe salientar que, embora não exista um conjunto de regras que possa ser
denominado efetivamente de “política de gestão de pessoas”, as normas e
definições existentes, principalmente aquelas constantes nos planos de cargos,
podem suscitar a acomodação dos funcionários. Dentre elas se destacam a
utilização do tempo de serviço como critério prioritário para a progressão e
promoção funcional e a utilização das gratificações como forma improvisada de
compensação ante à impossibilidade de um reajuste salarial. A implementação de
uma nova política de Gestão de Pessoas, possibilitará a movimentação dentro das
classes – a promoção funcional -, pelo critério de merecimento.
77
Conforme Dutra (2009, p. 42), para que estas políticas sejam geridas de forma
eficiente, é fundamental que haja um sistema de informações ágil que subsidie o
processo decisório; um banco de talentos que possibilite acompanhar o
desenvolvimento e promover a alocação adequada dos servidores; uma legislação
clara e consolidada, um sistema de comunicação e atendimento que possibilite a
disseminação da política e o cumprimento de suas regras e um sistema de
avaliação das políticas que possibilite analisar os resultados alcançados na área
de recursos humanos e revisar as metas se necessário.
78
GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS
Atualmente, a sociedade vem exigindo do poder público uma atuação cada vez
mais eficiente, voltada para o alcance de resultados, além da eficiência. A eficácia
e a efetividade da ação governamental são as palavras de ordem. Não basta atuar
de forma a obter a melhor relação custo-benefício, se os resultados almejados não
forem alcançados e se não atenderem necessidades legítimas.
79
Tal quadro tem conduzido as organizações públicas a um novo re-olhar em
relação a seus objetivos e a rever suas estruturas e processos para o alcance do
desempenho desejado. A transformação dos órgãos públicos para a configuração
de um modelo pautado por resultados pressupõe a ruptura com alguns dos
padrões gerenciais vigentes e o profundo repensar de outros.
80
Os principais aspectos a serem contemplados por essa política incluem:
É nesse contexto que entra a gestão estratégica de pessoas que, alinhada aos
objetivos e metas da organização, se preocupa com o perfil e com o quantitativo
adequados ao quadro de pessoal, para realizar as atividades que lhe são
atribuídas, garantindo o desempenho esperado.
81
Esses elementos mantêm uma relação de dependência entre si. A gestão por
competências define as competências e os perfis profissionais necessários à
organização e, com base nessas definições, o planejamento de recursos humanos
realiza o dimensionamento e a alocação dos perfis. Por outro lado, a avaliação de
desempenho e de competências analisa o desempenho das pessoas portadoras dos
perfis profissionais definidos e verifica a efetividade, oferecendo insumos para a
definição da capacitação continuada.
Esse novo cenário de trabalho prevê um espaço que vise criar as condições e o
ambiente favorável por parte da organização que estimulem o comprometimento e
o interesse dos funcionários e possibilitem mudanças de atitudes. A criação de tais
condições e ambiente pressupõe demonstrar aos funcionários que eles não são
meros executores de ordens dos superiores e que sua participação no fornecimento
de propostas e sugestões para o aperfeiçoamento da organização é necessária e
muito bem-vinda.
82
Essas transformações têm promovido um repensar orientando para as
mudanças em alguns campos característicos, associados à organização do serviço
público e ao conjunto dos servidores públicos envolvidos no processo. Para isso, é
necessário que se faça uma avaliação de possíveis mudanças no contexto interno
e externo à organização, a fim de identificar as lacunas (gaps) de competências e
desenvolver estratégias para o suprimento desses.
De acordo com Martins (2013), para que exista uma evolução dentro das
instituições, elas devem difundir características comportamentais esperadas pelos
seus funcionários. Para reduzir o nível de conflito dentro das organizações são
necessárias algumas medidas simples como: a comunicação de forma clara e
objetiva; a comunicação direta; aprender a falar na hora certa; saber ouvir; saber
comentar e fazer críticas; discutir ideias e respeitar a opinião das pessoas
envolvidas dentro de uma discussão.
Ainda segundo o autor, alguns conflitos são positivos e até contribuem para o
crescimento dos profissionais e da instituição. A expectativa é quanto à solução
dos conflitos e suas consequências quando negativos. Assim como em qualquer
família, desavenças são naturais dentro de uma instituição e, em alguns casos,
podem até ser benéficas. Para isso, é essencial que a organização mantenha uma
boa política de gestão de conflitos.
83
O ser humano tem suas peculiaridades e é natural que divergências ocorram.
No entanto, cabe às lideranças da organização fazer uma adequada gestão de
conflitos com o objetivo de manter a coesão do grupo e a produtividade. Nessa
ótica, Bergue apresenta três tipos de conflitos:
84
A GESTÃO DE PESSOAS E AS COMPETÊNCIAS NOS PROCESSOS DE
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL, CAPACITAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO
• lotação e movimentação;
• seleção interna.
86
e valores, suas posturas, a imagem que projetam ou a percepção que têm de si
mesmos, sua motivação e outros traços de personalidade.
A iniciativa tem por objetivo preparar os novos servidores de acordo com o que
se encontra estabelecido por lei. Além disso, há o reconhecimento de que certas
habilidades e atitudes somente poderão ser avaliadas após um período de contato
que permita o reconhecimento de potencialidades, qualificações e outros aspectos
relacionados ao comportamento dos candidatos. Outra opção interessante
consiste em proceder à avaliação de perfil em cursos de ambientação não mais
como etapa de concurso, mas já como fase de socialização na instituição. A
proposta é que essa fase de observação, avaliação e desenvolvimento
comportamental também sirva de base para orientar a lotação futura dos
servidores.
87
Capacitação continuada com base nas competências
A intenção da capacitação é o desenvolvimento de um quadro de pessoal com
as competências necessárias para satisfazer às necessidades e aos objetivos da
organização, de modo a garantir seu bom desempenho e o alcance dos resultados
e metas estabelecidos no planejamento estratégico.
A capacitação deve ser um processo contínuo, uma vez que à medida que a
organização evolui, acompanhando as mudanças das demandas externas, surgem
novas necessidades em termos de competências que devem ser supridas com o
fornecimento de novos programas de capacitação. Ela deve ser um dos principais
mecanismos para o desenvolvimento profissional do quadro de pessoal e deverá
ser um dos fatores a serem considerados para o estabelecimento do mérito e para
a progressão na carreira. Esta última, entretanto, considera também, para efeito
de evolução na carreira, outros quesitos como a realização de cursos de formação
e de pós-graduação em assuntos compatíveis com as competências essenciais,
ligadas à missão da organização.
88
A adoção de uma política de avaliação de desempenho representa uma
ferramenta importante para o desenvolvimento de uma cultura voltada para
resultados. Tal afirmação é baseada no pressuposto de que o alinhamento de
objetivos individuais e das equipes às metas da organização implica o maior
envolvimento dos funcionários de todos os níveis, os quais passam a se sentir
pessoalmente responsáveis pelo desempenho da organização.
e profissionais;
89
O processo de avaliação de desempenho individual prevê o diálogo entre a
chefia e cada um dos subordinados separadamente, para a análise dos resultados
da avaliação comparados com os da autoavaliação. É por meio dessa discussão
que ocorre o alinhamento entre as expectativas de ambas as partes e a
identificação das habilidades, das realizações, das deficiências e das mudanças
necessárias ao perfil de cada indivíduo. É nessa oportunidade também que são
estabelecidas as metas individuais para o período seguinte.
90
BIBLIOGRAFIAS UTILIZADAS
CARVALHO, Antônio Ivo de, et al. (orgs.) Escolas de governo e gestão por competências:
mesa-redonda de pesquisa-ação. Brasília: ENAP, 2009.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas; o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
91
92
ANEXOS
DECRETO Nº 14.719, DE 18 DE ABRIL DE 2017.
Regulamenta a Avaliação de Desempenho Individual (ADI)
dos Servidores Civis, Integrantes do Plano de Cargos,
Empregos e Carreiras do Poder Executivo do Estado de
Mato Grosso do Sul.
D E C R E T A:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º A Avaliação de Desempenho Individual (ADI) dos servidores públicos civis, integrantes das
carreiras previstas no artigo 11 da Lei nº 2.065, de 29 de dezembro de 1999, que dispõe sobre o Plano
de Cargos, Empregos e Carreiras da administração Direta e Indireta do Poder Executivo do Estado,
regula-se por este Decreto e aplica-se aos servidores estáveis, aos empregados públicos e aos
servidores comissionados.
Parágrafo único. Nas avaliações de desempenho reguladas por este Decreto, serão respeitadas as
peculiaridades das carreiras previstas em leis específicas.
VI - competências gerenciais: aquelas comuns aos servidores do Estado que ocupam atividades de
supervisão e de direção;
VII - competências técnicas: aquelas específicas requeridas aos servidores e aos gestores, vinculadas
às atividades do órgão e diretamente relacionadas às unidades, aos cargos e ou às funções;
VIII - contribuição efetiva: subdivisão das competências, utilizadas para definir a ação contributiva na
efetivação de cada competência;
IX - Plano Anual de Desenvolvimento dos Servidores (PADES): plano elaborado pelas Secretarias,
autarquias e pelas fundações que, alinhado à gestão por competências, apresentará as necessidades de
qualificação dos servidores do órgão; 93
X - Plano de Gestão de Desenvolvimento Individual (PGDI): ferramenta utilizada pelas chefias para
efetivação de cada competência;
IX - Plano Anual de Desenvolvimento dos Servidores (PADES): plano elaborado pelas Secretarias,
autarquias e pelas fundações que, alinhado à gestão por competências, apresentará as necessidades de
qualificação dos servidores do órgão;
X - Plano de Gestão de Desenvolvimento Individual (PGDI): ferramenta utilizada pelas chefias para
planejar, negociar e definir as entregas, competências e as ações de desenvolvimento que o servidor
realizará durante o ciclo de gestão de desempenho;
XII - Avaliação de Desempenho Individual (ADI): apreciação sistêmica de cada servidor, durante o
ciclo de gestão, pautada nas atividades que desempenha, nas entregas planejadas e no seu potencial de
desenvolvimento;
XIII - Termo de Avaliação de Desempenho (TADI): formulário disposto como aplicativo web para
registro das informações aferidas no final do ciclo anual da Avaliação de Desempenho Individual
(ADI);
XIV - gerente de equipe: pessoa responsável pela chefia imediata de equipe de trabalho com dois ou
mais membros do serviço público
;
VI - contribuir com a definição de perfis profissionais para concursos públicos, visando ao provimento
de cargos, às seleções, às contratações e à manutenção de contratos.
CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS INTEGRANTES DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
INDIVIDUAL
Seção I
Do Órgão Central
94
compete planejar, gerenciar, orientar e acompanhar todo o processo de implantação e de
operacionalização da gestão por competências, mais especificamente:
I - coordenar as ações de implantação do processo de ADI, dentro dos parâmetros da gestão por
competências dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo do Estado de Mato
Grosso do Sul;
III - controlar o cumprimento dos prazos referentes ao cronograma anual para o desenvolvimento do
ciclo de avaliação de desempenho;
VII - acompanhar e orientar os atos de homologação dos resultados da ADI, de possíveis recursos
interpostos e as demais ações decorrentes do processo de avaliação de desempenho individual dos
servidores públicos.
Seção II
Dos Órgãos Executores
Art. 5º Os órgãos da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso
do Sul serão os executores das ações referentes à ADI de seus respectivos servidores, a quem compete:
I - executar as ações previstas no cronograma estabelecido pela SAD, por intermédio dos setores
responsáveis por cada etapa do ciclo de avaliação;
II - participar da qualificação de equipes que irão atuar no mapeamento das competências dos órgãos
da Administração Pública Estadual;
III - participar de treinamentos referentes ao processo de ADI dos servidores e orientar o público-alvo
da ADI;
Parágrafo único. O dirigente do órgão executor deverá indicar à SAD, dentre sua equipe, um servidor
designado a operacionalizar a implementação, gerência e o monitoramento do processo de ADI no
âmbito do órgão.
95
I - divulgar a sistemática da ADI aos servidores;
III - elaborar o PGDI, em conjunto com o servidor avaliado, definindo as entregas e identificando as competências
necessárias;
IV - realizar dois acompanhamentos do PGDI durante o ciclo de avaliação, procedendo-se aos registros
necessários;
V - preencher o Termo de Avaliação de Desempenho (TADI) dos servidores sob sua responsabilidade, ao final do
ciclo de avaliação, observando o PGDI e os acompanhamentos;
VI - ouvir os servidores durante o processo, zelando pela ética e pela transparência na realização da ADI;
VII - adotar as ações necessárias à solução dos problemas detectados no decorrer do período e do processo de
avaliação.
§ 1º Caso o gerente de equipe não realize ou deixe de participar o servidor do preenchimento do PGDI e dos
respectivos acompanhamentos, findo o prazo, cabe ao servidor encaminhar notificação à unidade responsável pela
gestão por competência em seu órgão.
§ 2º É vedado aos gerentes de equipe atuar na avaliação de cônjuge, companheiro ou de companheira, parente
consanguíneo ou afim, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau, devendo declarar-se impedido nessa
hipótese.
III - acompanhar todas as fases da ADI, participando da elaboração do PGDI e de seus acompanhamentos,
juntamente com a chefia imediata;
IV - responsabilizar-se, juntamente com a chefia imediata, pelo cumprimento dos prazos e das etapas do seu
processo de ADI;
§ 1º Caso o servidor se negue a participar da elaboração do PGDI e dos respectivos acompanhamentos, findo o
prazo, cabe ao gerente de equipe realizar o preenchimento destes, e encaminhar notificação ao servidor e à unidade
responsável pela gestão por competência em seu órgão.
§ 2º Aplica-se ao servidor o mesmo impedimento previsto no parágrafo único do art. 6º deste Decreto, no que
couber.
Seção III
Do Órgão Recursal
Subseção Única
96
Da Comissão de Recursos da Avaliação de Desempenho (CRADI)
Art. 8º Será instituída, no âmbito de cada órgão executor, uma comissão recursal composta por 3 (três) membros e
seus respectivos suplentes, da seguinte forma:
I - o presidente será o servidor a que se refere o art. 5º, parágrafo único, deste Decreto;
II - um membro será indicado pelos sindicatos ou pelas entidades afins, representantes dos servidores avaliados,
que estejam legalmente constituídos;
III - um membro será indicado pela autoridade máxima do órgão executor, dentre seus servidores efetivos.
§ 1° O suplente do Presidente será por este escolhido, dentre os servidores do respectivo órgão, e os demais
suplentes serão indicados da mesma forma que os titulares e os substituirão em seus impedimentos, legais ou
eventuais.
§ 2º Os membros da CRADI deverão estar em exercício, no mínimo, há um ano no mesmo órgão ou entidade do
servidor avaliado.
Art. 9º Compete à CRADI receber, instruir e julgar os recursos interpostos pelos servidores avaliados, e submeter
sua decisão à homologação do dirigente do órgão executor.
Art. 10. É vedado aos membros da CRADI atuar na apreciação dos recursos interpostos por eles próprios ou por
servidor:
II - que seja seu cônjuge, companheiro, parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, na forma da legislação vigente.
§ 1º Ocorrendo alguma das hipóteses previstas neste artigo, o membro deverá declarar seu impedimento,
convocando-se o respectivo suplente.
§ 2º Na hipótese de impedimento simultâneo do titular e do suplente, o substituto será escolhido, na forma dos
incisos I, II e III do art. 8º deste Decreto, conforme o caso, apenas para o julgamento específico do recurso que
gerou o impedimento.
Art. 11. As seções da CRADI serão instaladas quando presentes todos os seus membros e poderão ser
acompanhadas pelo servidor avaliado e pelo seu respectivo avaliador.
CAPÍTULO III
DO CICLO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO INDIVIDUAL
Seção I
Disposições preliminares
Art. 12. A ADI, pautada no modelo de gestão por competências, obedecerá aos princípios constitucionais da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, respeitados o contraditório e a ampla defesa.
Art. 13. A ADI será realizada permanentemente, com ciclo de duração anual, conforme prazos estabelecidos em
cronograma elaborado e publicado pela SAD.
Parágrafo único. O cronograma anual deverá ser publicado até a primeira quinzena do mês de dezembro,
obedecendo às seguintes diretrizes:
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I - o ciclo de avaliação do servidor se inicia em janeiro com a elaboração do PGDI e termina dia 20 de dezembro
do ano em curso, com o preenchimento do TADI;
II - o julgamento dos recursos ocorrerá no mês de janeiro do ano subsequente, assim como a elaboração do PADES
para o próximo ciclo.
Art. 14. A ADI ocorrerá em dois níveis, sendo uma em nível de gerência de equipe e a outra para os demais
servidores.
§ 1º Os gerentes de equipe serão avaliados pelas competências gerenciais, descritas em formulário específico,
conforme as metas do órgão em que trabalha, de forma que não há necessidade de elaboração de PGDI.
§ 2º Os demais servidores serão avaliados pelas competências essenciais do órgão em que está no exercício da
função, tendo como base as ações descritas no PGDI.
Art. 15. Para os gerentes de equipe será adotado o modelo de múltiplas avaliações, sendo uma do superior
hierárquico, uma de sua equipe de trabalho e uma autoavaliação, com os seguintes pesos:
Art. 16. Para os demais servidores haverá a avaliação da chefia imediata e a autoavaliação, com os seguintes pesos:
Art. 17. Na hipótese de o servidor ter exercício em outro órgão da Administração Direta ou Indireta do Poder
Executivo do Estado de Mato Grosso do Sul, este deverá realizar novo PGDI e ser avaliado pela nova chefia.
Art. 18. Serão utilizados aplicativos disponibilizados pela web, para a implementação da ADI, nos seguintes
módulos:
Parágrafo único. Os aplicativos serão disponibilizados de acordo com as etapas previstas no cronograma.
Seção II
Das Etapas de Avaliação de Desempenho Individual
Art. 19. A gestão do desempenho por meio do processo de ADI compreenderá as seguintes etapas:
I - definição das competências essenciais, gerenciais e técnicas pautadas na missão, na visão, nos valores e na
pesquisa perante os servidores, com o preenchimento do questionário mencionado no inciso I do art. 18 deste
Decreto;
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II - elaboração do PGDI pela chefia, em conjunto com o servidor, com preenchimento do formulário mencionado
no inciso II do art. 18 deste Decreto, no início do ciclo da avaliação, definindo as entregas individuais previstas
para o período avaliado, as competências existentes e ou necessárias ao bom desempenho, e às ações de
desenvolvimento que deverão ocorrer no período;
III - realização de dois acompanhamentos formais no próprio formulário do PGDI, envolvendo a chefia imediata e
o servidor, com intervalo de tempo de quatro meses entre os acompanhamentos;
IV - elaboração do TADI de acordo com o PGDI com preenchimento no final do período avaliativo, conforme
formulário indicado no inciso III do art. 18 deste Decreto;
VI - fase recursal.
Parágrafo único. A elaboração do PGDI e dos acompanhamentos, previstos nos incisos II e III do caput deste
artigo, será obrigatória para o preenchimento do TADI.
Subseção I
Do Mapeamento das Competências
Art. 20. As competências essenciais, gerenciais e técnicas dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Poder
Executivo do Estado de Mato Grosso do Sul serão identificadas, obedecendo às seguintes fases:
I - pesquisa: levantamento perante os servidores, por meio de preenchimento de um aplicativo web, onde serão
indicados os conhecimentos, as habilidades e as atitudes que, na sua percepção são necessárias para o órgão
cumprir sua finalidade;
II - consolidação: tabulação da pesquisa, análise e tratamento dos dados pela equipe técnica da SAD;
Art. 21. A Elaboração do Plano de Gestão do Desempenho Individual (PGDI) consistirá no preenchimento de um
aplicativo web que conterá a identificação do órgão e suas respectivas competências, a identificação do servidor e
de sua chefia imediata, com os seguintes campos:
II - pontos fortes: citar os pontos de destaque, habilidades e atitudes inerentes ao servidor que se destacam ao longo
do seu desempenho e que contribuirão para o servidor apresentar um bom desempenho;
III - acompanhamentos: listar os registros realizados no decorrer do período avaliativo, relatando as ocorrências
que contribuem ou dificultam as entregas do servidor.
Subseção III
Do Termo de Avaliação de Desempenho Individual (TADI)
Art. 22. Ao final do ciclo de avaliação será preenchido o Termo de Avaliação de Desempenho Individual (TADI),
considerando as informações contidas no PGDI, seus registros de acompanhamento e as efetivas entregas do
servidor.
Art. 23. O TADI do servidor contemplará no máximo 7 (sete) competências e cada competência apresentará as
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descrições das contribuições efetivas que serão avaliadas.
Art. 24. O TADI do gerente de equipe conterá cinco competências, definidas de acordo com o mapeamento de
competências gerenciais do órgão, e, cada uma apresentará as descrições das contribuições efetivas que serão
avaliadas.
Art. 25. Os conceitos no formulário de avaliação dos servidores e dos gerentes serão dispostos da seguinte forma:
Subseção IV
Do Resultado da ADI
Art. 26. Para apurar a nota final da ADI, serão processadas médias aritméticas simples, resultado da soma das
notas atribuídas a cada competência, dividido pelo número de competências.
Parágrafo único. Para se chegar à nota de cada competência, será apurada a média aritmética simples, resultado da
soma das notas de cada contribuição efetiva, dividida pelo número de contribuições efetivas, nos seguintes termos:
Art. 27. O resultado da ADI será divulgado na imprensa oficial e disponibilizado no sistema de informação do
servidor.
Subseção V
Da Fase Recursal
Art. 28. O servidor avaliado poderá interpor recurso contra o resultado de sua ADI perante a CRADI do respectivo
órgão de lotação, no prazo de cinco dias úteis, a contar da data da sua notificação.
Parágrafo único. O recurso deverá ser, necessariamente, fundamentado e instruído com o PGDI e o TADI.
Art. 29. O Presidente da CRADI receberá o recurso, e, verificando presentes os requisitos do artigo anterior,
designará data para julgamento, sorteará relator para o processo e notificará o avaliador para se manifestar sobre as
razões recursais, no prazo de 2 (dois) dias úteis.
Parágrafo único. O recurso intempestivo ou não instruído com os documentos necessários será indeferido
liminarmente pelo Presidente da CRADI.
Art. 30. Após a manifestação do avaliador, abrir-se-á vista dos autos ao relator que, entendendo haver discrepância
entre a avaliação do gerente e a autoavaliação do servidor, poderá designar audiência para oitiva dos membros da
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equipe do servidor avaliado, a qual será reduzida a termo.
Art. 31. Durante a sessão de julgamento, o relator fará a leitura do voto fundamentado, podendo o revisor
apresentar voto oral divergente, hipótese em que o desempate será realizado pelo voto do Presidente.
Art. 32. Findo o julgamento, a decisão será submetida ao dirigente máximo do órgão para homologação ou veto
fundamentado, o qual prevalecerá sobre a decisão da CRADI, notificando-se o servidor da decisão definitiva do
recurso.
Art. 34. Eventual procedimento não previsto nesta subseção será decidido pela maioria simples da Comissão.
Art. 35. Os julgamentos da CRADI obedecerão às regras previstas neste Decreto e nas diretrizes estabelecidas pela
SAD.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 36. Os critérios estabelecidos por este Decreto não devem representar prejuízo ao servidor nos casos em que o
órgão já esteja adotando avaliação para fins de promoção por merecimento, devendo a transição ocorrer no período
avaliativo subsequente, da seguinte forma:
I - computar o resultado das avaliações já realizadas ou em andamento, no ano e no critério anterior, desde que
dentro do período previsto para apurar o desempenho do servidor;
II - dar continuidade ao processo de ADI, considerando o que dispõe este Decreto a partir da próxima avaliação
anual de desempenho;
III - apurar a média final das últimas três avaliações de desempenho anual, independente do critério adotado para
as avaliações.
Art. 37. Não será avaliado o servidor que estiver, durante o ano da avaliação de desempenho, licenciado ou
afastado por mais de 120 (cento e vinte) dias consecutivos.
Parágrafo único. O prazo previsto no caput deste artigo poderá ser ampliado para 180 (cento e oitenta) dias, no
caso da licença-maternidade.
Art. 38. Será atribuída a pontuação de setenta pontos em cada período avaliativo, para o servidor afastado de seu
órgão de origem, nas hipóteses consideradas por lei como de efetivo exercício.
Art. 39. Os documentos da ADI dos servidores serão disponibilizados em base de dados individual, permitida a
consulta pelo servidor, a qualquer tempo, sendo que o resultado final da ADI deverá constar em seus registros
funcionais.
Art. 40. Todos os atos normativos que dispuserem sobre critérios, metodologia, procedimentos, prazos e delegação
de competência relativa à ADI deverão ser publicados no Diário Oficial do Estado.
Art. 41. Os prazos de que trata o art. 13 deste Decreto não se aplicam para o ano em curso, podendo as datas do
cronograma serem adaptadas, conforme a conveniência da Administração Pública Estadual.
Art. 42. A SAD, na qualidade de órgão central, poderá editar resoluções com normas complementares necessárias
ao cumprimento das disposições deste Decreto.
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Art. 43. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
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